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MEMÓRIA DESCRITIVA E
JUSTIFICATIVA
PROPRIETARIO:LABCON LDA
MAPUTO - MOÇAMBIQUE
Índice
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................... 4
JUSTIFICATIVA ........................................................................................................................................ 4
CONSIDERAÇÕES GERAIS ....................................................................................................................... 4
LOCALIZAÇÃO E ENQUADRAMENTO DA INTERVENÇÃO....................................................................... 4
ELEMENTOS DE BASE.............................................................................................................................. 5
CONDICIONANTES E DESAFIOS .............................................................................................................. 5
PROGRAMA FUNCIONAL ........................................................................................................................ 6
CONCEITO DO PROJECTO ....................................................................................................................... 6
DESCRIÇÃO ............................................................................................................................................. 6
1.1 Compartimentação ................................................................................................................. 6
1.2 Materiais e Execução .............................................................................................................. 6
1.3 Base Normativa ....................................................................................................................... 7
1.4 A Construção ........................................................................................................................... 7
1.5 Movimentos de Terras ............................................................................................................ 7
1.6 Marcação da Obra ................................................................................................................... 7
1.7 Fundações ............................................................................................................................... 8
1.8 Paredes, Argamassa e Betão ................................................................................................... 9
1.9 Superestrutura ........................................................................................................................ 9
1.10 Revestimentos....................................................................................................................... 10
1.11 Piso ........................................................................................................................................ 10
1.12 Pinturas ................................................................................................................................. 10
1.13 Ventilação e Iluminação ........................................................................................................ 11
1.14 Abastecimento de Água ........................................................................................................ 11
1.15 Esgotos .................................................................................................................................. 11
1.16 Drenagem De Águas Pluviais................................................................................................. 12
1.17 Electricidade .......................................................................................................................... 12
1.18 Vidros .................................................................................................................................... 12
1.19 Limpeza ................................................................................................................................. 12
1.20 Condições Gerais de Execução dos Trabalhos ...................................................................... 12
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MAPUTO - MOÇAMBIQUE
INTRODUÇÃO
O principal objectivo desta memória é de apresentar soluções técnicas para a construção das
condições do imóvel com vista a trazer elementos para a execução da Obra.
JUSTIFICATIVA
CONSIDERAÇÕES GERAIS
A presente memória descritiva refere-se a projecção de uma Habitação Unifamiliar com
uma área bruta de 158 m2, implantado num terreno com uma área de 800 m2, localizado
no bairro de Mulotane, Maputo, cuja área de implantação é de 158 m2, e constitui um
Pedido de Aprovação do Projecto de Arquitectura, requerido pelo Nelson Lopes Mondlane,
no sentido de obter o deferimento deste.
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Procurou-se dar cumprimento às especificações e normas de procedimento que são
descritas em projectos desta natureza, bem como garantir o cumprimento de toda a
legislação em vigor.
Um dos principais objectivos que precedeu a elaboração do presente projecto foi a criação
de um edifício com uma imagem única e que se distinga e tenha presença em relação ao
redor.
ELEMENTOS DE BASE
O desafio de projectar qualquer edifício passa por conhecer de antemão todas as
condicionantes do local e as necessidades inerentes à utilização do mesmo. Respeitando os
afastamentos necessários aos lotes vizinhos
Relativamente à utilização do edifício, foi elaborado um programa funcional estruturado,
este programa foi crucial para se perceber as necessidades funcionais de cada uma das
dependências a localizar no edifício.
CONDICIONANTES E DESAFIOS
Tendo por base os elementos fornecidos e tendo como premissa a construção de um
edifício de um único piso, o principal desafio da arquitectura foi, desde logo, perceber qual
poderia ser a volumetria do edifício. O aproveitamento do espaço deveria ser estudado de
maneira criteriosa.
Seguidamente identificou-se outros factores que foram a preocupação durante o
desenvolvimento do projecto:
- Resposta integral às necessidades programáticas;
- A clareza na organização dos espaços, de forma a facilitar a orientação dos utilizadores;
- O conforto e o bem-estar dos utilizadores do edifício;
- A criação de um edifício que, pela sua dimensão e localização, seja um marco
arquitectónico e uma referência em Moçambique.
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PROGRAMA FUNCIONAL
O conjunto dos compartimentos que compõem a habitação, esta pensado por forma a ser
construída de forma faseada sendo proeminente a construção da habitação.
