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DAVID GUILHON
São Luís
2005
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
São Luís
2005
DAVID GUILHON
BANCA EXAMINADORA
____________________________________
Prof. Dr. Raimundo Lopes Diniz
(Orientador)
______________________________________
Prof. MSc. Luciana Caracas
(Primeiro Examinador)
______________________________________
Prof. João Raposo
(Segundo Examinador)
A Deus, o Senhor de todas as coisas.
este feito, são eles os exemplos de pessoas que eu sigo e que muito se dedicaram
ao que hoje eu sou. De igual modo, aos meus irmãos, que compartilharam de suas
que cedeu seu Pc para consultas on-line. Ao meu orientador e amigo Dr. R. Diniz,
que norteou esta monografia pacientemente desde que ela era apenas um
“trabalhinho” de disciplina, que por sinal rendeu bons “frutos”; este homem guiou-me
confortabilidade do usuário.
kit) in bars and restaurants of the São Luís, requesting the application of ergonomic
items to grow the confortability in the hammer use and best precision level of
based in the projetual needs. That study it was carry out during the design
development of the “Crab Kit”. It was applied interviews and research about similar
products and at detailed design stage it was carried out a usability test with prototype
in real situation. The obtained results in usability test attend the design needs, as
such the use of the movement precision and crease of user’s confortability.
Figura 6 - Indicação das medidas da tabela 2, segundo Dreyfuss (1966 apud Dias,
1986) ...................................................................................................................... 34
................................................................................................................................. 19
em três percentis (2,5, 50 e 97,5), adaptado de Dreyfuss (1966 apud Dias, 1986)
............................................................................................................................... 32
Tabela 13 - Análise sincrônica dos similares encontrados (13 a 16) – Atributos ....63
(1980)....................................................................................................................... 84
(1980)...................................................................................................................... 85
SUMÁRIO
SUMÁRIO ............................................................................................................... 12
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 15
Dimensionamento .......................................................................................... 73
GLOSSÁRIO .......................................................................................................... 98
APÊNDICES............................................................................................................ 100
Churchill (1992, apud BAXTER, 2001. pp. 133)1 afirma que “[…] as
(BAXTER, 2001). Para tanto, não somente o desempenho do produto (seu uso)
como por exemplo, a análise de tarefa, utiliza-se a ergonomia que, conforme Soares
artefatos e seus efeitos na relação com o homem. Os dados fornecidos por esta
Para Baxter (2001, pp. 69), faz-se importante ”[…] a presença do caráter
frisar que fatores sociais, cultural e comerciais têm grande peso na determinação de
1
CHURCHILL, G. A. Jr. Basic Marketing Research. 2. ed. [s.l.]: The Dryden Press, 1992.
um estilo para o objeto, podendo durar alguns meses, como também muitas
décadas (BAXTER, 2001). Tais questões devem ser consideradas, pois o objeto é
função declarada, outros aspectos (qualidades) que o tornam único em relação aos
das capacidades, habilidades e limites dos usuários alvo (pessoas que apreciam
degustar o prato culinário feito com o caranguejo-uçá, animal que vive em regiões de
1.1. Objetivos
obra e empresas);
caranguejo”;
• Fazer observação assistemática dos usuários em bares e restaurantes,
o design de ferramentas.
atração bissociativa, o uso dos diversos tipos de analogia (sinética) e enfoca o valor
da semântica no produto.
são descritos no capitulo cinco. Tais mecanismos ajuntam a justificativa dos mesmos
seis. Por fim, o capítulo sete ilustra as considerações finais desta monografia.
2. BREVE DESCRIÇÃO DO CARANGUEJO-UÇÁ
brasileiros. Tal crustáceo habita áreas litorâneas que compreendem desde a costa
do Amapá até a orla de Santa Catarina (COSTA, 1972 apud CASTRO, 1986)2. A
predominam nas zonas mais altas do mangue. A sua densidade varia conforme a
2
COSTA, R. S. Fisiologia do caranguejo-uçá, Ucides cordatus (Linnaeus, 1763) – crustáceo
decápode do Nordeste brasileiro. Tese apresentada ao Instituo de Biociências da Universidade de
São Paulo e Instituto de Biologia Marinha, para obtenção do título de Doutor em Ciências. São Paulo,
1972, pps-121.
