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Arquitetura e percepção bioclimática em habitações ribeirinhas na Amazônia brasileira
Maria Cristina Celuppi
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CDD 711
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AGRADECIMENTOS
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motiva e dá brilho aos meus dias. Obrigada, Luciana e Samir, por me permitir ser
madrinha desse tesouro e por desfrutar desse amor.
Ao meu amor, João Paulo. Você trouxe luz para a minha vida e me fez
conhecer uma Maria que pôde ir muito além. Acreditou em mim e me fez voar. Se
hoje estou aqui, concluindo essa linda etapa acadêmica, foi por você. Meu melhor
amigo, meu companheiro, meu cumplice, meu amor. Nada seria possível sem você.
Juntos somos melhores e juntos nos tornamos um só.
Aos “Assis Gobo”, pelo apoio e suporte nos últimos quatro anos em que me
tornei membro dessa linda e calorosa família.
Aos meus colegas e professores, que contribuíram com meu crescimento
acadêmico, profissional e pessoal durante esta jornada de estudos, em especial ao
grupo “Corujas”, Vagner Bordin, Nayara Pires Pedrotti e Luísa Passos, pela amizade,
companheirismo e cumplicidade construída, que ultrapassou as fronteiras do
coleguismo.
Ao grupo de pesquisa “Sistemas Construtivos da Arquitetura
Contemporânea”, pelo apoio à minha pesquisa e pela amizade construída ao longo
desses dois anos de estudo, em especial à Beatriz Borst, colega, parceira de
trabalho e amiga.
À Professora Me. Raquel Cymrot, pelo apoio, suporte e auxílio no estudo
estatístico da minha pesquisa. Obrigada.
À querida Professora Drª. Eunice Helena Abascal, que contribuiu com a
minha formação, por meio de suas disciplinas, que acreditou no meu potencial
enquanto aluna do PPGAU -UPM e que se tornou um exemplo de dedicação à
profissão. Obrigada pela amizade construída.
Ás queridas Professoras, Drª. Gilda Collett Bruna e Drª. Alessandra Prata
Shimomura, por aceitarem o convite de avaliar meu trabalho na qualificação de
mestrado e agora, defesa final. Obrigada pela contribuição com meu crescimento
acadêmico.
Aos moradores do Município de Manacapuru – AM, em especial às
comunidades ribeirinhas Pesqueiro e Rei Davi – Calado, que acolheram tão
calorosamente a minha pesquisa. Vocês me ensinaram muito mais do que esperava
aprender em tão pouco tempo em que estivemos juntos. Vocês são a chave principal
desta dissertação.
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RESUMO
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ABSTRACT
The riverside dwellings of Amazonas maintain a direct relationship with nature and
are developed from the vernacular architecture, becoming an example of the relation
between social, cultural, ecological and economic factors. Inserted in a region of
equatorial climate, characterized by high values of temperature and humidity of the
air, besides being constantly submitted to the oscillations of the rivers, these
dwellings must respond to the natural factors to which they are exposed and to
provide thermally comfortable environments to the users. In this way, the objective of
this research was to evaluate the thermal comfort in the riverside dwellings of the city
of Manacapuru, in the state of Amazonas, in order to confer better conditions of
comfort to these environments. To elucidate the objectives, this research had a
bibliographical survey throughout the study period; field visits for the collection of
meteorological and user perceptual data; models of adaptive thermal comfort and
simulations, through numerical modeling to verify the use of bioclimatic strategies.
The results pointed to perception and thermal preference in relation to cooler
environments, however it was statistically observed that the climatic acceptance of
the local inhabitants does not corroborate with the perceptive answers. It was verified
that the adaptive comfort model for Southeast Asia is valid and applicable for the
region of study and the same indicated, in parallel with the statistics of the
questionnaires, that the Brazilian performance standards may be underestimating the
adaptability of the residents of that region. The energy simulations presented the
thermal scenarios with the use of different coverages for the analyzed dwelling,
indicating simple and economically feasible strategies for use in the riverside
dwellings of Manacapuru - AM.
Keywords: vernacular architecture; bioclimatic strategies; thermal comfort; design;
energy simulations.
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LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE EQUAÇÕES
Equação 1 ................................................................................................................. 39
Equação 2 ................................................................................................................. 39
Equação 3 ................................................................................................................. 39
Equação 4 ................................................................................................................. 40
Equação 5 ................................................................................................................. 42
Equação 6 ................................................................................................................. 61
Equação 7 ............................................................................................................... 113
Equação 8 ............................................................................................................... 113
Equação 9 ............................................................................................................... 116
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 16
1.1 Justificativa ...................................................................................................... 18
1.2 Objetivos .......................................................................................................... 19
1.2.1 Objetivos Gerais ........................................................................................ 19
1.2.2 Objetivos Específicos ................................................................................ 19
1.3 Objeto de estudo ............................................................................................. 20
1.4 Estruturação dos capítulos .............................................................................. 20
2. BASES DE CONHECIMENTO: ASPECTOS E FUNDAMENTOS DE ANÁLISES . 22
2.1 A vida do ribeirinho no Amazonas .................................................................... 22
2.2 A inserção da arquitetura no Amazonas........................................................... 27
2.2.1 Severiano Mário Porto............................................................................... 28
2.2.2 Milton Monte .............................................................................................. 29
2.2.3 Lucio Costa ............................................................................................... 30
2.3 Aspectos influentes e determinantes na observação do conforto térmico ....... 31
2.3.1 Índices e modelos de conforto térmico ...................................................... 38
2.3.2 Normativas brasileiras e internacionais ..................................................... 42
2.4 Processos metodológicos de apoio ao design e ao projeto ............................. 44
