Você está na página 1de 6

A distância das

coisas
Flávio Carneiro
TemasRelação familiar; Perda; Adolescência;
Amadurecimento
Gênero Relato autobiográfico e narrativa de enigma

GUIA DE LEITURA
PARA O PROFESSOR

Série Vermelha nº 18
144 páginas

O LIVRO Pedro tem 14 anos e já se coloca O AUTOR Flávio Carneiro nasceu em Goiânia,
muitas questões sobre a vida. Vive com o tio há em 1962, e mudou-se para o Rio de Janeiro
no início da década de 1980. Hoje, mora
um ano, desde a perda de sua mãe. Não se
em Teresópolis, região serrana do estado
lembra do pai, que morreu num acidente de carioca. Escritor, crítico literário, roteirista e
carro quando ele tinha três anos. professor de literatura na Universidade do
Esse adolescente solitário começa seu relato a partir Estado do Rio de Janeiro (UERJ), recebeu
do momento em que passa a duvidar da morte da vários prêmios literários, entre eles o da
União Brasileira de Escritores. Com o livro
mãe.
A distância das coisas, foi o ganhador do
Seu tio não o deixou ir ao velório, ao enterro e nem Prêmio Barco a Vapor 2007.
sequer permite que ele vá ao cemitério visitar o
túmulo. Há na história que lhe contaram um mistério
para ser desvendado e uma morte para ser explicada.
Com a ajuda da amiga Marina, o desconfiado Pedro
sai em busca de respostas e acaba enfrentando
situações que influenciarão toda a sua vida.
2008996299367
A distância das FLÁVIO
CARNEIRO
coisas

Mergulhando INTERPRETANDO O TEXTO


na
temática Como diz Ingemar, “é preciso comparar para sentir a distân-
NARRATIVA DE ENIGMA cia das coisas”. Apesar de tratar de um tema difícil, a perda da
O gênero narrativa ou romance de mãe, para essa faixa etária, não se trata de uma história triste ou
enigma pode ser considerado uma piegas. O livro é uma mistura de narrativa de enigma e relato
das muitas facetas do romance autobiográfico: a vida de Pedro precisa ser decifrada, e para isso
policial. é necessário contá-la.
“É um enigma não solucionado, uma É também uma história construída a partir de muitas outras:
vítima, um detetive de raciocínio verdadeiras sagas de meninos e meninas, relatadas em livros
dedutivo acompanhado muitas vezes e filmes, que por motivos diferentes perdem os pais e precisam
de um(a) assistente, suspeito e culpado. en- contrar meios de sobreviver a essas perdas.
O leitor se identifica com o detetive e Narrado em primeira pessoa, em A distância das coisas
tenta desvendar o caso junto com ele Pedro compara sua vida com a desses personagens, tentando
ou mesmo antes dele” (em Narrativa superar os difíceis momentos de dor e de solidão e, dessa
de enigma. Jaqueline Peixoto Barbosa, maneira, situar- se na vida, para descobrir a verdade e
São Paulo: FTD, 2006). Não é essa encontrar a medida e a distância das coisas. Nessa aventura
exatamente a estrutura da narrativa, em que o enigma é ele mes- mo, esse jovem detetive conta
a partir do momento em que Pedro com a ajuda fiel de Marina, uma amiga muito especial. Além
decide desvendar o mistério da morte
disso, nos coloca em contato com Ingemar, Christopher e
de sua mãe?
Chihiro, personagens das histórias que ele nos conta e que
colaboram para criar um verdadeiro jogo de espelhos entre o
Difícil explicar com exatidão por real e o imaginário, entre a verdade e a mentira, questões
que o romance policial desperta presentes na vida e na literatura.
tanto interesse e faz tanto sucesso.
Para alguns, essa preferência se UM DIÁLOGO DE HISTÓRIAS: TODO
deve à curiosidade humana; outros
identificam certa atração pelo perigo
CONTO CONVERSA COM OUTRO
e pela ação. É possível criar “É meio triste, mas é muito bonito” (p. 24). É dessa forma
inúmeras tramas a partir de uma que a mãe de Pedro o convida a assistir ao filme Minha vida de
fórmula que a princípio parece
cachor- ro. Esse filme retrata muito da vida de nosso narrador:
banal. Importante é observar
o prota- gonista Ingemar, menino de aproximadamente 11
anos, também não vive com o pai, que só se sabe que está
determinadas características próprias
longe, trabalhando. Quando sua mãe adoece, Ingemar vai
do gênero: um enigma que à
viver com seu tio, numa cidadezinha no interior da Suécia.
primeira vista parece de difícil
Esse pequeno herói sempre se questiona e faz comparações
solução; alguém com a função de
entre sua vida, a dos outros e os acontecimentos à sua volta.
desvendar
Ele também está numa busca para encontrar as respostas a
o que aconteceu; o fato de a pessoa suas perguntas e a seu sofrimento.
encarregada da investigação levantar
Com Pedro não será diferente. Por desconfiar que há algo não
hipóteses baseadas na observação de
explicado pelo tio sobre a morte de sua mãe – dado que este
pistas, guiando-se pela intuição e pelo
não permitiu que ele fosse ao enterro e jamais o deixou ir ao ce-
raciocínio lógico; a existência de pistas
mitério –, Pedro busca respostas e, para isso, compara, escolhe,
falsas para instigar o leitor. Todos esses deduz, examina, age e conclui.
elementos estão no relato de Pedro e
A busca pela verdade sobre a morte da mãe torna-se uma
na investigação que ele faz.
mis- são, um ritual de passagem entre a infância e a
adolescência, uma busca por sua própria história, criando
suspense para o leitor. O livro deixa de ser um simples relato
para se tornar uma narrativa de enigma, em que é preciso estar
atento às pistas. A partir do