3
PAIVA, M. P.; BEZERRA, R. C. F. & FONTELES-FILHO, A. A tentativa de avaliação dos recursos
pesqueiros do Nordeste brasileiro. Fortaleza: Arquivo de Ciências do Mar, 1971. 11 (1): 1-43, 8
figs.
geralmente após o quinto ano de vida. Os machos naturalmente crescem mais que
varia entre 33,6 e 59 mm, apresentando uma média de 46,3 mm e, largura oscilando
entre 44 e 81 mm, cuja média é de 60,3 mm; nas fêmeas da espécie, o comprimento
ADEMA (1984a) este dimorfismo sexual ou o difícil a acesso às tocas das fêmeas,
visto que a maior parte do ano elas se encontram quase sempre protegidas sob as
Tabela 6 - Dados referentes a comprimento e largura de carapaça (mm) do caranguejo-uçá, por sexo,
valores estatístico F e t, segundo Alcântara Filho (1978).
MACHOS FÊMEAS
ESTIMATIVAS
Comprimento Largura Comprimento Largura
COMPRIMENTO LARGURA
fevereiro, sendo esta época, como quer Castro (1986, pp. 9), período “[…]
quando são capturados facilmente […]”. Após esta fase a caça ao caranguejo-uçá se
ADEMA (1984b). Pois os horários para estes pescadores dormir e/ou acordar
dependem do fluxo da maré, que oscila a cada sete dias, com variações de até uma
hora de dia para outro, e cada fluxo perdura por seis horas (cheia, vazante,
ppmil.
são onívoros (alimentando-se de folhas – que caem das árvores e são levadas para
parte central do corpo revestida por uma carapaça. O primeiro par de patas tem uma
grande pinça móvel, usada para captura de presas e defesa (figura 1).
consumo humano.
2.1. O “Kit Caranguejo”
Freivalds (1999) afirma que “as ferramentas são tão antigas quanto à
própria raça humana (pp. 461, tradução nossa)”4. São elas frutos da necessidade do
Ferreira (2000) descreve “kit” como uma palavra de origem inglesa que
culinário. Geralmente é composto por duas peças: martelo e tábua. A tábua serve
crosta do animal. O kit pode apresentar uma caixa para transporte onde o usuário
4
“Tools are as old as the human race itself”.
5
NAPIER, J. The evolution of the hand. [s.l]: Sci. Am., 1962. 207:56-62.
3. BIOMECÂNICA OCUPACIONAL
3.1. Definição
corpo, tendo como parâmetro as leis newtonianas, sendo esta a principal suposição
externa – refere-se àquela força aplicada sobre um objeto, como resultado da ação
corpo (no caso, o músculo). Segundo Rosa Filho (2001), os músculos produzem
forças que agem através do sistema de alavancas ósseas. O sistema ósseo tende a
6
KROEMER, K.H. E. Biomechanics of the human body. In: WILEY, J.; SONS (eds). Handbook of
human factors. New York: Salvendy, 1987.
interna no centro das articulações e sim, mantém-se certa distância em relação ao
para realizar atividades. Iida (1990) relata que este trabalho é altamente
rígida que gira em torno de um ponto fixo quando uma força é aplicada para vencer
mesmo tipo de movimento, o rotatório ou angular. Pois este tem um ponto fixo que
diz que a maioria dos movimentos do corpo é angular, exceto os da escápula que é
Matern & Waller (1999), afirmam que quando há uma situação de uso de
ilustra melhor a Tabela 2 (MARTINEZ & LOSS, 2001). Pela mobilidade dos dedos
Espátula
Deltóide Acromioclavicular interna - 135°
Esterno
Subescapular Esternoclavicular Rotação em posição neutra
Úmero
Coracobraquial externa - 45°
Bíceps braquial Abdução - 90°
Tríceps braquial Elevação - 40°
Supinador longo
Supinador curto
Braquial anterior Supinação com braço dobrado -
Ancôneo 85°
Pronador quadrado Pronação com braço dobrado -
Antebraço
Interósseos dorsais
Escafóide
Interósseos ventrais
Semilunar Circundução
Abdutor do mínimo
Piramidal Abdução (desvio ulnar) -30°
Flexor curto do mínimo
Pisiforme Adução (desvio radial) - 15°
Oponente do mínimo
Trapézio Radiocárpica Flexão palmar - 70°
Extensor próprio do mínimo
Trapezóide Intercárpica Dorsiflexão - 65°
Adutor do polegar
Mão
acordo com Iida (1990), é a forma de “engate” que ocorre entre o homem e a
à máquina. Dias (1985) afirma que o “engate” é a forma que a mão assume no
contato com o objeto e pode ser classificado em: contato simples (quando a
transmissão de forças se faz num só sentido); pega (quando a mão trabalha como
Grandjean (1998) concluiu que durante o trabalho manual a mão deve acompanhar
máquina, descrita como uma postura onde a mão em repouso assume uma
modo que seu tônus normal, quando em repouso, a posição resultante é dita como
do “kit caranguejo”.