2.4.1 O método projetual de Bonsiepe (1984).................................................... 49
2.4.2 O método projetual de Bruno Munari (1981) ............................................. 50
2.4.3 O método projetual de Mike Baxter (1998) ................................................ 51
2.4.4 A metodologia Life Cicle Design – LCD de Manzini e Velozzi (2002). ....... 52
3. MÉTODO............................................................................................................... 55
3.1 Levantamento Bibliográfico .............................................................................. 55
3.2 Coleta e análise de dados meteorológicos ...................................................... 56
3.3 Aplicação e análise de questionários ............................................................... 57
3.4 Verificação das normas brasileiras e aplicação do modelo de conforto
adaptativo .............................................................................................................. 61
3.5 Experimentações e o design de componentes: Modelagem numérica da
edificação analisada com diferentes componentes de cobertura .......................... 61
4. ESTUDO DE CASO – HABITAÇÃO RIBEIRINHA EM MANACAPURU-AM ......... 69
4.1 O ribeirinho de Manacapuru-AM ...................................................................... 69
4.1.1 Caracterização da área de estudo ............................................................ 71
4.2 A Coleta e análise de dados ............................................................................ 76
4.2.1 Avaliação da percepção do estado de conforto das populações locais..... 79
4.2.2 Caracterização microclimática da habitação e técnicas bioclimáticas para
promoção do conforto ........................................................................................ 92
4.2.3 Considerações acerca da coleta e análise dos dados ............................ 107
4.3 Análise do conforto térmico na habitação, segundo a NBR 15220 (2005), NBR
15575 (2013) e o modelo de conforto adaptativo de Nguyen Singh e Reiter (2012)
............................................................................................................................. 107
4.3.1 Considerações acerca da análise do conforto térmico na habitação ...... 122
4.4 Experimentações e o design de componentes: Modelagem numérica da
edificação analisada com diferentes componentes de cobertura ........................ 123
4.4.1 Considerações acerca das experimentações e o design dos componentes
......................................................................................................................... 132
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1. INTRODUÇÃO
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que ocorre a relação com a vida do homem. Portanto o edifício constitui uma ampla
relação entre elementos construtivos e elementos que organizam, delimitam e
ordenam o espaço arquitetônico com a prática das atividades humanas.
Relacionado a isso, Frota e Schiffer (2003), caracterizam como
responsabilidade da arquitetura amenizar as sensações de desconforto,
principalmente sensações impostas por climas rígidos, com calor e/ou frio extremo,
vento e umidade. Salientam ainda que cabe a arquitetura proporcionar a seus
usuários ambientes tão confortáveis, quanto os espaços ao ar livre, tendo como
base os climas amenos.
Conforme Paulino (1999), o conforto depende dos estímulos que o indivíduo
recebe do meio ambiente, instintos, experiências e juízos. Deste modo o homem
vem aperfeiçoando seu ambiente de trabalho e residencial, para que possa exercer
suas atividades cotidianas e garantir seu descanso seguro, protegido das variáveis
desconfortáveis que são impostas pelo ambiente externo.
Fabbri (2015) destaca que o usuário é afetado – além das variáveis
ambientais - pelos aspectos subjetivos, psicológicos, culturais e sociais, bem como
seu estado de espírito. Desta forma, percebe-se que a sensação de conforto está
diretamente ligada a experiência construída pelo usuário durante sua vida, o que
possibilita afirmar que um ambiente confortável para uma determinada localização,
não será necessariamente o mesmo para outra região.
Neste sentido, a arquitetura vernacular da habitação ribeirinha do Amazonas
surge como um exemplo da mescla de diversas condicionantes e se dá a partir do
ciclo de cheias e vazantes do rio, da noção de casa e de estética do local, da casa
em área de várzea, dos materiais disponíveis na região (NOGUEIRA, 2016) e da
percepção do ribeirinho, que fora construída a partir da cultura trazida por seus
antepassados.
Assim surge a necessidade da adequação bioclimática da arquitetura
vernacular ribeirinha da região amazônica, que primordialmente deve responder de
forma adequada a ação do sol, das chuvas e da umidade elevada (NEVES, 2006),
considerando que tal região encontra-se no microtipo climático definido como “Clima
Equatorial”, fixado por Monteiro (1968) como “clima equatorial úmido da Frente
Intertropical”, o que significa uma região de clima quente, com expressiva
homogeneidade térmica, que não apresenta grande amplitude térmica diária e/ou
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1.1 Justificativa
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1.2 Objetivos
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Após a análise feita no item 2.1 desta dissertação, sobre a vida do ribeirinho
no Amazonas, foi possível constatar que a arquitetura, naquela região, é concebida
basicamente por meio do conhecimento adquirido do caboclo, que é passado de
geração em geração, reflexo do ambiente em que se insere e da falta de aplicação
de políticas públicas adequadas às habitações.
Oliveira (1989), traz uma proposta de ecoarquitetura para a Amazônia. Seu
objetivo era assentar comunidades em convivência com a floresta pluvial,
fornecendo subsídios metodológicos para uma ecoarquitetura que agiria como
suporte para o ecodesenvolvimento. Seus resultados têm grande relevância para a
presente pesquisa, pois observa questões pertinentes ao conforto humano, e relata
modos de morar muito próximos às situações encontradas hoje nas habitações
ribeirinhas, mesmo datando de quase 30 anos atrás.
Após suas pesquisas, Oliveira (1989) caracteriza requisitos para as
edificações, considerando principalmente a floresta amazônica habitando
comunidades pouco adensadas. Ressalta ainda, que a madeira é um recurso natural
renovável para o local, abundante e disponível, tendo espécies destinadas a
diversos usos sustentáveis, desde estacas, esteios e vigas, até a decoração. Para
as edificações, o autor (1989, p. 125 e 126) recomenda:
1. Geometria de volumes longos e estreitos;
2. Volumes adequadamente separados;
3. Paredes com a mínima incidência de sol;
4. Máximo de ventilação cruzada;
5. Materiais com baixa capacidade de aquecimento;
6. Aberturas amplas, com dispositivos de dosagem da luz;
7. Sombreamento máximo;
8. Drenagem máxima – na cobertura: calhas; nas paredes:
condutores; no solo: valas abertas;
9. Locar e nivelar as soleiras, prevendo as cheias e vazantes
sazonais dos igarapés;
10. Interação com o ambiente: fauna (roedores e insetos), flora,
minerais e homens (índios e caboclos);
11. Segurança contra fogo.
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condições meteorológicas;
Analítico: por meio de medidas de alterações fisiológicas (sudorese,
suor da pele ou temperatura da pele). Este método é normalmente
realizado em estudos laboratoriais.
