Tcci Beatriz C Fidelis

Pousada
VILLA DA SERRA
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
BEATRIZ CORRÊA FIDELIS
POUSADA VILLA DA SERRA

VALORIZAÇÃO DO TURISMO NA CIDADE DE BOM JARDIM DA
SERRA / SC ATRAVÉS DE NOVAS OPÇÕES DE HOSPEDAGEM.
Trabalho de Conclusão de Curso I, apresentado ao curso de

Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Sul de Santa
Catarina como requisito parcial à obtenção do título de
bacharel em Arquiteta e Urbanista.
Acadêmica:
Beatriz Corrêa Fidelis
Orientadora:
Maria Matilde Villegas Jaramillo
Tubarão
2021
DADOS CADASTRAIS POUSADA VILLA DA SERRA
VALORIZAÇÃO DO TURISMO NA CIDADE DE BOM JARDIM DA
SERRA / SC ATRAVÉS DE NOVAS OPÇÕES DE HOSPEDAGEM.
ACADÊMICA: Beatriz Corrêa Fidelis
ENDEREÇO: Rua das Bromélias nº 426 - Bairro São Martinho -

Tubarão/SC | 88708-857
CONTATO: biadelis32@gmail.com
(48) 99865-7042 Este Trabalho de Conclusão de Curso foi
julgado adequado para à obtenção do
ORIENTADORA: Professora Arq. Maria Matilde Villegas Título de Bacharel e aprovado em sua
Jaramillo forma nal pelo Curso de Arquitetura e
Urbanismo, da Universidade do Sul de Santa
CONTATO: maria.jaramilo@unisul.br Catarina.
TÍTULO DO TRABALHO: Pousada Villa da Serra
Professora e orientadora Maria Matilde Villegas Jaramillo

Universidade do Sul de Santa Catarina
Rodrigo Althoff Medeiros

Avaliador 01
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL Rodrigo Nascimento

Tubarão, 28 de junho de 2021 Avaliador 02
TCC I - Pousada Villa da Serra - Bom Jardim da Serra / SC | Beatriz C. Fidelis | Orientador: Maria Matilde Villegas Jaramillo
AGRADECIMENTOS
Os meus agradecimentos serão para todos que de

algum modo contribuíram para a minha formação.
Começo agradecendo à Jesus, pois foi ele quem me
permitiu iniciar a faculdade de arquitetura e urbanismo e que me
deu forças para chegar até aqui.
Também um agradecimento especial à minha família e
ao meu namorado, que foram minha base e estão do meu lado
durante todo o percurso. Além dos familiares, agradeço à alguns
amigos que me apoiaram de alguma forma, em especial ao time
de arquitetura da Brasil ao Cubo, estes no qual eu aprendo muito
diariamente.
E por m, agradeço imensamente à minha orientadora
Maria Matilde, que fez um trabalho excelente ao me guiar nessa
etapa, obrigada por cada ensinamento compartilhado.
RESUMO ABSTRACT
Diante das belezas naturais da Serra Catarinense temos um Considering the natural beauty of the Serra Catarinense, we
grande potencial turístico nessa região, propício para have great tourist potential in this region, contributes to the
desenvolvimento de pousadas e entretenimento local. Visto como development of inns and local entertainment. Seen as a boost to
um impulsionamento na economia local, a cidade se desenvolve the local economy, the city develops better with the frequent
melhor com a presença frequente de turistas não somente nos presence of tourists not only in the cold months.
meses de frio. Planning an inn that offers activities for all seasons of the
O planejamento de uma pousada em que ofereça year, awakens the interest of people to visit and stay in the region.
atividades para todas as estações do ano, desperta o interesse das Offering a quality space immersed in nature where people can take
pessoas a irem visitar e permanecer na região. Oferecer um espaço refuge and provide more entertainment is the greatest demand
de qualidade inserido em meio a natureza onde as pessoas possam today.
se refugiar e proporcionar mais entretenimento é a maior demanda The objective of this project is to develop a project that
na atualidade. unites all these requirements in a single one, offering amazing
O objetivo deste trabalho é desenvolver um projeto onde experiences, contact with nature and a calm place to relax.
se una todos estes quesitos em um único local agregando Therefore, researches related to the theme were carried out to
experiências únicas, contato com a natureza e descontração better develop the topic.
particular. Para isso, foram realizadas pesquisas relacionada ao
tema para melhor desenvolver o trabalho.
Palavras-chave: pousada, belezas naturais, entretenimento. Keywords: inn, natural beauty, entertainment.
SUMÁRIO 3.2 HOTEL FASANO LAS PIEDRAS 25
3.2.1 Acessos e circulações 26
3.2.2 Denição dos espaços 28
1 INTRODUÇÃO
3.2.3 Linguagem arquitetônica 29
1.1 PROBLEMÁTICA / JUSTIFICATIVA 08
3.2.4 Materialidade e Sistema construtivo 30
1.2 OBJETIVOS 09
3.2.5 Relação do edifício com o entorno 30
1.2.1 Objetivos Geral 09
3.2.6 Conforto ambiental 31
1.2.2 Objetivos Especícos 09
1.3 METODOLOGIA 10
3.3 MAKENNA RESORT 31
2 REFERENCIAIS TEÓRICOS
2.1 TURISMO 12
2.2 TURISMO ECOLÓGICO OU ECOTURISMO 12
2.3 MEIOS DE HOSPEDAGEM 13
2.4 NEUROARQUITETURA E DESIGN BIOFÍLICO 15
2.5 SUSTENTABILIDADE 17
4 DIAGNÓSTICO DA ÁREA
4.1 LOCALIZAÇÃO DA ÁREA 39
4.2 DADOS GERAIS 39
3 REFERENCIAIS PROJETUAIS
4.3 DADOS FÍSICOS 39
3.1 HOTEL CARMEL - TAÍBA 21
4.4 BREVE HISTÓRICO 40
4.4.1 Evolução urbana 40
4.5 ECONOMIA 41
4.6 TURISMO 41
4.7 INFRAESTRUTURA 42
4.8 LAZER 42
4.9 EQUIPAMENTOS URBANOS 42
4.10 TERRENO 43
4.10.1 Localização e Acessos 43
4.10.2 Características físicas do terreno 44
4.10.3 Condicionantes ambientais 45
4.11 LEGISLAÇÃO 46
4.12 SÍNTESES E POTENCIALIDADES 47
5 PARTIDO ARQUITETÔNICO
5.1 CONCEITO 49
5.2 DIRETRIZES PROJETUAIS 49
5.3 PRÉ DIMENSIONAMENTO 50
5.4 FLUXOGRAMA E ORGANOGRAMA 53
5.5 ZONEAMENTO 55
5.6 MATERIALIDADE, SISTEMA CONSTRUTIVO E 56
SUSTENTABILIDADE
5.7 IMPLANTAÇÃO 58
5.8 PLANTAS BAIXA E VOLUMETRIA 59
5.8.1 Bloco de lazer 59
5.8.2 Cabana dupla, cabana tripla 59
e cabana completa
5.8.3 Restaurante 60
5.8.4 Bloco recepção, administrativo e lojas 60
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 62
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 64
1.0 INTRODUÇÃO
1 - INTRODUÇÃO Diante disto, mostra-se a extrema importância da
criação de um espaço hoteleiro que traga consigo atrativos de
lazer, com o intuito de fortalecer o turismo na região, induzindo que
O presente trabalho tem como objetivo apresentar o mais pessoas visitem o local e consigam passar mais tempo
trabalho de conclusão de curso I da graduação do curso de consumindo produtos locais e consecutivamente gerando maior
Arquitetura e Urbanismo da Unisul, desenvolvido pela acadêmica economia ao município.
Beatriz Corrêa Fidelis, onde será proposto um anteprojeto de um Dentre os diversos tipos de hospedagens, o hotel
hotel fazenda na região serrana. fazenda, se encaixa perfeitamente na região rural. Segundo o
A região da Serra Catarinense possui condicionantes Sistema Brasileiro de Classicação (SBClass, s.d.), o mesmo deve
propícios ao desenvolvimento do turismo, sendo assim, é uma oferecer entretenimento e vivência no campo, ao visitante, além
alternativa de desenvolvimento para a região. Juntamente com o de trazer experiências interativas com o hóspede e o meio natural.
planejamento ordenado dos espaços, dos equipamentos e das Sendo assim, o intuito deste trabalho é contribuir com a
atividades turísticas, podendo gerar renda para a área economia turística na região Sul, onde será proposto um
contribuindo para a preservação de seus recursos naturais e anteprojeto de uma pousada na Serra do Rio do Rastro que se
garantindo a conservação e proteção através das atividades localiza entre os municípios de Bom Jardim Da Serra e Lauro Muller,
turísticas. em Santa Catarina.
O turismo tem se mostrado de extrema relevância para o
setor econômico, sendo a base para muitos países. No Brasil, por ser
considerado rico do que se diz respeito as diversidades naturais, é 1.1 - PROBLEMÁTICA JUSTIFICATIVA
um dos lugares com maior economia turística do mundo (VELOSO,
2016).
A região sul está classicada em terceira posição A Serra do Rio do Rastro é um forte atrativo a turistas,
referente à procura por atrações turísticas. As belezas naturais tanto principalmente no inverno, devido suas temperaturas baixas e uma
no litoral quanto na serra são o que atraem os turistas a conhecer a beleza natural exuberante. É por meio dela que os municípios de
região. Apesar da paisagem ser o grande potencial, ainda assim, Bom Jardim e Lauro Muller são abastecidos economicamente
não é totalmente aproveitada, seja pelo fato de serem locais durante a alta temporada.
sazonais ou por não possuir devidos investimentos para esse setor. Como já mencionado, a paisagem natural serrana é o
1. INTRODUÇÃO TCC I - Pousada Villa da Serra - Bom Jardim da Serra / SC | Beatriz C. Fidelis | Orientador: Maria Matilde Villegas Jaramillo 08
que atrai os turistas ao Município de Bom Jardim da Serra em Santa 1.2 - OBJETIVOS
Catarina, onde os mesmos podem fazer trilhas, visitar os cânions,
parar no mirante e observar o caminho, além da gastronomia típica
da região, pois é um local propício para turismo de isolamento. O tema proposto foi dividido em dois tópicos: Objetivo
Entretanto, a região possui deciência de investimento geral e objetivos especícos que serão citados a seguir.
em planejamento com nalidade para o turismo e a cultura. O que

