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UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO

AMANDA SOUSA DUARTE


BRUNO MARIA FERREIRA
GABRIELA ALVES TABOSA
WILLIAN GONÇALVES DOS SANTOS

A UTILIZAÇÃO DO PLÁSTICO NO MERCADO AUTOMOTIVO COM ÊNFASE NO


POLIPROPILENO: ESTUDO DE CASO QUANTO À UTILIZAÇÃO E
SUBSTITUIÇÃO AO TEREFTALATO DE POLIBUTILENO (PBT)

Local: São Paulo


2020
AMANDA SOUSA DUARTE
BRUNO MARIA FERREIRA
GABRIELA ALVES TABOSA
WILLIAN GONÇALVES DOS SANTOS

A UTILIZAÇÃO DO PLÁSTICO NO MERCADO AUTOMOTIVO COM ÊNFASE NO


POLIPROPILENO: ESTUDO DE CASO QUANTO À UTILIZAÇÃO E
SUBSTITUIÇÃO AO TEREFTALATO DE POLIBUTILENO (PBT)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DE


ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DA
UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO,
COMO REQUISITO PARCIAL PARA
OBTENÇÃO DO DIPLOMA DE GRADUAÇÃO.

Prof. Carlos Eduardo Freitas da Silva

Local: São Paulo


2020
Dedicatória

Dedicamos esse trabalho em primeiro


lugar a Deus que nos deu saúde e força
para superar todos os momentos difíceis
que nos deparamos ao longo da
graduação, e a nossa família por serem
essenciais em nossas vidas e nos
incentivarem a sermos pessoas melhores
e não desistir dos nossos sonhos.
Agradecimentos

À Deus primeiramente, porque sem ele nada seria possível.

Ao orientador Carlos Eduardo Freitas da Silva, que tornou possível a realização


dessa monografia, pela sua dedicação e paciência. Seus conhecimentos fizeram
grande diferença no resultado desse trabalho.

Aos familiares por sempre nos apoiarem e incentivaram para a realização deste
projeto.

À Universidade Cidade de São Paulo e todos os seus professores que sempre


nos proporcionaram um ótimo ensino.

Aos nossos colegas de turma, por compartilharem conosco tantos momentos


de aprendizado e por todo o companheirismo ao longo deste percurso.

A todos, que participaram direta ou indiretamente do desenvolvimento deste


trabalho de pesquisa, enriquecendo o nosso processo de aprendizado.
Epígrafe

O Controle de qualidade é desenvolver,


projetar, produzir e comercializar um produto
de qualidade que é mais econômico, mas útil
e sempre satisfatório para o consumidor.
(ISHIKAWA, MORETTI, 2003, p.15)
Resumo

O presente estudo teve por objetivo realizar uma análise quanto a utilização de
plásticos na indústria automotiva, baseada na análise de um estudo de caso que
propõe a substituição do Tereftalato de Polibutileno (PBT) por Polipropileno (PP).
Neste trabalho será analisado o processo de fabricação, as influências das
especificações do produto e os testes laboratoriais para garantir os requisitos do
cliente (montadora), além da análise de eventuais ganhos econômicos resultante
desta substituição.

Palavras-chave: Polipropileno (PP), Tereftalato de Polibutileno (PBT), Custo,


Eficiência.
Abstract

The current study was developed aiming engineering plastics with emphasis on
Polypropylene (PP) and Polybutylene Terephthalate (PBT), and a case study
regarding the exchange of raw materials (PBT for PP) in the automotive industry,
validating the manufacturing process, analyzing the influences of the product
specification and carrying out laboratory tests to guarantee the requirements of
customers (assemblers) and thus guarantee the reduction in the cost of the raw
material of the product, in the manufacturing process, in order to improve productivity.

Keywords: Polypropylene (PP), polybutylene terephthalate (PBT), Cost, Eficiency.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Principais termoplásticos e termo fixos ....................................................1


Figura 2 – Mercado global de produção de plásticos ................................................6
Figura 3 – Gráfico uso de plástico ao longo dos anos ...............................................8
Figura 4 – Diagrama de Ishikawa ..............................................................................13
Figura 5 – Gráfico de Gantt .......................................................................................19
Figura 6 – Fluxograma ..............................................................................................20
Figura 7 – Processo de polimerização ......................................................................22
Figura 8 – Polímero em granulo ................................................................................22
Figura 9 – Gráfico da resistência do compósito GF ..................................................23
Figura 10 – Dimensional da fibra de vidro .................................................................24
Figura 11 – Ficha técnica do PBT .............................................................................25
Figura 12 – Ficha técnica PP ....................................................................................26
Figura 13 – Máquina de injeção ................................................................................27
Figura 14 – Rosca da máquina de Injeção ................................................................27
Figura 15 – Processo de Injeção ...............................................................................28
Figura 16 – Gráfico de desumidificação ....................................................................29
Figura 17 – Desumidificador utilizado para secagem ................................................30
Figura 18 – Projetor de medição digital .....................................................................31
Figura 19 – Máquina Tridimensional .........................................................................31
Figura 20 – Paquímetro .............................................................................................32
Figura 21 – Micrômetro .............................................................................................32
Figura 22 – Máquina de tração ..................................................................................32
Figura 23 – Método de teste físico – químico ............................................................33
Figura 24 – Consumo de PBT – GF30 ......................................................................33
Figura 25 – Consumo de matéria -prima em KG .......................................................35
Figura 26 – Produto com PBT- GF30 ........................................................................36
Figura 27 – Produto com PP-GF30 ...........................................................................36
Figura 28 – Economia acumulada PBT VS PP ........................................................38
Figura 29 –Gráfico redução de custo com energia ...................................................39
Figura 30 – Modo de falha 1 ......................................................................................47
Figura 31 – Modo de falha 2 ......................................................................................47
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Matriz gravidade x urgência x tendência .................................................15


Tabela 2 – Categorização de problemas ...................................................................16
Tabela 3 – HowMuch..................................................................................................18
Tabela 4 – Cronograma .............................................................................................18
Tabela 5 – Características de commodities e especialidades ...................................21
Tabela 6 – Consumo 2018 ........................................................................................34
Tabela 7 – Consumo 2019 ........................................................................................34
Tabela 8 – Valor de Aquisição do PBT ......................................................................36
Tabela 9 – Comparativo custo da aquisição .............................................................37
Tabela 10 – Diferenças dos materiais .......................................................................40
Tabela 11 – Fichas técnicas PBT e PP .....................................................................42
Tabela 12 – Dimensional PP-GF 30 ..........................................................................44
Tabela 13 – Dimensional PBT- GF 30 .......................................................................45
Tabela 14 – Contração da matéria-prima ..................................................................46
Tabela 15 – Teste Amostra C ....................................................................................48
Tabela 16 – Teste Amostra D ....................................................................................48
Tabela 17 – Variação de Amostra .............................................................................48
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

GF - Fibra de Vidro

PBT - PolibutilenoTereflato

PP – Polipropileno

PA – Poliamidas

POM – Poliacetal

PPA –Poliftalamidas

ABS –Acrilonitrila-Butadieno-estireno

PEAD –Polietileno de alta densidade

PBT-GF30 –PolibutilenoTereflatoaditivado com 30% de fibra de vidro

PP-GF30 –Polipropilenoaditivado com 30% de fibra de vidro

MP – Matéria-prima

FV – Fibra de Vidro

PRFV –Polímeroreforçado com fibra de vidro

AP –Aprovado

REP –Reprovado

G –Gravidade

U –Urgência

T –Tendência

JAN –janeiro

FEV –fevereiro

MAR –março

ABR –abril
MAI –maio

JUN –junho

JUL –julho

AGO –agosto

SET –setembro

OUT –outubro

NOV –novembro

DEZ –dezembro

UAP – Unidade Autônoma de Produção


SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1
1.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................... 4
1.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS ................................................................................. 4
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................... 5
Polipropileno (PP) ....................................................................................................... 6
Polibutileno Tereftalato (PBT) ..................................................................................... 7
Necessidade do uso de plásticos pela indústria automobilística ................................. 7
2.1 RELEVÂNCIA COM TRABALHOS SIMILARES.................................................... 9
3. DESENVOLVIMENTO .......................................................................................... 11
3.1 FERRAMENTAS DA QUALIDADE APLICADAS ................................................. 12
3.1.1 Brainstorming ................................................................................................... 12
3.1.2 Diagrama de Ishikawa ..................................................................................... 12
3.1.2.1 Material.......................................................................................................... 13
3.1.2.2 Medição ......................................................................................................... 13
3.1.2.3 Método .......................................................................................................... 14
3.1.2.4 Meio Ambiente .............................................................................................. 14
3.1.2.5 Mão de Obra ................................................................................................. 14
3.1.2.6 Máquina......................................................................................................... 14
3.1.3 Matriz GUT (Gravidade, Urgência, Tendência) ................................................ 15
3.1.4 5W 2H .............................................................................................................. 17
3.1.5 Diagrama de Gantt ........................................................................................... 18
3.1.6 Fluxograma ...................................................................................................... 19
3.1.7 Histograma ....................................................................................................... 21
3.1 CARACTERISTICAS E PROPRIEDADES DA MATÉRIA-PRIMA: ...................... 21
3.1.1 FIBRA DE VIDRO: ........................................................................................... 23
3.1.2 PBT-GF30:’ ...................................................................................................... 24
3.1.3 PP-GF30: ......................................................................................................... 25
3.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ....................................................................... 26
3.4.1 HIGROSCÓPICO – SECAGEM DO MATERIAL .............................................. 28
3.5 TESTES LABORATÓRIAIS................................................................................. 30
3.5.1 DIMENSIONAL ................................................................................................. 30
3.5.2 TESTE FíSICO ................................................................................................. 32
4. ANÁLISE DE RESULTADOS ................................................................................ 33
4.1 RESULTADOS FINANCEIROS ........................................................................... 33
4.1.1 RESULTADOS FINANCEIROS – VOLUME VS CUSTO ................................. 33
4.1.2 RESULTADOS FINANCEIROS – DESUMIDIFICADOR .................................. 38
4.2 COMPARATIVOS DE PROPRIEDADE E CARACTERISTICAS......................... 39
4.2.1 CARACTERISTICAS FISICAS E SUAS INFLUÊNCIAS: ................................. 40
4.2.2 CARACTERISTICAS MÊCANICAS E SUAS INFLUÊNICIAS: ......................... 41
4.3 RESULTADOS DO PROCESSO DE FABRICAÇÃO .......................................... 41
4.4 RESULTADOS DOS TESTES ............................................................................ 43
4.4.1 RESULTADOS DE DIMENSIONAL ................................................................. 43
4.4.2 RESULTADOS DOS TESTES - DESEMPENHO ............................................. 46
5. CONCLUSÃO........................................................................................................ 49
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 51
1