CONCEITO DO PROJECTO
DESCRIÇÃO
1.1 Compartimentação
Após a intervenção, o edifício compreenderá uma ocupação de acordo a tabela abaixo:
O Betão a utilizar em todos os elementos estruturais a betonar no local da execução da obra será de
classe B25, madeira utilizar-se-á aço A400 nervurado.
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1.3 Base Normativa
Todos os cálculos serão efectuados com base nas regras e regulamentos ora em vigor na República
de Moçambique, nomeadamente:
1.4 A Construção
A Construção será do tipo normalmente chamado convencional e, em tudo que possível, utilizar-se-á
material, técnicas e procedimentos de que se dispõe localmente e mais usado habitualmente. Os
compartimentos foram especialmente dispostos, procurando – se respeitar tanto quanto possível, as
exigências segundo o prescrito.
Após a conclusão das escavações, o fundo dos caboucos deverá ser devidamente compactado a
maço manual ou mecânico. Posteriormente, deverá ser perfeitamente nivelado, a fim de se obter
um plano de apoio adequado para a colocação dos aterros.
Nos locais em que tal se mostre necessário os aterros e reaterros serão com materiais escolhidos,
isentos de matéria orgânica, deverão ser metodicamente regados e compactados em camadas de
espessura não superior a 20 cm, com equipamento adequado, com vista a criar uma base
suficientemente boa para a superestrutura, tendo em conta os níveis definidos pelo projecto.
O lançamento das medidas será sobre gabarito, nivelado e executado com pontaletes e sarrafos
firmemente travados e pregados. Serão aferidas as dimensões, alinhamentos, ângulos e quaisquer
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outras indicações constantes no projecto com as reais condições encontradas no local. Havendo
discrepância, a ocorrência deverá ser comunicada ao proprietário para as devidas providências. O
gabarito será mantido, em perfeitas condições, assim como, todas e quaisquer referências de nível e
de alinhamento, o que permitirá reconstituir ou aferir á marcação sempre que for necessário.
1.7 Fundações
Todos os leitos dos caboucos serão bem regados e compactados e terão enrocamento mediano com
uma espessura de 15cm no mínimo, também bem compactado para permitir o melhor adensamento
das partículas. Este enrocamento irá receber uma camada de betão de limpeza ao traço 1:3:5 ou
1:4:8, de 5cm de espessura.
As paredes de fundação serão assentes em vigas de equilíbrio de betão armado com secções de
acordo com o projecto de estrutura sobre a camada de betão de limpeza. Estas paredes serão
executadas com blocos de areia e cimento maciçados, conforme especificado e obedecerão as
dimensões e os alinhamentos determinados no projecto. Os blocos serão humedecidos e assentados
com argamassa de areia e cimento ao traço 1:5. As fiadas serão perfeitamente em nível, alinhadas e
aprumadas e as juntas terão espessura máxima de 1,5 cm.
Os pilares estarão assentes em sapatas isoladas com as dimensões. Os pilares a dispor têm como
função principal a transmissão das cargas á fundação e a garantia do travamento dos panos de
parede em conjunto com as vigas de cintagem que correrão ao longo do dos vãos das portas e
janelas.
A amarração das armaduras deverá obedecer rigorosamente ao projecto estrutural no que se refere
a posição, bitolas, dobras e recobrimento. Os ferros deverão ser bem limpos e endireitados sobre
pranchas de madeira. Recomenda-se que o corte e a dobragem dos varões de aço sejam a frio e não
se admitirá o aquecimento em hipótese alguma. Não serão permitidas emendas de varões não
previstos no projecto.
As cofragens serão executadas com tábuas, sarrafos de pinho. As mesmas deverão adaptar-se
exactamente às dimensões indicadas no projecto e devem ser construídas de modo a não se
danificarem pela acção da carga, especialmente a do betão fresco.
O pavimento será fundido só depois de preparadas as condições que permitem uma fácil instalação
de toda a tubagem que deva correr sob ele, e ser em Betão simples sobre enrocamento com uma de
espessura de 10 cm, assente sobre camadas de aterro que serão bem regadas e suficientemente
compactadas.
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1.8 Paredes, Argamassa e Betão
As paredes em alvenarias serão em blocos ocos de areia e cimento e obedecerão as dimensões e os
alinhamentos determinados no projecto.