faz com que a economia gerada através do turismo seja muito
1.2.1 - Objetivo Geral
baixa se comparada a outras regiões. Segundo dados do
município, publicado pelo SEBRAE de Santa Catarina (2008) a
hospedagem gerava apenas 29 empregos na região. Elaborar um anteprojeto arquitetônico de uma pousada,
Atualmente o município ainda conta com poucas na Serra do Rio do Rastro/SC, com foco no bem estar dos ocupantes
opções de hospedagem e a maioria deles não possui atrações e entretenimento dos mesmos, colocando as pessoas em convívio
para épocas do ano com temperaturas mais elevadas. com a natureza, possibilitando experiências e sensações
Com isso surge a necessidade de trazer opções de diferenciadas, am de valorizar a cultura local e impulsionar a
hospedagem para a região que possa ser usufruída tanto no economia através do turismo e da diversidade hoteleira, trazendo
inverno quanto no verão, pois é no período do verão que a cidade ao local mais opções de lazer e hospedagem.
tem o menor índice turístico. A ideia é propor uma pousada que
abrigue hóspedes em busca de atividades na Serra Catarinense,
onde consigam escolher alugar ambientes com serviços completos 1.2.1 - Objetivos Especícos
(dormitório, sala, cozinha e banheiros) ou apenas dormitórios suítes,
que os mesmos possam aproveitar atividades dentro da pousada e
também sejam atraídos no verão, através das piscinas e outras Ÿ Desenvolver o referencial teórico a m de compreender
atividades relacionadas a essa época do ano. melhor o setor turístico, hoteleiro e a relação da arquitetura
Além de fazer com que o município receba mais com o meio ambiente.
visitantes, uma pousada induz o público a passar mais tempo na Ÿ Apresentar e analisar referenciais projetuais relacionados
região, consumindo produtos locais e gerando uma maior ao tema para estudar o melhor funcionamento e propor um
economia a cidade. embasamento adequado para as atividades propostas.
Ÿ Realizar o levantamento do local e diagnóstico da área Ÿ Análise de referenciais projetuais através de projetos
com o objetivo de conhecer melhor as potencialidades e semelhantes para estudar seu funcionamento, materialidade
deciências relacionado ao turismo e setor hoteleiro no e sistema construtivo am de proporcionar um projeto
município. adequado ao tema escolhido. Será realizada através de
Ÿ Denir o programa de necessidade, diretrizes projetuais, levantamentos, registros fotográcos, pesquisa em sites da
usos e dimensionamentos dos ambientes de acordo com internet.
as normas exigidas em cada atividade, considerando a
sustentabilidade e conforto ambiental; Ÿ Levantar dados físicos e históricos da área a m de conhecer
Ÿ Desenvolver um partido arquitetônico para a elaboração melhor a história do local e compreender elo de inter-relação
do anteprojeto a ser desenvolvido no trabalho de cultural e turística, entre as cidades de Lauro Muller e Bom
conclusão de curso I. Jardim da Serra. Analisar uso do solo, características,
condicionantes climáticos, pontos turísticos e culturais do
município com intuito de identicar a melhor forma de
1.3 METODOLOGIA
implantar o projeto no local. Esta etapa será apresentada
através de levantamento histórico, fotográco, mapas
imagens e textos.
O presente trabalho de conclusão de curso, foi
constituído pela seguinte metodologia: revisão teórica do tema
Ÿ Partido geral, criar um programa de necessidades adequado
abordado, pesquisa de referenciais projetuais e conceituais,
com o tema, denir o conceito e diretrizes projetuais,
estudo de caso, levantamento básico e histórico da área e de seu
zoneamento, implantação esquemática, por meio de
entorno, conceito da proposta e lançamento do partido.
plantas, grácos e croquis.
Ÿ Desenvolver o referencial teórico sobre o tema a m de Ÿ Na última etapa deste trabalho será desenvolvido o
compreender melhor o assunto. Realizar pesquisas anteprojeto, serão produzidos os detalhamentos, plantas,
bibliográcas sobre o turismo, os tipos de hospedagens no cortes e todo o material necessário para que a ideia do
Brasil, também sobre a arquitetura biofílica, que será projeto seja compreendida, para a conclusão do TCC II.
aplicada no projeto.
2.0 referenciais
teóricos
2.1 TURISMO economia do País, mediante a oferta de seus
atrativos naturais e culturais, demandando, para
essa modalidade de comércio, investimentos
comparativamente menores do que outros
setores produtivos. (TOMAZZONI, 2009, p. 90).
O turismo é um elemento de grande importância para
diversos países pois sempre esteve ligado a economia. Essa
atividade surge nos séculos passados quando comerciantes iam a Sendo assim, no Brasil é possível encontrar diversos tipos
outros lugares para fazer troca de produtos com objetivo, de turismo, alguns deles são: social, cultural, estudantil, sustentável,
exclusivamente, econômico, é nesse contexto que mais tarde essas rural, ecológicos, entre outros. Por ser em ambiente rural o tipo de
idas a outros locais se passaram a ter nalidade de lazer (TADINI, turismo escolhido para trabalhar será o turismo ecológico e cultural.
MELQUIADES, 2010).
Atualmente, o turismo é denido pela Organização
Mundial do Turismo ocialmente como: “Atividades de 2.2 TURISMO ECOLÓGICO OU ECOTURISMO
deslocamento e permanência em locais fora de seu ambiente de
residência, por período inferior a um ano consecutivo, por razões de
lazer, negócios ou outros propósitos” (SANTOS, 2010). Com o modo de vida atual, onde tudo está em
De uma maneira geral o turismo envolve a realização de constante mudança e as coisas necessitam acontecer mais
viagens, sejam elas com intuito a lazer, a trabalho, educativos ou rapidamente, os grandes centros urbanos acabam se tornando
recreativos. É dessa forma que o ramo turístico movimenta a sinônimo de trabalho e estresse. Com isso, aumentou a busca por
economia local. Segundo Oliveira (2019) o setor representa 7,9% do locais em meios rurais, onde as pessoas procuram por tranquilidade,
PIB nacional e é responsável por 6,59 milhões de empregos. conexão com a natureza e com o meio ambiente, dessa forma
Em âmbito nacional o turismo é considerado rico, ocorreu um desenvolvimento no setor que hoje é conhecido como
considerando a extensão territorial, sua diversidade biológica, “ecoturismo”.
Segundo o Ministério do Turismo et. Al. (2007 apud
cultural e climática. Organização Mundial do Turismo, 1999, p. 16), a
motivação e a conduta dos turistas se
A diversidade étnico-cultural, além de constituir- caracterizam, cada vez mais intensamente, pelo
se em fator ambiental favorável ao crescimento da seletividade ao escolher o
empreendedorismo, constitui-se em diferencial e destino, da sensibilidade pelo meio ambiente e
fator alocativo. O turismo é uma atividade cultura locais e pela exigência de qualidade da
exportadora, que gera divisas e retornos para a experiência.
2. REFERENCIAL TEÓRICO TCC I - Pousada Villa da Serra - Bom Jardim da Serra / SC | Beatriz C. Fidelis | Orientador: Maria Matilde Villegas Jaramillo 12
O ecoturismo é uma categoria do turismo voltada para a benefícios que a atividade pode gerar. Para tanto, essa prática
contemplação, atividades de lazer, esportivas ou educacionais no vem em prol da utilização e preservação da natureza de forma
meio natural de forma a preservar os patrimônios naturais e simultânea, despertando a consciência ecológica dos turistas
culturais do local visitado. Esse conceito cou denido em 1994 pelo através da interpretação e integração com o meio ambiente e a
Ministério da Indústria, Comércio e Turismo (MICT) e o Ministério do comunidade local.
Meio Ambiente e da Amazônia Legal (MMA), em conjunto com No Brasil, o ecoturismo vem crescendo desde meados da
representantes do Instituto Brasileiro de Turismo (EMBRATUR) e do década de 1980, com objetivo econômico. Por ser o país com maior
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais biodiversidade do planeta, distribuídas por diversos ecossistemas
Renováveis (IBAMA) (1994): distintos, gerou-se a necessidade de preservação do meio sem
perder o aspecto econômico gerado por tal atividade. O país
Um segmento da atividade turística que utiliza, de possui belas paisagens naturais, além disso, os aspectos culturais,
forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, costumes e tradições de cada região são marcantes e singulares, o
incentiva sua conservação e busca a formação
de uma consciência ambientalista através da que pode servir para a busca de uma convivência harmônica com
interpretação do ambiente, promovendo o bem- os recursos naturais, um dos anseios favoráveis aos praticantes do
estar das populações (MICT; MMA, 1994, p. 19).
turismo ecológico. (NEIMAN, 2005).
Além de conviver com a natureza esse método turístico
A partir da década de 70, segundo Ruschmann (2008), trás participação ativa dos visitantes, os mesmos podem praticar
foi quando a qualidade do meio ambiente começou a ganhar atividades ao ar livre, como trilhas, cavalgadas, ciclismo, tirolesa,
destaque no setor do turismo, já que a proteção do meio físico e como também podem desfrutar da cultura e gastronomia local.
sociocultural dos locais visitados sempre foi desconsiderada em
favor dos resultados econômicos apresentados. A mesma autora É nesse sentido que o ecoturismo se propõe a
oferecer ao visitante mais que uma mera
arma que o crescimento acelerado do turismo, a partir da década apresentação da natureza como espetáculo. O
de 50, provocou uma degradação de recursos turísticos em todo o que se propõe é oferecer experiencias interativas,
levar o visitante a participar do processo de
planeta. cuidar da natureza, de nutri-la, de acariciá-la e
Diante deste contexto, a busca por um modelo de confortá-la no processo de trocas recíprocas com
o ser humano. Não se propõe apenas o desfrute,
desenvolvimento que não degrade os recursos que constituem a o deleite de sua curiosidade, mas nutri-la de
base do turismo, tornou-se fundamental para potencializar os paixão, amor e compreensão (FILHO, 2005, p. 44).
No sul do Brasil o visitante é atraído tanto para o litoral constante evolução e desenvolvimento, a busca pela melhor
quanto para as regiões serranas, é dessa forma que a Serra hospedagem deve ir além de parâmetros estabelecidos, o
Catarinense é um grande potencial para o desenvolvimento do hóspede atualmente procuram por experiências, serviços
turismo ecológico. Os turistas procuram esses destinos em busca de exclusivos, comodidade e conforto, bem como arquitetura e bem
experiencias e tranquilidade, com o intuito de “fugir” da correria e estar.
estresse diário. A propósito, conforme salienta Santos et al. (s.d. apud
Bohdanowicz, 2005, p. 03).
2.3 MEIOS DE HOSPEDAGENS

[...] o desenvolvimento e bem estar da indústria
hoteleira nos destinos turísticos depende da
constante disponibilidade de recursos naturais,
sendo que o apelo natural é determinante para
A hospedagem é o seguimento mais importante do levar os turistas a esses destinos.
turismo, é através dela que os visitantes conseguem passar mais
tempo em determinado local, além disso os meios de hospedagens
No Brasil, a atividade no setor hoteleiro começou a se
reúnem um uxo de negócios para a execução de
desenvolver com a vinda de grandes redes hoteleiras internacionais
empreendimentos, bem como boa parte da mão de obra que
para o país, na década de 1970, mas teve uma demanda maior
presta serviços aos turistas, fazendo com que haja uma
com o desenvolvimento da tecnologia e meios de transportes após
concentração intensa de capital a sua volta.
a segunda Guerra Mundial (RIBEIRO, 2011). Atualmente a rede de
meios de hospedagens é bem consolidada, mas está em constante
A palavra hospedagem vem do latim e signica
hospitalidade, dada ou recebida, e também evolução. Segundo dados divulgados pelo Ministério do Turismo
aposento destinado a um hóspede. O termo (2019) o setor hoteleiro obteve um crescimento de diária média de
hospitalidade, também originado do latim, serve
para designar o bom tratamento oferecido a 7,2% em 2019. Já dados publicados em 2017 mostram que o país
alguém que se abrigue em casa (SANTOS et al., possuía 31.299 meios de hospedagens.
2005, p. 37).
Dentre eles os diversos tipos existentes, no quais são
classicados pelo Sistema Brasileiro de Classicação de Meios de
Dentro do ramo turístico, a hotelaria precisar estar em Hospedagem (SBClass s.d.):
Hotel: estabelecimento com serviço de recepção, Hotel Fazenda: localizado em ambiente rural,
alojamento temporário, com ou sem alimentação, ofertados dotado de exploração agropecuária, que ofereça
em unidades individuais e de uso exclusivo dos hóspedes, entretenimento e vivência do campo.
mediante cobrança de diária;
Resort: hotel com infraestrutura de lazer e

entretenimento que disponha de serviços de estética,
atividades físicas, recreação e convívio com a natureza no 2.4 NEUROARQUITETURA E DESIGN BIOFÍLICO
próprio empreendimento;
Cama e café: hospedagem em residência com no Para entender melhor sobre a forma como o ambiente
máximo três unidades habitacionais para uso turístico, com impacta e afeta o ser humano, surgem estudos sobre a
serviços de café da manhã e limpeza, na qual o possuidor do
neuroarquitetura. O termo nasceu da neurociência que foi
estabelecimento resida;
inicialmente desenvolvido pela Academy of Neuroscience for
Architecture (ANFA), onde neurociência se refere a:
Pousada: empreendimento de característica
horizontal, composto de no máximo 30 unidades habitacionais
Ciência que estuda o sistema nervoso, a
e 90 leitos, com serviços de recepção, alimentação e
organização cerebral, a anatomia e a siologia
alojamento temporário, podendo ser em um prédio único com do cérebro, além de sua relação com as áreas do
até três pavimentos, ou contar com chalés ou bangalôs; conhecimento (aprendizagem, cognição ou
comportamento), (RIBEIRO, 2017 s.d.).
Flat/apart-hotel: constituído por unidades

habitacionais que disponham de dormitório, banheiro, sala e O ambiente pode alterar o estado físico e mental do ser
cozinha equipada, em edifício com administração e humano através das emoções, segundo Ferreira (2019, apud
comercialização integradas, que possua serviço de recepção, RODRIGUES, 2019,n.p.) “o humor pode ser afetado, a concentração
limpeza e arrumação; e o desenvolvimento cognitivo do ser humano também, alguns
elementos podem ainda ativar a produção de adrenalina,
aumentando o nível de estresse e, consequentemente, diminuindo ao local. Para mais, a harmonização das cores em um projeto deve
o nível de concentração”, impactando diretamente na tomada de ser levada em conta, frisa o arquiteto Sebastião Lopes (LOPES 2019
decisão, criatividade, na atenção, na memória e no bem estar do apud RODRIGUES 2019).
indivíduo. Ainda Bencker (2019 apud RODRIGUES 2019, n.p.) explica
Sendo assim,“a neuroarquitetura pressupõe que o que “as cores azuladas e esverdeadas, por exemplo, estimulam a
ambiente tem inuência direta nos padrões mais primitivos de tranquilidade e são ideais para atividades que exigem foco e
funcionamento do cérebro que fogem da percepção consciente” concentração” podendo assim aumentar signicativamente o
(PAIVA , 2020, n.p.). rendimento de um estudante.
Dessa forma, para que o ambiente impacte Outro ponto importante é a utilização de elementos que
positivamente no usuário, o arquiteto tem um papel fundamental remetem a natureza dentro do ambiente. Atualmente alguns
ao projetar novos ambientes. Segundo a arquiteta Priscila Bencker estudos comprovam que o uso de imagens da natureza ou itens
(2019, n.p.) especialista em neuroarquitetura, é através dos sentidos que remetem a ela é eciente na recuperação de pacientes com
dos seres humanos que o impacto do ambiente físico e do entorno algumas doenças. Na Suécia, Ulrich mostraram aos seus pacientes,
ocorrem geralmente. após uma cirurgia de coração, folhas de papel em branco e folhas
com fotos da natureza, assim descobriram que pacientes que
observaram a imagem do meio natural tiveram sua pressão arterial
O ser humano tem diversos sentidos (audição,
tato, paladar, visual etc.) que identicam as mais baixa, menor frequência cardíaca e menos tempo de
informações do meio externo e levam para o recuperação (ULRICH, LINDEN, 1990 apud FAIA et al., 2019,
cérebro. A partir daí, essas informações – por meio
das relações que fazemos com as experiências tradução nossa). O mesmo autor ainda fala que estudos
de vida – criam determinadas sensações no comprovam que crianças que frequentam escolas com maior
cérebro e isso se reete no comportamento das
pessoas. (BENCKER, 2019 apud RODRIGUES 2019, número de árvores se desenvolvem melhor.
n.p.). Assim surge a biolia, um campo estudado pela
neuroarquitetura que mostra a necessidade de conexão do ser
Para isso, além do arquiteto se preocupar com a humano com a natureza. “O design biofílico busca satisfazer essas
sensação que o espaço deve causar ao usuário, é de suma adaptações inerentes à natureza na construção moderna do
importância o estudo sobre iluminação e ventilação natural ou ambiente e, ao fazê-lo, valorizar a saúde e aptidão física e mental
articial, confortos térmicos e acústicos proporcionados das pessoas”. (KELLERT, CALABRESE, 2015, p.22, tradução nossa).
É nesse sentido que se explica a busca cada vez mais Cores Naturais - Os humanos evoluíram
durante o dia a dia animal, e a cor sempre serviu
frequente por lugares isolados de grandes centros urbanos,
como um meio importante para localizar
geralmente ambientes rurais, pois as pessoas buscam por alimentos, água e outros recursos, bem como
facilitando o movimento e orientação. A
tranquilidade que muitas vezes apenas o meio natural pode
aplicação biofílica ecaz de cor deve geralmente
propor. favorecem tons suaves de "terra" característicos
de solo, rocha e plantas.
Para a aplicação da biolia no ambiente, alguns
aspectos devem ser levados em consideração. Os autores Iluminação - A experiência da luz natural é
explicam que o aparelho sensorial deve ser considerado e com isso fundamental à saúde e ao bem-estar humano,
possibilitando uma orientação para o dia, a noite
alguns pontos são citados a seguir: e as estações em resposta à localização do sol e
ciclos. Além da simples exposição, a luz natural
pode somar formas esteticamente atraentes por
meio da interação criativa de luz e sombra.
Plantas -A vegetação, especialmente as
plantas com ores, é uma das estratégias de maior
sucesso para trazer a direta experiência da Ar - A ventilação natural é importante para
natureza no ambiente construído. A presença de o conforto humano e produtividade. (KELLERT,
plantas pode reduzir o estresse, contribuir para a CALABRESE, 2015, p.14,15,16, tradução nossa).
saúde física, melhor conforto e melhorar o
desempenho e a produtividade.
Com isso a pousada que será proposta nesse trabalho
Materiais Naturais - Materiais naturais
podem ser especialmente estimulante, reetindo deve apresentar ambientes que integram o ser humano com seu
as propriedades dinâmicas de matéria orgânica habitat natural, para trazer melhor bem estar ao mesmo, além de
em resposta aos estresses e desaos de
contar com o design biofílico, já que a aplicação bem sucedida
sobrevivência ao longo do tempo. Construção
natural proeminente e materiais decorativos deste deve resultar em amplo aspecto físico, mental e benefícios
incluem madeira, pedra, lã, algodão e couro, comportamentais (KELLERT, CALABRESE, 2015). Ainda o mesmo
usados em uma ampla gama de produtos,
móveis, tecidos e outros designs de interiores e autor conrma que o usuário pode obter uma satisfação e
exteriores. motivação através da arquitetura biofílica, gerando menos estresse
e ansiedade, maior atenção e melhor interação social. Sendo
Água - A água é essencial para a vida e sua assim, o intuito é fazer com que os hóspedes sintam-se acolhidos e
experiência positiva presença no ambiente
construído pode aliviar o estresse, promover conectados com o meio, para que consequentemente estes sejam
satisfação e melhorar a saúde e o desempenho. atraídos para o local outras vezes.
2.5 SUSTENTABILIDADE energia e um terço dos recursos naturais; emite
um terço dos gases de efeito estufa; consome 12%
da água potável e produz 40% dos resíduos sólidos
urbanos. No viés social e econômico, contrata
Atualmente as discussões e debates sobre mundialmente 10% da mão de obra e o conjunto
das atividades de construção movimenta 10% do
sustentabilidade tornam-se de grande importância em qualquer PIB global (TAKAOKA, CRESTANA, s.d., p.8 apud
área da vida humana e se faz fundamental para garantir os UNEP, 2009, n.p.).
recursos naturais essenciais à vida terrestre. A maneira que os