Figura 5 - Tipos de engate e preensão da mão - adaptação: Pastre (2001)
neutra (do punho) o fato de que a primeira é exercida de modo que as articulações
por parte da musculatura radioulnar para manter estático o punho e mão, sem que
ocorra qualquer desvio (quer seja cubital, quer seja radial), flexão e extensão.
habilidade das mãos para desenvolverem força. As mãos são a ligação entre o
contato simples) e no manejo deste, além de como a força será aplicada para a
objeto.
Freivalds (1999) afirma que os princípios e problemas relacionados ao
repetitivos, o sexo e a idade das pessoas, além das atividades das tarefas a que se
Tabela 8 - Medidas antropométricas da mão de homem e mulher, em cm. Valores em três percentis
(2,5, 50 e 97,5), adaptado de Dreyfuss (1966 apud Dias, 1986)7
Percentil A B C D E Percentil A B C D E
MULHER
HOMEM
97,5 20,8 9,6 8,1 12,7 7,6 97,5 19,0 7,8 7,8 11,1 6,6
50 19,0 8,8 7,6 11,4 6,8 50 17,5 7,3 7,3 10,1 6,0
2,5 17,3 8,1 7,1 10,1 6,0 2,5 15,7 6,6 6,6 9,1 5,5
7
DREYFUSS, Henry. The measure of man: Human factor in Design. [s.l.: s.n], 1966.
Figura 6 - Indicação das medidas da tabela 2, segundo Dreyfuss (1966 apud Dias, 1986)8
8
DREYFUSS, Henry. The measure of man: Human factor in Design. [s.l.: s.n.], 1966.
4. ATRAÇÃO BISSOCIATIVA E VALOR SEMÂNTICO
por ter um fim ridículo, inusitado ou absurdo, ao contrário do que se entende por
“associação mental simultânea de uma idéia ou objeto com dois campos que
mencionado outras funções, nomes ou até lhe atribui apenas o caráter decorativo
(BAXTER, 2001). Porém, ao usufruir do mesmo, acaba por entender que tal objeto
produto, com três pernas longas e dobras que sustentam um corpo alongado e
9
KLOESTER, A. The Act of Creation. London: Hutchinson & Co., 1964.
necessidade primária (retirar o suco da fruta – mesmo que não ofereça melhores
decorativo.
dos outros, “[…] exprimir, por meio da posse de objetos, sua personalidade ou
incorporado a uma outra forma nova e radical, o que é incomum pode ser aceito por
2000)11, que relata que “um ferro de passar deve parecer um ferro de passar; uma
máquina fotográfica, uma máquina fotográfica”, ou seja, a função do objeto deve vir
produto em função de sua função. Por conta deste critério, o consumidor encontra
vez que a aparência dos similares no mercado denota pouca variação, como ocorre
Baxter (2001) acresce que muitas das vezes o consumidor não tem
aparência visual do mesmo. Para tanto, o referido autor menciona, ainda, que o
10
HESKETT, J. Industrial design.. New York: Oxford University Press, 1980. 216 pp.
11
CENTRE GEORGES POMPIDOU. L’object industriel. Paris : Centre Georges Pompidou/CCI,
1980. 112 pp.
importante, por meio da aparência. Caso a aparência do produto seja mais
4.2. Semântica
aplicada, conforme Gordon (1961, apud BAXTER, 2001, pp. 68)12 na solução de
em produtos e processos”.
(2001) relata a tentativa do homem em decodificar uma imagem nova, alheia a sua
situação normal e sua mente logra eliminar as estranhezas. Este recurso, como já
12
GORDON, W. J. J. Synectics. New York: Harper & Row, 1961.
