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DOUTRINA BÍBLICA

TEMA: Mentira/ Falso testemunho


TEXTO: Ex. 20:16/ Ex. 23:1

INTRODUÇÃO
Aprenderemos hoje que Deus se importa com o que sai da nossa boca. Por isso, precisamos ter
cuidado. Deus é a Verdade e deseja que nossos relacionamentos sejam pautados na verdade. Atualmente,
com o advento das redes sociais, um comentário maldoso e mentiroso pode trazer danos irreparáveis, devido
ao número de pessoas que terão acesso a ele. Algumas pessoas já cometeram suicídio depois de terem sido
vítimas de calúnia e difamação nas redes sociais. No Antigo Testamento, a lei determinava que aquele que
cometeu tal delito deveria pagar com a própria vida. A violação do nono mandamento é um atentado contra
o próximo e contra o Criador. É um pecado grave na lei divina e um crime na lei dos homens, porém, muitos
não se dão conta disso.
DESENVOLVIMENTO
“Não dirás falso testemunho contra o teu próximo” não se refere apenas ao depoimento num
tribunal, mas também ao relacionamento diário com aqueles à nossa volta. Aqui temos uma grande lição
para os que agem como se o pecado se restringisse a assassinato, adultério e furto. Ninguém deve pensar
que a mentira e o falso testemunho são menos graves que os demais pecados citados no Decálogo. A Bíblia
coloca no mesmo nível todo aquele que tem a mentira como estilo de vida.
OBJETIVO: O propósito divino neste mandamento é:
• Erradicar a mentira, a calúnia e a falsidade do meio do povo. (Dt 19.20; Dt 17.13)
“para que os que ficarem o ouçam, e temam, e nunca mais tornem a fazer tal mal no meio de ti.” Dt
19.20
“e todo o povo, ouvindo isso, temerá e nunca mais se ensoberbecerá.” Dt 17.13
• Promover o bem-estar social e a fraternidade entre os seres humanos.

FALSO TESTEMUNHO: diz respeito a uma mentira, a uma declaração conscientemente falsificada.
A lei de Deus e as do nosso país reprovam o falso testemunho. De acordo com o código penal
brasileiro “o crime de falso testemunho, consiste em fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade
como testemunha em processo judicial, policial ou administrativo. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou
qualquer outra vantagem a testemunha, para fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade em
depoimento, ainda que a oferta não seja aceita”.
Nós, enquanto cristãos, devemos nos conscientizar de que o falso testemunho e a mentira são estilos
de vida do ímpio. (Sl.109.2). E que ser falsa testemunha está entre as sete coisas que Deus aborrece e
abomina.
“Estas seis coisas o Senhor odeia, e a sétima a sua alma abomina:
Olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente,
O coração que maquina pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para
o mal,
A testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos.”
(Pv 6:16-19)
A VERDADE, por sua vez, é aquilo que corresponde aos fatos, em contraste com qualquer coisa
enganosa.
Se servimos a Deus, devemos caminhar em harmonia com seus princípios, pois Ele é a verdade.
“...Deus é a verdade, e não há nele injustiça; justo e reto é.” Dt 32:4
“Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.” Mt 5:48
“Sede meus imitadores, como também eu de Cristo.” 1 Co 11:1.

O CUIDADO COM A MENTIRA

1. As testemunhas.
Segundo o texto de (Dt 19.15-20) ninguém podia ser acusado por uma só testemunha, pois a lei exige
duas ou três testemunhas. Era a garantia de um julgamento justo.
Mas nem sempre isso era possível. Nabote foi acusado, julgado e condenado conforme a lei, mas era
inocente, pois as testemunhas eram falsas (1Rs 21.13). O Senhor Jesus foi vítima de testemunhas falsas (Mc
14.56), da mesma forma que Estêvão (At 6.13). Mesmo com todo o rigor da lei, nunca faltou na história
quem se dispusesse a testemunhar falsamente.
2. Os danos.
Testemunhar falsamente é um atentado contra a honra e pode destruir a reputação e o bom nome
que alguém levou uma vida inteira para construir. Seus efeitos maléficos podem ainda levar a pessoa à morte
ou à prisão, destruir casamentos e arruinar famílias.
É um pecado grave do qual muitos ainda não se deram conta. A pena contra a falsa testemunha em
Israel era a morte; tal pessoa receberá o mesmo que ela tentou fazer ao seu próximo: “será condenado, e o
castigo dele será o mesmo que ele queria para o outro” (Dt 19.19, NTLH). Será aplicada a lei de talião (Êx
21.23-25).
3. O pecado da mentira.
Quem já viu um irmão ser disciplinado ou cortado da comunhão da Igreja pelo pecado de mentira?
A Bíblia trata o assunto com seriedade, pois quem se converteu a Cristo precisa deixar a mentira e falar a
verdade (Ef 4.25; Cl 3.9). Os mentirosos constam da lista dos incrédulos, homicidas, fornicadores, feiticeiros,
idólatras, dentre outros (Ap 21.8; 22.15). Na graça, o tema é tratado com profundidade implicando a vida
eterna, e não envolvendo tribunais como no sistema mosaico. É desejo, portanto, de todo cristão se parecer
com Jesus e é isso o que Deus espera de todos nós (1Pe 1.15,16).

CONCLUSÃO
O cristão verdadeiro não coaduna com a fofoca ou mentira.
“Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da
verdade ouve a minha voz” (Jo 18.37).

A mentira aprisiona a alma, mas a verdade de Jesus não nos deixa aprisionados, mas livres para sempre! “E
conhecereis a verdade, e a verdade te libertará” (Jo 8.32).

Ilustrações sobre a Mentira


A Pergunta Decisiva
Numa universidade, dois amigos que cursavam medicina iam muito bem nas provas e trabalhos da faculdade. No
final do semestre ambos tinham notas entre 9 e 10. Havia uma prova final no curso de Química, mas, a dupla estava tão
confiante nas suas notas que resolveram passar um final de semana festejando com amigos de uma outra universidade.
A festa foi grande e também a ressaca. Ambos dormiram tarde demais e chegaram atrasados na universidade na
Segunda, dia da prova final. Ao invés de tentar fazer o exame, a dupla procurou o professor depois com uma história que
inventaram.

Os dois afirmaram que o carro deles teve um pneu furado e ficaram sem pneu de reserva. Segundo eles, demorou
para concertar o pneu e isso resultou no atraso deles para o exame.

O professor considerou a história dos dois e concordou que daria uma segunda chance de fazer o exame no dia
seguinte. Ambos estudaram para valer aquela noite e foram ao exame no dia seguinte na hora marcada.

O professor colocou ambos em salas separadas e os entregou o exame. Quando começaram o exame, perceberam
que a primeira pergunta era uma questão fácil e valia cinco pontos. Animados, responderam à primeira pergunta e viraram
a página. Na segunda página havia apenas uma pergunta – “Qual dos quatro pneus furou?” A resposta valia 95 pontos. –
Autor desconhecido

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