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Coordenação-Geral de Tributação
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Relatório
7. E tendo em vista que o “§3º do art. 14, prevê que o prazo para início de
utilização não pode ser superior a 3 (três) anos”, infere a interessada que “o quarto ano
subsequente às primeiras aquisições praticadas sob o RECAP já seria considerado para fins
de apuração do percentual médio, ainda que a beneficiária não tenha iniciado, nesse
momento, a utilização de tais bens”.
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no art. 14, § 3º, da Lei 11.196/05, seria 2011, de modo que o triênio a ser considerado”, “para
fins de apuração do percentual de exportação, iria de 2012 a 2014”.
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Fundamentos
19. Inicialmente, o Recap foi instituído por meio da Medida Provisória (MP)
nº 252, de 15 de dezembro de 2005, suspendendo a exigência da Contribuição para o
PIS/Pasep, da Cofins, da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação
nas hipóteses de aquisição no mercado interno ou de importação de máquinas, aparelhos,
instrumentos e equipamentos novos (a serem relacionados em regulamento) por pessoa jurídica
beneficiária desse regime, nos termos prescritos no caput e no § 1º de seu art. 15:
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20. No entanto, referida MP nº 252, de 2005, não foi convertida em lei e por
força do Ato Declaratório do Presidente da Mesa do Congresso Nacional nº 38, de 14 de
outubro de 2005, teve seu prazo de vigência encerrado em 13 de outubro de 2005.
“Art. 132. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo
efeitos:
(...)
VIII - a partir da data da publicação desta Lei, em relação aos demais
dispositivos.”
§ 1º. (...)
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“Art. 3º. A habilitação de que trata o art. 2º somente pode ser requerida
por:
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setenta por cento de sua receita bruta total de venda de bens e serviços no
período, e que assuma compromisso de manter esse percentual de
exportação durante o período de dois anos-calendário.”
29. No tocante aos requisitos exigidos das pessoas jurídicas para a habilitação
prévia no Recap, o art. 8º da IN SRF nº 605, de 2006, assim prescreve:
“Art. 8º. A habilitação ao Recap deve ser requerida por meio do
formulário constante do Anexo I, a ser apresentado à Delegacia da
Receita Federal (DRF) ou à Delegacia da Receita Federal de
Administração Tributária (Derat) com jurisdição sobre o estabelecimento
matriz da pessoa jurídica, acompanhado de:
I - declaração de empresário ou ato constitutivo, estatuto ou contrato
social em vigor, devidamente registrado, em se tratando de sociedade
empresária e, no caso de sociedade por ações, os documentos que atestem
o mandato de seus administradores;
II - indicação do titular da empresa ou relação dos sócios, pessoas físicas,
bem assim dos diretores, gerentes, administradores e procuradores, com
indicação do número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF)
e respectivos endereços;
III - relação das pessoas jurídicas sócias, com indicação do número de
inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), bem assim de
seus respectivos sócios, pessoas físicas, diretores, gerentes,
administradores e procuradores, com indicação do número de inscrição
no CPF e respectivos endereços;
IV - Termo de Compromisso de que tratam os Anexos II ou III, conforme o
caso; e
V - documentos comprobatórios da regularidade fiscal da pessoa jurídica
requerente em relação aos tributos e contribuições administrados pela
SRF.
§ 1º. A pessoa jurídica preponderantemente exportadora, de que trata o
art. 5º, deverá instruir o requerimento com documentos comprobatórios
desta condição.
§ 2º. Não se aplicam ao estaleiro naval brasileiro, de que trata o art. 7º,
a exigência do inciso IV.”
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30. Cumpre notar que se exige no art. 8º da IN SRF nº 605, de 2006, para a
habilitação ao Recap, isso tanto da pessoa jurídica preponderantemente exportadora quanto da
que está em início de atividade e da que não atingiu no anterior, o percentual mínimo de
receitas de exportação, que o pedido de habilitação ao regime seja também instruído, dentre
outros documentos, com o Termo de Compromisso nos modelos contidos nos Anexos II ou III
de referida IN SRF, de acordo com a modalidade do beneficiário.
“Art. 14.
(...)
