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LEONARDO MANENTE BONFOGO

DIMENSIONAMENTO DE FOSSA SÉPTICA E FILTRO


BIOLÓGICO PARA RESIDÊNCIAS, UTILIZANDO O
SOFTWARE MICROSOFT EXCEL

Leme
2017
LEONARDO MANENTE BONFOGO

DIMENSIONAMENTO DE FOSSA SÉPTICA E FILTRO


BIOLÓGICO PARA RESIDÊNCIAS, UTILIZANDO O
SOFTWARE MICROSOFT EXCEL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Anhanguera Educacional, como requisito
parcial para a obtenção do título de graduado
em Engenharia Civil.

Orientador: Adriano Correa Maia

Leme
2017
LEONARDO MANENTE BONFOGO

DIMENSIONAMENTO DE FOSSA SÉPTICA E FILTRO


BIOLÓGICO PARA RESIDÊNCIAS, UTILIZANDO O
SOFTWARE MICROSOFT EXCEL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Anhanguera Educacional, como requisito
parcial para a obtenção do título de graduado
em Engenharia Civil.

BANCA EXAMINADORA

Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)

Cidade, dia de mês de ano (Fonte Arial 12)


Dedico este trabalho aos meus pais,
amigos e familiares que me incentivaram
e apoiaram nessa jornada.
AGRADECIMENTOS

A Deus por me dar saúde e muita força para superar todas as dificuldades.

A esta faculdade e todo seu corpo docente, além da direção e administração


que me proporcionaram as condições necessárias para que eu alcançasse meus
objetivos.

Ao meu orientador Adriano Correa Maia, por todo o tempo que dedicou a
me ajudar durante o processo de realização deste trabalho.
Aos meus pais, por todo o amor que me deram, além da educação,
ensinamentos e apoio.
E enfim, a todos que contribuíram para a realização deste trabalho, seja de
forma direta ou indireta, fica registrado aqui, o meu muito obrigado!
BONFOGO, Leonardo Manente. Dimensionamento da fossa séptica e filtro biológico
para residências, utilizando o software Microsoft Excel.2017. 43 folhas. Trabalho de
Conclusão de Curso de Engenharia Civil – Anhanguera Educacional, Leme, 2017.

RESUMO

O saneamento básico tornou-se um assunto muito importante a ser discutido,


devido a determinadas regiões do mundo ainda existe mortalidade adulta e infantil,
por conta da falta de canalização e tratamento adequado de esgoto. Na maioria da
vezes em áreas com localizações mais afastadas de grandes centros, onde, não se
existe um grande interesse político em melhorar a qualidade de vida dessas
pessoas.
Com o passar do tempo,o governo notou que a falta de saneamento básico,
afeta diretamente a economia do país, por reduzir a produtividade do trabalhador,
influenciar na aprendizagem das crianças e afastar o interesse turístico nas regiões
com esse déficit.
Tendo a intenção nesse trabalho de facilitar os cálculos para
dimensionamento da fossa filtro e da fossa séptica e ou tanque séptico, para
residências de alto, médio e baixo padrão, nas quais são as soluções mais viáveis
para se fazer um tratamento de esgoto de forma pratica, simples e eficaz. Tendo em
vista que não se encontra hoje com facilidade um sistema que auxilie nesses
cálculos, foi-se elaborado planilhas na ferramenta Microsoft Office Excel, que irá
fornecer ao usuário o volume útil necessário para o tanque séptico e da fossa filtro, a
partir dos dados fornecidos pelo mesmo, não necessariamente um técnico ou
engenheiro precisa ir até o local onde será implantada a fossa para fazer os
cálculos, com os dados fornecidos, basta preencher as tabelas que o sistema irá
fornecer tudo automaticamente, desde o volume útil até mesmo o dimensionamento
físico da fossa, altura e diâmetro. Esse sistema, otimizou muito o tempo gasto em
fazer os cálculos.
Palavras-chave: SANEAMENTO, FILTRO BIOLOGICO, ESGOTO, TANQUE SÉPTICO,
FOSSA FILTRO, EXCEL.
BONFOGO, Leonardo Manente. Dimensionamento da fossa séptica e filtro biológico
para residências, utilizando o software Microsoft Excel.2017. 43 folhas. Trabalho de
Conclusão de Curso de Engenharia Civil – Anhanguera Educacional, Leme, 2017.

ABSTRACT

Basic sanitation has become a very important subject to be


discussed, due to certain regions of the world there is still adult and child mortality
due to lack of sewerage and proper sewage treatment. Most of the time in areas
farther away from large centers, where there is no great political interest in improving
the quality of life of these people.
Over time, the government noted that lack of basic sanitation directly affects
the country's economy by reducing worker productivity, influencing children's
learning, and driving away tourist interest in regions with such deficits.
With the intention of facilitating the calculations for the design of the filter pit
and the septic tank and / or septic tank, it is intended for high, medium and low
standard residences, which are the most feasible solutions for practically treating
sewage , simple and effective. Given that a system that helps in these calculations is
not easily available today, we have prepared spreadsheets in the Microsoft Office
Excel tool, which will provide the user with the necessary volume for the septic tank
and the filter pit, from the data provided by the same, not necessarily a technician or
engineer needs to go to the place where the pit will be implanted to do the
calculations, with the data provided, just fill in the tables that the system will
automatically provide everything from the useful volume to even the sizing of the pit,
height and diameter. This system greatly optimized the time spent doing the
calculations.
Key-words: SANITATION, BIOLOGICAL FILTER, SEWAGE, SEPTIC TANK,
FOSSA FILTRO, EXCEL.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Unidade de tratamento primário de esgoto doméstico ........................... 17


