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UNIVERSIDADE TÉCNICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS

LICENCIATURA EM ENGENHARIA E GESTÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL

RESPONSABILIDADE NA FISCALIZAÇÃO E COORDENAÇÃO DE OBRAS

Estudo de caso:

Fiscalização de Patologias de Pavimento na Província de Tete – Bairro Samora Machel

Mário Jorge Carvalho Omar

Maputo, Julho de 2022


RESPONSABILIDADE NA FISCALIZAÇÃO E COORDENAÇÃO DE OBRAS

Monografia apresentada em cumprimento parcial dos requisitos exigidos para obtenção do


grau de Licenciatura em Ciências Tecnológicas com orientação em Licenciatura em
Engenharia e Gestão da Construção Civil na Universidade Técnica de Moçambique

Por:

Mário Jorge Carvalho Omar

LICENCIATURA EM ENGENHARIA E GESTÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL

FACULDADE DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS

UNIVERSIDADE TÉCNICA DE MOÇAMBIQUE

Tutor: Msc. Eng.º Silva Vasco Chiziane

Maputo, Julho 2022

O JURÍ

O Presidente O Tutor O Arguente Data

............................. .............................. ............................... ......../......./........


DECLARAÇÃO DE HONRA
“Declaro que este Trabalho de Diploma nunca foi apresentado na sua essência
para obtenção de qualquer grau académico e ele constitui o resultado da minha
pesquisa pessoal”.

Autor

________________________________________________

(Mário Jorge Carvalho Omar)

Maputo, Aos 06 de Julho de 2022

i
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus Pais Jorge António F. Omar e Clotilde Maria B.J. de
Carvalho Omar, minha irmã Yasmine Camila de Carvalho Omar e minha namorada
Aissa Cadre que os amo incondicionalmente e que fizeram valer a pena cada obstáculo
superado, objectivo alcançado e sonho realizado em cada momento vivido.

Especialmente aos meus Tios Hélder Monjane e Tânia de Carvalho Monjane pela
confiança, motivação e apoio no meu trajecto académico.

ii
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por me ajudar a cumprir mais esta etapa da minha
vida. A meus Pais Jorge António F. Omar e Clotilde Maria B.J. de Carvalho Omar, que
participaram assiduamente na minha trajectória académica, sem os quais nada seria
possível.

Ao corpo docente em especial ao meu Docente MSc Silva Vasco Chiziane e ao Eng.
Tome Carlos e a Universidade Técnica de Moçambique que contribuíram para a minha
formação académica e pessoal. Aos amigos e primos Edson Palminha, Mauro
Palminha, Euler Belmiro, Adelfonso Nhantumbo, Rene Djedje, Wagner Santos,
Bernardo Cuamba, Dawa Neves, Felizarda Mahache, Kelvin Lazaro, Júlio Matável,
Deolinda Rosa, yurica Lourenço, pelo companheirismo, apoio e acima de tudo amizade
presente durante esse período de formação académica.

Aos colegas da faculdade que durante toda formação tiveram paciência e compreensão,
transformando mesmo os momentos mais difíceis em momentos de distração e
diversão.

E a todos que directa ou indiretamente auxiliaram na construção desse projecto que


além de contribuir para a formação académica contribui para a realização de um sonho.

iii
RESUMO

A Responsabilidade na fiscalização e coordenação de obras são actividades fundamentais no


sector da construção, tendo como principal objectivo a supervisão e o controlo global da obra,
de forma a assegurar, dentro dos possíveis, os prazos, os custos e a qualidade de
construção. A actividade deve ser realizada segundo a legislação, as normas e especificações
técnicas em vigor. Numa prestação de serviços são estabelecidas ligações entre as
seguintes entidades: adjudicante, adjudicatário e destinatário, em que, o adjudicante é
a entidade que solicita o serviço, o adjudicatário quem realiza esse serviço e o
destinatário será o futuro utilizador desse serviço. A fiscalização desempenha um papel de
extrema relevância desde a fase de contrato até à finalização da obra, uma vez que durante a
sua execução os fiscais asseguram que possíveis inconformidades sejam detectadas e
solucionadas atempadamente, para assim se assegurar a qualidade de execução da obra.
Permitiram aplicar o conhecimento adquirido ao longo de todo o percurso académico,
designadamente na participação e acompanhamento no controlo do planeamento de
obra, no controlo de custos, no controlo de qualidade e na verificação da conformidade
da obra com os projectos de execução.

Palavras-chave: Responsabilidade na Fiscalização e Coordenação de Obra.

iv
ABSTRACT

Responsibility in the supervision and coordination of construction work is a

fundamental activity in the construction sector, its main objective being the overall

supervision and control of the work in order to ensure, as far as possible, that deadlines,

costs and construction quality are met. The activity must be carried out in accordance

with the legislation, standards and technical specifications in force. In a rendering of

services, links are established between the following entities: adjudicator, adjudicator

and recipient, where the adjudicator is the entity that requests the service, the

adjudicator who performs that service and the recipient will be the future user of that

service. Supervision plays an extremely important role from the contract stage to the

completion of the work, since during its execution, supervisors ensure that possible

non-conformities are detected and resolved in time to ensure the quality of execution

of the work. They allowed the application of the knowledge acquired throughout the

academic career, namely in the participation and monitoring in the control of

construction planning, cost control, quality control and verification of conformity of

the work with the execution projects.

Keywords: Responsibility for Construction Supervision and Coordination.

v
ÁREA DE ESTUDO
Província de Tete

A província de Tete localiza-se 1570 km a norte da cidade de Maputo, a capital do país.


Com uma área de 314 km² e uma população de 305.772 habitantes em 2017, esta
província está dividida em 15 distritos e possui, desde 2013, 4
municípios: Moatize, Nhamayábué, Tete e Ulongué.

A província é atravessada pelo rio Zambeze e na sua parte média que se encontra
a barragem de Cahora Bassa, uma das maiores do continente África.
A província de Tete está localizada no topo da região centro de Moçambique, sendo a
única em contacto fronteiriço com 3 países: a nordeste com o Malawi, a noroeste com
a Zâmbia, a sudoeste com o Zimbabwe e a sul com as províncias
de Manica, Sofala e Zambézia. Particularmente o estudo foi feito no bairro Samora
Machel.

Figura 1. Província de Tete. Fonte: Conselho Municipal Tete

vi
Localização do objecto de estudo

Bairro Samora Machel está situado na Província de tete em Moçambique,


aproximadamente 4.22km (quilômetros) da Cidade de Tete.

Figura 2. Localização do Bairro Samora Machel. Fonte: Google Earth

vii
Colocação do Problema

A Responsabilidade na fiscalização e coordenação de obras devido a falta de alinhamento


de políticas intersectoriais para a expansão das cidades, nem sempre estão disponíveis
nos novos bairros. O acesso aos terrenos, estradas é um dos objectivos do
desenvolvimento sustentável na década 2035.

Coloca-se em dianteira o motivo da pesquisa da Responsabilidade na fiscalização e


coordenação de obras, provocam danos e perdas através de diversos mecanismos.

Para o Bairro Samora Machel (Tete) escolhido como caso de estudo, a situação não é
diferente.

viii
ABREVIATURAS
BAM- Boletim de Aprovação do Material

CM – CAMBO MARQUEZA

EC- Entidade Contratante

FE – Fiscalizações de Empreendimentos.

NBR – Normas Brasileiras

NP: Norma Portuguesa.

PAM- Pedido de Aprovação do Material

D.O – Dono da Obra;

PROJ – Projectista;

EG – Empreiteiro Geral;

EE – Empreiteiro de Especialidade;

FISC – Fiscalização;

CE – Consultores Especializados;

EE – Entidades Externas.

Regulamentos

Br – Boletim da República (decreto n° 54/2005);

ix
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1. Província de Tete. Fonte: Conselho Municipal Tete .................................... vi
Figura 2. Localização do Bairro Samora Machel. Fonte: Google Earth ..................... vii
Figura 3. Ligações entre a empresa de fiscalização e os outros intervenientes na Obra.
Fonte: Luís, Miguel, Fanico, Santana, Crato (2015) Fiscalização E Coordenação De
Obras. ............................................................................................................................ 6
Figura 4. Mapa Rodoviário do trecho estudado. Fonte: Autor.................................... 32
Figura 5. Camadas do pavimento flexível ................................................................... 33
Figura 6. Remendo encontrado no pavimento ............................................................ 36
Figura 7. Buraco encontrado no pavimento ................................................................ 37
Figura 8.Trinca couro de jacaré................................................................................... 37
Figura 9. Afundamento do trilho de roda .................................................................... 38
Figura 10. Desgaste superficial encontrado na rodovia .............................................. 39

x
ÍNDICE GERAL
DECLARAÇÃO DE HONRA .................................................................................... i
DEDICATÓRIA.......................................................................................................... ii
AGRADECIMENTOS .............................................................................................. iii
RESUMO ................................................................................................................. iv

ABSTRACT .............................................................................................................. v

ÁREA DE ESTUDO .................................................................................................. vi


Província de Tete ...................................................................................................... vi

Localização do objecto de estudo............................................................................ vii

Colocação do Problema .......................................................................................... viii

ABREVIATURAS ..................................................................................................... ix
Regulamentos ........................................................................................................... ix

ÍNDICE DE FIGURAS .............................................................................................. x


CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO .............................................................................. 1

1.2. Importância/Justificativa ................................................................................ 1

1.3. Objectivos ....................................................................................................... 2

1.3.1. Geral ........................................................................................................ 2

1.3.2. Específico ................................................................................................ 2

CAPÍTULO II- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................ 3