1. INTRODUÇÃO

Os polímeros são macromoléculas caracterizadas por seu tamanho, sua


estrutura química e interações intra e intermoleculares. Eles podem ser naturais, como
a seda, a celulose ou as fibras de algodão e sintéticos, como o polipropileno (PP), o
poli (tereftalato de etileno) (PET), o polietileno (PE), o poli (cloreto de vinilo) (PVC),
etc. Os polímeros são classificados como termoplásticos (plásticos), termo fixos,
borrachas e fibras (SPINACÉ, Márcia Aparecida da Silva e PAOLI, Marco Aurelio De,
2003).

O fluxo abaixo detalha os polímeros termoplásticos e termofixos mais


comumente utilizados.

Figura 1 – Principais Termoplásticos e termofixos

Polietileno (PE)

Polipropileno (PP)

Policloreto de vinila
(PVC)
TERMOPLÁSTICOS Policarbonato (PC)
Poliestireno (PS)
Nylon
POLÍMEROS

Politereftalato de
BORRACHAS etileno (PET)
Acrilonitrila butadieno
estireno (ABS)
Resinas de Engenharia
Tereftalato de
polibutileno (PBT)
FIBRAS Epoxy
Poliacetal
Poliueretano (PU)
TERMOFIXOS Fluoropolímero
Resinas Fenólicas (PF)

Melamina / Ureia-
formaldeído

Fonte :( American Chemistry Council Economics & Statistics Department. Plastic Resins in the
United States, p.6. 2013, adaptado)

Para plásticos existem duas distribuições quanto ao desempenho, sendo os


plásticos de comodidade (do inglês: commodities) e de especialidade (do inglês:
specialties), que podem ser respectivamente materiais de uso geral e material de
engenharia, determinados por processo de fabricação, facilidade de processamento e
o fator econômico. De acordo com a necessidade das indústrias visando desempenho,
2

segurança e qualidade à custo-benefício surgiram os plásticos de engenharia que tem


propriedades superiores às commodities.

Os plásticos de engenharia são um subconjunto de polímeros termoplásticos


com alto desempenho mecânico, propriedades térmicas, elétricas e químicas
e geralmente são usadas em aplicações para substituir metais. Estão
incluídos acetal, fluoro polímero, policarbonato, sulfeto de polifenileno e
outras resinas. Na Engenharia os plásticos são usados principalmente nos
mercados automotivo, elétrico / eletrônico e consumidor.

(American Chemistry Council Economics & Statistics Department. Plastic


Resins in the United States, 2013, p.6).

Trata-se de materiais fundamentais para a sociedade devido sua resistência e


versatilidade, proporcionando liberdade de criação do produto no projeto e explorando
design conforme sua alta capacidade de modelagem, garantindo alta resistência e
durabilidade na aplicação. Segundo Candido, Santolia Junior e Melo (2006) citado por
Schutt, Bruno Eduardo Pereira (2014, p.9):

Materiais plásticos têm expandido sua aplicação na indústria automobilística


desde a década de 80, quando as montadoras estavam desenvolvendo uma
maneira de tornar os carros mais leves e reduzir o consumo de combustível,
sem perda de qualidade do produto. Hoje em dia já não é apenas por razões
econômicas, além da redução de massa, custo e tempo de produção, estes
materiais permitem o desenvolvimento com uma maior flexibilidade de design
propiciando um produto mais moderno.

Tais materiais desenvolvem um segmento inovador e promissor para a indústria


de transformação do plástico por suas características de estabilidade dimensional,
resistência mecânica e térmica. Por sua vez a commodities PP é utilizado
principalmente pelo baixo custo comparado aos materiais de engenharia, conforme
Michaelliat al. (1995) e Albuquerque (2001) citado por Schutt, Bruno Eduardo Pereira
(2014, p.12):

O PP é utilizado principalmente pelo baixo custo e baixa densidade por ser


um dos mais baratos e que apresenta boas propriedades químicas e
mecânicas, que deve seu crescimento principalmente pela indústria
automobilística, representando a maior parte da produção total de plástico do
mundo.
3

Os dois tipos de plásticos que serão foco do estudo de caso neste trabalho,
possuem até 30% de compostagem de fibra de vidro, material utilizado para flexibilizar
e agregar resistência ao polímero, potencializando a estrutura do produto a fim de
garantir suas especificações dimensionais e resistência física, de acordo com Veiga,
Anderson Thiago Vasconcelos (2016, p.5):

A partir da necessidade de buscar fontes renováveis para a produção dos


materiais que venham possuir baixo custo, baixa densidade, boas
propriedades mecânicas, abundância, entre outros, diversos estudos
apontam para a utilização de fibras naturais como reforço em compósitos de
matriz polimérica, devido as suas excepcionais propriedades mecânicas em
relação ao custo e densidade.
4

1.1 OBJETIVO GERAL

O presente trabalho realiza a análise dos resultados do estudo de caso, que


visa reduzir os custos na compra de matéria-prima para fabricação de peças da
indústria automotiva, especificamente de plástico, atendendo aos requisitos e normas
-técnicas do cliente. A substituição será do PBT-GF30% para o PP-GF30%.
A empresa que está realizando a substituição existe desde 1926 e é
especializada em sistemas de mecanismos de acesso e painéis de controle para
veículos, sendo fornecedora de peças automotivas. O produto do estudo de caso é
um suporte de maçaneta externa que é montado na área interna da porta do veículo.
Devido a questões de sigilo empresarial não citaremos o nome e nenhum dado que
remeta a empresa em questão, toda e qualquer informação de uso exclusivo da
empresa foi descaracterizado para execução deste trabalho, mas preservando a
credibilidade das informações. Utilizaremos o nome Peças Automotivas LTDA para
referenciar a empresa em que o trabalho será desenvolvido e os nomes Resinas
Internacional LTDA e Polímeros Automotivos LTDA, sendo respectivamente os
fornecedores do PBT-GF30 e PP-GF30.

1.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS

 Revisão bibliográfica de estudos dos materiais plásticos e suas


utilizações no mercado automotivo;
 Utilização das ferramentas da qualidade para subsidiar tomadas de
decisões, propiciando a gestão e realização do projeto;
 Comparativo dos dados financeiros quanto a aquisição das matérias-
primas para viabilização financeira da substituição;
 Comparativo técnico das propriedades das matérias-primas e do
desempenho das peças, através na análise dos resultados de ensaios
garantindo atendimento aos requisitos do cliente.
 Submissão de amostras e resultados dos testes ao cliente para iniciar a
substituição.
5

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Nos dias de hoje, projetistas e engenheiros da área automotiva, prontamente


estão dispostos a especificar plásticos de engenharia para os vários componentes
cujos desenvolvimentos estão sob sua responsabilidade, porque estes materiais
oferecem uma combinação de propriedades não presentes em outras matérias
primas, como por exemplo, leveza, resiliência, resistência a corrosão, facilidade de
cores, transparência, facilidade de processamento, e, sobretudo possuem a vantagem
de proporcionar a redução do custo total dos componentes, devido à flexibilidade de
'design' e diversidade de processos de fabricação (FILHO, Augusto Marcelino Lopes
Dorneles e PIMENTA, Prof. Dr. Marcos Mattos, 2006).

Os tipos de plásticos mais utilizados na indústria automobilística e suas


principais aplicações:

Poliamidas (PA): Utilizado em coletores de admissão, tampas de comando de


válvulas, maçanetas, componentes do espelho retrovisor, tubos de freio, sistema de
refrigeração, componentes airbag, entre outros.

Poliacetal (POM): Utilizado em unidades de envio de combustível, engrenagens


do cinto de segurança, clips, componentes das fechaduras, roldanas de vidro, entre
outros.

Polibutileno tereftalato (PBT): Utilizado em limpadores de para-brisa,


maçanetas, carcaças dos faróis, componentes dos bicos injetores.

Poliftalamidas (PPA): Utilizado em carcaças de bomba d’água, termostatos,


galeria de injeção, entre outros.

Policarbonato: Utilizado em lentes de faróis.

Polipropileno (PP): Utilizado em para-choques, painéis, caixas de bateria, entre


outros.

Acrilonitrila-Butadieno-estireno (ABS): Utilizado em grades, componentes do


painel, carcaças de espelho, entre outros.

Polietileno de alta densidade (PEAD): Utilizado em tanques de combustível e


reservatórios (MUNDO DO PLÁSTICO, 2019).
6

Polipropileno (PP)

O PP é um dos plásticos mais importantes do mundo moderno, em 2015 por


exemplo, liderou a lista de maior produção global de plásticos e derivados como
mostra o gráfico na figura 2. É um termoplástico polimerizado a partir do gás propileno
(ou propeno) sendo, ao lado do polietileno, uma das principais poliolefinas existentes
no mercado (PIATTI e FERREIRA, 2005).