A alvenaria será aprumada, desempenada e em tudo executada de modo a facilitar o seu perfeito
acabamento. As alvenarias exteriores serão em blocos de cimento e areia de 20 fundadas sobre os
blocos de 15. As alvenarias interiores serão igualmente em blocos de 15 e 10. Todas as alvenarias
serão rebocadas com argamassa de cimento e areia. Se as dimensões dos blocos a empregar
obrigarem a pequena alteração dessas espessuras, o mesmo só poderá ser aplicado com prévia
aprovação do Arquitecto.
Os blocos deverão ser molhados antes da sua colocação, e para o seu assentamento será utilizado
argamassa de cimento e areia grossa ao traço 1:5 em volume.
As fiadas serão perfeitamente em nível alinhadas e aprumadas. As juntas terão a espessura máxima
de 1,5 cm, e o excesso da argamassa de assentamento retiradas para que o reboco adira
fortemente.
1.9 Superestrutura
Todos os pilares serão do tipo construtivo, com armaduras desenhadas no projecto estrutural. O
afastamento dos pilares é determinado de modo a garantir-se um travamento efectivo das
alvenarias. Não serão dispostas vigas de coroamento. A Laje fungiforme fará a contenção o topo das
alvenarias.
As cofragens serão executadas com chapas metálicas, onde for imprescindível serão executadas com
pinho. Deverão adaptar-se exactamente as dimensões indicadas no projecto e devem ser
construídas de modo a não se danificarem pela acção de cargas, especialmente a do betão fresco. As
cofragens e os escoramentos deverão ser construídos de modo tal que as tensões neles provocados,
quer pelo seu peso próprio, pelo peso do Betão, ou pelas cargas acidentais que possam actuar
durante a execução da betonagem, não ultrapassem os limites de segurança para os materiais que
são executados.
As passagens de tubulações através das vigas ou outros elementos das formas, deverão obedecer
rigorosamente as determinações do projecto, não sendo permitidas mudanças de posição das
mesmas.
A montagem das armaduras deverá obedecer rigorosamente ao projecto estrutural no que se refere
a posição, bitolas, dobras e recobrimento. Para a execução das armaduras, os ferros deverão ser
limpos e endireitados. O corte e a dobragem das armaduras serão feitas a frio e não se admitirá o
aquecimento em hipótese alguma. Não serão admitidas emendas de armaduras não previstas em
projecto. Na colocação de armaduras, as cofragens deverão estar limpas e isentas de qualquer
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impureza capaz de comprometer a boa qualidade dos serviços. As armaduras serão separadas da
confrangem por meio de espaçadores.
O Betão armado será executado de acordo com as definições feitas no cálculo de estabilidade,
respeitando os desenhos e os regulamentos.
1.10 Revestimentos
Todas as superfícies a ser rebocadas deverão ser limpas retirando as partes soltas e humedecidas
antes da aplicação do reboco. O reboco deverá ser de cimento e areia fina ao traço 1:5 nas paredes
exteriores e 1:4 nas paredes interiores. O reboco deverá ser aplicado após colocados os batentes,
embutidas as canalizações e concluída a cobertura. O reboco deverá ser fortemente comprimido
contra as superfícies e deverá ser liso nas superfícies sem revestimento e nas superfícies que se
prevê revestimentos deverá apresentar acabamento rústico para a aderência dos demais.
Os azulejos serão de qualidade adequada, de acordo com o tipo indicado no projecto quanto a cor e
dimensões e assentados com cimento cola nos WCs e Copa. O assentamento dos azulejos será feito
de forma que se obtenha juntas superficiais a prumo iguais a 2,0mm e nos painéis que excederem a
24m2 e 32m2, externamente e internamente respectivamente, deverão ser previstos juntas de
movimentação de no mínimo 8,0mm.
1.11 Piso
Todo o terreno destinado a receber piso deverá estar obrigatoriamente livre de impurezas, nivelado
e deverá ser compactado mecanicamente ou manualmente.
Para o nivelamento deverão ser seguidos os níveis propostos no projecto descontando para tal a
espessura do contra piso, argamassa de regularização ou assentamento, e a espessura do piso. Os
aterros deverão ser executados em camadas de no máximo 20cm com material de boa qualidade e
compactados.
1.12 Pinturas
Sempre que se achar conveniente pintar, as superfícies das paredes serão pintadas a duas demãos
precedidas por uma de isolante.