§ 2o. O percentual de exportações de que tratam o caput e o § 2o do art.
13 desta Lei será apurado considerando-se a média obtida, a partir do
ano-calendário subseqüente ao do início de utilização dos bens
adquiridos no âmbito do Recap, durante o período de:
I - 2 (dois) anos-calendário, no caso do caput do art. 13 desta Lei; ou
II - 3 (três) anos-calendário, no caso do § 2o do art. 13 desta Lei.
33. Por outro lado, o § 3º do art. 14 da Lei nº 11.196, de 2005, ao dispor que
aquele “prazo de início de utilização a que se refere o § 2o deste artigo não poderá ser
superior a 3 (três) anos”, fixou, por conseguinte, prazo máximo para o início do cumprimento
do compromisso assumido na habilitação. Assim, o início do cumprimento do dever de auferir
o percentual mínimo de exportações de que tratam o caput e o § 2º do art. 13 da Lei nº 11.196,
de 2005, não pode ultrapassar o ano-subsequente àquela em que se completam 3 (três) anos do
início da fase da aquisição ou da importação dos bens com os benefícios do regime:
“Art. 14.
(...)
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(...)
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35. Note-se que a Consulta Interna Cosit nº 16, de 2011, distingue 2 (duas)
fases de operacionalização do regime que ocorrem depois da habilitação da beneficiária ao
Recap:
36.1. início da utilização dos bens amparados pelo Recap acontece em até 3
(três) anos do início da primeira fase (de fruição dos benefícios do regime - aquisições ou
importações de bens com suspensão da exigência das contribuições) – o cumprimento pela
beneficiária do Recap, do compromisso de auferir no mínimo o percentual de exportação
exigido pelo caput e pelo § 2º do art. 13 da Lei nº 11.196, de 2005, deve ocorrer por 2 (dois) ou
3 (três) anos conforme o assumido, contados a partir do ano seguinte ao do início de utilização
dos referidos bens; ou
36.2. início da utilização do bens acontece após 3 (três) anos do início da fase de
aquisição ou importação - o cumprimento pela beneficiária do Recap, do compromisso de
auferir no mínimo o percentual de exportação exigido pelo caput e pelo § 2º do art. 13 da Lei nº
11.196, de 2005, deve ocorrer por 2 (dois) ou 3 (três) anos conforme o assumido, contados a
partir do 4º (quarto) ano seguinte ao do início da primeira fase de operacionalização do Recap.
37. Evidente que o disposto no item 36.2. alcança inclusive aquelas hipóteses
nas quais o início das atividades operacionais da pessoa jurídica beneficiária do Recap
acontece após os 3 (três) anos do início da primeira fase de operacionalização do Recap,
postergando o início da utilização daqueles bens importados ou adquiridos sob o amparo do
Recap.
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(...)
14. Nada obstante, o Recap continuará ativo para a pessoa jurídica que
teve sua habilitação extinta, vez que necessária a verificação do cumprimento do
compromisso de exportação assumido pelo beneficiário quando da adesão ao
regime. Procedida a verificação, ocorrerá a conversão da suspensão da
exigência das contribuições em alíquota zero, em caso de regular cumprimento
do compromisso, ou a exigência das contribuições suspensas, com o acréscimos
pertinentes, em caso de descumprimento.
[...]
[...]
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Lei 11.196/05, teria sido revalidado e passaria a ser contado com base” em referido ADE, e
não mais em referência àquele ADE que a habilitou em 2008.
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(...)
VIII - a partir da data da publicação desta Lei, em relação aos demais
dispositivos.”
54. Outra alegação que não procede é afirmar que a existência de pessoas
jurídicas habilitadas ao Recap comprometidas com diferentes percentuais de exportação feriria
a isonomia entre elas.
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(...)
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(...)
trata o art. 13 desta Lei fica obrigada a recolher juros e multa de mora,
na forma da lei, contados a partir da data da aquisição ou do registro da
Declaração de Importação – DI, referentes às contribuições não pagas
em decorrência da suspensão de que trata este artigo, na condição:
I - de contribuinte, em relação à Contribuição para o PIS/Pasep-
Importação e à Cofins-Importação;
II - de responsável, em relação à Contribuição para o PIS/Pasep e à
Cofins.