Figura 2– Mercado global de produção de plásticos

Mercado global de produção de plásticos (2015)


PP 68
PEBD 64
PPA 59
PEAD 52
PVC 38 Em milhões de toneladas
PET 33 (2015)

PU 27
PS 25
Aditivos 25
Outros 16

Fonte: (Production, use, and fate of all plastic ever made SCIENCE ADVANCES. 2017,
adaptado).

É um dos polímeros termoplásticos mais utilizados pela indústria, com uma


diversidade de aplicações que incluem embalagens rígidas e 16 flexíveis,
descartáveis, tubos e produtos injetados para os mais variados usos. A indústria
petroquímica disponibiliza vários tipos de polipropilenos, tais como: PP homopolímero,
PP copolímero heterofásico e PP copolímero randômico. O PP homopolímero contém
apenas o monômero propeno em sua cadeia molecular e, sendo predominantemente
de configuração isostática, pode atingir um grau de cristalinidade de até 70%
(NASCIMENTO, TIMÓTEO e RABELLO, 2013).

Uma das principais demandas do PP no Brasil e no mundo é da indústria


automotiva. Diversas partes de um veículo são produzidas por essa resina, sendo
utilizado tanto no interior (painel do carro, revestimento das portas reservatórios de
fluídos, por exemplo), quanto no exterior (para-choques, para-lamas, entre outros).
7

Sua utilização vem aumentando pois ele reduz o peso dos automóveis, ajudando a
diminuir o consumo de combustível e emissão de gases poluentes (VEIGA, Anderson
Thiago Vasconcelos, 2016).

Por se tratar de uma resina com alta versatilidade de aplicações e processos,


o polipropileno apresenta diversas vantagens em relação a outras matérias-primas.
Cabe destacar que sua baixa densidade torna as embalagens mais leves, com menor
custo de transporte e, consequentemente, gera menos custos em seu processo
produtivo. Já em relação ao seu desempenho, o termoplástico possui ótima
processabilidade, garantindo menores ciclos fabris e produtividade para a indústria.
Outro aspecto positivo é a sua interação com alimentos envasados, que pode ocorrer
sem acarretar danos, tendo em vista que esse tipo de plástico é um material atóxico,
dessa forma, não interage com os produtos alimentícios. A sustentabilidade também
é um aspecto positivo em relação aos demais polímeros, tendo em vista que o
polipropileno é 100% reciclável (MUNDO DO PLÁSTICO, 2017).

Polibutileno Tereftalato (PBT)

O PBT - Polibutileno Tereftalato é um polímero descoberto em 1928, sendo um


tipo de poliéster e faz parte do conceito de plásticos de engenharia devido sua
capacidade técnica e desempenho, conforme apontado no EngineeredPlastics:

Aliando as vantagens intrínsecas dos materiais plásticos, sejam termoplásticos


ou termo fixos, com as mais recentes descobertas no mundo dos polímeros (incluindo
nanotecnologia), os plásticos de engenharia estão tão presentes em nossa vida
quanto os plásticos tradicionais, com um grande diferencial: eles atendem a requisitos
que, sem eles, não conseguiriam ser satisfeitos (FEIPLAR, 2018).

Necessidade do uso de plásticos pela indústria automobilística

A necessidade de carros que consumissem menores quantidades de


combustível e que fossem eficientes, seguros e confortáveis, foi ocasionada
principalmente a partir da crise do petróleo de 1973. Neste ano deu-se início a Guerra
Árabe-Israelense, entre Egito e Síria de um lado e Israel do outro, em outubro de 1973.
Como os EUA e muitos países ocidentais apoiaram Israel, os países árabes e o Irã
impuseram aos mesmos um embargo no fornecimento de petróleo que resultou num
decréscimo líquido da produção mundial de 4 milhões de barris diários até março de
8

1974. A consequência imediata foi que o petróleo teve seu preço quadriplicado no final
deste ano (PEDROSA, OSVALDO E CORRÊA, ANTÔNIO, 2016).

Essa crise foi considerada como um dos momentos decisivos da tomada


deposição quanto à construção de carros mais eficientes, seguros, confortáveis e que
consumissem menos combustível. Com as inovações de polímeros de alto
desempenho (polímeros que possuem resistência mecânica, térmica e química) as
necessidades foram solucionadas e, hoje, o plástico constitui parte essencial dos
automóveis. Além da redução de peso, os materiais plásticos necessitam de menos
energia para serem produzidos, o que contribui para a redução das emissões de gases
e resíduos. Outro ponto para o meio ambiente, é que esses materiais são mais
duráveis, diminuindo a demanda de peças de reposição (HEMAIS, 2003).

Automóveis mais leves são mais eficientes energeticamente e, por isso, têm
menor consumo de combustível, gerando menos resíduos e emissões. A indústria
automobilística europeia, por exemplo, utiliza anualmente cerca de 2 milhões de
toneladas de plástico. Estudo publicado pela Associação dos Fabricantes de Plásticos
da Europa, divulgado na revista British Plastics, aponta que a média de aplicação do
material por veículo chega a 110 kg. Em média, cada 100kg de plástico, segundo o
estudo, substituem de 200kg a 300kg de peso provenientes de outros materiais
(MIRANDA, 2018).
Figura 3 - Gráfico do uso de plásticos em veículos leves ao longo dos anos

Evolução do uso de resinas e compósitos plásticos em


veículos leves ao longo dos anos
180,00
160,00
140,00
120,00
100,00
Kg

80,00
60,00
40,00
20,00
0,00
1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010
Ano

Fonte: (American Chemistry Council Economics & Statistics Department. Plastic Resins in the United
States, p.17. 2013)
9

Sendo assim, um carro com vida útil de 150 mil Km poderá economizar 750
litros de combustível para cada 100 kg de peças plásticas utilizadas no veículo.
(APME, 1999) Cálculos sugerem que a redução anual total de consumo de
combustível é equivalente a 12 milhões de toneladas de petróleo, representando uma
redução de 30 milhões de toneladas de CO² emitidos (MAGRINI, Alessandra e Col,
2012).

2.1 RELEVÂNCIA COM TRABALHOS SIMILARES

A indústria automobilística se destaca pelo grande potencial em atrair


inovações tecnológicas e os plásticos têm um lugar de destaque nestas inovações,
pois apresentam vantagens sobre materiais tradicionais, como metais e aço, por
exemplo, sendo o polipropileno um material de destaque nesse setor. Além de
permitirem maior flexibilidade em projetos há também economia em sua produção
(Petry, Andre 2011 p.26).

Peças fabricadas com polímeros de alto desempenho tem sido substituída por
materiais similares. Uma das composições mais comumente utilizadas é a junção do
polipropileno com fibras, resultando na formação de um novo material, com
características diferentes às dos seus constituintes. Este tipo de junção é denominado
compósito. O polipropileno (PP) é uma commodities nacional, encontrada facilmente
no mercado, vendida em lotes com menores quantidades e com precificação mais
baixa e estável. Menores ciclos de produção e dispêndio de insumos devidos à baixa
pressão de injeção e temperatura de plastificação em relação ao Nylon são pontos de
relevância observados no PP.

Estudos sobre a viabilidade do uso da fibra curta de sílica como agente de


reforço em compósito de polipropileno homopolímero aplicada em peças internas
automotivas e otimização das propriedades mecânicas do polipropileno injetado e
reforçado com fibras longas relatam que a composição de PP e fibra de vidro podem
ser amplamente utilizadas no campo industrial, especialmente em aplicações
automotivas em função de suas excelentes propriedades mecânicas e baixo custo.
Em porcentagem, a participação de materiais poliméricos nos veículos evoluiu de 10%
a 13% do peso total do veículo em 1990 para 20% na década de 2000 (SILVA e Col,
2019).
10

De acordo com Filho, Augusto (2006) a densidade é um dos elementos mais


importantes para determinar o custo final do produto, considerado na análise sua
redução de peso, onde o custo/volume pode ser mais importante do que o preço por
kg do plástico e reforça que a baixa absorção de água do material pode apresentar
melhores resultados de dimensionais e de forma positiva no desempenho ou impacto
das propriedades mecânicas e elétricas, defendendo a importância da escolha inicial
de um plástico de engenharia para que a construção seja eficaz.

Silva, Gilmar (2019) realizou o estudo da substituição de nylon por PP, ambos
com fibra de vidro e obteve a redução no peso médio da peça e no preço da matéria
prima, correspondendo respectivamente à 15,78% e 37% de redução, concluindo que
a substituição apresentou resultados positivos tanto na montagem quanto nos testes
e visualizou-se uma redução de custos geral entre 18% e 22%, comparando também
a vantagem da fabricação ser nacional no caso do PP quando comparado com o Nylon
(importado).

Corredori, Paulo (2015) também valida a aplicação do polipropileno com fibra


de vidro (PP GF35) em substituição do PA6 GF35 em coletor de admissão de motores,
onde obteve a redução de 15% no peso do produto e quase 15% no preço peça,
devido a diferença da densidade dos materiais. Em contrapartida obteve uma redução
no teste de estouro de 9 bar para 6 bar, porém não impactou no critério de segurança
que tinha como requisito a especificação de 5 bar.
11

3. DESENVOLVIMENTO

Realizamos o estudo de caso na empresa Peças Automotiva LTDA para validar


o custo-benefício da substituição da matéria-prima, através de testes para comparar
e garantir as especificações de qualidade e desempenho do produto. A proposta para
substituição ocorreu devido ao aumento do volume de produção e ao alto custo de
aquisição da matéria-prima, havendo a possibilidade de redução deste custo com a
substituição do PBT-GF30 por PP-GF30, desde que garantindo os requisitos técnicos
do cliente. Os testes realizados têm como objetivo evidenciar de forma técnica a
assertividade a substituição da resina, podendo ser utilizado para comparativo em
futuros projetos que necessitem atender à requisitos equivalentes aos apresentados
neste trabalho.