2.1. Fiscalização .................................................................................................... 3

2.2. Diário de Obra ................................................................................................ 3

2.3. Livro de Obra / Comunicações ....................................................................... 3

2.3.1. Reuniões ou balanço de execução durante o recurso da obra ................. 4

2.3.2. Definição das ligações entre a empresa de fiscalização e os outros


intervenientes na Obra........................................................................................... 5

2.3.3. Tarefas gerais e especificas do agente fiscal ........................................... 7

2.3.3.1. Tarefas geriais ..................................................................................... 7

2.4. Modo de Actuação do Agente Fiscal.............................................................. 7

2.5. Postura do Agente Fiscal ................................................................................ 8

xi
2.6. Obrigações do Empreiteiro e suas Responsabilidades ................................... 8

2.7. Responsabilidade do Autor do Projecto ......................................................... 8

2.8. Assistência Técnica ........................................................................................ 9

2.8.1. Funções Da Fiscalização Realização De Obras ...................................... 9

2.9. Coordenação e fiscalização da empreitada....................................................... 11

2.9.1. Gestão da informação ................................................................................ 11

2.9.2. Acções a desenvolver no domínio da fiscalização e controlo ................... 11

2.10. Acompanhamento das acções de cada empreiteiro................................... 12

2.11. Qualidade, segurança e ambiente.............................................................. 13

2.11.1. Qualidade........................................................................................... 13

2.12. Procedimentos e requisitos de contratação de serviços de consultoria


(Decreto n° 54/2005, 13 de dezembro) ................................................................... 14

Para efeitos do presente regulamento entende-se por: ........................................ 14

2.13. Orçamentos de Contratação Artigo 10...................................................... 15

2.14. Procedimentos e requisitos de contratação Artigo 11 ............................... 15

2.15. Atribuições da Entidade Contratante Artigo 12 ........................................ 16

2.15.1. Fases Artigo 60........................................................................................ 19

2.16. Modalidades De Contratação .................................................................... 22

2.17. Acompanhamento na Fase Inicial de Garantia e Fecho de Contas ....... 24


2.18. Documentos a Entregar e Respectiva Periodicidade ................................ 25

2.18.1. No início do serviço .......................................................................... 25

2.18.2. Durante a fase de contratação de empreiteiros e fornecedores ............... 25

2.18.3. Durante a execução da obra (periodicidade regular) ............................... 25

2.18.4. Durante a execução da obra (quando necessário) ................................... 25

2.18.5. No final da obra ....................................................................................... 26

2.19. Licenciamento de Obra ................................................................................... 26


2.19.1. Licença de construção civil ..................................................................... 26

xii
2.19.2. Tipos de actividades do empreiteiro........................................................ 26

2.19.3. Alvará ...................................................................................................... 26

2.19.4. Tipos de Empreiteiro ............................................................................... 27

2.19.5. Higiene e Segurança no Trabalhado .................................................. 28

2.20. Conceito de acidente de trabalho .............................................................. 28

2.21. Histórico de sinistralidade na construção civil ......................................... 29

CAPÍTULO III - METODOLOGIA ....................................................................... 31

3. METODOLOGIA ............................................................................................. 31
CAPÍTULO IV – ESTUDO DE CASO .................................................................. 32

4. CASO DE ESTUDO.......................................................................................... 32
4.1. Apresentação do objecto de estudo .............................................................. 32

4.1.1. Pavimento flexível..................................................................................... 32

4.1.2. Patologias do pavimento flexível .............................................................. 33

4.1.3. Deformações de superfície ........................................................................ 33

4.1.4. Defeitos de Superfície ........................................................................... 34

4.1.5. Panela/ Buraco ...................................................................................... 34

4.1.6. Escorregamento do revestimento betuminoso ...................................... 34

4.1.7. Fendas ................................................................................................... 35

4.1.8. Remendos .............................................................................................. 35

CAPÍTULO V–APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE RESULTADOS .......... 36


5. Resultados .......................................................................................................... 36
5.1. Principais patologias encontradas ................................................................ 36

5.2. Remendos ..................................................................................................... 36

5.3. Buracos ......................................................................................................... 37

5.4. Trincas .......................................................................................................... 37

5.4.1. Afundamentos ........................................................................................... 38

5.4.2. Desgaste .................................................................................................... 38

xiii
5.5. Betão do revestimento do tabuleiro na estrada superior, vigas e passeio lateral
39

CAPÍTULO VI – CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÃO .................................... 40


6. Conclusão e Recomendações ............................................................................ 40
6.1. Conclusão ..................................................................................................... 40

6.2. Recomendações ............................................................................................ 40

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 41


ANEXO ...................................................................................................................... 42

xiv
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO

1. INTRODUÇÃO
1.1. Considerações iniciais

A Responsabilidade na fiscalização e coordenação de obras são actividades fundamentais no


sector da construção, tendo como principal objectivo a supervisão e o controlo global da obra,
de forma a assegurar, dentro dos possíveis, os prazos, os custos e a qualidade de construção.

A actividade deve ser realizada segundo a legislação, as normas e especificações técnicas em


vigor. Numa prestação de serviços são estabelecidas ligações entre as seguintes entidades:
adjudicante, adjudicatário e destinatário, em que, o adjudicante é a entidade que solicita o
serviço, o adjudicatário quem realiza esse serviço e o destinatário será o futuro utilizador
desse serviço.

A fiscalização desempenha um papel de extrema relevância desde a fase de contrato até à


finalização da obra, uma vez que durante a sua execução os fiscais asseguram que possíveis
inconformidades sejam detectadas e solucionadas atempadamente, para assim se assegurar a
qualidade de execução da obra. Um dos motivos é aprofundar os conhecimentos na área de
fiscalização e coordenação de obras, afim de adquirir experiência profissional.

1.2. Importância/Justificativa

O acesso a responsabilidade a Fiscalização e Coordenação de Obras, faz parte dos


objectivos de desenvolvimento sustentável para a década 2035. O presente trabalho, tem
sua relevância científica pois coloca Fiscalização e coordenação de obras no bairro
Samora Machel.

• Urbanização;
• Construção de edifícios e estradas com boa qualidade.

A fiscalização desempenha um papel de extrema relevância desde a fase de contrato até à


finalização da obra, uma vez que durante a sua execução os fiscais asseguram que possíveis
inconformidades sejam detectadas e solucionadas atempadamente, para assim se assegurar a
qualidade de execução da obra.

1
1.3. Objectivos

1.3.1. Geral

• Demonstrar a responsabilidade dos intervenientes na Fiscalização e


coordenação de obras no bairro Samora Machel.

1.3.2. Específico

• Apresentar as principais funções da equipe de fiscalização e coordenação de obras


no bairro Samora Machel;
• Mostrar as formas de contratação de empresas de fiscalização de obras em
Moçambique, de acordo com o nosso regulamento e o nosso Boletim da República
(decreto n° 54/2005);
• Controlo de qualidade
• Controlo do planeamento de obra e execução.

Para o alcance dos objectivos propostos, foi formulada a seguinte pergunta de pesquisa:

• Até que ponto a Responsabilidade na fiscalização e coordenação de obras


pode ser viável no processo de construção de edifícios e estradas no
bairro de Samora Machel?

2
CAPÍTULO II- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2. Revisão da Literatura
2.1. Fiscalização

Segundo REIS (2013) a fiscalização é um conjunto de actividades técnicas exercida para


verificar as conformidades das obras e serviços executados com as exigências, normas e
especificações aplicáveis. A fiscalização é exercida através de vistorias que envolvem
aspectos técnicos e administrativos da execução das obras e serviços (Manual De
Fiscalização De Obras E Posturas Municipais).

Segundo PARACHO a fiscalização tem como finalidade de apresentar as ações realizadas


no âmbito do controlo de gesto da qualidade de obra. A primeira situação a fazer é o PAM
ou BAM que a EC faz a fiscalização.

Para a ajuda da fiscalização, é necessário que o fiscal verifique ou controle todo o trabalho
realizado dentro da obra, para que possa facilitar no control das actividades, o fiscal deve
registar todas as actividades realizadas em torno do dia com o Diário de Obra.

2.2. Diário de Obra

Segundo FARIA (2014) ė um instrumento em meio físico ou electrónico destinado ao


registo de fatos normais do andamento dos serviços, como: entrada e saída de
equipamentos, serviços em andamento, efectivo de pessoal, condições climáticas, visitas
ao canteiro de serviço, inclusive para as actividades de suas subcontratadas. Se em meio
físico, deverá ter suas páginas numeradas tipograficamente, cada página com três vias,
sendo duas destacáveis. Se em meio electrónico, deverá assegurar a integridade dos
registros lançados e acesso por meio de interfaces seguras, contendo “log” para registro
de todas as actividades Indicando “quem”; “quando” e o “quê” fez no manuseio do
programa e/ou banco de dados.

2.3. Livro de Obra / Comunicações

Segundo FARIA (2014) ė um instrumento em meio físico destinado aos de fatos,


orientações, respeitando os padrões estabelecidos que tenham implicações interactuais,
medições de projectos, as conclusões, aprovações de serviços e etapas construtivas de
projectos, as autorizações, para execução de trabalhos adicionais ligadas ao projecto, as
irregularidades e providencias a serem tomadas pela contratada e a fiscalização.

3
As comunicações entre o fiscal e a contratada serão realizadas através de correspondências
oficiais e anotações ou registos no livro de ocorrências. A comunicação e um dos meios
mais importantes numa obra em que existem a empreitada, a fiscalização e o dono da obra.
Para que se possa ter uma boa relação em ambas partes deve haver uma ligação entre os
intervenientes da obra.