Para que haja inovação, é necessário que se faça o caminho inverso, ou
que o designer não apenas mude o ponto de vista sobre certo conceito, mas que
acrescente a este familiar uma outra visão coexistente, porém estranha. Tal prática
Tal caso pode ser ilustrado quando se olha para um helicóptero e sua
vista que se imaginou uma corda indiana saindo do cesto e que fique em
pé;
encontrado brechas nas leis físicas (por exemplo), fazer com que tais
diferente […]”.
uso de materiais que remetem a um costume, tradição e hábitos afins, quer seja pela
qualidade (durabilidade), poderá ser substituído por um outro que melhor apresentar
do usuário em relação ao objeto, o que ele quer que o produto tenha. A função
13
CENTRE GEORGES POMPIDOU. L’object industriel. Paris : Centre Georges Pompidou/CCI,
1980. 112 pp.
estética, particularmente, aborda o perfil subjetivo de beleza do objeto, sendo
função representa para o usuário e faz-se elo entre as expectativas que o produto
entre o fabril e o artesanal. Porém, mais tarde, a preocupação com a função prática
uma vez que tal fator reflete a necessidade (cultural) do consumidor em seu
cotidiano. Guimarães (1999) afirma que o produto não deve ser visto como um ser
inanimado subordinado ao homem para tomar vida. Contudo, o objeto é vivo, pois
por meio de sua forma (estética) estabelece comunicação com o consumidor. Tal elo
é reflexo de não apenas uma, mas múltiplas funções (de uso, simbólica e estética).
Niemeyer (2003, pp. 51) frisa que, de acordo com a teoria da informação,
fundamentadas nos valores pessoais e sociais que estes possuem. Afirma, ainda
que, é da natureza do ser humano cerca-se dos objetos que sejam o reflexo desta
MIRANDA et al., 2002)14. Por fim, o produto é, além de extensão e ampliação das
desejos e necessidades.
final (consumo) é quem determina o custo do produto. Por exemplo, o uso de algum
material mais nobre (caro) ou superfície com outro acabamento denotam status ao
usuário. Este exemplo, citado pelo referido autor, confere o anseio do consumidor
14
SPROLES, G. B. Analyzing fashion life cycles - principles and perspectives. Journal of Marketing,
Vol. 45. Fall: [s.l], 1981.
por querer diferenciar-se dos demais indivíduos, por ostentar aquele produto de
preço elevado, apesar de não ser o único que o possui, uma vez que se trata de um
fruto de uma produção em série, não de obra de arte (analogia aos colecionadores
semântico que o seu uso lhe confere, ou melhor, os valores tradicionais (simbólicos)
produto.
15
BAUDRILLARD, J. A sociedade de consumo. Rio de Janeiro: Elfos Ed.; Lisboa: Edições 70, 1995.
5. MÉTODOS E TÉCNICAS
sem que haja interferência deste para modificá-la. A partir do momento em que se
caracteriza-se como pesquisa aplicada, pois conforme Marconi & Lakatos (1996),
tem como principal ênfase o interesse prático, isto é, que os resultados seja
realidade.
5.1.1. Observações
humano mais utiliza para conhecer e entender pessoas, coisa, enfim, o mundo que o
passo que, para Moraes & Mont’Alvão (1998), uma das condições para tal é a
como uma das formas de extração de dados durante a apreciação ergonômica, que
ergonômica.
5.1.2. Entrevistas
estruturada, onde a entrevista representa, para Fontana & Frey (1994 apud
16
FERNÁNDEZ-BALLESTEROS. R. Introducción a la evaluación psicológica. vol. 1. Madrid:
Pirámide, 1996.
17
Ibid.
18
Ibid.
GONÇALVES, 2004) 19, um roteiro esquematizado cujas perguntas são elaboradas a
partir de estudos sendo que estas visam limitações quanto ao tipo de respostas.
5.1.3. Questionários
adquiridas na entrevista, uma vez que se centra neste os tipos de dados que se
aos dados levantados durante a apreciação ergonômica, que será mais adiante
abordada.
19
FONTANA, A. & FREY, J. H. Interviewing: The Art of Science. In: DENZIN, N. K. & LINCOLN, Y.
S. (orgs.). Handbook of Qualitative Research. Sage: Thousand Oaks, 1994. pp. 361-376.
5.2.1. Análise de uso
tanto, requer testes de uso por parte do analista, a fim de avaliar o desempenho do
tipologias de união e carcaça utilizadas pelo produto analisado. Deste modo, faz-se
foto).
ao designer poder fazer uma releitura do produto (redesign) e, como quer Rodriguez
(198[?], pp. 147) “[…] propondo uma nova ‘cara’ ao produto […]”. O objetivo da
superficial”.
conseguinte, julga-se por meio de notas (entre 0 e 10) os mesmos itens qualitativos
dos produtos concorrentes. O conceito do produto “Kit Caranguejo” foi definido por
meio de observações assistemáticas (registro em caderneta de campo),
feminino.
