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- fO~M4~lO~NACIONAlIDADr
RRASnrJUA
BIBLIOTECA DO EXÉRCITO
EDITORA '
1954
FORMAÇÃO
DA NACIONALIDADE BRASILEIRA
,
MINISTÉRIO DA GUERRA
BIBLIOTECA DO EXÉRCITO
Reorganizador:
General V. Benício da Silva
ADMINISTRAÇÃO
-SEDE-
EDIFíCIO DO MINISTÉRIO DA GUERRA
Praça Duque de Caxias
RIO DE JANEIRO
BIBLIOTECA DO EXÉRCITO
Volumes 198 -199
--
FORMAÇAO
DA NACIONALIDADE
BRASILEIRA
HISTORIA RESUMIDA DAS GUERRAS
HOLANDESAS AO NORTE DO BRA~L
POR
L YSIAS A. RODRIG UES
Maj. Brig. do Ar
*
CRÁFICA LAEMMERT, LIMITADA
Rua Carlos de Carvalho, 48
RIO DE JANEIRO
/
í N 0·1 C E
Introdução ............................................................... 5
Capítulo I. - PANOBAl\'IA DO BRASIL NO INtcIO DO S.f;CULO
XVII: A anexação de Portugal à Espanha - O vice-rei francês
do, Brasil - O domínio espanhol e suas vantagens para o Brasil
Resistências espanholas ao recúo do Meridiano de Tordesilhas
- A monocultura latifundiária e o bandeirismo - Vida social
cm Pernan1buco. Bahia e S. Paulo - A fôrça expansi"a do Brasil 1:3
C'apítlllo II. - PREN()NCIOS DA INVASÃO HOLANDESA: Ataques
corsários ao Brasil - A companhia das índias Orientais - A
companhia das índias Ocidentais - Os «peruleiros» - Inicio ela
organisação defensiva .............................................. 4:l
Capítulo III. - O ATAQUE Ã BAHIA: Os judeus e cristãos novos .-
A conquista e saque do Salvador - Repercussão na Europa -
Os primeiros socorros - As vias de Sucessão - O bispo D.
Marcos Teixeira governador interino - As primeiras reações
- O arraial do Rio Vermelho .................................. 63
Capítulo IV. - A RECONQUISTA DA BAHIA: Morte do governador
holandês da Bahia - Sitio do Sal"ador - Morte do segundo
governador holandês da Bahia - D. Francisco de Moura -
frota portuguesa de socorro - O ataque - A rendição - O
saque do Salvador por espanhóis e italianos - Criação do
Têrço da Bahia - A esquadra holandesa de socôrro ............ 83
Capítulo V. - ANT:ECEDENTES DO ATAQUE A PERNAl\IBUCO:
O retôrno da esquadra de D. Fadrique - Devastação da Bahia
- Novo ataque à Bahia - A emboscada do rio Piranga - Os
holandeses na Amazônia - Reconquista de Fernando de Noronha
- Preparativos de defesa da capitania dc Pernambuco - Matias
de Albuquerque ................................................... 103
Capítulo VI. - O ATAQUE A PERNAlIIBUCO: As companhias comer-
ciais holandesas de corso - O ataque a Recife - Desembarquc·
na praia do Páo Amarelo - Tomada de Olinda - O forte de
S. Jorge - Ocupação de ReciLe ................ :................ 123
[1'ORMAÇÃO DA NACIONALrDADE BRASILEIRA
•
]\,[AJ. BrtIG. LYSIAS A. RODnWUES
-
INTRODUÇÃO
* * *
E como o fato 11laú 111arcante dessa hútória é o
nascimento da nacionalidade brasileira} prefer1~11l0S dar
a êste trabalho o título que o encima.
FORMAÇÃO
DA NACIONALIDADE BRASILEIRA
Bahia
S. Paulo
Era muito dispar o desenvolvimento das capitanias
de Pernambuco e Bahia, comparado com o das demais ca-
pitanias, -principalmente com as de S. Vicente e S . Paulo.
