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Assinado por : MIGUEL ÂNGELO VALENTE

PEREIRA GONÇALVES
Num. de Identificação: BI109826345
Data: 2020.05.28 16:36:29+01'00'

MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA


LICENCIAMENTO

DE OBRAS DE REABILITAÇÃO EM EDIFÍCIO HABITACIONAL

RUA FRAN PACHECO 89-91, SETÚBAL

Proj: 3G ARQUITECTURA
Req: WING CHI YUEN e WUN TING WONG

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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO 3
1.1 PREMISSA 3
1.2 ANTECEDENTES CAMARÁRIOS 3
1.3 ENVOLVENTE E CONFRONTAÇÕES 3
2. PROJECTO GERAL DE ARQUITECTURA 3
2.1 LOCALIZAÇÃO 3
2.2 CARACTERIZAÇÃO DA OPERAÇÃO 4
2.3 ADEQUAÇÃO ÀS INFRA-ESTRUTURAS E REDES EXISTENTES 4
2.4 ENQUADRAMENTO DA PRETENSÃO 4
2.5 PARAMETROS URBANISTICOS 4
2.5.1 QUADRO DE ÁREAS GERAL 4

2.5.2 QUADRO DE ÁREAS COMPARTIMENTAÇÃO 4

2.6 EDIFÍCIO – ORGANIZAÇÃO 5


2.7 EDIFÍCIO – DESCRIÇÃO DA CONSTRUÇÃO 5
2.7.1 CONSTITUIÇÃO 5

2.7.2 REVESTIMENTOS 5

2.7.3 CARPINTARIAS E SERRALHARIAS 6

2.7.4 COBERTURA 6

2.7.5 SOLEIRAS 6

2.7.6 RECEPTÁCULO POSTAL E CONTADORES 6

3. ESTACIONAMENTO 6
4. CUMPRIMENTO COM O REGIME APLICÁVEL À REABILITAÇÃO DE EDIFÍCIOS
E FRAÇÕES AUTÓNOMAS 6
5. MELHORIA DA ACESSIBILIDADE 7
6. TRABALHOS NÃO ESPECIFICADOS 8
7. NOTA FINAL 8

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MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA
REABILITAÇÃO DE EDIFÍCIO HABITACIONAL

1. INTRODUÇÃO
1.1 PREMISSA
A presente memória faz parte da documentação técnica redigida para o projecto de
arquitectura de obras de reabilitação de um edifício habitacional localizado na Rua de Fran
Pacheco 89-91, 2900-376 Setúbal, registado na 1ª Conservatória do Registo Predial de
Setúbal, antiga freguesia de S. Julião, com o nº 1913/20100407, cujo licenciamento foi
requerido por WING CHI YUEN e WUN TING WONG, com os NIF 302160869 e 302160680
com residência em Flat F 13 /f Block 10 beverly Garden Tseung Kwan O, New Territories, Hong
Kong.

1.2 ANTECEDENTES CAMARÁRIOS


Não existem antecedentes camarários conhecidos.

1.3 ENVOLVENTE E CONFRONTAÇÕES


A envolvente construída é fundamentalmente constituída por edificações de tipologia
habitacional, com uma estrutura urbana com volumetrias que variam entre edificações de 1 a 3
Pisos.
A densidade habitacional, os índices de construção e volumétrico são reflexo de uma área de
alta densidade que caracterizam uma área predominantemente virada para tipologias de
habitação de vertente urbana, típico centro histórico.

O edifício encontra-se inserido na área delimitada da ARU.

CONFRONTAÇÕES
Edifício de lojas, 1º e 2º andares.

2. PROJECTO GERAL DE ARQUITECTURA


2.1 LOCALIZAÇÃO
A proposta insere-se na Rua de Fran Pacheco 89-91. Trata-se de um artigo com área total
registada de 45,76 m2.

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2.2 CARACTERIZAÇÃO DA OPERAÇÃO
Pretende-se reabilitar um edifício existente, composto por três pisos, em avançado estado de
degradação, no qual não é possível visitar o interior, por esse motivo se propõe a demolição
integral do interior do edifício, mantendo todas as paredes mestras periféricas.
O edifício encontra-se confinado nas suas laterais e a tardoz por outras edificações, numa
malha densamente edificada, típica do centro histórico, e apenas possui a sua frente,
direccionada a Norte, com capacidade de iluminação e ventilação para o interior da habitação.
As intervenções exteriores baseiam-se na substituição de caixilharias, promovendo a melhoria
das condições interiores, recuperação geral da fachada, limpeza e conservação das pedras de
cantaria sempre que possível e substituição total da cobertura.

2.3 ADEQUAÇÃO ÀS INFRA-ESTRUTURAS E REDES EXISTENTES


O traçado é constituído de acordo com os condicionamentos existentes, nomeadamente as
inclinações foram condicionadas pela ligação às serventias existentes. As cotas das ligações
existentes foram respeitadas.
O local é servido por rede pública de electricidade e telecomunicações.