Para a análise e mensuração destas variáveis, faz-se o uso de índices e
classes de conforto térmico, partindo da necessidade de critérios referenciados em
índices, que consideram variáveis humanas, atividade do indivíduo e variáveis
ambientais bem como, as escalas de conforto térmico. Conforme Frota e Schiffer
(2003), os primeiros estudos que consideraram a influência de condições de
temperatura e umidade no rendimento do trabalho, foram desenvolvidos pela
Comissão Americana de Ventilação. As autoras afirmam que os índices de conforto
térmico procuram englobar variáveis como: atividade desenvolvida pelo indivíduo,
vestimenta, variáveis ambientais, sexo, idade, biotipo, hábitos alimentares, etc.
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Equação 1
WBGT = 0.7 · tnwb + 0.3 · tg
Equação 2
Webb (1960) propôs o Índice Equatorial de Conforto – EC. Este índice foi
desenvolvido a partir de estudos em Singapura e correlaciona dados de temperatura,
pressão do ar, velocidade do ar com a temperatura do ar saturado e parado. Utiliza-
se de respostas subjetivas de pessoas totalmente aclimatadas submetidas a
trabalhos sedentários leves.
Equação 3
EC = 0,574 · tar + 0,2033 · pv - 1,8 · v 0,5 + 42
Equação 5
Tconforto = 0,341 Ta externo + 18,83
de tarefas diferentes.
A ISO 7730 (2005) – Ambientes térmicos moderados: Determinação dos
índices de PMV e PPD e especificações das condições para conforto, foi
estabelecida em 1994 e propunha um método de determinação da sensação térmica
e o grau de desconforto das pessoas expostas a ambientes térmicos moderados e
especifica condições térmicas aceitáveis para o conforto. Na sua nova versão, em
2005, foi adicionado um método para avaliação de períodos longos, assim como
informações sobre desconforto térmico localizado, condições em estado não
estacionário e adaptação. Foi adicionado também, um anexo estipulando como os
requisitos de conforto térmico podem ser expressos em diferentes categorias.
A ISO 9920 (2007) – Ergonomia de ambientes térmicos: Estimativa do
isolamento térmico e resistência evaporativa de um traje de roupas, especifica
métodos para estimar as características térmicas (resistência à perda de calor seco
e de calor por evaporação) em condições de estado estacionário, a partir da
vestimenta do usuário, com base em valores conhecidos do vestuário. Examina a
influência do movimento do corpo e a penetração de ar sobre o isolamento, assim
como a resistência térmica à umidade. Esta norma não considera os efeitos do
vestuário, como o tato para o conforto, mas considera a influência da chuva e da
neve em suas características térmicas.
A norma ASHRAE Satandard 55 (2010) – Ambientes térmicos: Condições
para a ocupação humana, destina-se a questões de isolamento de vestimentas em
ambientes internos e trata do desconforto devido a correntes de ar, período de
medições e localização das medições.
Com base no levantamento bibliográfico apresentado, sobre os aspectos
relevantes e influentes do conforto térmico, esta pesquisa fará uso do “modelo de
conforto adaptativo para o sudeste asiático” (NGUYEN; SINGH; REITER, 2012) bem
como, da NBR 15220 (2005) e NBR 15575 (2013).
4Partes deste item está publicada em: CELUPPI, M. C.; MEIRELLES, C. R. M. O método projetual de
Bonsiepe (1984) e os encontros disciplinares no Brasil. Revista D.: Design, Educação, Sociedade e
Sustentabilidade, Porto Alegre, v.10, n. 1, 57-77, 2018.
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feitas pelo Conselho nos anos de 1961, 1969 e 1970, até chegar na definição atual
dada na 29º Assembleia Geral em Gwangju, na Coreia do Sul:
Desenho Industrial é um processo estratégico de resolução de
problemas que impulsiona a inovação, constrói o sucesso do
negócio, e leva a uma melhor qualidade de vida através de produtos
inovadores, sistemas, serviços e experiências. Desenho Industrial
preenche a lacuna entre o que é e o que é possível. É uma profissão
transdisciplinar que aproveita a criatividade para resolver problemas
e co-criar soluções com a intenção de fazer um produto, sistema,
serviço ou experiência para melhores negócios. No seu coração, o
Desenho Industrial fornece uma maneira mais otimista de olhar para
o futuro reformulando os problemas como oportunidades. Ele liga a
inovação, tecnologia, pesquisa, negócios e clientes para fornecer um
novo valor e vantagem competitiva através esferas econômicas,
sociais e ambientais (ICSID, 2015).
Por meio desta definição pode-se perceber que o Design é uma atividade
que visa todos os processos para a concepção de um produto, compreendendo todo
seu ciclo de vida, considerando o caráter tecnológico, cultural, sustentável e
econômico, envolvendo várias profissões que fazem parte do processo produtivo e
de serviços. Deste modo, o design compromete-se com o constante aumento da
produtividade.
Tratando do contexto do produto no design, Lobach (2001, p. 17) afirma que
“por design industrial podemos entender toda a atividade que tende a transformar
em produto industrial passível de fabricação, as ideias para a satisfação de
determinadas necessidades de um indivíduo ou grupo”, denotando que o design tem
foco principal nas necessidades humanas.
Manzini (2011) sugere a avaliação do impacto ambiental que um novo
produto pode causar. Conforme o autor é recomendável, agir previamente,
analisando os requisitos ambientais desde a primeira fase de desenvolvimento do
projeto de novos produtos, ao invés de buscar soluções para danos já causados.
Para Santos (2012) a atuação do designer no contexto ambiental e
sustentável, demanda novas competências em novas linhas de atuação. Neste
sentido, o design contribui para o desenvolvimento de sistemas que possibilitem a
reorientação ambiental das variáveis de produção, dirigindo-se para uma economia
desmaterializada. Conforme Ryan (2000), do ponto de vista social, ambiental e
econômico, o design direciona-se para a criação e desenvolvimento de sistemas
capazes de reduzir significativamente os impactos ambientais.