recursos naturais são utilizados pelo homem para manter seu estilo
Sendo assim, é essencial que a construção civil altere
de vida atual torna-se preocupante, já que a mesmo aqueles
alguns de seus processos para que haja maior sustentabilidade a m
recursos que são considerados renováveis não conseguem
de preservar os recursos mundiais. Esse processo deve iniciar ainda
acompanhar e se adaptar rapidamente às ações humanas, o que
no planejamento do projeto, onde a arquitetura deve ser pensada
pode ocasionar na extinção da raça humana, assim como
de forma a impactar menos possível no meio inserido.
acontece com diversos animais.
Com isso surgiu no século passado o conceito de
A arquitetura sustentável é a continuidade mais
sustentabilidade, que cou denida pela Organização das Nações natural da Bioclimática, considerando também a
Unidas (ONU) como “o atendimento das necessidades das integração do edifício à totalidade do meio
ambiente, de forma a torná-lo parte de um
gerações atuais, sem comprometer a possibilidade de satisfação conjunto maior. É a arquitetura que quer criar
das necessidades das gerações futuras” (CREDIDIO, 2015 apud prédios objetivando o aumento da qualidade de
vida do ser humano no ambiente construído e no
ONU, s.d., n.p.). As discussões sobre o tema vêm aumentando e seu entorno, integrando as características da vida
podem ser identicadas em diversas áreas de atuação na e do clima locais, consumindo a menor
quantidade de energia compatível com o
sociedade atual. Na construção civil o termo vem ganhando conforto ambiental, para legar um mundo menos
atenção, pois usa em seu processo, recursos naturais não poluído para as próximas gerações (CORBELLA;
YANNAS, 2003, p. 17).
renováveis e ainda traz muitas vezes impactos ambientais
irreversíveis.
Conforme Mulfarth (2002) deve-se estabelecer metas
Segundo o conselho Brasileiro de Construção
Sustentável (CBCS), em números gerais, a para a construção ligadas a sustentabilidade e economia , onde
construção civil mundial demanda 40% da alguns itens são essenciais para vericar o ciclo de vida da
edicação, como analise do aumento de produtividade, também devem ser levados em conta, pois ajudam a diminuir
eciência energética, redução de consumo de água, redução de custos e reduzem o uso de energia não renováveis.
custos, exibilidade e durabilidade, além da garantia de conforto Além dos aspectos considerados, a construção precisa
dos usuários. Não é apenas no processo construtivo que o meio gerar menor custo, desde a etapa inicial até a utilização ao longo
ambiente é impactado, isso ocorre durante a vida útil e a na fase dos anos.
de demolição da edicação, onde resíduos não recicláveis podem
ser gerados.
Existem benefícios econômicos advindos da
utilização de edifícios com baixo impacto
ambiental. Deve-se ressaltar, porém que o bom
A dependência entre a edicação e o Ambiente desempenho ambiental deve ser visto
Natural inclui a óbvia implantação da edicação conjuntamente com o desempenho econômico,
em questão, a energia utilizada para a sua ou seja, nunca se deve adotar uma solução
construção e sua utilização, as emissões favorável ao meio ambiente que seja
causadas pelo consumo de energia na vida útil, e economicamente inviável, e vice versa. Os
a consequência das atividades humanas no meio fatores ambientais e econômicos sempre devem
ambiente em questão[...]Em uma análise mais andar lado a lado (RMI,1998, p.423).
ampla, os impactos da construção não estão
relacionados somente com as consequências
imediatas, mas sim, com todas as inter-relações
que derivam da sua utilização, reutilização e
Desse modo, a arquitetura pensada de forma
eventual reciclagem (YEANG, 1999, p. 133 apud consciente e sustentável tende a diminuir os custos e melhorar o
MULFARTH, 2002, p.112).
conforto dos usuários gerando uma melhor qualidade do meio
ambiente inserido.
A mesma autora sinaliza que a escolha dos materiais
deve ser considerada pelos prossionais da área, observando os
seguintes parâmetros: processo de fabricação, utilização e pós
utilização. Alguns materiais como a madeira, tem maior vantagem
ambiental por absorver CO2 existente na atmosfera, já o aço
apesar de utilizar bastante energia na sua produção ele é um
material extremamente reciclável e pode passar por esse processo
diversas vezes (RICHINNI, 2015). A iluminação e ventilação natural
3.0 referenciais
PROJETUAIS
3.1 HOTEL CARMEL - TAÍBA 3.1.1 Acessos e Circulações
Figura 02- Implantação com marcação de acessos e circulações gerais

Área: 12.000m² Arquitetura: Marcelo Franco
01 - Restaurante
Arquitetos 02 - Bangalôs / apartamentos
Ano: 2020 03 - Spa
Paisagismo: Hanazaki 04 - Recepção
05 - Bloco Serviços 02 02 02 02
Localização: Praia da Taíba - Paisagismo 06 - Carga e descarga
São Gonçalo do Amarante / 07 - Estacionamentos 01
CE - Brasil Interiores: Felipe Petrovsky 08 - Área Comum /

piscina
Figura 01 - Localização
02
08
02
03
04
02 02 02 02 02
Fonte: Google - Adaptado pela autora. 02 02 02 02
05
Conforme informações do site Archdaily o hotel Carmel 07
06
Taíba foi nalizado no ano de 2020 e ca localizado na praia da
Taíba no Ceará, inserido em meio a natureza exuberante da beira
mar local. Fonte: Site Archdaily - adaptado pela autora.
O complexo conta com restaurante, bangalôs com LEGENDA
Rua Cap. Inácio Prata Circulação Vertical Acesso veículos
piscinas privativas, apartamentos, áreas de serviços e espaços de Circulação Linear Estacionamento Acesso serviços
Circulação Linear Acesso pedestres à praia Acesso pedestre
lazer, que somam aproximadamente 12.000m² de área.
3. REFERENCIAL PROJETUAL TCC I - Pousada Villa da Serra - Bom Jardim da Serra / SC | Beatriz C. Fidelis | Orientador: Maria Matilde Villegas Jaramillo 21
O acesso por veículo é feito pela Rua Cap. Inácio Prata, administrativo e serviços. Há uma recepção com uma área
em Taíba (gura 02) onde possui um estacionamento para clientes administrativa e uma área social de estar. O restaurante possui em
e um acesso exclusivo de serviços, com ponto de carga e sua maior parte áreas de uso comum, com uma pequena área de
descarga. Para pedestres o acesso pode ser feito por um portão na serviços. Já os apartamentos são todos privativos (gura 03). Existem
mesma rua que leva até a recepção ou então através do 10 modelos de apartamentos e bangalôs, todos com cama de
estacionamento. Há também um acesso exclusivo do resort até a casal, sala de estar, banheiro privativo e uma piscina integrada.
praia, privativo apenas para hóspedes. A circulação na área Alguns ainda permitem acomodar até 4 pessoas.
externa das edicações é feita através de decks de madeira ou
caminhos com pedras e são caracterizadas pela circulação linear. Figura 03 - Implantação com setorização dos espaços
Há também circulações difusas que podem ser feitas através do 01 - Restaurante
02 - Bangalôs / apartamentos
gramado ou na areia, para aqueles turistas que preferem maior 03 - Spa
04 - Recepção / Adm
contato com a natureza. 05 - Bloco Serviços 02
06 - Carga e descarga
O terreno possui leves desníveis, e algumas edicações 07 - Estacionamentos
01
são elevadas do chão, para isso criaram-se escadarias e uma única 08 - Área Comum /
piscina
rampa que leva até a escadaria de acesso a praia, feita com LEGENDA
Área Social
gramado no próprio terreno. 08 02
Área Privativa
Já nas edicações (gura 02), há predominância de Área de Serviços
circulação linear, se diferenciando principalmente no restaurante
02
onde existe circulação difusa entre as mesas.
03
A maioria dos apartamentos possuem 2 pavimentos,
contando assim com uma escada interna.
02 04
02
02
3.1.2 Denição dos Espaços
05
06 07
O Hotel conta com um edifício destinado ao setor Fonte: Site Archdaily - adaptado pela autora.
3.1.3 Linguagem Arquitetônica Figura 06 - Fachada
O Resort possui uma linguagem arquitetônica

contemporânea que se releva através dos materiais utilizados
como a pedra, o concreto, a madeira, e também pelo formato
escolhido. As edicações são de dois pavimentos (gura 06) com
volumetrias bastante horizontais, seguidas por linhas retas e
marquises bem demarcadas (gura 04). Algumas áreas recebem
maior destaques com elementos verticais quase que monumentais
que cortam a horizontalidade e demarcam os espaços, como é o
exemplo do acesso principal dos hóspedes, mostrado na gura 05.
Fonte: Site Archdaily - 2021.

Figura 04 - Área Comum Figura 05 - Hall de acesso
3.1.4 Materialidade e Sistema Construtivo
A construção foi feita em alvenaria convencional e

materiais naturais como pedras e madeira na composição, sistema
escolhido pelo escritório Marcelo Franco Arquitetos.
Fonte: Site Archdaily - 2021. Fonte: Site Archdaily - Acesso 2021. Para compor com os materiais escolhidos, o paisagismo
incluiu vegetação nas coberturas dos bangalôs, fazendo proveito
Os elementos arquitetônicos não possuem simetria, mas do formato das coberturas em lajes planas, esse sistema construtivo
há uma concordancia visual entre eles, que juntos formam uma é bastante ecaz e sustentável.
arquitetura hamônica. A tonalidade das tintas revela cores neutras que deixam
o destaque para o verde da vegetação e o azul das águas e do 3.1.5 Relação do Edifício com o Entorno
céu. Para dar uma sosticação maior, foram utilizadas esquadrias
em alumínio na cor preta. Existem alguns paredões de pedras,
principalmente nas áreas comuns que servem para demarcar o Para obter maior integração do usuário com a natureza,
ambiente, o mesmo é usado também próximos da piscina (gura presou-se pelas escolhas de materiais locais e naturais utilizados
07), onde a pedra natural contrastando com o azul esverdeado da dentro dos ambientes, madeira nas paredes e piso de pedra. No
água lembra a natureza em sua naturalidade. projeto também criou-se grandes janelas que fazem o fechamento
de paredes, elas trazem iluminação natural ao ambiente, além de
Uma mescla entre revestimentos de pedras proporcionar ao usuário uma relação maior do interior com o
vulcânicas e pedras da região, em texturas tanto
exterior.
polidas quanto brutas, com paginações
geométricas ou encaixes mais naturais e uma O projeto se encontra integrado na paisagem local já
paleta de muitas nuances, dos tons minerais mais
quentes aos mais escuros. (HANAZAKI,2020, apud
existente (gura 09). A beira mar é composta por barreiras de
ARCHDAILY, 2020, n.p.). pedras, que formam linhas e formatos naturais, e para abraçar isso a
piscina foi executada em formatos orgânicos, ela é uma “ampla
A madeira é outro elemento natural bastante explorado piscina comum, de formas orgânicas, se abre para a vista do mar,
nesse projeto (gura 08) trazendo aconchego e harmonia na cujo horizonte se unica com a linha da borda innita, por onde a
composição dos materiais, ela aparece nos decks externo, no forro água transborda” (HANAZAKI,2020 apud ARCHDAILY, 2020, n.p.).
e nas paredes internas dos quartos, além de se mostrar presente na O restaurante recebe duas lajes horizontais que são
fachada através dos ripados. separadas por pilares e ganham o fechamento por folhas de vidro e
esquadrias em alumínio preto, ele também está integrado com a
Figura 07 - Área externa com piscina Figura 08 - Interior bangalô piscina e um espaço de fogo de chão, é nesse contexto que se
pode presenciar o nascer e o pôr do sol. Esse conjunto funciona
muito bem para espaços comuns onde se recebe bastante
iluminação e ventilação natural, permitindo maior permeabilidade
visual que liga o interno com a paisagem externa. Sendo assim, “a
união entre a natureza e os elementos arquitetônicos desperta
Fonte: Site Archdaily - Acesso 2021. Fonte: Site Archdaily - Acesso 2021. sensações aos cinco sentidos e surpreende com suas vistas
deslumbrantes” (SITE CARMEL HOTEIS, 2021, n.p.). poderia provocar um aumento na temperatura interna diminuindo
Em relação as edicações existentes no local, a maioria o conforto térmico.
são residenciais e foram construídas em alvenaria convencional, o Outro ponto relevante no projeto é a utilização do
gabarito predominante é de até dois pavimentos, sendo assim as telhado verde (gura 09), um sistema construtivo aplicado nas
edicações do resort estão em harmonia com o entorno seja no coberturas que que serve para diminuir a passagem de calor
sistema construtivo ou no gabarito escolhido, elas também estão externo para dentro do ambiente, ou seja, com a vegetação na
cercadas por muita vegetação, o que esconde um pouco os cobertura é possível que haja maior economia de energia
blocos de concretos construídos. diminuindo o uso de aparelhos refrigeradores de ar, conseguindo
trazer maior conforto térmico ao usuário naturalmente.
Já no paisagismo, os diversos pontos de espelho d'água
3.1.6 Conforto Ambiental e a vegetação escolhida ajudam a diminuir a temperatura externa,
trazendo sombra e refrescando o meio através da evaporação da
água.
Não se encontra muitas informações sobre alternativas
sustentáveis aplicadas no projeto. Mas relacionado ao conforto do
usuário dentro do ambiente pode-se notar alguns itens.
3.2 HOTEL FASANO LAS PIEDRAS
A utilização da madeira, muitas vezes em ripas, que
auxiliam na absorção da
Figura 09 - Cobertura verde Área construída: 43.000m² Localização: Punta Del Este,
acústica do local. Para escolher
Uruguai
paredes em fechamento de Ano construção : 2010
Arquitetos: Isay Weifeld +
vidro, o arquiteto optou por Ano ampliação : 2016 Carolina Proto
aumentar o tamanho das Figura 10 - Bangalôs - Fasano Las Piedras