Figura 2 – Fossa séptica ......................................................................................... 18
Figura 3 – Sistema .................................................................................................. 19
Figura 4 – Valas Sumidouro .................................................................................... 20
Figura 5 – Filtro ....................................................................................................... 21
Figura 6 – Formulário para Preenchimento tanque séptico ..................................... 25
Figura 7 – Residência .............................................................................................. 26
Figura 8 – Residência .............................................................................................. 27
Figura 9 – Formulário para Preenchimento tanque séptico ..................................... 31
Figura 10 – Formulário para Preenchimento Filtro biológico ................................... 35
Figura 11 – Formulário para Preenchimento Filtro biológico ................................... 35
Figura 12 – Formulário para Preenchimento Filtro biológico ................................... 37
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Contribuição diária de esgoto e lodo fresco ........................................... 23


Tabela 2 – Período de detenção dos despejos, por faixa de contribuição diária. .... 24
Tabela 3 – Taxa de acumulação total de lodo em dias ............................................ 24
Tabela 4 – profundidade útil mínima e máxima, por faixa de volume util................. 25
Tabela 5 – Número de moradores ........................................................................... 27
Tabela 6 – Número de moradores ........................................................................... 27
Tabela 7 – Intervalo de limpeza desejado ............................................................... 28
Tabela 8 – Intervalo de Limpeza desejado .............................................................. 29
Tabela 9 – Intervalo de Limpeza desejado .............................................................. 29
Tabela 10 – Menor média de temperatura do ano ................................................... 29
Tabela 11 – Menor média de temperatura do ano ................................................... 30
Tabela 12 – Taxa de acumulação total do lodo em dias .......................................... 30
Tabela 13 – Contribuição diária de despejos e de carga orgânica ......................... 33
Tabela 14 – Tempo de detenção hidráulica- filtro biológico ..................................... 34
Tabela 15 – Menor média de temperatura do ano .................................................. 36
Tabela 16 – Menor média de temperatura do ano .................................................. 36
Tabela 17 – Tempo de detenção hidráulica- filtro biológico ..................................... 37
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.................................................................................................11
1. CONSEQUÊNCIAS DA FALTA DE ESGOTO TRATADO PARA A
SOCIEDADE..............................................................................................................12
1.1 O IMPACTO DE EFLUENTES SEM TRATAMENTO...........................12
1.2 AS DOENÇAS PROVOCADAS PELO NÃO TRATAMENTO DE
EFLUENTES..............................................................................................................13
2 O FUNCIONAMENTO DA FOSSA SÉPTICA E FILTRO
ANAERÓBICO...........................................................................................................16
3 EXEMPLO DE CÁLCULO DA FOSSA E FILTRO SÉPTICO ATRAVÉS
DO SOFTWARE MICROSOFT EXCEL.....................................................................22
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................38
REFERÊNCIAS...............................................................................................39
INTRODUÇÃO

Desde os primórdios a sociedade convive com o problema da falta de


saneamento básico, falta de água própria para o consumo e de esgoto, as
quais atingem diretamente a economia do país, devido à problemas de saúde
com a população, no qual afeta diretamente a produtividade do trabalhador e
nos estudos das crianças e jovens. No Brasil o saneamento está atrás à muitos
países com níveis inferiores de economia como Equador e Honduras, o que é
de se lamentar para um país que investiu 25,6 bilhões de reais em uma copa
do mundo, sendo que 83% saiu dos cofres públicos e tem um orçamento
previsto de 36,7 bilhões de reais para a realização das Olimpíadas no Rio de
Janeiro em 2016, e ainda tem muitas regiões sem coleta e tratamento de
esgoto e nem ao menos água tratada para o consumo.
Para que esse problema possa ser resolvido, quais ferramentas de fácil
acesso e baixo custo pode ser disponibilizada para a sociedade de forma
rápida e eficaz?
Este trabalho tem como objetivo descrever todos os problemas
resultantes da falta de saneamento que envolve desde a economia do país,
devido à falta de interesse turístico até aos problemas de saúde com a
população. Analisar comparativamente os diferentes tipos de problemas
enfrentados com a falta de saneamento entre países desenvolvidos e
subdesenvolvidos
Apresentar algumas alternativas para que esse problema possa ser
resolvido na teoria através de ferramentas pelo computador, e também na
prática, com a explicação da construção e funcionamento de fossas e filtros
sépticos.
Apresentam-se como objetivos específicos:
Os problemas que podem ser evitados com a disponibilidade de esgoto para
toda a sociedade;;
O funcionamento de fossa séptica e filtro anaeróbico;
O método e a escolha de um sistema de computador para o cálculo;
1 CONSEQUÊNCIAS DA FALTA DE ESGOTO TRATADO PARA A
SOCIEDADE
A poluição do ambiente, se tornou um dos assuntos mais discutidos no
mundo, hoje em dia. A falta de tratamento dos lixos e efluentes, sem o
tratamento necessário implica à população local problemas de saúde, perda de
qualidade de vida, e a dificuldade em desfrutar de um espaço comum de
qualidade.
Devido a todos esses problemas, nota-se uma mudança de prioridade
em algumas indústrias e centros urbanos, mas longe do ideal. Ainda há
grrande quantidade de efluentes sendo despejados de maneira irregular em
corpos d’água sem nenhuma espécie de triagem, cuidado ou tratamento
intermediário.

