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NA TELEVISÃO BRASILEIRA
Gerson Brisolara
A HISTÓRIA DO CARNAVAL
NA TELEVISÃO BRASILEIRA
Gerson Brisolara
SUMÁRIO
. Prefácio
. Introdução
TV Piratini
TV Guaíba
TV Bandeirantes
TVE RS
RBS TV
Carnaval de Florianópolis
Carnaval de Vitória
Carnaval de Uruguaiana
Okay, okay!
Green Ass
2011
2012
2013
Desfiles cariocas
G1
TV Globo Internacional
2014
2015
2016
Desfile em SP
2017
Anhembi
Série A
Especial
2018
2019
2020
O Especial tá on
Barracões
Recorde regional
Medição da audiência da TV
Valor do ponto de audiência para a temporada 2022
TV Alerj transmite Carnaval da Estrada Intendente
Magalhães
Ordem dos desfiles da Série Prata
Carnaval em Corumbá
Carnaval em Manaus
Carnaval de Niterói
Dedicatória:
À memória de meus pais, Aly Paris Brisolara e Maria da
Conceição Brisolara, que me deixaram como herança a
possibilidade do estudo formal e de uma excelente educação
vinda de berço;
Ao meu irmão Gilson Brisolara, pela pronta parceria de todas
as horas;
À minha mulher, companheira e cúmplice Cris Valentin, pelo
carinho, pelo amor e pelo cuidado de sempre;
Aos meus familiares pelo apoio sempre com torcida
permanente;
Ao jornalista Marco Maciel e aos colegas e amigos do site
Sambario por acreditarem e aprovarem a iniciativa;
A todos os jornalistas e profissionais de imprensa que contam
a história do dia a dia da folia;
A todos os citados no livro que eu conheço e não conheço que
ajudaram a escrever a história do carnaval na televisão;
A todos que por ventura gostam e torcem por mim.
Orelha 1:
A História do Carnaval na Televisão Brasileira procura
unir em seu conteúdo jornalismo, história e carnaval. O
autor segue uma ordem cronológica, que se inicia com o que
classifica de “primórdios”, envolvendo uma espécie de pré-
história dos desfiles, com a realização do primeiro concurso
de escolas de samba no Rio de Janeiro, em 1932, promovido
pelo jornal Mundo Sportivo, de Mario Rodrigues Filho (em um
período bem anterior ao surgimento da televisão no Brasil). A
obra explora o pioneirismo da TV Tupi, que teve o privilégio
de televisionar pela primeira vez um desfile de escolas de
samba, ainda nos anos 50; a simpatia da classe média pelo
carnaval na década de 60; o surgimento da televisão colorida
nos anos 70 e o início da hegemonia da TV Globo na
cobertura da folia; a superequipe da TV Educativa no início
dos anos 80; a inauguração do Sambódromo da Sapucaí em
1984, a cobertura exclusiva da legendária TV Manchete e o
boicote global; a guerra publicitária das cervejas nos anos 90;
os carnavais de Salvador, de Manaus e de São Paulo exibidos
em rede nacional; a falência do canal do Grupo Bloch e a
exclusividade da Família Marinham a partir dos anos 2000; a
era da folia digital ditada pela internet; o aparecimento da
Covid-19 em 2020 e as incertezas com o cenário sanitário
mundial; a necessária reinvenção do segmento carnavalesco a
partir da pandemia (lives e ensaios virtuais); o triste ano de
2021 sem carnaval, e a retomada em 2022 com os carnavais
adiados para o mês de abril.
Orelha 2:
Foto: Reprodução
CAPÍTULO 1 – OS
PRIMÓRDIOS
Outro evento que anualmente mexia com a cidade era a transmissão do carnaval feita
pela televisão. Ao se reportar a esse tempo, vale registrar que não só a folia momesca
era outra, como também era outro o panorama das emissoras de TV da época,
inicialmente só a Tupi transmitia, mas depois as TVs Rio, Continental, Excelsior e
Globo passaram também a transmitir e a disputar a audiência do telespectador. O
carnaval não se resumia somente aos desfiles das escolas de samba, havia os grandes
bailes de hotéis e clubes, como o do Copacabana Palace, Quitandinha, Monte Líbano,
Fluminense, e o mais famoso de todos: o baile do Teatro Municipal.
Do preto e branco
O homem coloriu
A TV evoluiu
Pintou uma aquarela nessa tela
Qual será o fim dessa novela?
“Quem Te Viu, Quem TV” (Adilson Magrinho, Jairo Bráulio,
Claudinho e Mário Carabina) – Samba enredo da GRES Leão
de Nova Iguaçu 1991.
o dia 19 de fevereiro de 1972 os brasileiros
Mudanças no palco
Formato da transmissão
Indiscutivelmente
É a era da televisão
O tão distante presente se faz presente
E satisfaz nossa visão
Até a lua lá no céu
Nos chega via Embratel
“Com a boca no mundo, quem não se comunica, se
trumbica” (Aluísio Machado e Beto Sem Braço) – Samba
enredo da GRES Império Serrano 1987.
m tempos que impera o monopólio de apenas
Samba da Garoa
TV CULTURA
GLOBO
TV EDUCATIVA
TUPI
Narração: José Cunha e Osmar Frazão
BANDEIRANTES
Narração: Galvão Bueno e Murilo Nery (RJ) e Edson Garcia
(SP).
Apresentadores: Bolinha, Chacrinha e João Roberto Kelly.
Comentários: Albino Pinheiro, Fernando Pamplona e Maria
Augusta Rodrigues (RJ) e Denílson Benevides (SP).
Reportagens: Cristina Prochaska, Cristina Rego Monteiro,
Emílio Surita, Hilton Abi-Rihan, Monique Evans, Otávio Mesquita,
Rogéria, Sandra Annenberg e Sandra Moreira.
GLOBO
Narração: Hilton Gomes, Léo Batista e Luiz Lobo.
Comentários: Carlos Alfredo de Macedo Miranda, Dalal
Achcar, Guio de Moraes, Haroldo Costa, Mauro Monteiro, Ricardo
Cravo Albin e Sérgio Cabral.
Reportagens: Carlos Mendes, Leila Cordeiro, Luiz Eduardo
Lobo, Maria Regina Martinez, Mario Jorge Guimarães e Ricardo
Pereira.
TV EDUCATIVA
Narração: Fernando Pamplona, Luiz Lobo.
Comentários: Albino Pinheiro, Mister Eco, Sérgio Cabral e
Valdinar Ranulfo.
Supercampeonato
Muito já foi falado, dito e escrito sobre o
Supercampeonato do Carnaval de 1984. Para não cansar os
leitores, serei mais sucinto.
Após uma “trégua” de dois dias – quinta e sexta – sem
tanta ênfase ao carnaval, a Manchete voltou com tudo no
sábado, dia 10 de março, para transmitir o
Supercampeonato.
A ordem do desfile, que terminou ao amanhecer do
domingo, dia 11, foi: Santa Cruz (vice do Grupo 1-B);
Cabuçu (campeã do 1-B); Caprichosos (3º lugar de Domingo);
Beija-Flor (3º lugar de Segunda); Império Serrano (vice de
Domingo); Mocidade (vice de Segunda); Portela (campeã de
Domingo) e Mangueira (campeã de Segunda). O resultado do
desfile foi o inverso da ordem de desfile, com a Mangueira se
sagrando supercampeã e a TV Manchete conquistando o
coração dos carnavalescos.
