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Mulher Feminista

[Helena da Rosa]

(enquanto haja tempo)

Hoje a mulher não levantou...


Não teve café
nem roupa lavada
nem almoço

Filhos choraram a falta


do carinho
da doçura
do amor
Hoje a mulher adormeceu
para sempre

É que ontem ela decidiu


enfrentar seu algoz e
ergueu a voz!

Mas era tarde demais.


Podemos analisar este poema de três perspectivas: Da perspectiva
sociológica, falamos de feminicídio,facilmente interpretado já que o poema cita
que a mulher adormeceu para sempre, que levantou a voz, mas já era tarde
demais, fazendo alusão ás poucas mulheres que tem coragem de denunciar a
agressão ou abuso, mas não conseguem se livrar do agressor a tempo.

Da perspectiva estruturalista destaca-se a semiótica, que pode ser entendido


pelo signo “Hoje a mulher adormeceu para sempre”, fundamental para a
compreensão do texto todo. Também a repetição dos termos “não/nem”.

Por fim da Critica Feminista, citamos a perspectiva das vertentes mais atuais,
que trazem temas como feminicídio e violência contra mulheres, sobre a
perspectiva político-cultural por exemplo. Além de ficar claro neste poema, que
a mulher é a responsável pelos afazeres domésticos e cuidar dos filhos
(instituição patriarcal), que se ela não está lá para fazer, ninguém fará, além de
não ter voz- pelo menos não até o final do poema, onde ela tenta se fazer
ouvida, mas infelizmente já era tarde demais.

Análise por: Gabriella Ferreira Borges

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