2.4 ENQUADRAMENTO DA PRETENSÃO


A pretensão encontra-se enquadrada com os Planos Municipais e de Ordenamento vigentes,
nomeadamente com o disposto no Plano Director Municipal de Setúbal e no Decreto-Lei
95/2019 de 18 de Julho e respectivas portarias.

2.5 PARAMETROS URBANISTICOS

2.5.1 QUADRO DE ÁREAS GERAL


QUADRO DE ÁREAS GERAL – PROPOSTO
Área da parcela registada 45.76 m2
Área da parcela medida 47.63 m2
Área da implantação 47.63 m2
Área Bruta Total 142.89 m2
Área Útil Total 97.47 m2
Área Habitável Total 79.69 m2
Número de Pisos Total 3
Altura da Fachada 9.67
Volumetria 488.32 m3
Número de Fogos 1
Área Permeável -- m2
Área Impermeabilizada 47.63 m2
Destino e Uso Habitacional
Estacionamento -

2.5.2 QUADRO DE ÁREAS COMPARTIMENTAÇÃO


COMPARTIMENTAÇÃO – PROPOSTO
Sala/Cozinha 30.44 m2
I.S. 5.14 m2

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Quarto 20.78 m2
Closet 4.62 m2
I.S. 4.35 m2
Quarto 28.47 m2
I.S. 3.67 m2

2.6 EDIFÍCIO – ORGANIZAÇÃO


Propõe-se intervir no edifício de modo a ter uma única fracção habitacional, organizada em três
pisos, sendo que no piso térreo se localizará a entrada e as áreas comuns com sala e cozinha
em aberto e uma instalação sanitária de apoio. Nos restantes pisos propõe-se a existência de
um quarto com instalação sanitária em cada, no total de dois.

2.7 EDIFÍCIO – DESCRIÇÃO DA CONSTRUÇÃO

2.7.1 CONSTITUIÇÃO
A intervenção proposta prevê a manutenção das paredes estruturais maciças perimetrais do
edifício e a demolição de todas as divisões interiores, incluindo as lajes de piso:
• Paredes exteriores a recuperar: A alvenaria exterior manter-se-á a existente, sendo
recuperada em toda a sua superfície.
• Paredes interiores: As paredes interiores serão constituídas por um único plano de tijolo
furado leve com 30x20x11, assente ao cutelo, ou então paredes com estrutura para
receberem placas de gesso cartonado.

2.7.2 REVESTIMENTOS
Os revestimentos previstos para os interiores poderão ser escolhidos no decorrer da obra, contudo
prevê-se o fornecimento e o assentamento de azulejos nas instalações sanitárias, e todos os
restantes compartimentos deverão ser estucados e pintados a tinta para interior de cor clara.

O pavimento interior será maioritariamente em flutuante de madeira nos pisos dos quartos e
mosaico cerâmico no piso térreo devido à maior durabilidade e resistência às possíveis
humidades por capilaridade. Nas zonas húmidas optar-se-á por algo resistente à água, que
será em pavimento cerâmico ou pedra, a escolher em fase de obra.
No exterior, ao nível da fachada, direccionada a Norte, será integralmente rebocada com
argamassas à base de cal hidráulica, pintadas à cor descrita nas peças desenhadas. Todas as
pedras de cantaria serão limpas e mantidas, sempre que possível. Os frisos, socos e cunhais
serão rebocados e pintados à cor branco RAL 9010. Os restantes acabamentos estão
determinados em peças desenhadas anexas.

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2.7.3 CARPINTARIAS E SERRALHARIAS
Portas interiores
As portas interiores serão lisas em madeira e de acabamento lacado a branco.

Portas exteriores
A porta exterior de acesso será recuperada e pintada à cor verde RAL 6005.

Janelas
As janelas serão em caixilharia de PVC branca RAL 9010, com aro fixo à cor verde RAL 6005.
Os vidros serão duplos incolores com a espessura de 6+10+4mm, sendo a caixa-de-ar
intermédia desumidificada. Na colocação dos vidros serão aplicadas borrachas inteiras.

Ensombramento
A solução proposta para ensombramento e oclusão será com portadas interiores de madeiras
lacadas a branco.

2.7.4 COBERTURA
A cobertura manterá as três águas existentes actualmente, sendo integralmente refeita. As
telhas serão de barro vermelho, do tipo lusa.

2.7.5 SOLEIRAS
As soleiras das portas exteriores e janelas de sacada serão mantidas e limpas.

2.7.6 RECEPTÁCULO POSTAL E CONTADORES


A caixa de correio será colocada na porta da fachada de acesso à habitação e em
conformidade com a legislação vigente. Os contadores da luz, da água e gás serão colocados
na fachada do edifício ocultos com porta técnica pintada à cor da fachada.

