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Euclésio Giuliani
Passo Fundo
2019
Euclésio Giuliani
Passo Fundo
2019
Euclésio Giuliani
Professor Doutor
Orientador
Professor Doutor
Coorientador
AGRADECIMENTOS
A realização desta dissertação de mestrado contou com apoio e incentivo de várias
pessoas, sem as quais não teria tornado uma realidade, serei eternamente grato.
Primeiro de tudo, gostaria de agradecer a Deus por me guiar, iluminar e me dar
tranquilidade para seguir em frente com os meus objetivos e não desanimar com as
dificuldades.
A Universidade de Passo Fundo, qual me proporcionou uma bolsa parcial de estudos.
Ao professor Doutor Gustavo Mezzomo, pela sua orientação, total apoio,
disponibilidade, pelo saber que transmitiu, pelas opiniões e críticas, total colaboração no
solucionar de dúvidas e problemas que foram surgindo no decorrer da realização deste
trabalho e por todas palavras de incentivo.
Ao Professor Doutor Zacarias Chamberlain pelo seu apoio, principalmente na
realização dos ensaios em laboratório.
Ao laboratório tecnológico da UCEFF por disponibilizar a sua estrutura para
realização dos ensaios.
Aos colegas e amigos Gediel e Lucas pelo apoio na realização das matrizes para
injeção.
Não poderia deixar de agradecer à minha família por todo o apoio, pela força,
compreensão da minha frequente ausência e pelo carinho que sempre me prestaram ao longo
de toda a minha vida académica, bem como, à elaboração da presente tese a qual sem o seu
apoio teria sido impossível.
A ciência consiste em substituir o saber que
parecia seguro por uma teoria, ou seja, algo
problemático.
José Ortega Gasset.
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RESUMO
ABSTRACT
Housing is undoubtedly one of the major problems for the world. In fact, it is a current
problem, given population growth, the tendency is for this issue to get even worse. According
to the UN (2017), the world will have about 11 billion people in 2050. This number represents
a growth of 53% of the world population in a short time. The housing problem is not just
about space. The high energy consumption for the production of steel and concrete structural
elements, the pressure in relation to the use of recycled wood and the abundance of recycled
plastic material have been contributing to the process of applying recycled plastics in the area
of construction, in structural elements. which are made of steel, wood or concrete. Labor is
also an important point when structuring a roof for people. Thinking about this problem the
proposed work aims to develop a new concept in structural elements for the construction of a
social housing with recycled plastics, taking into account the entire manufacturing process,
testing and validations through finite element software, its application consists in developing
the structural elements of a social housing entirely in PET.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE TABELAS
LISTA DE SÍMBOLOS
Δi imperfeição inicial
εc1 extensão correspondente à tensão máxima
λw esbeltez de alma
v0 distância entre o eixo médio da viga e a linha neutra da semi-seção
σ Tensão
Ɛ Deformação
G ação permanente
ϒg coeficiente de majoração de ações permanentes
Q1 ação variável principal
Υ q1 coeficiente de majoração de ações variável principal
Qi demais ações variáveis
Υ qi coeficiente de majoração das demais ações variáveis
Ψi fatores de combinação
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SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS...........................................................................................................3
RESUMO................................................................................................................................5
ABSTRACT............................................................................................................................6
LISTA DE ILUSTRAÇÕES...................................................................................................7
LISTA DE TABELAS............................................................................................................9
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ..........................................................................10
LISTA DE SÍMBOLOS........................................................................................................11
1.1 Objetivos...................................................................................................................16
1.2 Metodologia..............................................................................................................16
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.........................................................................................18
2.1 Plásticos mais utilizados...........................................................................................19
2.2 Aditivos.....................................................................................................................20
2.3 Histórico dos Plásticos Reciclados...........................................................................21
2.4 Aplicações na Construção Civil................................................................................24
2.5 Reciclagem................................................................................................................32
2.6 Caracterização dos materiais poliméricos.................................................................35
2.6.1 Classificação quanto as propriedades mecânicas..................................................36
2.6.2 Modulo de Elasticidade.........................................................................................37
2.6.3 Resistencia a tração...............................................................................................39
2.6.4 Coeficiente de Poisson..........................................................................................40
2.6.5 Fluência e relaxação de tensão..............................................................................40
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INTRODUÇÃO
1.1 Objetivos
1.2 Metodologia
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Atualmente os plásticos vêm sendo estudados e utilizados com mais frequência, pois
eles oferecem propriedades que não são encontradas em outros materiais, como baixo peso
especifico, resistência a decomposição, resistência a corrosão, resistência mecânica,
transparência, facilidade de processamento e praticamente nenhuma manutenção. Além dos
pontos positivos podemos ainda melhorar as suas propriedades com adição de fibras e
materiais poliméricos, elevando o modulo de elasticidade e resistência.
Os gastos elevados de energia mecânica para produzir elementos estruturais, como
cimento e ferro, desencadearam a inserção dos plásticos na construção civil.
O material plástico, como qualquer outro material, tem propriedades exclusivas.