1.1 O impacto de efluentes sem tratamento no meio ambiente

Efluentes líquidos e/ou esgotos sanitários não tratados pelas industrias,


são lançados todos os dias e em grande quantidade em córregos, lagos e rios,
provocando um grande desequilíbrio no ecossistema. Tomando o esgoto
doméstico como exemplo, quando em processo de decomposição, consome
alta quantidade de oxigênio, o que causa a mortalidade dos peixes. Nutrientes
como nitrogênio e fósforo (presentes nos despejos), em altas concetrações
causam a proliferação de algas, desequilibrando também o ecossistema da
região.
Segundo pesquisa da ONG SOS Mata Atlântica, apenas 11% dos rios
mapeados foram considerados de boa qualidade, 49% dos rios são
considerados em estado regular, no entanto, 35% estão em estado ruim e 5%
em estado crítico. Números como esse demonstram a necessidade de políticas
em prol do meio ambiente, que visem a preservação conjunta da sociedade,
governo e indústria.
1.2 As doenças provocadas pelo não tratamento de efluentes

Quando há lançamento de efluentes domésticos não tratados nos lagos


ou rios, aumenta-se a matéria orgânica na água, fazendo com que desequilibre
o sistema, com o aumento de microorganismos em alguns casos, e a
diminuição de outros essenciais.
A esse problema, dá-se o nome de eutrofização e pode levar ao
surgimento de microalgas e a morte de peixes e outras espécies aquáticas.
Outro grande problemas é a transmissão de doenças presentes nas
fezes humanas para outros consumidores da água.
Além disso, o esgoto doméstico pode estar contaminado com
substâncias tóxicas não orgânicas, podendo comprometer seriamente a saúde
de quem estiver em contato.
Segundo a ONU (Organização Mundial da Saúde), a cada R$ 1,00 gasto
com saneamento, R$ 4,00 são economizados na área da saúde pública, pois
causam grande impacto à saúde das pessoas que utilizam no dia a dia nos
alimentos e atividades domésticas.

Entre as principais e mais comuns doenças ocasionadas pela água sem


tratamento estão:
 Cólera;
 Disenteria;
 Meningite;
 Amebíase;
 E hepatites A e B.
Já os efluentes industriais poluidores de lagos e rios causam
contaminação por metais pesados, provocando tumores hepáticos e de
tireoide, rinites alérgicas, dermatoses e alterações neurológicas.
.
1.3 Tratamento de Efluentes: O que você precisa saber

Hoje em dia com a criação de novas leis e sistemas de fiscalização


como CETESB exigindo tratamentos nas indústrias há duas formas de
tratamentos para as indústrias adotarem.
A primeira forma chamada “on-site”, que consiste na construção,
operação e manutenção da estação de tratamento de efluentes, sendo
despejado todos os efluentes diretamente em um local de armazenamento, e
em seguida iniciado todo o processo de tratamento, antes de ser descartado
em rios, lagos ou rede de esgoto.
O segundo, chamado “off-site”, a empresa contrata uma empresa
responsável pelo serviço acima, e a contratada se responsabiliza por todos os
processos, desde o transporte até o descarte final, com isso, o gestor
consegue se programar financeiramente e consegue atingir suas metas de
reciclagem sem afetar sua capacidade de produção.

1.4 Benefícios do tratamento de efluentes

Um dos benefícios do tratamento de efluentes, além de questões


ambientais, está o atendimento à legislação.
Existem diversas normas e leis que regulamentam e definem punições
para as empresas que cometem crimes ambientais. Todas essas normas e leis
são muito importantes pois exigem que as industrias tenham responsabilidade
junto ao governo para combater os problemas ambientais.

Duas leis de destaque são:

Lei 9.605/1998 - Lei dos Crimes Ambientais - Reordena a legislação


ambiental quanto às infrações e punições. Concede à sociedade, aos órgãos
ambientais e ao Ministério Público mecanismo para punir os infratores do meio
ambiente. Destaca-se, por exemplo, a possibilidade de penalização das
pessoas jurídicas no caso de ocorrência de crimes ambientais.
Lei 12.305/2010 - Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos
(PNRS) e altera a Lei 9.605/1998 - Estabelece diretrizes à gestão integrada e
ao gerenciamento ambiental adequado dos resíduos sólidos. Propõe regras
para o cumprimento de seus objetivos em amplitude nacional e interpreta a
responsabilidade como compartilhada entre governo, empresas e sociedade.
O que na prática, define que todos os resíduos deverão ser processados
apropriadamente antes da destinação final e que as industrias estão sujeitas as
multas e penas, inclusive, prisão.
Podem-se citar ainda duas normativas que implicam punições de
corresponsabilidade ambiental para empresas geradoras, sendo o Decreto
Estadual 8468 de 1976 e o Conama 357, leis de aplicabilidade no Estado de
São Paulo.
 Economia
As indústrias que optam pelo tratamento in loco, devem ter um local e
construção adequadas, capacitar os funcionários responsáveis, atendendo a lei
imposta, antes da reutilização ou descarte.
 Imagem confiável junto ao público
Hoje em dia, há grande busca dos consumidores por empresas e
produtos que adotam postura sustentável e se preocupam com o meio
ambiente. Como exemplo, a fabricante Natura, criou linhas ecológicas,
embalagens reutilizáveis, além dos refis.
Trazendo a preocupação com o meio ambiente ao seu core business,
utilizando-o como principal mote de direcionamento de ações e negócios.
Posturas como essa atraem um público mais engajado, quando uma
empresa se envolve com desastres ambientais toda a confiança do consumidor
é minado. Por exemplo, o caso da queda de barragem em Mariana (MG).
Poucas empresas conseguem voltar ao mesmo status que tinha depois de
desastres desse tipo.
A empresa avalia todo seu sucesso, de acordo com a produção, quanto
maior produção, maior quantidade de vendas, e maior lucro. Porém, há outra
variável, o tratamento dos efluentes, que corretamente feita torna-se positiva
para o crescimento da empresa, proporcionando a emrpesa atingir as metas de
reciclagem e construir uma imagem positiva perante o consumidor.
Por todos esses motivos, esse trabalho buscou apresentar como
alternativa a implantação de fossas e filtros sépticos, sendo calculado por meio
de sistema de programa excel.
2 O FUNCIONAMENTO DA FOSSA SÉPTICA E FILTRO
ANAERÓBICO