marquises trazendo sombra ao
local, permitindo a entrada de
luz natural, mas bloqueando a
passagem exagerada do sol
para dentro do ambiente, que Fonte: Site Archdaily -Acesso 2021. Fonte: Site Archdaily - Acesso 2021.
Figura 11 - Localização o estacionamento, e distribui as pessoas para a recepção.
Os edifícios são dispostos no terreno onde as circulações
entre eles podem ser feitas com carros de golfe disponibilizados
pelo hotel, em ruas com pedriscos em formas orgânicas.
Figura 12 - Acessos e circulações no terreno
01 - Restaurante Fasano
02
02 - Bangalôs
Fonte: Google - Adaptado pela autora. 03 - Spa
04 - Espaço p/ eventos
05 - Recepção e
06 02
restaurante Las Piedras
06 - Bar e Piscina
De acordo com as informações do site Archdaily, o hotel 04 07 - Quadras de Tênis
08 - Serviços
Fasano Las Piedras (gura 10) foi projetado pelo escritório de 05
03
09 - Estacionamento
01
arquitetura Isay Weinfel, e construído no ano de 2010 em Punta
09
07
delEste, no Uruguai (gura 11). Em 2016 o mesmo passou por uma
ampliação, projetada pela arquiteta Carolina Proto. 08
No terreno já possuía uma casa e um anexo erguido LEGENDA

Estacionamento
Acesso veículos
compedras naturais pelo dono e antigo morador do terreno. Para Acesso serviços Camino del
Acesso pedestre Cerro Eguzquiza Eguzquiza
del Cerro
Camino
manter a história e a arquitetura presente, os arquitetos resolveram Acesso pedestres à praia Circulação linear
Fonte: Site Archdaily - Adaptado pela autora.
preservar a casa e o anexo, atribuindo um novo uso para ambos.
Dentro dos edifícios a circulação predominante é linear

3.2.1 Acessos e Circulações onde são delimitadas por paredes ou mobiliários. Nos restaurantes
existem ainda circulações difusas e lineares entre as mesas (gura 13
e 14). Nos bangalôs e no SPA (gura 15, 16 e 18), esse tipo de
O acesso principal ao empreendimento é feito pela via circulação acontece apenas nas áreas de estar.
Camino del Cerro Eguzquiza (gura 12), que é uma rua Mesmo existindo circulação difusa entre as mesas dos
pavimentada onde pode-se ver o portão da entrada que leva até restaurantes, algumas estão dispostas regularmente onde as
pessoas podem caminhar entre elas linearmente, sem precisar Figura 15 - Bangalô 120m² Figura 16 - Bangalô 80m²
fazer curvas ou desvios, essas
5m
Figura 13 -Planta baixa restaurante Fasano Figura 14 - Planta Baixa
Restaurante Las Piedras
11
0
11 12 13
01
15
06
01
08
07
11
02
04 14
10
03
Fonte: Site Archdaily - Fonte: Site Archdaily -
05
09 Adaptado pela autora. Adaptado pela autora.
0 5m
Fonte: Archdaily -
Fonte: Archdaily - Adaptado pela autora. Adaptado pela autora. Figura 17 - Planta baixa Piscina e Bar Figura 18 - Planta baixa SPA
LEGENDA 04 - Área Técnica 08 - Depósito Malas 12 - Recepção 01 - Bar 07 08 08 08

01 - Deck 05 - Depósito 09 - Cozinha 13 - Escritório 02 - Cozinha
02 - Salão de mesas 06 - Sala funcionários 10 - Restaurante 14 - Biblioteca 03 - Copa 08 08
03 - Cozinha 07 - Varanda 11 - Estar 15 - Hall 04 - Vestiários 04
05 - Sauna 05
03 05 06
03 05
01
Como o terreno possui alguns desníveis, foi necessário 02 04
02
elevar algumas edicações do chão, sendo necessário o uso de
rampas e escadas para acessá-las. Os bangalôs possuem dois 0 5m
01 08
acessos, um com rampa e outro com escada (gura 15 e 16). Fonte: Archdaily - Adaptado pela autora. Fonte: Archdaily - Adaptado pela
autora.
Na área da piscina e do bar o acesso é feito apenas por
LEGENDA
LEGENDA - gura 18
escadas, demarcado pela cor azul na gura 17, o que torna esta Circulação linear
05 - Escritório
01 - Sala Ginástica
Circulação Difusa 06 - Sala funcionários
parte do projeto não acessível a pessoas com mobilidade reduzida 02 - Recepção
Circulação Vertical 03 - Sauna Seca 07 - Piscina
ou deciência física. 04 - Sauna Úmida 08 - Sala tratamentos
3.2.2 Denições dos Espaços
Figura 19 - Implantação 11
O hotel conta com 20 bangalôs dispostos
individualmente pelo terreno com dois modelos de planta tipo,
09 10
ambas contam com terraço, área técnica, 03 12
dormitório, sala de estar, banheiro e 02

garagem, se diferenciando nas dimensões, 04 01 09
no layout dos espaços e na área de jardim

08 06
que possui apenas no bangalô maior. 01 - Recepção e 07 - Restaurante
05 Restaurante 08 - Espaço para eventos
Com a ampliação da obra em 02
02 - Bungalows 09 - Casas particulares
13 03 - Serviços 10 - Campo de Golf
2016, foi criado um espaço para venda de 04 - Quadra de Tênis 11- Centro Equestre
07 05 - SPA 12 - Praia Clube
vinhos e outros produtos, chamado de 06 - Bar e Piscina 13 - Locanda
Fonte: Site Fasano Las Piedras - Adaptado pela autora.

Locanda, também foram acrescentados mais 10 bangalôs que
possuem plantas que variam de 60m² a 120m².
Além da residência, existia no local também o anexo

Um local que se transforma em palco daqueles que atualmente abriga o restaurante Fasano, para este foram feitas
momentos cheios de história para contar. pouquíssimas intervenções, a arquitetura interna, como paredes,
Consolidado a mais de uma década, o
empreendimento se apresenta, agora, em fase pisos, forro, e janelas foram mantidas. Para contemplar todas as
de ampliação com novos únicos projetos necessidades do restaurante foi criado um novo espaço para a
(FASANO LAS PIEDRAS, 2021, n.p.).
cozinha e as áreas de apoio, além de um deck de madeirana área
externa.
Seguindo com o programa de necessidades (gura 19), O empreendimento também conta com esta-
o hotel possui um spa, um edifício para serviços, uma piscina com cionamento, quadras de tênis, centro equestre, campo de golfe,
bar e dois restaurantes. O restaurante Las Piedras foi localizado na espaço para eventos e uma ligação direta com a praia no Riverside
residência já existente no local, ela precisou ser remodelada e do Arroyo Maldonado. Também possui uma grande área de lotes
ampliada para abrigar também a recepção do hotel. para casas particulares. Segundo dados obtidos no site do hotel
Fasano Las Piedras, atualmente o empreendimento conta com Figura 23 - Setorização SPA Figura 24 - Setorização Bangalôs
novos projetos em áreas já planejada pelo arquiteto para futuras

LEGENDA
expansões. Área Social
Todo o empreendimento possui acesso semi-privado, ou Área Privativa

Área de Serviços
seja, é necessário autorização para entrar nas dependências do
hotel. As edicações e os ambientes são em sua maioria compostos 0 5m
por área social (gura 20, 21, 22 e 23). Existe também espaços de
serviços e áreas privativas, como por exemplo, os bangalôs (gura
24).
5m
Figura 20 - Planta Baixa Figura 21 - Restaurante
LEGENDA
0
Restaurante Fasano Las Piedras
Área Social Fonte: Site Archdaily - Adaptado pela Fonte: Site Archdaily - Adaptado pela
autora. autora.
Área Privativa
Área de
Serviços
3.2.3 Linguagem Arquitetônica
Os edifícios que compõem o hotel possuem volumes

0 5m
0 5m
bastante horizontais (gura 25 e 26), principalmente por
Fonte: Site Archdaily - Adaptado pela Fonte: Site Archdaily -
autora. Adaptado pela autora. contemplar, na maioria deles apenas um pavimento, sendo assim,
a horizontalidade e o concreto utilizado na construção
Figura 22 - Planta Baixa Restaurante Fasano
caracterizam a obra com uma linguagem arquitetônica
LEGENDA
contemporânea, já os outros materiais, como madeira e pedras
Área Social
trazem a característica rústica ao ambiente.
Área Privativa
As fachadas são bastante minimalistas, com grandes
Área de Serviços
Fonte: Site Archdaily - Adaptado pela autora. aberturas em lugares estratégicos. Contrastando com a
linguagem das edicações existentes, que são construídas de atualmente é o restaurante Las Piedras junto com a recepção, há
pedras e madeiras predominando o estilo rústico. Internamente a uma predominância maior de madeira, ela é utilizada no forro, nas
linguagem arquitetônica rústico, tradicionalista do local, esquadrias, no piso e nos móveis. Já Figura 27 - Interior
principalmente nas áreas comuns. no restaurante Fasano, a madeira se
mostra presente no chão e no forro,
Figura 25 -Fachada Bangalôs Figura 26 - Bar e Piscina mas o destaque se dá nas paredes
construídas com pedras naturais
(gura 27). Além das pedras e da
madeira,foi utilizado concreto
aparente, principalmente na
fachada dos bangalôs. No bar a
Fonte: Archdaily - Acesso 2021. Fonte: Archdaily - Acesso 2021.
escolha foi o aço corten para dar
acabamento a um container,
contrastando com o entorno. Fonte: Archdaily - Acesso 2021.
3.2.5 Relação do Edifício com o Entorno

“O cenário inspirou o antigo
proprietário a erguer, com as pedras do próprio
local, a sua casa e um anexo” (FRACALOSSI,
A construção foi inserida no terreno existente sem
2012, n.p.).
grandes alterações do espaço. Os arquitetos responsáveis,
optaram por inserir cada ambiente em edicações separadas
É seguindo esse conceito que o arquiteto propôs que as onde se ligam através de uma estrada, permitindo que todos os
outras construções tivessem uma linguagem e materialidade que espaços construídos tenham uma vista privilegiada da paisagem,
pudessem harmonizar com as edicações antigas. As duas além disso a disposição dos bangalôs não permite que uma suíte
construções já existentes foram construídas com materiais possa ver a outra, resultando maior privacidade para os hóspedes
tradicionais de Punta del Este, na casa do proprietário onde (gura 28).
O estudo detalhado do programa/cliente brieng ajudam na incidência de ventilação natural dentro dos ambientes.
levou à opção por uma implantação pulverizada Nos bangalôs essas foram posicionadas nos fundos e na frente para
das unidades que compõem o complexo,
que haja uma passagem do ar com maior facilidade. E para
concebidas e distribuídas como módulos
isolados, 'pousados naturalmente' sobre o trabalhar a insolação, as edicações possuem grandes marquises
terreno, como as próprias pedras – uma solução que além de servir como cobertura para uma área externa,
que visa evitar a construção de grandes prédios
ou volumes que interram demais na paisagem permitem entrada de luz natural sem que haja sol entrando
(FRACALOSSI, 2012, n.p). diretamente dentro dos ambientes.
De acordo com o web site ocial do Hotel (FASANO LAS
PIEDRAS, 2012), o fato das edicações serem dispostas individuais
Figura 28 - Bangalôs inseridos na paisagem
facilita e permite maior aproveitamento da ventilação e insolação
natural.
3.3 MAKENNA RESORT

Fonte: Archdaily - Acesso 2021.
Figura 29 - Localização
3.2.6 Conforto Ambiental
Para o conforto dentro dos ambientes, foi tratado

através dos materiais utilizados, o couro e a madeira por serem
materiais de origem natural, eles trazem aconchego aos hóspedes,
além disso, a madeira trabalha como um isolante acústico,
absorvendo um pouco do som dentro do ambiente evitando
reverberação.
Os edifícios ainda possuem diversas aberturas que Fonte: Google - Adaptado pela autora.
O projeto foi implantado entre as palmeiras (gura 30),
Área construída: 6.700m² Arquitetura: Drucker Arquitetos
Associados onde foi implantado um clube central com restaurantes e áreas
Área do terreno: 500.000m² comuns, com piscina em frente e espaços de lazer e estar. O Resort
Construção: Polis Projetos e
possui ainda 16 bangalôs, 2 casas, um Spa e um espaço de serviços,
Ano: 2010 Consultoria
que cam dispostos no entorno.
Localização: Itacaré - BA - Brasil
3.3.1 Acessos e Circulações

Segundo informações retiradas do site Archdaily o resort
ca localizado entre as cidades de Ilhéus e Itacaré, no estado da
Bahia. O projeto foi inserido entre a Mata Atlântica, em uma área
Figura 31 - Implantação LEGENDA
com diversas palmeiras nativas e próxima ao mar. “A área é uma RODOVIA BA-001 01 - Bangalôs
reserva orestal protegida por entidades como a Unesco e o 02 - Estar /
Restaurante
Ibama, sendo um alvo de severas restrições construtivas” 03 - Casas
04 - Serviços
(ARCHDAILY, 2020, n.p.).
05 - SPA
06 - Praia / areia
07 - Placa
Figura 30 - Fachada 05 Fotovotaicas
07 04
01
01
02
03 01
LEGENDA Acesso veículos Estacionamento