Desta forma, toda e qualquer alteração no produto deve-se levar em conta


primordialmente os impactos financeiros que trará, bem como manter a propriedade
físico-química da peça atendendo as especificações do cliente.

No ano de 2019 o cliente solicitou uma demanda maior do que o previsto no


início do projeto, devido ao aumento de sua produção de veículos e a utilização do
mesmo produto em novos lançamentos a partir de 2020, prorrogando a duração do
fornecimento de peças por mais cinco anos. Inicialmente, avaliamos os gastos que
tivemos no período de dezembro de 2018 a dezembro de 2019 com a aquisição do
PBT-GF considerando o câmbio mensal e o volume de produção a fim de avaliar o
retorno financeiro (do inglês: payback) do projeto da substituição. Após estudo de
payback, realizamos avaliação das fichas técnicas enviadas pelos fornecedores
Resinas Internacional LTDA e Polímeros Automotivos LTDA, sendo respectivamente
abastecedor de PBT-GF30 e PP-GF30. Utilizamos as fichas para análise das
propriedades e características físicas e mecânicas para viabilidade técnica abordada
no capítulo 3.1 Propriedades e Características da Matéria-Prima.
12

3.1 FERRAMENTAS DA QUALIDADE APLICADAS

3.1.1 Brainstorming

A definição de “tempestade de ideias” vem do inglês Brainstorming ferramenta


da qualidade utilizada para reunir e expor as ideias dos colaboradores de diversas
áreas tornando possível uma maior quantidade de sugestões.

“Uma das vantagens de sua utilização é que ele torna o processo de escolha
de ideias mais rápido, fazendo com que os resultados também sejam alcançados em
um espaço de tempo menor” (WERKEMA, C., 2004, p.194).

Para esta etapa, foram consideradas as ideias apresentadas pelos


colaboradores dos setores de produção, administração, engenharia e testes de
produtos. As sugestões embasadas na redução de custos ganharam destaque, sendo
então levantada a hipótese de que o processo atual utiliza de matéria prima:

 Importada, logo de custo alto em função das variações cambiais;


 Material com maiores particularidades no processo.

3.1.2 Diagrama de Ishikawa

“O diagrama procura estabelecer a relatividade existente entre o efeito e todas


as causas de um processo. Todo o efeito possui diferentes categorias de causas, que,
por sua vez, podem ser formadas por outras possíveis causas” (RODRIGUES, 2010).

Para Brassard (2004 p. 28):

“O diagrama de causa e efeito foi desenvolvido para representar a relação


entre “o efeito” e todas as possibilidades de causa”. A partir dessa ferramenta
todas as ideias priorizadas para a verdadeira causa do defeito encontrado
reduz-se drasticamente, pondo assim em destaque as mais claras causas.

Após o brainstorming, procuramos entender desde o processo de compra da


matéria prima até a entrega ao cliente quais problemas eram mais impactantes no
processo do material manufaturado:
13

Figura 4 – Diagrama de Ishikawa

Fonte: Autores

3.1.2.1 Material

Higroscópico: Possui uma baixa resistência à absorção da água, o que gera processos
adicionais de fabricação;

Fornecimento: Fornecedor internacional, não havendo alternativas nacionais para


esta matéria prima, gerando dificuldades de logísticas, de prazos de entrega e de
custos;

Material de Engenharia: Material com particularidades (exemplo: processo de


desumidificação) gerando assim mais custos de fabricação;

Cotado em dólar: Por ser comprado em moeda estrangeira é altamente suscetível a


alterações de preço, gerando imprevisibilidade no curto e longo prazo.

Densidade: Material de maior densidade se comparado ao PP-GF30, portanto maior


consumo de matéria prima.

3.1.2.2 Medição

Contração: O PBT-GF30 é um material com maior contração quando comparado ao


PP-GF30, devido as propriedades da matéria-prima, logo se faz necessário à
validação de dimensional;
14

Consumo de energia: Devido ao processo de desumidificação, existem custos com


energia elétrica para o funcionamento do equipamento.

3.1.2.3 Método

Processo de injeção: O PBT-GF30 é um material que requer maiores exigências dos


recursos de máquina de injeção, devido suas próprias características de processo.

Processo de fabricação: Devido sua característica de higroscopia, requer o processo


de desumidificação para posterior injeção.

3.1.2.4 Meio Ambiente

Layout do desumidificador: Disponibilização do espaço físico para o


equipamento no processo.

3.1.2.5 Mão de Obra

Operador para o processo de desumidificação: Por ser um material higroscópico exige


uma operação a mais no processo produtivo, assim, necessitando de um operador
para a máquina de desumidificação.

3.1.2.6 Máquina

Refrigeração do molde: Utilização de água quente para o processo de injeção;

Pressão de injeção: Devido seu nível de fluidez ser baixo, requer maior pressão de
injeção.

Desumidificador: Utilização do equipamento para secagem, processo este que não é


necessário quando utilizado materiais que não são higroscópicos.

A principal resultante, seguindo a análise é o alto custo de matéria prima, sua


quantidade de consumo por quilo e de recursos como: mão de obra direta e tempo
(máquina) que impactam diretamente em custos financeiros, tornando o produto
menos competitivo. O PBT-GF30 é um material de engenharia, logo sua complexidade
possui maior valor agregado e sua cotação é realizada em dólar, devido à compra ser
em moeda estrangeira, é altamente suscetível a alterações de preço, gerando
imprevisibilidade no curto e longo prazo.
15

3.1.3 Matriz GUT (Gravidade, Urgência, Tendência)

Como o próprio nome sugere, a matriz GUT é uma ferramenta de análise de


prioridades com base na gravidade, na urgência e na tendência que os problemas
representam para as suas organizações (LUCINDA, 2010, p. 69).

Para isto, a matriz considera alguns fatores, sendo eles a Gravidade, Urgência
e Tendência, onde é preenchida com uma pontuação que varia de 1 a 5 de acordo
com seu grau de gravidade:

Tabela 1 – Matriz GUT

Fonte: Daychoum, adaptado (2011)

 Gravidade: Caso o problema não seja resolvido, esse fator indica o impacto
dele, sobre todas as coisas, resultados, processos que sugiram em longo prazo;

 Urgência: Essa variável se relaciona com o tempo necessário ou disponível


para resolver uma dada situação;

 Tendência: Analisa a tendência ou o padrão de evolução, diminuição ou


extinção do problema (DAYCHOUM 2011).
16

“Constitui-se de uma ferramenta de grande utilidade para a fixação de


prioridades na eliminação de problemas, especialmente se forem vários e
relacionados entre si” (BRAGAGNOLO et al. 2004).

Essa ferramenta nos tempos atuais torna-se indispensável para resoluções dos
problemas encontrados, pois prioriza os defeitos a serem corrigidos com mais
urgência e que apresentem uma maior tendência ao erro contínuo e um alto teor de
gravidade causando uma parada na produção.

Seguindo as análises decidimos categorizar os problemas conforme sua


gravidade, urgência e tendência, assim entendendo o que de fato seria mais
importante e qual problema era mais impactante para a causa raiz, definindo
prioridades:

Tabela 2 – Categorização de problemas

Fonte: Autores
17

Podemos evidenciar através da matriz GUT que os 3 principais problemas do


ranking estão diretamente ligados a impactos financeiros conforme comentado abaixo:

125 Pontos – Densidade: Devido a sua maior densidade, utiliza mais matéria
prima consumindo mais recursos;

125 Pontos – Cotado em dólar: O custo de 1 kg de PBT-GF30 está pré-fixado


em 2,55 US$. No ano de 2019 a cotação de um dólar em reais variou entre 3,6390 R$
e 4,1442. Quando comparamos este valor com o PP-GF30 que custa 7,90 R$ o Kg
notamos que seu custo é elevado, além disso, acarreta grande variação no valor do
produto em reais, trazendo imprevisibilidade;

80 Pontos – Operador para o processo de desumidificação: Por ser um material


excessivamente higroscópico, é necessário passar por um processo a mais na
produção, assim exigindo mais mão de obra.

3.1.4 5W 2H

O 5W 2H é uma ferramenta que auxilia na estrutura e organização da ideia


proposta, afirma e define Behr e Col (2008, p.39):

Consiste em uma maneira de estruturarmos o pensamento de uma forma


bem organizada e materializada antes de implantarmos alguma solução no
negócio. O 5W do nome corresponde às palavras de origem inglesa What,
When, Why, Where e Who, e o 2H, à palavra How e à expressão How Much.
Traduzindo: O quê, quando, por que, Onde, Como, Quem e Quanto.

Para iniciar e determinar as questões básicas da substituição utilizamos o 5W


2H:

1. What? Substituição da matéria-prima (PBT-GF30 por PP-GF30);


2. Why? Reduzir os custos com a compra de matéria-prima;
3. Where? Na UAP – Injeção Plástica da empresa Peças Automotiva LTDA;
4. When? Conforme cronograma e diagrama de Gantt apresentado no item 3.1.5;
5. Who? Equipe Técnica (Engenharia e Financeiro);

Conforme fluxograma apresentado no item 3.1.6 e a análise de viabilidade


6. How? técnica;

Conforme tabela 3, para os custos de implementação. Os ganhos financeiros


7. How much? serão apresentados ao final deste trabalho.
18

Tabela 3– How Much

DESCRIÇÃO HORA CUSTO


EQUIPE PARA ANÁLISE TÉCNICA 8 R$ 463,64
EQUIPE PARA INJEÇÃO DO LOTE PILOTO 8 R$ 154,55
EQUIPE PARA DIMENSIONAR 32 R$ 1.236,36
EQUIPE PARA TESTE DE DESEMPENHO 16 R$ 618,18
EQUIPE PARA VALIDAÇÃO COM CLIENTE 8 R$ 309,09
TOTAL 72 R$ 2.781,82

Fonte: Autores

3.1.5 Diagrama de Gantt

Conforme o cronograma das atividades abaixo, utilizamos o gráfico de Gantt


para avaliar em quais atividades havia impactos finais no cronograma do projeto
conforme seus prazos e duração.