2.3.1. Reuniões ou balanço de execução durante o recurso da obra

As reuniões realizadas para tratar de questões relacionadas ao contrato, serão


documentadas, traduzidas em actas de reuniões elaborada pela fiscalização e que devem
conter no mínimo os seguintes elementos data e o local de realização da reunião, o nome
e assinatura dos participantes, os assuntos tratados directa ou indirectamente ligadas a
reuniões e às decisões tomadas na reunião, uma vez discutidos.

O fiscal da obra passa a ser o gestor do contrato, formalmente designado pela


administração, e comprovadamente habilitado para gerenciar cada contrato, inclusive
munido com anotações de responsabilidade técnicas. As atribuições do mesmo além de
constarem nos editais, contratos ou documentos relacionados a obras ou serviços em que
vão exercer a fiscalização são:

a) Elaborar o plano de ataque de fiscalização conforme os padrões pré-estabelecidos;


b) Manter um arquivo completo e actualizar de todos os documentos pertinentes ao
trabalho incluindo: projectos, caderno de encargo, especificações técnicas de
materiais de serviços, orçamentos, contratos, cronograma físico e financeiro,
reajustamento, pagamentos, caderneta ou livro de ocorrências, correspondências,
relatórios, certificados de ensaio e testes de materiais;
c) Promover reuniões periódicas no local e fora da obra para análise e discussão do
andamento dos trabalhos, esclarecimentos e providencias necessárias a serem
compridas;
d) Aprovar por parte ou na totalidade os serviços executados; e,
e) Verificar as respectivas medições dos serviços executados que deveram ser
acompanhados por registos fotográficos.

4
2.3.2. Definição das ligações entre a empresa de fiscalização e os outros
intervenientes na Obra

A fiscalização de obra consiste no serviço de verificação da real efectiva conformidade da


construção com as definições de todos os projectos de licenciamento e execução (FARIA;
2009). No fundo, trata-se de um acompanhamento em tempo real e no local da obra de
modo a assegurar ao dono da obra que a construção não reúne os requisitos previstos no
projecto ou comunicar em tempo útil ao cliente sobre as inconformidades detectadas.

Esta norma fixa as condições exigíveis de participação dos intervenientes em serviços e


obras de engenharia e arquitectura definindo suas responsabilidades.

Considera-se que as partes intervenientes num dado empreendimento são normalmente as


seguintes:

a) Dono da Obra;
b) Autor do projecto;
c) Fiscal;
d) Fiscal Técnico ou Administrativo;
e) Empreiteiro ou Executante; e,
f) Sub empreiteiro.

I. Definições:

a) Dono da Obra: É a entidade interessada na execução da obra e como o tal termo


de autoridade de fazer cumprir as clausulas dos contratos estabelecidos com os
restantes intervenientes sobre tudo as disposições do caderno de encargo e o
projecto, e o dono da obra pode introduzir alterações durante a execução da obra,
em coordenação com o autor do projecto suscitando se todas vias de consequência
que disso poderia resultar;

b) Autor do Projecto: Pessoa física ou jurídico legalmente habilitado, contratada


para elaborar o projecto com um empreendimento;
c) Fiscal: Pessoa física ou jurídico legalmente habilitado para verificar o
comprimento parcial ou total das disposições contratual;

d) Fiscal Técnico: Fiscal conforme definido acima com atribuições relativas


unicamente aos aspectos técnicos;

5
e) Fiscal Administrativo: Fiscal conforme o definido acima com atribuições
relativas unicamente tem haver com aspectos administrativos;
f) Empreiteiro ou Executante: É a pessoa física ou jurídica legalmente habilitado,
contratada por que tem o direito para executar o empreendimento assumindo a
responsabilidade técnica desde o acordo com o projecto e umas condicoes
estabelecida conforme a lei vigente;
g) Sub empreiteiro: A pessoa física ou jurídica contratada, por quem de direito, para
execução de partes perfeitamente definidas do empreendimento, sob a
responsabilidade de executante ou um empreiteiro tecnico.

Sub empreiteiros
Fornecidores
E.E E. G
directos Fornecedores

d Montadores E.G

FISC PROJ m
E.L

ddddd
a) Do
no
C.E D.O
da
Ob
ra: entre a empresa de fiscalização e os outros intervenientes na Obra.
Figura 3. Ligações
Fonte: Luís, Miguel,
E a Fanico, Santana, Crato (2015) Fiscalização E Coordenação De
Obras.
enti
Responsabilidade dos Intervenientes:
dad
a) Ater-se ea sua área de atuação;
b) Servir seus
inte interesses, atendendo a padrões éticos e idóneos;
c) Cumprirress
e fazer cumprir o disposto nos seus contratos e acessórios, nos termos da
lei; ada
na
Obrigações e responsabilidades do fiscal:
exe
1) Garantircuç
que as obras seja executada observando o fiel comprimento dos projetos
das normas
ão e especificação estabelecidos e das demais condições contratuais;
da
6
obr
a e
co
2) Acertar e aconselhar o contratante quando as condições de comprimento do
cronograma físicos e financeiros das obras;

3) Reportar falhas no projecto, solicitando esclarecimento ao projetista;

4) Representar o dono da obra perante as autoridades locais.

2.3.3. Tarefas gerais e especificas do agente fiscal

2.3.3.1. Tarefas geriais

A fiscalização incube vigiar o exato comprimento do projecto e suas alterações do contrato


e do caderno de encargo e planos de trabalho em vigor desregradamente:

1) Verificar a implantação da obra de acordo com as referências necessárias


fornecidas ao empreiteiro;

2) Aprovar os materiais a aplicar

3) Submeter aos ensaios laboratoriais as matérias necessárias;

4) Vigiar o processo de execução.

2.3.3.2. Tarefas especificas

1) Preparar e participar na consignação da obra;

2) Assistir e aprovar a implantação da obra;

3) Assistir a betonagem das fundações;

4) Conferir e aprovar o assentamento das paredes de alvenaria;

5) Conferir e aprovar as amaduras de vigas, pilares, lajes e outras estruturas de betão


aramado;

6) Preparar e participar na entrega provisoria e definitiva da obra.

2.4. Modo de Actuação do Agente Fiscal

Para a realização das definições e atribuições a fiscalização dará ordem, emitira aviso e
retificações, procedera as verificações das medições, e praticara todos os demais
necessários. Os atos referidos na passagem anterior só poderão provar se contra ou a favor

7
do empreiteiro mediante com um documento ou escrita.

A fiscalização devera processar se sempre de modo a não perturbar o andamento normal


dos trabalhos e sem anular a iniciativa e relativa responsabilidade do empreiteiro.

2.5. Postura do Agente Fiscal


Quando a fiscalização local da obra ou serviço ou agente fiscal devera:

• Identificar-se sempre como agente fiscal exibindo a sua carteira fiscal funcional;

• Agir com objetividade e firmeza;

• Tratar as pessoas com urbanidade (Civismo ou Civilidade);

• Identificar o profissional responsável pela execução.

2.6. Obrigações do Empreiteiro e suas Responsabilidades

1) Montagem e desmontagens do estaleiro incluindo redes de água, esgoto, energia


elétrica e telefone bem como a utilização de equipamentos necessários a norma de
execução da empreitada;

2) Mobilizar os meios humanos, materiais e equipamentos necessários normais da


execução da obra;

3) Fornecer e instalar todo equipamento de segurança geral da obra e de protecção


individual ou coletivo;

4) Em geral cumprir todas as regras legais e as definidas pelo dono da obra e materiais
de higiene e saúde de segurança;

5) Planeamento geral dos trabalhos da obra;

6) A realização periódica das reuniões com a fiscalização da obra;

7) Manter em local próprio do estaleiro o livro de obra devidamente preenchido e


atualizado.

2.7. Responsabilidade do Autor do Projecto

Para toda obra há necessidade observar o projecto, que servem para viabilizar
tecnicamente a construção e orientar ao construtor a sua execução.

8
Para obras de grande parte surge o autor do projecto ou projetista, pois, neste tipo de
contrato e comum do executor não seja que definio ou projetou o serviço cabendo a pena
o empreiteiro a execução. Há uma outra relação contratual entre o dono da obra e o
projetista, a que cabe a pena projetar, calcular, dimensionar, quantificar os materiais e
especificar quais as técnicas construtivas necessárias para a realização do projecto
podendo também fiscalizar a obra. É possível que as causas das deficiências e dos danos
que se encontra na má elaboração do projecto ou dos cálculos e nas projeções de grande
parte de defeito de construção tem sua origem em erros de projetos e de calcular o
envolvendo as fundações e a estrutura da obra.

Responsabilidades Do Projetista:

• Erro do projecto;
• Má especificação;
• Não observância de normas ou cálculos incorretos;

2.8. Assistência Técnica

Entende-se por assistência técnico o serviço de apresentar o autor do projecto ao dono da


obra, ou ser representante sem perigoso do comprimento de outras obrigações legais ou
contratuais o que incube que avisa designadamente o esclarecimento de dúvida de
interpretação de projecto das suas peças.

2.8.1. Funções Da Fiscalização Realização De Obras

Durante a execução dos trabalhos as funções da fiscalização devem englobar a


colaboração e inter-relação com o director da empreitada e todos técnicos envolvidos na
mesma. A principal função da fiscalização consiste no exercício de uma acção de
prevenção e de participação no processo produtivo, visando o controlo da qualidade, dos
custos e do prazo, bem como da representante do dono da obra, através da participação da
direcção da obra.