sua carne, por meio da quebra do seu exoesqueleto. Pode-se acompanhar a postura
realizada pelos usuários durante tal ato, bem como descrever por meio de
colheres, por exemplos (GUILHON & DINIZ, 2004). E, também, por meio deste tipo
projetual de Baxter (2001), que consistem em três subfases: fase conceitual (projeto
sobre conceitos escolhidos. Nesta etapa foi realizada uma pesquisa de similares
configuracional.
dos componentes para a fabricação. O autor afirma, ainda, que nesta fase é que se
monografia, procurou-se separar estas duas fases, pois como Baxter (2001) afirma,
proposta final do projeto do “Kit Caranguejo” foi testada por meio de um modelo,
madeira (Maracatiara), com uma esfera de aço furada fixada no ápice do martelo. O
modelo do “kit” deve ser testado em situação real de uso por 25 indivíduos, onde ao
martelo.
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES
estes possuem diferentes artifícios, como o uso de outros objetos (colheres, chaves,
provocado pelo constante choque entre martelo e tábua. O manejo do martelo é dito
como fácil, pois para efetuar a quebra não necessita o usuário ter um tipo de
também, que tal atividade requer um contínuo esforço físico, podendo apresentar
para a degustação é uma rotina de fim de semana (entre os dias de sexta, sábado e
domingo), o que é valido afirmar que o esforço físico realizado durante o ato tem
diária.
extrair carne do caranguejo, quer seja com o próprio aparato, quer seja com outros
utensílios (garfos, faca, colher, chave, os próprios dentes, etc). Foram traçados, a
(figura 18).
projetação do produto, uma vez que tal método oferece subsídios necessários para
a produção de “[…] princípios de projeto para o novo produto” (BAXTER, 2001. pp.
ergonômica (não desmerecendo sua importância), mas também frisa valorar, com
sua configuração.
sincrônica)
e peso entre eles. Ressalta-se o martelo como um dos elementos dos “kits” que mais
pode acarretar acidentes ao usuário, pois no ato da quebra o mesmo pode acertar
seus dedos ou ainda a cabeça do martelo pode se soltar caso não estiver bem presa
ao cabo podendo atingir alguém ou, ainda, escorregar da mão suja, pois se
ambos em algum lugar, o que torna mais incômodo o translado do produto. Tal falta
de água e sabão.
materiais dos “kits”, em sua maioria, eram madeiras como: Angelim, Pau-cetim, Pau-
d’arco, Tatajuba, Mogno e Pau-marfim; mas houve um “kit” que utilizou em seu
facilitar a análise.
1 2
3 4
5 6
7 8
Figura 8 - Similares encontrados (1 a 8)
9 10
11 12
13 14
15
16
DEFEITOS OU PROBLEMAS
Como se Nº do
Onde Quando Por que Solução
manifesta produto
Fica na
Tratar a
A carne se impregnado
Quebra-se o superfície da 1, 2, 9, 10, 13,
mistura com a Na tábua tábua restos de
caranguejo nela tábua com 14, 15 e 16
casca carne e/ou
algum isolante
casca
A forma e o Criar
peso não componente
Realização de
No martelo e/ou O martelo é possibilitam o que possibilite 2, 10, 11, 12,
esforço
porrete manuseado melhor menos esforço, 13, 15 e 16
repetitivo
rendimento da por meio da
atividade precisão.
Usar selador no
Material pouco material
Durante o Por não ter
resistente à Na tábua e no (madeira) ou Todos, exceto o
manuseio ou acabamento
ação do tempo martelo adotar outro 8 (tábua)
não adequado
(umidade) material mais
resistente
Por que a mão Criar ranhuras,
O martelo pode Durante o
- pode está suja rugosidades ou Todos
cair da mão manuseio
e escorregadia rebaixos
Pois podem Chamfrar os
Tábua – todos
Presença de Na tábua e no Durante o machucaras cantos ou criar
Martelo – 2, 10
cantos vivos martelo manuseio mãos e/ou formas menos
e 12
dificultar no uso pontiagudas
Pois não há Criar um
Não
algum sistema vazado ou um
condicionamento
de união do encaixe na 1, 2, 5, 8, 9, 10,
do martelo na Antes e depois
- martelo com a tábua ou adotar 11, 12, 13, 14,
tábua ou de do uso
tábua ou a uma caixa para 15 e 16
ambos em
contenção de portar o martelo
algum lugar
ambos e a tábua
Análise Estrutural
Dimensões (cm)
Nº do
Martelo ou Porrete
produto Tábua Caixa
Cabeça Ápice
4 17 x 25 x 1,6 8 x 11 x 6 1,35 ø x 16 23 x 18 x 17
9 13,5 x 22 x 2 - 3 ø x 25 -
10 15 x 27,5 x 2,75 - 3 x 3 x 26 -
12 - - 1,35 ø x 17 -
16 12 x 15 x 1,25 - 2,8 ø x 17 -
Tabela 12 - Análise morfológica dos similares encontrados – Tipo de forma
Tipo de Forma
Nº do
Martelo ou Porrete
produto Tábua Caixa
Cabeça Ápice (corpo)
Poligonal (retângulo
Prisma aberto semelhante
6 com corte retangular Paralelepípedo Cilíndrica
a uma casa
menor)
Retangular de
às extremidades
Retangular com
9 - Cilíndrica -
arestas chanfradas
11 Retangular - Cilíndrica -
Semelhante a arco
12 - - -
retorcido
arqueados
Cilíndrica com
Base retangular de
15 - extremidade -
contornos arqueados
achatada
16 Retangular - Cilíndrica -
Peso (kg)
Nº do
Martelo ou Porrete
produto Tábua Caixa
Cabeça Ápice (corpo)
2 1,15 - 0,3 -
9 0,6 - 0,17 -
10 1,25 - 0,22 -
11 0,95 - 0,2 -
12 - - 0,15 -
13 1,35 - 0,35 -
15 1,25 - 0,25 -
16 0,45 - 0,35 -
Análise Sincrônica
Nº do
Marca Origem Preço Material Embalagem
Produto
Pranch Fort
7 Industrial R$ 7,50 Pinho Embalado no plástico
Tramontina ©
Mármore (tábua) e
d‘arco ( martelo)
Tatajuba e pau-
16 - Artesanal Não informado -
marfim
Tabela 15 - Análise sincrônica dos similares encontrados (1 a 4) – Atributos
Durabilidade 3 9 27 8 24 8 24 8 24
Acabamento 3 8 24 6 18 8 24 7 21
Praticidade 4 7 28 5 20 7 28 8 32
Material 4 8 32 8 32 9 36 7,5 30
Dimensionamento 5 6 30 5 25 7 35 6 30
Praticidade 4 8,5 34 10 40 8 32 9 36
Material 4 9 36 9 36 8,5 34 9 36
Praticidade 4 8 32 7,5 28 8 32 5 20
Material 4 8 32 8 32 9 36 7,5 28
Dimensionamento 5 8 40 7 35 8 40 5 25
Material 4 8 32 8 32 8 32 8,5 34
RODRIGUEZ, [198[?])20.
salinidade) e à umidade.
Estrutural: Deve possuir poucas peças, entre duas e cinco, para facilitar
produto.
20
BONSIEPE, Gui. Diseño Industrial, Tecnología y Dependencia. México: Edicol, 1978. pp. 142-
143.
está inserido. Para tanto, o objeto necessita de estilo próprio e sua imagem
(superfície) deverá relacionar-se com o usuário por meio de elementos que estejam
propostas (figuras 21 a 24), porém elegeu-se a que seguia a análise das atividades
paramétrica das idéias geradas que abrangem, conforme Baxter (2001), aspectos
bica (dispositivo antigo usado para bombear água), feito de madeira e metal. Seu
manuseio exigiria uma carga adicional de força, apesar de estar sendo utilizado uma
suspenso por duas hastes. Tal dispositivo seria dotado de molas, tal qual aparece
dificuldade para sua confecção, uma vez que a tecnologia regional não dispõe
Tabela 19 - Análise paramétrica das alternativas geradas - quadro de classificação, conforme Baxter
(2001)
Nº DO PRODUTOS META A
PARÂMETROS VARIAVEL COMENTÁRIO
PRODUTO SIMILARES ATINGIR
Madeira de alta Material de fácil Madeira de
1 Material Aço e baixa acesso e média
densidade manuseio densidade
Número de Reduzir número
2 9 Entre 2 e 13 Entre 2 e 5
componentes de componentes
Tecnologia
Artesanal Usar alternativa
3 Tecnologia Industrial regional (baixa
(maioria) de baixo custo
escala)
Formas que
Forma
respeitem a
4 Martelo (dimensões) do Geométrica Antropomorfa
anatomia da
cabo
mão
carne (da noz). Possui um sistema de alavancas de primeira ordem acionadas com
região que este se insere. Em seguida, a manutenção de suas peças, pois elas
possui pega para o translado e área de quebra específica para a prática da extração
uso de um objeto cujo uso é similar aos concorrentes. Sua manutenção, limpeza e
mão.