Acesso pedestre Acesso serviços Rodovia BA-001
Fonte: Archdaily - Adaptado pela autora. Fonte: Archdaily - Adaptado pela autora.
O acesso ao local para veículos se dá unicamente pela A construção possui apenas um pavimento, então a
rodovia BA-001, para acessar ao resort o veículo passar pelo portão circulação interna é em sua maioria horizontal e linear (gura 33,34
de entrada e se direciona até o estacionamento do hotel por meio e 35), tendo circulações verticais apenas nos acessos dos edifícios.
de uma rua de chão batido. O acesso de pedestre pode ser feito A maior parte das circulações são marcadas por paredes, nas
pela orla ou pelo mesmo acesso de veículo (gura 31). áreas comuns a circulação se caracteriza por ser difusa.
O terreno possui um leve desnível natural (gura 32), com
isso a edicação ca elevada do solo. Figura 34- Planta Baixa Resort Figura 35- Bangalô Duplo
Sendo assim o acesso

Figura 32 - situação 06
02 02
03 04 04 04 04
principal é feito através de
03 04
escadas, as rampas são utilizadas 01 04
04
apenas nas unidades de uso
comum e em um dos modelos de
bangalôs, não sendo totalmente
05
acessível a pessoas com algum 0 5m 10m
Fonte: Archdaily - Adaptado
tipo de deciência ou mobilidade Fonte: Archdaily - Adaptado pela autora. pela autora.
Fonte: Archdaily - Adaptado
pela autora. física reduzida. LEGENDA
01 - Recepção 03 - Sauna 05 - Piscina Circulação Linear
02 - Vestiários 04 - Sala tratamento 06 - Depósito Circulação Difusa
Circulação Vertical
Figura 33 - Planta baixa restaurante e administrativo
LEGENDA
01 - Restaurante
01
02 - Bloco 3.3.2 Denição dos Espaços
02 Administrativo
03 - Salão de mesas
04 - Estar
A obra é composta por edifícios dispostos no terreno

03 04
conforme a vegetação já existente. Dois são de uso comum,
caracterizados na imagem 36 como área social, ou seja, o
Fonte: Archdaily - Adaptado pela autora. restaurante, o SPA e os serviços oferecidos pelo Resort.
Figura 36 - Setorização dos espaços 3.3.3 Linguagem Arquitetônica
O conceito do projeto era se enquadrar entre os vazios

05
07
04 da vegetação existente, onde pode ser observado na gura 37.
O estilo predominante é contemporâneo, este possui
algumas características que evidenciam o projeto, como o
01 concreto, que traz rigidez, horizontalidade (gura 38) e
01 demarcação volumétrica se contrapondo com a natureza.
02
Mônica Drucker explica que a horizontalidade foi escolhida para
01 contrastar com as vegetações bastante verticais (DRUCKER apud
03
VICTORIANO 2015).
Figura 37 - Obra inserida na vegetação

Fonte: Archdaily - Adaptado pela autora.
LEGENDA Área Social 01 - Bangalôs 05 - SPA

Serviços 02 - Estar / Restaurante 06 - Praia / areia
Administrativo Área Privativa 03 - Casas 07 - Placa Fotovotaicas
04 - Serviços
Outro bloco consta com serviços administrativos do Fonte: Site Galeria da Arquitetura -Acesso 2021.
local, demonstrado na gura 36 com a cor azul. Já os 16 bangalôs,
Figura 38 - Fachada Makenna Resort
são privativos para os hóspedes onde cada um possui um
dormitório, área de estar e banheiro.
Existem ainda duas residências de uso particular dos
proprietários. A ligação dos blocos se dá em meio a natureza com
circulações de chão batido e paisagismo, através de traçados
orgânicos. Fonte: Archdaily - Acesso 2021.
No interior a predominância por espaços minimalistas se A arquitetura conta com materiais naturais como a
mostra nas áreas comuns e também nos bangalôs (gura 39), onde pedra moledo típica da região e a madeira nas aberturas (gura 41)
foram priorizados poucos elementos decorativos, mas com grande que transmitem sensação de conforto ao usuário. O vidro também
importância. Os espaços possuem obras de artistas plásticos e foi escolhido para trazer permeabilidade visual entre o ambiente
elementos de arte Africana (gura 40) (VICTORIANO, 2015). interno e externo.
Além disso, foi utilizado o concreto e bras de carbono
Figura 39 - Interior Bangalô Figura 40 - Interior áreas comuns
para a estruturação da construção, principalmente nas lajes, para
tornar um material com maior resistência ao desgaste da maresia.
As lajes foram elevadas do solo aproximadamente 70cm,
no clube central existem pilares espaçados e pontuais no formato
circular (gura 42) que seguram uma segunda laje que forma a
cobertura, para isso foi utilizada uma laje nervurada com
Fonte: Site Galeria da Arquitetura - Fonte: Site Galeria da Arquitetura - poliestireno expandido para deixar a cobertura mais leve,
Acesso 2021. Acesso 2021. conseguindo vencer o grande vão, resultando assim em terraços e
grandes balanços.
Figura 41 - Fachada Bangalô Figura 42 - Área Comum
A predominância por concreto aparente é visível no

projeto, a arquitetura optou por utilizar materiais que se diferenciam
das edicações locais.
“Optamos por uma arquitetura marcadamente

de concreto, que é o oposto do que se faz na
região. Estruturalmente, são placas paralelas
horizontais, apenas separadas do piso. Elas
contrastam com as palmeiras verticais, espécie Fonte: Site Galeria da
Fonte: Site Galeria da
arbórea predominante no terreno” (DRUCKER Arquitetura - Acesso 2021.
Arquitetura - Acesso 2021.
apud VICTORIANO, 2015, n.p.).
3.3.5 Relação do Edifício com o Entorno arquitetônica tradicional da região sem muita preocupação com o
entorno inserido. Com isso, o projeto do resort optou por ter maior
relação com a natureza do que com as edicações vizinhas, visto
Por ser uma área de reserva ambiental protegida pela que o mesmo está cercado por vegetação.
Unesco e pelo Ibama, próxima a faixa de mata atlântica e na beira Toda a edicação se encaixa na paisagem, o formato
mar, precisou de cuidado redobrado na hora da concepção do retangular com grandes esquadrias são ênfase ao visual externo,
projeto. Sendo assim, o projeto foi pensado e inserido na paisagem enquadrando a natureza como obra de arte. A arquitetura permite
de forma a impactar o menos possível o visual e ainda ser permeabilidade visual tanto da mata atlântica que ca nos fundos
sustentável ao ambiente, a arquiteta responsável conta que “ao quanto do mar que está à frente, pois a área comum possui uma
invés de escravizar a natureza, as construções dramatizam ainda cobertura linear sem fechamentos laterais que faz a ligação do
mais a paisagem, enquadrando e revelando contornos e cenários restaurante ao spa, (gura 44) formando assim um espaço de
não usuais” (ARCHDAILY, 2020, n.p.). convívio para os usuários obterem maior relação com o entorno
As edicações mais próximas do local possuem no inserido. Assim também ocorre com os bangalôs, todos estão
máximo dois pavimentos (gura 43), com uma linguagem dispostos de forma a obter uma vista do mar.
Figura 43 - Entorno Figura 44 - Pátio interno
Fonte: Google Maps - Acesso 2021. Fonte: Site Galeria da Arquitetura - Acesso 2021
3.3.6 Conforto Ambiental e Sustentabilidade fotovoltaicas para a geração de energia elétrica. Existe também
um sistema de esgoto que devolve a água utilizada para o meio
ambiente já tratada através de biodigestores.
Neste projeto foram adotadas diversas soluções para
trazer sustentabilidade e conforto ao usuário, devido ao clima
Figura 45 - Interior Bangalô Figura 46 - Venezianas fechadas
quente e úmido da região.
O clima pedia sombra. Pedia um guarda-sol, e foi

simplesmente isso que zemos. (...) Todas as
formas de vedação e fechamento são para
atender as condições necessárias para dormir, ter
sombra e ter escuridão (OTERO, 2015 apud
VICTORIANO, 2015, n.p.).
Fonte: Site Galeria da Arquitetura - Acesso 2021.
A proposta de elevar a laje do chão cerca de 70cm do Figura 47 - Pátio interno

solo, possibilita a passagem de ventilação natural evitando
umidade ascendente. Além disso, o material utilizado na laje
juntamente com poliestireno expandido (EPS) ajudam no conforto
térmico, segundo a arquiteta responsável Mônica Drucker (2015),
esse sistema pode diminuir aproximadamente 15 a 20 graus a
temperatura interna do ambiente.
Para facilitar a ventilação cruzada nos ambientes, o
projeto conta com aberturas na frente e nos fundos da edicação
(gura 47), com venezianas de madeira que podem ser
controladas e permitem a regulagem do uxo de ar (gura 45 e 46).
Para geração de energia sustentável, a edicação
possui um gerador que é alimentado através de placas Fonte: Site Galeria da Arquitetura - Acesso 2021.
4.0 DIAGNÓSTICO DA
ÁREA
4.1 LOCALIZAÇÃO DA ÁREA Bom Jardim da Serra é uma pequena cidade com uma extensão
territorial de 938,516 km². Já o censo de 2010 arma que o local
possui uma população de 4.395 pessoas com estimativa de ter
Situada no município de Bom Jardim da Serra no estado 4.772 em 2020.
de Santa Catarina (gura 50) , a área escolhida para a proposta do
projeto ca no alto da Serra do Rio do Rastro, a uma distância
4.3 DADOS FÍSICOS
aproximada de 6km do centro da cidade, 226km da capital,
Florianópolis/SC e, aproximadamente, 90km de Tubarão/SC.
Figura 48 - Bom Jardim da Serra - SC Limites: O município faz limites com Nova Veneza e
A Serra do Rio do
Siderópolis ao sul, Treviso, Lauro Muller, Orleans, a oeste,
Rastro ca situada em dois
Urubici ao norte e São Joaquim a leste. Ainda ca próximo de outras
municípios, parte dela
cidades serranas, como Urupema e Grão Pará.
pertence a Lauro Müller/SC,
Relevo: Com altitude de 1.282 metros, longitude de
o restante é de Bom Jardim
49.6247 e latitude de -28.3404, a cidade possui um relevo
da Serra/SC. A área
onduliforme e montanhoso, mas tem também superfícies planas e
delimitada para estudo tem
planaltos, isso se dá pelo fato de ter características serranas. Sendo
acesso pela Rodovia SC-390,
Fonte: Google - Adaptado pela autora. o terreno escolhido ca no assim ela faz parte da Associação dos Municípios da Região Serrana
planalto da serra, em uma área plana pertencente ao segundo (AMURES).
município citado acima. Clima: Assim como o Estado de Santa Catarina, Bom
Jardim da Serra possui um clima quente e temperado, mas
com temperaturas mais baixas no inverno, com mínimas de até -
4.2 DADOS GERAIS 10ºC, que pode até nevar nesse período, mas é um acontecimento
raro. Além disso o clima é bastante úmido durante o ano todo. Os
ventos predominantes vêm do Nordeste e do sul.
Bom Jardim da Serra / SC é uma cidade rural e faz Vegetação: A vegetação predominante é a Mata de
proveito de suas paisagens para tornar-se turística. Segundo dados Araucárias, os pinheiros de pinhais, e vegetação rasteira
do Instituto Brasileiro de Geograa e Estatísticas (IBGE, 2020), como pampas.
4.0 DIAGNÓSTICO DA ÁREA TCC I - Pousada Villa da Serra - Bom Jardim da Serra / SC | Beatriz C. Fidelis | Orientador: Maria Matilde Villegas Jaramillo 39
4.4 BREVE HISTÓRICO
A história da cidade se inicia por volta de 1870 com a chegada do gaúcho Manoel Pinto Ribeiro e seus lhos, onde caram
instalados na fazenda de Pelotas, assim foi crescendo o povoamento com outras famílias vindo para região (IBGE, 2017).
Com a necessidade de fazer caminho até o litoral para buscar produtos que chegavam no porto, foi criado uma trilha que
inicialmente foi chamada de Serra do Doze, mais tarde o nome alterou para Serra do Rio do Rastro que se mantém na atualidade.
A população de Bom Jardim da Serra possui diversas origens, mas os gaúchos do Rio Grande do Sul, foram os que mais
inuenciaram na cultura da cidade.
Quase cem anos depois da chegada da primeira família Bom Jardim possui características extremamente
gaúcha na região, em janeiro de 1969 Bom Jardim da Serra gaúchas, desde o estilo das vestimentas, o
consumo de chimarrão a eventos tradicionais de
ocializa-se como cidade (ZOLDAN, CAPPELINI, 2004). cavalgadas pela paisagem local, fato que
movimenta diretamente o turismo da região.
(ACORDI, 2017, p. 49).
4.4.1 Evolução Urbana
Os índios que abitavam A comunidade passou Uma empresa de O cabo aéreo foi Surge na cidade o primeiro A cidade tornou-se
a região já teriam aberto para o título de madeira, chamada de desativado pois gerador elétrico, com ponto turístico,
um caminho conhecido povoado, data que é Madeireira Gaúcha, insta concluiu-se a obra de c a p a c i d a d e d e pelos seus atrativos
como Serra dos marcada pela um cabo aéreo no alto da alargamento da abastecimento de até 800 naturais. E ainda
Tropeiros, os tropeiros construção da capela Serra do Rio do Rastro, que rodovia Serra Geral residências, esse está em constante
iam por esse caminho de Nossa Senhora do transportaria madeiras acontecimento gerou um crescimento.
até o litoral. Perpétuo Socorro. até o pé da Serra. ponto de visitações ao local.
XVIII 1905 1950 1964 2002 2021
1870 1921 1953 1967 2012
Inicio do vilarejo que se dá O povoado passa a Início das obras de Bom Jardim da Serra é É implantado o
com a chegada da família ser nomeado como alargamento da rodovia da desmembrado de São Joaquim Parque Eólico na
gaúcha na região. Vila Cambajuva. Serra Geral, durante esse e se ocializa como cidade, no cidade de Bom
Abertura da trilha que mais período os tropeiros faziam dia 29 de janeiro, ocorrendo Jardim da Serra,
tarde tornou-se a Serra do o caminho pela Serra do sua instalação no dia 05 de contendo 62 torres de
Rio do Rastro. Cabo Aéreo. março do mesmo ano. geradores eólicos.
4.5 ECONOMIA asfaltada e iluminada, com Figura 50- Mirante Serra do Rio do Rastro
curvas acentuadas, onde

