Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
NITERