Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ilustrações
Orlando
Bom demais
para ser real
14
da sua imaginação. Tentou visualizar o brin-
quedo outra vez. Mas logo aparecia a imagem
da dona Belarmina distribuindo as provas com
aquela sua cara de sargento. Descobriu então
que brincar só com a cabeça não ia ser essa mo-
leza toda. Tinha que encontrar uma maneira de
expulsar os pensamentos intrometidos, pensou
Ana Pijama.
Foi então que se lembrou da esquisitice que
sua mãe tinha inventado quando estava com o
15
— Quer saber?
Você não quer ir,
mas eu vou!
53
Terror nas
alturas
55
Ana Pijama sentiu sua boca se encher de espuma,
como se tivesse engolido uma caixa de sabonete.
Imensas bolhas de sab‹o sa’am da sua boca.
74
O cavalo virou para trás, abriu um sorriso dentu-
ço e deu uma piscadela.
— Tropeço! Você chegou bem a tempo! —
gritou Ana Pijama.
Nisso, ela sentiu um vulto passar a jato ao seu
lado. Era Outra Ana, que caía feito uma bigorna.
— Tropeço, depressa! Pega Outra Ana!
101
De olhos
bem
abertos
103
Quem criou
a história
autora/
editora
Muriaé, uma cidadezinha do interior de
Minas Gerais. Quando aprendeu a falar,
Acervo da
Arquivo da
começou a inventar nome para tudo. In-
ventou até o nome do seu travesseiro:
Ofrenário Não Pode. Na infância, adora-
va brincar de boneca e andar de bicicle-
A escritora.
ta na pracinha. Uma de suas diversões
preferidas era ler. Ela conta que “pegava carona nas histó-
rias”, que nem a Ana Pijama no seu cavalo de uma asa só, o
Tropeço. De tanto ler, passou a gostar também de escrever,
inventar personagens e criar mundos para eles.
Já adulta, decidiu contar histórias da vida real e foi para o
Rio de Janeiro estudar Jornalismo. Lá, trabalhou como repór-
ter em vários jornais e revistas. Começou também a escrever
histórias de famílias (biografias) e criou uma editora. Mas,
como seu amor pela literatura continuava forte, ela voltou a
trilhar o caminho da imaginação e a trabalhar como escritora.
Ana Pijama no País do Pensamento, lançado em 2008, foi o
primeiro livro infantojuvenil de Jô. Ela também é autora de
Faísca, cabelo de fogo coração de ouro e tem muitas outras
histórias no país de seus pensamentos!
Em 2019, Jô foi eleita para a Academia Muriaeense de Le-
tras. Voltou para Minas Gerais e hoje vive
em um sítio com três cachorros, um gati-
nho e dois cavalos (sem asas!). Ah!, e ela
continua dando nome às coisas. O tatara-
neto do Ofrenário (o travesseiro) chama-se
Apolinário Quase Nada.
119
al/
itora
Orlando Pedroso é paulistano e
Acervo pesso
Arquivo da ed
nasceu em 1959. Assim como Ana Pijama,
ele não gosta de dormir – quer dizer, não
gosta da obrigação de ter de ir para a cama.
Mas conta que descobriu que, dormindo e
sonhando, podemos ir para outros mun-
dos que nem pensávamos visitar. O ilustrador.