possui um mirante com a
A base da economia do município se dá pela paisagem do caminho
agropecuária (gura 49), segundo dados obtidos através do serrano (gura 50), mas há
SEBRAE/SC (2010, p.34) em 2006 “a agropecuária contribuiu com também Cânions (gura 51 e Fonte: Google - Adaptado pela autora.
51%, a indústria com 9,5% e os serviços com 39,5% do PIB municipal”. 52) e cachoeiras (gura 53)
Figura 51- Cânions Laranjeiras
que chamam a atenção dos
Figura 49 - Valor Adicionado Bruto (VAB) de Bom Jardim da Serra - 2006 visitantes.
18.967 Os meses que a
(R$ mil)
14.700
cidade mais recebe visitante
6.304
3.538 1.827 são entre abril e setembro,
Agropecuária Indústria Serviços Adm. Pública Impostos Fonte: Site Cânions das Laranjeiras
pelo fato de o clima da região
Fonte: SEBRAE/SC, 2010, p.34. (Acesso em 2021).
esfriar bastante, também por
Figura 52 - Mirante Serra do Rio do Rastro
ser época da colheita de
É uma cidade que está em desenvolvimento, apesar da
maçã, pinhão, entre outras
agropecuária ser a base das atividades presente no local, o turismo
atividades agrícolas que
é uma área que vem crescendo e aumentando seu potencial,
deixam os turistas mais
principalmente pela busca dos turistas por paisagens rurais.
próximos da vida rural. Mesmo
Fonte: Google maps (Acesso em 2021).
com as potencialidades
Figura 53 - Cascata Barrinha
naturais que o município
4.6 TURISMO possui, o turismo na região
ainda carece bastante de
investimentos e lugares
A cidade é conhecida pelas suas paisagens
apropriados para sua
exuberantes e pelo seu principal atrativo, a Serra do Rio do Rastro,
valorização.
Fonte: Giovane Hoffelder - 2019
que em apenas 12km sobe 1.450m de altitude, numa estrada (Google maps).
4.7 INFRAESTRUTURA 4.8 LAZER
- Abastecimento de água: O sistema de Bom Jardim da Serra possui uma potencialidade para
abastecimento de água é administrado e operado atividades realizadas ao ar livre. Existe na região a prática por trilhas
pela Companhia Catarinense de Águas e e também descidas com tirolesa. Há também atividade
Saneamento (CASAN) que possui uma lial em Bom relacionada a pesca.
Jardim da Serra/SC e consegue fornecer água para Dentre os locais públicos de lazer, pode-se citar a praça
todo o município (BEILFUSS et al, 2011, p. 46); central e o salão de festas na igreja matriz, além de outras praças
públicas e campos de futebol. A maioria possui mobiliários que
- Coleta de lixo: Realizada pela prefeitura municipal
necessitam de manutenção.
que faz a terceirização de uma empresa
especializada;
- Rede de esgoto: O município não possui um sistema 4.9 EQUIPAMENTOS URBANOS

de rede de esgoto sanitário com coleta e tratamento
do mesmo, sendo assim o esgoto é disposto em fossas
A cidade de Bom Jardim da Serra possui uma grande
sépticas;
área territorial constituída por fazendas privadas, predominando os
- Rede Telefônica: A rede telefônica ca a cargo da vazios urbanos. Na área central do município, a maior parte das
empresa de telecomunicações Oi; edicações são de usos residenciais, contendo alguns comércios e
edicações institucionais.
- Fornecimento de energia: O fornecimento de
Na área urbana contém 3 escolas, uma escola de
energia é feito pela empresa Central de Elétrica de
educação infantil chamada Escola de Educação Infantil Elisa Rosa
Santa Catarina (CELESC);
de Carvalho, uma escola municipal denominada Escola de
- Transporte Público: Existe uma linha de ônibus, da Educação Básica Municipal São Gerônimo que atende os alunos
empresa Nevatur, que transita de Criciúma/SC até do interior. E uma terceira escola, com dependência estadual,
Lajes/SC, passando pelo município de Bom Jardim da Escola de Educação Básica Adolfo Martins. Essas ultimas atendem
Serra/SC (ASSUNÇÃO, 2018, p. 58). os alunos nos ensinos iniciais e médio.
Há ainda 8 igrejas, Figura 54 - Mapa com pontos de Figura 55 - Localização do terreno
hospedagens
dois pontos de policias, sendo
Terreno
hospedagens
um militar e outro estadual. A: 170.210,0m²
existentes Santa Catarina
Já os locais de Local da
hospedagem se encontram proposta
concentrados no centro da
cidade (gura 54), sendo que
próximo ao terreno escolhido
não possui muitas opções para Bom Jardim
da Serra
acomodar os turistas,
principalmente com
Brasil
variedades de atividades para
os meses mais quentes do ano.
Fonte: Google Maps -Adaptado pela autora
Fonte: Google Maps
- Adaptado pela autora.
4.10 TERRENO denominado Altos da Serra, ainda cerca de aproximadamente

5km está localizado o Parque Eólico Bom Jardim (gura 56). Ao
entorno imediato existem fazendas particulares sem edicações,
4.10.1 Localização e Acessos apenas com vegetações nativas e alguns animais.

O terreno possui um único acesso que é feito pela
rodovia pavimentada, SC-390, que corta o município de Bom
A área escolhida para a proposta ca na área rural do Jardim da Serra/SC ao meio.
município (gura 55), à aproximadamente 10km do centro da Para chegar até o local previsto para a locação da
cidade. Pousada Villa da Serra, existe um caminho em meio a vegetação
Nas proximidades pode-se encontrar o mirante da Serra rasteira criado por fazendeiros (gura 57), que servirá de
do Rio do Rastro, um grande cartão postal para a cidade, também demarcação para uma futura rua que proporcionará um fácil
possui o Rio do Rastro Eco Resort, um condomínio alto padrão acesso ao empreendimento.
Figura 56 - Pontos turísticos relevantes 4.10.2 Características Físicas do Terreno
Mirante Serra do Rio
do Rastro
Trilha do Cabo Aéreo
Como mostra a gura 58, o terreno possui limites que
Rio do Rastro Eco Resort
seguem o formato natural do local inserido. Apesar de estar
Condomínio Altos da Serra
localizado na Serra, o terreno possui um relevo predominante plano,
Parque Eólico Bom Jardim
com leves desníveis se
Serra do Rio do Rastro Figura 58 - Topograa e Vegetação
Rodovia SC-390
comparado ao entorno.
Área do Terreno
Uma das extremidades é
Direção à Lauro Muller
Direção ao centro de Bom LEGENDA

Jardim da Serra
Vegetação Existente
Fonte: Google Maps - Adaptado pela autora. Mata Atlântica
Terreno - 1.400m de altitude
Figura 57 - Pontos turísticos relevantes Curva de nível - 1.400m

Curva de nível - 1.300m
Curva de nível - 1.200m
Fonte: Google Maps - Adaptado pela autora.
marcada por um desnível fortemente acidentado onde não se

tem acesso e possui uma vegetação densa de mata atlântica, com
diversas vertentes de água.
O solo possui formações rochosas além de textura média argilosa,
com alto teor de matéria orgânica (Mafra, 2009, p.42 apud
ALMEIDA et al, 1999, n.p.).
LEGENDA
SC-390 Córrego de água A área escolhida para a proposta (gura 59 e 60) , não
Terreno Caminho existente possui vegetação de grande porte, apenas rasteiras. Segundo
Potter (2004), no planalto serrano predomina vegetação de oresta
Fonte: Youtube - Voo de Paratrike na Serra do Rio do Rastro, 2017. tropical altimontana.
Adaptado pela autora, 2021.
Figura 59 - Terreno Figura 60 - Terreno elevadas no verão, com bastante umidade durante o ano todo,
além de nebulosidade durante a manhã e a noite.
01
No Verão é comum que a neblina seja mais
02
constante em locais mais altos. É o caso da Serra
do Rio do Rastro, que vem registrando nevoeiros
intensos durante praticamente todos os dias do
mês de fevereiro. De acordo com o
01 02
climatologista do Climaterra, Ronaldo Coutinho,
a Serra é um degrau e quando o vento sopra do
Fonte: Acervo próprio, 2021. Fonte: Acervo próprio, 2021. Litoral para o interior, acaba batendo no
paredão e subindo. 'Na medida em que sobe, o
vento vai resfriando e quando chega no topo
forma a neblina. Se ele continuasse subindo,
É uma vegetação de ciclo contínuo, formaria uma chuva', explica Coutinho (LUDWIG,
caracterizado pelo fato de não perder as folhas, 2013 apud COUTINHO, 2013, n.p.).
permanecendo verde durante todo o ano. [...]
Caracteriza-se também pela coloração verde e
um tanto acinzentadas e pela abundância de
plantas epítas. Ocorre nas regiões das serras, em Figura 61 - Terreno
altitudes superiores a 1.000 metros, estando
concentrada principalmente nas imediações de
São Joaquim, Bom Jardim da Serra, Urubici, Bom
Retiro [...]. Nesses locais a nebulosidade é
constante por longos períodos do dia e
praticamente durante todo o ano, determinando
condições de extrema umidade ambiental
(POTTER et al, 2004, p. 36).
4.10.3 Condicionantes Ambientais

LEGENDA Insolação
SC - 390
Córrego de água
Ventos
predominantes Terreno
Como em todo o município, o terreno possui um clima

Fonte: Youtube - Voo de Paratrike na Serra do Rio do Rastro, 2017.
temperado, com temperaturas negativas no inverno e mais Adaptado pela autora, 2021.
4.11 LEGISLAÇÃO conhecida como o Código Florestal, da LEI LEI Nº 12.651, de 25 de
maio de 2012.
O pontos relevantes que se aplica nesse projeto será a
O terreno ca localizado em zona rural onde deve-se preservação das faixas marginais dos córregos, visto que o terreno
observar as leis que regem o município e as normas para a possui um córrego de água com largura menor de 10 metros,
construção que será proposta, porém o plano diretor municipal da também por ser em um planalto considera-se topo de montanha
cidade está em processo de desenvolvimento, dessa forma, não há será necessário um recuo de 100 metros da linha de ruptura do
nenhuma exigência vigente do município em relação aos terrenos planalto.
de área rural.
De acordo com a prefeitura (SMANIOTTO, 2021, n.p.), os Art. 4º Considera-se Área de Preservação
Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para
critérios utilizados na construção civil são os seguintes: os efeitos desta Lei:
I - as faixas marginais de qualquer curso d'água
Para edicações residenciais de até dois natural perene e intermitente, excluídos os
pavimentos, dentro do perímetro urbano deve- efêmeros, desde a borda da calha do leito
se respeitar os recuos nas laterais e no fundo de regular, em largura mínima de: (Incluído pela Lei
1,50m e 4,0 metros frontal. nº 12.727,de 2012).
a)30 (trinta) metros, para os cursos d'água de
Para edifícios, aceita-se térreo e mais quatro menos de 10 (dez) metros de largura;
pavimentos, utilizando a fórmula de altura H/8
quando os edifícios chegam a 8,00 metros ou
mais, respeitando o afastamento mínimo de 2,0 II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas
metros. Para garagens no pavimento térreo, é naturais, em faixa com largura mínima de:
permitido o uso de zero metros no recuo de
a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto
fundos.
para o corpo d'água com até 20 (vinte)
hectares de superfície, cuja faixa marginal será
Nos edifícios comerciais, aceita-se zero de de 50 (cinquenta) metros;
afastamento frontal, já nas laterais deve-se
aplicar 1,50m no térreo e 2,00m nos pavimentos
superiores. Esses podem receber marquises. VIII - as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a
linha de ruptura do relevo, em faixa nunca
inferior a 100 (cem) metros em projeções
Além das diretrizes dispostas pela prefeitura, por ser um horizontais.
terreno em zona rural será seguido a legislação ambiental
Ainda sobre os imóveis dispostos em área rural, o mesmo 4.12 SÍNTESES E POTENCIALIDADES
documento arma que estes devem possui uma Reserva Legal, ou
seja, uma área com conservação do bioma, da ora e da fauna da
Após a análise dos levantamentos realizados sobre a
região, que equivale a 20% da área.
região, conclui-se que o município dispõe de diversas
Assim como descrito pelo Código Florestal, de acordo
potencialidades turísticas, representadas por suas belezas naturais,
com o projeto de Lei Parcelamento do Solo (2020) também é
sua história e cultura.
obrigatório a reserva da faixa de solo no mínimo 30 metros em cada
Ele recebe investimento para potencializar o turismo
lado, quando possuir curso d'água de menos de 10 metros de
local, devido ao fato de estar inserido em uma região turística do
largura, como é o caso do terreno utilizado.
estado de Santa Catarina, porém ainda carece de infraestrutura
A mesma lei ainda propõe que o sistema viário a ser
de qualidade, equipamentos públicos adequados e incentivo ao
implantado deverá articular-se com as vias adjacentes integrantes
setor, além de existir poucas opções de hospitalidade, alimentação
do sistema viário ocial existente no Município.
e lazer no local.
Outro ponto relevante é fazer uma edicação acessível
O mesmo necessita de transporte público com
à pessoas com mobilidade reduzida ou deciência física, para isso
frequência, espaços públicos preservados, com áreas de lazer, e
será seguida a norma da ABNT NBR 9050 de acessibilidade a
pontos turísticos com diversidade de atividades como ferramenta
edicações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.
para alavancar o turismo regional.
Para organizar melhor o turismo brasileiro, o ministério do
Por isso a importância de criar um empreendimento no
Turismo (MTUR, 2010) classica as hospedagens através do Sistema
local, que tenha diversidade de atividades ecoturísticas onde haja
Brasileiro de Classicação de Meios de Hospedagem (SBClass).
o melhor aproveitamento das potencialidades naturais do
Para m desse trabalho será realizada uma pousada, que deve
município, priorizando a preservação ambiental e sustentabilidade.
seguir os seguintes requisitos:
Empreendimento de característica horizontal,

composto de no máximo 30 unidades
habitacionais e 90 leitos, com serviços de
recepção, alimentação e alojamento
temporário, podendo ser em um prédio único
com até três pavimentos, ou contar com chalés
ou bangalôs (MTur, 2010, p.07).
5.0 PARTIDO
ARQUITETÔNICO
5.1 CONCEITO 5.2 DIRETRIZES PROJETUAIS
O projeto irá partir da essência de despertar no usuário os A proposta seguirá as seguintes diretrizes que nortearão e
sentidos por meio da arquitetura e sua integração com a natureza. enriquecerão o projeto a ser desenvolvido:
Esse conceito surgiu da importância de interligar o ser humano com
a natureza e com seu interior, proporcionando através da Ÿ Desenvolver um projeto de uma pousada com variedade
arquitetura espaços e ambientes que instigam esses sentidos, de formas de hospedagens que possa atrair turistas para
permitindo que cada indivíduo tenha uma sensação do espaço apreciar as belezas naturais, a cultura e gastronomia do
que lhe traga conforto e bem estar. local.
As emoções trazidas pela arquitetura relevam ao Ÿ Propor atividades adequadas, incorporadas a pousada
cérebro de cada indivíduo determinadas sensações (gura 62), que fortaleçam a cultura, a valorização e a preservação da
que estão relacionadas a experiência de vida, sendo assim o intuito natureza local da Serra Catarinense. Como possibilidade
é garantir que a partir de novas experiências na pousada o de colheitas de maçãs, passeio de bicicleta pelo local,
hóspede relembre momentos agradáveis de sua vida. entre outros.
Ÿ Promover o ecoturismo e turismo cultural gerando um

