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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI – UFCA

CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA


CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

EQUIPE TÉCNICA:
ISABELA MAGALHÃES MENDES
JOÃO VICTOR LEITE FEITOSA
JOSÉ ARTHUR FILGUEIRA FELIZARDO
SAULO PEREIRA BENICIO MILFONT

RELATÓRIO PARCIAL 4:
PERFIL LONGITUDINAL DO TRAÇADO DO PROJETO

JUAZEIRO DO NORTE - CE
2022
1.0 Considerações iniciais (Introdução):

Feito as descrições do desenvolvimento da rodovia em planta, no perfil horizontal, se


parte para as definições da formado traçado em eixo vertical, com as atenções voltadas
principalmente para os desníveis do terreno em si. Essa designação é importante, pois vai ser
fundamental para o cálculo de corte e aterro necessários, análise da viabilidade de parâmetros
de segurança, como a distância de visibilidade de parada em curvas verticais e por
conseguinte, os dados necessários para quantificação de materiais e serviços de
terraplanagem.

2.0 Cálculos da do traçado vertical

Dado o levantamento de cotas do terreno natural, pode-se ter a ideia do


comportamento do relevo do traçado descrito no perfil plano. Com essa ideia inicial,
identifica-se as regiões de vale e de crista a serem vencidas. Nesses pontos de máximo e
mínimo, faz-se as locações dos pontos de mudança de direção vertical (PIV), semelhantes aos
PIs do projeto planimétrico. Feita essa locação, distribui-se os alinhamentos que terão suas
inclinações, menores ou iguais a rampa máxima do projeto, definida em 8% pela bibliografia.
Devido ao fato do comprimento da rodovia ser muito maior que os comprimentos
verticais dos pontos do terreno, e por conseguinte, do greide de projeto, usa-se a escala de
projeto 1:2000, descrita em prancha, afim de facilitar a visualização do efeito das inclinações,
concavidades das curvas e áreas de corte e aterro.
A concordância por curva vertical, é indicada pelo DNER de forma diferente do
projeto de curvas horizontais com curvas de transição feitas com uma clotóide. Para essa
etapa, usa-se a descrição de uma parábola, cujos pontos principais a serem definidos em cada
curva serão os pontos “PCV”, definindo o início da curva vertical, e o “PTV”, limitando o
final; além do comprimento “L” da curva. Para demonstração do procedimento dessa etapa
do projeto, foram usados os cálculos do traçado da curva vertical, denominada CV1. Os
demais parâmetros de cada curva, serão tabelados no final do procedimento, uma vez que são
determinados da mesma forma que o modelo a seguir.
Dada esta curva côncava com inclinação de entrada i1= -6,9% e de saída i2=4,8%, um
comprimento da curva L=220m e PVI na estaca E20+5,00, ambos múltiplos de 20m para
otimização dos procedimentos, segue-se os cálculos:

2.1 Variação da inclinação (g): análogo a medida de deflexão no projeto planimétrico, é a


medida angular entre dois alinhamentos consecutivos. Para essa curva:

g=i1−i 2⇔ g=−6,9−4,8⇔ g=−11,70 %

2.2 Raio maior da curva vertical (Rv): raio dado no comprimento L da curva, isso pois há
um raio instantâneo variável para cada ponto da curva. Assim:

220
L=Rv∗|g|⇔ Rv= ⇔ Rv=1879,83m
0,0117
2.3 Flecha maior (F)e equação da flecha (f): visto que o desenvolvimento da curva é uma
parábola, com equação “Y(x)”, precisamos de dois dados de importância para a locação dessa
curva, que é a distância entre a cota do terreno natural e o greide de projeto ao longo da curva
“f”, que nos dá essa distância ponto a ponto de interesse da tabela de locação, assim como o
valor máximo dessa distância “F”, tal que: “fmax = F”. São definidos assim:

2 2
g∗x −0,117∗x
f= ⇔f =
2L 2∗220
Sendo:
g 2 −0,117 2
∗L ∗220
2L 2∗220
F= ⇔ F= ⇔ F=−3,22 m
4 4

2.4 Pontos notáveis da curva: são também os pontos principais que delimitam a curva,
descritos para a locação da curva. Dessa forma:

[]
[ PCV ] = [ PIV ] − L ⇔ [PCV ]=[ 20+5,00 m ] −[ 5+10 m ] ⇔[PCV ]= [ 14 +15,00 ]
2

[]
[ PTV ]= [ PIV ] + L ⇔ [ PCV ] =[ 20+5,00 m ] + [ 5+10 m ] ⇔ [PCV ]=[ 25+15,00 ]
2

2.5 Locação (nota de serviço e terraplanagem):

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