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MANUAL DE INSTALAÇÃO E OPERAÇÃO

DBR-400.4E/25M
DBR-400.4E/50MX
205.1698.00-1

1
2011 - DIGITEL S.A. INDÚSTRIA ELETRÔNICA
Rua Dr. João Inácio, 1165
Bairro: Navegantes
CEP 90230-181 • Porto Alegre/RS • Brasil
Tel.: 55 51 3337.1999
Fax: 55 51 3337.1923
http://www.digitel.com.br

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ORIENTAÇÕES
• O objetivo desse manual é fornecer as informações técnicas necessárias para instalar e operar
produto. Ele contém descrições técnicas sobre os produtos e seus módulos;
• É imprescindível a leitura atenta das informações gerais e das instruções de instalação constantes
no manual antes de operar o produto;
• Consulte o item “Protegendo Contra Descarga Eletrostática” deste manual para maiores detalhes
sobre ESD;
• Para limpar o produto, desligue-o da alimentação. Não use produtos de limpeza líquidos, em
pasta, aerossol ou abrasivos. Use um pano seco ou levemente umedecido e nunca deixe que
líquidos ou materiais caiam sobre ou dentro do produto;
• Não exponha o produto à chuva nem às variações de temperatura ou umidade além das
especificadas pelo manual;
• Sempre verifique se as conexões físicas estão perfeitamente encaixadas (conectores, plugues,
cabos e acessórios) e tenha certeza de que estão de acordo com os itens que descrevem
características técnicas, conexões e instalação do produto no manual. Somente efetue conexões
físicas de produtos, periféricos ou acessórios quando o sistema estiver desligado;
• Alguns produtos da Digitel podem ser inseridos em gabinetes e bastidores sem a necessidade de
desligar a fonte de alimentação. Neste caso, siga a orientação descrita no item Instalação do
produto;
• No caso de produtos que são ligados à rede elétrica, nunca sobrecarregue as tomadas. Caso
necessite usar extensão, utilize fios e tomadas compatíveis com a capacidade especificada;
• Não substitua peças do produto por outras não originais. Em caso de dúvida, procure sempre
orientação no Centro de Assistência Técnica Digitel mais próximo;
• Tome todas as medidas de proteção antiestática e contra descargas elétricas, inclusive a
instalação de aterramento, uso de filtros de energia ou estabilizadores de tensão e nobreaks;
• Quando o equipamento está transmitindo, a antena emite uma intensa energia de RF, que pode
causar danos a alguém que entre em contato com essa energia. Portanto é perigoso ficar em
frente ou ter qualquer parte do corpo em frente às antenas durante as transmissões;
• De acordo com a Norma 004/91 da Anatel, “Este produto só pode ser colocado em operação após
obtida a licença de funcionamento emitida pelo órgão técnico competente do Ministério das
Comunicações”;
• Não instale ou opere o equipamento em ambientes onde existam gases ou vapores inflamáveis;
• Os gabinetes devem ser instalados em uma superfície plana e firme. As frestas e aberturas não
devem ser bloqueadas ou cobertas, pois servem para ventilação e evitam o superaquecimento.
Garanta uma área livre de no mínimo 3,5 cm sobre o gabinete;
• No caso de produtos Digitel que permitam empilhamento, verifique a descrição desse
procedimento no item do manual que descreve a sua instalação;
• A Digitel se reserva o direito de alterar as especificações contidas neste documento sem
notificação prévia.
• Este produto está homologado pela ANATEL, de acordo com os procedimentos regulamentados
pela Resolução 242/2000, e atende aos requisitos técnicos aplicados. Para maiores informações,
consulte o site da ANATEL – www.anatel.gov.br.

Para informações sobre garantia e assistência técnica,


consulte a seção no final deste manual.

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ÍNDICE
1. DESCRIÇÃO DO PRODUTO ......................................................................................................................9
1.1. Descrição.........................................................................................................................................9
1.1.1. PROTEÇÃO ............................................................................................................................10
1.1.2. INTERFACES..........................................................................................................................10
1.1.3. GERÊNCIA .............................................................................................................................10
1.1.4. MEDIÇÕES E MONITORAÇÕES DISPONÍVEIS ......................................................................10
1.2. Modelos .........................................................................................................................................11
1.3. Painel Frontal .................................................................................................................................12
2. INTERFACES E ACESSÓRIOS ................................................................................................................15
2.1 Interface G703 ...............................................................................................................................15
2.2 Interfaces V.35 Compatível.............................................................................................................16
2.3 Interface V.36 Compatível...............................................................................................................17
2.4 Interface V.28 Compatível...............................................................................................................18
2.5 Interface Switch Ethernet e gerenciamento .....................................................................................18
2.6 Interfaces de voz ............................................................................................................................19
2.6.1 Características da Interface de Voz para Comunicação entre as Estações: ...............................19
2.6.2 Características interface VF / E&M: ..........................................................................................19
2.6.3 Conectores de voz...................................................................................................................20
2.7 Alarmes .........................................................................................................................................21
2.8 Entrada de Alimentação..................................................................................................................22
2.8.1 Padrão de fio recomendado para alimentação DC ....................................................................22
2.8.2 Informação de pinagem do conector DC...................................................................................22
3. APLICAÇÕES DO PRODUTO ..................................................................................................................23
3.1 4E1 em G.703 + 40960 kbit/s Ethernet - 1+1 com AXPIC ................................................................23
3.2 8E1 em G.703 + 32768 kbit/s Ethernet – 1+1 com AXPIC................................................................23
3.3 12E1 em G.703 + 24576 kbit/s Ethernet – 1+1 com AXPIC..............................................................24
3.4 16E1 em G.703 + 16384 kbit/s Ethernet – 1+1 com AXPIC..............................................................24
3.5 49152 kbit/s ethernet – 1+1 COM aXPIC.........................................................................................25
3.6 24576 kbit/s ethernet – 1+1 SEM aXPIC .........................................................................................25
4. FUNCIONAMENTO ..................................................................................................................................26
4.1 Diagrama de Blocos DBR-400.4E/50MX .............................................................................................26
4.2 Proteção 1+1 DBR-400.4E/50MX....................................................................................................26
4.3 Diagrama de Blocos DBR-400.4E/25M............................................................................................27
4.4 Proteção 1+1 DBR-400.4E/25M......................................................................................................27
4.5 Laço Digital Local (LDL) e Laço Digital Remoto (LDR) .....................................................................28
4.6 Laço de FI local..............................................................................................................................29
4.7 Laço de RF local ............................................................................................................................29
4.8 Forward Error Correction - FEC .....................................................................................................30
4.9 Interleaver ......................................................................................................................................30
4.10 Nível de Sinal Recebido - RSSI.......................................................................................................31
4.11 Qualidade do Sinal .........................................................................................................................31
4.12 Controle Automático de Potência - ATPC .......................................................................................31
4.13 Cancelador de Interferência de Polarização Cruzada – AXPIC.........................................................32
4.14 Switch Ethernet ..............................................................................................................................33
4.15 Configuração Remota.....................................................................................................................35
5. SISTEMA DE GERENCIAMENTO – DMS..................................................................................................37
5.1 Características do Sistema de gerência DMS CS ............................................................................37
5.2 Gerência de Configuração ..............................................................................................................38
5.3 Gerência de Falhas ........................................................................................................................38
5.4 Alta Disponibilidade ........................................................................................................................38
5.5 Capacidade de Gerenciamento.......................................................................................................39
5.6 Requisitos do Sistema ....................................................................................................................39
5.6.1 Solução Tecnológica................................................................................................................39
5.6.2 Equipamentos envolvidos ........................................................................................................39
6. INSTALAÇÃO ...........................................................................................................................................40
6.1 Pré-instalação ................................................................................................................................40
6.1.1 Lista de equipamentos: ............................................................................................................40
6.1.2 Lista de materiais (não incluídos): ............................................................................................40
6.2 Procedimento de Instalação e teste.................................................................................................40
6.3 Proteção contra Descargas.............................................................................................................41

4
6.4 Aterramento dos equipamentos...................................................................................................... 41
6.5 Protegendo Contra Descarga Eletrostática (ESD) ........................................................................... 43
6.6 Aterramento do Cabo de RF .......................................................................................................... 44
6.7 Alinhamento das antenas............................................................................................................... 44
6.8 Bayface......................................................................................................................................... 44
6.9 Protocolo de Teste e Cadastro de Rádio Enlace ............................................................................. 45
6.10 Diagnóstico de falhas..................................................................................................................... 45
6.11 Tabela de rssi................................................................................................................................ 50
6.12 Eficiência espectral programável .................................................................................................... 51
6.13 Vantagens – Flexibilidade .............................................................................................................. 51
7. CONFIGURAÇÃO E OPERAÇÃO............................................................................................................ 52
7.1 Configuração e Operação via Porta Console ....................................................................................... 52
7.2 Comandos de Leitura do Rádio ........................................................................................................... 52
7.3 Comandos de Escrita do Rádio ........................................................................................................... 55
7.4 Comandos de Leitura do Switch .......................................................................................................... 56
7.5 Comandos de Escrita do Switch .......................................................................................................... 57
7.6 Exemplos de configuração via comandos ............................................................................................ 58
7.6.1 Opção G.703 em 1+1 / Velocidade 32768 kbit/s / Banda 3.500 kHz / Canal de RF 2. ................... 58
7.6.2 Opção Ethernet em 1+1 / Velocidade 49152 kbit/s / Banda 3.500 kHz / Canal de RF 2................. 59
7.7 Guia de Utilização do WEB Config ................................................................................................. 60
7.7.1 EXEMPLO DE CONFIGURAÇÃO VIA WEB CONFIG .............................................................. 62
8. MANUTENÇÃO PREVENTIVA................................................................................................................. 64
8.1 Precauções ................................................................................................................................... 64
8.2 Equipamentos ............................................................................................................................... 64
8.3 Procedimentos .............................................................................................................................. 64
8.3.1 ANÁLISE MECÂNICA ................................................................................................................. 64
8.3.2 ANÁLISE FUNCIONAL................................................................................................................ 65
9. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS ................................................................................................................ 66
9.1. Características Técnicas ................................................................................................................ 66
9.2. Canais de RF..................................................................................................................................... 67
10. ASSISTÊNCIA TÉCNICA E GARANTIA ................................................................................................. 67
10. ASSISTÊNCIA TÉCNICA E GARANTIA ................................................................................................. 68
10.1. Esclarecimento - Serviços de Enlace de Rádios................................................................................ 68
11. ABREVIAÇÕES...................................................................................................................................... 69
12. INDICE REMISSIVO ............................................................................................................................... 72
13. APÊNDICE ............................................................................................................................................. 73
13. APÊNDICE ............................................................................................................................................. 73
13.1 CRIAÇÃO DE CONEXÃO VIA TERMINAL DE CONSOLE ..................................................................... 73

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PREFÁCIO
CERTIFICAÇÃO ISO 9001

A Digitel, com certificação ISSO 9001:2000, conta com uma moderna e automatizada unidade
fabril, equipada com as mais avançadas tecnologias de montagem em superfície e com os mais
atualizados processos de produção e testes automáticos das placas, produzindo até 10.000
produtos/mês.