2
A distância das FLÁVIO
CARNEIRO
coisas

momento em que decide levar sua investigação adiante, Pedro


toma o destino em suas mãos. E não desiste nem mesmo ao
INTERTEXTUALIDADE so- frer contratempos, como quando descobre que o namorado
Para Koch, reconhecida lingüista de sua mãe, de quem ele não sabia da existência, rouba a autoria
brasileira, a intertextualidade, princípio
da histó- ria que ela escreveu e acaba ganhando um prêmio de
de grande relevância para a construção
50 mil euros. Com Pedro, seguimos a pista falsa e vivenciamos
do sentido, compreende as diversas
a reviravolta da história: o namorado da mãe passa de amigo e
formas pelas quais a produção/
recepção de dado texto depende do
de um ex-quase futuro pai a traidor e desonesto em apenas
conhecimento de outros por parte alguns capítulos.
dos interlocutores. Esse é um dos A história roubada, de autoria de sua mãe, é mais uma entre
grandes temas a que se tem dedicado as muitas embrenhadas no relato de Pedro. Conta a saga de um
a lingüística textual, pelo fato de esse menino do sertão do Nordeste que queria ser mergulhador. Um
princípio ser constitutivo de todo e sonho que ele persegue por muito tempo, enfrentando todas as
qualquer discurso. Tomada em sentido adversidades, até que desiste. Já velho, fraco, doente e amargura-
restrito, a intertextualidade ocorre do, vai reviver seu sonho por meio de seu filho caçula, que lhe
quando em um texto está inserido
pergunta, em seu leito de morte, como se faz para ser mergu-
outro, denominado intertexto,
lhador. Para Pedro, a vida desse protagonista é um exemplo de
produzido anteriormente e que faz
persistência e de afirmação da durabilidade dos sonhos, mesmo
uso de parte da memória social ou da
memória discursiva dos interlocutores.
os não realizados numa só vida.
As várias histórias conversam entre si e tecem outro texto
Pode haver casos de intertextualidade
a partir das semelhanças das personagens e dos temas que
explícita e implícita. No primeiro, é
mencionada no próprio texto a fonte do
abor- dam, ampliando o relato de Pedro e acrescentando-lhe
intertexto, como acontece nas citações, diferentes matizes. As perdas, as buscas, mistério e suspense,
referências, resumos e resenhas, sendo e mais um herói solitário que se questiona e precisa enfrentar
esse o caso do relato de Pedro, em os obstáculos colocados pela vida, todos esses são
que ele apresenta resumos e falas ingredientes das histórias que Pedro nos conta, que, por sua
dos personagens de outras histórias. vez, foram contadas por sua mãe, leitora voraz, professora de
No segundo, intertextualidade literatura, acostumada a espa- lhar seus livros por toda a casa.
implícita, Por falar em livros, uma das leituras indicadas por ela é
o produtor do texto espera que o leitor
O estranho caso do cachorro morto (Mark Haddon. Rio de Ja-
seja capaz de reconhecer a presença
neiro: Record, 2004), romance policial no qual Christopher, de
do intertexto, como na paródia e nas
15 anos, investiga a morte de um cachorro do qual ele gostava
ironias. Importante ressaltar que o
trabalho com o intertexto é crucial para
muito. Mas a identificação maior de Pedro com essa personagem
a construção do sentido. É um é o fato de ele também ter sido enganado sobre a morte da mãe.
princípio fundamental a ser trabalhado Para Pedro essa é uma revelação que o faz pensar em si mesmo,
no ensino e na aprendizagem da leitura suas angústias e carências.
e da É a comparação entre as personagens, os enredos das
Para saber mais:
escrita. histórias que conhece e a sua própria realidade, que o auxilia
KOCK, Ingedore Grunfeld Villaça. na investi- gação sobre a morte de sua mãe. Ele reúne os fatos
Introdução à lingüística textual. numa ordem lógica, deduz o que não está posto explicitamente
São Paulo: Martins Fontes, 2006. e vai atrás de pistas e evidências: ao final desvenda a trama e
depara com um mistério maior, a própria vida.
BARROS, Diana Luiz Passos; FIORIN,
José Luiz (orgs.). Dialogismo, A riqueza de A distância das coisas está exatamente na inter-
polifonia, intertextualidade. São Paulo:
textualidade, nessas muitas vozes que regem a narrativa, aju-
dando Pedro a enfrentar e a superar a dura realidade da perda
Edusp, 1999.
e da solidão numa etapa já tão difícil da vida, a adolescência. É
preciso ressaltar que tão importante quanto o tema do livro é
também a forma de abordá-lo para o público jovem. A cada ca-
3
A distância das FLÁVIO
CARNEIRO
coisas