Dentre as principais características, estão: baixo peso, alta resistência à corrosão, baixa
condutividade térmica e elétrica, facilidade de conformação, boa resistência às soluções
salinas e ácidas, boa aparência, coeficiência de atrito. Como qualquer outro tipo de material,
também é possível adicionar aditivos ao plástico para melhorarmos suas características fico-
químicas e sua aparência, facilitar o seu processamento ou conferir-lhe características
específicas. A resistência à tração dos materiais plásticos tende a ser baixa, normalmente não
ultrapassando os 10kgf/mm2, diferentemente dos metais que apresentam até 100kgf/cm2.
Alguns polímeros possuem características de resistência à impactos, como o
policarbonato, mais resistente com o alumínio e a cerâmica, é utilizado em proteção contra
balas de metralhadoras.
Em relação à dureza dos materiais plásticos, eles, em geral, são menos duros que os
materiais cerâmicos, vítreos e metálicos. Os plásticos são geralmente muito mais macios do
que outros materiais. Com exceção do poliuretano, que apresenta boa resistência à abrasão,
comparado a outros materiais mais duros. Por esse motivo, os plásticos tendem a ser riscados
por outros materiais mais duros e abrasivos.
A resistência à fricção, ou de deslizamento, é uma propriedade importante para os
materiais de engenharia. A força friccional se opõe à força de deslizamento, e depende do
acabamento da superfície do material. Pode ser representado pelo coeficiente de atrito, que é a
razão entre a força de fricção e a carga aplicada normalmente a superfície de duas placas
20
superpostas entra as quais se desenvolve o atrito. Para a maioria dos plásticos, o valor desse
coeficiente está entre 0,2 e 0,8.
Quanto a resistência à abrasão, materiais como os náilons, acetais, PVC e poliéster
apresentam boa resistência à abrasão, enquanto que o polietileno, os acrílicos e o poliestireno
apresentam baixíssimo desempenho nesse quesito.
Nos polímeros, as propriedades térmicas são analisadas quando a energia térmica é
fornecida ou retirada do material.
Uma massa de polímero mantida a temperatura suficientemente baixa é relativamente
dura, rígida, tenaz e quebradiça, portanto, virtualmente não apresenta qualquer
mobilidade de suas moléculas [...] comportando-se mais ou menos como o vidro.
Aumentando-se a sua temperatura, passa-se por uma região de transição vítrea, em
torno de uma temperatura que é característica para cada polímero, a partir da qual, as
cadeias moleculares das regiões amorfas se afastam e adquirem, aos poucos, sua
mobilidade. [...] Prosseguindo o aquecimento, atinge-se uma temperatura conhecida
como temperatura de fusão cristalina, também característica para cada tipo de
polímero, quando o material passa a comportar-se mais ou menos como um líquido
viscoso. É acima dessa temperatura que se pode moldar o material. Mas se o
aquecimento prosseguir atinge-se a temperatura de degradação do polímero, em que o
mesmo queima e se decompõe, numa reação química sem volta. (BLASS, 1988, p.16).
2.2 Aditivos
Aditivos são substâncias acrescentadas a um plástico para conferir, eliminar, diminuir
ou aumentar determinadas propriedades, ou conjunto de propriedades. Nesse grupo
22
Em 1995 foi construída por Ionel Schein, Yves Magnant, R.A. Coulon e Antoine Fasani
a primeira casa totalmente feita de plástico, a “Maisson Plastique” (Figura 3). O seu projeto
foi baseado em uma concha de caracol e consistia de uma célula básica circular com cozinha,
banheiro e dormitório, e previa futuras ampliações que poderiam ser feitas de acordo com as
necessidades do proprietário.
Fonte: http://www.dr-z.net/article_info.php/articles_id/1.
Fonte:http://www.yesterland.com/futurehouse.html.
Dois anos depois foi construída por Rudolf Doernach, a primeira casa plástica na
Alemanha (Figura 5). Sua estrutura era formada por quatro paredes plásticas idênticas e a
cobertura por uma estrutura de fibra de vidro.
28
Fonte: www.arq.ufsc.br/~labcon/arq5661/trabalhos_2004-2/plasticos/exemplos.
29
Entre 1990 a 2000 a utilização de materiais poliméricos deu um salto muito grande,
principalmente na construção de pontes.
Segundo Krishnaswamy (2001), uma ponte foi construída sobre o rio Hudson em New
York, a qual possui um vão de 9m e largura de 3,35m. para sua construção, foram utilizados
5000kg de polietileno de alta densidade reforçado com fibra de vidro e 2500kg de aço para
conexões e tirantes (Figura 10).
Além das construções de pontes, está se fazendo o uso dos poliméricos como
elementos estruturais, como por exemplo dormente para ferrovias.
Nosker e Renfree, pesquisadores do centro de Materiais Avançados via Processamento
Polimeros Imisciveis, da Universidade Rutgers em New Jersey (Estados Unidos), estão
32
Em 2002, o arquiteto Japonês Kengo Kuma projetou e construiu uma residência de dois
pavimentos utilizando plástico reforçado com fibra de vidro (FRP) para a produção das vigas
e painéis (Figura 12).
Fonte: http://www.architectureweek.com/2005/0914/design_1-2.html.