Atração Bissociativa
pega e o suporte da lâmina, que facilita o afeitar, evitando um esforço maior nas
esférica deste objeto, por não possuir arestas, “fere” muito menos o aparelho (a pele
carga simbólica muito forte, a ponto de estar enraizada culturalmente nos hábitos
muito motivos, como, por exemplo: a falta de atrativo visual nas formas e materiais
dos produtos existentes (similares diretos), o que confere a estes apenas a função
e ergonômicas); etc.
semântica, uma vez que dentre dois produtos que contém finalidade e tecnologia
similares, o consumidor (usuário final) dará preferência àquele que lhe apresentar
estão inseridos.
significativos, tais como: resistência (durabilidade – uma vez que sua carapaça
remeteu dois aspectos: o simbólico que, como já descrito, se vale da resistência que
a tábua deseja transmitir; o estético que, conforme os requisitos formais, figura por
que diz respeito à função prática desta peça. Foram atribuídas à pega configurações
que simulam a superfície interna das garras têm por função auxiliar a pega do
simbólicos (não devendo ser confundido com estudos de biônica). O corpo curvado,
com leve decréscimo de espessura, desta peça remete também ao crustáceo, mais
especificadamente, às suas unhas (pereópodes). A esfera de aço figura pureza,
Maracatiara), pois tal material é intrínseco a prática, uma vez que a madeira
ao produto. Pereira & Monteiro (1995) acrescentam que tal madeira é apropriada ao
uso de cabos de ferramentas e que a mesma retém pouca umidade (baixa variação
xilófagas, devido ao seu baixíssimo teor higrométrico. É, com isso, diferente dos
demais similares, uma vez que o material possibilita o uso do equipamento de modo
mais higiênico, sem que os restos de casca e carne do crustáceo fiquem presos nas
reentrâncias do produto. Haja vista que se prime por este diferencial: a higiene da
que a maioria dos similares não o possuem), como o selador, fortalece a idéia de
Dimensionamento
x 9,90 mm. Tais dimensões do martelo foram estabelecidas de acordo com Freivalds
tabela de Dreyfuss (1966 apud DIAS, 1986)21: usando os percentis homem 97,5% e
em situação real.
macho, uma vez que as fêmeas são inviáveis comercialmente, por serem bem
atribuídas propriedades, como: resistência a fortes impactos, visto que tal peça é
passiva a choques.
154,1 mm x 35,0 mm), conforme Freivalds (1999) e Dreyfuss (1966 apud DIAS,
1986)22 com suaves curvas (evita que a tábua caía ou escorregue da mão), visto que
facilita o transporte e o escoamento dos dejetos em seu tampo superior, para o lixo.
21
DREYFUSS, Henry. The measure of man: Human factor in Design. [s.l.: s.n.], 1966.
22
Ibidem.
Detalhamento técnico
com o apêndice (elo entre o cabo e a esfera), cuja finalidade é de condicionar a mão
(flexão, extensão ou desvios). O diâmetro da esfera de aço é de 10 mm, visto que tal
Também é perfurada, para a posterior fixação com o corpo do martelo. Tal sistema
parafuso), onde a esfera é enroscada nele, visto que na superfície de seu orifício há
precisão dos movimentos realizados por meio dele. Desenvolveu-se, então, o estudo
físico do martelo, como a análise das massas específicas dos materiais utilizados.
Preocupou-se, ainda, com a higiene do usuário, uma vez que nesta versão de
foram efetuados com um modelo feito com uma madeira alternativa sem
acabamento, no caso o Angelim, como mostra a Figura 14. Tais avaliações
idade entre 16-35 anos, com costume de comer caranguejo. Anterior a esta prova,
do martelo em situação real, foi próximo da postura neutra. Isto resulta em um maior
requisitos projetuais.
precisão, de maneira que evitasse possíveis danos à saúde do usuário, bem como
estético.
(vide pp. 19). Ademais, a forma desta é semelhante ao cefalotórax deste cancrídeo.
A empunhadura da tábua possui suaves ondulações para evitar que a mesma
alternativas de fixação da esfera no ápice, quer fosse por meio de rosca, quer fosse
soldado em uma placa metálica em forma de U fixa ao ápice por meio de parafuso
cabo, parte onde os dedos e parte da palma se acomodam, recebeu atenção por
primeira versão, assim como ao longo deste trabalho (as informações aqui escritas
Figura 18 – Terceira versão do martelo do “kit caranguejo” – experimento com sistema de solda da
esfera em placa metálica.