SUPORTE TÉCNICO
A Digitel possui um helpdesk para atendimento de suporte técnico a seus clientes em sua
fábrica localizada em Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul (Sul do Brasil).
Este suporte é feito em 3 níveis de atendimento:
• 1º nível – É feito através das posições de atendimento (PAs). Esse atendimento é feito por
técnicos de telecomunicações capazes de solucionar os principais problemas relacionados
ao funcionamento dos equipamentos.
• 2º nível – É feito através de nossos técnicos/engenheiros especialistas quando as PAs não
conseguem solucionar o problema.
• 3º nível – É feito através de nossos engenheiros do P&D quando o problema não for
resolvido pelo suporte nível 1 ou 2.

O recebimento e cadastro das ocorrências são feitos através de nossa central de atendimento
ou via e-mail, conforme abaixo:
• Fone: +55 51 3358-3113 ou +55 51 3358-3132
• E-mail: suporte@digitel.com.br

Todos os registros de atendimento são feitos em um sistema CRM, baseado em Lotus Notes,
onde cada chamado é armazenado em um banco de dados e recebe um número de identificação.
A partir desse sistema de registro, podemos gerar relatórios tais como:
• quantidade de chamados em determinado período;
• quantidade de chamados por cliente;
• quantidade de chamados por tipo de equipamento;
• tempo de solução de cada chamado;
• status de cada chamado (aberto, fechado, ...);
• informação sobre os técnicos geradores dos chamados.

Podem ser gerados outros relatórios de acordo com a necessidade do cliente.


Adicionalmente, através do site http://www.digitel.com.br/pt/produtos/suporte.asp também é
possível solicitar suporte e fazer download de catálogos e manuais de produtos, sendo esse último
valorizado após cadastramento específico.
A Digitel recomenda que qualquer atualização de software deverá ter acompanhamento da
fábrica e deverá ser executado apenas por pessoa com capacitação técnica.

Certifique-se, antes de carregar o software no equipamento, qual o PRODUTO E MODELO que


está sendo utilizado e se o mesmo é compatível com o software a ser utilizado. Não tente carregar
software que não seja correspondente ao próprio PRODUTO E MODELO, pois isso causará danos ao
equipamento.

A Digitel não se responsabilizará por danos causados pelo não cumprimento das instruções
acima. Em caso de dúvidas, contate nossa equipe de suporte.

6
A seguir é apresentado o Formulário de Solicitação de Suporte.
Acesse http://www.digitel.com.br/pt/produtos/solicitacao-de-suporte.asp

CENTRO NACIONAL DE REPAROS (CNR)


A Digitel possui um Centro Nacional de Reparos (CNR) em Porto Alegre, que realiza
manutenção em todos os produtos. O Cliente pode remeter seus produtos para manutenção
diretamente ao CNR no seguinte endereço:
DIGITEL S/A INDÚSTRIA ELETRÔNICA
Rua Dr. João Inácio, 1165,
Bairro Navegantes – CEP 90230-181 - Porto Alegre – RS

7
INTRODUÇÃO

Sempre ampliando sua linha de produtos de transmissão de dados, a Digitel desenvolve e


produz rádios digitais com a mais avançada tecnologia para interligação de pontos a curtas, médias e
longas distâncias. A fim de melhor atender às necessidades dos clientes, foram desenvolvidas várias
soluções de Rádios.
Família ClearWave: rádios de freqüência licenciada de operação ponto a ponto, composta
pelos rádios:

• ClearWave 16X2M: capacidade total de 16 x 2.048 kbit/s com interfaces G.703 e Ethernet
Bridge na unidade básica. A porta Ethernet tem capacidade de transmissão máxima (throughput) de
32.768 kbit/s, possibilitando a distribuição da taxa total do rádio entre a ethernet e as interfaces
G.703. O rádio conta com um canal de serviço de voz e um canal auxiliar de 64 kbit/s V.35/V.36
compatível.
 7,5 GHz: 7,426 GHz a 7,723 GHz;
 8,5 GHz: 8,275 GHz a 8,5 GHz;
 15 GHz: 14,5 GHz a 15,33 GHz;
 18 GHz: 17,7 a 19,70 GHz;
 23 GHz: 21,8 a 23,60 GHz.

Família DBR: rádios de freqüência licenciada de operação ponto a ponto, composta pelos
rádios:
Rádio 400 MHz:
• DBR-400E/16M: 413 a 423 MHz e 440 a 450 MHz com até 8 interfaces de 2.048 kbit/s em
G.703. A interface Ethernet é capaz de transmitir até 16.384 kbit/s, o que permite a distribuição total
da taxa do radio entre as interfaces Ethernet e G.703. Apresenta interface V.35 compatível que pode
ser configurada em 64kbit/s ou 2.048 kbit/s, uma interface de voz 2 fios e uma interface VF 4 fios. A
capacidade total é de 8 x 2.048 kbit/s em G.703 ou 16.384 kbit/s em Ethernet.

Rádio 1,5 GHz:


• DBR-1500E/16M: 1.427 MHz a 1.452 MHz e 1.492 MHz a 1.517 MHz com até 8 interfaces
de 2.048 kbit/s em G.703. A interface Ethernet é capaz de transmitir até 16.384 kbit/s, o que permite a
distribuição total da taxa do radio entre as interfaces Ethernet e G.703. Apresenta interface V.35
compatível que pode ser configurada em 64kbit/s ou 2.048 kbit/s, uma interface de voz 2 fios e uma
interface VF 4 fios. A capacidade total é de 8 x 2.048 kbit/s em G.703 ou 16.384 kbit/s em Ethernet.

• DBR-1500.4E/25M: 1.427 MHz a 1.452 MHz e 1.492 MHz a 1.517 MHz com até 8 interfaces
de 2.048 kbit/s em G.703. A interface Ethernet é capaz de transmitir até 24.576 kbit/s, o que permite
a distribuição total da taxa do radio entre as interfaces Ethernet e G.703. Apresenta interface V.35
compatível que pode ser configurada em 64kbit/s ou 2.048 kbit/s, uma interface de voz 2 fios e uma
interface VF 4 fios ou E&M 6 fios. . A capacidade total é de 8 x 2.048 kbit/s em G.703 + 8192 kbit/s
em Ethernet ou 24.576 kbit/s em Ethernet.

Rádio 1,5 GHz XPIC:


• DBR-1500.4E/50MX: 1.427 MHz a 1.452 MHz e 1.492 MHz a 1.517 MHz com até dezesseis
interfaces de 2.048 kbit/s em G.703. O rádio permite a distribuição total da taxa entre as interfaces
Ethernet e G.703. Apresenta 2 interfaces V.35, uma configurada em 64 kbit/s e outra que pode ser
configurada em 64 Kbit/s ou 2.048 kbit/s, uma interface de voz 2 fios e uma interface VF 4 fios ou
E&M 6 fios. A capacidade total é de 16 x 2.048 kbit/s em G.703 + 24.576 kbit/s em Ethernet ou até
49.152 kbit/s em Ethernet.

Os rádios são totalmente projetados em nossos laboratórios no Brasil com a comprovada


qualidade dos produtos Digitel, garantindo total domínio da tecnologia atendendo a Normas
Internacionais. A Digitel oferece adicionalmente serviços de instalação de enlaces e execução de
todos os serviços associados à implantação de sistemas de rádio. Com um forte foco na prestação de
serviços e assistência técnica, a Digitel dispõe de moderno laboratório de reparos e o helpdesk para
oferecer o melhor suporte ao cliente.

8
1. DESCRIÇÃO DO PRODUTO
1.1. DESCRIÇÃO

Bem-vindo ao Manual de Instalação e Operação dos rádios DBR-400.4E/25M e DBR-


400.4E/50MX.
Ao abrir a embalagem dos Rádios, você vai encontrar os seguintes materiais:
• Rádio DBR-400.4E/25M ou DBR-400.4E/50MX;
• Cabo para console;
• Kit de fixação do rádio no rack;
• CD com o manual de instalação e operação.