33
Fonte: www.cogumelo.com.br.
2.5 Reciclagem
A cada dia que passa a reciclagem de materiais torna-se uma das atividades mais
importantes de proteção ambiental, atribuindo valores econômicos e desenvolvimento
tecnológico. Isso ocorre devido ao aumento da produção e do consumo de produtos
industrializados.
Esse fato pode ser comprovado por meio da imensa lista de artigos sobre plásticos
consumidos e descartados pela população. Em 2002, segundo Gorni (2006), do total de 3,97
milhões de toneladas de plásticos consumidos no Brasil, apenas 1,58 milhões de toneladas foi
usado na forma de embalagens e 0,46 milhões de toneladas como outros tipos de produtos
descartáveis, ou seja, mais de dois milhões de toneladas de plásticos foram lançadas nos
lixões, que correspondem a 51,3% do plástico consumido no país. Nos países desenvolvidos
34
Dos materiais ao alcance da população, pode-se dizer que os plásticos são os mais
eficientes e versáteis. Além disso, eles oferecerem uma grande contribuição no
desenvolvimento da sustentabilidade, devido aos aspectos sociais, ambientais e econômicos
relacionados à reciclagem dos polímeros.
Embora as embalagens plásticas correspondam a apenas 7% do lixo sólido,
(www.planetaplastico.com.br/lite_ambiente.htm), os plásticos têm sido um dos principais
vilões entre os materiais presentes nos aterros sanitários, por ter vida útil longa, difícil
processo de separação (pela grande diversidade de plásticos), resistência à degradação, leveza,
flutuando em lagos e em cursos de água, densidade baixa, gerando grandes volumes, entre
outros fatores.
No ano de 2000, a indústria de transformação de materiais plásticos produziu 133,5
milhões de toneladas: 46,5% dessa produção aconteceu nos países do Nafta, os países da
União Européia responderam por 38,7% da produção, o Japão por 14,7% e o Brasil foi
responsável apenas por 2,8% do total, que corresponde a 3,8 milhões de toneladas de plástico,
(http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivo/sdp/proAcao/forCompetitividade/imp onLivC
mercio/23transformadosPlasticosResumo.pdf).
Segundo Agnelli (2005), em 2002 foram recicladas cerca de 13 mil toneladas de
plásticos por mês, em toda a grande São Paulo. As resinas termoplásticas foram destinadas
para: embalagens (39,73%), construção civil (13,67%), descartáveis (11,55%), componentes
técnicos (8,04%), agrícolas (7,67%), utilidades domésticas (4,72%), outros (14,62%),
conforme ilustrado na figura 15.
36
molde. Eles também reagem quimicamente formando ligações cruzadas entre as cadeias e se
solidificando. Posteriormente novas aplicações de temperatura e pressão não têm mais
influência, tornando materiais insolúveis e não recicláveis. Com isto, os termorrígidos são
moldados quando ainda na forma de pré-polímero, pois ainda não possuem as ligações
cruzadas. Temos como exemplo destes o baquelite e o epóxi.
b) Elastômeros: é um material polimérico que na temperatura ambiente pode
deformar-se no mínimo duas vezes o seu comprimento inicial, retornando ao comprimento
original logo após a retirada do esforço. Para apresentar estas características, os elastômeros
normalmente possuem cadeias flexíveis amarradas umas às outras, com uma baixa densidade
de ligação cruzada. Um exemplo de elastômero é a borracha vulcanizada, termo genérico
usado para qualquer elastômero ou mistura dos mesmos após a formação de ligações
cruzadas.
c) Fibras: é um termoplástico orientado. A orientação das cadeias e dos cristais, feita
de modo forçado durante a fiação, aumenta a resistência mecânica desta classe de materiais,
os tornando possíveis de serem usados na forma de fios finos. Temos como exemplo dos
mesmos o nylon e o poliéster (Canevarolo Jr, 2002).
Na figura 21 é mostrada a curva de tensão deformação específica ilustrativa para os
diferentes tipos de comportamento mecânico dos polímeros. A curva “a” típica de plásticos
em ensaios de flexão, já a curva “b” típico de materiais plásticos submetidos a ensaios de
tração, já a curva “c” são materiais considerados elastoméricos que não consegue a ruptura
nos ensaios.
38
boa resistência mecânica, tenacidade e estabilidade dimensional. Tem-se como exemplo dos
mesmos: as poliamidas, poliésteres termoplásticos como o PET e outros como o
policarbonato.
d) Termoplásticos de engenharia especiais: são usados em aplicações onde a alta
temperatura é a exigência principal. Para isto são utilizados polímeros com grande quantidade
de anéis aromáticos na cadeia principal, o que faz com que se aumente a estabilidade térmica
para uso ininterrupto a temperaturas acima de 150º C. Como exemplo dos mesmos tem-se os
polímeros que contém enxofre como as polissulfonas, alguns tipos de poliuretanas e
polímeros de cristal líquido polimérico (Canevarolo Jr, 2002).