Tabela 4 – Cronograma

CRONOGRAMA
DURAÇÃO
AÇÃO INÍCIO FIM
(dias)
Avaliação dos Impactos 01/10/2019 20 21/10/2019
Injeção do Lote Piloto com PP-GF30 21/10/2019 20 10/11/2019
Avaliação do Dimensional 10/11/2019 30 10/12/2019
Avaliação dos Testes Laboratoriais 10/12/2019 30 09/01/2020
Envio das Amostras para Aprovação do Cliente 09/01/2020 10 19/01/2020
Prazo de Aprovação do Cliente 19/01/2020 40 28/02/2020
Consumo do Estoque de PBT-GF30 28/02/2020 40 08/04/2020
Início do uso de PP-GF30 08/04/2020 10 18/04/2020

Fonte: Autores

“O Diagrama de Gantt, também conhecido como Gráfico de Gantt, é uma


ferramenta visual para controlar o cronograma de um projeto ou de uma programação
de produção, ajudando a avaliar os prazos de entrega e os recursos críticos” (NOMUS,
2020).
19

Figura 5 – Gráfico de Gantt

Fonte: Autores

3.1.6 Fluxograma

O fluxograma é descrito como uma técnica de representação gráfica, pela qual


é feita a utilização de símbolos previamente convencionados, permitindo a descrição
clara e precisa do fluxo, ou sequência de um processo, bem como sua interpretação
e desenho (D’ASCENÇÃO, 2001, p. 110).

O estabelecimento de fluxogramas é essencial para a padronização e para o


entendimento de processos, pois devem ser estabelecidos para todas as áreas da
empresa pelas próprias pessoas que nela trabalham. Seus principais objetivos são
garantir a qualidade e aumentar a produtividade. Ele é o início da padronização
(CAMPOS, 2004).

Para realização das atividades do cronograma, elaboramos o fluxograma para


evidenciar quais eram seus passos e rotina:
20

Figura 6 - Fluxograma

Fonte: Autores
21

3.1.7 Histograma

Durante o desenvolvimento do trabalho, utilizamos o histograma no capítulo


4.1.1 RESULTADOS FINANCEIROS – VOLUME VS CUSTO para evidenciar de forma
prática e visual a variação do consumo em quilo das matérias-primas PP-GF30 e PBT-
GF30.

O histograma é um gráfico de barras que mostra a distribuição de dados por


categorias. Ele representa uma distribuição de frequência. As frequências são
agrupadas na forma de classes, nas quais é possível observar a tendência
central dos valores e da variabilidade (MAGRI, 2009).

3.1 CARACTERISTICAS E PROPRIEDADES DA MATÉRIA-PRIMA:

As classificações que serão abordadas neste trabalho, consistem em


evidenciar a influência do mercado em diferenciar o PP caracterizado como
commodities e o PBT um polímero de engenharia. Ambos possuem características
diversas nos negócios e influência do mercado, conforme Quijada (1993, p.170):

Tabela 5 – Características de commodities e especialidades

Características diversas nos negócios de commodities e de especialidades


poliméricas

Commodities Especialidades
Necessária produção eficiente, com
Constante aprimoramento do Produto
baixos custos
Dinamismo e sofisticação tecnológica -
Necessária boa estrutura de mercado
técnologia de ponta

Margem de lucro modesta "Marketing" eficiente

Assistência técnica ao consumidor

Grandes margens de lucro


Fonte: Quijada (1993, p.170)
22

De acordo com as pesquisas de mercado realizadas na Peças Automotivas


LTDA, o PBT-GF30 é um produto de polimeração importada e a compostagem da fibra
de vidro é realizada nacionalmente para posterior venda. Já o PP é um polímero de
polimeração e compostagem nacional.

O processo de polimerização é a repetição de monômeros, que são pequenas


moléculas, que quando reagem geram uma cadeia de polímero, conforme ilustra
Figura 5 (Blass, 1985):

Figura 7 - Processo de polimerização

Fonte: (POLÍMEROS NATURAIS E SINTÉTICOS: UMA ABORDAGEM DAS CARACTERÍSTICAS A


PARTIR DE UMA TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA, 2012)

O processo de polimerização é o que resulta no PP e no PBT, materiais


abordados neste trabalho. A inclusão da fibra de vidro é realizada pelo processo
denominado como compostagem que se dá após a polimerização do polímero que é
vendido comercialmente em grânulos:

Figura 8 – Polímero em granulado

Fonte: (JJ PLAST RECICLAGEM,2013)


23

3.1.1 FIBRA DE VIDRO:

O mercado atualmente busca utilizar materiais alternativos, a fibra de vidro (GF)


que possui nome técnico de Polímero Reforçado com Fibra de Vidro (PRFV)
proporciona a flexibilização e qualidade do produto através da leveza, alta resistência
ao impacto, estabilidade de dimensional e empenamento, rigidez em alta temperatura,
durabilidade, baixa condutividade térmica e etc. A composição da fibra de vidro pode
ser realizada como afirma SOARES et al. (2007):

Este tipo de material é composto por filamentos muito finos de vidro, que se
agregam por meio de aplicações de resinas, silicones, fenóis e outros compostos
solúveis em solventes orgânicos.

Figura 9 - Gráfico da resistência do compósito GF

Fonte: Fornecedor do material PBT-GF30 (Confidencial)

De acordo com o gráfico acima, podemos avaliar que quanto menor o tamanho
da fibra, menor sua concentração e orientação durante a injeção e melhor a adesão.
A fibra de vidro no grânulo do polímero, possui duas divisórias que são fibras longas
e curtas, mensurando respectivamente, 12mm e 3mm:
24

Figura 10 – Dimensional da Fibra de Vidro

Fonte: Fornecedor do material PBT-GF30 (Confidencial)

Ambas as matérias primas que estão sendo substituídas, são compostas por
fibra de vidro curta, seguindo a definição do desenho de produto com 30% de inserção
permitida da fibra no polímero.

3.1.2 PBT-GF30:

Conforme Simielli, Edson Roberto e Santos, Aparecido Paulo (2010, p.96) o


PBT é um poliéster termoplástico semicristalino com baixa absorção de umidade, boa
resistência química e estabilidade dimensional. Possui também elevada resistência
térmica e temperatura de uso contínuo, relativamente alta e as seguintes
características com a fibra de vidro:

O teor de fibra de vidro no PBT pode variar de 10% AA 50%, sendo mais
comuns os que contêm 30%. O PBT não reforçado tem boa resistência à
tração e estabilidade dimensional, mas uma temperatura de distorção térmica
relativamente baixa (55°C com carga de 1,82 MPa). O reforço com 30% de
fibra aumenta o HDT para 200°C sob mesma carga, praticamente triplica a
resistência à tração e o módulo de flexão e reduz o coeficiente de dilatação
térmica para aproximadamente 1/3 do PBT não reforçado.

Segue abaixo a ficha técnica da matéria-prima do fornecedor de PBT-GF30:


25

Figura 11 – Ficha técnica do PBT

Fonte: Fornecedor do material PBT-GF30 (Confidencial)

3.1.3 PP-GF30:

O PP (polipropileno) é uma matéria-prima que tem uma maior aplicação no


mercado, independente do ramo/produto para aplicações que requerem rigidez e
resistência mecânica contendo as seguintes propriedades, alta rigidez e resistência à
abrasão, baixo peso específico, boa resistência ao impacto e resistência à fadiga,
excelente resistência a produtos químicos, baixa sensibilidade à umidade, fácil
processamento (POLYFAST, 2019)

Segue abaixo a ficha técnica da matéria-prima do fornecedor de PP-GF30:


26

Figura 12 – Ficha técnica PP

Fonte: Fornecedor do material PP-GF30 (Confidencial)

Conforme Lopes, Paulo Edson e Souza, José Alexandrino (1999, p.85):

O uso de polipropileno (PP) com fibras de vidro (FV) é ainda hoje objeto de
muita investigação científica e tecnológica, em função do grande atrativo
deste compósito de baixo custo para aplicações de engenharia cada vez mais
exigentes, como requeridas na indústria automobilística, onde os requisitos
da relação custo/desempenho mecânico devem ser otimizados em função do
entendimento das correlações processamento - estrutura - propriedades
mecânicas de termoplásticos reforçados com fibras de vidro curtas (TPRFVc).

3.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO

Após a avaliação das fichas técnicas, fizemos o acompanhamento do processo


de fabricação para compreender qual o fluxo da produção do produto e qual a
influência das propriedades da matéria-prima na injeção.