Podemos afirmar que o carnaval de 1984 terminou, de
fato, em 24 de julho de 1984. Esta data marcou o final e o
início de uma nova era: foi neste dia em que as entidades
carnavalescas do Grupo 1-A fundaram a Liga Independente
das Escolas de Samba da Cidade do Rio de Janeiro, a Liesa.
Sob a presidência de Castor de Andrade (1926 - 1997),
patrono da Mocidade Independente de Padre Miguel, a Liesa
significava uma ruptura em relação à Associação das Escolas
de Samba da Cidade do Rio de Janeiro (AESCRJ) e tinha
como objetivo gerenciar os desfiles e repartir os lucros
(vendas dos ingressos, comercialização dos discos de samba-
enredo e direitos de transmissão de TV) entre as agremiações.
A cada ano, as escolas promovidas do Grupo de Acesso
para o Especial se filiavam à LIESA, e as rebaixadas se
desfiliavam, para voltar a integrar a AESCRJ, entidade que
organizou os desfiles da segunda divisão das escolas de
samba do carnaval do Rio de Janeiro até 1994. No ano
seguinte, a categoria passou a ser gerida pela efêmera Liga
Independente das Escolas de Samba do Grupo de Acesso
(Liesga), retornando a posse à AESCRJ entre os anos de 1996
e 2008.
De 2009 a 2012, a “segundona”, agora rebatizada de
Grupo A, foi organizada pela Liga das Escolas de Samba do
Grupo de Acesso (LESGA), que em seguida trocou de nome
para Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (LIERJ) e
organizou o carnaval da categoria entre 2013 e 2020.
Atualmente, a Liga Independente do Grupo A do Rio de
Janeiro (LIGA RJ), criada em 29 de abril de 2019, é a
entidade carnavalesca que organiza a Série Ouro, novo nome
do segundo grupo do Carnaval Carioca.
A AESCRJ, fundada no ano de 1953 e que até 2013
administrava os grupos B, C, D e E, que equivalem à terceira,
quarta e quinta e sexta divisões do Carnaval Carioca,
respectivamente, foi extinta em 2015.
Band
Manchete
Globo
MANCHETE
Narração: Paulo Stein
Comentários: Albino Pinheiro, Fernando Pamplona, Haroldo Costa,
José Carlos Rego, Maria Augusta, Roberto Barreiras e Sérgio Cabral.
Reportagens: Adelzon Alves, Carla Ramos, Carlos Alberto Torres,
Eliane Furtado, Geraldo Carneiro, Marcos Uchôa, Tarlis Batista, Xico
Teixeira, entre outros.
CAPÍTULO 5 – NA TELA DA TV NO
MEIO DESSE POVO... (ANOS
80/90)
Lá vou eu
Lá vou eu
Hoje a festa é na avenida
No carnaval da Globo
Feliz, eu tô de bem com a vida
“Carnaval Globeleza” (Jorge Aragão e Franco) – Tema da
cobertura carnavalesca da TV Globo desde 1991.
eber do próprio veneno é uma expressão popular
O carnaval é do povo
Amigo obrigado
Por tantos carnavais
A coisa hoje está mudada
Sua pele bronzeada
Não respeitam mais
Com certeza vamos sorrir de novo
O carnaval é do povo
O carnaval é do povo (8x)
A Globo é, é
Samba no pé, no pé
Na TV Globo é que a gente leva fé
A Globo é, é
Samba no pé, no pé
Quem sabe, sabe e vai dizer como é que é
(Vem Brasil)
Brasil, tá na hora
Vem pra avenida sambar
Explode a bateria noite afora
Que o povo todo vai desfilar
Esquece a tristeza, cante com a gente
São mais de 20 anos que beleza
Na Globo o carnaval é bem mais quente
É tempo de sorrir, cantar
É a voz do povo, chama que arde
É a Rede Globo, felicidade
(Com a gente)
Com a gente
Na alegria e na tristeza
Vendo um tempo novo
No raiar do sol do nosso povo
(É tempo!)
É tempo de alegria
Suando em pleno verão
Do nascer do dia
A Globo é o estandarte
De um povo cheio de emoção
É tempo de sorrir, cantar
Na Rede Globo o carnaval vai arrasar
É tempo de sorrir, cantar
A Globo é sabedoria popular
A Voz do Carnaval
Fantasia
Equipe de craques
“Requentando os Tamborins”
Se liga na Manchete
Se liga na Manchete
Tem Botequim, tem Adelzon
Samba Som Sete
Se liga na Manchete
Se liga na Manchete
Tem Botequim, Jorge Aragão
Samba Som Sete
Tantos Carnavais
GLOBO
MANCHETE
Baianidade Nagô
MANCHETE
Alô, você!
Uma das marcas registradas das transmissões do
carnaval da TV Globo nos anos 80 e 90 foi sem dúvida o
jornalista, locutor e comentarista esportivo Fernando Vanucci
(1951 - 2020). O mineiro de Uberaba já era um rosto
conhecido do público em rede nacional desde 1977 quando,
aos 26 anos de idade, passou a trabalhar no Rio de Janeiro,
na Central Globo de Jornalismo.
Na TV Globo apresentou vários jornais: Globo Esporte,
RJTV, Esporte Espetacular, Jornal Nacional, Jornal Hoje,
Fantástico, Gols do Fantástico, entre outros. Em 1985, já com
duas Copas do Mundo nas costas (cobriu os torneios da
Argentina, em 1978, e da Espanha, em 1982), Vanucci foi
escalado para a cobertura carnavalesca da Globo. Foi um dos
narradores do Carnaval da Globo de 1985 a 1999.
Enquanto esteve na emissora do Jardim Botânico
carioca, o apresentador encarnava um tipo bem-humorado e
criava frases de efeito e bordões que caíram nas graças do
grande público, quebrando o rígido padrão Globo com sua
informalidade.
Quem não se lembra de frases como não tem lero-lero
nem vem cá que eu também quero? Ou tudo em nome da
alegria? Várias expressões de sua autoria figuraram no
vocabulário popular, como esse até eu faria para aquele gol
fácil perdido pelo atacante. Sem falar do schlap, que criou
para o gol de cabeça. “Nas peladas de rua, para mim, esse era
o barulho da cabeça batendo na bola: schlap”, explicava.
Além, é lógico, do mais célebre: alô, você, como é bom
estarmos juntinhos de novo. O inefável bordão foi utilizado até
como caco de empolgação pelo cantor Maurício Cem, puxador
de samba no desfile da União da Ilha do Governador, em
1993. Enquanto conduzia a escola entoando o samba-enredo
“Os Maiores Espetáculos da Terra” (de Bicudo, Djalma Falcão
e Guará da Empresa), o intérprete insulano de vez em quando
largava um “alô você” no microfone ao longo da avenida, ao
que era prontamente respondido com outro “alô você” direto
da cabine da transmissão pelo âncora da Rede Globo,
Fernando Vanucci, autor original do bordão.
O apresentador era casado desde 2001 com a
amazonense Alessandra Terra. Entretanto, nas décadas de 80
e 90, o jornalista tinha fama de galã e conquistador.
Mesmo com 1,69 m de altura, uma calvície pronunciada
e uma barriguinha persistente, Vanucci teve inúmeras
namoradas. Pelo menos três delas foram musas nos anos 80
e 90 e estamparam a capa da revista Playboy: Suzane
Carvalho, Marcella Prado e Marinara Costa. Todas com
alguma participação destacada em carnaval.