Segundo Marczak (2004), fluência (creep) é definida como sendo uma deformação
continuamente ativa sobre o material, mesmo para uma tensão constante. É uma característica
típica dos plásticos por ocorrer mesmo à temperatura ambiente, embora o fenômeno seja
muito influenciado pela temperatura. Uma vez aplicado um nível de tensão, material responde
imediatamente, de forma similar à dos metais. Se a carga é mantida por um longo tempo,
entretanto, o processo de deformação continua lentamente (figura 19).
Fluência é o aumento da deformação ao longo do tempo, sob tensão constante. É
uma característica típica dos plásticos, podendo ocorrer mesmo à temperatura ambiente.
Materiais termorrígidos resistem melhor à fluência do que os termoplásticos.
Ɛ (t)
j( t)=
σ
É comum os fabricantes recomendarem uma tensão máxima de projeto, que tem uma
aplicação similar à do módulo de fluência. A tensão de projeto recomendada para peças de
acrílico injetadas é de 3,5 MPa, mesmo com a tensão de ruptura podendo chegar a 70 MPa.
Os projetistas normalmente prestam atenção a este último valor, devidamente reduzido por
um coeficiente de segurança, mas isto pode não ser suficiente para evitar danos no
componente.
Portanto, apenas tensões/deformações muito baixas apresentam relaxação/fluência
desconsideráveis. A Figura 20 ilustra o alongamento de um material plástico em função do
tempo, em vários níveis de tensão constante. Não apenas o alongamento é significativamente
reduzido quando a tensão aplicada também o é, como somente para tensões muito baixas
atinge-se um patamar em que a fluência é desprezível. Esses níveis de tensão devem ser
empregados como um critério de projeto. Nas publicações especializadas, os dados de
fluência são normalmente apresentados em gráficos logarítmicos, com a escala de tempo
podendo chegar a milhares de horas.
44
recuperada logo após a retirada da carga. Esta deformação é pequena e é associada com os
movimentos das ligações interatômicas entre os átomos das moléculas do polímero. Este tipo
de deformação é recuperado instantaneamente após a retirada da carga, não ficando nenhuma
deformação permanente nas moléculas.
Entre os pontos 1 e 2 do diagrama, a deformação é associada com o movimento parcial
das cadeias moleculares do material, quando carregado com uma carga. Isto pode ocorrer sem
o escorregamento intermolecular. A deformação é recuperada, porém não instantaneamente.
Embora esta ocorra com a ultrapassagem do limite de proporcionalidade, não há uma
deformação permanente com a modificação dos arranjos intermoleculares. Este tipo de
deformação é caracterizado pela recuperação e pela não linearidade e é muito comum no
estado elástico.
Após o ponto 2, o limite de elasticidade do material é ultrapassado ocorrendo o
deslocamento das moléculas uma em relação as outras, produzindo uma deformação de
característica permanente e irreversível. Para determinação da tensão limite de escoamento
dois métodos são utilizados. No primeiro, se considera a tensão de escoamento
arbitrariamente como sendo 0,02 do campo de deformação específica (Squenal, 2002).
No segundo método a tensão de escoamento pode ser definida pela razão da tensão
total pela deformação total sendo um valor de aproximadamente 50% ou 70% do módulo de
elasticidade (Chanda, 1987).
O coeficiente de Poisson para os materiais poliméricos é determinado pela redução da
seção horizontal sendo a razão entre a deformação transversal (contração) sofrida pelo corpo
de prova, pela deformação longitudinal (elongação). O coeficiente de Poisson para a maioria
dos polímeros frágeis é de aproximadamente 0,3; para polímeros mais flexíveis é
aproximadamente 0,45. O coeficiente varia não só com a natureza do material, mas também
com a magnitude da deformação aplicada ao material. Os valores citados neste trabalho são
para uma deformação de zero.
O diagrama tensão deformação específica serve como uma referência para as
propriedades mecânicas dos polímeros como em outros materiais, sendo de forma geral assim:
materiais resistentes têm tensão de ruptura maior que materiais frágeis; materiais duros têm
47
maiores módulos de elasticidade que materiais moles; materiais tenazes suportam maiores
deformações com maior carga por unidade de volume (Chanda, 1987).
Na figura 23 são mostradas duas vigas, uma com simples engaste e uma bi engastada. A
viga engastada possui menor rigidez que a viga bi engastada, além de ter uma menor deflexão
quando a carga é aplicada.
inicial é mantida, não é necessário levar-se em conta se a carga foi aplicada em uma única vez
ou de forma gradual, além de não importar o quão elevado são as tensões presentes, mas sim
que o modelo manteve a sua rigidez inicial. Esta suposição simplifica extremamente a
formulação e solução do problema conforme a equação básica de rigidez já apresentada
anteriormente
(ANSYS, 1997).
F=K x d
O termo rigidez da equação depende da geometria da peça, das propriedades do
material, das restrições presentes e da área de contato entre as geometrias. Na análise linear é
assumido que o modelo de rigidez nunca varia, fazendo com que estas equações sejam
montadas e resolvidas somente uma vez, sem a necessidade de atualizações à medida que o
modelo se deforma (ANSYS, 1997).