As paredes internas e tectos indicados no projecto deverão ser pintados com no mínimo duas
demãos de tinta PVA, sobre massa corrida previamente lixada e limpa e com uma demão de
isolante.
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A superfície na qual será aplicada a pintura deverá ser limpa e isenta de poeira ou partículas soltas.
Eventuais manchas de óleo, graxa ou mofo, deverão ser removidas.
O abastecimento de água ao WCs e COPA será assegurado pelo depósito elevado ou pela rede geral
de abastecimento. O depósito a instalar deverá garantir a vazão requerida bem como as pressões
mínimas de funcionamento (pressões mínimas de serviço) das peças existentes nas instalações. O
calibre do ramal de distribuição será de 1”, enquanto os sub ramais internos de distribuição terão
um calibre de ¾”.
A adopção deste valor mínimo geral prende-se à necessidade de atender à redução de secção de
escoamento ao longo do tempo devido à corrosão e outro tipo de incrustações. Toda a tubagem
será em tubo hidronil. Toda a canalização deverá ser submetida a um ensaio de carga com uma
pressão de 6,0kg/cm2.
1.15 Esgotos
A rede de esgotos será em tubos rígidos de PVC embutidos nas paredes ou no chão, com os
diâmetros e declives adequados, enterrados ou não conforme as prescrições pertinentes. Esta deve
ser dimensionada de tal forma a escoar os esgotos a partir das diversas peças sanitárias de modo
rápido e silencioso, com o mínimo de risco para a saúde dos utentes, prevenir a formação de
depósitos no seu interior e o escape dos esgotos. As peças sanitárias são as sanitas, lavatórios e
urinóis. A rede será ventilada e munida de bocas de limpeza e caixas de visita, sendo que, o
escoamento a partir das peças até a fossa séptica. Enquanto, para as águas negras dispor-se-á de
uma fossa com capacidades definidas no projecto hidráulico.
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1.16 Drenagem De Águas Pluviais
Todas as águas pluviais recolhidas através da cobertura serão recolhidas para uma cisterna através
de caleiras.
1.17 Electricidade
A instalação eléctrica será o mais adequado para o tipo de construção. A posição das tubulações,
peças e acessórios deverão obedecer ao projecto eléctrico e seus memoriais. Todos os materiais
utilizados deverão estar em conformidade com o especificado no Projecto. A aplicação das
tubulações de PVC e acessórios, bem como das caixas de passagem deverão obedecer as exigências
e indicações do fabricante.
As ligações com a rede pública deverão ser de acordo com as exigências da EDM- Electricidade de
Moçambique.
1.18 Vidros
Os vidros deverão ser planos, transparentes, incolores, isentos de bolhas, lentes, ondulações e
ranhuras.
1.19 Limpeza
Todas as superfícies aparentes (pavimentações, revestimentos, cimentados, azulejos, cerâmicas,
vidros, aparelhos sanitários, etc…), deverão ser limpos abundantemente e cuidadosamente lavados
de modo a não serem danificadas outras partes da obra por estes serviços de limpeza. A lavagem
dos pisos deverá ser feita com sabão neutro perfeitamente isento de alcalis e ácidos. Deverá haver
particular cuidado em remover quaisquer detritos ou salpicos de argamassa endurecida das
superfícies.
Todas as manchas de salpicos de tinta deverão ser cuidadosamente removidas dando-se especial
atenção a perfeita execução dessa limpeza nos vidros e ferragens das esquadrias, que também
deverão ser lubrificadas nas partes móveis. Deverá ser procedida cuidadosa verificação para aferir as
perfeitas condições de funcionamento e segurança de todas as instalações de água, esgotamento,
águas pluviais, eléctrica, aparelhos sanitários etc.
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através da fiscalização. Assim, estas omissões da Memória Descritiva não poderão servir de base à
execução defeituosa ou ao não emprego de materiais adequados ao fim a que se destinam.
As alterações que se venham a realizar, quer por vontade da fiscalização, quer por proposta do
construtor, para que possam ser invocadas como base de aumento de despesas, necessitam do
sancionamento respectivamente do autor do projecto e da fiscalização, e só terão validade depois
aprovadas pelas partes competentes, em particular pelo dono da obra.
Os materiais para o presente projecto deverão ser de muito boa qualidade, obedecendo às
especificações técnicas do mesmo projecto, para que se possa obter uma construção de qualidade
aceitável em termos de resistência, durabilidade, entre outras características importantes.
MAPUTO, de Outubro2022
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