Fossas sépticas, são consideradas unidades de tratamento primário de


esgoto, podendo ser feita com anéis de concreto, separando e transformando a
matéria solida contida no esgoto.
São necessárias em moradias e fundamentais para combater várias
doenças, algumas muito comuns, como a cólera. Tem como função evitar os
lançamentos de dejetos humanos diretamente em lagos, rios ou superfície do
solo. Trazendo como benefício, melhoria nas condições de higiene nos
ambientes rurais.
Sua estrutura é formada por um tanque de concreto em anéis, que fica
enterrado, recebendo os esgotos, e retendo a parte sólida. Com isso, inicia-se
o processo biológico de purificação da parte líquida.
Para esse processo ocorrer, necessita que os efluentes sejam filtrado
em filtro anaeróbico, completando o processo biológico de purificação e
eliminando riscos de contaminação.

Figura 1 - Unidade de tratamento primário de esgoto doméstico

O indicado é que as fossas não fiquem tão próximas às residências,


devido ao mau cheiro, porém não muito longe, evitando tubulações muito
longas.
Recomenda-se uma distância de 4 metros, que sejam construídas do
lado do banheiro evitando curvas de canalização. Devem ficar num nível abaixo
ao terreno e longe de fontes de captação de água, como poços (pelo menos 30
metros), para prevenir contaminação, caso ocorra um vazamento.
Seu tamanho varia de acordo com o número de pessoas na residência e
seu dimensionamento é em função do consumo médio de Ela é dimensionada
de 200 litros de água por pessoa, por dia. Porém sua capacidade nunca deve
ser inferior a 1000 litros.
As fossas sépticas podem ser feitas de três formas:
1-Com anéis de concreto no formato cilíndrico.
2-Com aduelas de concreto no formato quadrado.
3-Feitas no local que podem ser tanto no formato cilíndrico ou quadrado em
alvenaria com tijolinho comum requeimado.
Inicia-se a construção da fossa séptica pela escavação do buraco, onde
a mesma será enterrada. O fundo deve estar compactado e nivelado, ou
concretado com 5cm de espessura.
A fossa séptica circular com anel de concreto, é a que apresenta maior
estabilidade, utiliza-se na entrada e na saída, Tês de PVC de 90 graus de
diâmetro 100mm.

Figura 2 -Fossa séptica

Na moradia, a rede de esgoto deve inicialmente passar por uma caixa de


inspeção, utilizada para a manutenção do sistema, facilitando o
desentupimento. A caixa deve medir 60x60cm e ter 50mcm de profundidade,
com 2 metros de distância da residência. A caixa deve ser contruída em
alvenaria ou pré-moldada com tampa de concreto.
Figura 3 -Sistema

Há duas maneiras de distribuir os efluentes no solo:


-Valas de infiltração;
-Sumidouros;
A escolha entre as duas opções acima, depende do tipo de solo e dos
recursos disponíveis para a execução.

VALAS DE INFILTRAÇÃO

As valas de infiltração são recomendadas para locais onde o lençol


freático é próximo à superfície.
O sistema inicia com a escavação de uma ou maus valas, nas quais são
colocados anéis de dreno (Sumidouro) com brita, ou bambu, preparado para
trabalhar com dreno retirando o miolo, que permite, ao longo do seu
comprimento, escoar para dentro do solo os efluentes provenientes da fossa
séptica.
Seu comprimento ideal total vai depender do tipo de solo e da
quantidade de efluentes a serem tratados.
Em terrenos arenosos, por exemplo, 8 m de valas por pessoa são
suficientes. Já em terrenos argilosos são necessários 12m de valas por
pessoa. Entretanto, para um bom funcionamento do sistema, cada linha
de tubos não deve ter mais de 30m de comprimento. Portanto, dependendo do
número de pessoas e do tipo de terreno, pode ser necessária mais de uma
linha de tubos/valas.
Figura 4 - Valas Sumidouro

FILTRO ANAERÓBIO

Trata-se de um reator biológico, o qual o efluente recebido da fossa é


depurado através de microorganismos anaeróbicos, dispersos ao sumidouro.
Sua execução é bem parecida com a da fosse, a diferença fica na
estrutura, havendo a necessidade de uma laje perfurada entreo os últimos
anéis da superfície. Esses anéis devem ficar em nível mais baixo da fossa com
a mesma tubulação entre a fossa e o sumidouro.

Figura 5 - Filtro
SUMIDOURO

O sumidouro permite a penetração do efluente da fossa séptica no solo


e aparente um poço sem laje. Seu diâmetro e profundidade, assim como o filtro
anaeróbico, dependem da quantidade de efluentes e do tipo de solo. Mas, não
deve ter menos de 1m de diâmetro e mais de 3m de profundidade, para
simplificar a construção.
Sua construção, inicia também pela escavação do buraco, com 3m de
distância fossa séptica.
A construção de um sumidouro começa pela escavação do buraco, a
cerca de 3m da fossa séptica e num nível um pouco mais baixo, para facilitar o
escoamento dos efluentes por gravidade.
O buraco de ter 70 cm de profundidade maior que a altura finas do
sumidouro. Permitindo a colocação de uma camada de pedra, no fundo do
sumidouro, para infiltração mais rápida no solo, e de uma camada de terra, de
20cm, sobre a tampa do sumidouro.
Os anéis de concreto devem ser apenas colocados uns sobre os outros,
sem nenhum rejuntamento, para permitir o escoamento dos efluentes. A tampa
do sumidouro com diâmetro maior que 2.000mm deve ser em duas partes.
3 EXEMPLO DE CÁLCULO DA FOSSA E FILTRO SÉPTICO
ATRAVÉS DO SOFTWARE MICROSOFT EXCEL