Em S. Vicente, devido à luta entre os donatários, houve
34 MAJ. BRIG. LYSIAS A. RODRIGUES
apud S. Ferreira
\
l"ORMACAO DA NACIONALIDADE BltAIHLIIIlU. 61
o ATAQUE Á BAHIA
I
}!'OR MAÇAO DA NACIONALIDADE BRASILEIRA tl9
I'
72 MAJ. BRIG. LYSIAS A . RODRIGUES
A frota de socôrro
Portugal inteiro, cheio de afã, e patriotismo, havia se
mobilizado para aparelhar uma esquadra, que devia jun-
tar-se à Grande Ésquadr,a do OC8ano, espanhola, para ir
em socôrro da Bahia. Esta esquadra portuguêsa, de 22
naus de guerra e 4 transportes, apresou logo no início da
viagem para Cabo Verde, um navio turco de munições, o
que foi considerado um bom augúTÍo; tendo siaído do Tejo
em fins de novembro de 1624, soh o comando do almiran-
te D. Francisco de Almeida, levava 4.000 homens de de-
sembarque, sob o comando de D. Manoel de Menezes, que
em sua oficialidade contava com representantes de tôda a
nobreza portuguêsa, foi a Cabo Verde, ponto de encon-
tros, esperar a esquadra espanhola.
No dia 14 de janeiro, em viagem, desgarrou-se o ga-
leão "Conceição", sob o comando de Antônio Muniz Bar-
reto, nau que a 20 de janeiro de 1625, acossada por uma
temuestade, foi dar nos baixios de Santa Ana, na Ilha
do Meio, morrendo 150 soldados. Salvaram-se os demais
tripulantes, a artilharia, as muhições, enxarcias, mate-
rial e carga, que foram recolhidos pela esquadr,a .
Cinqüenta dias esperou aí a esquadra portuguêsa,
pela chegada da esquadra espanhola. Esta, de 37 naus,
{las quaiê 2? nau~ ~andes, ~stava sob o çomando do ~lmi"
MAJ. BRIG . LYSIAS A. RODRIGUES
C' ) Entre êles o Barão do Rio Br anco, por certo, por falta de
muitos documentos holandeses só r ecentemente dado s a público.
158 MAJ. BRIG. LYSIAS A. RODRIGUES
..
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162 MAJ. BRIG. LYSIAS A. RODRIGUES
•
VIII
EXPANSÃO DA CONQUISTA HOLANDESA
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apud S, Ferreh'a
FORMAÇÃO DA NACIONALIDADE BRASILEIRA 177
(':') Carlos Torlon era casado com D. Ana Pais, e por inter-
ferência dela foi nomeado comandante da guarda de Nassau.
J1'üRMACÁO DA NAêIÓNAL1DADÊ BnASIUllRA 245
Libertação do Céará
\
('~) "Nós abaixo assinados nos conjuramos e prometemos en:
serviço da liberdade, não faltar, a todo o temp. que for necessál'io,
com tôda ,a ajuda de fazenda e pessoas, contra qualquer inimigo,
em restauração de nossa Pátria, para o que nos obrigamos a man-
ter todo o iSegrêdo que nisto convém: sob pena de que quem o con-
trário fizer ser tido por rebelde e traidor, e ficar suj·eito ao que as
leis em tal caso permitem. E debaixo dêste comprometimento nos
assinamos em 23 de maio de 1645. João Fernandes Vieira, Antô-
nio Bezerra, Antâniü Cavalcanti, Bernardino de Carvalho, Fran-
cisco Berenguer de Andrada, Antônio da Silv.a, Pantaleão Cílrne
da Silva, Luiz da Costa Sepúlveda, Mlanool Pereira Côrte Real,
Antônio Borges Uchôa, Amaro Lopes Madeira, Bastião de Carva-
lho, Manoel Alves Deusdará, Antônio Carneiro Falcato, Antônio
Carneiro de Mariz, Francisco Bezerr.a Monteiro, Alvaro Teixeira de
Mesquita, Padre Diogo Rodrigues da Silva".
286
* * *
Foi por causa da vitória do Monte das Tabocas que
D. João IV resolveu dar ao seu filho primogênito o título
de Príncipe do Brasil.
D. Pedro II, o nosso grande imperador, em 1850, vi-
sitou o local onde se travou a batalha do Monte das Ta-
bocas. Aí, a 27 de janeiro de 1903, por iniciativa de D.
Luiz Raimundo da Silva Brito, Arcebispo de Olinda, foi
levantada uma coluna de mármore, que indica achar-se na
cidade de Vitória (Pernambuco) o monumento comemo-
rativo da vitória do Monte das Tabocas.