pítulo uma nova referência a fatos naturais e a outros textos e


um novo obstáculo ou aventura a serem entendidos e
Sugestão ao professor
enfrentados produzem outros sentidos. Para compreender um
Como o tema de perdas afetivas será
relato assim, é preciso contar com o conhecimento do leitor e
necessariamente abordado, pode ser com suas expe- riências de leitura. Muitas vezes é necessário
interessante que o professor procure mediar esse processo. Por isso, propor uma leitura
saber se no grupo há casos de alunos compartilhada, tendo o professor como mediador, pode ser
que sofreram a perda de um ente uma boa estratégia de motivação e aprendizagem.
querido ou sejam órfãos de pai e/ou
mãe. Caso queira abordar o tema da ADOLESCÊNCIA: MOMENTO
perda antes de ler a história,
sugerimos realizar outras leituras,
DE BUSCAS E
pequenos textos, poemas, ou mesmo AMADURECIMENTO
assistir a filmes, como forma de O relato de Pedro pode ser lido também como uma grande
introduzir o assunto. metáfora sobre a adolescência. Este “é um tempo de
transição do espaço da família para um espaço no mundo
Sugestões de filmes:
exterior: um tempo de ansiedade, receio, expectativa, do medo
1. Minha vida de cachorro, de e da excitação em face do desconhecido” (em A adolescência
Lasse Hallström. Suécia: 1985. – compreenden- do seu filho de 12-14 anos. Margot Waddell.
2. A viagem de Chihiro, de Hayao São Paulo: Imago, 1995, p. 136).
Myazaki. Japão: 2003. Por estar (re)descobrindo a vida e determinando seus espa-
3. AI. Inteligência Artificial, de
ços, Pedro faz muitas referências a fenômenos naturais, como
o arco-íris, a neblina, a formação dos continentes, o monte
Steven Spielberg. Estados Unidos:
Everest, os movimentos da Terra, sempre relacionando-os às
2001.
atitudes hu- manas. Faz também alusão à cartografia e aos
4. O ano em que meus pais saíram mapas, maneira que encontrou para mostrar seu lugar no
de férias, de Cao Hamburger. mundo real.
Brasil: 2006. Esse narrador também vai fazer comparações entre os
homens e os animais domésticos, confessando seu desejo de ter
um hed- gehog de estimação: uma espécie de porco-espinho,
de focinho comprido, de aproximadamente 15 cm, cujo peso é
inferior a meio quilo. O interesse por esse mamífero primitivo
e praticamente des- conhecido no Brasil faz de Pedro um
especialista em hedges (de acordo com ele, é assim mesmo que
se deve chamá-los). Nas suas descrições, encontramos vários
pontos em comum entre os dois e se esclarece o motivo de sua
identificação com o animal.
Aliás, identificação é uma palavra presente na vida de Pedro
e de todo adolescente: uma necessidade vital de fazer-se
reconhe- cer e ao mesmo tempo tornar-se igual a alguém ou a
um grupo. Como ele mesmo afirma, logo na primeira página
do livro: “Vá- rios garotos no mundo têm catorze anos, sou
apenas um deles. E se você pensar na história da humanidade,
vai concluir que já existiram trilhões de garotos de catorze
anos. E nenhum, olha só, nenhum deles era ou é igual a outro”.
Mas para encontrar sua identidade, esse conjunto de