Em alguns casos, não é possível a análise dos requisitos ambientais de
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3. MÉTODO
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De acordo com Fabbri (2015), questionários podem ser usados para avaliar
a relação entre aspectos fisiológicos, psicológicos, culturais e sociais, exigindo
estudos para desenvolvimento, formulação, administração e interpretação de seus
resultados.
Deste modo, no que trata dos aspectos individuais dos moradores das
habitações ribeirinhas analisadas nesta pesquisa, desenvolveu-se um questionário
específico para a análise da percepção ambiental e do conforto térmico dos mesmos
(Figura 12), tendo como base os padrões estabelecidos pela ISO 10551 (1995),
aliando ainda dados referentes à idade, sexo, peso, altura, vestimenta e croqui da
casa em que o inquirido reside.
Tendo em vista a pequena quantidade de moradores nas comunidades
analisadas, o tempo disponível para pesquisa, a distância entre casas e pelo fato da
pesquisa ter ocorrido no período de “roçado” (época de plantio nas lavouras), optou-
se pela aplicação do questionário na forma de blocos, tendo as mesmas perguntas
aplicadas para às 08:30h, 12:30h e 20:30h. Esta disposição de horários permitiu
uma dimensão da percepção do ribeirinho durante um dia completo, nos períodos da
manhã, meio dia e noite, em um mesmo questionário.
5 Partes deste item estão publicadas em: CELUPPI, M. C.; MEIRELLES, C. R. M.; CYMROT, R.
Habitação ribeirinha no Amazonas: O conforto por meio do design de componentes e de estratégias
bioclimáticas. In: 4º Fórum Habitar, 2017, Belo Horizonte. Anais do 4º Fórum Habitar, 2017.
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Figura 12: Questionário aplicado aos ribeirinhos com base na ISO 10551 (1995).
Org: Da autora.
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Equação 6
Tconforto = 0,341 Ta externo + 18,83
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zona térmica não ocupada, denominada “SOTÃO”, conforme a Figura 14. As zonas
térmicas “QUARTOSEMTETO” e “SOTÃO” estão interligadas pois esse quarto não
possui forro.
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utilizou-se material zinco com 0,4 mm e pintura na cor branco, conforme a Figura 17.
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encontrada na região: palafita, flutuante e casa no chão. No entanto, não foi possível
simular a habitação do tipo “flutuante” pois o programa DesignBuilder não possui o
algoritmo para a simulação da habitação sobre a água. Com base nisso, os
resultados das simulações de comparação entre tipologias, apresenta apenas a
comparação entre os modelos “palafita” e “casa no chão”.
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não é potável e para poder tê-la, é preciso busca-la de barco no poço artesiano mais
próximo; onde o saneamento básico não é acessível a todos; onde é preciso doar-se
praticamente de forma voluntária, ao funcionamento da escola de seus filhos, ou
então, mandá-los de barco até a escola mais próxima, faça chuva ou faça sol. Uma
vida, castigada pela cheia que adentra o lar do ribeirinho e o obriga a elevar seu piso
e viver isolado, ou a abandonar seu estimado lar até que a água recue, na
esperança de que sua casa permaneça em pé.
Entretanto, as adversidades da vida ribeirinha não são capazes de oprimir a
felicidade destas pessoas. Pelo contrário, quando questionados se preferem morar
na “cidade”, a resposta eminente é: jamais. O caboclo ribeirinho tem uma satisfação
dificilmente encontrada na “cidade grande”. É grato. Para ele, sua vida é abençoada
por Deus, que lhe proporciona tudo o que precisa para viver. Não quer viver
“amontoado como em latas de sardinha”, tal como relatado em conversas informais,
durante as pesquisas de campo realizada para a coleta de dados.
A vida nas comunidades ribeirinhas visitadas nesta pesquisa, é de muita
alegria e gratidão. A falta de incentivo por parte do poder público, principalmente na
educação, na saúde e na valorização das técnicas construtivas adaptadas ao local,
instiga ainda mais o senso comunitário de bem maior e mostra uma administração
muito aquém, do poder público nacional.
Dentro deste simples, no entanto complexo cenário, o ribeirinho constitui o
lar de sua família e é dentro deste mesmo cenário que a pesquisa proposta nesta
dissertação foi acolhida com admiração e solicitude pelas famílias ribeirinhas de
Manacapuru-AM, que abriram as portas de suas casas para conversas e medições
técnicas.
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Neste complexo contexto de várzea o caboclo ribeirinho constitui seu lar, que
é delimitado pelo regime de águas. No período de 1970 a 1996, a amplitude entre
seca e cheia foi de 15 metros em Manacapuru-AM (FILIZOLA et al., 2002) e estas
amplitudes anuais tem reflexo diretos no habitat. Para Pereira (2011), as inundações
periódicas tornam a várzea uma paisagem anfíbia, tendo em vista que durante uma
parte do ano essa paisagem encontra-se submersa e em outro período, faz parte da
vida terrestre. Ainda para o autor, a falta de sincronização entre o regime fluvial e
pluvial confere quatro “estações climáticas” (Figura 26) no ecossistema de várzea,
sendo elas: enchente (subida das águas), cheia (nível máximo das águas), vazante
(descida das águas) e seca (nível mais baixo das águas).
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6 Partes deste item estão publicadas em: CELUPPI, M. C.; MEIRELLES, C. R. M.; CYMROT, R.
Habitação ribeirinha no Amazonas: O conforto por meio do design de componentes e de estratégias
bioclimáticas. In: 4º Fórum Habitar, 2017, Belo Horizonte. Anais do 4º Fórum Habitar, 2017.
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Figura 28: Localização das comunidades analisadas, da estação meteorológica automática do INMET (Manacapuru-AM) e da estação meteorológica
automática portátil.
Org.: Da autora.