DBR-400.4E/25M DBR-400.4E/50MX

Cabo console Kit de fixação CD

Os rádios DBR-400.4E/25M e DBR-400.4E/50MX são rádios digitais de operação ponto a


ponto que operam nas faixas de freqüência 413,05 MHz a 423,05 MHz e 440 MHz a 450 MHz em
G.703, Ethernet e V.35. Os rádios permitem a distribuição total da taxa entre as interfaces Ethernet e
G.703. Apresentam 2 interfaces V.35 compatível, uma configurada em 64 kbit/s e outra que pode ser
configurada em 64 kbit/s ou 2.048 kbit/s, uma interface de voz 2 fios e uma interface VF4 fios ou E&M
6 fios.
A capacidade total do BDR400.4E/25M é de 8 x 2.048 kbit/s em G.703 + 8192 kbit/s em
Ethernet ou 24.576 kbit/s em Ethernet. A capacidade total do DBR-400.4E/50MX é de 16 x 2.048
kbit/s em G.703 + 24.576 kbit/s em Ethernet ou até 49.152 kbit/s em Ethernet. A potência de
transmissão é configurável de 22 a 40 dBm, aplicável conforme legislação Anatel.
Estes rádios foram desenvolvidos usando alta tecnologia em processamento digital de sinais
para atendimento de voz e dados em longas distâncias. Empregam técnicas avançadas de
equalização adaptativa e correção de erros (FEC), proporcionando enlaces sem erros mesmo nas
condições mais adversas. O FEC apresenta uma capacidade de correção de 4%, que é feita junto
com o fluxo de dados (não há retransmissões).
É disponibilizada eficiência espectral programável, ou seja, mesmo sem nenhum hardware
adicional ou inserção de filtros, os rádios podem ser programados por software para diversas bandas
e canais. Eles possuem três níveis de filtragem: filtro de cavidade, filtro de FI e filtro em software
(DSP). É possível fazer a configuração local e remota do enlace de rádio, facilitando a instalação.
Os rádios podem operar em V.35 síncrono, com velocidades de 64 kbit/s ou 2.048 kbit/s ou
também em assíncrono, até 19,2 kbit/s.
Apresentam gerenciamento SNMP, que permite a configuração e a verificação do status dos
rádios local e remoto, acionamento e verificação de resultados de testes, monitoramento do sinal
recebido e gerência SNMP.
Os rádios possuem modelos que podem operar em 1+0 ou 1+1.

9
Características Gerais

Capacidade de 49.152 kbit/s (DBR-400.4E/50MX) e 24.576 kbit/s (DBR-400.4E/25M);


• AXPIC;
• FEC;
• Interleaver;
• Potência de 22 a 40dBm;
• ATPC;
• Alimentação redundante DC48;
• Transporte de alarmes;
• Gerenciamento SNMP In-band;
• Configurador WEB;
• Switch Ethernet.

1.1.1. PROTEÇÃO

Para a proteção é utilizada a operação hot-standby. Nesta configuração os dois rádios operam
com seus transmissores de forma alternada. No total o modelo DBR-400.4E/50MX possui 4
amplificadores de potência , sendo 2 principais para os transmissores vertical e horizontal e 2 para
backup dos mesmos. Já o DBR-400.4E/25M possui 2 amplificadores, um para o transmissor principal
e um para o backup.
Caso o enlace do DBR-400.4E/50MX falhe em uma das polarizações (vertical ou horizontal), o
rádio poderá continuar operando na outra polarização com a metade da capacidade total.

1.1.2. INTERFACES
• Interface G.703, 16 portas para o DBR-400.4E/50MX e 8 portas para o DBR-400.4E/25M;
• Interface Ethernet Switch 4 portas, sendo uma delas reservada para gerência SNMP;
• DB25 ISO-2110 auxiliar (RS232 assíncrono ajustável de 1,200 a 19,200 kbit/s e V.35 síncrono
64 kbit/s);
• Canal de voz auxiliar hotline 2 Fios;
• Canal de voz auxiliar VF 4 fios ou E&M 6 fios;
• RS232 para configuração;
• Entrada e saída de alarmes.

1.1.3. GERÊNCIA

Apresenta gerenciamento SNMP, que permite funções de operação, gerência de falhas/alarmes,


gerência de desempenho, dados de performance, gerência de configuração, estatísticas, inventário,
medições e monitoramento.

Essas funções permitem:

• Configuração e a verificação do status dos rádios local e remoto;


• Acionamento e verificação de resultados de testes;
• Monitoramento do sinal recebido;
• Monitoramento e controle de potência de transmissão;
• Configuração de canais de RF de transmissão e recepção;
• Controle de alarmes sem gerar interferência no tráfego e gerência SNMP.

1.1.4. MEDIÇÕES E MONITORAÇÕES DISPONÍVEIS

Os itens que podem ser medidos, monitorados ou visualizados são os seguintes:

• Medições em dBm: Nível de sinal recebido (RSSI) e potência transmitida (FORTX);


• Medição de SQ, ERROR;
• Indicação de LOS, AIS, queda de portadora, alta taxa de erro, queda de relógio, queda no
transmissor;
• Freqüências de transmissão e recepção.

10
1.2. MODELOS

Os rádios possuem os seguintes modelos e capacidades possíveis:

Código Modelo Capacidade


840.8001.00-9 DBR-400.4E/50MX H 1+1
840.8002.00-5 DBR-400.4E/50MX L 1+1
16E1 em G.703 + 24.576 Mbit/s em Ethernet
840.8003.00-1 DBR-400.4E/50MX
ou 49.152 Mbit/s em Ethernet.
840.8004.00-8 DBR-400.4E/50MX H 1+0
840.8005.00-0 DBR-400.4E/50MX L 1+0
840.8101.00-3 DBR-400.4E/25M H 1+1
840.8102.00-0 DBR-400.4E/25M L 1+1
8E1 em G.703 + 12.288 Mbit/s em Ethernet
840.8103.00-6 DBR-400.4E/25M
ou 24.576 Mbit/s em Ethernet.
840.8104.00-2 DBR-400.4E/25M H 1+0
840.8105.00-9 DBR-400.4E/25M L 1+0

Os equipamentos também permitem a utilização de alimentação AC, mediante conversor


externo que pode ser fornecido pela Digitel.

11
1.3. PAINEL FRONTAL

A figura a seguir mostra o painel frontal do DBR-400.4E/50MX.

4 5 6 7 8

1 2 3 9 10 11

12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22

23 24

25 26 27 28 29

Todas as conexões e sinalizações estão dispostas no painel frontal do rádio. Uma descrição de
cada um dos itens do painel é mostrada na tabela abaixo.

Nº Serigrafia Descrição
1 ANTENNA VERTICAL Conector tipo N da antena vertical
2 -48V Entrada fonte 1
3 -48V Entrada fonte 2
4 ALM Led de Alarme
5 ERR V Led de taxa de Erro vertical
6 ERR H Led de taxa de Erro horizontal
7 LAN 2 Conector RJ45 LAN 2 da interface Ethernet Switch
8 LAN 4 Conector RJ45 LAN 4 da interface Ethernet Switch
9 E&M Conector RJ45 do canal auxiliar de serviço VF (4 fios) ou E&M (6 fios)
10 ALM-OUT Conector RJ45 de saída de alarmes
11 ANTENNA HORIZONTAL Conector tipo N da antena horizontal
12 Conexão para aterramento de carcaça
13 RSSI +V Terminal de leitura de RSSI da polarização vertical
14 RSSI - Terminal de leitura de RSSI comum
15 RSSI +H Terminal de leitura de RSSI da polarização horizontal
16 E1 TRIBUTARY 1-4 Conector HD26 para conexão dos tributários de 1 a 4
17 E1 TRIBUTARY 5-8 Conector HD26 para conexão dos tributários de 5 a 8
18 E1 TRIBUTARY 9-12 Conector HD26 para conexão dos tributários de 9 a 12
19 E1 TRIBUTARY 13-16 Conector HD26 para conexão dos tributários de 13 a 16
Conector DB25 da interface V.35 1 (V.35/V36 64 ou 2.048 kbit/s
20 V.35 (1) síncrono ou V.28 assíncrono até 19,2 kbit/s)
21 V.35 (2) Conector DB25 da interface V.35 2 (V.36 em síncrono 64 kbit/s)
22 CONSOLE Conector RJ45 da console de configuração
23 Conector RJ45 do canal de serviço de voz (2 fios FXS)
24 ALM-IN Conector RJ45 de entrada de alarmes
25 POWER Led de indicação de alimentação
26 DCD-V Led de indicação de sincronismo vertical
27 DCD-H Led de indicação de sincronismo horizontal
28 LAN 1 Conector RJ45 LAN 1 da interface Ethernet para gerência SNMP
29 LAN 3 Conector RJ45 LAN 3 da interface Ethernet Switch

12
A figura a seguir mostra o painel frontal do DBR-400.4E/25M.
3 4 5 6

1 2 7 8 9

10 11 12 13 14 15 16 17

18 19

20 21 22 23

Todas as conexões e sinalizações estão dispostas no painel frontal do rádio. Uma descrição de
cada um dos itens do painel é mostrada na tabela abaixo.

Nº Serigrafia Descrição
1 -48V Entrada fonte 1
2 -48V Entrada fonte 2
3 ALM Led de Alarme
4 ERR Led de taxa de Erro vertical
5 LAN 2 Conector RJ45 LAN 2 da interface Ethernet Switch
6 LAN 4 Conector RJ45 LAN 4 da interface Ethernet Switch
7 E&M Conector RJ45 do canal auxiliar de serviço VF (4 fios) ou E&M (6 fios)
8 ALM-OUT Conector RJ45 de saída de alarmes
9 ANTENNA Conector tipo N da antena
10 Conexão para aterramento de carcaça
11 RSSI (+) Terminal de leitura de RSSI +
12 RSSI (-) Terminal de leitura de RSSI comum
13 E1 TRIBUTARY 1-4 Conector HD26 para conexão dos tributários de 1 a 4
14 E1 TRIBUTARY 5-8 Conector HD26 para conexão dos tributários de 5 a 8
Conector DB25 da interface V.35 1 (V.35/V36 64 ou 2.048 kbit/s
15 V.35 (1) síncrono ou V.28 assíncrono até 19,2 kbit/s)
16 V.35 (2) Conector DB25 da interface V.35 2 (V.36 em síncrono 64 kbit/s)
17 CONSOLE Conector RJ45 da console de configuração
18 Conector RJ45 do canal de serviço de voz (2 fios FXS)
19 ALM-IN Conector RJ45 de entrada de alarmes
20 POWER Led de indicação de alimentação
21 DCD Led de indicação de sincronismo
22 LAN 1 Conector RJ45 LAN 1 da interface Ethernet para gerência SNMP
23 LAN 3 Conector RJ45 LAN 3 da interface Ethernet Switch

13
O conector CONSOLE, localizado no painel frontal, é utilizado para conectar o rádio a um
terminal padrão tipo VT100, que permite a configuração e o controle do rádio. A tabela a seguir
mostra a função dos pinos do conector.