Com o levantamento de todos os materiais, sendo eles através de livros,


pesquisas na internet, revistas e artigos científicos, foram estudados métodos
de elaboração das planilhas para os cálculos de dimensionamento do volume
do tanque séptico e do filtro biológico, bem como a altura e o diâmetro
necessário para suportar o volume total.
Elaborou-se 4 planilhas, sendo duas compostas por tabelas
provenientes das normas técnicas para efetuar os cálculos e duas que foram
elaborados os formulários para que o usuário digite as informações
necessárias e nele será fornecido os resultados.
- Planilha para cálculos do tanque séptico,
- Planilha para cálculos do filtro biológico;
- Formulário para tanque séptico;
- Formulário filtro biológico.

3.1. Planilha tanque séptico

A planilha para cálculos do volume útil total de esgoto, diâmetro e altura


do tanque séptico, teve como embasamento a norma técnica NBR 7229/1992 –
“Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos”, que é
composta por quatro tabelas, nas quais fornecem todos os dados necessários.
Segundo a NBR 7229/1992, a fórmula utilizada para calcular o volume
total de esgoto tratado por dia em um determinada residência é
V=1000+N(CT+KLf), onde:

1. V = Volume útil, em litros;


2. 1000 = Fator pré estipulado
3. N = Número de pessoas na residência;
4. C = Contribuição de despejos, em litro/pessoa x dia;
5. T = Período de detenção, em dias;
6. K = Taxa de acumulação de lodo digerido em dias;
7. Lf = contribuição de lodo fresco, em litro/pessoa x dia.

A partir das variáveis acima, obtêm-se o volume útil de esgoto, porém,


para cada residência é obtido um volume diferente, devido as inúmeras
variáveis, como o padrão da residência, número de pessoas e a taxa de
acumulação de lodo desejada que pode variar de 1 a 5 anos. Para cada
variável é necessário fazer um série de comparações entre tabelas e após as
comparações se obtêm as variáveis C, T, K e Lf.
As tabelas a seguir, foram retiradas da NBR 7229 e redigidas para o
software Microsoft Office Excel 2007, para posteriormente elaborar o
Formulário para Tanque Séptico.
A tabela 1,é a responsável pelas informações da contribuição diária de
esgoto (C), e do lodo fresco (Lf), por tipo de edificação e de ocupante.
Para cada padrão de residência e de quantidade de pessoas, é atribuída
uma contribuição diária de esgoto diferente, sendo que o lodo fresco é igual
para qualquer padrão.

Tabela 1 – Contribuição diária de esgosto ( C ), e de lodo fresco (Lf) por


tipo de prédio e de ocupante.

A tabela 2,é o período de detenção dos despejos, por faixa de


contribuição diária.
A contribuição diária esta ligada diretamente ao numero de pessoas da
residência, e através da contribuição diária é encontrado o tipo de detenção.
Tabela 2 – Período de detenção dos despejos, por faixa de contribuição
diária.
A tabela 3, é a taxa de acumulação total de lodo (K), em dias, por
intervalo entre limpezas e temperatura do mês mais frio do ano.
Dependendo do intervalo de limpeza desejado, podendo variar entre 1 à
5 anos e a média da temperatura do mês mais frio do ano na região em que
será implantado o tanque séptico, é encontrado um fator K diferente.
Tabela 3 – Taxa de acumulação total de lodo (K), em dias por intervalo
entre limpezas e temperatura do mês mais frio.

A tabela 4, é relacionada a profundidade útil mínima e máxima, por faixa


de volume útil em metros cúbicos.
A variação da profundidade mínima e máxima em metros, ocorre
dependendo o volume útil obtido em metros cúbicos.
Tabela 4 – Profundidade útil mínima e máxima, por faixa de volume útil.
3.2. Formulário tanque séptico
O formulário do tanque séptico é a planilha na qual o usuário irá digitar
todas as informações necessárias para os cálculos do volume útil de esgoto
tratado, além do valor do volume útil, o formulário irá fornecer a altura e o
diâmetro necessário para a construção do tanque e um desenho ilustrativo do
tanque séptico.
As informações necessárias para os cálculos são: Tipo de residência
(alto, médio ou baixo padrão), numero de moradores, intervalo de limpeza
desejados em anos, e a menor média de temperatura do mês mais frio do ano.
Com essa informações fornecidas no formulário, será feito uma série de
cálculos através de fórmulas no software Excel, formulas essas com inúmeras
comparações e condições diferentes, para preencher a fórmula do volume útil
do tanque séptico V=1000+N(CT+KLf) e chegar aos resultados com precisão.

Figura 6 – Formulário para Preenchimento tanque Séptico

Todos os cálculos, fórmulas e condições, são feitos nas tabelas da


planilha de cálculos do tanque séptico, na qual já mencionadas no item 3.1
Planilha tanque séptico.
3.2.1. Tabela residência

Na tabela residência, o usuário irá informar o padrão da residência em


questão, se a residência dor de alto padrão, deverá ser digitado a letra "A", se
for de padrão médio, deverá ser digitado a letra "M" e se for de baixo padrão,
deverá ser digitado a letra "B", essas informação deveram ser digitadas no
campo realçado.