§ 5o Na hipótese de não ser efetuado o recolhimento na forma do §
4o deste artigo, caberá lançamento de ofício, com aplicação de juros e da
multa de que trata o caput do art. 44 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro
de 1996.
§ 6o Os juros e multa, de mora ou de ofício, de que trata este artigo
serão exigidos:
I - isoladamente, na hipótese em que o contribuinte não alcançar o
percentual de exportações de que tratam o caput e o § 2o do art. 13 desta
Lei;
II - juntamente com as contribuições não pagas, nas hipóteses em
que a pessoa jurídica não incorporar o bem ao ativo imobilizado,
revender o bem antes da conversão da alíquota a 0 (zero), na forma do §
8odeste artigo, ou desatender as demais condições do art. 13 desta Lei.
(...)
§ 10. Na hipótese de não atendimento do percentual de que tratam o
caput e o § 2º do art. 13 desta Lei, a multa, de mora ou de ofício, a que se
refere o § 4º deste artigo será aplicada sobre o valor das contribuições
não recolhidas, proporcionalmente à diferença entre o percentual mínimo
de exportações estabelecido e o efetivamente alcançado.”
65. Cumpre salientar na hipótese em epígrafe, de não cumprimento
compromisso de exportações assumido no momento de sua habilitação, no prazo exigido pela
legislação pertinente, como se lê no § 5º do art. 14 da Lei nº 11.196, de 2005, que a ausência de
recolhimento das contribuições nos termos do § 4º de referido artigo, resulta em lançamento de
ofício com a aplicação dos juros e das multas de que trata o caput do art. 44 da Lei no 9.430, de
27 de dezembro de 1996.
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o caput ou o § 2º do art. 13 da Lei nº 11.196, de 2005, por 2 (dois) ou 3 (três) anos, conforme o
caso, nos seguintes termos:
Anexo II
Anexo III
“ASSUME O COMPROMISSO de manter sua receita bruta decorrente
de exportação, para o exterior, em percentual igual ou superior a (...) de
sua receita bruta total de venda de bens e serviços durante o período de 2
(dois) anos-calendário subseqüentes ao início da utilização dos bens
adquiridos no regime, nos termos do disposto no caput do art. 13 da Lei
nº 11.196, de 2005.”
70. Por conseguinte, entende-se que o percentual mínimo de exportações de
que tratam o caput e o § 2º do art. 13 da Lei nº 11.196, de 2005, que a beneficiária do Recap
deve cumprir em decorrência do compromisso assumido no ato de sua habilitação, observado
inclusive o disposto no art. 7º do Decreto nº 5.674, de 2005, e o art. 11 da IN RFB nº 605, de
2006, é, no caso de pessoa jurídica:
Conclusão
por ela assumido no ato da habilitação por 3 (três) anos, contados a partir do 4º (quarto) ano
seguinte ao do início daquela primeira fase.
71.6. A pessoa jurídica beneficiária do Recap que adquire ou importa bens com
a suspensão de exigência das contribuições, mas não cumpre o compromisso de auferimento de
percentual mínimo de exportação assumido no momento de sua habilitação nos termos do
caput e do § 2º do art. 13 da Lei nº 11.1.96, de 2005, fica, na condição de contribuinte ou de
responsável, conforme o caso, obrigada a recolher juros e multas relativas às contribuições não
pagas nos termos dos §§ 4º a 6º e 10 do art. 14 da Lei nº 11.196, de 2005.
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Assinado digitalmente
LENI FUMIE FUJIMOTO
Auditora-Fiscal da Receita Federal do Brasil
Assinado digitalmente
REGINA COELI ALVES DE MELO
Auditora-Fiscal da Receita Federal do Brasil
Chefe da Divisão de Tributação da 8ª Região Fiscal – Disit08
Assinado digitalmente
OTHONIEL LUCAS DE SOUSA JÚNIOR
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil
Coordenador da Cotri
Ordem de Intimação
Assinado digitalmente
FERNANDO MOMBELLI
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil
Coordenador-Geral da Cosit
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