Pinagem do cabo para Console

RJ45 Sinal DB9F


1 CTS 8
2 DSR 6
3 RD 2 Pino 1 Pino 8
Interface de Console do Rádio
4 GND 5
5 GND 5
6 TD 3
7 DTR 4
8 RTS 7

Cabo de Console
690.4642.00-2

IMPORTANTE!
A velocidade do terminal de supervisão deve ser 57,600 kbit/s, conforme Apêndice.

14
2. INTERFACES E ACESSÓRIOS
2.1 INTERFACE G703

A figura abaixo mostra as conexões para as interfaces G.703 através do painel frontal. O rádio
DBR-400.4E/25M apresenta dois conectores HD26 e o DBR-400.4E/50MX apresenta quatro
conectores HD26, cada um com quatro interfaces G.703 de 2.048 kbit/s.

Conectores HD26 – Tributários do rádio Conectores HD26 – Tributários do rádio Cabo de conexão com o Patch Panel
DBR-400.4E/25M DBR-400.4E/50MX 690.4055.00-0

Opcionalmente o rádio pode utilizar um patch panel que apresenta dois conectores HD26, com
oito interfaces G.703 de 2.048 kbit/s. Poderão ser utilizados os modelos de patch panel com
conectores IEC ou BNC para 75 ohms. O Patch panel é conectado ao rádio através de um cabo
conforme figura acima.

Unidade Patch Panel G.703/75 Ohms IEC 169-13 - 8 canais

Unidade Patch Panel G.703/75 Ohms BNC 169-8 - 8 canais

Cabo multicoaxial: Opcionalmente esse cabo pode ser utilizado para interligação direta dos tributários ao DID e
pode ser adquirido com tamanhos de 10, 20 e 30 metros. Cada cabo apresenta um conector HD26 em suas
extremidades, que comportam 4E1. Em aplicações 16E1 são utilizados quatro cabos.

10m, 20m ou 30m

A tabela a seguir mostra a pinagem do conector HD26 das Interfaces G.703.


HD26 Sinal Descrição
18 RA1 Dados Recebidos 1
9 RB1 Dados Recebidos 1 - Retorno
17 TA1 Dados Transmitidos 1
8 TB1 Dados Transmitidos 1 - Retorno
16 RA2 Dados Recebidos 2
7 RB2 Dados Recebidos 2 - Retorno
15 TA2 Dados Transmitidos 2
6 TB2 Dados Transmitidos 2 - Retorno
13 RA3 Dados Recebidos 3
4 RB3 Dados Recebidos 3 - Retorno
12 TA3 Dados Transmitidos 3
3 TB3 Dados Transmitidos 3 - Retorno
11 RA4 Dados Recebidos 4
2 RB4 Dados Recebidos 4 - Retorno
10 TA4 Dados Transmitidos 4
1 TB4 Dados Transmitidos 4 - Retorno
18 a 26 GND Aterramento

15
2.2 INTERFACES V.35 COMPATÍVEL

Os sinais das interfaces V.35 são do tipo diferencial balanceado e seguem a recomendação
V.35 padrão ISO2110. Os sinais de controle são não-balanceados e seguem as recomendações
V.28.

Interfaces V.35 1 e 2 Cabo Adaptador V.35

V.35 (1) - Conector ISO-2110 para interface V.35 ou V36 a 64 ou 2.048 kbit/s. Também pode operar
em V.28 assíncrono até 19,2 kbit/s.
V.35 (2) - Conector ISO-2110 para interface 64 kbit/s;

A tabela a seguir mostra a pinagem do conector DB25 e do cabo adaptador CB-V.35 ISO 2110.
M34 (V.35) DB25 ITU-T Descrição
A 1 101 Terra de proteção
P-S 2-14 103 Dados transmitidos/TD
R-T 3-16 104 Dados recebidos/RD
C* 4 105 Solicitação para transmitir/RTS
D* 5 106 Pronto para transmitir/CTS
E* 6 107 Rádio pronto/DSR
B 7 102 Terra de sinal/GND
F* 8 109 Portadora detectada/DCD
Y-AA/a 15-12 114 Relógio de transmissão interno/TC
V-X 17-9 115 Relógio de recepção/RC
L* 18 141 Laço analógico local/LAL
H* 20 108 Terminal pronto/DTR
N* 21 140 Laço digital remoto/LDR
U-W 24-11 113 Relógio de transmissão externo/REX
NN/n* 25 142 Indicador de teste/TI

NOTA:
Os circuitos marcados com asterisco (*) são sinais de controle não balanceados.
A pinagem no conector DB25 segue a norma ISO 2110, AMD 1991.
O cabo adaptador V.35 é opcional.
Para fazer seu pedido junto a Digitel, utilize o código 810.0231.00-0.

IMPORTANTE:
Cada interface V.35 compatível trafega por uma das polarizações possíveis.

16
2.3 INTERFACE V.36 COMPATÍVEL

A interface V.35 (1) dos rádios pode operar como uma interface V.36. Os sinais da interface
V.36 são do tipo diferencial balanceado e seguem a recomendação V.11 do ITU-TSS para dados, relógio
e alguns sinais de controle. Quando a interface do usuário segue a norma V.36, deve-se utilizar o cabo
adaptador V.36 para a conexão do rádio.

Interface V.36

Cabo Adaptador V.36

A tabela a seguir mostra a pinagem do conector DB25 e do cabo adaptador CB-V.36 ISSO 2110.
DB37 (V.36) DB25 ITU-T DESCRIÇÃO
A 1 101 Terra de proteção
4-22 2-14 103 Dados transmitidos/TD
6-24 3-16 104 Dados recebidos/RD
7* 4-19 105 Solicitação para transmitir/RTS
9-27 5-13 106 Pronto para transmitir/CTS
11* 6 107 Rádio pronto/DSR
19-20 7-23 102 Terra de sinal/GND
13-31 8-10 109 Portadora detectada/DCD
5-23 15-12 114 Relógio de transmissão interno/TC
8-26 17-9 115 Relógio de recepção/RC
10* 18 141 Laço analógico local/LAL
12* 20 108 Terminal pronto/DTR
14* 21 140 Laço digital remoto/LDR
17-35 24-11 113 Relógio de transmissão externo/REX
18* 25 142 Indicador de teste/TI

NOTA:
Os circuitos marcados com asterisco (*) são sinais de controle não balanceados.
A pinagem no conector DB25 segue a norma ISO 2110, AMD 1991.
O cabo adaptador CB-V.36 é opcional.
Para fazer seu pedido junto a Digitel, utilize o código 810.0232.00-6.

17
2.4 INTERFACE V.28 COMPATÍVEL

A interface V.35 (1) dos rádios pode operar como uma interface V.28. Essa interface é
considerada desbalanceada, pois todos seus sinais possuem como referência um único fio (terra do
sinal - pino 7).

Interface V.28

A tabela a seguir mostra a pinagem do conector DB25 modo V.28.


Circuito Função Sinal Pino DB25
101 Terra de proteção P.GND 1
102 Terra de sinal S.GND 7
103 Dados transmitidos TD 2
104 Dados recebidos RD 3
105 Pedido para enviar RTS 4
106 Pronto para enviar CTS 5
107 Rádio pronto DSR 6
108 Terminal pronto DTR 20
109 Detecção de portadora DCD 8
113 Relógio externo de transmissão XTCa e XTCb 24 e 11
114 Relógio de transmissão TC 15
115 Relógio de recepção RC 17
128 Relógio externo de recepção ERC 22
140 Acionamento de laço 21
141 Acionamento de laço local 18
142 Indicador de teste TI 25

2.5 INTERFACE SWITCH ETHERNET E GERENCIAMENTO


O módulo Switch dos rádios possui 4 interfaces Ethernet 10/100Base-T com conectores RJ45
fêmea. Tem como função interligar segmentos de uma rede Ethernet (LAN) através de interfaces de
rádio.
Suas portas suportam autonegociação bem como serem forçadas (via gerência, CLI e
WEBCONFIG) para 10Mbps ou 100Mbps, Full ou Half Duplex e MDI/MDIX auto cross.
Possui transparência a transporte de pacotes ETH 802.1ad (QinQ), com tamanho de pacote
máximo de 1600 bytes. Aceita marcação de sVLAN (QinQ) a partir de uma determinada interface
ethernet de entrada. O tráfego de cada interface pode ser configurado como: Tagged, aceitando
somente pacotes marcados com os VLAN IDs especificados; Untagged, aceitando somente pacotes
sem marcação de VLANs; ou Transparent LAN, aceitando tanto pacotes com tag como sem tag.
Parâmetros de configuração relacionados à operação do Bridge: TRBENABLE, TRBSTATUS,
EXPTYPE, EXPENABLE, EXPSTART, EXPSIZE, BRAUTONEG, BRETHRATE, BRSTATUS,
BRWANSTATUS.
Possui transparência a transporte de pacotes ETH 802.1q (dot1.q), com tamanho de pacote
máximo de 1600 bytes. No caso da porta estar configurada como Transparent LAN, pacotes sem
marcação receberão um tag e pacotes já marcados receberão um segundo tag.
O DBR-400.4E/50MX permite que o módulo Switch seja configurado para utilizar de 1 a 16
canais, permitindo uma banda na WAN de 2,048 Mbps até 32,768 Mbps. O DBR-400.4E/25M permite
que o módulo Switch seja configurado com uma WAN de 2,048 Mbps até 24,576 Mbps. Quando o
módulo Switch for utilizado não será possível acionar laços de teste nos canais ocupados pelo
mesmo.

18
A figura abaixo mostra os quatro conectores da interface Switch Ethernet (LAN 2, LAN 3 e LAN
4) e Gerenciamento dos rádios (LAN 1).

