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Tema:
Conteúdo da parte 5
1 Introdução
6 Tangente mínima
2
1 Introdução
A princípio uma estrada deve ter o traçado mais curto possível. Porém
ligeiras deflexões, quando necessárias, podem harmonizar o traçado da estrada com
a topografia da região.
a) O ponto de início da curva circular denomina-se ponto de curva (PC), que pode
ser à direita (PCD) ou à esquerda (PCE). A outra extremidade da curva circular
recebe o nome de ponto de tangente (PT);
OBS(s)
-> O raio é selecionado de acordo com as características técnicas da rodovia, e
também com a topografia da região; e
-> A escolha do valor do raio pode ser feita, também por meio de gabaritos, que
representam em planta, os trechos das curvas circulares.
c) Ângulo central (AC) é o ângulo formado pelos raios que passam pelo PC e PT ,
e que se interceptam no ponto O (centro da curva). O ângulo central (AC) é
numericamente igual à deflexão entre os alinhamentos das tangentes do eixo da
estrada (AC = D);
g) Deflexão por metro (dm) é o ângulo formado entre a tangente T e uma corda
que parte do PC, e que tem comprimento c = 1 m.
2.2 Indicações usuais dos elementos da curva circular nas folhas de projeto
b) Indicar o PC e o PT, sendo que o número destas estacas são escritos ao longo
dos raios externos das curvas, ou seja, ao longo do prolongamento dos raios nos
pontos correspondentes ao PC e PT; e
A Figura 2.2 ilustra uma curva circular traçada na folha de projeto com a
indicação usual dos elementos geométricos da curva.
A Figura 2.3 ilustra uma outra forma usual de se indicar na folha de projeto
os elementos geométricos da curva circular.
D
i) T R. tan (2.1)
2
em que:
T = tangente externa (m);
R = raio da curva circular (m); e
D = ângulo de deflexão entre as tangentes (graus).
1
ii) E R. 1 (2.2)
D
cos 2
em que:
E = afastamento (m);
R = raio da curva (m); e
D = ângulo de deflexão entre as tangentes (graus).
.R.D
iii) D (2.3)
180 o
em que:
D = desenvolvimento (m);
R = raio da curva (m); e
D = ângulo de deflexão entre as tangentes (graus).
OBS. = 3,1416
em que:
E(PC) = estaca do PC (ponto de curva);
E(PI) = estaca do PI (ponto de interseção das tangentes);
[T] = valor da tangente em estacas;
E(PT) = estaca do PT (ponto de tangente); e
[D] = valor do desenvolvimento em estacas.
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180 o.c
v) G (2.6)
.R
em que:
G = grau da curva (ou ângulo que corresponde à corda c) (graus);
c = corda (m); e
R = raio da curva circular (m).
OBS(s).
-> Quando se substitui um comprimento de arco de uma curva por uma corda, se
comete um erro, cuja grandeza cresce com o comprimento da corda; e
-> O erro será menor que 0,01 m, ou desprezível se adotarmos:
a) Cordas de 20 m, para locar curvas com R ≥ 180 m;
b) Cordas de 10 m, para locar curvas com 65 m ≤ R < 180 m;
c) Cordas de 5 m, para locar curvas com 25 m ≤ R < 65 m; e
d) Cordas de 2 m, para locar curvas com R < 25 m.
1145 ,92
G 20 (2.7)
R
em que:
G20 = grau da curva (para corda de 20 m) (graus); e
R = raio da curva (m).
OBS. Como D (ângulo de deflexão) é constante para qualquer raio, tem-se que o G20
(grau da curva para corda de 20 m) deve ser múltiplo de 40’ para facilitar a locação.
A sequência utilizada para obter G20 múltiplo de 40’ é a seguinte:
1- Adota-se R’(provisório) > Rmin;
2- Calcula-se G’20 = 1145,92 / R’;
3- Adota-se G20, múltiplo de 40’, e que seja um pouco maior que G’20; e
4- Finalmente, calcula-se R = 1145,92 / G20.
c.D
a) G (2.8)
D
em que:
G = grau da curva (graus);
D = ângulo de deflexão entre as tangentes (graus);
D = desenvolvimento (m); e
c = corda (m).
c
b) G 2.arcsen (2.9)
2.R
8
em que:
G = grau da curva (graus);
R = raio da curva (m); e
c = corda (m).