Suzane Carvalho foi capa da revista masculina em 1982
e atuou em três novelas da TV Globo, além de filmes, peças
de teatro e programas de comédia. Depois, se dedicou ao
automobilismo, correndo na F-3, Stock Car e Indy Lights.
Após deixar as pistas, se tornou dona de um centro de
treinamento de pilotos. Pouca gente sabe, mas Suzane é
jornalista formada pela Faculdade de Comunicação Social da
PUC do Rio de Janeiro em 1982. Apresentou bailes de
Carnaval e de Réveillon da TV Bandeirantes (1988-1993) e
desfilava sempre pela Beija-Flor, sua escola de coração.
Marcella Prado foi uma das “Garotas do Fantástico” e
duas vezes capa da Playboy em 1987. Além de Vanucci,
namorou o piloto de F-1 Ayrton Senna (1960 - 1994), de
quem se suspeitou da paternidade de uma filha. Marcella
abandonou a fama em meados dos anos 90, deixou o país e
entrou para a Igreja. A musa desfilou pela Beija-Flor em 1988
e pela Grande Rio em 1993.
Marinara Costa foi musa dos anos 90 e tirou a roupa
para seis capas de revistas masculinas. Participou de novelas
e seriados da TV Globo e, no auge da fama, chegou a ser
candidata a deputada federal em 2002. Integrou o elenco do
lendário show “Básico Instinto” (1993), produzido pelo cantor
e escritor carioca Fausto Fawcett, no qual colocava mulheres
lindas e loiras dançando no palco, com a participação de
músicos e das musas-vocalistas Regininha Poltergeist, Kátia
Bronstein, além da própria Marinara, conhecida como
“Explode Coração”. Ex-modelo e policial civil, Marinara fez a
Sapucaí babar em 1992 ao desfilar pela Beija-Flor e, no ano
seguinte, pela Grande Rio. Passado o período de fama,
passou a levar uma vida fitness e atuar em igreja. Com
Vanucci, a beldade teve uma filha chamada Júlia, que hoje é
psicóloga.
Voltando ao apresentador, em 1998, após entrar no ar
ao vivo mastigando uma bolacha em plena apresentação do
Esporte Espetacular, Fernando Vanucci foi para a geladeira
global, de onde saiu para narrar o seu último carnaval em
1999. Após isso, foi demitido da emissora na qual trabalhou
por mais de 20 anos.
Vanucci trabalhou ainda na Band (1999 – 2001), Rede
Record (2002), RedeTV! (2003 – 2011) e em agosto de 2014
passou a fazer parte da equipe da Rede Brasil de Televisão,
onde era editor de esportes. Em abril de 2019, sofreu um
infarto que o deixou muito debilitado, tendo que passar por
duas angioplastias e colocado um marca-passo. O jornalista
ainda enfrentou uma depressão. Um novo infarto, no dia 24
de novembro de 2020, causou a morte do querido
apresentador, que estava internado no Pronto Socorro
Central, em Barueri, São Paulo.
Paranauê, Paraná...
Especiais de samba-enredo
Carnaval de Manaus
Domingo
1- São Clemente (“A São Clemente Comemora e Traz
Rui Barbosa Para os Braços do Povo”)
2- União da Ilha (“Barbosa Lima, 101 Anos do
Sobrinho do Brasil”)
3- Portela (“De Volta aos Caminhos de Minas Gerais”)
4- Salgueiro (“Salgueiro é Sol e Sal nos Quatrocentos
Anos de Natal”)
5- Vila Isabel (“João Pessoa, Onde o Sol Brilha Mais
Cedo”)
6- Império Serrano (“Uma Rua Chamada Brasil”)
7- Viradouro (“Anita Garibaldi, Heroína das Sete
Magias”)
Segunda-feira
BAND
Narração: Astrid Fontenelle e Luciano do Valle.
Comentários: Alexandre Medeiros, Jorge Aragão e Silvia
Poppovic.
O fenômeno Tiazinha
MANCHETE
Enfim, a falência
O Carnaval do Povão
CNT
Narração: Arlênio Lívio Gomes e Jorge Perlingeiro.
Comentários: Elke Maravilha, Jorge Aragão, Maria Augusta,
Marlene Paiva, Max Lopes, Milton Cunha e Miro Ribeiro.
Reportagens: Bárbara Campelo, Hilton Abi-Rihan e Paulo
Corrêa.
Após acertar uma parceria com a CNT, que estava de
fora do carnaval desde 1997, Perlingeiro capitaneou a
transmissão do Grupo de Acesso do Rio de Janeiro de 2002 a
2008, numa cobertura intitulada “Carnaval do Povão”, que
fazia valer o seu nome, afinal, tratava-se de uma cobertura
bastante informal. Um formato que a Globo por anos tentou
implementar e que também foi claramente inspirado na
configuração que a antiga TV Manchete levava, com sucesso,
ao ar e que a consolidou no mundo do carnaval.
Parafraseando o Salgueiro, a transmissão da CNT não
era nem melhor, nem pior. Era apenas bastante “original”
(diferente). Na primeira edição do Carnaval do Povão, em
2002, estiveram Marlene Paiva (1935 - 2015), uma das mais
premiadas destaques do carnaval brasileiro; a carnavalesca
Maria Augusta Rodrigues, a atriz e eterna jurada de
programas de calouros Elke Maravilha (1945 - 2016), e o
radialista Arlênio Lívio Gomes (1942 - 2003), coapresentador
da transmissão junto com o próprio Jorge Perlingeiro.
No dia 9 de fevereiro (sábado), a CNT transmitiu ao vivo
e com exclusividade direto da Marquês de Sapucaí a
apresentação do Grupo A. Os desfiles estavam previstos para
começar às 19h, mas em decorrência da forte chuva que caiu
na cidade do Rio de Janeiro, houve um atraso de cerca de
meia hora, mas a equipe do Carnaval do Povão iniciou a
cobertura pontualmente no horário previsto.
Pela ordem, foram estas as escolas que entraram na
Passarela do Samba, com seus respectivos enredos:
1- União de Jacarepaguá (“Asas: Sonho de Muitos,
Privilégio de Poucos, Tecnologia de Todos”)
2- Acadêmicos da Rocinha (“Na Rocinha, O Povo é
Sempre Notícia”)
3- Leão de Nova Iguaçu (“Do Esplendor Diamantino
aos Sonhos Dourados de Juscelino”)
4- União da Ilha do Governador (“Folias de Caxias: de
João a João... É o Carnaval da União”)
5- Unidos de Vila Isabel (“O Glorioso Nilton Santos...
Sua Bola, Sua Vida, Nossa Vila”)
6- Unidos da Villa Rica (“Sou Rio, Sou Grande, Sou
Villa Rica do Norte”)
7- Estácio de Sá (“Nos Braços do Povo, na Passarela
do Samba... 50 anos de O Dia”)
8- Boi da Ilha do Governador (“Boi da Ilha é
Holambra, a Tulipa Brasileira”)
9- Império da Tijuca (“Vossa Excelência: Feijão Com
Arroz”)
10- Unidos da Ponte (“De Minas para o Brasil, o
Mártir da Nova República”)
11- Acadêmicos de Santa Cruz (“Papel – Das origens à
Folia – História, Arte e Magia”)
12- Paraíso do Tuiuti (“Arlindo, Arlequins e
Querubins: um Carnaval no Paraíso”).