LED LAN 1 LED LAN 4


LED LAN 2 LED LAN 3

Interface reservada para


gerenciamento SNMP.
Interface Switch Ethernet

Essas interfaces podem ser conectadas a hubs, switches ou microcomputadores utilizando


cabos direto ou crossover (auto DIX/MDIX). Elas apresentam quatro leds junto aos conectores RJ45,
que indicam as seguintes situações:
Led apagado: Sem cabo;
Led verde aceso: Com cabo conectado e negociado em half duplex e sem atividade;
Led verde piscando: Com cabo conectado e negociado em half duplex com atividade;
Led amarelo aceso: Com cabo conectado e negociado em full duplex e sem atividade;
Led amarelo piscando: Com cabo conectado e negociado em full duplex com atividade.

2.6 INTERFACES DE VOZ

Os rádios apresentam uma interface de voz a 2 fios e uma interface auxiliar de voz VF a 4 fios
ou E&M a 6 fios. Essas interfaces apresentam-se com conectores RJ45 fêmea no painel frontal. A
freqüência do canal de voz é de 300 Hz a 3400 Hz, sem compressão.

2.6.1 Características da Interface de Voz para Comunicação entre as Estações:


• Interface de voz 2 fios com gerador de tensão de bateria e corrente de toque;
• Suporta impedâncias de linha de 600 ohms;
• Sinalização telefônica hotline;
• Suporte a enlace telefônico ponto a ponto dedicado.

2.6.2 Características interface VF / E&M:


• Operação a quatro fios;
• Suporta impedância de linha de 600 ohms a quatro fios;
• Suporte a sinalização contínua e pulsada;
• Suporte a E&M tipo I, II, III, IV e V;
• Suporta impedância de linha de 600 ohms.

Os tipos de E&M configuram a interface elétrica de sinalização e não sofrem influência do


modo utilizado para transmitir o sinal analógico. Em qualquer um dos cinco tipos de interface E&M, a
interface E&M dos rádios sempre implementa o lado de transporte (carrier).

Interface E&M Tipo I Interface E&M Tipo 2

19
I Interface E&M Tipo 3 Interface E&M Tipo 4

I Interface E&M Tipo 5

Interface E&M Tipo 5 Interface VF

INTERFACE VF – VOICE FREQUENCY

TX AD

MUX

RX AMP DA

2.6.3 Conectores de voz

VF / E&M Interface de Voz


Pino Função Pino Função
Interface VF / E&M 1 SB (Signal Battery) 2 Tip
2 M (Mouth) 3 Ring
Pino 1 3 RX Ring (R)
Interface de voz 4 TX Ring (R1)
5 TX Tip (T1)
6 RX Tip (T)
7 E (Ear)
8 SG (Signal Ground)

20
2.7 ALARMES

Os rádios disponibilizam informes de alarmes internos (gerados pelo próprio rádio) e externos
(transportados pelo rádios). Esses informes acionarão 4 contatos secos de relé:
• 2 contatos configurados 1 NF (normalmente fechada) e 1 NA (normalmente aberta) para alarmes
não urgentes;
• 2 contatos configurados 1 NF e 1 NA para alarmes urgentes;

Esses informes serão exteriorizados através um conector RJ45 fêmea (saída de alarmes). Os
alarmes, quando existirem, também serão informados através do led ALARM no painel frontal. Ao sair da
condição de alarme, o led apagará e o relé retornará à posição normal.

Pinos Condição Tipo


1e2 NA (Normalmente Aberto) Alarme Urgente
3e4 NF (Normalmente Fechado) Alarme Urgente
5e6 NA (Normalmente Aberto) Alarme Não Urgente
7e8 NF (Normalmente Fechado) Alarme Não Urgente
Pino 1

Adicionalmente, é disponibilizado um conector RJ45 fêmea com 2 entradas opto-isoladas para


entrada de alarmes externos:
• 1 contato de entrada para alarmes urgentes;
• 1 contato de entrada para alarmes não urgentes.

Esses informes de alarmes podem ser interpretados pelo operador utilizando a tabela de
alarmes abaixo através de comandos (Tera Terminal). A pinagem dos alarmes é disponibilizada a
seguir.

Pino 1
Pinos Condição Tipo
1e2 Alarme Externo 1 Alarme Urgente
3e4 Alarme Externo 2 Alarme Urgente
5e6 Alarme Externo 3 Alarme Não Urgente
7e8 Alarme Externo 4 Alarme Não Urgente

Tabela de alarmes
Alarme Descrição Urgência
No DCD V/H Falta de sincronismo vertical ou horizontal Urgente
Backup V/H Sinaliza comutação 1+1 Urgente
Low RSSI V/H Nível de sinal recebido baixo Não urgente
Poor SQ V/H Qualidade de sinal ruim Não urgente
BER E6 V/H Taxa de erro maior que 10-6 Não urgente
Low Power V/H Potência de saída baixa (<3dB) Não urgente
Power Failure V/H Falha de potência de RF na saída Urgente
Source Failure 1 / 2 Falha nas fontes Urgente
Cooler Failure 1 / 2 Falha nas Coolers Urgente
High Temperature V/H Sobretemperatura nos módulos de potência de RF Urgente
No External Clock 1 / 2 Falta de sinal nas interfaces V.35 Não urgente
LOS [1..16] Falta de sinal nas interfaces G.703 Não urgente
AIS [1..16] Falta de dados nas interfaces G.703 Não urgente
Extern 0 Transporte de alarme externo Urgente
Extern 1 Transporte de alarme externo Urgente
Extern 2 Transporte de alarme externo Não Urgente
Extern 3 Transporte de alarme externo Não urgente

21
2.8 ENTRADA DE ALIMENTAÇÃO

Os rádios possuem alimentação redundante e apresentam duas fontes que operam em


paralelismo, fazendo o balanceamento de carga. No caso de falha em uma das fontes de
alimentação, a outra assume a carga total.

A alimentação dos rádios é feita através de dois conectores localizados no painel dianteiro.
Esses conectores possuem 3 pinos com parafusos para alimentação DC48 (36 a 60VDC). O terminal
da esquerda é o aterramento, o terminal central é o positivo (Ø) e o da direita é o negativo (-48V).

Entrada de Alimentação DC 1 e 2

2.8.1 Padrão de fio recomendado para alimentação DC

O padrão de fio recomendado para conectar a alimentação DC ao rádio depende da distância


entre a fonte de alimentação e o rádio. Uma tabela para o comprimento de cada tipo de cabo, usando
cabo de cobre, é mostrado na tabela abaixo. As distâncias apresentadas levam em consideração uma
queda de tensão de até 10%.

Alimentação 48VDC
Bitola do Fio Com AXPIC Sem AXPIC
2
1.5 mm (16 AWG) 34 m 45 m
2
2.5 mm (14 AWG) 64 m 85 m
2
4 mm (12 AWG) 96 m 128 m
2
6 mm (10 AWG) 151 m 202 m

2.8.2 Informação de pinagem do conector DC


A tabela a seguir mostra as informações de pinagem do conector de alimentação DC.

Conector DC Entrada de Alimentação Cor de Cabo


Terra do chasi Verde
+ Entrada DC positiva Vermelho
- Entrada DC negativa Azul

A seção a seguir apresenta alguns exemplos de aplicação do produto.

22
3. APLICAÇÕES DO PRODUTO

3.1 4E1 em G.703 + 40960 kbit/s Ethernet - 1+1 com AXPIC

Filial Matriz

DBR-400.4E/50M X DBR-400.4E/50M X

4E1 4E1
G.703 G.703

VF / E&M VF / E&M

Canal de voz
Canal de voz

Gerência SNMP

Rede de dados Cliente Rede de dados Cliente


40960 kbit/s 40960 kbit/s

3.2 8E1 em G.703 + 32768 kbit/s Ethernet – 1+1 com AXPIC

Filial Matriz

DBR-400.4E/50M X DBR-400.4E/50M X

8E1
G.703

VF / E&M VF / E&M

Canal de voz
Canal de voz

Gerência SNMP

Rede de dados Cliente Rede de dados Cliente


32768 kbit/s 32768 kbit/s

23
3.3 12E1 em G.703 + 24576 kbit/s Ethernet – 1+1 com AXPIC

Filial Matriz

DBR-400.4E/50MX DBR-400.4E/50MX

12E1 12E1
G.703 G.703

VF / E&M VF / E&M

Canal de voz
Canal de voz

Gerência SNMP

Rede de dados Cliente Rede de dados Cliente


24576 kbit/s 24576 kbit/s

3.4 16E1 em G.703 + 16384 kbit/s Ethernet – 1+1 com AXPIC

Filial Matriz

DBR-400.4E/50M X DBR-400.4E/50M X

16E1 16E1
G.703 G.703

VF / E&M VF / E&M

Canal de voz
Canal de voz

Gerência SNMP

Rede de dados Cliente Rede de dados Cliente


16384 kbit/s 16384 kbit/s

24
3.5 49152 KBIT/S ETHERNET – 1+1 COM AXPIC

Filial Matriz

DBR-400.4E/50M X DBR-400.4E/50M X

VF / E&M VF / E&M

Canal de voz
Canal de voz

Gerência SNMP

Rede de dados Cliente Rede de dados Cliente


49152 kbit/s 49152 kbit/s

3.6 24576 KBIT/S ETHERNET – 1+1 SEM AXPIC

Filial Matriz

DBR-400.4E/25M DBR-400.4E/25M

VF / E&M VF / E&M

Canal de voz
Canal de voz

Gerência SNMP

Rede de dados Cliente Rede de dados Cliente


24576 kbit/s 24576 kbit/s

25
4. FUNCIONAMENTO
Na operação dos rádios, a configuração é feita através da porta Console (ADMIN) do painel
frontal ou do módulo de gerenciamento.
Os dados provindos da interface de dados são recebidos e enviados à etapa de FEC e
modulação. O algoritmo de FEC é do tipo Reed-Solomon. A partir de então, é feita a modulação e
transmissão do sinal em FI (freqüência intermediária) para a etapa seguinte, que fará o up converter.
Neste ponto, haverá a conversão do sinal de FI para a freqüência de RF configurada pelo instalador,
conforme o canal que o usuário estiver utilizando. Este sinal, então, é enviado a um amplificador de
potência e, logo após, a um filtro de cavidade, o qual, por fim, disponibiliza o sinal no conector de RF.
Na recepção, o sinal recebido passa pelo filtro de cavidade e é enviado a um amplificador de
baixo ruído e, logo após, ao down converter que converte o sinal recebido para a freqüência de FI.
Depois, o sinal de FI é demodulado, e os pacotes de dados são transmitidos à etapa de controle, que
os distribui para os devidos canais de interface de dados.