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muito calor
calor
um pouco de calor
Percepção
Um pouco de frio
frio
muito frio
8h30 1 2h30 20h30
Os desvios padrão individuais foram usados para calcular os intervalos.
Figura 30: Representação gráfica de valores médios e intervalo de confiança para a primeira
pergunta do questionário.
Fonte: Da autora.
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muito desconfortável
desconfortável
Percepção
um pouco desconfortável
confortável
8h30 1 2h30 20h30
Os desvios padrão individuais foram usados para calcular os intervalos.
mais calor
sem mudanças
mais frio
Figura 32: Representação gráfica de valores médios e intervalo de confiança para a terceira
pergunta do questionário.
Fonte: Da autora.
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50,0% 50,0%
83,3%
Aceitação20h30
22,9%
77,1%
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Tanto para a variável “como você se sente neste exato momento” (Figura 34)
como para a variável “neste exato momento, em relação ao clima, eu estou” (Figura
35), ao nível de significância de 5% concluiu-se que a casa no chão apresenta
menor valor médio, ou seja, as respostas indicaram estatisticamente que esta
tipologia é termicamente mais confortável. Já a tipologia flutuante, apresentou maior
valor médio, indicando que a mesma confere maior desconforto por calor aos
usuários.
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calor
Percepção
um pouco de calor
um pouco de frio
TIPO DE CASA
ão te it a ão te it a ão te it a
ch uan alaf ch uan alaf ch uan alaf
t t t
no fl u p no flu p no flu p
s a s a s a
ca ca ca
30 h3
0
h3
0
8h 12 20
desconfortável
um pouco desconfortável
confortável
TIPO DE CASA
ão e
nt lafi t
a ão e
nt lafit
a ão e
nt lafit
a
ch t ua a ch t ua a ch t ua a
no f lu p no flu p no flu p
s a s a s a
ca ca ca
30 h3
0
h3
0
8h 12 20
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100,0% 100,0%
Flutuante 8h30 Flutuante 12h30 Flutuante 20h30
21,7% 26,1%
52,2% 47,8%
78,3% 73,9%
47,4%
52,6%
73,7%
84,2%
Figura 36: Aceitação das condições climáticas para os três grupos de casa e três períodos
de análise.
Fonte: Da autora
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90
100 100
75 75
Idade
Idade
50 50
25 25
0 0
Não Sim Não Sim
calor ou muito calor às 8h30 calor ou muito calor às 12h30
100
75
Idade
50
25
0
Não Sim
calor ou muito calor às 20h30
Figura 37: Níveis descritivos (valores-p) dos testes de Fisher.
Fonte: Da autora.
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Figura 38: Marcha horária da temperatura de bulbo seco, bulbo úmido e umidade relativa do
ar interno.
Fonte: Da autora.
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problemas de conforto, pode estar incorreta para climas quentes e úmidos, tendo em
vista que velocidades maiores podem provomover conforto térmico, compensando
tais desvantagens. Do mesmo modo, ao analisar os limites de velocidade para
climas quentes e úmidos estabelecidos nas normas ASHRAE 55 (2004) e ISO 7730
(2005), Cândido et al (2010 a) sugere alterações nos limites máximos de velocidade
do vento interno, tendo em vista que o movimento do ar que é considerado
desconfortável nos demais tipos de clima, pode ser tido como confortável em climas
quentes e úmidos. A pesquisa feita pelos autores encontrou valores de aceitação na
casa dos 0.80m/s e até 1,60 m/s, dados estes diretamente relacionados a questão
da percepção térmica, onde a expectativa climática interior do usuário, varia de
acordo com o contexto em que se insere a habitação (DE DEAR, LEOW, FOO;
1991).
Wong et al. (2002) num estudo em Singapura, região de mesmo tipo
climático de Manacapuru-AM, verificou que o uso do ar condicionado tem crescido
drasticamente nos ultimos anos, porém, num momento em que prioriza-se pela
redução de consumo energético, cresce a importância da potencialização do uso da
ventilação natural (VN) e de mecanismo adaptativos (WONG et al., 2002; LIPING;
HIEN, 2007). Devido ao grande adensamento habitacional em Singapura, as
habitações acabam por sofrer obstruções, fato este que não ocorre na região de
estudo da presente pesquisa, já que as habitações ribeirinhas encontram-se em
áreas rurais, denotando um forte potencial para o estudo de estratégias de
ventilação natural, aliado a aceitação de maiores valores de ventilação por
habitantes de climas quentes e úmidos (DE DEAR; LEOW; FOO, 1991; LOBO;
BITTENCOURT, 2003; FERIADI; WONG, 2004; CANDIDO et al., 2010 a; CANDIDO
et al., 2010 b; FRONTCZAK; WARGOCKI, 2011; CANDIDO; DE DEAR, LAMBERTS;
2011).
Ainda no estudo de Wong et al. (2002), observou-se que o movimento do ar
tem influência na sensação de conforto dos moradores locais aliviando os efeitos da
alta temperatura e melhora na sensação de conforto dos habitantes, tendo em vista
que os ocupantes preferem tomar primeiramente medidas adaptativas de controle
ambiental (janela, ventilador, ar condicionado) para posteriormente recorrerem a
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Já para uma casa nova (Figura 45), que pode ser construída visando o
enfoque bioclimático, identificou-se algumas estratégias que podem ser
desenvolvidas em fase de projeto e execução, que podem ainda, ser projetadas em
paralelo ao projeto do ciclo de vida do sistema produto, considerando o seu
desenvolvimento desde a fase de planejamento até o seu descarte, com base na
metodologia LCD, abordada no ítem 2.4 desta dissertação. Desta forma a arquitetura
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Fonte: Da autora.
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“Pesqueiro”, tendo em vista que a mesma seria visitada no primeiro e no terceiro dia
de pesquisa, o que permitia a instalação e retirada do equipamento, possibilitando a
coleta de dados nos três dias de análise, favorecendo ainda a logística da viagem.
Outro fator importante na escolha da casa foram as questões de segurança do
equipamento durante a pesquisa. Dito isso, buscou-se por uma família que aceitasse
que o equipamento fosse instalado em sua casa e que este permanecesse,
funcionando durante os três dias de pesquisa.