Assim nesta fase incumbe a fiscalização vigiar e verificar o exacto comprimento do


projecto e suas alterações do contrato, do caderno de encargo e do plano de trabalhos em
vigor:

• Verificar a implantação da obra, de acordo com as referências necessárias


fornecidas ao empreiteiro;

9
• Verificar a exatidão ou erro eventual das previsões do projecto, em especial, e
com a colaboração do empreiteiro, no que respeita as condições do terreno;

• Aprovar os materiais a aplicar;

• Vigiar os processos de execução;

• Verificar os processos de execução;

• Verificar as características dimensionais da obra;

• Verificar, em geral o modo como são executados os trabalhos;

• Verificar a observância dos prazos estabelecidos;

1. O Que Fiscalizar?
Deverão ser fiscalizados todos os serviços e obras públicas e privadas, concluídas ou em
andamento, abrangendo também demolições, terraplenagens, parcelamento do solo, a
colocação de andaimes, telas, plataformas de protecção e as condições de segurança das
edificações.

Durante a acção fiscalizadora de obras de construção civil deve verificar:

1. Presença dos projectos aprovados pelo Município;

2. Presença do alvará de construção;

3. Placa da obra;

4. Conferir se a obra está sendo executada de acordo com os projectos aprovados e


respeitando os índices e parâmetros urbanísticos municipais.

2. Quem Ou Onde Fiscalizar?

As acções de fiscalização deverão ser empreendidas em todos os locais onde,


potencialmente, são realizadas actividades técnicas, tais como:

1. Obras, onde se deve verificar se as actividades técnicas ali realizadas encontram-se


devidamente regularizada no Município e dentro dos parâmetros e índices urbanísticos
estabelecidos pelo Município;

2. Parcelamentos, em todo o território do município, para verificação da existência de


loteamentos e outras formas de ocupação não regularizadas perante o Município;

10
3. Execução de movimentações de terra (terraplanagem)

2.9. Coordenação e fiscalização da empreitada

2.9.1. Gestão da informação

Segundo Faria (2014) A empresa de fiscalização instalará na obra um sistema de


informação e controlo nos termos do Caderno de encargos.

O citado sistema visa desenvolver, primordialmente as seguintes áreas funcionais,


necessariamente interligadas:

a) Verificação e controlo do exacto cumprimento dos Projectos de Execução e suas


alterações no decurso da obra, sempre que necessário, e do caderno de encargos, dos
planos de trabalho;

b) Acompanhamento pormenorizado de todos os trabalhos realizados pelo empreiteiro;

c) Análise, controlo e previsão de tempos e prazos necessários comparando as estimativas


baseadas no realizado com os Planos de Trabalhos da obra, devidamente aprovados;

d) Acompanhar a administração da obra, verificando todas as medições ou revisões


orçamentais, apreciando todas as facturas apresentadas pelo empreiteiro, elaborando a
conta corrente da obra e prevendo as futuras necessidades de “cash-flow

e) Comparação das características da obra já realizada, dos materiais dos processos, dos
equipamentos e das soluções adaptadas pelo empreiteiro com as cláusulas, condições e
características estabelecidos pelo projecto, pelo Título Contratual da Obra e pelas
restantes disposições em vigor;

f) Controle da qualidade de execução;

g) Coordenação, acompanhamento, análise e controlo das condições de segurança.

2.9.2. Acções a desenvolver no domínio da fiscalização e controlo

Segundo Luís (2015) As acções a desenvolver no domínio da fiscalização e controlo de


execução da obra são todas as necessárias à sua completa realização nas melhores
condições, salientando-se designadamente as que constam dos parágrafos seguintes:

11
• Contribuir para manter a necessária troca de fornecimento de informação entre as
entidades, interveniente e o promotor. Para esse efeito a empresa de fiscalização
fará designadamente o seguinte;
• Participar e secretariar reuniões com o promotor, que permitam a análise do
andamento dos trabalhos da obra e das acções desenvolvidas pelo adjudicatário;
• Coordenar e secretariar as reuniões de demais contactos que o promotor decida
efectuar com entidades intervenientes na execução da obra, fazendo executar as
acções daí resultantes;
• Propor, participar e secretariar reuniões com os empreiteiros, com o autor do
projecto ou com outras entidades, directa ou indirectamente ligadas à obra, a fim
de analisar os trabalhos em curso, esclarecer dúvidas, estudar alterações ou
identificar e encaminhar problemas a resolver;
• Preparar, acompanhar ou conduzir todas as visitas à obra julgadas convenientes
pelo promotor;
• Fornecer mensalmente todos os dados e estatísticas recolhidas na obra;
• Elaborar mensalmente relatórios pormenorizados e submeter ao dono da obra
contendo todas as análises, informações, pareceres, recomendações e propostas
decorrentes da sua actuação.

2.10. Acompanhamento das acções de cada empreiteiro

Analisar pormenorizadamente o desenvolvimento das acções realizadas por cada


empreiteiro, nomeadamente através de:

• Acompanhamento, análise e medição de todos os avanços ocorridos na realização


da obra com periodicidade mensal;
• Actualização das estimativas das matrizes de consumos unitários, a fim de estarem
disponíveis sempre que houver necessidade de as utilizar designadamente para
verificar a orçamentação de trabalhos não previstos, mas essenciais à realização
da obra;
• Fornecimento de todos estes elementos, dados de avanço e estatísticas de
consumo;

12
2.11. Qualidade, segurança e ambiente

2.11.1. Qualidade

Controlar a qualidade da obra e dos trabalhos em curso contribuindo para o seu elevado
nível, nomeadamente através de:

• Elaborar todas as recomendações julgadas convenientes com o fim de preservar a


qualidade de execução;
• Fazer cumprir as condições estabelecidas no Título Contratual da obra;
• Apreciar e informar com antecedência sobre a qualificação e o nível de
comportamento profissional dos meios humanos intervenientes, em especial os do
empreiteiro divididos pelas diversas especialidades;
• Participar na realização dos ensaios da obra, previstos no seu Título Contratual,
em colaboração com o empreiteiro, o autor do projecto e outras entidades
especializadas;
• Analisar a qualidade dos materiais, equipamentos e processos utilizados pelo
empreiteiro em obra implementando as acções necessárias, nomeadamente
comentando com parecer e informando sobre a documentação respectiva
apresentada pelo empreiteiro e ou demais entidades intervenientes;
• Verificar as operações executadas pelo empreiteiro e a qualidade dos
equipamentos utilizados;
• Apreciar e informar os planos de mobilização do empreiteiro no que concerne à
mão de obra, equipamentos e materiais;
• Apreciar e informar sobre o plano de estaleiro do empreiteiro, e das demais
instalações provisórias;

13
2.12. Procedimentos e requisitos de contratação de serviços de consultoria
(Decreto n° 54/2005, 13 de dezembro)

I. Artigo 1

O presente regulamento estabelece o regime jurídico aplicável a contratação de


empreitada de obras de publicas, fornecimento de bens e prestação de serviços ao Estado,
incluindo os de consultoria e concessões.

Obras Públicas e toda construção reforma fabricações recuperação, ou ampliação de bem


do público. Ela pode ser realizada de forma direita quando a obra e feita pelo próprio
órgão ou entidade da administração por seus próprios meios, ou de forma indireta quando
a obra e contratada com terceiros por meio de litação este caso são autorizados diverso
regime de contratação.

II. Artigo 3

Para efeitos do presente regulamento entende-se por:

a) Adjudicação: Acto administrativo pelo qual a Entidade Contratante selecciona a


proposta vencedora para subsequente contratação;

b) Anúncio de Concurso: Comunicação, sobre a abertura do concurso, por meio da


impressa, designadamente através do jornal de maior circulação no pais edital,
podendo ainda ser usado outro meio de comunicação que for considerado de fácil
acesso para o público-alvo;

c) Autoridade competente: Agente da Entidade Contratante, formalmente


designado, com poderes para praticar os actos relativos aos procedimentos de
contratação definidas no presente regulamento;

d) Caderno de Encargo: Documento que contem as cláusulas jurídicas gerais e


particulares, as especificações técnicas e o pograma de concurso, que informa as
obrigações da Entidade Contratante e da Contratada;

e) Consultor: Pessoa singular ou coletiva, nacional ou estrangeira, que preste


serviços de natureza intelectual ou de assessoria;

f) Contratada: Concorrente vencedor a quem e adjudicada a realização de uma obra,


fornecimento de bens ou prestação de serviços;
14
g) Documentos do Concurso: Conjunto de documentos compostos por Caderno de
Encargo, Projecto, e Programa do Concurso que devem conter requisitos os de
qualificações jurídicas, económico-financeira e técnica que disciplinam o
concurso e a respetiva contratação de acordo com o disposto no artigo 63 do
presente regulamento;

h) Empreiteiro de Obras Públicas: Pessoa colectivas nacional ou estrangeira


contratada para executar obras do estado;

i) Entidade Contratante: Órgão ou instituição do Estado que promove a abertura


de concurso e celebra o contrato;

j) Fornecedor: Pessoa singular ou colectivas, nacional ou estrageira, contratada para


fornecer bens e serviços ao Estado;

k) Programa de Concurso: Documento que contem todas as disposições e


informações aos concorrentes, necessárias a elaboração e apresentação das
propostas;

l) Projecto: Conjunto de pecas escritas e desenhadas a constituir, juntamente com o


programa do concurso e o caderno de encargo, o processo a apresentar o concurso,
para adjudicação de empreitada, ou fornecimento e a facultar todos os elementos
necessários a boa execução dos trabalhos;

m) Serviço: Actividade em que a contratada fornece a Entidade Contratante o


resultado do seu trabalho intelectual ou físico.