4.1 DIAGRAMA DE BLOCOS DBR-400.4E/50MX

TRANSMISSÃO
AMP LOOP RF
“V1”

D/A UP PRE RF OUT


“V” CONVERTER AMP “V”
“v”
AMP
“V2”

DSP
PROTEÇÃO TX
TX LOOP
FI AMP
“H1”

“H” D/A UP PRE RF OUT


“H” CONVERTER AMP “H”
DIPLEXER
AMP “H”
“H2”

RECEPÇÃ O
DIPLEXER
G.703 “V”
A/D AGC DOWN
“H” “H” CONVERTER RX
4xETH “H” “H”

V35/V36/V28 M
DSP
U
FXS
RX
X
E&M “V” A/D DOWN
AGC
“V” “V” CONVERTER RX
CONSOLE “V”

INTE RFA CES

4.2 PROTEÇÃO 1+1 DBR-400.4E/50MX

A proteção 1+1 é do tipo hot-standby e o chaveamento de circuito é todo feito dentro do


equipamento antes do branching, sem a necessidade de acopladores externos. Quando configurado
em AXPIC, a comutação é independente nos circuitos verticais e horizontais. Havendo falha de
potência em um dos circuitos principais (AMP “V1” ou AMP ”H1”), o sistema é chaveado
automaticamente do amplificador principal para o backup (AMP “V2” ou AMP ”H2”).

26
4.3 DIAGRAMA DE BLOCOS DBR-400.4E/25M

Diagrama de Blocos
AMP
“1”

UP PRE RF OUT
DSP D/A
CONVERTER AMP
TX
AMP
“2”

PROTEÇÃ O TX
LOOP
FI
DIPLEXER
TRANSMISSÃO LOOP RF

G.703
RECEPÇÃO

4xETH

V35/V36/V28 M
U DSP
DOWN
FXS X RX A/D AGC CONVERTER RX
E&M

CONSOLE

INTE RFA CES

4.4 PROTEÇÃO 1+1 DBR-400.4E/25M

A proteção 1+1 é do tipo hot-standby e o chaveamento de circuito é todo feito dentro do


equipamento antes do branching, sem a necessidade de acopladores externos. Havendo falha de
potência no circuito principal (Amp “1”), o sistema é chaveado automaticamente do amplificador
principal para o backup (Amp “2).

27
4.5 LAÇO DIGITAL LOCAL (LDL) E LAÇO DIGITAL REMOTO (LDR)

Para facilitar a análise e o isolamento de possíveis falhas, os rádios permitem a realização de


alguns testes de laço. Tanto o laço digital local (LDL) quanto o laço digital remoto (LDR) podem ser
feitos de forma independente para cada um dos tributários E1 instalados no equipamento. O laço
digital remoto é equivalente ao laço digital local, porém executado no equipamento remoto.
O laço digital faz com que os dados do canal E1, provenientes da interface de agregado,
retornem ao sistema PDH, e que os dados do tributário E1 retornem para sua interface elétrica. Pode-
se acionar laços independentemente para cada tributário via gerência, console ou WEB Config.

Rádio Local Rádio Remoto

ETD Interface Interface ETD

Laço Digital Local

Rádio Local Rádio Remoto

ETD Interface Interface ETD

Laço Digital Remoto

Para executar o LDL ou LDR através da console, utilize o comando de escrita set radio ldl
interface (verifique a sintaxe de conforme indicado nos comandos de escrita) ou utilize a janela de
configuração de laços do WEB Config, conforme indicado abaixo.

28
4.6 LAÇO DE FI LOCAL
O laço de FI local permite o teste de todos os circuitos de interface, multiplexação e DSP. Na
figura abaixo ou no diagrama em blocos é possível localizar as chaves que executam este teste.
Quando executado o laço, o sinal modulado é chaveado p/ o DSP de recepção que demodula e
retorna ao multiplexador de interfaces.

LOOP FI

D/A
“H”
“H” LOOP FI

DSP TRANSM ISSÃO


TX
G.703 G.703 DSP D/A
“V” D/A TX
4xETH “V” 4xETH
TRANSMISSÃO
V35/V36/V28 M V35/V 36/V28 M
U U
FXS X FXS X
A/D
E&M E&M
“H” DSP
“H” A /D
CONSOLE RX
CONSOLE
DSP
INTE RFACES RX RECEPÇÃO RECEPÇÃ O
INTE RFA CES

“V” A/D
“V”

Circuito de LDL DBR-400.4E/50MX Circuito de LDL DBR-400.4E/25M

4.7 LAÇO DE RF LOCAL

O laço de RF local permite o teste de todo o rádio até a entrada do duplexador. Nas figuras
abaixo ou nos diagramas em blocos é possível localizar as chaves que executam este teste. Quando
executado o laço, o sinal de RF após passar pelos amplificadores de potência retorna ao receptor
validando os circuitos de interface, multiplexação, DSP, UP/DOWN converter e amplificação.

LOOP RF
AMP
“V1”

PRE RF OUT
AMP “V”

AMP
“V2”

TRANSMISSÃO
LOOP RF
AMP AMP
“H1” “V1”
PRE RF OUT PRE RF OUT
AMP “H” AMP “V”

AMP AMP
“H2” “V2” TRANSMISSÃO

A/D AGC DOWN


“V” “V” CONVERTER RX
A/D AGC DOW N “V”
“H” “H” CONVERTER RX
“H”
RECEPÇÃ O

RECEPÇÃ O

A/D AGC DOW N


“V” “V” CONVERTER RX
“V”

Loop RF DBR-400.4E/50MX Loop RF DBR-400.4E/25M

29
4.8 FORWARD ERROR CORRECTION - FEC

Os meios utilizados para as transmissões digitais em espaço livre introduzem ruídos. Quando
presente em um meio de transmissão, o ruído e também alguns outros elementos, relativos a deste
próprio meio, causam alterações ou até a perda do sinal digital que está sendo transmitido. A técnica
denominada FEC (Forward Error Correction), permite melhorias na performance sistêmica, através de
alterações no sinal digital que está sendo transmitido.

A seguir é descrita a etapa de transmissão do FEC:

Bytes de Dados sem erros

FEC

TX
Bytes de Dados + FEC

• A correção é feita junto ao fluxo de dados (não há retransmissões).


• O corretor tem uma alta capacidade de correção. Se essa capacidade for esgotada (em um
bloco), os dados são repassados tal qual eles foram recebidos.
• Os dados são divididos em blocos de N bytes.
• Sobre o bloco de dados é aplicada uma função matemática, gerando M bytes de
redundância (FEC).
• O bloco de dados + FEC é transmitido ao meio externo.

A seguir é descrita a etapa de recepção do FEC:

RX
Bytes de Dados + Paridade

FEC

Bytes de Dados

• O bloco de bytes dados + FEC é recebido com erros.


• Sobre o bloco de dados + FEC, é aplicada uma função matemática que recupera os bytes de
dados, mesmo que existam erros também nos bytes de redundância (FEC).

4.9 INTERLEAVER

O interleaver é uma técnica que aumenta a eficiência do FEC em casos de ruído impulsivo,
caracterizado por ser de muito curta duração. Esta técnica consiste em armazenar varios blocos
gerados pelo FEC e fazer um embaralhamento destes. Na recepção os blocos são reordenados e
entregues ao FEC. Se ao longo do enlace houver um ruído bastante concentrado, este será
espalhado no tempo em distúrbios menores quando os blocos forem reordenados. Com isto o FEC
terá capacidade de corrigir todos o blocos.
O interleaver é uma configuração opcional do rádio, pois devido ao armazenamento de blocos,
acaba inserindo um atraso de propagação de dados muitas vezes indesejado. Por isso o interleaver
pode ser desabilitado ou ter sua profundidade alterada. A profundidade pode ser “full” (maior
espalhamento, porém maior atraso), “half” ou “quarter”. Nas especicações constam os tempos de
propagação de dados para cada configuração.

30
4.10 NÍVEL DE SINAL RECEBIDO - RSSI

Em condições normais de temperatura e pressão (CNTP), o nível de sinal de recepção (RSSI)


pode depender das variáveis abaixo.
• Potência de transmissão do equipamento remoto;
• Ganhos das antenas local e remota;
• Atenuação no espaço livre.
Comparando o nível de sinal recebido esperado com o nível medido pelo rádio, podemos ter as
seguintes tolerâncias:
• +/- 1 dB na potência de transmissão;
• +/- 0,5 dB no ganho das antenas (por antena);
• +/- 3dB na medição do nível de sinal recebido (RSSI).
Levando em consideração esses fatores, o pior caso para o nível de sinal recebido seria: +/-1, +/-
0,5, +/-0,5 e +/-3. Sendo assim, quando ajustarmos a potência para 33 dBm, a tolerância típica,
incluindo todas as tolerâncias, será em torno de 5 dB.
Seguindo esse mesmo raciocínio, a variação poderá também ser diferente para os dois lados
do enlace, visto que a variação da potência de TX e o valor de RSSI podem variar para mais ou para
menos. A tolerância de +/- 3dB na medição do nível de sinal recebido (RSSI) se deve ao fato de o
rádio não ter sido projetado para ter a precisão de um Wattímetro ao realizar a medição do nível de
sinal recebido (RSSI).