Atualmente o produto é injetado em uma máquina de 500 toneladas da marca


Battenfeld. O processo de injeção dentro da máquina segue a estrutura abaixo,
inicialmente o material é depositado no funil, seguindo seu transporte na rosca até ser
injetado no bico da máquina e consequentemente no molde para modelar o produto.
27

Figura 13 – Máquina de Injeção

Fonte:(TUDO SOBRE PLÁSTICOS, 2003)

Figura 14 – Rosca da máquina de Injeção

Fonte (TUDO SOBRE PLÁSTICOS, 2013)

O processo de injeção inicia no fechamento do molde, começando a injeção


(preenchimento) que contempla o tempo de recalque, dosagem e resfriamento, sendo
os momentos onde ocorrem à moldagem do produto, posterior à injeção ocorre à
abertura do molde para que seja realizada a extração do produto de dentro do molde.
O reciclo é o último processo, quando ocorre novamente o funcional da rosca injetando
o material no molde, conforme ilustrado na imagem abaixo:
28

Figura 15 – Processo de Injeção

Fonte:(MOLDES INJEÇÃO PLÁSTICOS ,2015)

O tempo de ciclo do processo é a resultante do tempo de abertura até o


fechamento do molde, a injeção do produto atual com PBT-GF30 tem 35 segundos de
ciclo.

3.4.1 HIGROSCÓPICO – SECAGEM DO MATERIAL

De acordo com as propriedades algumas matérias-primas são higroscópicas,


ou seja, possuem uma baixa resistência à absorção da água, que se dá pela formação
da cadeia molecular do polímero de acordo com o grupo funcional reativo, resultando
na degradação polimérica - nível de higroscopia. A absorção da água é inerente ao
processo devido o oxigênio e temperatura ambiental, ocasionando no rompimento da
cadeia química da molécula, impactando diretamente na qualidade visual e funcional
ocorrendo, por exemplo, bolhas de ar e alteração na propriedade mecânica do produto
de acordo com Simielli, Edson Roberto e Santos, Aparecido (2010, p.155):

A maioria dos termoplásticos absorve umidade atmosférica que, nas


temperaturas usuais de processamento, pode afetar a aparência da peça
(manchas, brilho) e causar degradação ao polímero, com conseqüente perda
das propriedades físicas do produto, particularmente resistência ao impacto.
29

Temos outros adendos ao processo de absorção da água pelo polímero,


ocasionados pela armazenagem incorreta e/ou em ambiente úmidos, mesmo que seu
teor de absorção de água seja baixo poderá ocorrer a condensação da umidade nos
grânulos. De acordo com Mano, Eloisa Biasotto (1991, p.39):

A resistência à água em polímeros é avaliada pela absorção de umidade, que


aumenta as dimensões da peça, o que prejudica a aplicação em trabalhos de
precisão. Além disso, a variação do teor de umidade pode provocar uma rede
de microfraturas na superfície dos artefatos, e altera suas propriedades
elétricas e mecânicas.

A reação de hidrólise está correlacionada com a estrutura molecular,


temperatura, tempo de processamento e teor de umidade da resina. Sendo,
particularidade de cada material sua especificação de tempo de secagem. O PBT é
um polímero com baixa resistência à umidade que precisa ser desumidificado para
garantir o processo de injeção e tem 0,02% de teor máximo aceitável de umidade no
final do processo de desumificação, Edson Roberto Simielli (2010, p. 157) considera
de 4h à 6h de tempo ideal de secagem à 120°C:

Figura 16 – Gráfico desumificação

Fonte: (SIMELLI, ROBERTO e SANTOS, PAULO, 2010, P. 157)

Atualmente, o PBT utilizado na injeção do produto que estamos analisando a


substituição é produzido com 5h de exposição no desumidificador à 120°C, podendo
variar de 4h à 6h em uma temperatura de 120°C à 125°C. A secagem do material é
realizada através do secador de ar quente - desumidificador, assegurando a secagem
constante e adequada do grânulo a fim de garantir sua performance no processo. O
30

modelo de desumidificador utilizado para secagem da matéria prima PBT-GF30% é


da marca Wittmann com carga máxima de 250kg, conforme imagem abaixo:

Figura 17 – Desumidificador utilizado para secagem

Fonte: (NEI,2018)

Para validar a substituição da matéria-prima, realizamos os testes de


desempenho físico e dimensional do produto com PBT-GF30 e do PP-GF30. Para
obter amostras com a matéria-prima proposta, fizemos a injeção de um lote piloto com
50 kg para realizar a análise das fichas técnicas de injeção, documento necessário
para determinar os padrões de injeção a fim de diminuir variáveis de processo.

3.5 TESTES LABORATÓRIAIS

3.5.1 DIMENSIONAL

Após injeção do lote piloto, realizamos o dimensional para verificação e


comparativo da influência do PBT-GF30 e do PP-GF30 no componente versus
conjunto. Visto a importância de dimensional durante o processo de validação do
produto, conforme João Cirilo da Silva Neto (Metrologia e Controle Dimensional, 2012,
p.1): “tendo em vista que a qualidade e a confiabilidade de um produto dependem,
principalmente, da análise e da padronização inerentes à Metrologia e à medição.
Entende-se por medição um conjunto de operações que tem por objetivo determinar
o valor de uma grandeza, ou seja, sua expressão quantitativa.”

O desenho do cliente totaliza 31 dimensões que têm relação direta com o


suporte (componente da substituição da MP). Realizamos o dimensional com 8
31

amostras e com os equipamentos de ensaio: projetor de medição digital, máquina


tridimensional, paquímetro e micrometro ilustrados respectivamente abaixo:

Figura 18 – Projetor de medição digital

Fonte: (Zeiss, 2018)

Figura 19 – Máquina tridimensional

Fonte:( Soluções Industriais, 2016)


32

Figura 20 – Paquímetro

Fonte: (Antferramentas, 2020)

Figura 21 – Micrômetro

Fonte: (Antferramentas, 2020)

3.5.2 TESTE FISICO

Os ensaios de flexão são realizados para verificar a resistência de deformação


do material sob uma carga. Para este teste, determinamos dois modos de falha, sendo
a quebra total do produto ou parcial que foram testados no equipamento máquina de
tração EMIC, conforme imagem abaixo:

Figura 22 – Máquina de tração

Fonte (Soluções Industriais, 2017)


33

O teste é realizado via fixação do produto, apoiando as extremidades do


mesmo no plano da máquina, essa força é aplicada na velocidade de 20mm/min. e
gradual nas nervuras do produto até a quebra do mesmo, seja ela parcial ou total:

Figura 23 – Método do teste físico -químico

Fonte: Autores

4. ANÁLISE DE RESULTADOS

4.1 RESULTADOS FINANCEIROS

4.1.1 RESULTADOS FINANCEIROS – VOLUME VS CUSTO

No período de janeiro de 2018 a dezembro de 2019, foram vendidas 1.470.801


peças em PBT-GF30 totalizando 179.438 quilos de matéria-prima, conforme histórico
anual dos volumes versus consumo:

Figura 24 – Consumo de PBT – GF30 (KG)

Consumo de PBT-GF30 (Kg)


15000

10000

5000

Fonte: Autores
34

Tabela 6 – Consumo 2018

CONSUMO 2018
PERÍODO QNT.PEÇAS KG PBT-GF30
JAN 43.288 5.281
FEV 65.868 8.036
MAR 53.592 6.538
ABR 69.564 8.487
MAI 45.408 5.540
JUN 48.584 5.927
JUL 59.592 7.270
AGO 74.493 9.088
SET 25.084 3.060
OUT 43.915 5.358
NOV 31.467 3.839
DEZ 20.353 2.483

Fonte: Autores

Tabela 7 – Consumo 2019


CONSUMO 2019
PERÍODO QNT. PEÇAS KG PBT-GF30
JAN 64.868 7.914
FEV 76.604 9.346
MAR 62.016 7.566
ABR 78.188 9.539
MAI 92.962 11.341
JUN 62.128 7.580
JUL 76.868 9.378
AGO 77.665 9.475
SET 95.876 11.697
OUT 103.910 12.677
NOV 70.356 8.583
DEZ 28.152 3.435

Fonte: Autores
35

Nos meses de fevereiro a outubro é considerada a produção em massa devido às


atividades correntes do ano, já os meses de novembro, dezembro e janeiro os
volumes são reduzidos devido às férias coletivas do período.

De acordo com os dados obtidos através da substituição da matéria-prima


ocorreu uma variação de peso do produto, sendo que o produto feito com PBT-
GF30possui aproximadamente 122g e o alternativo, feito com PP-GF30 possui
aproximadamente 89g, resultando assim na redução de peso no produto final.
Podemos notar a diferença do consumo do plástico utilizado referente às compras
realizadas de PBT-GF30 no período de 2018 a 2019 no gráfico abaixo:

Figura 25 – Consumo de matéria-prima em KG

CONSUMO DE MATÉRIA-PRIMA EM KG
20.000
18.000
16.000
14.000
KG PBT-GF30
12.000
KG PP-GF30
10.000
8.000
6.000
4.000
2.000
0
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Fonte: Autores

Observa-se uma redução de 27% no peso do produto, conforme imagem


abaixo:
36

Figura 26 Figura 27

Fonte: Autores

A aquisição do PBT-GF30 é realizada por um fornecedor localizado nos E.U.A.


com o custo do quilo da matéria-prima à US$ 2.55, utilizamos o histórico do ano de
2019 para quantificar e comparar o custo da compra considerando a cotação em real,
conforme tabela abaixo:

Tabela 8 – Valor de Aquisição do PBT- GF30

VALOR DE AQUISIÇÃO DO PBT-GF30


Cotação
PERÍODO KG U$D /kg VALOR (R$)/KG
R$
JAN 7.914 2,55 3,72 74.973,32
FEV 9.346 2,55 3,74 89.016,02
MAR 7.566 2,55 3,97 76.559,67
ABR 9.539 2,55 3,94 95.750,76
MAI 11.341 2,55 3,97 114.868,45
JUN 7.580 2,55 3,83 74.072,59
JUL 9.378 2,55 3,79 90.655,20
AGO 9.475 2,55 4,01 96.893,86
SET 11.697 2,55 4,12 122.837,98
OUT 12.677 2,55 4,09 132.311,75
NOV 8.583 2,55 4,16 90.945,60
DEZ 3.435 2,55 4,11 35.992,63
TOTAL 108.531 - - 1.094.877,85