No dia 15 de agosto de 2017, ao chegar na comunidade “Pesqueiro”, a
pesquisa foi apresentada aos moradores locais e o líder da comunidade ofereceu
sua casa, como estudo de caso para esta pesquisa (Figura 46).
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Equação 7
U = 1/Rt
Onde:
U: transmitância térmica – W/m².K
R: resistência térmica de um componente - (m².K)/W
Equação 8
Onde:
c: calor específico – kJ (kg/K)
e: espessura de uma camada – m
ρ: densidade de massa aparente do material – kg/m³
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Figura 50: Temperatura máxima interna e externa para o dia 16 de agosto de 2017.
Fonte: Da autora.
Equação 9
Tconforto = 0,341 Ta externo + 18,83
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Tabela 14: Temperatura média horária da habitação analisada para o dia 16/08/2017.
Horário Temperatura Média (°C)
00:00 27,9
01:00 27,5
02:00 27,2
03:00 27,0
04:00 27,3
05:00 27,0
06:00 27,1
07:00 28,6
08:00 30,0
09:00 32,1
10:00 33,8
11:00 35,1
12:00 35,7
13:00 36,1
14:00 36,3
15:00 35,4
16:00 34,0
17:00 32,5
18:00 31,4
19:00 30,8
20:00 30,0
21:00 29,0
22:00 27,9
23:00 27,4
Fonte: Da autora.
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Figura 51: Marcha horária da temperatura interna do ar para o dia 16/08/2018 e o modelo de
conforto adaptativo por Nguyen, Singh e Reiter (2012).
Fonte: Da autora.
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pois os resultados desta pesquisa indicam que habitantes destas regiões estão
adaptados àquela situação e que o modelo de conforto adaptativo é eficiente no
auxílio ao desenvolvimento de edificações termicamente confortáveis quando
associado ao uso de estratégias bioclimáticas, favorecendo a diminuição do uso de
meios ativos para a promoção do conforto.
Após a análise dos parâmetros nacionais e internacionais acerca do conforto
térmico, a presente pesquisa utilizou-se de experimentações, com a finalidade de
analisar e compreender o uso de algumas estratégias bioclimáticas para a
habitação, objeto de estudo.
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CALOR
MATERIAL: madeira CONDUTIVIDADE DENSIDADE ABSORTÂNCIA ABSORTÂNCIA ABSORTÂNCIA
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA ESPECÍFICO REFLETÂNCIA
carvalho (W/m-K) (Kg/m³) TÉRMICA SOLAR VISIL
(J/kg-K)
Tabela 15: Propriedades físicas da madeira carvalho (paredes externas, janelas, pisos, forros e varandas), na habitação simulada.
Fonte: Da autora.
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MATERIAIS CALOR
CONDUTIVIDADE DENSIDADE ABSORTÂNCI ABSORTÂNCI ABSORTÂNCI
UTILIZADOS NOS MATERIAL REPRESENTAÇÃO GRÁFICA ESPECÍFICO REFLETÂNCIA
(W/m-K) (Kg/m³) A TÉRMICA A SOLAR A VISIL
MODELOS (J/kg-K)
SIMULADOS
MODELO 01:
Habitação construída
sobre pilotis com
113,0 390,0 7000,0 0,12 0,85 0,15 0,85
cobertura em telha
metálica oxidada:
Zinco 0,4 mm.
MODELO 02:
Habitação construída
sobre pilotis com
cobertura em telha 110,0 380,0 7200,0 0,9 0,2 0,5 0,2
metálica pintada na cor
branca:
Zinco 0,4 mm.
MODELO 03:
Habitação construída
sobre pilotis com
0,190 2390,0 1070,0 0,9 0,5 0,8 0,5
cobertura em madeira
carvalho (cumaru).
MODELO 04:
Habitação construída
sobre pilotis com
cobertura em telha
Zinco: 110,0 Zinco: 380,0 Zinco: 7200,0
sanduíche pintada na 0,9 0,2 0,5 0,2
EPS: 0,040 EPS: 1400,0 EPS: 15,00
cor branca:
Zinco 0,4 mm;
Isolante térmico EPS: 3
cm.
MODELO 05:
Habitação construída
sobre pilotis com
cobertura em telha 113,0 390,0 1070,0 0,12 0,85 0,15 0,85
metálica oxidada, sem
beirais:
Zinco 0,4 mm.
MODELO 07:
Habitação construída
sobre o solo, com
cobertura em telha 113,0 390,0 1070,0 0,12 0,85 0,15 0,85
metálica oxidada, sem
beirais:
Zinco 0,4 mm.
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(simples chapa metálica oxidada sem beirais), que possuem o mesmo tipo de
telhado, mas com diferenças nos beirais das varandas, verifica-se que o
sombreamento causado por esses beirais, nas respectivas fachadas, tem pouco
impacto nas horas de desconforto na base anual analisada, mostrando que dentre
as estratégias aqui simuladas, a telha metálica oxidada apresenta o cenário mais
desfavorável às condições de conforto térmico e, infelizmente, é a tipologia de
cobertura mais comum na região de estudo.