2.13. Orçamentos de Contratação Artigo 10

A Entidade Contratante só pode abrir concurso desde que o valor para a contratação tenha
cabimento no Orçamento.

2.14. Procedimentos e requisitos de contratação Artigo 11

1. O Procedimento de contratação será instaurado pela unidade gestora executora das


Aquisições, através da abertura de processo administrativo, devidamente autuado,
numerado e contendo a autorização escrita da Autoridade Competente para sua
realização;

2. Todos documentos e actos decisórios do procedimento administrativo de


15
contratação devem ser juntos e devidamente numerados no processo
administrativo referido no número anterior.

2.15. Atribuições da Entidade Contratante Artigo 12

1. São atribuições da Entidade Contratante:

a) Indicar o interesse público específico a ser prosseguido;

b) Definir de forma precisa, suficiente e clara, objeto da contratação;

III. Artigo 23

A regularidade fiscal do concorrente é comprovada através de:

a) Certidão válida de quitação emitida pela administração fiscal; e

b) Declaração válida de quitação pela instituição responsável pelo sistema nacional


de segurança social;

1. No caso de procedimento de contratação de obas, fornecimento de bens ou


prestações de serviço de pequenas dimensões, o documento previsto na línea a) do
número anterior, poderá ser submetido pela prova do pagamento de imposto
através da retenção na fonte ou outra forma definida na legislação fiscal.

IV. Artigo 24

Para efeitos do presente regulamento, considere-se concorrente nacional:

a) Pessoa singular que possua nacionalidade Moçambicana;

b) Pessoa coletiva que tenha sido constituída termos da legislação moçambicana e


cujo capital social seja detido em mais de cinquenta por cento por pessoa singular
moçambicana ou por pessoa coletiva moçambicana cujo capital social seja
maioritariamente detido em mais de cinquenta por cento por pessoa singular
moçambicana;

1. A entidade contratante pode restringir a participação a concorrentes nacionais, as


modalidades de contratação definidas no presente regulamento, sempre que se
trate de contratação de empreitada de obras, de fornecimento de bens ou de
prestações de serviço, cujo valor estimado não seja superior três vezes o limite

16
estabelecido nos termos dos N° 2 e 3 do artigo 88.

A entidade contratante pode estabelecer:

a) Margens de preferência a nacionais;

b) Margens mínimas de incorporação factores nacionais, conforme o número 5 do


presente artigo.

São fixadas as seguintes margens de preferência a concorrentes nacionais:

a) Dez por cento do valor do contrato, sem impostos, para obras; e

b) Quinze por cento do valor do contrato, sem impostos, para bens e serviços.

Para efeitos de aplicação da margem de preferência fixada na alínea b) do número anterior


e indispensável prova de incorporação de factores nacionais correspondentes a pelo menos
trinta por cento do preço a porta da fábrica do produto acabado, podendo, o ministro que
superintende a área das finanças ajustar a percentagem acima referida

Caso a entidade contratante pretenda exercer as prerrogativas previstas no número 2,


devera obter a autorização prévia e fundamentada do ministro que superintende a área das
finanças e do ministro da sua tutela, devendo essas condições constarem expressamente
do anúncio e dos documentos de concurso.

V. Concorre Estrangeiro Artigo 25


1. O concorrente estrageiro deve atender as normas gerais fixadas no presente
regulamento, em legislação específica e nos documentos de concurso, mediante
apresentação do documento equivalente aos exigidos a concorrentes nacionais.

2. O concorrente estrageiro, quer esteja ou não autorizado a exercer sua actividades


em Moçambique, deve ainda:

a) Ter procurador residente e domiciliado nos pais, com poderes especiais para
receber citação, intimação e responder administração e judicialmente pelos seus
actos, juntando instrumento de mandato com os documentos determinados no
presente regulamento;

b) Comprovar sua qualificação jurídica, económico-financeiras, técnica e


regularidades fiscal nos pais de origem;

17
c) Comprovar a inexistência de pedidos de falência ou concordata em Moçambique
e no país de origem;

d) Proceder a entrega dos documentos escritos em língua portuguesa.

3. A entidade contratante poderá, sempre que que o julgar necessário, confirmar da


verdade do conteúdo dos documentos referido nas alíneas b) e c) do número
anterior.

VI. Garantias Artigo 44

a) A Entidade Contraente deve exigir, quando previstos nos documentos de concurso,


que a contratada preste garantia definitiva adequada ao bom e pontual
cumprimento das suas obrigações;

b) A apresentação da garantia do bom e pontual cumprimento das obrigações da


contratada e condição prévia de celebração do contrato;

c) A garantia definitiva poderá ser dispensada nos casos de contratação de empreitada


de obras, fornecimento de bens e prestação de serviços de pequena dimensão;

d) Não é permitido o pagamento de adiantamento sem apresentação da garantia no


mesmo valor.

VII. Prerrogativas Artigo 45

A Entidade Contratante tem prerrogativas de nos termos do previsto no presente


regulamento:

a) Rescindir unilateralmente o contrato;

b) Fiscalizar a execução do contrato, diretamente ou por fiscal por si contratado;

c) Suspender a execução do contrato;

d) Aplicar sanções pela inexecução total ou parcial do contrato;

e) Cancelar o concurso;

f) Invalidar o Concurso.

VIII. Fiscalização Artigo 46

18
a) A execução de qualquer obra pública deve ser fiscalizada por fiscais
independentes, designados pela Entidade Contratante e, para efeito contratados
com base nos procedimentos especificados no presente regulamento;

b) Nos casos de contratação de empreitada de obras de pequena dimensão, a Entidade


Contratante poderá optar por fazer a fiscalização directa;

c) Em caso de serem dois os mais fiscais, um deles deve ser designado para chefiar.

IX. Recepção provisoria da Obra Artigo 47

a) Logo que a obra esteja concluída, a fiscalização devera notificar a Entidade


Contratante para proceder a vistoria para efeitos de recepção provisoria da obra;

b) A vistoria será efetuada sob testemunho do fiscal da contratada e da Entidade


Contratante, lavrando-se para o efeito o respetivo auto, confirmado pela
fiscalização e assinado pelas três partes;

c) Do auto referido no número anterior devera constar o registro de todas as


anomalias detetadas, os prazos e responsabilidades pela sua correcção.

X. Recepção definitiva da Obra Artigo 48

a) Findo o prazo máximo de garantia de cinco anos contados desde a conclusão da


obra, ou prazo não inferior a um ano, estabelecido no contrato, consoante a sua
natureza, por iniciativa da Entidade Contratante ou a pedido do empreiteiro, deve
ser promovida nova vistoria de todos os trabalhos da empreitada.

XI. Concurso Público Artigo 59

O concurso público e a modalidade de contratação na qual pode intervir qualquer


participante interessado, desde que reúna os requisitos estabelecidos nos documentos de
concurso.

2.15.1. Fases Artigo 60

O concurso público observa, pela ordem indicada, as seguintes fases:

a) De preparação;

b) De lançamento;

19
c) De apresentação e abertura de propostas e documentos de qualificação;

d) De avaliação das propostas e documentos de qualificação;

e) De saneamento;

f) De classificação;

g) De recomendação do júri;

h) De decisão;

i) De reclamação e concurso;

j) De adjudicação.

Artigo 67

Prazo para apresentação de documentos de qualificação e propostas:

1. Os documentos de concurso devem fixar prazo razoável e suficiente, não inferior


a trinta dias, para que os interessados preparem seus documentos de qualificação
e propostas, de acordo com a natureza e características das obas, bens ou
serviços a contratar.

2. O prazo para apresentação de documentos de qualificação e propostas começa a


contar a partir da publicação do anúncio de concurso ou da data a partir da qual
são postos a disposição os documentos de concurso, prevalecendo a data que
ocorrer em último lugar.

3. No caso de proceder de contratação de empreitada de obras, fornecimento de


bens ou prestações de serviços de pequenas dimensões o prazo para preparação
de propostas não deve ser inferior a quinze dias.

Artigo 68

Forma de apresentação de documentos de qualificação e propostas:

Os documentos de qualificação e a proposta devem ser apresentadas num único involucro


opaco e lacrado, com identificação completa do concorrente no seu exterior, nem como o
objeto de concurso.

20
Contratação de Serviços de Consultoria (Regras Gerais) Artigo 110

1. A contratação de serviços de consultoria deve obedecer a um processo prévio de


seleção, ressalvados os casos previstos no presente regulamento.

2. Na contratação de serviços de consultoria, a entidade contratante deve pugnar


por serviços de qualidade, mediante competição justa, de acordo comas
modalidades previstas no presente regulamento.

Conflito de Interesses Artigo 112

1. Estão impedidos de prestar serviços de consultoria, os consultores que estejam


em conflitos de interesse;

2. Considera-se conflito de interesse as situações que impeçam que o consultor


forneça um aconselhamento profissional, de forma objetiva e imparcial e dando
preponderância aos interesses da entidade contratante.

3. Esta em situação de conflito de interesse, nomeadamente:

a) O consultor que tenha participado, directa ou indiretamente ou sub qualquer


condição, na preparação dos termos de referência e outros documentos
relacionado com a matéria objetos de contratação;

b) O consultor contratado pela entidade contratante para a elaboração ou


execução de uma tarefa, relativa ao fornecimento subsequente de serviços
relacionados com a mesma, excepto nos casos de continuação dos serviços
anteriores de consultoria executados pelo próprio consultor.

Artigo 113

O processo de seleção de consultores observa, pela ordem indicada, as seguintes


fases:

a) De preparação

b) De lançamento

c) De apresentação de propostas técnicas e financeiras;

d) De abertura e avaliação das propostas técnicas;

21
e) De recomendação de júri;

f) De decisão sobre a avaliação das propostas técnicas

g) De reclamação e recurso a avaliação das propostas técnicas.