A transmissão dos desfiles de 2003 reuniu Jorge
Perlingeiro na apresentação, com comentários dos
carnavalescos Max Lopes e Milton Cunha, além de Elke
Maravilha e Miro Ribeiro, que faria a cobertura do SBT anos
mais tarde, em 2012.
Em 2005, o Carnaval do Povão contou com o sempre
presente Jorge Aragão, que, àquela altura, chegava à quarta
emissora diferente, já tendo participado das transmissões
carnavalescas pelas televisões Globo, Manchete e
Bandeirantes, em anos anteriores.
Perlingeiro sempre convidava estrelas carnavalescas
para participação especial nas transmissões. Em 2008,
durante o desfile da Estácio de Sá (ʺA História do Futuroʺ), a
consagrada porta-bandeira da Beija-Flor, Selminha Sorriso,
por exemplo, deu a honra de sua presença na transmissão. A
sambista aproveitou para falar um pouco sobre o período em
que bailou na vermelho e branco do Morro de São Carlos,
ganhando, inclusive, o título do carnaval de 1992, com o
enredo “Pauliceia Desvairada”.
No entanto, o Carnaval do Povão também pecava em
muitos aspectos técnicos. Do samba-enredo das agremiações,
por exemplo, pouco ou quase nada era ouvido. Muito por
conta do próprio apresentador e dos comentaristas, que não
paravam de falar um só minuto. Outro aspecto: a qualidade
da imagem, em comparação com Globo e Bandeirantes, era
bem precária.
E não foram poucas as vezes que Perlingeiro “esquecia”
que estava acontecendo um desfile de carnaval para fazer
demoradas entrevistas com autoridades políticas e
patrocinadores. Sabemos que é sempre bom e aconselhável
fazer uma média com o prefeito do Rio, com o secretário
municipal de Turismo e apoiadores comerciais, mas em plena
transmissão, causava muita irritação insistir com conversas
longas e enfadonhas em vez de mostrar o espetáculo na
avenida.
Esse desprazer sentido pela audiência foi observado pelo
jornalista Marco Maciel, responsável pelo site Sambario, no
editorial nº 11, de 12 de fevereiro de 2008.
CNT / LESGA
Narração: Paulo Stein
Comentários: Fernando “Cabeção” Ribeiro, Max Lopes e Miro
Ribeiro.
Reportagens: Bárbara Campelo, Fernando Reski, Miguel
Ângelo e Ronaldo Rosas.
GLOBONEWS SP
GLOBONEWS RJ
Apresentação: Luciana Ávila e Sidney Rezende.
Reportagens: Ana Paula Campos, Fernanda Grael, Leila
Sterenberg, Marina Araújo, Rafael Coimbra e Raquel Novaes.
TV Piratini
Em 20 de dezembro de 1959, foi inaugurada a primeira
emissora de televisão no Rio Grande do Sul. A TV Piratini
Canal 5 era integrada ao Grupo Diários Associados, empresa
de propriedade do empresário Assis Chateaubriand, e
retransmitia a programação da Rede Tupi além de gerar
programas locais. A sede foi instalada num terreno no Morro
Santa Tereza, na zona sul de Porto Alegre.
E o samba tinha espaço na emissora, com um programa
chamado TV Samba, apresentado pelo radialista Sayão
Lobato (1941 - 2011), no início da década de 70. Era um
programa de auditório, misto de “Discoteca do Chacrinha”
com “Silvio Santos Show”, onde o samba era destaque.
A TV Piratini foi extinta em 18 de julho de 1980 após o
cancelamento da concessão da Rede Tupi em São Paulo. O
canal em que operava – canal 5 VHF – desde 1981 pertence
ao SBT Porto Alegre. O prédio dos estúdios passou a ser
utilizado pela TVE-RS, emissora estatal gaúcha.
TV Guaíba
A TV Guaíba, canal 2 de Porto Alegre, foi fundada em 10
de março de 1979 por Breno Caldas (1910 - 1989), filho do
jornalista Francisco Antônio Vieira Caldas Júnior (1868 -
1913), o fundador da Companhia Jornalística Caldas Júnior
e do jornal Correio do Povo. O desfile de escolas de samba de
Porto Alegre foi transmitido ao vivo pela emissora nos anos de
1989, 1990 e 1991. A TV Guaíba também exibia bailes pré-
carnavalescos, como o tradicional Baile Verde e Branco,
promovido pelo Teresópolis Tênis Club.
Entre os apresentadores desta época, destacavam-se o
radialista Andi Ferreira Alves, o comunicador e produtor de
eventos Jorginho JG, os jornalistas Antônio Carlos Cortes e
Fernando Vieira, este último, responsável pela apresentação
dos bailes de carnaval na emissora. Nas reportagens, Sérgio
Zamel e Bibo Nunes, atualmente deputado federal pelo RS.
Bibo na época era apresentador de programas de clipes
musicais, dicas de festas e entretenimento voltado para o
público jovem. Na cobertura da TV Guaíba, ele geralmente
entrevistava parceiros comerciais nos intervalos dos desfiles.
Jorge Miranda Gomes, o Jorginho JG (1952 - 2012), era
um conhecido radialista em Porto Alegre, participando em
coberturas na então TV Difusora. Na TV Guaíba criou o
famoso programa Concentração, abordando MPB e carnaval.
Antônio Carlos Cortes é um radialista e advogado
conhecido por ser ativista militante da causa negra. Fundou,
no início dos anos 70, em Porto Alegre, o grupo Palmares,
formado por universitários negros que ajudaram a instituir o
20 de Novembro como Dia da Consciência Negra.
Fernando Vieira (1948 - 2020) foi um jornalista,
radialista e apresentador de televisão. Trabalhou 17 anos na
TV Guaíba, entre 1978 e 2005. Seus programas tratavam de
assuntos ligados à sociedade, ao cotidiano e à música. Na
Guaíba, era um grande incentivador dos bailes de carnaval.
Transmitiu, durante mais de uma década o Baile Verde e
Branco, promovido pelo Teresópolis Tênis Clube, na época,
um dos mais badalados eventos pré-carnavalescos da capital
gaúcha. Vieira foi o criador da Festa Nacional da Música,
lançada em 1981 como Festa Nacional do Disco, um evento
realizado em Porto Alegre por 11 edições e três na Serra
Gaúcha.
TV Bandeirantes
Assim como sua matriz paulista, a TV Bandeirantes de
Porto Alegre (ou Band-RS) não é tão assídua no carnaval e
marca uma presença bissexta na folia.
Na virada dos anos 70 para os 80, a então TV Difusora
(seu nome original) fazia a cobertura básica do carnaval da
capital gaúcha, principalmente nos telejornais locais. Entre
1981 e 1982, o comunicador e produtor cultural Delmar
Barbosa Pavão (1945 - 2010) apresentou o programa Roda de
Samba e, a seguir, o Concentração, com notícias sobre os
preparativos para os desfiles.
Desde a década de 70, Delmar foi muito atuante no
carnaval e no mundo do samba de Porto Alegre. Cantor e
músico do conjunto de samba Café, Som & Leite, foi sua
iniciativa que possibilitou na gravação do primeiro LP de
sambas-enredos do carnaval de Porto Alegre, em 1979.
