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SUMÁRIO
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE, ANTERIORIDADE E RESERVA LEGAL ..................................................................... 2
SUJEITOS DO CRIME ...................................................................................................................................... 3

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PRINCÍPIO DA LEGALIDADE, ANTERIORIDADE E RESERVA LEGAL


Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena
sem prévia cominação legal
Somente haverá crime quando existir perfeita correspondência entre a conduta
praticada e a previsão legal (Reserva Legal), que não pode ser vaga, deve ser específica. Exige-
se que a lei esteja em vigor no momento da prática da infração penal (Anterioridade).
Fundamento Constitucional: Art. 5º, XXXIX.
Princípio: Nullum crimem, nulla poena sine praevia lege.
O artigo 1º traz insculpidos em seu bojo três princípios fundamentais, ou seja, o princípio da
legalidade, da anterioridade de lei e o princípio da reserva legal.
O princípio da legalidade diz que somente por meio de lei em sentido formal (lei
propriamente dita) pode prever crimes e cominar penas. Contudo, o conceito do princípio da
legalidade é muito amplo e comporta, de acordo com a Constituição Federal, várias espécies
de lei.
O princípio da reserva legal é um desdobramento do princípio da legalidade e diz que
somente lei em sentido formal estrito pode prever crimes. Quando falamos de lei em sentido
estrito, quer dizer que estamos delimitando para que somente a lei ordinária preveja crimes e
comine penas. Dessa forma, somente lei ordinária na prática pode legislar sobre matéria
penal.
Devemos nos atentar, pois não é possível previsão de crimes por meio de leis em sentido
material, como são os casos das medidas provisórias com força de lei (MP) e os atos
administrativos, como são os casos de portarias, decretos etc.
O princípio da legalidade e reserva legal, também pressupõe que toda infração penal
para estar completa obrigatoriamente deve estar revestida do preceito primário (a conduta) e do
preceito secundário (a pena). Assim, quando o Artigo 121 prevê em seu caput: ‘‘Matar alguém
(conduta) pena: 6 a 20 anos (a pena) esta descrevendo um crime completo sobre todos os prismas
do artigo primeiro do CP’’.
As normas penais incriminadoras não são proibitivas e sim descritivas. Por exemplo, o
Art. 121 - Matar alguém, no Código Penal, não proíbe, ou seja, não matar. Ele descreve uma
conduta, que, se cometida, possuirá uma sanção (punição).

1. (ALFACON) O princípio da anterioridade da lei penal é sintetizado pela expressão “não


há crime sem lei que o defina”.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito: Errado
Comentário: Típica questão de texto de lei em que a interpretação é
imprescindível, pois não sintetiza somente pela expressão dada, e sim “não há
crime sem lei anterior que o defina, não há pena sem prévia cominação legal”!

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SUJEITOS DO CRIME
Temos duas figuras distintas quando falamos de crime:
• Sujeito ativo: Aquele que pratica o crime. Qualquer pessoa que tenha capacidade
normal e esteja sob as regras do Código Penal poderá cometer crime, inclusive a
pessoa jurídica, que pode ser sujeito ativo de crimes contra o meio ambiente.
• Sujeito passivo: Qualquer pessoa que a lei determine poderá se enquadrar como
vítima de um crime. As pessoas jurídicas somente poderão estar aqui presentes
se o crime com elas for compatível, como é o caso de furto e difamação, mas
veremos esses tópicos mais detalhadamente à frente.
JURISPRUDÊNCIA ATUAL
INFORMATIVO 566 STJ: É possível a responsabilização penal da pessoa jurídica por delitos
ambientais independentemente da responsabilização concomitante da pessoa física que agia em
seu nome. A jurisprudência não mais adota a chamada teoria da "dupla imputação".
2. (ALFACON) Podemos afirmar que a pessoa jurídica pode ser sujeito de ação nas esferas
administrativa, civil e penal. Isso se dá quando a conduta lesiva afeta o meio ambiente e
seja cometida pelo seu representante legal. Dessa forma, afirma o STJ que somente pode
ser punida a pessoa jurídica se ocorrer a chamada dupla imputação, ou seja, a pessoa
jurídica tem que ser punida juntamente com seu representante legal.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito: Errado
Comentário: O STJ decidiu se curvar à posição fixada pelo STF sobre o tema,
posição primeiramente adotada pela Quinta Turma da Corte e, depois, assumida
também pela Sexta Turma, a definir uma uniformização e consolidação no
tratamento do tema pelo STJ. A mudança jurisprudencial foi noticiada no
Informativo 566 e no canal comunicativo do site do STJ em 12/04/2016: Para o
STJ, a dupla imputação em crimes ambientais não é obrigatória. Empresas,
associações e organizações que cometerem crimes ambientais podem ser rés em
processo penal, sem a necessidade de dupla imputação (empresa e diretor),
segundo entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A interpretação dos
ministros do STJ decorre do artigo 225, §3º, da Constituição Federal, que não
condiciona a responsabilização penal da pessoa jurídica à simultânea persecução
penal da pessoa física em tese responsável no âmbito da empresa. Na prática, uma
organização empresarial pode ser ré em processo penal sem que figure como
corréu um dos dirigentes ou controladores da referida empresa. Assim, atualmente,
tem-se que há uma uniformidade na jurisprudência quanto à desnecessidade de
aplicação da teoria da dupla imputação para fins de responsabilização penal da
pessoa jurídica por crimes ambientais.

EXERCÍCIOS
1. É legítima a criação de tipos penais por meio de decreto.
Certo ( ) Errado ( )

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2. O princípio da reserva legal aplica-se, de forma absoluta, às normas penais


incriminadoras, excluindo-se de sua incidência as normas penais não incriminadoras.
Certo ( ) Errado ( )
3. O princípio da legalidade não permite a edição de lei incriminadora por meio de
medida provisória.
Certo ( ) Errado ( )
4. Quando um fato cometido antes da vigência da lei que o define como delito não puder
ser alcançado pela norma penal, trata-se do princípio da legalidade.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO
1. ERRADO
2. CERTO
3. CERTO
4. ERRADO

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