Figura 62 - Os Sentidos
aumento da economia para o município em qualquer
época do ano, através de benefícios que atraem os
usuários em baixa temporada.
Ÿ Propor um local de descanso ao usuário que possa permitir

privacidade e conforto para aqueles que pretendem
apenas ter contato com a natureza.
Ÿ Utilizar materiais que remetam ao meio natural como a

madeira, a pedra natural e muita vegetação, trazendo
conforto e sensações positivas ao ambiente.
Fonte: Google imagens - 2021.
5.0 PARTIDO ARQUITETÔNICO TCC I - Pousada Villa da Serra - Bom Jardim da Serra / SC | Beatriz C. Fidelis | Orientador: Maria Matilde Villegas Jaramillo 49
Ÿ Fazer o melhor aproveitamento da paisagem local, de
Fraldário 01 4m²
forma que a arquitetura não se torne uma barreira visual e Adega 01 100m²
esteja conectada ao meio inserido. Bar 01 12m²
Preparo dos
Ÿ Utilizar sistema construtivo alternativo, diferente do Cocção 01 40m²
alimentos
convencional, que seja sustentável, com pouco Açougue Preparo de carnes 01 6m²
desperdício de materiais, que possa trazer mais rapidez a
Câmara Fria 01 6m²
construção gerando um custo benefício maior, como o Depósito de
Despensa seca 01 10m²
sistema modular de estrutura metálica. alimento
Depósito de
01 6m²
bebidas
Depósito
01 6m²
5.3 PRÉ DIMENSIONAMENTO utensílios
Lavagem de
01 10m²
utensílios
Pré Higiene 01 5m²
O programa de necessidades e pré-dimensionamento Hall serviços 01 5m²
Sala adm
apresentado a seguir foi baseado nos referenciais projetuais 01 10m²
restaurante
estudados no capitulo 3 deste trabalho, e também nas pesquisas Nutricionista 01 8m²
realizadas pela autora. DML 01 6m²
Copa
01 12m²
Funcionários
Tabela 01 - Pré dimensionamento restaurante Vestiário Feminino
2 15m²
RESTAURANTE - 1 UNIDADE Funcionários Masculino
Ambiente Descrição Quantidade Área Lixo interno 01 5m²
Hall 01 20m² Depósito de
01 6m²
Recepção + 01 25m² Caixas
espera Carga e
Externa 01 10m²
Salão Para 75 pessoas, 01 180m² descarga
no mínimo Central de gás e
Externa 01 15m²
Sanitários Feminino 2 cabines 10m² lixo
Masculino 2 cabines 10m² TOTAL: 548m²
PCD 02 6m²
Fonte: Elabora pela autora - 2021.
Tabela 02 - Pré dimensionamento cabana casal Tabela 04 - Pré dimensionamento cabana completa
CABANA CASAL - 10 UNIDADES CABANA COMPLETA - 5 UNIDADES
Ambiente Descrição Quantidade Área
Suíte casal Cama de casal, 1 20m²
bancada de
Dormitório Cama casal, bancada 01 12m²
apoio, TV,
de apoio, TV, frigobar, armário,
armário banheira
Suíte 02 Cama solteiro 2 16m²
Banheiro Sanitário, 01 8m²
Mesa de 1
cabeceira
chuveiro 02
Armário, TV
Área de estar Sofá, tv, lareira 1 10m²
lavatório 02
Banheiro Suíte Sanitário, 2 10m²
chuveiro,
Banheira 01 lavatório
Cozinha Armários, mesa, 1 8m²
Área externa Piscina, Deck madeira 01 15m² geladeira,
fogão, pia,
TOTAL: 35m² forno,
Tabela 03 - Pré dimensionamento cabana tripla churrasqueira
Área externa Piscina, deck 1 12m²
CABANA TRIPLA - 10 UNIDADES
madeira
Ambiente Descrição Quantidade Área TOTAL: 76m²
Dormitório Cama casal, cama 01 16m² Tabela 05 - Pré dimensionamento recepção

solteiro, bancada de RECEPÇÃO - 1 UNIDADE
apoio, TV, frigobar, Ambiente Descrição Quantidade Área
Hall 01 6m²
armário
Recepção 01 20m²
Espera 01 20m²
Banheiro Sanitário, 01 8m²
Sanitários Feminino 01 25m²
chuveiro,
Masculino
lavatório, PCD
Banheira fraldário
Escritório 10m²
Área externa Piscina, deck madeira 01 18m² Guarda malas 01 10m²
TOTAL: 40m² TOTAL: 91m²
Fonte: Elabora pela autora - 2021. Fonte: Elabora pela autora - 2021.
Tabela 06 - Pré dimensionamento bloco administrativo Tabela 08 - Pré dimensionamento lojas
ADMINISTRATIVO - 1 UNIDADE BLOCO LOJAS - 1 UNIDADE
Ambiente Descrição Quantidade Área Ambiente Descrição Quantidade Área
Recepção 01 6m² Hall 01 5m²
Espera 01 8m² Produtos coloniais 01 15m²
Secretaria 01 8m² Loja 01
Depósito 01 6m²
Sala diretoria 01 10m² Roupas de inverno 01 15m²
Sala financeiro 01 10m² Loja 02
Depósito 01 6m²
Sala de Marketing 01 10m²
Artesanato 01 15m²
Sala de TI Loja 03
01 8m² Depósito 01 6m²
(sistemas)
Salão beleza 01 15m²
Sala de arquivos 01 10m²
Loja 04 Depósito 01 6m²
Serviços administrativos
Sala administração 01 15m² Banheiro 01 6m²
geral da pousada
Sala de reunião 02 18m² TOTAL: 95m²
TOTAL: 103m²
Tabela 07 - Pré dimensionamento bloco serviços Tabela 09 - Pré dimensionamento bloco lazer
BLOCO SERVIÇOS - 1 UNIDADE
BLOCO LAZER INTERNO - 1 UNIDADE
Copa Funcionários 01 15m²
Vestiário Feminino 02 10m²
Jacuzzi /
02 20m²
funcionários Masculino chuveiros Hidromassagem
02 sanitários Área Piscina Piscina aquecida 01 100m²
PCD Feminino 01 4m² Deck 01 20m²
Masculino
Depósito 01 10m² Sauna 01 10m²
Lavanderia Roupa suja 01 8m² Sala de jogos 01 30m²
Sala de lavagem 01 8m² Sala Yoga 01 20m²
Sala de secagem 01 8m² Sala 01 30m²
Sala passagem de roupa 01 8m² Academia Depósito
01 10m²
Rouparia 01 8m² academia
Almoxarifado 01 12m² Depósito 01 10m²
Sala funcionários 01 20m² Área de estar Sofás e lareiras 03 20m²
descompressão Feminino 02 10m²
Área Técnica 01 10m² Vestiários Masculino 02 10m²
DML Limpeza e Serviços 01 9m² PCD 02 6m²
TOTAL: 130m²
Fonte: Elabora pela autora - 2021. Fraldário 01 10m²
Tabela 11 - Pré dimensionamento geral
Cozinha ÁREAS GERAIS
DML Ambiente Descrição Quantidade Área
Bar piscina 01 60m²
Despensa alimentos Bloco Recepção 01 91m²
Depósito bebidas Cabana Casais 10 350m²
TOTAL: 360m² Cabana Tripa 10 400m²
Cabana completa 05 380m²
Administrativo 01 103m²
Serviços Gerais 01 130m²
Tabela 10 - Pré dimensionamento áreas comuns
Bloco lazer interno 01 360m²
ÁREAS COMUNS - EXTERNAS Bloco Lojas 01 95m²
Restaurante 01 548m²
Áreas comuns Externa - 1.921m²
Área de Piscina Infantil 01 60m²
Estábulos 05 20m²
Piscinas Piscina Adulto 01 220m²
Vagas clientes 35
Deck externo 01 50m² Estacionamento 200m²
Vagas funcionários 20
Quadra Quadra: 16,0x27,0m 01 450m²
poliesportiva
TOTAL: 4.548m²
Depósito 01 8m²
Vestiário Fem. 02 10m²
Vestiário Masc. 02 10m²
Playground Espaço descoberto 01 50m²
Mirante Com bancos e balanço 03 30m²
infinito 5.4 FLUXOGRAMA E ORGANOGRAMA
Colheita de Recepção + Espera 01 8m²
Maçãs Caixa 01 6m²
Depósito 01 10m²
Higienização 01 9m²
Para facilitar o entendimento e desenvolver o projeto,
Plantação 01 500m²
Lagos Lago com atividade de 02 400m² identicar melhor os acessos e a ligação entre os ambientes, foi
pesca e pedalinho, stand Up realizado um organograma e uxograma (gura 63). Para melhor
Quiosques Com churrasqueira, fogão a 05 50m²
lenha, pia. organizar, os uxogramas cam divididos em setores, mesmo que
Estábulos Espaço cavalos, com 06 01 50m² componham o mesmo edifício.
unidades internas Também foi feito um uxograma completo mostrando a
TOTAL: 1.921m²
ligação entre os principais blocos com as demais edicações.
Figura 63 - Fluxograma e organograma geral Restaurante
Blocos gerais
Sanitários Hall Espera
restaurante
Estacionamentos Recepção
Salão
Bar
Bloco Administrativo Pré preparo mesas
Hall
principal Cocção Hig. mãos
Bloco serviços gerais Restaurante Lavagem utensílios
Açougue
Despensa Depósito utensílios
Áreas comuns Bloco Lazer
Câmara fria Depósito bebidas
Cabanas Vestiários Nutricionista

Copa func. Administrativo
Recepção
Lixo DML
Hall
Sanitários Hall Espera Pré higiene Dep. caixas
Serviços
Lojas
Escritório
Recepcionista
Guarda
malas
Serviços gerais Administrativo
LEGENDA Hall serviços Hall Adm. Espera

Público Social
Vestiários Copa Secetaria Reunião
Semi público Serivços
Privado Administrativo Financeiro Diretoria
Depósito Descompressão
Acesso Acesso
serviços principal Área Técnica Almoxarifado Arquivos Administrativo geral
Fonte: Elabora pela autora - 2021 Lavanderia Marketing Sistema TI
5.5 ZONEAMENTO Figura 64 - Zoneamento LEGENDA
Área lazer
390 Lago Lago
SC- existente
externa
Mirantes Bloco ADM
e Serviços
O zoneamento geral ACESSO Quiosques
PRINCIPAL Espaço de
(gura 64) no terreno foi norteado Estacionamento convivência
em posicionar as cabanas de forma Bloco
Bloco recepção
Restaurante
a fazer aproveitamento das curvas Cabana
Cabana dupla
de níveis para que todas possuam completa
e tripla
Pomar maçãs Acesso serviços
uma vista exclusiva da paisagem,
de forma que os hóspedes ainda Campo golfe Acesso clientes
tenham privacidade.
01 01 Todos os blocos principais foram
Os blocos de recepção e dispostos de forma que abracem as áreas
serviços caram dispostos próximo comuns e tenham uma ligação entre eles.
02
do acesso da rua, abraçando a 02 Espaço para lazer ao ar livre, como
área de convivência externa, 03

quadra poliesportiva, playground e
também é onde cará os estábulos dos
bloqueando a visão de quem cavalos para cavalgadas.
transita pela SC-390 e se abrindo 03 Cada leira de cabana será disposta um
para o visual serrano, fazendo assim 05

nível a baixo, e todas aproveitando o visual
06 serrano.
um maior aproveitamento da
insolação e se defendendo do 04 O campo de golfe foi instalado em
04
espaços estratégicos onde haverá apenas
vendo sul. O pomar de maçãs cou vegetações de pequeno porte para que
em um ponto estratégico para não atrapalhe o visual.
amenizar a passagem de ventos 05 I m p l a n t a ç ã o d e u m l a g o p a r a
acontecer atividades como pedalinho e
vindo do Sul, que é um vento 06
pesca.
predominante gelado. Já os
06 Mirante feito em deck de madeira com
mirantes se encontram nas duas pequenos estar, lareiras, e balanço. Para os
hóspedes contemplarem o visual.
extremidades do terreno. Fonte: Elabora pela autora - 2021.
5.6 MATERIALIDADE, SISTEMA CONSTRUTIVO E Sendo assim, os materiais escolhidos (gura 65)
SUSTENTABILIDADE conseguem transmitir sensações que remetem a natureza e
valorização do meio existente.
Com o intuito de priorizar a sustentabilidade na obra e
agilizar o processo de construção, o sistema construtivo modular Figura 65 - Materiais principais
off-site com estruturas metálicas se mostrou com maior relevância

para esse projeto. O sistema modular off-site funciona da seguinte
forma: a obra é dividida em fatias e construída dentro de um
parque fabril, logo após a construção essas fatias são transportadas
Pedra Madeira Aço Vidro
até o local de instalação, onde é feito a acoplagem e montagem
Fonte: Google imagens - Acesso 2021.
da obra. Em paralelo a construção da obra em fábrica, o terreno
obtém todo preparo de limpeza, movimentação de terra e
fundação para receber os módulos que formarão a obra O projeto será norteado por técnicas e estratégias
completa. sustentáveis que buscam diminuir o impacto ambiental gerado
Nesse sistema construtivo, o material mais utilizado é o através da construção no local inserido. Diminuindo ainda os custos
aço, que compõe toda a estrutura de laje, paredes e cobertura, gerado durante o uso da edicação.
com fechamentos em painéis termoacústicos. O sistema construtivo escolhido tem seus princípios
Para compor com o aço, um material rígido e frio, foi sustentáveis, é uma construção seca, ou seja, não faz utilização da
escolhido a madeira que está sendo utilizada de diversas formas, água em sua composição.
trazendo aconchego e remetendo a natureza, assim também Por ser construído em fábrica e com materiais
como a utilização de pedra arenito, encontrada na região, será industrializados (gura 66), o nível de desperdícios dos insumos é
aplicada na fachada e nos muros, fazendo uma ligação com a quase nulo, diferente das construções convencionais em alvenaria
arquitetura do entorno. Ambos materiais escolhidos são elementos que geram bastante resíduos durante o processo de construção e
naturais que instigam os sentidos humano e trazem ao ambiente também no nal da sua vida útil, já com esse sistema os materiais
uma sensação de conforto. Além disso, grande parte dos podem ser reaproveitados e reciclados.
fechamentos será composto por vidro, um material que possibilita Para potencializar ainda mais a sustentabilidade, nesta
maior ligação do interior com o exterior através da visão. proposta serão adquiridos outros métodos, citados a seguir:
- Captação da água da chuva Painel Térmico Frigo PIR
O painel termoacustico é utilizado no fechamento das
A água pluvial será captada através do telhado e paredes internas e na cobertura. Ele é composto por uma injeção de
levado para uma cisterna, essa água posteriormente pode ser poliisocianurato (PIR) e fechado com duas chapas de aço, assim o nível
reutilizada em espelho d’água, irrigação do jardim e limpeza das de isolamento térmico e acústico é maior, gerando diminuição do uso de
edicações. Diminuindo assim o consumo de água potável. aquecedor ou equipamentos resfriadores de ar.
- Placas fotovoltaicas Estrutura Metálica