Quando foi dirigente da Associação das Entidades
Carnavalescas (AECPARS) idealizou e organizou o Festival de
Samba Enredo, uma competição popular entre as escolas
para indicar os melhores sambas-enredo do carnaval em cada
categoria. Também criou o Grupo Extra, depois chamado
Grupo de Acesso (o equivalente à quarta divisão do carnaval),
na década de 80.
O multifacetado Delmar Barbosa trabalhou como diretor
de carnaval das escolas de samba Estado Maior da Restinga,
Acadêmicos da Orgia, Praiana e União da Tinga, entre outras.
Foi o compositor do samba “Festa de Batuque”, junto com
Paulo da Silva Dias, o Jajá, apresentado pela Bambas da
Orgia para o carnaval de 1995, sendo considerado, pela
comunidade carnavalesca, um dos melhores sambas daquela
safra e como obra legendária em Porto Alegre. Barbosa foi
ainda produtor musical, redator do jornal “Ensaio Geral”,
radialista da Rádio Princesa e apresentador de TV.
Após um hiato de quase 20 anos, a Band RS voltou a
transmitir um desfile de carnaval da capital gaúcha, em
2001. Após o carnaval de 2000, o contrato entre a Associação
das Entidades Carnavalescas e a RBSTV não foi renovado e a
transmissão com os direitos exclusivos coube à TV
Bandeirantes.
O desfile das escolas de samba de POA acontecia, à
época, na noite da Terça-Feira Gorda. Além das imagens irem
para todo o estado do Rio Grande do Sul, flashes bem
generosos eram exibidos para todo o Brasil durante a
cobertura carnavalesca “Band Folia”. O desfile dos
Imperadores do Samba (escola campeã daquele ano), por
exemplo, fora transmitido ao vivo e na íntegra por cerca de 30
minutos ininterruptos para todo o país.
Em 2003, nova parceria de exclusividade entre a
empresa de comunicação e a Associação das Entidades
Carnavalescas. A Band TV – assim como suas emissoras de
radiojornalismo Band AM e Band FM, que também entraram
na programação carnavalesca – repetiu o sucesso, obtendo os
primeiros lugares na audiência.
No pré-carnaval, a emissora retomou após duas décadas
o programa Concentração. Exibido nas noites de domingo, no
horário das 23 horas, a atração reunia sambistas,
carnavalescos e jornalistas especializados, com entrevistas,
debates e reportagens ao vivo direto das quadras das escolas,
com apresentação de Antônio Carlos Cortes. Após isso, a
emissora só voltaria a transmitir o Carnaval de Porto Alegre
quatorze anos depois.
Em 2017, pela primeira vez, os desfiles da capital
gaúcha aconteceram “fora de época”, no dia 25 de março, 15
dias depois da data litúrgica. Mais de cem profissionais
trabalharam para colocar no ar, em TV, rádio e internet, o
carnaval de Porto Alegre.
A narração ficou a cargo do narrador esportivo Paulo
Brito e da apresentadora Regina Lima (ambos egressos da
RBS TV), com comentários do jornalista André Machado e a
participação especial do carnavalesco carioca Paulo Barros. A
Band alcançou o 1º lugar na audiência no RS por vários
momentos durante a cobertura da folia e foi um dos assuntos
mais comentados na internet.
TVE RS
A TV Educativa de Porto Alegre (também conhecida
como TVE RS), de modo bissexto, também contou com uma
programação carnavalesca. A emissora pertence ao Governo
do Estado do Rio Grande do Sul e foi inaugurada em 29 de
março de 1974. Nos seus primórdios, a programação era
produzida em parceria com a Pontifícia Universidade Católica
do Rio Grande do Sul (PUCRS).
Um dos programas pioneiros a tratar do carnaval foi o
Comunicação, exibido no primeiro ano em que a TVE foi ao
ar. A atração era apresentada pelo ator e diretor Odilon Lopez
(1941 - 2001), que apesar de ter nascido em Minas Gerais, foi
um dos pioneiros da cinematografia do Rio Grande do Sul.
Além de ter sido um dos principais repórteres do início da
televisão local, Odilon cobriu em 1961 o movimento
conhecido como Campanha da Legalidade, capitaneado pelo
então governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola (1922
- 2004), que colocou o povo na rua para defender a posse do
vice-presidente João Goulart (1919 - 1976), após a renúncia
de Jânio Quadros (1917 - 1992).
Odilon Lopez também foi o primeiro cineasta negro a
dirigir um longa-metragem de ficção na cena gaúcha: Um é
Pouco, Dois é Bom, lançado em 1970.
Nos anos 80, Waldemar de Moura Lima, conhecido como
“Pernambuco”, professor da rede pública de ensino, ativista
da causa negra e agitador cultural, apresentou programas
que registravam ensaios nas quadras das escolas de samba e
desfiles na avenida principal.
Em 1989, a TVE fez uma série de programas sobre o
“Carnaval na Santana”, evento em que havia desfiles não
competitivos numa região descentralizada na capital gaúcha –
a Rua Santana, localizada no bairro de mesmo nome – e era
organizado por Maria de Lourdes Vasconcelos Bravo, a Dona
Maria Bravo (1930 – 2009).
Nos anos de 1992 e 1993, a TVE exibiu programas no
período do pré-carnaval, com apresentação de Antônio Carlos
Côrtes. No ano de 2005, a TVE transmitiu o Desfile das
Campeãs do carnaval de Porto Alegre. Esta foi a primeira (e
até agora única) vez que uma emissora exibiu o evento, com
apresentação de João Carlos Machado Filho, com
comentários do jornalista Gerson Brisolara e de Vanessa
Garcia, rainha do carnaval de POA em 1999.
A TVE voltaria a transmitir o carnaval de Porto Alegre
nos anos de 2012 a 2015. Como o grupo especial era
exclusivo da RBS, a tevê estatal se especializou na exibição
dos grupos Intermediário (equivalente à segunda divisão),
Acesso (correspondente à terceira divisão) e os desfiles das
duas Tribos Carnavalescas remanescentes.
Em fevereiro de 2014, ano de comemoração de seus 40
anos de fundação, a emissora fez no carnaval a primeira
transmissão oficial em alta definição (HD). Estiveram na
cobertura vários nomes ligados ao carnaval de Porto Alegre,
como os carnavalescos Sérgio Peixoto (1951 - 2016) e Silvio
Oliveira e a porta-bandeira Kizzy Pereira. Em 2016, sob nova
gestão, a TVE sofreu um grande corte de gastos e a
transmissão do Carnaval de Porto Alegre foi cancelada.
Após cinco anos, o público carnavalesco porto-alegrense
pôde ter novamente acompanhar o seu carnaval em tevê
aberta. Em março de 2022, a TVE selou acordo com a Cubo
Play, produtora oficial dos desfiles da capital gaúcha para
transmitir o evento (que aconteceu fora de época, no mês de
maio), no Complexo Cultural do Porto Seco.
RBS TV
O Grupo RBS (sigla para Rede Brasil Sul) sempre
valorizou muito as manifestações populares em seus espaços,
muito por conta de seu fundador, o empresário e
comunicador Maurício Sirotsky Sobrinho (1925 - 1986),
admirador confesso do carnaval. O jornal Zero Hora, a Rádio
Gaúcha e a TV Gaúcha/Canal 12 (que em 1983 recebeu a
atual nomenclatura de RBS TV) dedicavam um precioso
espaço para ao evento.