Figura 7 - Residência

Com esse campo preenchido com a letra "A", "M" ou "B", o Excel foi
programado para fazer a checagem na Tabela 1 da planilha Cálculos tanque
séptico, pois, através do padrão da residência é que se define a contribuição
diária de esgoto (C) e o lodo fresco (Lf), se o for definido como padrão alto (A),
a contribuição diária de esgoto será 160, se for padrão médio (M), a
contribuição será 130 e se for de baixo padrão (B), será 100, vale salientar que
o lodo fresco adota o fator 1 para ambos os padrões de residência.

Figura 8 - Residência
Conforme preenchimento "B", significa que o fator para contribuição
diária de esgoto "C" será 100 e o valor para lodo fresco "Lf", será 1, com isso,
as variáveis da fórmula do volume começa a ser preenchida, ficando
V=1000+N(100T+K1).

3.2.2. Tabela numero de moradores

Na tabela numero de moradores, será fornecido o total de moradores da


casa, esse campo deverá ser preenchido com um número inteiro,1,2,3,4.....n
moradores, o numero de moradores é necessário para encontrar o tempo de
detenção "T".

Tabela 5 – Número de moradores

Informado o numero de moradores, a planilha de cálculos faz uma


multiplicação entre o numero de moradores e a contribuição de esgoto, definida
na tabela de padrão da residência.

Tabela 6 – Número de moradores

Sendo 4 o numero de moradores, e o padrão de residência sendo "B",


acontece uma multiplicação entre esses dos fatores, sendo "B" = 100, então
100 x 4 numero de moradores, obtendo o valor de 400. Esse fator 400 é o valor
total da contribuição diária "L", que será checado na tabela 2 da planilha
cálculo tanque séptico. Nessa checagem, nota-se que essa tabela 2 da planilha
de cálculo tanque séptico tem várias comparações para encontrar o correto
tempo de detenção "T", sendo 400 o valor encontrado, o tempo de detenção
será de 1 dia, pois a contribuição total "L" é menor que 1500.
Tabela 7 – Período de detenção dos despejos, por faixa de contribuição
diária.

Foi-se determinado o numero de moradores e o tempo de detenção "T"


= 1, sendo assim, a fórmula ficará V=1000+4(100*1+K1) até essa etapa.

3.2.3. Tabela intervalo de limpeza desejado e menor média de


temperatura do mês mais frio do ano

Na tabela intervalo de limpeza desejado, o usuário deverá digitar o


intervalo de tempo que ele deseja que seu tanque séptico seja limpo, esse
intervalo deve ser entre 1 à 5 anos, estipulados por norma.

Tabela 8 – Intervalo de Limpeza desejado.

O tempo do intervalo de limpeza é necessário para se encontrar o fator


"K" que é a taxa de acumulação de lodo digerido em dias, equivalente ao
tempo de acumulação do lodo fresco, porém.
Tabela 9 – Intervalo de Limpeza desejado.

Para determinar o fator "K", necessário que o usuário também informe a


média de temperatura do mês mais frio do ano, essa informação deverá ser
preenchida na tabela menor média de temperatura do ano.

Tabela 10 – Menor média de temperatura do ano.

Foi-se programado para que o usuário digite 1, para quando a média da


temperatura do mês mais frio do ano for menor que 10ºC, digitar 10 para
temperaturas entre 10 e 20ºC e digitar 20 se a média da temperatura for maior
que 20ºC.

Tabela 11 – Menor média de temperatura do ano.

Informados o intervalo de limpeza desejado e a menor média de


temperatura do ano, pode-se encontrar o fator "K", fazendo uma comparação
entre o intervalo de limpeza desejado e a menor média de temperatura do mês,
que estão na tabela 3 do item 3.1 planilha tanque séptico, para cada intervalo
de tempo e para cada média de temperatura tem-se um fator diferente.
Definidas as variáveis intervalo de limpeza desejado em 2 anos e a
menor média de temperatura entre 10 e 20ºC, encontra-se a taxa de
acumulação total do lodo "K" igual a 105.

Tabela 12 – Taxa de acumulação total do lodo em dias

Com o fator "K" definido, todas as variáveis da formula estão


preenchidas, ficando com os seguintes valores V=1000+4(100*1+105*1).

3.2.4. Cálculos e resultados do tanque séptico

A fórmula do volume útil total de esgoto no tanque séptico é


V=1000+N(CT+KLf), após o preenchimento do formulário tanque séptico, a
fórmula ficará com todas as suas variáveis preenchidas, sendo assim, podendo
concluir o volume total de esgoto tratado por dia.
Seguindo os valores como exemplo nas figuras acima no
preenchimento do formulário tanque séptico, a formula fica com as seguintes
variáveis preenchidas, V=1000+4(100*1+105*1).
Separa-se as variáveis para se fazer os cálculos, iniciando pela
multiplicação entre os fatores (C*T+K*Lf), ou seja, (100*1+105*1), obtendo os
resultados (100+105), com os valores de CT = 100 e KLF = 105 encontrado,
basta somar os dois valores, 100 + 105 = 205. A fórmula passa a ficar mais
simplificada,V=1000+4(205), sendo assim, será feita a multiplicação entre
N(205), sendo N (numero de pessoas) = 4, multiplica-se 4 * (205), chegando ao
valor de 820, para finalizar a fórmula, restou apenas duas variáveis
V=1000+820, que somando irá encontrar o volume útil total de esgoto tratado
por dia, que será de 1820 litros.

Figura 9 – Formulário para Preenchimento tanque séptico

Com os dados fornecidos no formulário tanque séptico, o mesmo faz os


cálculos da profundidade do cano (C) de afluente do esgoto, da altura (H),
diâmetro (D), que o tanque deverá ter para suportar o volume encontrado.
Para se encontrar essas três variáveis H, D e C, tem que se fazer os
seguintes cálculos.