Publicidade 116

1. A entidade contratante devera publicar o anúncio no jornal de maior circulação


nos pais, ou noutro meio de comunicação que melhor se justificar, solicitando
manifestação de interesse;

2. As informações solicitadas deverão limitar-se as mínimas necessidades a fim de


determinar a qualificação dos consultores adequada ao objectivo a ser contratado;

3. O prazo deve ser suficiente para a elaboração de respostas pelos consultores, o


qual não poderá ser inferior a quinze dias.

Lista Curta Artigo 117

1. A participação no processo de concurso esta restrita a uma lista curta elaborada


pela entidade contratante, em que se selecciona um mínimo de três e um máximo
se seis consultores, para o mesmo objectivos a ser contratado;

2. A elaboração da lista curta deve ser feita considerando os consultores que


manifestem interesse, de acordo com o previsto no N° 1 do artigo 116, do presente
regulamento e possuam as qualificações necessárias e os que integram o cadastro;

3. Na elaboração da lista curta, a entidade contratante deve sempre considerar pelo


menos um terço de consultor nacionais, salvo nos casos de comprovada
inexistência de consultores qualificados, para o enfeito;

4. A entidade contratante deve preparar um relatório fundamentado sobre a escolha


dos consultores integrantes da lista curta.

2.16. Modalidades De Contratação

Regime Geral Artigo 120

1. O regime geral para contratação de pessoas colectivas, constante da lista curta,


para execução de serviços de consultoria baseia-se na qualidade e no preço dos

22
serviços a contratar;

2. A seleção com base ma qualidade e no preço dos serviços a contratar e a


modalidade regra para seleção de consultores que sejam pessoas colectivas,
constante na lista curta, cujo critério baseia-se na avaliação conjugada da
qualidade da proposta técnica e no preço oferecido para a execução dos serviços;

3. Nos documentos de concurso será fixado o peso relativo atributo a qualidade e o


preço, cabendo o preço um peso não superior a trinta por cento de um total de cem.

Regime Excepcional Artigo 121

1. Sempre que se mostre conveniente ao interesse público e estejam presente os


requisitos fixados no presente regulamento, a unidade gestora executora das
aquisições poderá, fundamentado, propor à autoridade competente a aplicação
regime excepcional para contratação de serviços de consultoria;

2. A decisão que declara verificados os requisitos de contratação de regime


excepcional e que determina aplicação deste regime para contratação de
serviços de consultoria deve ser fundamentada por escrito pela autoridade
competente

3. As modalidades de contratação em regime excepcional são baseadas:

a) Na qualidade;

b) Em preço máximo;

c) Em menor preço;

d) Nas qualificações do consultor;

e) Seleção de pessoa singular;

f) Ajuste direto.

Ajuste Directo Artigo 126

1. O ajuste direito e aplicável somente em circunstância excepcional e condições de


vantagem em relação ao procedimento competitivo.

23
2. São consideradas situações de vantagem em relação ao procedimento competitivo:

a) Serviços que envolvam continuação de trabalhos anteriores já executados pelo


mesmo consultor;

b) Desenvolvimento do procedimento competitivo em prazo prejudicial ao


interesse público;

Tipos de Contratos Artigo 130

1. Os serviços de consultoria obedecem os seguintes regimes de contratação:

a) Por preço global: aplicável quando os escopos dos serviços estão vinculados a
entrega de produto definidos e cujo pagamento e fixado, com base no cumprimento
de etapas ou entrega do produto;

b) Baseado no tempo: aplicável quando o escopo dos serviços não esta vinculado a
entrega de produto definidos e cujo pagamento e fixado com base em preço por
unidade de tempo estabelecido;

2.17. Acompanhamento na Fase Inicial de Garantia e Fecho de Contas


A empresa de fiscalização continua normalmente associada ao processo por um período
mínimo de 30 a 60 dias após a recepção provisória da obra com o objectivo de apoiar os
trabalhos finais de coordenada e fiscalização associados à obra e que são os seguintes:

• Verificação e aprovação das telas finais elaboradas pelo empreiteiro e/ou


projectistas com vista à perfeita e completa documentação da obra realizada;

• Elaboração da conta final da empreitada e sua negociação com o empreiteiro até


ao completo fecho de contas da empreitada;

• Verificação e aprovação da compilação técnica elaborada pelos projectistas e


empreiteiro geral com o apoio pontual do Coordenador de Segurança e Saúde em
fase de execução;

• Preparação do relatório final da empreitada;

• Acompanhamento das reparações elencadas no Auto de Recepção Provisória até


ao seu completo esclarecimento e resolução;

24
O serviço a prestar nesta fase pressupõe a conclusão da obra em condições adequadas e a
disponibilidade dos elementos preparados por outras entidades (projectistas e empreiteiro
geral), na data da Recepção provisória da obra.

2.18. Documentos a Entregar e Respectiva Periodicidade

São normalmente produzidos os seguintes documentos:

2.18.1. No início do serviço

a) Plano de Trabalhos: detalhado elaborado pela empresa de fiscalização para servir


de alternativa ao plano proposto pelo empreiteiro geral;

b) Estimativa orçamental: detalhada elaborada pela empresa de fiscalização tendo


em conta informação produzida na fase de revisão do projecto;

c) Relatório de análise de projecto: incluindo uma análise fundamentada dos


elementos que constituem o dossier de projecto com vista a detectar erros,
omissões e incompatibilidades com influência no bom desenvolvimento futuro da
obra.

2.18.2. Durante a fase de contratação de empreiteiros e fornecedores

d) Um ou mais Relatórios de análise de propostas (para cada processo de


contratação);

2.18.3. Durante a execução da obra (periodicidade regular)

e) Relatório mensal de obra de acordo com modelo definido no Sistema de


Qualidade da empresa de fiscalização;
f) Relatório mensal de segurança e saúde elaborado pelo Coordenador nomeado
pelo promotor; este relatório deve ser entregue de forma protocolada aos principais
intervenientes relacionados com a segurança (responsável geral empreiteiro,
director obra empreiteiro, director projecto nomeado pelo Dono de Obra).

2.18.4. Durante a execução da obra (quando necessário)

g) Pareceres diversos sobre prazos, custos, avaliações técnicas de soluções


correntes ou de variantes e outros – sempre que necessário;
h) Outros documentos eventualmente solicitados pelo Promotor nomeadamente

25
planos de pagamentos previsíveis ajustados ao desenvolvimento real efectivo da
obra.

2.18.5. No final da obra

i) Relatório de vistoria realizada para efeitos de recepção provisória e respectivos


desenvolvimentos após realização das reparações de garantia nele identificado.

2.19. Licenciamento de Obra


O empreiteiro de obas públicas deve ser licitado a uma licença do empreiteiro de
construção que e mais conhecido por alvará, que e valida por 12 meses.

2.19.1. Licença de construção civil

É um documento necessário para exercícios de actividade de obras públicas ou


particulares.

2.19.2. Tipos de actividades do empreiteiro

Os empreiteiros podem exercer as actividades nas obras públicas ou nas obras particulares.

2.19.3. Alvará

É uma licença para empresas de construção indicando as categorias e classificação das


obras que o empreiteiro pode exercer.

Um alvará deve ser pedido por escrito indicando:

• Nome da empresa;

• Tipos de obras a ser executadas;

• Categorias;

• Classe do alvará requisitado;

A capacidade técnica avalia-se na base seguintes elementos:

• Quadro técnico permanente;

• Pessoa especializada equipamentos;

• O port-fólio de obras anteriores da empresa e os seus C.V dos técnicos;

26
Os empreiteiros devem ter um n° suficiente de pessoal técnicos sénior, qualificado para o
tipo de alvará, este pessoal deve estar registado nas associações profissionais relevante
em Moçambique

Os técnicos e gestor referido pelo empreiteiro no seu pedido de alvará, não pode ser usado
por outro empreiteiro como base do seu pedido de alvará

É se uma pessoa abandonar o emprego de empreiteiro em cujo alvará ele costa, o


Ministério de Obras Públicas, Habitações e Recursos Hídricos deve ser informado
imediatamente. Assim comprova-se-ma a capacidade técnica pela apresentação de uma
lista completa do pessoal técnico.

Actividades do empreiteiro pode ser exercida por sociedade comerciais ou por empresa
em regime individual legalmente constituída para operar na construção. A autorização de
exercícios de actividades constará do alvará titulado a empresa.

2.19.4. Tipos de Empreiteiro

Os empreiteiros podem ser:

• Empreiteiro de obras públicas;

• Empreiteiro de construção civil;

2.19.4.1. Empreiteiro de obras públicas

São os licenciados para realizar os trabalhos de construção, reconstrução, grandes


reparações ou adaptações de bens imoveis a fazer por conta do estado, das autarquias
locais e das empresas públicas.

2.19.4.2. Empreiteiro de construção civil

São licenciados para realizares obras promovidas por entidades particulares.

É permitido ao empreiteiro de obras públicas realiza obras de iniciativa particular. A


realização de obras públicas por empreiteiro de construção civil só e permitido no caso de
autorização da entidade competente

2.19.4.3. Produção da execução da obra

• São proibidos os empreiteiros executar obras que não possuam licença de

27
construção passada pela entidade competente;

• Executar obras em áreas de construção e proibida sem a licença passada pela


autoridade competente;

2.19.5. Higiene e Segurança no Trabalhado

(CICCOPN, 2005) A preocupação com as condições de trabalho e com a saúde dos


trabalhadores foi sendo esporádica ao longo da história. Antes de desenvolver este
assunto, é pertinente dizer que o propósito de HST é de prevenir acidentes de trabalho
e doenças profissionais.