A TV Gaúcha passou a transmitir os desfiles das escolas
de samba de Porto Alegre a partir da segunda metade dos
anos 70, quando o evento acontecia na Avenida Perimetral.
Ao longo desse tempo, a transmissão de carnaval contou com
a participação de vários jornalistas renomados dos canais da
empresa (jornal, rádio e TV), como Maria do Carmo Bueno,
Paulo Brito, Paulo Sant’Ana, Maurício Saraiva, João Bosco
Vaz, Regina Lima, Cláudio Brito, Luiz Armando Vaz e Renato
Dorneles.
Paulo Sant’Ana (1939 – 2017) foi um cronista, delegado
de polícia, escritor e comentarista esportivo, um dos
profissionais que mais simbolizavam a RBS. Torcedor
fanático do Grêmio, também tinha adoração confessa pelos
Imperadores do Samba. Foi homenageado pela escola de
samba Acadêmicos da Orgia, em 1993, com o enredo “O
menestrel da cultura popular, Francisco Paulo Sant'Ana”.
A transmissão também reunia nomes célebres ligados à
folia porto-alegrense em participação especial, como o
comunicador Antônio Carlos Cortes; o advogado criminalista
Luiz Matias Flach, ex-presidente da antiga Empresa Porto-
alegrense de Turismo (Epatur); o compositor e percussionista
Giba-Giba (1940 - 2014), um dos fundadores da Academia de
Samba Praiana; o radialista Leandro Maia; o jornalista César
Lucena; o professor e ativista cultural Waldemar
“Pernambuco”, e o músico e compositor Joaquim Lucena.
Em 2013, já consagrada com o nome de RBS TV,
transmitiu pela primeira vez o Carnaval de Porto Alegre em
alta definição (HD). O telespectador que não estivesse no
estado do Rio Grande do Sul pôde acompanhar a transmissão
através do site especial do G1RS. Mais de 250 profissionais,
entre reportagem, produção e técnica garantiram que o
público assistisse com exclusividade aos desfiles das escolas
de samba do Grupo Especial em duas noites de transmissão
ao vivo do Complexo Cultural do Porto Seco.
A RBS TV não exibiu os desfiles de 2015. A primazia foi
repassada à TV COM, canal comunitário do mesmo
conglomerado midiático, inaugurado em 1995 e que operava
nos canais 36 UHF analógico e 36 da operadora de TV a cabo
NET.
No entanto, a transmissão ao vivo do evento pela TV
COM gerou muitas reclamações dos dirigentes das Escolas de
Samba e de grande parte do público telespectador de
carnaval. Ao contrário do que vinha acontecendo em anos
anteriores, os desfiles não foram exibidos por tevê aberta.
Também houve críticas sobre a qualidade dos programas e
produtos apresentados pelo canal comunitário antes da
transmissão do carnaval, com clipes e vinhetas.
A última transmissão do carnaval da capital gaúcha pela
RBS TV aconteceu em 2016. A cobertura teve 12 câmeras,
uma grua e uma steadicam (sistema em que a câmera é
acoplada ao corpo do operador por meio de um colete no qual
é instalado um braço dotado de molas, e serve para
estabilizar as imagens produzidas, dando a impressão de que
a câmera flutua), distribuídas entre largada e dispersão. Mais
de 180 profissionais estiveram envolvidos na transmissão.
A RBS optou por não mais realizar a cobertura
carnavalesca devido ao fato de que em 2014 as primeiras
escolas a desfilarem não apresentaram o desempenho de
qualidade televisiva esperado, fazendo com que o índice de
audiência, que nos demais anos era de 19, 4%, caísse para
15%.
Da década de 70 até 2016, a RBS TV somente não
transmitiu os desfiles em 1984 (quando a determinação da
Rede Globo para suas afiliadas era “programação normal e o
melhor do carnaval”), e nos anos de 2001 e 2003, período
cujos direitos de exclusividade ficaram com a Band RS.
TV PIRATINI
Apresentador: Sayão Lobato (programa TV Samba).
TV GUAÍBA
Narração: Andi Ferreira Alves e Antônio Carlos Cortes.
BAND RS
Narração: Paulo Brito e Regina Lima.
TVE
Narração: Waldemar Moura Lima “Pernambuco” (anos 80),
João Carlos Machado (2005) e Newton Pinto (2012 a 2015).
Comentários: Gerson Brisolara e Vanessa Garcia (2005); Alice
Schreiner e Oswaldo Ferreira dos Reis (2012); Armando Borges
Sampaio, o “Pinha”, Kizzy Pereira e Sérgio Peixoto (2014).
Reportagens: Clarissa Lima, Fernanda Carvalho, Nelson Silva,
Oswaldo Niluk Júnior, o “Piá”, Taís Baldasso e Vinicius Machado.
RBS TV
Narração: Antônio Carlos Cortes, Maria do Carmo Bueno,
Maurício Saraiva, Paulo Brito e Regina Lima.
Carnaval de Florianópolis
A competição entre as agremiações carnavalescas em
Florianópolis acontece na Passarela Nego Quirido e tem
capacidade para 22 mil pessoas. O complexo leva o nome de
um antigo sambista da capital catarinense, Juventino João
dos Santos Machado, fundador da escola de samba
Embaixada Copa Lord.
Localizada no bairro da Prainha, o sambódromo da Ilha
da Magia foi inaugurado em 1989, na gestão do prefeito
Edison Andrino. Fazem parte dos desfiles escolas de Floripa e
de outros municípios da região metropolitana, como Palhoça
e São José. Além do grupo especial, existe o grupo de acesso,
que desfila em outros dias ou logo antes do grupo especial.
O desfile das escolas de samba de Floripa era
transmitido pela RBS TV Florianópolis para todo o estado de
Santa Catarina até 2016. A crise financeira que afetou o
Grupo RBS e culminou na venda da parte catarinense, que
virou a NSC TV, fez com que a Liga das Escolas de Samba da
capital catarinense (LIESF) procurasse outro canal que
pagasse o que foi exigido.
Assim, em 2017 e 2018, a RICTV Florianópolis
transmitiu o desfile, e além de mostrar para todo o estado,
exibiu também em cadeia nacional pela Record News.
Após ter voltado em 2019 para a afiliada local da Rede
Globo, agora chamada NSC TV Florianópolis, a RICTV – agora
chamada NDTV – retomou a exclusividade em 2020. A
transmissão foi feita pela NDTV Florianópolis, assim como
aconteceu em 2017 e 2018, com o antigo nome.
NDTV
Narração: Dino Montêz.
Comentários: André Calibrina e Cristiana Tramonte.
Carnaval de Uruguaiana
TVCOM
Narração: Maurício Saraiva.
Comentários: Celso Duarte, Cláudio Brito e Vinícius Brito.
Reportagens: Franciele Alonso, Manoel Soares, Mateus Koelzer
e Vanessa Backes.
Reportagens site Sambasul: Arthur Bittencourt e Gláucio
Guterres (2013).
Valeu!
Roliço e veiudo
Pentelhudo e cabeçudo
Na Sapucaí
Arrombando as vaginas,
De família, ôh
Roliço e veiudo
Pentelhudo e cabeçudo
Na Sapucaí
Abalando o Carnaval
OKAY, OKAY!