3. ESTACIONAMENTO
Não se propõe qualquer lugar de estacionamento por forma a não intervir na fachada do centro
histórico, pedindo-se para tal, dispensa do mencionado em documento próprio.

4. CUMPRIMENTO COM O REGIME APLICÁVEL À REABILITAÇÃO DE EDIFÍCIOS E


FRAÇÕES AUTÓNOMAS
A edificação a intervir destina-se totalmente ao uso habitacional, pelo que a presente
intervenção de reabilitação se enquadra no âmbito do Decreto-Lei nº95/2019, de 18 de julho.

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• Requisitos Funcionais da Habitação
No que se refere aos requisitos funcionais da habitação estabelecidos pela Portaria nº
304/2019, de 12 de setembro, a operação de reabilitação enquadra-se nas «Obras de
reconstrução», segundo alínea d) do Artigo 2º.
Deste modo propõe-se o cumprimento dos requisitos impostos pela referida portaria,
nomeadamente no que se refere a:
• Pé-Direito – a habitação propõe manter a localização de todos os vãos na
fachada, que condicionam a localização das cotas de piso, contudo, respeita o
disposto no nº1 do Artigo 4º uma vez que o pé-direito minimio verificado em áreas
habitáveis não é inferior a 2,30m (no piso térreo). Nos restantes pisos o pé direito
aumenta para 2,63m e 2,70m.
• Sala / Cozinha – a sala e cozinha compartilham do mesmo espaço, detendo este
de uma área superior a 14,00m2 e permite a inscrição de um círculo com diâmetro
não inferior a 2,10m;
• Quartos – em todas as frações detêm de uma área não inferior a 6,50m e permite
a inscrição de um círculo com diâmetro não inferior a 2,10m.
• Instalação Sanitária – sendo a tipologia T2, cumpre o estipulado no nº3 do Artigo
6º, possuindo uma instalação sanitária completa equipada com lavatório, sanita,
bidé e base de duche, conforme alínea e) do Artigo 2º.
• Corredores de Habitação – os corredores propostos cumprem com o disposto no
artigo 70º do RGEU;
• Escadas / Comunicações Verticais – as escadas de acesso entre pisos detêm de
uma largura de superior a 0,70m;
• Dimensão dos vãos – os vãos serão todos mantidos, pelo que todos os
compartimentos habitáveis serão dotados de iluminação e ventilação natural, à
exceção das instalações sanitárias, propostas que serão dotadas de ventilação
mecânica para o efeito;
• Afastamento entre vãos de compartimentos e muro ou fachada fronteiros –
manter-se-á as pré-existências;
• Caves, sótão, águas furtadas e mansardas – não se aplica.
• Logradouros – não se aplica.

5. MELHORIA DA ACESSIBILIDADE
No que se refere à melhora das condições de acessibilidade estabelecidas pela Portaria n.º
301/2019, de 12 de setembro, o projeto enquadra-se como uma intervenção profunda, dado
que esta cumpre pelo menos um dos critérios definidos na coluna N3 do Quadro 1 do Anexo do
diploma anteriormente identificado.

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De acordo com o nº5 alínea b) entendem-se por compartimentos essenciais à acessibilidade a
cozinha, uma instalação sanitária, uma sala e apenas de habitação for igual ou superior a T3,
um quarto, o que não se verifica, sendo de tipologia T2.
Em documento próprio propomos o cumprimento das normas sob a forma de peça desenhada
e escrita.

6. TRABALHOS NÃO ESPECIFICADOS


Todos os pormenores construtivos omissos na presente memória descritiva ou nos desenhos
do projecto deverão ser consultados no Caderno de Encargos ou em caso de omissão total
serem elaborados em colaboração directa em conformidade com as indicações fornecidas pelo
Dono da Obra ou Fiscalização, e Arquitecto autor do projecto.

Todos os trabalhos não especificados na memória descritiva e justificativa, mas constantes do


projecto de arquitectura, deverão ser executadas obedecendo às boas regras da construção e
adoptando-se os preceitos que conduzam a uma maior garantia de duração, qualidade e
acabamento.

Quaisquer dúvidas que surjam quanto à execução dos trabalhos deverão ser levadas ao
conhecimento do Dono da Obra ou Fiscalização, e Arquitecto autor do projecto que as
esclarecerão, estabelecendo as qualidades de materiais e os modos da sua execução.

7. NOTA FINAL
Em tudo o mais omisso na presente memória descritiva será cumprido o RGEU, o PDM de
Setúbal, o RUEMS, e a restante legislação e normativas em vigor, aplicáveis à operação
urbanística em análise.

Pede deferimento,

Setúbal, 25 de Maio de 2020

Miguel Ângelo Valente Pereira Gonçalves, Arqº.

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