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Building Data
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";"";"756,90";
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;"1,98";
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;"Roof";"Outside";"68,590";"Telhadooxidado";"8,333";"571,5665";"0,546";"
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;"266,80";
;;;;;;;;;;;;;;"2131,2";;"2227,2";;"11510,3";
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;
;
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N/A";"N/A";"N/A";"False";"0,00";
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777,20";
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"";"346,20";
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,00";
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"";"734,80";
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00";
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,08";
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;;;;;;;;;;;;;;"797,5";;"797,5";;"3420,8";
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;
;
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(W/K-m2)";"U-Value*Area (W/K)";"Km (KJ/m2-K)";"Km*Area (KJ/K)";"SROut
(m2-K/W)";"SRIn (m2-K/W)";"Orientation (deg E of N)";"Slope
(deg)";"Heavyweight?";"Embodied Carbon (kgCO2)";"Embodied Carbon
Flag";"Equivalent CO2 (kgCO2)";"Equivalent CO2 Flag";"Cost of Surface
Finish (GBP)";
;"Infiltration";"Outside";"N/A";"N/A";"N/A";"14,219";"N/A";"N/A";"N/A";"
N/A";"N/A";"N/A";"False";"0,00";
;"Natural
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;"";"756,90";
;"Roof";"Telhado -
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20";
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"";"346,20";
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,00";
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0";
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,08";
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;;;;;;;;;;;;;;"460,4";;"460,4";;"3463,2";
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"Base -
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;
;
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(W/K-m2)";"U-Value*Area (W/K)";"Km (KJ/m2-K)";"Km*Area (KJ/K)";"SROut
(m2-K/W)";"SRIn (m2-K/W)";"Orientation (deg E of N)";"Slope
(deg)";"Heavyweight?";"Embodied Carbon (kgCO2)";"Embodied Carbon
Flag";"Equivalent CO2 (kgCO2)";"Equivalent CO2 Flag";"Cost of Surface
Finish (GBP)";
;"Infiltration";"Outside";"N/A";"N/A";"N/A";"14,219";"N/A";"N/A";"N/A";"
N/A";"N/A";"N/A";"False";"0,00";
;"Natural
ventilation";"Outside";"N/A";"N/A";"N/A";"101,561";"N/A";"N/A";"N/A";"N/
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;"Floor";"Outside";"16,820";"PisoCumaru";"2,557";"43,0121";"29,409";"494
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;"";"756,90";
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"";"346,20";
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,00";
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;"Partition";"Base -
Salacozinha";"7,527";"ParedeCumaru";"3,689";"27,7695";"29,409";"221,3612
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,08";
;"Door";"Base -
Salacozinha";"2,188";"PortaCumaru";"3,689";"8,0722";"29,409";"64,3468";"
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;;;;;;;;;;;;;;"685,1";;"685,1";;"3463,2";
"Zone";"Activity";"Floor area (m2)";"Volume (m3)";"Heated?";"Heating
SetPoint Temperature (C)";"Cooled?";"Cooling SetPoint Temperature (C)";
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"Base -
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;
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(W/K-m2)";"U-Value*Area (W/K)";"Km (KJ/m2-K)";"Km*Area (KJ/K)";"SROut
(m2-K/W)";"SRIn (m2-K/W)";"Orientation (deg E of N)";"Slope
(deg)";"Heavyweight?";"Embodied Carbon (kgCO2)";"Embodied Carbon
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020";"0,100";"315,000";"0,000";"True";"413,423";"";"413,423";"";"2.144,5
5";
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"";"346,20";
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,00";
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0";
;"Partition";"Base -
Quartosolt2";"7,527";"ParedeCumaru";"3,689";"27,7695";"29,409";"221,3612
";"0,020";"0,130";"135,000";"90,000";"True";"0,000";"";"0,000";"";"301,0
8";
;"Door";"Base -
Quartosolt2";"2,188";"PortaCumaru";"3,689";"8,0722";"29,409";"64,3468";"
0,020";"0,130";"135,000";"90,000";"True";"0,000";"";"0,000";"";"0,00";
;"Partition";"Base -
Quartosolt1";"7,527";"ParedeCumaru";"3,689";"27,7695";"29,409";"221,3612
";"0,020";"0,130";"135,000";"90,000";"True";"0,000";"";"0,000";"";"301,0
8";
;"Door";"Base -
Quartosolt1";"2,188";"PortaCumaru";"3,689";"8,0722";"29,409";"64,3468";"
0,020";"0,130";"135,000";"90,000";"True";"0,000";"";"0,000";"";"0,00";
;"Partition";"Base -
Quartocasal";"7,527";"ParedeCumaru";"3,689";"27,7695";"29,409";"221,3612
";"0,020";"0,130";"135,000";"90,000";"True";"0,000";"";"0,000";"";"301,0
8";
_____________________________________________________________________________________________________
Arquitetura e percepção bioclimática em habitações ribeirinhas na Amazônia brasileira
Maria Cristina Celuppi
194
;"Door";"Base -
Quartocasal";"2,188";"PortaCumaru";"3,689";"8,0722";"29,409";"64,3468";"