Green Ass
Porém, um dos momentos mais marcantes (e, por que
não dizer, constrangedores) do carnaval brasileiro e da
história da Rede TV foi protagonizado por uma modelo
chamada Ju Isen. A jovem loira, que em 2015 ganhou o
apelido de “Musa das Manifestações” ao protestar contra o
governo de Dilma Rousseff, acabou mostrando mais do que
devia durante a cobertura de carnaval em 2017.
Na ocasião, a subcelebridade estava dando uma
entrevista ao vivo a Leo Áquila, durante os “Bastidores do
Carnaval”, e falava sobre a pintura corporal de cor verde que
estava usando. Como estava completamente nua, usando
apenas um tapa-sexo, Ju acabou mostrando mais do que
devia quando, a pedido da repórter, se agachou de costas
para a câmera.
Depois de mostrar seu ânus, algo que jamais passou
pela cabeça dos apresentadores Nelson Rubens e Flávia
Noronha, a loira acabou ficando conhecida como “mulher do
cu verde”, deixando então de ser conhecida pelas suas
manifestações pró-impeachment da ex-presidente Dilma. No
ar, Flávia soltou apenas a exclamação “opa!” após ver a
imagem, e a cena acabou viralizando nas redes sociais.
Salvador
BAND
Narração: Adriane Galisteu, José Luiz Datena e Sérgio Costa
(RJ); Fernando Vieira de Mello, Luciano Faccioli e Silvia Popovic (SP);
Betinho, Nadja Haddad, Nélio Jr e Patrícia Maldonado (Salvador);
Lorena Calabria, Luiz Megale, Luize Altenhofen, Nivaldo Prieto e
Renata Fan (Olinda); Flávia do Valle e Luciano do Valle (Recife).
Comentários: Ivo Meirelles, Milton Cunha e Miro Ribeiro
(sábado das campeãs RJ); Eliana de Lima, Moisés da Rocha e
Oswaldinho da Cuíca (sábado das campeãs SP).
Reportagens: Carolina Rosa e Érico Aires (Salvador); Beto
Café, Ricardo Neves e Rodrigo Leitão (Bezerros e Nazaré da Mata).
Bahia
Em parceria com a TVE Bahia, a TV Brasil mostrou o
que havia de melhor no Carnaval de Salvador. Com postos de
transmissão ao vivo no Campo Grande, no Pelourinho e nos
estúdios da TVE, além das equipes de reportagem
percorrendo a cidade, as emissoras da rede pública
apresentam a diversidade do carnaval baiano.
A transmissão começou na quinta, dia 4 de fevereiro, às
23h, com os desfiles dos trios pipocas com Ivete Sangalo e Bel
Marques no comando. Na Bahia, “pipoca” é o folião que não
desfila e nem pula dentro do bloco, e sim que pula na rua,
nas laterais dos blocos acompanhando os trios e blocos pelas
laterais. O folião pipoca escolhe o som de seu agrado e sai
pulando atrás. A mais ingênua das jogadas quando se segue
o trio elétrico é ir colecionando beijos na boca, conforme o
bloco avança.
Na sexta (5), a transmissão da TV Brasil prosseguiu no
mesmo horário das 23 horas. Já no sábado (6), a cobertura
acompanhou desde a saída do bloco afro Ilê Aiyê, do bairro do
Curuzu, até sua chegada ao Campo Grande.
No domingo, segunda e terça-feira de carnaval, a folia
começou à tarde, às 14 horas, e seguiu até a noite, por volta
das 19 horas, quando a emissora exibiu o programa Samba
na Gamboa.
As transmissões ao vivo do carnaval baiano voltaram às
20 horas no domingo e terminaram quando os relógios
marcaram uma hora da manhã. Na segunda e na terça-feira,
os festejos de rua entraram mais tarde, às 22 horas, com
encerramento à uma hora da manhã.
Na tela, apresentadores da emissora baiana se
revezaram durante os dias de alegria para mostrar os mais
bonitos momentos da festa e entrevistar quem vive, pensa,
curte e trabalha o carnaval do estado.
Sexta-feira 05.02
23h: Carnavais do Brasil - Ao vivo - Salvador com TVE
Bahia.
Sábado 06.02
12h30: Programa Especial – Cidade do Samba com a
escola Embaixadores da Alegria.
22h: DOC Especial – Trieletrizado (2013), documentário
de 55 minutos, dirigido por Jorge Alfredo, com Armandinho
Macedo, Clarindo Silva, Gerônimo Santana, Carlinhos Brown,
Ivete Sangalo, Margareth Menezes, Bell Marques, Aicha
Marques, Zeca de Abreu, Lázaro Torres, Mirella Mattos,
Annalu Torres, Edvana Santana e Nonato Freire.
23h: Carnavais do Brasil - Ao vivo - Salvador com TVE
Bahia.
Domingo 07.02
14h: Carnavais do Brasil - Ao vivo - Salvador com TVE
Bahia.
19h: Samba na Gamboa - Diogo Nogueira homenageia
Jovelina Pérola Negra.
20h: Carnavais do Brasil - Ao vivo - Salvador com TVE
Bahia.
20h50: Desfile do Grupo de Acesso do Carnaval de São
Paulo (apenas para o estado de SP).
Segunda-feira 08.02
Terça-feira 09.02
14h: Carnavais do Brasil - Ao vivo - Salvador com TVE
Bahia.
19h: Samba na Gamboa - Diogo Nogueira homenageia
Dona Ivone Lara.
22h: Carnavais do Brasil - Ao vivo - Salvador com TVE
Bahia.
Sexta-feira 12.02
21h55: Desfile das Campeãs do Carnaval de São Paulo
(para todo o Brasil).
Sábado 13.02
21h25: Desfile das Campeãs do Carnaval do Rio de
Janeiro (para todo o Brasil).
TV BRASIL
Narração: Liliane Reis, Luciana Barreto e Tiago Alves (RJ e
Salvador); Gustavo Minari e Rodrigo Vianna (SP).
2010
2011
2012
2013
Desfiles cariocas
G1
TV Globo Internacional
A TV Globo Internacional levou a folia brasileira além
das fronteiras do país.
Os desfiles das escolas de samba do grupo especial do
Rio de Janeiro e de São Paulo, assim como os melhores
momentos do Galo da Madrugada, chegaram às casas de 600
mil assinantes do canal internacional que estão em 118
países nos cinco continentes.
2014
2015
2016
2017
Anhembi
Nas noites de sexta-feira, dia 24 de fevereiro, e sábado,
dia 25, a cor e a criatividade das escolas do grupo especial da
capital paulista ganharam a tela da TV Globo (com exceção
do estado do Rio). Pelo quarto ano consecutivo, Chico
Pinheiro e Monalisa Perone repetiram a narração da festa, e
pela terceira vez contaram com o apoio do time de
comentaristas formado por Celso Viáfora, Ailton Graça e
Alemão do Cavaco.
Série A
Ainda em 2017, Mariana Gross ganhou a companhia de
Carlos Gil no comando das transmissões das escolas de
carnaval da Série A, nos dias 24 e 25 (apenas para o estado
do RJ), com a parceria do cantor Mumuzinho e de Leandro
Vieira, carnavalesco campeão pela Mangueira em 2016, nos
comentários.