Quando se entra na análise não linear há uma mudança nestas considerações, porque a
análise não-linear requer o abandono do conceito de rigidez constante. Devido a isto, as
mudanças da rigidez durante o processo de deformação e a matriz da rigidez {K} devem ser
atualizadas durante o processo de resolução do problema através de um processo interativo de
solução. Estas interações fazem com que haja um aumento do tempo de resolução do
problema, para que se obtenham os resultados com a acurácia desejada (ANSYS, 1997).
Embora o processo de variação da rigidez seja comum a todos os tipos de
análises não-lineares, a origem do comportamento não-linear pode ser diferente,
classificando-se as mesmas com base nesta origem. Entretanto, em muitos casos não é
possível de se considerar uma única causa do comportamento não-linear, necessitando levar
em conta mais de um tipo de não linearidade. Os tipos mais comuns de não linearidade já
foram citados anteriormente e serão discutidos em maiores detalhes (ANSYS, 1997).
Como já discutido, a análise não linear se torna necessária quando há uma variação da
rigidez da peça sobre as condições de operação. Se estas mudanças se originam das mudanças
50
Desde início do gráfico até o ponto 1 o material passa pelo processo de deformação
linear elástica, ou seja, possui linearidade entre a tensão aplicada ao material e a deformação
sofrida pelo mesmo. O material nesta condição consegue retornar as suas características
iniciais quando a carga é retirada do mesmo (Norton, 2004).
Do ponto 1, até o ponto 2, ainda ocorre um processo de deformação elástica, entretanto
não existe mais linearidade entre a tensão suportada pelo material e a deformação sofrida,
porém quando a carga é retirada o material volta a sua condição inicial, mesmo que demore
um tempo maior para que isto ocorra (Norton, 2004).
A partir do ponto 2, o material passa a apresentar um comportamento plástico, ou seja, a
partir deste valor o material quando submetido a uma carga, não irá mais retornar a condição
inicial pois apresentará uma deformação permanente que é irreversível, além de não haver
também linearidade entre a tensão suportada pelo material e a deformação sofrida. Este ponto
corresponde à tensão de escoamento do material, que é o valor de tensão que caracteriza o
início do regime de deformação plástica (Norton, 2004).
Os próximos pontos no gráfico, são o da máxima tensão que o material pode suportar
que é o ponto 3 e no fim do gráfico o ponto 4 que caracteriza a tensão convencional de ruptura
que foi experimentada pelo material (Norton, 2004).
52
Para descrever este tipo de comportamento do material, existem modelos como: linear-
elástico, bi-linear elástico-perfeitamente plástico, bi-linear elásticoplástico e multilinear.
Na figura 26 é mostrado o gráfico de um material com modelo linear-elástico
(ANSYS, 1997).
Neste modelo, é considerado que à medida que a carga é aplicada sobre o material,
ocorre um aumento das tensões e deformações no mesmo, sendo uma proporcional a outra. A
propriedade do material que relaciona a tensão com a deformação no regime elástico é o
módulo de elasticidade, ou módulo de Young (Adam, 1999).
Devido às grandes diferenças que existem entre o comportamento dos materiais, os
programas de elementos finitos, desenvolveram técnicas e modelos de materiais para simular
estes comportamentos. A tabela 4 oferece uma boa ideia destes modelos, e qual é mais
apropriado para uma determinada aplicação (ANSYS, 1997).
53
Entretanto, existe outro modelo de material que apresenta tanto uma região linear como
não linear e é bastante comum a ocorrência do mesmo nos materiais poliméricos. Este modelo
é conhecido como multilinear, sendo geralmente o mesmo obtido de um ensaio de tensão-
deformação. Neste modelo de material, à medida que a taxa de deformação do mesmo
aumenta, ocorre também um aumento na rigidez do material (Adams, 1999).
A tensão de escoamento, para este tipo de material, é geralmente considerado um valor
aproximado, sendo adotada para a mesma um valor no qual o material começa a perder a
linearidade (Adams, 1999).
55
estudado é uma placa circular que é engastada próxima a sua circunferência e sofre a ação de
uma carga em seu centro. Com isto foram feitos experimentos de impacto com velocidades
diferentes e as propriedades do material foram levantadas e comparadas com as utilizadas em
modelos de elementos finitos, que são obtidas pelas relações convencionais de tensões-
deformações. O material ensaiado foi o polímero (ABS). (Dean, 2002).
No estudo de Drozdov, (2003), é considerado o efeito da temperatura no
comportamento viscoelástico de modelos de polipropileno isotático injetados e submetidos a
pequenas deformações isotérmicas. O polipropileno isotático foi o escolhido devido às
numerosas aplicações industriais deste polímero, sendo levantado para o mesmo o
comportamente de torção-fadiga, oscilação, fluência-relaxamento em intervalos de
temperatura desde 30 até 150° C. (Drozdov, 2003).
