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SUMÁRIO
CRIME TENTADO................................................................................................................................................ 2
ESPÉCIES DE TENTATIVA ................................................................................................................................ 2
NATUREZA JURÍDICA DA TENTATIVA ............................................................................................................. 3
PENA DO CRIME TENTADO ............................................................................................................................ 4
INADMISSIBILIDADE DA TENTATIVA .............................................................................................................. 5
ESQUEMA DIDÁTICO ..................................................................................................................................... 5
EXERCÍCIOS ....................................................................................................................................................... 6
GABARITO ...................................................................................................................................................... 6

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CRIME TENTADO
Art. 14 – Diz-se do crime:
II – Tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por
circunstâncias alheias à vontade do agente.
Pena da tentativa:
Parágrafo único – Salvo disposição em contrário, pune-se a
tentativa com a pena correspondente ao crime consumado,
diminuída de um a dois terços.
No crime tentado, o agente quer o resultado criminoso, mas por circunstâncias que
fogem à sua vontade (circunstâncias alheias) o crime não se completa.

ESPÉCIES DE TENTATIVA
1. Tentativa imperfeita (inacabada): o autor não pratica todos os atos de
execução do crime. Aqui ocorre a interrupção da execução, por circunstâncias
alheias à sua vontade. Exemplo: “A”, com intenção de matar “B”, possui um revólver
com cinco munições e deflagra dois disparos contra “B”, não conseguindo efetuar os
outros três, por circunstâncias alheias à sua vontade, por exemplo, alguém o
impede de prosseguir. Aqui não conseguiu usar todo o potencial lesivo.
2. Tentativa perfeita (acabada ou crime falho): o autor pratica todos os atos
executórios à sua disposição, porém não há consumação do crime, por
circunstâncias alheias à sua vontade. Exemplo: “A”, com intenção de matar “B”,
possui um revólver com cinco munições e deflagra todas elas contra “B”, mas os
disparos não foram suficientes para matar a vítima. Aqui utiliza todo o potencial
lesivo.
3. Tentativa incruenta (branca): o alvo (a vítima) não é atingido e, portanto, não
sofre lesões (ferimentos). A tentativa incruenta ou branca pode ser, ao mesmo
tempo, perfeita ou imperfeita. Exemplo: “A”, com intenção de matar “B”, possui um
revólver com cinco munições e deflagra todas elas contra “B”, mas não acertou
nenhum disparo em “B”. Aqui a tentativa foi branca (incruenta) e perfeita.
4. Tentativa cruenta (vermelha): o alvo (a vítima) é atingido, portanto ocorre
lesão ao bem jurídico tutelado, isto é, a vítima é ferida. A tentativa cruenta ou
vermelha pode ser, ao mesmo tempo, perfeita ou imperfeita. Exemplo: “A”, com
intenção de matar “B”, possui um revólver com cinco munições e acerta dois tiros
contra “B”, ferindo-o gravemente, porém não conseguiu disparar as outras três
munições, por circunstâncias alheias à sua vontade, um transeunte o impediu de
prosseguir. Aqui a tentativa foi vermelha (cruenta) e imperfeita.
1. (CESPE) Configura-se tentativa incruenta no caso de o agente não conseguir atingir a
pessoa ou a coisa contra a qual deveria recair sua conduta.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito: Certo
Comentário: A tentativa incruenta ou branca é aquela em que a vítima não
sofre qualquer lesão.

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NATUREZA JURÍDICA DA TENTATIVA


Antecipação temporal da figura típica (adequação típica de subordinação mediata), isto é,
nos tipos penais incriminadores não há a definição do crime tentado e, portanto, o Código
Penal utiliza a definição do crime consumado com extensão da norma (Art. 14, II) da Parte
Geral ao fato delituoso. Por exemplo: homicídio tentado é a combinação do Art. 121 (Parte
Especial) com o Art. 14, inc. II (Parte Geral).

2. (CESPE) A tentativa, uma norma de extensão temporal, não se enquadra diretamente


no tipo incriminador; faz-se necessária uma norma que amplie a figura típica até alcançar o
fato material.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito: Certo.
Comentário: Isso mesmo, pois nos tipos penais incriminadores não há a
previsão de crime consumado e crime tentado, restando, portanto, a ampliação da
tentativa ao crime consumado.

3. (ALFACON) Na natureza jurídica do crime tentado há a antecipação temporal da figura


típica.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito: Certo.
Comentário: Como o momento de consumação não ocorreu, o Código Penal
punirá os momentos de execução. A tentativa trata-se de norma de extensão. Ela é
a antecipação temporal da figura típica e está na natureza jurídica do crime
tentado. Nesta modalidade, o crime não se consuma por circunstâncias alheias à
vontade do agente e há a diminuição da pena que pode variar de 1/3 a 2/3. É
importante lembrar que para os crimes formais ou crimes de mera conduta, em
regra, não cabe a tentativa.