O aço é um material que pode ser
Será utilizado painéis fotovoltaicos no bloco reciclado inúmeras vezes sem perder sua
administrativo e de serviços, onde não terão terraços, para fazer o propriedade, assim diminui o uso dos recursos
aproveitamento da energia solar e converter em energia elétrica, retirados da natureza.
com o intuito de reduzir gastos ao longo da vida útil do
empreendimento.
Painel OSB
Esse painel que será usado no
- Pavimentação permeável fechamento das paredes internas é
composto por lascas de madeira de
O material utilizado na pavimentação externa terá reorestamento e é altamente reciclável.
como base o concreto permeável, este por sua vez é poroso e
permite que a água inltre por ele e chegue até o solo, Figura 66 - Esquema
explodido módulo e
abastecendo os lençóis freáticos, além disso, reduz a formação de
materiais
poças de água da chuva, trazendo maior segurança ao usuário.
Laje seca
Os módulos recebem painéis de masterboard para
compor a laje, esse material evita o desperdício e não utiliza
água na sua composição.
Fonte: Elaborado pela autora - 2021.
5.7 IMPLANTAÇÃO Figura 67 - Imagens 01 - Projeção Adega subsolo 12 - Espaço lazer externo Figura 68 - Imagens
de referências para a - quadra poliesportiva de referências para a
propósta 02 - Espaço para cavalos - playground propósta
06 17
13 - Espaço para cavalos
O ponto principal para a implantação era 03 - Bloco Restaurante
locar todas as edicações de forma a fazer o melhor 04 - Estacionamento 14 - Área de convivência +

aproveitamento do visual serrano. Funcionários / carga e descarga piscina
O bloco principal, onde possui a recepção, 11 05 - Reserva legal bioma

17
está mais próximo do acesso ao terreno e faz ligação
06 - Pórtico de entrada
com o restaurante e o bloco de lazer. Todos os três 15 - Bloco serviços gerais
blocos estão voltados para a área de convivência,
16 - Cabana completa
tornando essa um ponto de encontro para os
hóspedes. 12
20
07 - Bloco Recepção e administrativo 17 - Espaço para quiosques com
Toda a vegetação necessária para reserva
churrasqueira e fogão a lenha
legal, foi locada no lado nordeste do terreno, 08 - Estacionamento clientes
18 - Lago principal
formando uma barreira visual para possíveis 09 - Cabanas duplas e triplas
construções vizinhas. Já o pomar de maçã forma uma 14 19 - Estar com fogo de chão
10 - Pomar maçãs
barreira para as cabanas, contra os ventos vindo do 21
sul. 20 - Campo de golfe
11 - Caminhos para
Para formação dos caminhos e do veículos de golfe que fará o deslocamentos
dos hóspedes 21 - Jardim com gramado e
paisagismo, o projeto buscou fazer o melhor vegetação rasteira
aproveitamento das curvas de níveis, de maneira que 14 22 - Mirante com estar
e balanço
essas sejam trazidas para os percursos e também para LEGENDA 22
a inserção das edicações de pavimento duplo, sem Acesso Principal Pavimentação permeável Área do Terreno:
veículos Pavimentação permeável com outra coloração
que essas formassem uma barreira visual, bem como 170.210,0 m²
Acesso principal
Caminho de terra
a escolha dos locais para inserir as vegetações de ao empreendimento Projeção recuo 100m borda
Fonte - Pinterest e Lagos Área do Construída: Fonte - Pinterest e
grande porte. Acesso serviços Projeção recuo córrego
Google imagens - Grama São Carlos Google imagens -
3.960,0 m²
Acesso 2021. Acesso à edicação Grama Esmeralda Córrego existente Acesso 2021.
5.8. PLANTAS BAIXAS E VOLUMETRIA Figura 72- Planta baixa 5.8.2 Cabana dupla, cabana tripla e cabana completa Figura 75 - Corte esquemático cabana completa
bloco de lazer
4,30m
LEGENDA 5.8.1 Bloco de lazer As cabanas duplas foram pensadas como uma opção mais
Térreo
Projeção dos módulos econômica e de forma a abrigar um casal, então essa possui um dormitório com
6,40m
Acesso serviços O bloco de lazer possui pavimento banheiro e uma área externa com piscina. As cabanas triplas se diferenciam por
Acesso principal
duplo e possui acesso tanto pelo térreo quanto possuir uma cama a mais e espaços maiores. Ambas estão juntas formando um
Bloco Lazer (item 5.8.1)
pelo pavimento superior. O pavimento superior é conjunto único, mas sem que uma tenha ligação visual com a outra. Já as
Cabana completa (item 5.8.2)
como duas lajes apoiadas por pilares que Fonte: Elaborado pela autora - 2021.
Cabana dupla e tripla (item 5.8.3) cabanas completas possuem pavimento duplo, sendo o acesso principal no
Área Social possuem fechamentos retráteis e móveis, ali pavimento superior e a área social interna e externa no térreo. Para isso, sua
Área serviços possui o bar que serve a piscina externa. No Figura 76-
volumetria foi trabalhado com a curva de nível.
Circulação vertical - Volumetria e fachada
pavimento inferior cam outras áreas de lazer Cobertura metálica
inclinada
interno, assim como a piscina interna aquecida.
Essa possui cobertura e fechamento Figura 74 - Planta baixa cabanas Revestimento com
pedra natural
em vidro para ter maior incidência solar e ligação CABANA DUPLA E TRIPLA CABANA COMPLETA
Pavimento superior
visual com o exterior. Pavimento Superior Térreo
Figura 70 - Corte esquemático

Forro de madeira
6,40m
6,90m
Muro de contenção
Fonte: Elaborado
Piscina interna
pela autora, 2021.
Fonte: Elaborado pela autora, 2021.
Figura 71 - Fachada frontal bloco lazer
Parede de pedra ACM chumbo Brises retráteis Vidro Figura 73 - Fachada e volumetria Deck de madeira
Piscina com
borda innita
Fonte: Elaborado pela autora, 2021. Fonte: Elaborado pela autora - 2021 Fonte: Elaborado pela autora - 2021. Fonte: Elaborado pela autora - 2021.
LEGENDA 5.8.3 Restaurante O restaurante possui espaço de 75 pessoas no salão de mesas do térreo 5.8.4 Bloco recepção, administrativo e lojas Figura 81 - Estudo fachada frontal
e aproximadamente 20 pessoas no pavimento superior. Muro de pedra
A horizontalidade presente no térreo é quebrada com o volume

Nesse bloco a planta baixa ca dividida
Figura 77 - Corte esquemático superior que possui uma parte em balanço e ainda possui todo o perímetro com
em dois setores, no lado esquerdo da planta é onde
fechamento em vidro para contemplação da pasagem.
encontra-se os serviços administrativos da pousada
Figura 79 - Planta baixa restaurante e alguns serviços gerais que tem acesso de serviços
Térreo Pavimento Superior Fonte: Elaborado pela autora -2021.
nos fundos que leva até o estacionamento de
Acesso funcionários. Na outra lateral é onde está a Figura 82 - Estudo fachada fundos
Projeção dos módulos ao subsolo
7,10m
recepção e hall de entrada dos hóspedes, e logo ao
Acesso serviços
Acesso principal
lado encontra-se as salas comerciais. A recepção
Bloco restaurante - (Item 5.8.4) se abre para o espaço de convivência interno. Fonte: Elaborado pela autora -2021.
Hall de
Bloco Recepção - (Item 5.8.5) entrada A volumetria tem como maior Figura 83 - Corte esquemático
Área Social Áreas de Circulação acesso Pérgola com fechamento em brise e vidros móveis
apoio/serviços pavimento superior características a horizontalidade, com intuito de
Área serviços Cobertura metálica revestida
Serviços Administrativo Recepção Comercial
não agredir a paisagem. de alumínio composto (ACM)
Circulação Vertical Acesso
Figura 78 - Fachada e volumetria ao terraço
4,50m
Fechamento em vidro Fonte: Elaborado pela autora -2021. Setorização dos espaços
Figura 80 - Planta baixa bloco recepção e administrativo
Placa cimentícia
Parede revestida com

pedra
Acesso
Principal
Pérgola
Acesso
Principal
Brise retrátil
Esquadria com vidro de

correr para permitir
integração do interior com
Fonte: Elaborado pela autora - 2021. Fonte: Elaborado pela autora -2021.
o exterior Fonte: Elaborado pela autora, 2021.
6.0 considerações
finais
6.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Baseado nos estudos realizados para este trabalho,

percebemos o quão importante é a questão do turismo aliada com
o entretenimento nas cidades que são propícias para estas
atividades. No caso estudado, as opções não são sucientes para a
demanda existente. Nesta situação o projeto procura atender a
carência desse setor na região, buscando atender a população
turística com uma nova proposta, que através da arquitetura possa
proporcionar lazer, bem estar, e qualidade de vida aos usuários.
Para os estudos de partido foi adquirido muito conhecimento
através das bibliograas estudadas e dos referenciais analisados.
Assim encerra-se essa primeira etapa para dar continuidade e
segmento ao Trabalho de Conclusão de Curso II.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS TCC I - Pousada Villa da Serra - Bom Jardim da Serra / SC | Beatriz C. Fidelis | Orientador: Maria Matilde Villegas Jaramillo 62
7.0 REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
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Pousada

POUSADA VILLA DA SERRA

Trabalho de Conclusão de Curso I, apresentado ao curso de

ACADÊMICA: Beatriz Corrêa Fidelis

ENDEREÇO: Rua das Bromélias nº 426 - Bairro São Martinho -

TÍTULO DO TRABALHO: Pousada Villa da Serra

Professora e orientadora Maria Matilde Villegas Jaramillo

Rodrigo Althoff Medeiros

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL Rodrigo Nascimento

Os meus agradecimentos serão para todos que de

em planejamento com nalidade para o turismo e a cultura. O que

2.3 MEIOS DE HOSPEDAGENS

Resort: hotel com infraestrutura de lazer e

Flat/apart-hotel: constituído por unidades

recursos naturais essenciais à vida terrestre. A maneira que os

Figura 02- Implantação com marcação de acessos e circulações gerais

CE - Brasil Interiores: Felipe Petrovsky 08 - Área Comum /

Fonte: Google - Adaptado pela autora. 02 02 02 02

O Resort possui uma linguagem arquitetônica

Fonte: Site Archdaily - 2021.

3.1.4 Materialidade e Sistema Construtivo

A construção foi feita em alvenaria convencional e

aumentar o tamanho das Figura 10 - Bangalôs - Fasano Las Piedras

Figura 12 - Acessos e circulações no terreno

No terreno já possuía uma casa e um anexo erguido LEGENDA

Dentro dos edifícios a circulação predominante é linear

fazer curvas ou desvios, essas

LEGENDA 04 - Área Técnica 08 - Depósito Malas 12 - Recepção 01 - Bar 07 08 08 08

dormitório, sala de estar, banheiro e 02

no layout dos espaços e na área de jardim

Fonte: Site Fasano Las Piedras - Adaptado pela autora.

Além da residência, existia no local também o anexo

novos projetos em áreas já planejada pelo arquiteto para futuras

Todo o empreendimento possui acesso semi-privado, ou Área Privativa

3.2.3 Linguagem Arquitetônica

Os edifícios que compõem o hotel possuem volumes

3.2.5 Relação do Edifício com o Entorno

3.3 MAKENNA RESORT

3.2.6 Conforto Ambiental

Para o conforto dentro dos ambientes, foi tratado

3.3.1 Acessos e Circulações

LEGENDA Acesso veículos Estacionamento

Sendo assim o acesso

Figura 33 - Planta baixa restaurante e administrativo

A obra é composta por edifícios dispostos no terreno

O conceito do projeto era se enquadrar entre os vazios

Figura 37 - Obra inserida na vegetação

LEGENDA Área Social 01 - Bangalôs 05 - SPA

3.3.4 Materialidade e Sistema Construtivo

Figura 41 - Fachada Bangalô Figura 42 - Área Comum

A predominância por concreto aparente é visível no

“Optamos por uma arquitetura marcadamente

Figura 43 - Entorno Figura 44 - Pátio interno

O clima pedia sombra. Pedia um guarda-sol, e foi

A proposta de elevar a laje do chão cerca de 70cm do Figura 47 - Pátio interno

planalto da serra, em uma área plana pertencente ao segundo (AMURES).

4.4.1 Evolução Urbana

curvas acentuadas, onde

- Rede de esgoto: O município não possui um sistema 4.9 EQUIPAMENTOS URBANOS

4.10 TERRENO denominado Altos da Serra, ainda cerca de aproximadamente

4.10.1 Localização e Acessos apenas com vegetações nativas e alguns animais.

Direção ao centro de Bom LEGENDA

Figura 57 - Pontos turísticos relevantes Curva de nível - 1.400m