No estudo de Sem, (2006), foi feita à análise das tensões térmicas devido ao efeito da
temperatura uniforme ao longo de um disco visando o melhoramento do mesmo. O disco
sofreu o reforço de fibras de aço ao longo de toda a sua curvatura. O método de elementos
finitos foi usado para calcular o campo de tensões elásticas e elástica-plástica ao longo da
curvatura do modelo do disco. Neste estudo foi utilizado o código computacional ANSYS
tanto nos dois tipos de análises; elásticas e elásticaplástica. Com isto a distribuição de tensões
residuais foi obtida com a interpretação dos resultados e as tensões térmicas resultantes foram
calculadas para diferentes temperaturas. (Sem, 2006).
No estudo de Bucaille, (2006), é verificada a influência da reologia durante o teste de
penetração, sendo o material moldado com reologia elástica e perfeitamente plástica. Este
teste foi modelado com um código de elementos finitos de três dimensões: Forge 3. O mesmo
possui um procedimento de refinamento de malha à medida que se simula as grandes
deformações. O contato entre o penetrador e o material é de fricção, sendo o penetrador um
cone semi-piramidal com ângulo de 70,3°. Este penetrador é equivalente ou de igual volume e
profundidade dos usados em ensaios de dureza Berkovich ou Vickers. Neste estudo, foi
sugerido um novo modelo para o coeficiente aparente de fricção quando sujeitos a força real
do penetrador em materiais que possuem um baixo módulo de Young. Este modelo foi usado
57
para determinar de forma computacional o valor de dureza do material com a área de contato
real (Bucaille, 2006).
A resistência à flexão simples M n é definida por vários estados limites, cada um deles,
em função de um parâmetro de esbeltez . A variação de resistência, ilustrada na figura 31,
pode ser genericamente resumida por meio do gráfico da figura 31, válido para vigas não
esbeltas, no qual:
a) O trecho λ λ r (onde M n M r ) corresponde aos valores de M que causam
tensões máximas inferiores ao escoamento. Define o trecho da curva em que ocorre
flambagem elástica.
b) O ponto λ λ r (onde M n M r ) corresponde ao início do escoamento.
c) O trecho λ pλ λ r (onde M r M n M pl ) corresponde aos valores de M
equivalentes à plastificação parcial da seção. Define o trecho da curva em que ocorre
flambagem inelástica.
d) Finalmente, o trecho λ λ p (onde M n M pl ) corresponde aos valores de M
equivalentes à plastificação total da seção.
Para perfis de seção I com dois eixos de simetria no plano médio da alma, fletidos em
torno do eixo de maior inércia, que foram avaliados neste trabalho, foram verificados os três
estados limites seguintes:
1) Flambagem Local da Alma (FLA) – causada pelas tensões normais, provocadas
pelo momento fletor na alma dos perfis.
2) Flambagem Local da Mesa (FLM) – causada pelas tensões normais de compressão
(praticamente constantes), provocadas pelo momento fletor na mesa comprimida.
3) Flambagem Lateral por Torção (FLT) – causada por flexão lateral (normal ao plano
de carregamento) e por torção, provocando deslocamentos perpendiculares ao plano do
carregamento e rotação da seção transversal.
O dimensionamento de vigas metálicas se baseia em critérios que visam impedir
que estados limites de ruína e de serviço sejam atingidos na vida útil da estrutura. Mesmo as
normas baseadas em tensões admissíveis tinham estes estados limites implícitos em suas
verificações.
Os estados limites últimos de vigas são classificados nas normas de projeto de
estruturas de aço pelo tipo de esforço que os causam. Assim, a verificação de uma viga deve
atender aos critérios que envolvam a flexão, o cisalhamento e a flexão e cisalhamento
combinados.
Neste trabalho, foi feita uma análise da variabilidade da confiabilidade para um
mesmo estado limite. Escolheu-se para este estudo o estado limite último de flexão, pois este
sendo bastante abrangente em termos de funções para a determinação da resistência, facilita
qualquer analogia dos resultados para outros estados limites menos complexos, tal como o
estado limite de tração.
60
Onde λ(·), λp(·),λr(·) são parâmetros de esbeltez definidos pela NBR 8800 (ver tabela
5) como função do estado limite; Mpl é o momento de plastificação; Mr(·) e Mcr(·) são
momentos definidos pela NBR 8800 (ver tabela 4.1) como função do estado limite. Os
subscritos (T), (A) e (M) indicam grandezas associadas à FLT, FLA e FLM, respectivamente.
61
Note que para uma dada viga, isto é, definidos o perfil e o espaçamento da
contenção lateral, apenas um modo de falha poderá ocorrer para cada estado limite. Por
exemplo, se FLT ocorrer, a flambagem será plástica ou inelástica ou elástica. O valor do
momento resistente é então o menor dos três valores calculados para FLT, FLA e FLM,
porém limitado a equação abaixo:
M n ≤1,25Wx fy
onde:
M pl f yZ x (Momento de plastificação total da seção)
λparâmetro de esbeltez definido para cada caso,
Zx= Módulo plástico de resistência em relação ao eixo (x) da seção,
Wx= Módulo elástico de resistência em relação ao eixo (x) da seção.
Para perfis de seção I com dois eixos de simetria no plano médio da alma, fletidos em
torno do eixo de maior inércia, tem-se as definições indicadas na tabela 5.
Tabela 5. Parâmetros Mr(·), Mcr(·), λ(·), λp(·),λr(·) para FLT, FLM, FLA.