4. (ALFACON) É correto afirmar que o crime tentado ocorre quando um agente tenta
cometer um fato delituoso, mas não consegue consumá-lo por fatores alheios à sua
vontade.
Certo ( ) Errado ( )

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Gabarito: Certo.
Comentário: Quando iniciada a execução de um crime; mas, por
circunstâncias alheias à vontade do agente, o fato não se consuma, ocorre o crime
tentado. É importante lembrar a diferença entre crime tentado e tentativa
abandonada. A tentativa abandonada não se classifica como crime tentado, trata-se
de desistência voluntária (Art. 15, primeira parte, CP) ou arrependimento eficaz
(Art. 15, segunda parte, CP).

5. (CESPE) Na redação atual do Código Penal brasileiro, o ajuste, a determinação ou


instigação e o auxílio, salvo disposição expressa de lei em contrário, não são puníveis se,
pelo menos, o delito não é tentado.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito: Certo
Comentário: A questão traz os casos de impunibilidade previstos no artigo 31
do Código Penal. Mais especificamente, trata-se do iter criminis, afirmando que se o
crime não chegar à fase de execução, ele não é punível. A cogitação e a preparação
serão puníveis apenas quando houver previsão legal e se tratar de crimes
autônomos.

6. (CESPE) Um crime é enquadrado na modalidade de delito tentado quando,


ultrapassada a fase de sua cogitação, inicia-se, de imediato, a fase dos respectivos atos
preparatórios, tais como a aquisição de arma de fogo para a prática de planejado homicídio.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito: Errado
Comentário: Em regra, a cogitação e a preparação não constituem crime até
entrar na esfera de execução, salvo se constituir crime autônomo. Na questão não
teríamos nem ao menos tentativa do crime principal que o agente queria cometer
porque não chegou a entrar na execução, ou seja, o fato principal fica impunível.
Contudo, a mera aquisição de arma de fogo não permitida já configura o crime de
porte ilegal de arma na forma consumada, ou seja, configurando um crime
autônomo.

PENA DO CRIME TENTADO


Pena de tentativa:
Art. 14, Parágrafo único – Salvo disposição em contrário, pune-se a
tentativa com a pena correspondente ao crime consumado,
diminuída de um a dois terços.
O crime tentado é o mesmo do consumado, ou seja, o juiz irá determinar a pena e
imediatamente diminuir de 1/3 a 2/3 dependendo da proximidade que os atos executórios
chegaram da consumação.
A teoria adotada pelo Código Penal para aplicação da tentativa é a teoria objetiva, pois é
uma causa obrigatória de diminuição de pena da Parte Geral, não importando a subjetividade
do delito praticado pelo agente. Por exemplo: “A”, com intenção de matar “B”, possui um
revólver com cinco munições e acerta dois tiros contra “B”, ferindo-o gravemente, porém não
conseguiu disparar as outras três munições, por circunstâncias alheias à sua vontade, um
transeunte o impediu de prosseguir. Neste caso, “A” queria matar “B” (seu elemento subjetivo),
mas obrigatoriamente o juiz deverá diminuir a pena de “A”, ou seja, objetivamente.

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7. (ALFACON) É correto afirmar que a pena do crime tentado, salvo disposição em


contrário, é correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois sextos.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito: Errado.
Comentário: A afirmativa trocou a razão da diminuição da pena. De acordo
com o Art. 14, inc. II do CP: Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa
com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.

INADMISSIBILIDADE DA TENTATIVA

P • Preterdolosos; PUCCA CHO

U • Unissubsistentes;

C • Contravenções Penais;

C • Culposos;

A • Atentados;

C • Condicionados;

H • Habituais;

O • Omissivos próprios.

ESQUEMA DIDÁTICO

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EXERCÍCIOS
1. Na natureza jurídica do crime tentado há a antecipação temporal da figura típica.
Certo ( ) Errado ( )
2. Os atos de cogitação materialmente não concretizados são impuníveis em quaisquer
hipóteses.
Certo ( ) Errado ( )
3. Suponha que Kiko e Relkes entraram em uma discussão, nessa hipótese, Kiko, homem
valente e armado deflagrou todas as suas munições em direção a Relkes, com intenção de
matá-lo, mas Relkes fugiu ileso. Nesse contexto, pode-se dizer que se caracterizou uma
tentativa perfeita incruenta.
Certo ( ) Errado ( )
4. Considere a seguinte situação hipotética. Joaquim, plenamente capaz, desferiu diversos
golpes de facão contra Manoel, com o intuito de matá-lo, mas este, tendo sido socorrido e
levado ao hospital, sobreviveu. Nessa situação hipotética, Joaquim responderá pela prática
de homicídio tentado, com pena reduzida levando-se em conta a sanção prevista para o
homicídio consumado.
Certo ( ) Errado ( )
5. Na tentativa perfeita, também denominada quase-crime, o agente realiza todos os atos
executórios, mas não atinge a consumação por circunstâncias alheias à sua vontade.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO
1. CERTO
2. CERTO
3. CERTO
4. CERTO
5. ERRADO

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