Titular na cobertura carnavalesca há bastante tempo
como repórter, Carlos Gil havia narrado o desfile das escolas
campeãs do Rio para o G1 no ano anterior. Já Mariana é foliã
declarada e apaixonada por carnaval e desempenha várias
funções na cobertura: além de narrar pelo quinto ano
consecutivo os desfiles da Série A carioca, atuou como
repórter na cobertura da arquibancada popular nos dias de
desfile do Grupo Especial e ainda apresentou a apuração do
Rio.
Especial
No domingo e na segunda-feira de Carnaval, dias 26 e
27 de fevereiro, o Brasil todo se uniu para assistir aos desfiles
do Grupo Especial do Rio. Naquele ano de 2017, Fátima
Bernardes ganhou a companhia do apresentador esportivo
Alex Escobar na condução da transmissão. Milton Cunha e
Pretinho da Serrinha completaram o time, comentando os
desfiles.
As equipes da Globo em São Paulo e no Rio iniciaram a
cobertura do carnaval em dezembro de 2016, mostrando a
preparação dos blocos e também das escolas de samba. À
medida que se aproximava a festa, os telejornais locais
cediam mais espaço para essa manifestação em suas
coberturas, envolvendo os ensaios, trazendo a história das
agremiações e acompanhando o que estava acontecendo pela
cidade.
Em Sampa, o Bom Dia SP e o SPTV 2ª Edição ganharam
especiais sobre personagens das escolas de samba, os
sambas-enredo e as novidades do carnaval 2017.
Na Cidade Maravilhosa, o RJTV 1ª Edição criou a escola
de samba do telejornal, batizada de “Acadêmicos do RJ”. Em
dezembro, a apresentadora Mariana Gross e o carnavalesco
Milton Cunha reuniram um time de craques do Carnaval, que
rodou o Grande Rio em um ônibus personalizado em busca
de pessoas que têm habilidade para atuar como mestre-sala e
porta-bandeira, ritmista, intérprete, baiana, rainha de bateria
e passista masculino para desfilar pela escola de samba
telejornalística no Sambódromo do Rio de Janeiro, no dia 18
de fevereiro, sábado anterior ao Carnaval, com transmissão
ao vivo pelo RJ TV 2ª Edição.
Pelo Globoplay, o público pôde assistir, de graça e de
qualquer lugar do Brasil, a transmissão ao vivo da festa no
Rio, em São Paulo, Recife e Salvador. Essa foi a primeira vez
que a Globo teve quatro sinais ao vivo simultâneos
transmitidos pela plataforma. Quem perdeu os desfiles das
Escolas de Samba pôde acompanhar depois.
As íntegras das apresentações do Grupo Especial e da
Série A do Rio, e do Grupo Especial de São Paulo ficam
disponibilizadas na internet. O público também pôde assistir
a trechos dos eventos das duas cidades, além de Salvador e
de Recife.
2018
2019
2020
Série Ouro
O Especial tá on
MODELO DE TRANSMISSÃO
SELEÇÃO DO SAMBA
No final do mês de setembro de 2020, logo após a
plenária da Liesa que decidiu pelo adiamento para o mês de
julho de 2021 dos desfiles que aconteceriam em fevereiro,
uma alegria fugaz animou os foliões telespectadores e
internautas.
Gabriel David, diretor da Beija-Flor e filho do presidente
da escola de Nilópolis, Anísio Abraão David, teve a ideia de
um projeto de transmissão por lives para as 12 escolas do
Grupo Especial apresentarem as escolhas de seus sambas-
enredos na TV Globo.
Na ocasião, o projeto já havia sido aprovado pela
emissora e restava apenas a definição de data e de qual seria
a plataforma da transmissão (canal fechado ou streaming).
Devido à pandemia de Covid-19, a escolas de samba
fecharam suas quadras e paralisaram todo o processo de
produção do carnaval, gerando queda na receita das
agremiações. A intenção era de que as escolas recebessem
algum valor pelos direitos de transmissão e pudessem
atenuar as perdas devido à pandemia.
A estimativa inicial de data que a Globo e as escolas de
samba estudava seriam entre os meses de novembro de 2020
e janeiro de 2021. Com o tweet do prefeito Eduardo Paes, que
anunciou o cancelamento dos desfiles programados para o
meio do ano, tanto a emissora quanto as escolas recuaram e
a ideia do programa foi adiada. No dia 19 de julho de 2021, o
presidente da Liesa, Jorge Perlingeiro, confirmou a retomada
do programa.
A produção foi feita em parceria com a holandesa
Endemol, especializada em reality shows. A ideia foi fazer um
programa no estilo talent show, mas sem a participação do
público. O objetivo era mostrar para quem não faz parte do
mundo do Carnaval, de forma didática, e respeitando os
rituais da tradição cultural, como funciona o processo de
escolha de um samba-enredo.
A atração foi dividida em quatro episódios com as finais
das escolas, sendo três agremiações por episódio; e mais um
episódio final com a exibição de todos os sambas vencedores.
Cada programa teve 63 minutos de duração, exibido na
madrugada de sábado, após o Altas Horas, indo ao ar
aproximadamente à uma e quinze da manhã. O programa
teve o título provisório de “Desafio do Samba”, depois alterado
em definitivo para Seleção do Samba.
Para a apresentação foi escolhido o narrador esportivo
Luís Roberto, que foi âncora dos desfiles carnavalescos entre
os anos de 2010 e 2016. Na composição do elenco do Seleção
do Samba, foram escalados o carnavalesco Milton Cunha e a
cantora Teresa Cristina. A ambientação do cenário utilizou
esculturas das alegorias dos desfiles de 2020 e a comissão
julgadora foi composta pela diretoria de cada escola de
samba.
6ª feira (22.abr.2022):
21h30 – Imperatriz
22h30 – Mangueira
23h30 – Salgueiro
0h30 – São Clemente
1h30 – Viradouro
2h30 – Beija-Flor
Sábado (23.abr.2022):
6ª feira (22.abr.2022):
Sábado (23.abr.2022):
22h30 – Vai-Vai
23h35 – Gaviões da Fiel
0h40 – Mocidade Alegre
1h45 – Águia de Ouro
2h50 – Barroca Zona Sul
3h55 – Rosas de Ouro
5h00 – Império de Casa Verde
Barracões
28/03 – Viradouro
29/03 – Beija-Flor
30/03 – Tuiuti
31/03 – Imperatriz
01/04 – Grande Rio
05/04 – Salgueiro
06/04 – Mangueira
07/04 – Mocidade
08/04 – São Clemente
11/04 – Portela
12/04 – Vila Isabel
A CONSOLIDAÇÃO DA TRANSMISSÃO
MULTIPLATAFORMA GLOBAL
MEDIÇÃO DA AUDIÊNCIA DA TV
Carnaval de Vitória
Carnaval em Corumbá
Carnaval em Manaus
Carnaval de Niterói
DINÂMICA / ESCALA
Considerando uma jornada de 12 horas de transmissão:
Revezamento de apresentadores em períodos de três
horas na divisão do comando. Atenção: NUNCA deixar o
apresentador/âncora sozinho durante a transmissão, pelo
menos sempre um comentarista na cabine.
Repórteres: Dividem-se nas áreas de concentração, meio
de pista, galera na arquibancada, dispersão e entorno da
passarela (notícias sobre trânsito, postos avançados de
primeiros socorros, segurança pública e corpo de bombeiros).
Produtores: Número de produtores a defnir. Suporte aos
repórteres, apoio na cabine/estúdio de transmissão.