Serão apresentadas neste item as combinações de ações adotadas pela NBR 8800. Para
os Estados Limites Últimos deve-se ter a solicitação de cálculo Sd menor ou igual à resistência
de cálculo Rd , isto é:
Sd ≤Rd
A solicitação Sd é definida por uma combinação de carregamentos na qual os esforços
nominais Ai são majorados:
n
sd =∑ γ i Ψ i A i
i=1
Onde: γ i ≥1 e Ψ i ≤1
A resistência Rd é definida por um percentual da resistência nominal:
Rd ØRn
Onde: Ø ≤ 1
∑ (Υ g G)+ Υ q 1 Q1 +∑ (Υ qi Ψ i Qi)
i=2
Onde:
G = ação permanente
ϒg = coeficiente de majoração de ações permanentes
Q1 = ação variável principal
Υ q 1 = coeficiente de majoração de ações variável principal
Qi = demais ações variáveis
Υ qi = coeficiente de majoração das demais ações variáveis
Ψ i = fatores de combinação
64
3 MATERIAIS E MÉTODOS
Para estudar o poli tereftalato de etila (PET), serão feitos dois tipos de ensaios, um
para caraterização do material, ensaio de tração e flexão e um para simulação em escala da
viga feito de PET, para cada ensaio foram selecionadas 6 amostras, provenientes de blocos da
matriz de injeção.
Fonte: autor.
P
σ=
A
L−LO
ε=
LO
Fonte:autor.
Fonte: autor.
68
Existem três tipos principais de ensaio de flexão: o ensaio de três pontos, em que a
barra a ser testada é apoiada nas extremidades e a carga é aplicada no centro do comprimento
do corpo de prova; o ensaio em quatro pontos, na qual a barra a ser testada é bi apoiada nas
extremidades e a carga é aplicada em dois pontos na região central do comprimento,
separadas por uma distância padronizada; e o método de engaste, que consiste em engastar
uma das extremidades e aplicar a carga na ponta oposta do engaste.
O ensaio de flexão em três pontos será comentado a seguir por se tratar do tipo de
ensaio utilizado neste trabalho para a obtenção das propriedades mecânicas de flexão dos
compósitos.
A Figura 36 apresenta um esquemático do ensaio de flexão em três pontos. O ensaio
consiste na aplicação de uma carga P no centro do corpo de prova, apoiado em dois pontos. A
carga é aplicada a partir de um valor zero e aumentada lentamente até a ruptura do corpo de
prova. O valor da carga versus o deslocamento do ponto central consiste na resposta do
ensaio. Este tipo de ensaio é aplicado à materiais frágeis, ou de elevada dureza, como o caso
69
de compósitos. Os principais parâmetros obtidos por este ensaio são: tensão de ruptura em
flexão (σf), módulo de elasticidade em flexão (Ef).
Fonte: autor.
70
Fonte: autor.
O ensaio foi realizado em uma máquina EMIC modelo DL 10000, com acionamento
eletromecânico variável e fuso de esteira como mostra a figura 38.
Fonte: autor.
71
Fonte: autor.
Fonte: autor.
Figura 39. Diagrama tensão x deformação comportamento linear (a) e não linear (b).
73
2000
1800
1600
1400
1200
1000
800
600
400
200
0
0 2 4 6 8 10 12
Força(N) Series4
Fonte: autor.
aplicada uma escada de 1:3,0 Essas dimensões foram adotadas em função dos perfis metálicos
disponíveis no comércio, para confecção das vigas para habitação social dos modelos
reduzidos.
Fonte: autor.
Neste item serão apresentadas as teorias da análise dimensional e dos modelos físicos
reduzidos, além de sua utilização no estudo dos modelos reduzidos de elementos estruturais
de materiais poliméricos.
Segundo Andolfato (2002), a necessidade de se estudarem os fenômenos naturais fez
com que o cientista Galileu Galilei apresentasse na sua obra “A fraqueza relativa dos
grandes” o primeiro estudo dos efeitos das escalas. Depois disso, outros cientistas também
estudaram esse assunto e, com o passar dos anos, chegaram à Teoria da Análise Dimensional
e Semelhança dos Modelos Físicos, que conhecemos atualmente.
Para a aplicação da teoria da análise dimensional é necessário que se faça a
determinação das características físicas capazes de relacionar protótipos e modelos. “Para que
os resultados obtidos na experimentação de modelos em laboratório possam ser estendidos
para a representação de um protótipo, é necessário primeiramente que exista a semelhança
geométrica” (Carneiro1 apud Andolfato, 2002).
75
Na análise dimensional é sempre adotada uma forma explícita, onde uma das variáveis,
geralmente a dependente, é a incógnita do problema. Todas as demais variáveis e constantes
físicas universais ou específicas constituem os dados do problema e devem ser considerados
como variáveis independentes.
Embora a análise dimensional seja incapaz, por si só, de encontrar a formulação
completa de uma lei física, ela fornece indicações sobre combinações dos parâmetros
envolvidos, de modo a reduzir o número total de variáveis a serem incluídas nas equações.