A fórmula do volume de um cilindro é V=( ) ou seja, volume = "pi"

que multiplica o diâmetro elevado ao quadrado, divide-se o resultado por


quadro e multiplica pela altura, lembrando que a altura é duas vezes o
diâmetro. Sendo assim fazendo as transformações = 1,571, ou seja, é
encontrada a fórmula do diâmetro, tendo em vista que já se tem o volume

então, D = √ X é a variável dependendo do volume útil de esgoto da

residência, encontrando o diâmetro, basta multiplicar por dois para encontrar a


altura e a variável C é 1/3 da altura total.
O volume útil total de esgoto encontrado no exemplo foi de 1820 litros,
sendo assim o diâmetro total que o tanque séptico deverá ter para suportar

esse volume é de D = √ = 105 cm, a altura total necessária será 105 * 2,

então, H = 210,1 cm e a profundidade do cano de afluentes de esgoto é de


69,9 cm, pois é 1/3 de 210,1 cm, sendo assim, facilitando ainda mais para o
usuário.

3.3. Planilha filtro biológico

Para dimensionar o filtro biológico, tendo como objetivo encontrar o


volume útil do leito filtrante, a altura e o diâmetro do filtro, deve se embasar na
NBR 13969/1997 - " Tanques sépticos - Unidades de tratamento complementar
e disposição final dos efluentes líquidos - Projeto, construção e operação.
De acordo com a NBR 13969/1997, a fórmula utilizada para calcular o
volume útil do leito filtrante é Vu = 1,6 NCT, onde:
1. V = Volume útil do leito filtrante, em litros;
2. 1,6 = Fator pré estipulado por norma;
3. N = Número de pessoas na residência;
4. C = Contribuição de despejos, em litro/pessoa x dia;
5. T = Tempo de detenção hidráulica, em dias.

Com a fórmula Vu = 1,6 NCT, encontra se o volume útil do leito filtrante,


porém, essas variáveis mudam de residência para residência, sendo assim
cada edificação tem um volume útil diferente.
Os cálculos para dimensionar o volume do filtro biológico são mais
simplificados do que os cálculos do tanque séptico, pois tem-se somente três
variáveis para se calcular (NCT) e duas tabelas para fazer as comparações e
encontrar as variáveis.
As tabelas a seguir, foram retiradas da NBR 13969 e redigidas para o
software Microsoft Office Excel 2007, para posteriormente elaborar o
Formulário filtro biológico.
A tabela 3, é a responsável pelas informações da contribuição diária de
esgoto (C), dependendo do tipo de edificação e de ocupante. Para cada padrão
de residência e de quantidade de pessoas, é atribuída uma contribuição diária
de esgoto diferente.

Tabela 13 – Contribuição diária de despejos e de carga orgânica por tipo


de prédio e de ocupantes.

Na tabela 14, encontra-se o tempo de detenção hidráulica de esgotos(T),


por faixa de vazão e temperatura do esgoto. Dependendo a vazão e a
temperatura média do mês mais frio do ano, encontra a variável "T".

Tabela 14 – Filtro biológico – Tempo de detenção hidráulica de esgotos


(T), por faixa de vazão e temperatura do esgoto (em dias).

3.4. Formulário filtro biológico


O formulário do filtro biológico, foi criado com objetivo de facilitar o
usuário no dimensionamento do filtro, nesse formulário o usuário irá digitar
apenas uma informação, que é a menor média de temperatura do ano na
região.
As informações "tipo de padrão da residência" e "numero de moradores",
tem que ser iguais as preenchidas no formulário do tanque séptico, pois o filtro
biológico recebe o leito proveniente do tanque séptico da residência em
questão, sendo assim, às informações da residência e do numero de
moradores não mudam, a única informação que será diferente é a menor
média de temperatura do ano, pois,segundo a norma do tanque séptico a
escala dessas informações são, menor que 10º, entre 10 e 20º e maior que
20º, já na norma do filtro biológico, essas informação tem uma variação maior,
sendo menor que 15º, entre 15 e 25º e maior que 25º. Sendo assim, no
formulário do filtro biológico, o Excel foi programado para buscar
automaticamente as informações "tipo de padrão da residência" e "numero de
moradores" do formulário do tanque séptico, ficando a cargo do usuário
preencher somente a variável da temperatura.
Com essa informações, foi se programado o Microsoft Office Excel 2007
para fazer os cálculos e as combinações necessárias para preencher as
variáveis da fórmula Vu = 1,6 NCT e encontrar o volume útil do leito filtrante, a
altura o diâmetro necessário para que o filtro suporte esse volume.

Figura 10 – Formulário para Preenchimento tanque séptico


Como já mencionado, o formulário filtro biológico, já está preenchido
com as informações: Tipo de residência e numero de moradores, faltando
penas a menor média de temperatura.

Figura 11 – Formulário para Preenchimento Filtro Biológico

3.4.1. Tabela menor média de temperatura do ano

Para determinar a variável "T", é necessário que o usuário informe a


menor média de temperatura do mês mais frio do ano.
Tabela 15 – Menor média de temperatura do ano

Foi se programado o Excel para que quando a média da temperatura for


menor que 15º, o usuário digite 1, se a menor média for entre 15 e 25º, terá
que digitar 15 e se a menor média for maio que 25º, será necessário digitar 25.