caracte- rísticas e circunstâncias que distingue as pessoas e
graças às quais é possível individualizá-las, Pedro precisa
descobrir a verdade sobre sua mãe, discutir e refazer sua 4
ligação com o tio e viver sua relação com Marina, companheira
em todos os momentos.
A distância das FLÁVIO
CARNEIRO
coisas

LER É FAZER ESCOLHAS E SEGUIR PISTAS


A compreensão desse livro está em entender os vários sen-
tidos que ele propicia. É uma história que abre um leque de ca-
minhos para o leitor atento. Como afirma o narrador, é preciso
fazer escolhas e seguir pistas. “Uma das coisas chatas da vida é
que você é sempre obrigado a escolher” (p. 34).
A partir do capítulo 4, o narrador faz algumas referências a
me- mória, lembranças e esquecimentos, antecipa o que
descobrirá a respeito da mãe e fornece importantes pistas ao
leitor. “Eu pelo menos fingia que lembrava [do pai]. Fingir que
você se lembra de alguém não é fácil [...] Ou a gente lembra ou
não lembra” (p. 80).
Pois é exatamente com a perda da memória que Pedro vai
de- parar ao saber a verdade sobre sua mãe: depois de sofrer
um aci- dente, ela ficou entre a vida e a morte, passou por
várias cirurgias, mas ficou paraplégica e com amnésia, isto é,
não se lembra de nada nem de ninguém. Os médicos se
recusam a dar prognósticos, pois não acreditam que ela vá
recuperar a memória. Mas Pedro tem idéias próprias a respeito
da imprevisibilidade das reações da na- tureza. Por isso diz que
“não é possível prever quando uma pessoa vai ou não se
lembrar de determinada coisa” (p. 139). Depois de muita
revolta, ele acaba entendendo o porquê de o tio ter escondi- do
a verdade dele, apesar de não concordar. Por fim, Pedro afirma
com grande otimismo que “um dia, mais cedo ou mais tarde,
mi- nha mãe vai se lembrar de mim” (p. 143). E essa única
certeza em meio a tantas dúvidas é a última afirmação da
DIALOGANDO
história do garoto. COM OS ALUNOS
ANTES DA LEITURA
Proponha aos alunos assistir ao filme Minha vida de
cachorro, importante elemento para a construção de sentidos
da história de Pedro, como uma preparação para a leitura do
livro. Antes de vê-lo, é importante contextualizar o filme e
comentar a impor- tância dessa proposta para a leitura do
livro. Assim, preparam-se os alunos para ver um filme
diferente dos de aventura a que estão acostumados, de ritmo
rápido e ação constante.
É importante fazer com que os alunos encarem a atividade
como um apoio para a leitura e possam seguir um roteiro de
observação, anotando fatos importantes que serão resgatados
depois no livro.
Peça-lhes que observem qual o tema do filme, o nome do nar-
rador/personagem principal, sua forma de agir, como reage em
algumas situações e a mensagem que o filme pretende passar.
Pode ser interessante colocar algumas perguntas, como:
“Você
se identificou com alguma atitude específica do narrador/perso-
nagem principal ou alguma situação por que ele passa?”, “O que 5
você acha da maneira como ele reage ao que lhe acontece?”.
A distância das FLÁVIO
CARNEIRO
coisas