Uma das principais aplicações da análise dimensional é o estabelecimento das
condições de semelhança física, possibilitando assim comparações entre os protótipos e os
modelos utilizados em ensaios. Para que um modelo possa representar um protótipo, ou seja,
para que os resultados obtidos nos ensaios com modelos possam ser estendidos aos protótipos,
é preciso que exista semelhança entre eles, a começar pela semelhança geométrica
k xm 1 xp
i=¿ λ i = = =1 :( )¿
xa x a xm
xm
Assim, para que se possa adotar que o comportamento do protótipo seja o mesmo do
modelo, é necessário que as unidades de medidas do modelo sejam iguais às unidades de medida
do protótipo multiplicadas pelos fatores de escala correspondentes na equação abaixo:
x m=k i x X p
Para a fabricação dos elementos estruturais de material polimérico em escala reduzida,
foram aplicadas as hipóteses apresentadas anteriormente. As dimensões dos modelos real das
vigas são as ilustradas na Figura 43, para um comprimento de 3000 mm.
Considerando os protótipos vão ser aplicadas uma escala de 1:3,0 sendo as dimensões
abaixo no figura 43 e com 1000mm de comprimento.
1
k i=λi = =1 :3
3000 mm
1000 mm
Fonte: autor.
Para o modelo acima sera ensaiado para flexão e medido o deslocamento no eixo x(flecha) e
os momentos ao longo da viga.
77
O elemento finito adotado neste trabalho foi o SOLID186. Este é um elemento sólido
tridimensional de 20 nós e 3D de ordem superior que exibe comportamento de deslocamento
quadrático. O elemento é definido por 20 nós com três graus de liberdade por nó: translações
nas direções nodal x, y e z. O elemento suporta plasticidade, hiperelasticidade, fluência,
rigidez, grande deflexão e grandes capacidades de deformação. Também possui capacidade de
formulação mista para simular deformações de materiais elastoplásticos quase
incompressíveis e materiais hiperelásticos totalmente incompressíveis. Este elemento finito
está disponibilizado na biblioteca interna do ANSYS e é apresentado na figura 44.
Fonte: autor.
Os apoios são do tipo bi apoiado, onde é fixo o eixo x e z e livre para transladar nos eixos y.
Fonte: autor.
A carga aplicada ao modelo é pontual de 500kg no centro da viga, sendo assim para
comparação ao modelo real.
Fonte: autor.
79
Fonte: autor.
4.00E+02
3.50E+02
3.00E+02
2.50E+02
2.00E+02
1.50E+02
1.00E+02
5.00E+01
0.00E+00
0.00E+00 1.00E+02 2.00E+02 3.00E+02 4.00E+02 5.00E+02 6.00E+02
Fonte: autor.
4500
4000
3500
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
0 10 20 30 40 50 60
Deformação(mm) Força(N)
Fonte: autor.
81
Fonte: autor.
Fonte: autor.
82
Fonte: autor.
Fonte: autor.
Fonte: autor.
84
Fonte: autor.
85
4 RESULTADOS E DISCUÇÕES
Neste trabalho foram feitas simulações numéricas para avaliar o desempenho do PET
reciclado para uso em vigas estruturais para construção de uma habitação social.
A viga metálica usual apresentou uma deformação de 1,3mm no decorrer do seu
comprimento, sendo que a Norma NBR 8800 rege uma deformação aceitável de L/350,
considerando que a viga em modelo tem 1000mm, a flecha aceitável seria de até 2,85mm,
sedo que a deformação da viga em PET simulada, apresentou um valor de 2,79mm sendo
solicitada aos mesmo esforços da viga metálica.
Os resultados obtidos até o momento neste trabalho ainda não são conclusivos, tendo
em vista que os ensaios nos modelos de vigas ainda não foram realizados, porem pelos
ensaios de caracterização e modelagem numérica estima-se que serão satisfatórios no âmbito
de utilizar as vigas feitas em PET.
86
5 REFERENCIAS
ALVES FILHO, Avelino. Elementos finitos - A base da tecnologia CAE. 6. São Paulo Erica
2013.
ANSYS (1997). Structural nonlinearities: user’s guide for revision 5.5. Houston. v.1.
CHANDA, M., Roy, S. K. – Plastic Techonology Handbook, 1ª Edição, New Jersey, 1987.
DALCIN, G.B., Ensaios dos Materiais. Curso Engenharia Industrial Mecânica, URI -
Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Santo Ângelo, Rio Grande
do Sul, Brasil, 2007, p. 1-41.
FERRAROLI, F.; MOTTA, I. Uma nova dimensão dos termoplásticos: o consumo energético.
Polímeros, Jul./Set. 2010, v11, n.3, p. 12-13. ISSN 0104-1428.
MORAIS, André Pinto. Análise numérica via MEF de vigas mistas aço e concreto com
lajes alveolares. Instituto Alberto Luiz Coimbra de pós-graduação e pesquisa de engenharia,
2018.
ONU. Evolução dos materiais a serem reciclados. Desenvolvimento Sustentável, Brasil.
Disponível em : <http://www.onu.org.br/>. Acesso em: Março. 2019.