Fonte: Autores
37

Por sua vez, o PP-GF30 tem seu valor congelado em contrato com o custo do
quilo de R$ 7,90, conforme dados de 2019 tivemos o consumo de 108.531 quilos de
PBT-GF30.Considerando os dados com PP-GF30, temos:

108.531 x 73% = 79.228 kg

79.228 x R$ 7,90 = R$ 625.898,28

R$ 1.094.877,85 – R$ 625.898,28 = R$ 468.979,57

Tabela 9- Comparativo custo da Aquisição

COMPARATIVO CUSTO DA AQUISIÇÃO


PERÍODO KG PBT-G30 CUSTO PBT-GF30 KG PP-G30 CUSTO PP-GF30
JAN 7.914 74.973,32 5.777 45640,04
FEV 9.346 89.016,02 6.823 53898,38
MAR 7.566 76.559,67 5.523 43633,12
ABR 9.539 95.750,76 6.963 55011,41
MAI 11.341 114.868,45 8.279 65403,55
JUN 7.580 74.072,59 5.533 43713,86
JUL 9.378 90.655,20 6.846 54082,93
AGO 9.475 96.893,86 6.917 54642,33
SET 11.697 122.837,98 8.539 67456,60
OUT 12.677 132.311,75 9.254 73108,26
NOV 8.583 90.945,60 6.266 49498,16
DEZ 3.435 35.992,63 2.508 19809,65
TOTAL 108.531 R$ 1.094.877,85 79.228 R$ 625.898,28

Fonte: Autores

Totalizando uma economia de R$ 468.979,57 / anual conforme referenciado


com o ano de 2019. A solicitação da extensão do projeto e aumento do volume do
produto foi postergada para cinco anos a partir de 2020, conforme a previsão da
demanda teremos uma economia mínima de R$ 2.344.897,85, considerando a
cotação média mensal de 2019 como base, superando 40%.
38

Figura 28 – Economia Acumulada PBT VS PP

R$ 2.344.897,85

R$ 1.875.918,28
R$ 1.406.938,71
R$ 937.959,14
R$ 468.979,57

Fonte: Autores

4.1.2 RESULTADOS FINANCEIROS – DESUMIDIFICADOR

Após o acompanhamento do processo de injeção do PBT-GF30, nota-se que o


material fica exposto por 5h em média no desumidificador devido sua especificação.

Dados: Molde com 4 cavidades / Ciclo 35 segundos = 1 ciclo = 4 peças.


122 (peso de 1 peça) x 4 (número de peças por ciclo) = 488 g
3600 (segundos por hora) / 35 (ciclo) = 102
102 (ciclos/hora) x 4 (número de peças por ciclo) = 408 peças/hora

De acordo com o volume de quilos no ano de 2019 e o custo KW/Hora de R$


0,42, podemos observar a redução de custos com energia para os próximos períodos:
39

Figura 29 – Redução de custo com energia

Fonte: Autores

Observação: Para os cálculos foram ignoradas as possíveis inflações futuras.

4.2 COMPARATIVOS DE PROPRIEDADE E CARACTERISTICAS

Observamos diferentes características e propriedades entre as duas matérias-


primas (PBT-GF30 / PP-GF30), entre as variações as que justificam os resultados
são:

1. Características Físicas: densidade e índice de fluidez;


2. Características Mecânicas: Modulo de Flexão a 23°C;

Na tabela abaixo, podemos mensurar as diferenças entre os materiais e


identificar sua respectiva característica extraída das fichas técnicas enviadas pelos
fornecedores.
40

Tabela 10 – Diferenças dos materiais

CARACTERISTICAS /
PBT-GF30 PP-GF30
PROPRIEDADES
VALORES VALORES
FÍSICAS MÉTODO UNIDADE MÉTODO UNIDADE
TÍPICOS TÍPICOS
DENSIDADE ISO 1183 G/CM³ 1,53 ISO 1183 G/CM³ 1,13
INDICE DE FLUIDEZ
ISO 1133 G/10MIN 15 ISO 1133 G/10MIN 5
(230°/2,16 KG)
TEOR DE CARGA ISO 294-4 % 30 A 70 ISO 3451 % 30
MECÂNICAS
RESISTENCIA A
TRAÇÃO NO
ISO 527 Mpa 130 ISO 527 Mpa 71
ESCOAMENTO
(5MM/MIN)
MODULO DE FLEXÃO
ISO 178 Mpa 9700 ISO 178 Mpa 5500
A 23° C
IMPACTO
IZOD COM ENTALHE 2,44 para ISO
ASTM D256 ft·lb/in² kj/M² 7,5
23° C 19,0 180/1A
CHARPY SEM ENTALHE ISO
ISO 179/1eA kj/M² 8,5 kj/M² 35
23° C 179/1eU
TÉRMICAS
TEMPERATURA DE
DEFLEXÃO NO CALOR ISO 75 °C 205 ISO 75 °C 140
(1.82 Mpa)
OUTROS
FLAMABILIDADE ISO 3795 MM/MIN 99,6 ISO 3795 MM/MIN 55

Fonte: Fornecedores dos materiais (Confidencial)

4.2.1 CARACTERISTICAS FISICAS E SUAS INFLUÊNCIAS:

Observa-se na tabela acima, que o PP-GF30 é um material com a densidade e


o índice de fluidez inferior ao PBT-GF30. A diferença de densidade é de 0,40 G/CM³
que corresponde a 26,14% menor do que a do PBT-GF30, esse resultado é
nitidamente visível no peso do produto, onde tivemos uma redução de 26,68% de
massa, conforme figura 23 e 24.Por sua vez, o índice de fluidez é um fator importante
para tornar o processo de injeção menos fadigoso e custoso à máquina, pois não é
necessária a mesma quantidade de pressão (bar) de injeção devido à fluidez do
material, o PP-GF30 é uma matéria-prima que tem 1/3 do índice do PBT-GF30, esse
resultado podemos observar no item 4.3 Resultados do processo de injeção, onde
41

para injetar o PP-GF30 utiliza-se aproximadamente 460 bar nas três fases de injeção,
já para o PBT-GF30 são aproximadamente 1.450 bar para realizar o mesmo processo.

4.2.2 CARACTERISTICAS MÊCANICAS E SUAS INFLUÊNCIAS:

Observa-se que as características mecânicas do PBT-GF30 são superiores às


do PP-GF30, onde temos resistência a tração de 130 Mpa por 71 Mpa
respectivamente, justificando também sua superioridade aos materiais comuns.
Sendo de fato, um material superior ao PP-GF30 os resultados dos ensaios com PBT-
GF30 mensuram seu alto nível de propriedade mecânica (resistência). Para essa
aplicação, analisamos que o PP-GF30 atende aos requisitos do cliente validando sua
substituição que apesar dos resultados inferiores, o mesmo está acima dos requisitos,
evidenciando que havia uma supervalorização quanto ao fornecimento com PBT-
GF30, dado comprovado no item 4.4.2 RESULTADOS DOS TESTES –
DESEMPENHO.

4.3 RESULTADOS DO PROCESSO DE FABRICAÇÃO

No processo de fabricação do produto não ocorrem muitas variações, devido


às regulagens do processo conforme ficha técnica abaixo. Observa-se que não
tivemos modificação do tempo de ciclo total (ref), o mesmo continua com 35 segundos,
nota-se que a pressão de injeção dos três estágios corresponde ao índice de fluidez
onde temos o PP-GF30 com 1/3 da fluidez do PBT-GF30 sendo um indicativo de peso
molecular, quanto maior for seu valor maior o nível de viscosidade tornando-o um
material com menos facilidade de fusão. Outro benefício da utilização do PP-GF30 é
a redução de 56% quanto à refrigeração do molde, sendo utilizada a água a 80°C com
PBT-GF30 e 35°C com PP-GF30.
42

Tabela 11 – Fichas técnicas PBT e PP

DADOS TÉCNICOS PBT- GF30 PP- GF30

1 ª ZONA (BICO % OU °C) 245 250 255 205 210 215


2 ª ZONA 240 245 250 205 210 215
3ª ZONA 240 245 250 205 210 215
TEMPERATURA
4ª ZONA 235 240 245 205 210 215
(°C)
5ª ZONA 230 235 240 205 210 215
6ª ZONA 225 230 235 205 210 215
TEMP. REAL DA MASSA (Ref.) 249 254 259 -
INJEÇÃO 1º 1 2,32 3 1 2,27 3
RECALQUE 1º 3 2 5 1 2 3
RECALQUE 2º - -
RECALQUE 3º - -
TEMPO (S) RESFRIAMENTO 17,5 17,5
RETARDO DE DOSAGEM (REF) 1 1 2 1 1 2
DOSAGEM (REF) 8 10 12 12 14 16
TEMP DE RESIDENCIA DA MP(REF) 1 2 3 1 2 3
CICLO TOTAL (REF) 35 35
INJEÇÃO 1º 1500 1600 1700 450 750 1150
INJEÇÃO 2º 1500 1600 1700 450 750 1150
INJEÇÃO 3º 1500 1600 1700 450 750 1150
INJEÇÃO DE PICO REF - -
RECALQUE 1º 450 500 550 550 600 650
RECALQUE 2º - -
PRESSÃO (BAR)
CONTRAPRESSÃO 45 50 55 5 10 15
DOSAGEM 1º REF 45 50 55 5 10 15
DOSAGEM 2º REF 45 50 55 5 10 15
DOSAGEM 3º REF - -
DESCOMPRESSÃO REF - -
EXTRAÇÃO REF 32 35 39 32 35 39
FECHAMENTO 1º REF 495 550 605 135 150 165
ABERTURA 1º REF 225 250 275 225 250 275
INJEÇÃO 1º 150 185 210 150 180 210
INJEÇÃO 2º 167 185 210 180 200 220
VELOCIDADE
INJEÇÃO 3º 150 185 210 150 180 210
(%)
RECALQUE REF - -
EXTRAÇÃO REF 90 100 110 90 100 110
DESCOMPRESSÃO REF 180 200 220 -
DOSAGEM 1 REF 360 400 440 315 350 385
43