Tabela 16 – Menor média de temperatura do ano

Com essa informação digitada, o Excel foi programado para fazer


comparações na tabela 4 - tempo de detenção hidráulica de esgotos (T), por
faixa de vazão e temperatura do esgoto (em dias) da NBR 13969, pois, além da
temperatura, tem que se fazer uma comparação com relação a vazão do
esgoto. A vazão do esgoto é a mesma do tanque séptico, com isso, já se tem
essa informação, pois é encontrada através da multiplicação entre o tipo de
residência e o numero de moradores, sendo no exemplo uma residência de
baixo padrão e um total de 4 moradores, tem se uma vazão de 400 litros por
dia. Sabendo que a vazão é de 400 litros por dia e a temperatura é menor do
que 15º, foi encontrada a variável "T" = 1,17.

Tabela 17 – Filtro Biológico – Tempo de detenção hidráulica de esgotos


(T), por faixa de vazão e temperatura do esgoto (em dias).
Figura 12 – Formulário para Preenchimento Filtro Biológico

Para se encontrar o diâmetro(D) e a altura do filtro biológico(H), tem que


se fazer os cálculos já detalhados nos cálculos do tanque séptico através da

fórmula do cilindro V=( )

O volume útil do leito filtrante do exemplo, tem um total de 748,8 litros e a


fórmula para se encontrar o diâmetro ficará D = √ = 78,1 cm, a altura total
necessária será 78,1 * 2, então, H = 156,23 cm .
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que o saneamento básico ainda é muito precário no Brasil e


nos países sub-desenvolvidos do mundo, como a África. Em pleno século XXI,
ainda constata-se muitas doenças de vias hídricas devido a falta de
saneamento, doenças estas que afetam a população em geral, tanto adultos
quanto crianças, e que muitas vezes pode ocorrer até a morte.
Nos dias de hoje observa que a legislação brasileira está mais atenta a
essa deficiência e com isso, exigindo que qualquer edificação tenha seu próprio
tratamento de esgoto, quando o mesmo não é oferecido pelo órgão publico
local.
As planilhas desenvolvidas e testadas nesse presente trabalho, cuja a
finalidade é de dimensionar o volume de um tanque biológico e de uma fossa
filtro, bem como seu diâmetro e altura necessária para suportar esse volume,
limitando a obras residenciais, teve resultados satisfatórios devido a sua
precisão nos cálculos, facilidade em preencher os campos da planilha para a
realização dos cálculos e na otimização do tempo, sendo assim.
Conclui-se também que mesmo a distância e uma pessoa sem
conhecimentos em cálculos de dimensionamento de fossa filtro e tanque
séptico são capazes de realizar esse feito, adquirindo assim o volume de
esgoto que sua edificação irá tratar por dia e o tamanho necessário da fossa
que irá suportar esse esgoto.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT, Associação brasileira de normas técnicas. Projeto, construção e


operação de sistemas de tanques sépticos - NBR 7229, 1993, ABNT.

ABNT, Associação brasileira de normas técnicas. Tanques sépticos - Unidade


de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos -
Projeto, construção e operação - NBR 13969, 1997, ABNT.

ÁVILA, Renata Oliveira de. Tese - Avaliação do desempenho de sistemas


tanque séptico-filtro anaeróbio com diferentes tipos de meio suporte.
Universidade Federal do Rio de Janeiro COPPE/UFRJ. Rio de Janeiro, 2005.

AZEVEDO NETTO, José Martiniano de. Manual de Hidráulica. 8ª Edição. São


Paulo-SP: Editora Edgard Blucher Ltda, 1998.

CARLOS, Édison. Saneamento rural: um enorme desafio para o Brasil.


Disponível em <http://revistasustentabilidade.com.br/saneamento-rural-um-
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CEBDS, Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável.


Benefícios econômicos da expansão do saneamento. Exante Consultoria
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http://www.funasa.gov.br/site/engenharia-de-saude-publica-2/saneamento-
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GARCIA, Fernando. Trata Brasil apresenta pesquisa sobre os benefícios


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quebram a regra. Disponível em < http://exame.abril.com.br/brasil/album-de-
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PRAVDA.RU. Milhão e meio de crianças na África morrem sem acesso a


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SANTINI, Daniel. Só 35,2% das cidades brasileiras contam com rede de


esgoto. Disponível em< http://www.oeco.org.br/oeco-data/27454-so-352-das-
cidades-brasileiras-contam-com-rede-de-esgoto>. Acesso em 01 de fev. 2014.

SILVA, Júlio César Lázaro da. O Processo de Urbanização. Disponível em<


http://www.brasilescola.com/geografia/urbanizacao-mundo.htm>. Acesso em 01
de Jun. 2014.

- DEVE APRESENTAR FONTE DAS FIGURAS E TABELAS:


Figura 1 (Arial 12 com negrito) - Hierarquia das
necessidades humanas (Arial 12 Sem negrito)

Trabalho criativo e desafiante


Auto-Realização

Estima Responsabilidade por resultados

Sociais Amizade dos colegas

Segurança Condições seguras de trabalho

Necessidades Fisiológicas Conforto físico

Fonte (Arial 10 com negrito): Chiavenato (1994, p. 170) (Arial 10


sem negrito)

TCC 2/2 - Atividade 3

Valor do
Critérios Nota
critério

Elementos pré-textuais e pós-textuais. (0-2) 2


Introdução clara e coerente com o trabalho. (0-4) 4

Considerações finais coerentes com os objetivos


(0-4) 4
propostos.

Desenvolvimento (Capítulo 1, 2 e 3) de forma clara e


(0-20) 18
estruturada ao longo de todo o trabalho
Apresentou coerência, linguagem formal e impessoal,
(0-6) 6
respeita as regras ortogramaticais.
As referências contemplam todas as obras e autores
que foram citados no trabalho, atendendo a (0-4) 3
formatação correta de acordo com ABNT.

Nota Total (0-40) 37

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