4.11 QUALIDADE DO SINAL

A medição do parâmetro de qualidade é feita em DSP pelo próprio demodulador. É feito um


cálculo de erro médio quadrático dos símbolos decodificados e por software este valor é integrado e
normalizado por modulação. O resultado é um valor percentual de 0 a 100% (quanto maior melhor). A
normalização é feita porque a relação sinal/ruído aceitável depende da modulação utilizada. O valor
calculado levará isto em consideração de forma que um determinado percentual tenha a mesma
quantidade independente da modulação.
Um valor abaixo de 50% é considerado ruim e o enlace provavelmente estará apresentando
taxa de erro. Valores típicos esperados em um enlace não interferido e com bom nível de RSSI são
da ordem de 70% ou 80%.

4.12 CONTROLE AUTOMÁTICO DE POTÊNCIA - ATPC

ATPC - Automatic Transmit Power Control. A intensidade do sinal transmitido é um fator


determinante na cobertura do sinal. O sinal deve ser intenso o suficiente para que possa ser recebido
pelo equipamento rádio na ponta remota do enlace durante períodos em que ocorram ruídos,
interferências ou degradação do sinal.
A faixa de atuação do ATPC, assim como a potência de transmissão dos rádios, é configurável
em passos de 1dB de 22 a 40dBm.
Se por um lado uma potência de transmissão elevada proporciona disponibilidade durante
períodos com atenuação adicional, por outro acarreta um problema em condições de baixa
atenuação, uma vez que um sinal excessivamente intenso causará interferência em outros enlaces,
operando nas mesmas freqüências.
O ATPC consiste, portanto, em um sistema que varia automaticamente a potência de
transmissão, em função da qualidade do sinal recebido do rádio remoto, por meio de monitoração
contínua desse nível no lado de recepção e envio de sinais de controle para a estação transmissora,
visando manter a qualidade e disponibilidade do serviço e tornando o enlace mais robusto.

31
O ATPC aumenta a potência de transmissão quando detecta uma qualidade de sinal inferior a
75% na recepção remota de forma a mantê-la em torno desse valor. Por outro lado, se a qualidade de
sinal remota for superior a 85% o ATPC irá atuar no sentido de reduzir a potência. Como esse rádio
conta com dois enlaces (vertical e horizontal), existem dois circuitos de ATPC independentes.

Os gráficos abaixo exemplificam a atuação do ATPC e sua vantagem.

4.13 CANCELADOR DE INTERFERÊNCIA DE POLARIZAÇÃO CRUZADA – AXPIC

AXPIC – Adaptative-Cross-Polarization Interference Canceller. Trata-se de um dispositivo de


contramedida cujos parâmetros se ajustam automaticamente com o objetivo de cancelar a
interferência de polarização cruzada. Esse método possibilita um maior aproveitamento do espectro,
dobrando a capacidade de transmissão.
O DBR-400.4E/50MX possui tecnologia AXPIC, que permite dobrar a capacidade de
transmissão de dados. Este rádio possui dois circuitos completos de transmissão e recepção e duas
saídas para antena, uma vertical e outra horizontal. O tráfego de dados é divido entre dois circuitos e
transmitido simultaneamente no mesmo canal de RF, porém com polarizações diferentes na antena.
A técnica de DSP de cancelamento de interferência cruzada é implementada nos dois circuitos de
recepção que passam referência de sinal um para o outro de forma que o receptor horizontal possa
filtrar a interferência vertical e vice-versa. Assim os dois receptores podem entregar os dois feixes de
dados ao demultiplexador da mesma forma que foram montados pelo multiplexador de transmissão.
A figura abaixo mostra graficamente o aproveitamento espectral que esta tecnologia oferece.
Com ela consegue-se a mesma taxa efetiva de dados transmitidos com a metade da banda espectral.

25Mbps 25Mbps

CANAL1 CANAL2

3,5MHz 3,5MHz BW
7MHz

50Mbps

CANAL1
VERT.

BW
CANAL1
HORIZ.

3,5MHz

32
A seguir é apresentado um diagrama em blocos do rádio detalhando as etapas de
processamento de sinais (DSP) da transmissão e da recepção. Pode-se observar que a transmissão
tem seu circuito horizontal e vertical separados e independentes. O multiplexador sempre irá alocar a
primeira metade dos tributários para o transmissor vertical e a segunda metade no horizontal,
seguindo a numeração dos tributários. Na recepção pode-se observar o bloco de filtragem logo na
entrada do DSP de recepção. Este filtro é necessário porque a rejeição de sinal que uma antena
polarizada verticalmente oferece ao sinal transmitido horizontalmente não é perfeita, sendo que o
sinal vertical entra no seu receptor respectivo com uma interferência do transmissor horizontal. O filtro
vertical trabalha em realimentação com o filtro horizontal, e de forma adaptativa eles entregam ao
decodificador os sinais puros do horizontal e do vertical.
O AXIPC do DBR-400.4E/50MX foi especificado para conseguir separar os sinais interferidos
em até 20dB, o que é um valor típico de rejeição por polarização cruzada de antenas disponíveis no
mercado.

4.14 SWITCH ETHERNET

O modulo Switch dos rádios possui 4 interfaces Ethernet 10/100Base-T com conectores RJ45
fêmea. Tem como função interligar segmentos de uma rede Ethernet (LAN) através de interfaces de
rádio. Uma destas portas, a LAN1, é reservada para gerência SNMP do rádio conforme mostram os
diagramas a seguir. O Switch pode ser programado em três modos de operação: flat, vlan ou vlanqos.
O primeiro diagrama a seguir representa o modo flat onde as 3 interfaces LAN destinadas a tráfego
de dados e a interface de transporte Ethernet do rádio estão conectadas de modo transparente. Note
que a interface LAN1 está mapeada internamente para a interface Ethernet de configuração e
gerência da CPU. Esta CPU dispõe de uma WAN para gerência remota in-band que está conectada a
uma interface auxiliar de transporte do rádio.
LAN0
CPU
SWITCH
LAN1
CONFIG
LAN2

LAN3
DATA MU X R ÁDIO
LAN4

33
Configurando o modo de operação para vlan, cada porta LAN de dados poderá ser
configurada para tagged, untagged ou transparent. O modo vlanqos tem as mesmas funcionalidades
de vlan mais o QoS. Quando configurada para tagged, só passarão pacotes marcados com vlan
conforme o tag configurado para a porta. Quando configurada para untagged, só passarão pacotes
sem marcação de vlan. Na configuração transparent, todos os pacotes passam, com e sem tag. O
Switch de modo geral ainda poderá ser configurado como member, pass ou addtag. Se configurado
como member filtra a entrada de pacotes na porta baseado na tag definida. Se configurado para
pass, desabilita o filtro de entrada e a adição de tag de vlan. Se configurado como addtag, adiciona a
tag definida no pacote que entra pela porta.
Por exemplo, para fazer marcação de VLAN na porta LAN 2, são usados os seguintes
comandos em seqüência para os rádios:

DBR400> SET SWITCH LAN2 SPEED 100MBPS


DBR400> SET SWITCH LAN2 EGRESS_RATE NO_LIMIT
DBR400> SET SWITCH LAN2 DUPLEX FULL
DBR400> SET SWITCH LAN2 FORCELINK AUTO
DBR400> SET SWITCH LAN2 AUTONEG DISABLE
DBR400> SET SWITCH MODE VLAN
DBR400> SET SWITCH LAN2 VLANMODE TAGGED
DBR400> SET SWITCH LAN2 VLANID 2
DBR400> SET SWITCH VLANTYPE MEMBER
DBR400> CONFIG SAVE

No segundo diagrama a seguir está representado uma operação com VLAN, onde o tráfego
das portas é isolado entre as mesmas.
LAN0
CPU
SWITCH
LAN1
CONFIG
LAN2

LAN3
DATA MU X R ÁDIO
LAN4

Suas portas suportam autonegociação bem como serem forçadas (via gerência, CLI e
WEBCONFIG) para 10Mbps ou 100Mbps, Full e Half Duplex e MDI/MDIX auto cross.
Possui transparência a transporte de pacotes ETH 802.1ad (QinQ), com tamanho de pacote
máximo de 1600 bytes. Aceita marcação de VLANs (QinQ) a partir de uma determinada interface
Ethernet de entrada. Possui transparência a pacotes ETH 802.1q (dot1.q), com tamanho de pacote
máximo de 1600 bytes.
A banda compartilhada de Ethernet que é transportada pelo rádio pode ser configurada para
utilizar de 1 a 16 canais de 2,048 Mbps (até 32,768 Mbps) de acordo com a disponibilidade do rádio e
a quantidade de E1’s alocados. Cada uma da portas LAN destinadas para transporte de dados pode
n
ter seu limite de banda configurado em 2 x128kbps (128k, 256k, 512k, ...32Mbps) através do
parâmetro “egress rate”. Esse limite de banda por porta independe do modo de operação do Switch.
Por exemplo, para determinar um limite de banda para a porta LAN2, use os seguintes
comandos em seqüência para os rádios :

DBR400> SET SWITCH LAN2 SPEED 100MBPS


DBR400> SET SWITCH LAN2 EGRESS_RATE 4M
DBR400> SET SWITCH LAN2 DUPLEX FULL
DBR400> SET SWITCH LAN2 FORCELINK AUTO
DBR400> SET SWITCH LAN2 AUTONEG DISABLE
DBR400> SET SWITCH LAN2 VLANMODE TAGGED
DBR400> SET SWITCH LAN2 VLANID 2
DBR400> SET SWITCH VLANTYPE MEMBER
DBR400> CONFIG SAVE

34
Verificar a lista completa de comandos no capítulo 7 para os detalhes de sintaxe de todos os
comandos.

Portas vlan / vlanqos


LAN2, 3 e 4 pass member addtag
Passam pacotes com ou sem
tag. Pacotes sem tag recebem a
Passam pacotes com Passam pacotes com ou
transparet tag configurada para a porta.
ou sem tag. sem tag.
Pacotes com tag recebem uma
segunda tag.

