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1. O que é desconstitucionalização?
1. O que se entende pela prática do gun jumping no direito da concorrência? Quais práticas
podem caracterizar o gun jumping?
Entende-se por gun jumping a consumação de atos de concentração econômica antes da decisão
final da autoridade antitruste. Tal instituto possui previsão no art. 88 parágrafo primeiro da Lei
12.529 de 2011 que determina exatamente o controle prévio dos atos de concentração. Ademais,
o art. 88, §3º desta Lei obriga as partes a absterem-se de concluir o ato de concentração antes de
finalizada a análise prévia do CADE, sob pena de possível declaração de nulidade da operação,
imposição de multa pecuniária em valores que variam entre R$ 60.000,00 e R$ 60.000.000,00 – a
depender da condição econômica dos envolvidos, dolo, má-fé e do potencial anticompetitivo da
operação, entre outros – e a possibilidade de abertura de processo administrativo contra as
partes envolvidas.
Assim, devem ser preservadas até a decisão final da operação as condições de concorrência
entre as empresas envolvidas (artigo 88, §4º da LDC).
Nessa toada, podem caracterizar o gun jumping a troca de informações concorrencialmente
sensíveis; a definição de cláusulas contratuais que impliquem uma integração prematura; e a
condução de certas atividades que caracterizem a efetiva consumação de ao menos parte da
operação.
No que se refere à troca de informações entre os agentes econômicos envolvidos em um
determinado ato de concentração, busca-se evitar que informações concorrencialmente
sensíveis sejam desnecessariamente transmitidas entre as partes, de forma a prejudicar a
concorrência entre elas caso o ato de concentração não seja consumado (seja por falta de
aprovação do CADE, seja por questões inerentes à própria negociação).
Por sua vez, as preocupações relacionadas com a definição de cláusulas contratuais que regem a
relação entre agentes econômicos têm seu foco no teor das regras que regerão a relação entre
os agentes econômicos antes de terminada eventual análise antitruste pelo CADE.
Por fim, em relação às atividades das partes antes e durante a implementação do ato de
concentração, essas versam principalmente sobre a consumação efetiva de ao menos parte da
operação antes da sua devida aprovação pela autoridade antitruste.
_____________ é a forma de abuso do poder econômico pela qual uma grande empresa domina o
mercado e afasta seus concorrentes, ou os obriga a seguir a estratégia econômica que adota.
O domínio abusivo dos mercados no setor econômico se apresenta sob múltiplas espécies,
dentre as quais se destacam os trustes, os cartéis e o dumping. Truste é a forma de abuso do
poder econômico pela qual uma grande empresa domina o mercado e afasta seus concorrentes,
ou os obriga a seguir a estratégia econômica que adota. É uma forma impositiva do grande sobre
o pequeno empresário. Cartel é a conjugação de interesses entre grandes empresas com o
mesmo objetivo, ou seja, o de eliminar a concorrência e aumentar arbitrariamente seus lucros. O
dumping normalmente encerra abuso de caráter internacional. Uma empresa recebe subsídio
oficial de seu país de modo a baratear excessivamente o custo do produto, eliminando, desta
forma, a concorrência, que não tem condições de competir com essas condições
Tal sistema fundamenta-se na garantia das liberdades de primeira dimensão. O seu ponto fraco
reside na possibilidade de crises, porque está fundamentada no caos, está submetida a ciclos de
crescimento e de retração. Principal ponto crítico é o abandono das classes sociais menos
favorecidas que, inclusive, podem ter a sua existência comprometida.
Por economia de mando, o titular do poder político (o governo) é o agente econômico principal
da economia, ou até mesmo o único agente econômico. Há uma característica sempre presente,
que consiste no PLANEJAMENTO ou no PLANO ou na PLANIFICAÇÃO. O planejamento que é
próprio da economia de mando é o planejamento 100% compulsório, impositivo, sancionado
juridicamente pelo descumprimento (há consequências sérias para quem não se ativer ao seu
cumprimento), mas isso não ocorre no Brasil. Sua justificativa política está relacionada à sua
RACIONALIDADE, porque não deixa os acontecimentos ao acaso. O seu ponto fraco está no
comprometimento das liberdades clássicas (direitos de primeira dimensão), que ficam muito
sacrificadas pela imposição de uma economia de mando. EXEMPLO HISTÓRICO: a economia da
antiga União Soviética. O Estado centraliza o papel de agente econômico.
Ressalvados os casos previstos em lei, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só
será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante
interesse coletivo. ERRADO.
A assertiva trata do art. 173 da CF. Contudo, a ressalva prevista no referido dispositivo deve estar
prevista na própria Constituição e não na lei como afirma a questão em exame.
A intervenção do Estado no domínio econômico caracteriza-se como um fato jurídico enquanto
traduz a decisão do Poder Econômico por atuar no campo que determina; fato político quando
institucionalizada e regulamentada pelo Direito; e fato de política econômica, juridicamente
considerado, quando disciplinado pelo direito econômico - ERRADO.
A assertiva inverte os fatos jurídico e político, razão pela qual encontra-se errada. Quem faz essas
observações é Diógenes Gasparini (Direito administrativo. São Paulo. 4. ed. Saraiva. 1995. p.
430.).
ORIENTAÇÃO DE RESPOSTA:
A reserva de consistência, segundo Nagibe de Melo Jorge, significa que a intervenção da
jurisdição constitucional depende da reunião de argumentos e elementos suficientes para
demonstrar o acerto do resultado que se pretende alcançar. Assim sendo, para que seja possível
a intervenção jurisdicional sobre dada política pública, exige-se, p. ex., que o juiz apresente
argumentos substanciais de que determinada política pública é incompatível com a Constituição.
A reserva de consistência é assim mais um elemento de controle da intervenção do Judiciário
sobre as políticas públicas.
2. Discorra sobre os órgãos que podem e não podem requerer informações bancárias
diretamente das instituições financeiras.