O crescimento e aparecimento de indústrias trousse consigo a preocupação com as


condições de trabalho dos trabalhadores e assim a necessidade de cuidar da sua
integridade e a motivação, isso porque foi se registando ocorrências de doenças
profissionais. A ocorrência dessas doenças foi trazendo preocupações ao público em
geral, e a partir daí remeteu se a criação de regulamentos e leis para regularem de forma
a preservar a integridade do trabalhador. Em Moçambique, os decretos que regulam a
higiene e segurança no trabalho partem do regulamento de funcionamento da Inspeção-
geral do Trabalho sobre o decreto nº 45/2009 de 14 de Agosto até o regulamento que
estabelece o regime jurídico de acidentes de trabalho e doenças profissionais sobre o
Decreto nº 62/2013.

2.20. Conceito de acidente de trabalho

O conceito de acidente de trabalho encontra-se definido no Regulamento que


estabelece o regime de acidentes de trabalho e doenças profissionais sobre Decreto nº
62/2013.

Acidente de trabalho é o sinistro que se verifica, no local e durante o tempo do trabalho,


desde que produza, directa ou indirectamente, no trabalhador por conta de outra lesão
corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte a morte ou redução na
capacidade de trabalho ou de ganho.

Considera-se ainda acidente de trabalho o que ocorra:

a) Na ida ou regresso do local de trabalho, quando utilizado meio de transporte


fornecido pelo empregador ou quando o acidente seja consequência de

28
particular perigo do percurso normal ou de outras circunstâncias que tenham
agravado o risco do mesmo percurso;
b) Antes ou depois da prestação do trabalho, desde que directamente relacionado
com a preparação ou termo dessa prestação;
c) Por ocasião da prestação do trabalho fora do local e tempo do trabalho normal,
se verificar enquanto o trabalhador executa ordens ou realiza serviços sob
direção e autoridade do empregador;

d) Na execução de serviços, ainda que não profissionais, fora do local e tempo de


trabalho, prestados espontaneamente pelo trabalhador ao empregador de que
possa resultar proveito económico para este;
e) No local onde ao trabalhador deve ser prestado qualquer forma de assistência
ou tratamento por virtude de anterior acidente e enquanto aí permanecer para
esses fins.

(CICCOPN, 2005) Considera-se dano a lesão corporal, perturbação funcional ou


doença que determine redução na capacidade de trabalho ou de ganho ou morte do
trabalhador resultante directo ou indirectamente de acidente de trabalho.

Se a lesão corporal, perturbação ou doença for reconhecida a seguir a um acidente


presume-se consequência deste.

Se a lesão corporal, perturbação ou doença não for reconhecida a seguir a um acidente,


compete ao sinistrado ou aos beneficiários legais provar que foi consequência dele.

2.21. Histórico de sinistralidade na construção civil

Em Moçambique a estatística de acidentes de trabalho tem sido feita pelo Instituto


Nacional de Estatística, criado pelo Decreto Presidencial nº 9/96, de 28 de Agosto, ao
abrigo do disposto na alínea g) do n.º 1 do artigo 4 do Decreto Presidencial nº 13/2007,
de 16 de Outubro. Tendo como base os mapas de acidentes de trabalho fornecidos
pelas companhias de seguros ou as comunicações das entidades patronais, com
reconhecida capacidade económica para assumirem, directamente, a responsabilidade
pelos riscos de acidente de trabalho inerentes à sua actividade.

(CICCOPN, 2005) A construção civil continua a ser o sector que regista o maior
número de acidentes mortais. No entanto, a sinistralidade tem indo a baixar, o que é
digno de registo.
29
As principais causas de morte por acidente de trabalho no sector da construção civil e
obras públicas são as quedas em altura, esmagamento, soterramento e electrocussão.

Deste modo, não restam dúvidas de que o acidente é uma realidade cada vez mais
presente no mundo do trabalho e cabe a todos os intervenientes no processo construtivo
contribuir para a diminuição da sua frequência e gravidade, através de uma prevenção
eficaz. O espírito de prevenção e uma acção sistemática de segurança são factores
básicos para evitar o acidente de trabalho.

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CAPÍTULO III - METODOLOGIA

3. METODOLOGIA
Para a realização da pesquisa, foram feitas consultas de livros e artigos de construção civil
e foram realizadas entrevistas aos colaboradores das respectivas empresas, deslocações as
empresas de construção da área de fiscalização para a recolha de dados e entrevistas a fim
de se compreender entre outras matérias, quais as principais acções praticadas pelos
fiscais nas empresas e o que eles fazem para o cumprimento da Responsabilidade na
Fiscalização e Coordenação de Obras.

Foi adoptado para o presente trabalho o método de pesquisa Estudo de caso por se
tratar de um estudo profundo de um caso, de forma a investigar um fenômeno dentro
do seu próprio contexto.

i. Técnicas

Para a colecta de dados foi adoptada a técnica de observação directa intensiva, por
se tratar de uma observação participativa e não participativa.

E para a análise de dados foi adoptada a técnica Qualitativa, por se tratar de análise
dos conteúdos existentes e extraídos.

ii. Recursos

Para o transporte até o objecto de estudo ou local da obra, foi usado o transporte público
até o Bairro Samora Machel, isto é, da Cidade de Tete até a Samora Machel.

Para recolha de dados foram usados meios como observação visual, entrevistas ou
inquérito e extração bibliográfica.

31
CAPÍTULO IV – ESTUDO DE CASO
4. CASO DE ESTUDO
Fiscalização de Patologias de pavimento na Província de tete - Bairro Samora Machel.

4.1. Apresentação do objecto de estudo

O trecho em estudo é gerido pelo Conselho Municipal da Cidade de Tete, apresenta


extensão de aproximadamente 4,22 km, uma faixa de rodagem em cada sentido e está
localizado entre a ponte ate Bairro Samora Machel.

Figura 4. Mapa Rodoviário do trecho estudado. Fonte: Autor.


4.1.1. Pavimento flexível

O trecho estudado é composto de pavimento flexível em toda sua extensão. Esse tipo de
pavimento tem a capacidade de suporte diretamente ligada as características de
distribuição das cargas, pois as camadas são sobrepostas umas às outras. A camada de
rolamento do pavimento resiste de maneira direta a ação do tráfego, dissipando as energias
as camadas inferiores (RODRIGUES, 2011). É necessário salientar que esse tipo de
pavimento tem vida útil menor em relação ao pavimento do tipo rígido, e seus esforços
são dissipados de formas distintas.
A estrutura do pavimento flexível é feita para receber e transmitir os esforços que nele são
aplicados e dissipa-los as camadas inferiores do pavimento. Essas cargas aplicadas, são
transmitidas para a fundação, sendo aliviada através das camadas, impedindo deformações
no pavimento, pois cada camada constituinte do pavimento, é responsável por exercer
funções específicas entre si (BALBO, 2007). Na figura 1 está disposto as camadas que
constituem o pavimento flexível.

32
Figura 5. Camadas do pavimento flexível

Segundo Senço (2007), é realizado a regularização do subleito quando o pavimento é


construído sobre um terreno natural, pois o mesmo é irregular. O subleito é caracterizado
como uma camada destinada a atenuar as cargas que nele são aplicadas, tendo funções que
assemelham com a base.
A sub-base e a base do pavimento são tidas como a fundação do pavimento. Senço (2007)
define a base do pavimento como sendo responsável por resistir os esforços verticais e
dissipa-los.
4.1.2. Patologias do pavimento flexível

As patologias no pavimento são defeitos que atingem tanto a superfície quanto as camadas
inferiores, causando danos a estrutura do pavimento. Segundo Reis (2009) os defeitos que
atingem o pavimento flexível estão ligados a deterioração dos materiais que o constituem.
As causas que ocasionam esses problemas, estão geralmente relacionadas à má execução
do pavimento, ação intensa dos veículos e projetos inadequados. A ação do tráfego altera
as propriedades dos materiais que constituem o pavimento, o que faz com que uma ação
que se repita por mais de uma vez provoque deslocamentos no pavimento.
Segundo Silva (2008) as patologias que acometem o pavimento flexível são: Deformações
de superfície; Defeitos de superfície; Panela; Escorregamento do revestimento
betuminoso, Fendas e Remendos.
4.1.3. Deformações de superfície

As deformações no pavimento são os defeitos que afetam as camadas do revestimento


asfáltico e podem ser identificados a olho nu (BERNUCCI et al, 2008). Entre as principais
deformações permanentes no pavimento, são incluídos os afundamentos no trilho de roda,

33
depressões, corrugações e deformações plásticas. Segundo o DNIT (2006) essas
irregularidades atingem a dinâmica das cargas, a qualidade de rolamento, além de trazer
riscos à segurança dos usuários da via. Quando o pavimento recebe uma série de esforços
repetitivos, acarreta nele pequenas deformações que podem surgir no asfalto como
afundamento no trilho de rodas.
4.1.4. Defeitos de Superfície

Os defeitos de superfície são conhecidos como desgastes superficiais que atingem a


camada de rolamento do pavimento, como a Exsudação e o Desgaste.
Segundo Bernucci et al (2008) a exsudação é caracterizada pelo excesso de ligante na
superfície do pavimento. Ainda conforme o DNIT (2006) esse defeito compromete a
aderência do asfalto, pois há o surgimento de uma película na capa de rolamento.
O desgaste ocorre devido o desprendimento de material agregado da superfície do
pavimento. Para Silva (2008), o surgimento do desgaste está relacionado com o
intemperismo, fazendo a superfície do asfalto se tornar polida, o que prejudica a segurança
a derrapagem.
Executar a obra em condições climáticas adversas; oxidação do material ligante
proveniente da ação do tráfego e coesão perdida entre o material ligante e o agregado, são
fatores causadores dessa patologia (DNIT, 2006).
4.1.5. Panela/ Buraco

A panela ou buraco como é conhecida, é um dos defeitos mais graves ocorrente no


pavimento, pois ele pode ou não atingir as camadas inferiores (SILVA, 2008).
Conforme o manual do DNIT (2006) a evolução desta patologia está diretamente
relacionada com a ação do tráfego. A panela pode ocorrer em qualquer área do pavimento
com mais frequência nas trilhas de roda.
4.1.6. Escorregamento do revestimento betuminoso

O escorregamento é o deslocamento da camada de betume do pavimento em relação a


base da estrutura, ocorrendo o aparecimento de fendas em forma de meia-lua (SILVA,
2008). É frequentemente encontrado em regiões do pavimento que há trechos de
aceleração: aclives e declives; curvas; pontos de parada ou obstáculos (lombada e ponto
de ônibus). A compactação ineficiente das camadas do pavimento e a imprimação
deficiente entre uma camada e outra, são algumas das causas que provocam o
escorregamento (DNIT, 2006).