G
dm (2.11)
2.c
em que:
dm = deflexão por metro (graus/m ou minutos/m);
G = grau da curva (correspondente à cora c) (graus ou minutos); e
c = corda (m).
G
ds
2 (3.3)
em que:
ds = deflexão da curva (situada entre a última estaca inteira e a primeira
estaca inteira da curva, ou situada entre a última e a primeira deflexão sucessiva); e
G = grau da curva.
Além das equações básicas para cálculo dos elementos geométricos das
curvas circulares; para locação de curva circular com cordas de 10, 5 e 2 m são
usadas as seguintes equações:
a) Grau da curva
180 o.c
G (3.4)
.R
em que:
G = grau da curva (ou ângulo que corresponde à corda c);
c = corda; e
R = raio da curva circular.
G
d (3.5)
2
em que:
G = grau da curva (ou ângulo que corresponde à corda c); e
d = deflexão correspondente à corda de locação.
G
dm (3.6)
2.c
em que:
G = grau da curva (correspondente à corda c);
c = corda da curva; e
dm = deflexão por metro.
Figura 3.2 - Esquema de cálculo das deflexões acumuladas com base nas
deflexões sucessivas, para curvas circulares locadas com cordas
de 20 m
OBS. Para verificação dos cálculos, a deflexão acumulada para o PT deverá ser
igual à metade do ângulo central da curva, ou seja, D/2.
m.v 2
FC (4.1)
R
em que:
v = velocidade do veículo;
m = massa do veículo; e
R = raio de curvatura da curva.
Figura 4.1 - Forças atuantes no veículo, quando percorre uma curva horizontal,
inclusive a superelevação da pista na curva
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1.o) O veículo é forçado para fora da curva pela componente horizontal da força
centrífuga (Fc.cos); e
V2
R (4.2)
127 .( e fT )
em que:
R = raio da curva horizontal (m);
V = velocidade do veículo (km/h);
e = superelevação (m/m); e
fT = coeficiente de atrito transversal pneu/pavimento;
V2
R min (4.3)
127 .( e max fT max )
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em que:
R = raio mínimo de curvatura horizontal (m);
V = velocidade diretriz ou de projeto (km/h);
emax = máxima taxa de superelevação admissível (m/m); e
fTmax = máximo coeficiente de atrito transversal pneu/pavimento.
f = fTmax 0,20 0,18 0,16 0,15 0,15 0,14 0,14 0,13 0,12 0,11
V
fT 0,19 (4.4)
1600
em que:
fT = coeficiente de atrito transversal pneu/pavimento; e
V = velocidade de projeto (km/h).
b
i) S max Para bitola larga (b = 1,60 m); e
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b
ii) S max Para bitola estreita (b = 1,00 m).
8
16
b.V 2
S 0,0052 . (4.5)
R
em que:
V = velocidade de projeto do trem (km/h);
b = bitola da ferrovia (m); e
R = raio da curva horizontal (m).
b.V 2
R min (4.6)
127 .Smax
em que:
V = velocidade de projeto do trem (km/h);
b = bitola da ferrovia (m); e
Smax = superelevação máxima (m).
D2
M (5.1)
8.R
em que:
R = raio do percurso do olho do motorista (m);
D = distância de visibilidade de parada ou de ultrapassagem (m); e
M = afastamento horizontal mínimo (m).
OBS. Para efeito de cálculo podemos considerar R = RC (raio da curva), sem erro
apreciável do ponto de vista prático.
6 Tangente mínima
Para curvas circulares cujos raios dispensam o uso de transição, deve-se adotar
uma tangente mínima de 40 m para possibilitar a distribuição da superelevação, e
facilitar a inscrição (ou inclusão) do veículo na curva.
Para ferrovias a tangente mínima tem a mesma finalidade que foi citada para
rodovias, e deve comportar com folga o maior trem que trafega na linha.
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Referências bibliográficas