O monumento erigido em Vitória, uma coluna de már-
more encimada pelo anjo da vitória, de 5,80 m de altura,
tem as seguintes inscrições:
"Fidei et Patria amore successit dia 3 de agôsto
1645. Aereo pectore alienas hostes nobiles et indo-
miti Pernambucenses hic terruere" .
300 MAJ. BRIG. LYSIAS A. RODRIGUES
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________ J
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Mestl'e-de-campo João Fernandes Vieira, "Governador da
Liberdade da Pátria".
(Arquivo Nacional)
FORMAÇÃO DA. NACIONALIDADE BRASILEUtA 311
-
324 MAJ. BRIG. LYSIAS A. RODRIGUES
Montes Guararapes
!o.L-f- 1.1.:.
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-Montes Guararapes
Montes Guararapes
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'Montes Guararapes I"
~--------~~
A VITORIA
FORMACAO DA NACIONALIDADE BRASILEIRA 357
Camarão
Muito embora Francisco Barreto e Henrique Dias
afirmassem ser Camarão pernambucano, sem conta foram
" os historiadores que procuraram dar outros lugares como
sendo o local de seu nascimento; polêmicas acêsas, pela
366 MAJ. BRIG. LYSIAS A. RODRIGuilS
Montes Guararapes
o ATAQUE INSURRETO
19 DE FEVEREIRO DE 1649
FORMAÇAO DA NACIONALIDADE BRASILEIRA 369
,)
FORMACAO DA NACIONALIDADE BRASILEIRA 371
Montes Guararapes
A VITORIA
19 DE FEVEREIRO DE 1649
F ORMAClI.O DA NACIONALIDADE BRASILEIRA 385
•
402 MAJo BRIG o LYSIA8 Ao RODRIGUES
REPERCUSSõES DA LIBERTAÇÃO
1 - ASPECTO P.OLÍTICO
Gr,andioso, sem dúvida algumá, é o aspecto político
do Brasil, como resultado da luta com os holandes,es, por-
que, de alta relevância para o país, para o seu futuro, fo-
ram as conseqüências dos fatôres políticos que então
~uMam. I
Mais que ,a, vontade dos homens, mais que ,a pequenez
da visão política dos pretensos estadistas da Espanha, da
Holanda, de Portugal, da França e da Inglaterra, foi o
Destino que guiou as linhas políticas de a,ção, que deram
ao Brasil o fácies político particular dessa época, como
134 MAJ . BRIG. LYSIAS .\ . IWDRIGUl';H
2 - ASPECTO RELIGIOSO -
4 - ASPECTO MILITAR
I) Organização militar
5 - ASPECTQ ~OCIAL
* * *
Como se vê, as guerras holandesas no norte do Brar
sil, foram um fator magno da grandeza do Brasil. Cir-
cunstâncias várias, estranhas mesmo algumas delas, jun-
taram-se para traçar um destino mais glorioso para o Bra-
sil, que o de simples colônia holand·esa ou portuguêsa. As
guerras holandesas no norte do Brasil foram a forja sa-
grada onde se formou a nacionalidade brasileira.
'" * *
Mas, já pagou o Brasil aos heróis que lhe deram tudo
isso, sua dívida de gratidão?
Imensa é a dívida do Brasil para com os heróis das
guerras holandesas ao norte do Brasil. Imenso, e indes-
culpável o atrazo de três séculos para pagá-la. Nem ao
menos, pode ser apresentada a desculpa que não se conhe-
ce todos os detalhes dessa guerra, ou as etapas memorá-
veis dos vultos notáveis que a nortearam.
Acresce ainda, que por um conjunto de circunstân-
cias verdadeiramente providenciais, os chef.es que coman-
daram as hostes que defendiam a terra, reuniram todos os
representantes das raças que no Brasil se juntaram para
povoá-lo.
O Brasil, deve e pode resgatar essa dívida, elevando
um monumento a êsses heróis ,e seus feitos, que consubs-
tanciam a unidade pátria e a eclosão da nacionalidade
'B'ÓRMACÀO bA NACIONALIDADE BRASILEIRA 465
FIM
BIBLIOGRAFIA
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1293G2~FJ A
1Formaçao Da Naci .
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