Para o pino H, o fator decisivo que o impediu de ser mais bem explorado
foi a tecnologia indisponível e mais cara. Haja vista que dois motivos explanam o
abandono desta alternativa: primeiro, as necessidades estabelecidas no projeto
prosseguindo com esta idéia, arcar-se-á com mais custos que, também, é
meio de enroscamento, pois dentre as três é a que corresponde melhor aos pré-
requisitos do projeto.
Para o modelo do kit (martelo e tábua), foi decidido usar duas espécies de
madeiras: a Maracatiara (Astronium lecointei Ducke), por ser uma madeira nativa da
região amazônica, muito usada no estado, sendo então de fácil aquisição e baixo
presença de líquidos.
como muito pesada, uma qualidade boa para as madeiras empregadas para cabo de
martelos e de chaves de fenda, como também para pegas de outros tipos de chaves
mecânicas, possui baixa variação volumétrica, o que possibilita dizer que ela retém
muito pouca umidade (conforme a Tabela 16). Assim pode-se dizer que não afetaria
na preservação do objeto por ter um baixíssimo teor higrométrico, o que indica muito
menos risco de haver fungos e bactérias xilófagos. Entre outras propriedades, vale
produto, pois este não necessita ter uma grande resistência. Isto é levantado por
impactos e choques.
características mais marcantes, uma vez que o acabamento por lixação é fácil,
assim como o corte com serra e a colagem. Apesar da usabilidade (aplicação citada
teor higrométrico, possui algumas características que a diferenciam, tais como maior
resistência ao choque, o que compensa o valor de sua densidade, item que confere
Tabela 17. Como anteriormente descrito, tais propriedades estão condizentes com
O aço inox foi eleito para ser o material da esfera, por possuir
Monteiro (1995). Quanto ao peso, este metal atende adequadamente por tê-lo
bruta durante a prática da quebra de caranguejos, mas de força aplicada. Por isso,
projetou-se o martelo com a intenção de efetuar sua função com maior facilidade e
menos esforço por parte do usuário. Possui maiores resistência e densidade que as
quer dizer, não absorve umidade. Ela também é lisa, o que impossibilita a
fita. O corte foi disposto de modo a evitar desperdícios e por tratar-se de ser
segmentos curvos que à mão seria mais custoso. Depois, fez-se o acabamento
manual com uma lixa de numeração superior (100, 120, 150 e 180). Em seguida,
por intermédio de um pino helicoidal. A mesma esfera gira em torno do próprio eixo,
sem que haja desgaste interno graças ao processo de enroscamento desta peça.
Tal processo visa adequar à superfície envolvida, no caso a parte interna da esfera,
Propriedades Valor
Coeficiente de retratibilidade
0,492 Médio
volumétrica
Flexão
Relação L/F – madeira verde 36 Alta
Estática
Coeficiente de retratibilidade
- -
volumétrica
Flexão
Relação L/F – madeira verde - -
Estática
caranguejo”
alegados por Iida (1990). Tal mescla ocorre devido às propriedades que a primeira
possui como a procura de uma posição que for mais cômoda para a mão e o punho,
e a segunda, de não permitir qualquer desvio realizado pelo pulso (desvios radial e
ulnar); lembrando que Grandjean (1998) asseriu que durante o trabalho manual a
lhe for mais confortável, se que a posição eleita comprometa o punho, levando-o a
se que tal atividade é realizada em uma freqüência que oscila entre uma vez por
mês e duas vezes por semana. Portanto, trata-se de uma prática que não carrega
freqüência são bem maiores que a analisada. Por estes motivos, não houve
vez que o esforço praticado durante a quebra do crustáceo não compromete com os
classificação usada por Pastre (2001), são: pentadigital pulpar, preensão palmar
plena, preensão dígito-palmar, pinça de precisão e pinça trigital polpa a polpa
(Figura 30).
Testes de usabilidade
consiste em inserir o “kit caranguejo” em uma situação real de uso, a fim de obter
requisitos elaborados. Cabe ainda relatar que o critério de avaliação utilizado se vale
apenas de recursos visuais (fotografia), de onde são obtidos dados para analise
musculares envolvidos, goniometria, células de carga, cinemetria, etc.), uma vez que
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estrutura do corpo, com a fisiologia, ciência que estuda a função do corpo, para
atividades vitais.
estado de movimento.
MESOLITORAL: Região costeira banhada pelo mar, situada entre a linha mais alta