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4.1.7. Fendas

Segundo Bernucci et al (2008) as fendas aparecem na superfície do pavimento e são


classificadas em: Fissuras, quando sua abertura é visível a olho nu a uma distância de 1,5
metros; Trincas, quando essa abertura é maior que a da fissura.
As fendas são o defeito que mais ocorre no pavimento, sendo classificados através da
gravidade e tipologia. Quanto aos tipos, as trincas isoladas são divididas em transversais
longas, transversais curtas, longitudinais curtas ou longas e de retração. As trincas
interligadas são divididas em trincas de bloco, onde apresentam trincas com regularidade
geométrica e trinca do tipo couro de jacaré, que apresenta irregularidade geométrica e é
causada devido a fadiga do pavimento, apresentando erosão em casos mais avançados de
deterioração (BERNUCCI et al, 2008).
4.1.8. Remendos

Apesar de estar relacionado a conservação e manutenção da via, o remendo é considerado


uma patologia quando é mal-executado. Segundo o manual do DNIT (2006) o remendo é
uma parte do pavimento onde o material original foi retirado e substituído por outro. São
considerados como falhas do pavimento, pois refletem o mau comportamento das
camadas. São divididos em remendo profundo e superficial. O remendo profundo atinge
todas as camadas do pavimento apresentando formato regular. O remendo superficial
apenas corrige a patologia localizada por uma aplicação de camada de revestimento.

35
CAPÍTULO V–APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE RESULTADOS
5. Resultados
5.1. Principais patologias encontradas

Durante a inspeção e o levantamento fotográfico foram encontradas várias patologias


em diversos estados de degradação. Algumas estavam em estágio inicial e outras em
estado avançado de deterioração. Das patologias encontradas destacam-se:

• Remendos;
• Buraco;
• Trincas;
• Afundamentos;
• Desgaste.
5.2. Remendos

Dentre os remendos que foram encontrados no trecho, alguns apresentaram terem sidos
realizados há pouco tempo, porém geraram desconforto a passagem dos veículos. Na
figura 5 apresenta-se um remendo encontrado no pavimento.

Figura 6. Remendo encontrado no pavimento


Verificou-se que a patologia citada acima afetou a dirigibilidade dos veículos,
consequentemente o conforto dos usuários, haja vista que a mesma apresenta
desníveis em relação ao restante do pavimento. Dentre os possíveis fatores que
ocasionaram este problema, podemos citar a compactação deficiente do remendo, já
que o mesmo cria uma lomba em relação ao pavimento

36
5.3. Buracos

Em todo trecho da rodovia foi encontrado patologia do tipo buracos. Dentre os buracos
que foram encontrados no trecho, alguns apresentaram terem sidos realizados a pouco
tempo, porém geraram desconforto a passagem dos veículos. Na figura 6 apresenta-se
um remendo encontrado no pavimento.

Figura 7. Buraco encontrado no pavimento


5.4. Trincas

Dentre as trincas encontradas, a do tipo couro de jacaré foi a que apresentou estado de
deterioração mais avançado, podendo gerar patologias mais graves, como buracos. Na
figura 7, disposta a seguir, está representado uma trinca do tipo couro de jacaré.

Figura 8.Trinca couro de jacaré


Conforme ilustrado na figura 8. Pode-se observar que o defeito ocorreu no trilho de roda,
o que pode ter sido ocasionado devido a ação intensa do tráfego de veículos,
principalmente os de carga, que assumem uma menor velocidade neste trecho devido a
seu peso. Nesses locais, é necessário que sejam realizadas atividades de recuperação do
pavimento, como tratamento superficial, micro revestimento asfáltico e lama asfáltica.

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5.4.1. Afundamentos

Foram encontrados afundamentos plásticos em alguns trechos do pavimento,


principalmente em determinado local, foi encontrado um afundamento que prejudicou a
dirigibilidade dos veículos. Na figura 9 pode-se visualizar a patologia onde está evidente
o trilho de roda e o levantamento do bordo lateral, principais características desse defeito.

Figura 9. Afundamento do trilho de roda


O peso dos veículos pode ter ocasionado o problema. Ao passar pelo local, o mesmo gerou
um grande desconforto devido aos bordos laterais estarem elevados. Para o tratamento
deste local, é sugerido que seja realizado a fresagem ou o recapeamento para a recuperação
de camadas subjacentes que possam ter sido prejudicadas.

5.4.2. Desgaste

Em todo o trecho da rodovia foi encontrado patologia do tipo desgaste. A patologia


apresentou aspereza superficial, falta de ligante na superfície e perda de material agregado,
estando localizada nas duas faixas do pavimento. A execução do pavimento em condições
climáticas adversas e perda de coesão entre o ligante e o agregado podem ter ocasionado
o problema. Na figura 10 é mostrado o desgaste encontrado no trecho.

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Figura 10. Desgaste superficial encontrado na rodovia
As colunas e os pilares nas duas extremidades estão ainda em boas condições, com
fragmentação e deterioração menores.

Os rolamentos de aço e o plano de betão dos apoios, no entanto, prestam serviço


adequado para garantir que os rolamentos, sendo multidirecionais, funcionem
correctamente. A fragmentação do betão ocorreu e as secções soltas precisam ser
removidas e substituídas por uma argamassa epóxi aprovada, que também pode ser
usada sob as placas base e os mancais.

5.5. Betão do revestimento do tabuleiro na estrada superior, vigas e passeio


lateral

Ainda em condições razoáveis, com algum desgaste nas superfícies que podem ser
seladas e reintegradas.

Da mesma forma, os orifícios da saída da água da chuva devem ser abertos para
permitir o fluxo livre de água da superfície superior.

As juntas de dilatação no convés de betão com a placa de cobertura de aço também


devem ser atendidas, garantindo que funcione correctamente e não deteriore com os
veículos pesados cruzando-o. No momento, ele está frouxamente instalado e causando
danos ao convés e à junta de betão.

39
CAPÍTULO VI – CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÃO
6. Conclusão e Recomendações
6.1. Conclusão

Através da inspeção e o levantamento fotográfico foi possível realizar um levantamento


visual e fotográfico e assim diagnosticar as principais patologias encontradas no trecho.

Dentre as principais patologias, destacaram-se os buracos como sendo a patologia mais


presente no pavimento em toda sua extensão. Essa está diretamente relacionado com a
ação do tráfego. Os buracos podem ocorrer em qualquer área do pavimento com mais
frequência nas trilhas de roda.

Os buracos foram os defeitos que mais prejudicaram a dirigibilidades dos veículos, pois
apresentaram um nível mais baixo nos trilhos da roda em relação ao pavimento, o que
prejudicou a segurança dos veículos ao passar pela patologia.

Conforme Reis (2009) os defeitos que atingem o pavimento flexível estão diretamente
ligados com a deterioração dos materiais que o constituem. Isso ocorre devido à má
execução, ação intensa de veículos e projetos na maioria das vezes inadequados.

Neste relatório serão estudadas as principais patologias encontradas no trecho, indicando


os possíveis fatores que ocasionaram os defeitos.
6.2. Recomendações

É importante diagnosticar corretamente os defeitos encontrados no pavimento, pois


facilita o processo de recuperação da via, definindo a melhor técnica a ser empregada na
recuperação do pavimento, tendo em vista que o custo de reparo é menor quando os
defeitos ainda estão em fase inicial.

Infelizmente a manutenção no nosso país não é tão valorizada pelo que foi visto na
ponte, estradas por exemplo, vinha sendo feita pouca manutenção e quando era feita
não era tão boa.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• REIS, Nuno Filipe dos Santos. Análise Estrutural de Pavimentos Rodoviários:


Aplicação a um Pavimento Reforçado com Malha de Aço. 2009.

• BERNUCCI, L. L. B.; MOTTA, Laura Maria Goretti da; CERATTI, Jorge


Augusto Pereira; SOARES, Jorge Barbosa. Pavimentação Asfáltica: Formação
Básica para Engenheiros. 2ª Edição. Rio de Janeiro. Perobras. Abeda, 2006.

• SILVA, Paulo Fernando A. Manual de Patologia e Manutenção de Pavimentos.


São Paulo: Pini, 2008.

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ANEXO

Figura 8: Afundamento do trilho de roda

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