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Siobhán é uma garota que vive em um casarão em Dublin, Irlanda, com seu
pai. Sua mãe morreu quando ela tinha apenas três anos e, agora, a menina
está se esquecendo da fisionomia dela...”Já havia procurado em todos os
cantos da casa. Encontrou velhos livros da mãe, uma echarpe e um par de
extravagantes sapatos verdes, mas nenhuma fotografia”.
O processo de luto, como diz Cristina, tem diversas fases. Assim como os
adultos, as crianças passam por isso também. “Começa com a negação, passa
por uma época de muitas perguntas, depois por uma tristeza profunda, e só
então chega à aceitação”, diz. Portanto, se você está preocupada por seu filho
estar mais agressivo ou mais isolado depois de uma perda, saiba que esse
comportamento é normal. “Se, por exemplo, a criança chora à noite, antes de
dormir, é algo natural nesse processo e até uma maneira de defesa”, diz. O
alerta só vale em caso de exagero, quando a tristeza passa a atrapalhar o dia a
dia.
Carolina afirma que a obra foi uma maneira de ela mesma botar um sentimento
para fora. Como não pôde se despedir do avô da maneira que gostaria, decidiu
fazer isso por meio da literatura. Na hora de escolher a maneira de descrever
esse sentimento, não teve dúvidas: colocou-se na situação de uma criança, a
partir de um interesse crescente por literatura infantil. “Como eu vinha
pensando sobre essa linguagem há algum tempo, vesti a pele da criança que
provavelmente eu fui e passei a descrever o que via desse novo ponto de
vista”, diz. Escrever, como ela conta, foi fácil, e o livro saiu de uma só vez.
“Sentei na frente do computador, ainda com meu filho no peito, e escrevi todo o
texto”.
A partir de 7 anos
A criança começa a criar outros vínculos (na escola, principalmente) e, com isso, passa a sentir
mais intensamente as perdas fora do círculo familiar. Ela passa a compreender melhor a morte,
e é possível falar mais abertamente com ela sobre o assunto.
Fonte: Cristina Mendes Gigliotti, psicóloga da área de Oncologia Clínica do Hospital M´Boi
Mirim, em São Paulo
Livros para criança que falam sobre perdas
A Velhinha que Dava Nome às Coisas, de Cynthia Rilant e ilustrações de Kathryn Brown
Editora Brinque-Book
Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI79831-15151,00.html
A morte entra em cena
O tema desperta a curiosidade na fase em que a criança é capaz de elaborar
idéias mais complexas
Redação Crescer
No conto de fadas
A possibilidade da morte também é semeada na imaginação de seu filho pelas
histórias infantis e contos de fadas. A lista é enorme: Cinderela, Branca de
Neve, Bernardo e Bianca, Dumbo, Bambi. "A mensagem dessas histórias é
clara: sem mãe, são grandes as chances de encrenca e daí para a criança
pensar no que pode acontecer com ela é um pulo", lembra a pediatra Denise
de Andrade Moreira. Desse "pulo" vem o medo do abandono, de ficar só, do
desconhecido. É o receio que está na base da questão da morte para a
criança, segundo a psicóloga Maria Helena. Para algumas, ela ressalta, isso
pode até refletir-se em problemas para ficar longe dos pais, na escola ou na
casa de amigos. Mas a situação costuma ser passageira. "A conversa franca e
tranqüila dos pais com o filho, sempre que ele demonstrar esse receio, é o que
basta para afastar os temores", assegura a especialista.
Pensamento Mágico
A curiosidade sobre a morte também pode ser fruto da imaginação fantástica
das crianças. Elas são capazes de acreditar que tudo o que desejam vai
acontecer, que se estiverem com raiva dos pais seus pensamentos "maus" vão
atingi-los e até levá-los à morte. Sentimentos de culpa podem surgir por conta
disso e, caso você os perceba em seu filho, deve assegurar a ele que os
pensamentos não têm tal poder, nem para o bem nem para o mal. E que é
normal as pessoas se chatearem, sentirem raiva mesmo umas das outras em
algum momento. Conversando, elas sempre se entendem, como com você e
seu filho.
Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI16623-15134,00.html