Passam apenas pacotes Passam apenas pacotes com a


Passam apenas
tagged com a tag configurada tag e recebem uma segunda tag
pacotes com tag.
para a porta. configurada para a porta.

Passam apenas pacotes sem


Passam apenas Passam apenas pacotes
untagged tag e recebem a tag configurada
pacotes sem tag. sem tag.
para a porta.

4.15 CONFIGURAÇÃO REMOTA

Os rádios tem seu acesso remoto através de uma rede ethernet in-band formada
automaticamente através de auto descoberta. Um dos rádios (apenas um) deverá ser habilitado como
PROXY MASTER e será o responsável pela descoberta da rede. Este rádio deverá ter um endereço
IP de gerência configurado para a LAN0 e acessado via porta LAN1 do switch. O rádio remoto do
enlace, bem como os enlaces estendidos que houverem, receberão endereços IP da rede in-band
32.32.xxx.xxx e deverão ser configurados como PROXY SLAVE. Ainda é possível uma terceira
configuração: PROXY BACKUP. Dessa forma o rádio se comportará como um slave e assumirá o
controle da rede in-band caso o rádio master seja desligado.
SWITCH
LAN1
Externo
OU
CONSOLE RÁDIO PROXY RÁDIO REMOTO RÁDIO REMOTO RÁDIO REMOTO
IP 192.168.1.254 IP 32.32.50.60 LAN1 IP 32.32.50.61 IP 32.32.50.62
LAN1

RÁDIO RE MOTO RÁDIO REMOTO


LAN1 IP 32.32.50.63 IP 32.32.50.64

As formas de acesso remoto são as seguintes:


- via Console local: através do comando “exec telnet ip” exemplificado abaixo é possível abrir a
interface de linha de comando de qualquer rádio da rede in-band através do respectivo IP da rede
32.32.xxx.xxx.
- via Telnet/ssh: abrir a sessão telnet do rádio local através do IP proxy, ou de qualquer rádio da
rede in-band através do respectivo IP da rede 32.32.xxx.xxx.
- via SNMP: acesso ao rádio local através do IP proxy, ou qualquer rádio da rede in-band através
do respectivo IP da rede 32.32.xxx.xxx.
- via Web-config: abrir através de um browser utilizando o IP proxy. O usuário encontrará uma lista
com hostname e IP de todos os rádios da rede in-band com link direto para o Web-config
respectivo.

35
No capítulo 7 estão listados todos comandos do rádio com sua sintaxe detalhada. Abaixo seguem
instruções de como configurar o acesso remoto.
Habilitar o proxy master no local:
DBR400 > SET PROXYSNMP PROXYENABLE MASTER
DBR400 > SET RADIO EXECUTE
DBR400 > CONFIG SAVE

Habilitar o proxy slave no remoto:


DBR400 > SET PROXYSNMP PROXYENABLE SLAVE
DBR400 > SET RADIO EXECUTE
DBR400 > CONFIG SAVE

Acessando o rádio via linha de comando (console ou telnet), a lista de rádios remotos poderá ser
mostrada através do comando abaixo:
DBR400 > SHOW PROXYSNMP DEVICES

Para se conectar a console de qualquer rádio remoto:


DBR400 > EXEC TELNET 32.32.xxx.xxx
OBS: Em um enlace na qual o link está ativo, qualquer modificação que altere as condições de enlace
deverá ser executada primeiramente no rádio remoto. Após modificar e executar, o enlace irá cair e a
conexão com o terminal de console remota irá travar. Para desbloquear execute o seguinte
procedimento:

Use a sequência de teclas:


“CTRL + ç” e depois selecione a opção “e”.
Após isso, o terminal será desbloqueado e será possível configurar o rádio local.

36
5. SISTEMA DE GERENCIAMENTO – DMS
O DMS CS é um sistema de gerenciamento desenvolvido pela DIGITEL que permite a gerência
de produtos DIGITEL a partir de uma arquitetura Cliente-Servidor, através do protocolo padrão SNMP
– Simple Network Management Protocol (RFC 1157) em redes Ethernet e conexões remotas via
protocolo TCP/IP.

O sistema de Gerenciamento proporciona:

• Automatização do processo de gerenciamento;


• Visualização completa da rede de equipamentos gerenciados;
• Identificação rápida de circuitos inoperantes na rede;
• Redução dos custos de atendimento em campo;
• Melhoria no índice de atendimento a clientes.
IMPORTANTE:
O sistema de gerenciamento DMS CS não é fornecido com os rádios.

5.1 CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA DE GERÊNCIA DMS CS

• Facilidade de instalação e operação (Interface intuitiva);


• Portabilidade do sistema em diversas plataformas;
• Sistema internacionalizado em português (padrão) e inglês;
• Facilidade na distribuição e compartilhamento das informações;
• Alta capacidade de expansão da rede de gerência;
• Alta disponibilidade;
• Possibilidade de integração com outras aplicações (Web services);
• Facilidade de organização dos equipamentos da rede através de mapas (grupos);
• Utilização de mapas geográficos;
• Rápida identificação das falhas do sistema;
• Configuração de severidade dos eventos recebidos;
• Relatórios on-line através da Web;
• Segurança do sistema através do cadastro de usuários.

O Sistema DMS CS é arquitetado num ambiente de máquina virtual JAVA e, portanto, pode
ser utilizado em diversas plataformas, tais como Windows Vista, Windows XP, Windows 2000,
Windows Millenium, Windows 98, Linux Fedora, Solaris, HP-UX ou qualquer outra plataforma que
implemente este ambiente. Além disso, por trabalhar com conexões JDBC, pode conectar-se a
qualquer banco que permita esta facilidade. Para maiores informações sobre as plataformas que
implementam a JVM (Java Virtual Machine) visitar http://www.java.sun.com.

O sistema interage com uma base de dados para realizar o armazenamento da topologia e
das informações do estado de cada equipamento. O banco de dados utilizado é independente do
sistema, podendo este ser um banco de dados PostgreSQL, MySQL.ou ORACLE. O banco de dados
distribuído junto com o DMS CS é o PostgreSQL, que até o momento da elaboração deste
documento, é de código aberto e gratuito.

A arquitetura da aplicação de gerência de redes do Sistema DMS CS tem como base a


arquitetura padrão da plataforma J2EE com algumas variações. J2EE é uma plataforma aberta,
orientada a componentes, para desenvolver, instalar e gerenciar aplicações corporativas no lado de
servidor. Os componentes da aplicação são divididos de acordo com sua função e podem ser
instalados em diferentes máquinas dependendo da camada a qual pertencem no ambiente
multicamadas do J2EE. Uma arquitetura multicamadas provê uma melhor separação das
responsabilidades de cada componente, e, por conseqüência, uma melhor manutenibilidade da
aplicação.

37
A solução desenvolvida pelo Sistema DMS CS é constituída de três processos que podem ou
não serem executados na mesma máquina. São eles: Servidor de Aplicações (contém o Servidor de
gerência SNMP e o servidor JMS), Trap Listener e Aplicação Cliente.

• Servidor de Gerenciamento SNMP: responsável por prover serviços para o gerenciamento de


elementos em uma rede via protocolo SNMP;
• Trap Listener: responsável por receber Traps SNMP dos elementos da rede e notificar sua
chegada ao servidor de Gerenciamento ou apenas repassá-las a outro sistema;
• Aplicação Cliente: responsável em disponibilizar uma interface gráfica para o usuário do sistema,
da qual este acessará os serviços disponibilizados pelo Servidor de Gerenciamento SNMP.

O software DMS CS é composto de um módulo CORE que é único para todas as linhas de
produtos Digitel e módulos específicos para cada produto, isto é, podem ser distribuídos
separadamente conforme a necessidade de cada usuário. Isto facilita a incorporação de
gerenciamento de novos produtos.

Cada linha de produtos possui sua MIB (Management Information Base) específica, que são
informações proprietárias. Tais informações, chamadas de “Objetos da MIB”, é que tornam possível o
gerenciamento de cada equipamento. A MIB e seus Objetos estão disponíveis para o sistema,
através dos Módulos DMS CS, que são arquivos nos formatos *.ear e *.jar que devem ser
adicionados ao sistema de gerenciamento (servidor e clientes), de acordo com os equipamentos que
se deseja gerenciar.

5.2 GERÊNCIA DE CONFIGURAÇÃO


Como o DMS CS possui todo o seu gerenciamento de configuração baseado em módulos,
cada equipamento (agente SNMP), possui um módulo específico, o qual é responsável pela sua
configuração e reconhecimento de eventos.

Todas as informações de configuração contidas nos equipamentos são armazenadas pelo


servidor de gerência na base de dados. Isso torna possível que, mesmo que o equipamento se torne
incomunicável, o operador consiga consultar o seu último status de configuração.
Para que um equipamento seja reconhecido pelo DMS CS, é necessário que o módulo
responsável pela configuração do mesmo esteja instalado no servidor e nos clientes.

Atenção:
. Cada módulo possui arquivos de instalação específicos para servidor e cliente.

5.3 GERÊNCIA DE FALHAS


A plataforma de gerenciamento DMS CS oferece uma ferramenta de detecção, notificação e
repasse de falhas em agentes SNMP. Através da recepção de traps SNMP, o sistema pode, além de
informar o usuário sobre o tipo e grau de severidade da falha, tomar ações sobre elas como o envio
de email, emissão de alarme sonoro, execução de comandos e etc.
O sistema de falhas é totalmente personalizável se ajustando às necessidades dos clientes.

5.4 ALTA DISPONIBILIDADE


A arquitetura J2EE sobre a qual foi projetado e desenvolvido o DMS CS segue uma
estruturação n-tiers que permite a execução em vários servidores paralelos, criando um cluster dos
serviços que trabalham juntos. Essa redundância tem como objetivo executar o serviço com
características de alta disponibilidade e/ou balanceamento de carga. O servidor de aplicação JBoss
suporta dois tipos de arquitetura de cluster: client-side interceptors ou load balancers.

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