Depois de ver o filme, os alunos podem discutir em pequenos


grupos ou duplas, trocando as informações que anotaram e as
impressões que ficaram da obra.

DURANTE A LEITURA
Para construir sentidos durante a leitura, é interessante
levar
os alunos a perceber e explicitar que o autor constrói a
narrativa a partir de comentários do narrador/personagem de
outras his- tórias. Os alunos podem registrar no caderno
(como um diário de leitura) os assuntos abordados, tanto os de
geografia e ciências como os variados temas e notícias sobre
questões da atualidade que ele comenta. Vale perguntar qual a
diferença entre ler sobre esses assuntos em um jornal ou
revista especializada, ou mesmo em uma enciclopédia ou livros
didáticos, e nesse contexto da lite- ratura. Qual seria a estratégia
ou intenção do autor? Qual efeito de sentido ou de sentidos essa
forma de contar uma história produz?
Para potencializar o interesse dos alunos no livro, pode ser
interessante conversar com eles sobre o romance policial e fa-
zer um levantamento do que sabem desse gênero literário: o que
conhecem, autores, títulos, características. Se achar necessário
trabalhar o gênero com eles, para dar subsídios à compreensão
da estrutura da narrativa do livro, faça um paralelo entre a inves-
tigação de Pedro e as dos personagens detetives que eles conhe-
çam (por exemplo, Sherlock Holmes). Pode-se também chamar
a atenção para a narrativa de enigma e apontar as características
desse gênero presentes no livro, registrando-as.
DEPOIS DA LEITURA
O tema do livro pode gerar um debate, trazendo um
bom instrumento para o ensino e a aprendizagem da
argumentação. Pedro foi enganado por seu tio, que não lhe
revelou a verdade so- bre as conseqüências do acidente de
carro de sua mãe. De início, pode-se colocar a pergunta: o tio
de Pedro agiu corretamente ao dizer que a mãe dele havia
morrido, enganando-o para aliviar seu sofrimento? Aqui,
estimule os alunos a elaborar, com afir- mações, fatos e
exemplos, uma argumentação convincente, para defendê-lo ou
não. É interessante criar com eles alguns critérios de avaliação
e pedir que anotem seus argumentos. No dia do de- bate, eles
podem revezar-se nos papéis de advogado de defesa, de
ELABORAÇÃO SILVIA ALBERT – PROFESSORA
acusação, de juiz e de júri. E quem estiver no júri pode ainda D O GUIA

DE PORTUGUÊS D O COLÉGIO O S WA L D A NDRADE -


avaliar a argumentação dos advogados.
CARAVELAS, MESTRE PELA PUC-SP, N A ÁREA DE LEITURA,
Outra proposta é criar, a partir do livro, uma narrativa de ESCRITA E ENSINO DE LÍN G UA PORTUGUESA; PREPARAÇÃO
enigma nos mesmos moldes, misturando-a a um relato autobio- R O D R I G O VILLELA; REVISÃO CARLA M ELLO M OREIRA E
gráfico.
usem Pode-seda
o recurso pedir que os alunos para
intertextualidade elaborem um roteiro
construir e que
a narrativa. M ÁRCIA
M ENIN
6

Você também pode gostar