DOSAGEM 2 REF 360 400 440 315 350 385


DOSAGEM 3 REF - -
RPM DA ROSCA REF - 110 122 134
INJETAR 1º REF 170 170 188 171 180 189
INJETAR 2º REF 95 100 105 95 100 105
INJETAR 3º REF 67 70 74 67 70 74
CURSO (mm) ALMOFADA 65 68 71 36 37,5 39
DOSAGEM FINAL 449 452 455 447 450 453
DESCOMPRESSÃO REF 8 10 12 -
ABERTURA DO MOLDE 561 566 571 545 550 555
CURSO REF 29 39 49 29 39 49
EXTRATO (mm)
NÚMERO DE REPETIÇÕES REF 1X 1X
PARTE FIXA-GEL-IND-AQUEC REF 75 80 85 30 35 40
PARTE MÓVEL- GEL-IND-AQUEC REF 75 80 85 25 30 35
REFRIGERAÇÃO AMPICO REF - -
(°c / GEL/ IND) CÂMARA QUENTE REF IND IND
MACHO REAL REF 62-65 40
MATRIZ REAL REF 68-74 40
Fonte: Autores

Contudo, reforçamos que no processo também obtivemos a redução de custos


com a utilização do desumidificador abordado no item 4.1.2 Resultados Financeiros –
Desumidificador.

4.4 RESULTADOS DOS TESTES

4.4.1 RESULTADOS DE DIMENSIONAL

Para os dimensionais consideramos o desenho do cliente para submissão e


aprovação, o mesmo contempla o total de 31 cotas a serem dimensionadas para
avaliação. Abaixo, segue o resultado das medições realizadas para PBT-GF30 e PP-
GF30.

Utilizaremos as abreviações AP. e REP. respectivamente para aprovado e


reprovado e por preservar o conhecimento e capacidade interna da Peças Automotiva
LTDA iremos adotar como espec. a dimensão do desenho ao invés de quantificar as
medidas em questão.
44

Tabela 12 – Dimensional PP-GF 30

AMOST AMOST AMOST AMOST AMOST AMOST AMOST AMOST


1 2 3 4 5 6 7 8
ESPEC 01 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 02 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 03 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 04 REP. REP. REP. REP. REP. REP. REP. REP.
ESPEC 05 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 06 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 07 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 08 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 09 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 10 REP. REP. REP. REP. REP. REP. REP. REP.
ESPEC 11 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 12 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 13 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 14 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 15 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 16 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 17 REP. REP. REP. REP. REP. REP. REP. REP.
ESPEC 18 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 19 REP. REP. REP. REP. REP. REP. REP. REP.
ESPEC 20 REP. REP. REP. REP. REP. REP. REP. REP.
ESPEC 21 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 22 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 23 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 24 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 25 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 26 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 27 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 28 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 29 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 30 REP. REP. REP. REP. REP. REP. REP. REP.
ESPEC 31 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
Fonte: Autores
45

Tabela 13 – Dimensional PBT-GF 30

AMOST AMOST AMOST AMOST AMOST AMOST AMOST AMOST


1 2 3 4 5 6 7 8
ESPEC 01 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 02 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 03 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 04 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 05 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 06 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 07 REP. REP. REP. REP. REP. REP. REP. REP.
ESPEC 08 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 09 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 10 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 11 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 12 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 13 REP. REP. REP. REP. REP. REP. REP. REP.
ESPEC 14 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 15 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 16 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 17 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 18 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 19 REP. REP. REP. REP. REP. REP. REP. REP.
ESPEC 20 REP. REP. REP. REP. REP. REP. REP. REP.
ESPEC 21 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 22 REP. REP. REP. REP. REP. REP. REP. REP.
ESPEC 23 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 24 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 25 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 26 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 27 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 28 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 29 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 30 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
ESPEC 31 AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP. AP.
Fonte: Autores

De acordo com os dados acima, pode-se observar que tivemos 5 cotas


reprovadas com PBT-GF30, sendo as especificações posição 07, 13, 19, 20 e 22
reprovadas e em PP-GF30 tivemos 6 cotas reprovadas, sendo as especificações
posição 04, 10, 17, 19, 20 e 30 reprovadas. Observa-se que somente as posições 19
46

e 20 estão reprovadas em ambos os relatórios ocasionados por erro no conceito do


molde, ou seja, são reprovações já conhecidas e aceitas. As demais cotas divergentes
entre os relatórios sofreram alterações devido a contração da matéria-prima, conforme
tabela abaixo:

Tabela 14 – Contração da matéria-prima

MATERIAL PP-GF30 PBT-GF30


ISO 294-4 CONTRAÇÃO PARALELA 0,50% 0.3-0.7%
CONTRAÇÃO NORMAL 0,60% 0.7-1.1%
Fonte: Autores

Considera-se a contração conforme o sentido do ponto de injeção do produto


para determinar quais serão as contrações: paralela ao ponto de injeção ou normal
(demais direções).

As análises técnicas dimensionais foram realizadas para comparativos do PBT-


GF30 e PP-GF30, a fim de compreender os impactos do componente – suporte no
conjunto final entregue ao cliente e de acordo com a contração, validamos que as
cotas que divergem as reprovações conforme o material possuem influência direta
devido a contração aplicada, principalmente nas contrações normais.

4.4.2 RESULTADOS DOS TESTES - DESEMPENHO

Realizamos o teste de flexão para avaliar o impacto da resistência da matéria-


prima, os modos de falha abordados no relatório foram determinados como modo de
falha 1 – Quebra total do suporte e modo de falha 2 – Quebra parcial do suporte,
conforme imagem abaixo:
47

Figura 30 – Modo de Falha 1

Fonte: Autores

Figura 31 – Modo de Falha 2

Fonte: Autores

Adotamos a descrição de “Amostra C” para os testes realizados com PBT-GF30


e “Amostra D” para os testes realizados com PP-GF30, conforme resultados abaixo
podemos identificar que as amostras D apresentaram o modo de falha 2 a partir de
545,41N de carga de colapso, e as amostras C apresentaram o modo de falha 2 a
partir de 670,35N e modo de falha 1 a partir de 824,07N.
48

Tabela 15 – Teste Amostra C

Fonte: Autores

Tabela 16 – Teste Amostra D

Fonte: Autores

Tabela 17 – Variação de Amostra

Fonte: Autores
49

Observa-se que temos uma variação de 124,94N entre as amostras de PP-


GF30 e PBT-GF30, justificando o nível de superioridade da matéria-prima considerada
especialidade de engenharia (PBT-GF30) no nível de resistência abordado no capítulo
4.2.2 CARACTERISTICAS MÊCANICAS E SUAS INFLUÊNICIAS. O PP-GF30 obteve
545,41N como menor resultado do teste de flexão atendendo ao requisito do cliente.

5. CONCLUSÃO

Conforme apresentado neste trabalho, a indústria de modo geral apresenta


uma infinidade de possibilidades para inovarmos no desenvolvimento de produtos,
melhorando-os e fazendo com que, se tornem mais rentáveis e a importância de
equilibrar o custo-benefício do projeto no início para que não se tenha gastos
desvantajosos no processo de fabricação do produto.

Através do uso das ferramentas da qualidade podemos iniciar a estrutura das


ideias para redução de custos com brainstorming, 5W 2H e diagrama de Ishikawa,
identificando as prioridades através da Matriz de GUT e priorizando as ações com o
cronograma e diagrama de Gantt, utilizando o fluxograma para mapear as atividades
e o histograma e demais gráficos para demonstração dos resultados. O fator
preponderante para decisão da troca da matéria prima foi à densidade do PP-GF30
em relação ao PBT-GF30, garantindo os ganhos quantitativos do consumo em quilo
de 27% inferior ao volume da peça e no valor da aquisição da matéria-prima atingindo
o objetivo inicial de redução de custos, totalizando o ganho de 40% para os próximos
cinco anos de extensão do projeto, que pode ser superior ao apontado de acordo com
a variação do dólar. Através das análises de dimensionais e desempenho do produto,
pudemos comprovar que as características técnicas quanto ao uso e a resistência do
produto em PP-GF30, atendem aos requisitos impostos e normas do cliente. Alinhada
a tendência do mercado automobilístico em substituir materiais de especialidade para
materiais de commodities em peças estruturais, a aplicação do suporte PP-GF30
resultou na eliminação do processo de desumidificação para injeção, redução de
custos com aquisição de matéria-prima, gerando a expectativa de redução de R$
2.613.286,96 nos próximos cinco anos, na aquisição de plástico para o processo em
questão
50

Concluímos que a assertividade na escolha da matéria-prima na fase inicial do


projeto é de suma importância para os ganhos relacionados ao mesmo e que se deve
considerar demais materiais que possam atender aos requisitos técnicos a fim de não
supervalorizar o produto tornando o vendedor menos competitivo quanto aos demais
fornecedores. O estudo de caso comprovou a redução proposta, respeitando o
atendimento aos requisitos e normas técnicas do cliente, viabilizando então a
substituição do PBT-GF30 para PP-GF30.
51

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ACC. INOVAÇÕES DO PLÁSTICO NO SETOR AUTOMOTIVO


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BEHR E COL. GESTÃO DA BIBLIOTECA ESCOLAR: METODOLOGIAS,


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