0,020";"0,130";"135,000";"90,000";"True";"0,000";"";"0,000";"";"0,00";
;"Wall";"Outside";"17,349";"ParedeCumaru";"3,689";"64,0060";"29,409";"51
0,2159";"0,020";"0,130";"45,000";"90,000";"True";"200,671";"";"200,671";
"";"693,96";
;"Door";"Outside";"2,081";"PortaCumaru";"3,689";"7,6775";"29,409";"61,20
00";"0,020";"0,130";"45,000";"90,000";"True";"24,070";"";"24,070";"";"0,
00";
;"Wall";"Outside";"25,965";"ParedeCumaru";"3,689";"95,7932";"29,409";"76
3,6034";"0,020";"0,130";"315,000";"90,000";"True";"300,329";"";"300,329"
;"";"1.038,60";
;"Door";"Outside";"3,180";"PortaCumaru";"3,689";"11,7320";"29,409";"93,5
205";"0,020";"0,130";"315,000";"90,000";"True";"36,782";"";"36,782";"";"
0,00";
;"Partition";"Base -
Quartosemteto";"12,385";"ParedeCumaru";"3,689";"45,6922";"29,409";"364,2
299";"0,020";"0,130";"225,000";"90,000";"True";"71,627";"";"71,627";"";"
495,40";
;"Door";"Base -
Quartosemteto";"2,188";"PortaCumaru";"3,689";"8,0722";"29,409";"64,3468"
;"0,020";"0,130";"225,000";"90,000";"True";"12,654";"";"12,654";"";"0,00
";
;"Partition";"Base -
Quartosemteto";"9,715";"ParedeCumaru";"3,689";"35,8417";"29,409";"285,70
80";"0,020";"0,130";"315,000";"90,000";"True";"56,185";"";"56,185";"";"3
88,60";
;"Partition";"Base -
Quartosemteto";"14,573";"ParedeCumaru";"3,689";"53,7645";"29,409";"428,5
766";"0,020";"0,130";"45,000";"90,000";"True";"84,281";"";"84,281";"";"5
82,92";
;;;;;;;;;;;;;;"2588,7";;"2588,7";;"12141,9";
"Zone";"Activity";"Floor area (m2)";"Volume (m3)";"Heated?";"Heating
SetPoint Temperature (C)";"Cooled?";"Cooling SetPoint Temperature (C)";
"Base -
Quartosemteto";"SalaCozinha";"12,615";"42,26";"False";"0,000";"False";"9
9,000";
;
;"Element";"Adjacent condition";"Area-Nett (m2)";"Flow path";"U-Value
(W/K-m2)";"U-Value*Area (W/K)";"Km (KJ/m2-K)";"Km*Area (KJ/K)";"SROut
(m2-K/W)";"SRIn (m2-K/W)";"Orientation (deg E of N)";"Slope
(deg)";"Heavyweight?";"Embodied Carbon (kgCO2)";"Embodied Carbon
Flag";"Equivalent CO2 (kgCO2)";"Equivalent CO2 Flag";"Cost of Surface
Finish (GBP)";
;"Infiltration";"Outside";"N/A";"N/A";"N/A";"10,664";"N/A";"N/A";"N/A";"
N/A";"N/A";"N/A";"False";"0,00";
;"Natural
ventilation";"Outside";"N/A";"N/A";"N/A";"76,170";"N/A";"N/A";"N/A";"N/A
";"N/A";"N/A";"False";"0,00";
;"Floor";"Outside";"12,615";"PisoCumaru";"2,557";"32,2591";"29,409";"370
,9939";"0,100";"0,170";"135,000";"180,000";"True";"145,914";"";"145,914"
;"";"567,67";
;"Roof";"Telhado -
Sotao";"0,044";"TetoCumaru";"4,148";"0,1825";"29,409";"1,2940";"0,020";"
0,100";"315,000";"0,000";"True";"0,254";"";"0,254";"";"1,32";
_____________________________________________________________________________________________________
Arquitetura e percepção bioclimática em habitações ribeirinhas na Amazônia brasileira
Maria Cristina Celuppi
195
;"Partition";"Base -
Salacozinha";"14,573";"ParedeCumaru";"3,689";"53,7645";"29,409";"428,576
6";"0,020";"0,130";"225,000";"90,000";"True";"0,000";"";"0,000";"";"582,
92";
;"Partition";"Base -
Salacozinha";"9,715";"ParedeCumaru";"3,689";"35,8417";"29,409";"285,7080
";"0,020";"0,130";"135,000";"90,000";"True";"0,000";"";"0,000";"";"388,6
0";
;"Partition";"Base -
Salacozinha";"12,385";"ParedeCumaru";"3,689";"45,6922";"29,409";"364,229
9";"0,020";"0,130";"45,000";"90,000";"True";"0,000";"";"0,000";"";"495,4
0";
;"Door";"Base -
Salacozinha";"2,188";"PortaCumaru";"3,689";"8,0722";"29,409";"64,3468";"
0,020";"0,130";"45,000";"90,000";"True";"0,000";"";"0,000";"";"0,00";
;"Wall";"Outside";"8,655";"ParedeCumaru";"3,689";"31,9311";"29,409";"254
,5345";"0,020";"0,130";"315,000";"90,000";"True";"100,110";"";"100,110";
"";"346,20";
;"Door";"Outside";"1,060";"PortaCumaru";"3,689";"3,9107";"29,409";"31,17
35";"0,020";"0,130";"315,000";"90,000";"True";"12,261";"";"12,261";"";"0
,00";
;;;;;;;;;;;;;;"258,5";;"258,5";;"2382,1";
"Table: 1, 4, 2"
"Building Total";"810,8";"9062,9";"9158,9";
COST DATA
" "
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"Table: 2, 3, 1"
"Structure Costs";"Floor Area (m2)";"Cost (GBP)";
"Sub Total";"256,5";"53.866,05";
" "
"Table: 2, 3, 1"
"HVAC Costs";"Floor Area (m2)";"Cost (GBP)";
"Sub Total";"256,5";"20.184,00";
" "
"Table: 2, 3, 1"
"Lighting Costs";"Floor Area (m2)";"Cost (GBP)";
"Sub Total";"256,5";"8.073,60";
" "
"Table: 2, 3, 1"
"Sub-Structure Costs";"Floor Area (m2)";"Cost (GBP)";
"Sub Total";"0,0";"0,00";
" "
"Table: 8, 3, 1"
"Super Structure Cost";"Construction Area (m2)";"Cost (GBP)";
"PortaCumaru";"20,4";"794,55"
"TetoCumaru";"122,0";"4.757,57"
"PisoCumaru";"134,6";"5.247,84"
"Telhadooxidado";"137,2";"13.580,82"
"TetoCumaru_Reversed";"122,0";"4.757,57"
"ParedeCumaru";"274,7";"10.713,42"
"Sub Total";"810,8";"39.851,77";
" "
"Table: 4, 3, 1"
"Glazing Cost";"Surface Area (m2)";"Cost (GBP)";
"Local shading";" ";"0,00"
"Blinds and internal shades";" ";"0,00"
"Sub Total";"";"0,00";
" "
"Table: 7, 3, 1"
"Renewables Cost";"Area (m2)";"Cost (GBP)";
"PV Panels";"0,00";"0,00"
"Solar Hot Water Panels";"0,00";"0,00"
"Wind Turbines";"0,00";"0,00"
"PV Electrical";" ";"0,00"
"Wind Turbine Electrical";" ";"0,00"
"Sub Total";"";"0,00";
" "
"Table: 5, 3, 1"
"Surface Finish Costs";"Surface Area (m2)";"Cost (GBP)";
"Walls";"0,0";"0,00"
"Floors";"0,0";"0,00"
"Ceiling";"0,0";"0,00"
"Sub Total";"";"0,00";
"Table: 1, 3, 1"
"Building Total Cost (GBP)";"";"121.975,42";
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