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2- Sistema Convencional de Ignição

A finalidade do sistema de ignição é gerar uma faísca nas velas, para que o
combustível seja inflamado. Os sistemas de ignição utilizam diversos componentes que vêm
passando por alterações no decorrer do tempo.

O sistema de ignição é composto de:

 Bateria
 Chave de ignição
 Bobina
 Distribuidor
 Cabos de ignição
 Velas de ignição
 Condensador

A bateria, neste sistema, é a fonte primária de energia, fornecendo uma tensão em


torno de 12V, as baterias mais modernas chegam a 36V. Esta tensão, muito baixa, não pode
produzir faíscas. Para que ocorra uma faísca ou centelha é preciso que a eletricidade rompa a
rigidez dielétrica do ar. Para elevar a tensão da bateria usamos então dois componentes
básicos: o platinado e a bobina.
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3- Circuito de Baixa Tensão:

O circuito primário ou de baixa tensão é alimentado por uma bateria que produz e
armazena a energia elétrica, sendo a sua carga obtida por um alternador. Este circuito é
constituído por enrolamento de fio bastante espesso o qual, ao nível da bobina, apresenta um
número de espiras relativamente pequeno; este fio apresenta uma extremidade ligada ao pólo
negativo da bateria e o outro à massa.
Intercalado neste circuito encontra-se um interruptor mecânico (platinado) com um contato
fixo ligado à massa e um móvel acionado pelo excêntrico. A bobina possui como função
elevar os 12 volts da bateria para uma tensão em torno de 20.000 volts, que são transmitidos
para as velas.

4- Circuito de Alta Tensão:

O circuito secundário é constituído, ao nível da bobina, por um enrolamento de fio muito fino
com um grande número de voltas, e é percorrido por uma corrente de alta tensão que é
utilizada para originar uma descarga elétrica entre os pólos da vela de ignição. Considerando
as condições existentes na câmara de combustão, a pressão e a presença da mistura ar –
combustível é fundamental uma tensão muito alta, superior a 8.000 volts, para que a centelha
elétrica se produza. Este circuito tem uma extremidade ligada à massa e a outra a uma saída
do distribuidor que permite a passagem da corrente para as diferentes velas.

5- Bobina de ignição e platinado

A bobina é construída em carcaça metálica, possui em seu interior um núcleo de


ferro laminado e dois enrolamentos, que são chamados de primário e secundário. O
enrolamento primário possui aproximadamente 350 espiras (voltas de fio) mais grossas que
do secundário, e está conectado nos terminais positivo e negativo (Saídas 15 e 1). O
enrolamento secundário, com aproximadamente 20.000 espiras (fio mais fino), tem uma
extremidade conectada na saída de alta tensão (saída 4) e a outra extremidade internamente
conectada no enrolamento primário. Quando a chave de ignição é ligada e dá-se a partida, o
platinado abre e fecha. Quando o platinado fecha, o enrolamento primário recebe uma
corrente (em torno de 4 ampères), que saiu da bateria pelo pólo negativo, circulou pelo chassi
do veículo, passando pelo distribuidor/platinado e circulando pelo enrolamento primário.
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Durante o tempo que o platinado permanece fechado, está sendo produzido um campo
magnético no núcleo de ferro da bobina. Esse campo magnético vai aumentando, até alcançar
seu ponto máximo. Nesse momento, o platinado se abre (acionado pelo eixo de ressalto do
distribuidor), interrompendo a circulação de corrente pelo circuito primário da bobina.
Exatamente no momento da abertura do platinado, a corrente elétrica que está circulando deve
ser bruscamente interrompida. Instantaneamente, o condensador atua como um acumulador,
absorvendo eventualmente a corrente que poderia saltar centelha (arco elétrico) entre os
contatos do platinado.
Essa centelha poderia causar dois tipos de danos:
Queimar os contatos do platinado;
Interferir na formação da alta tensão

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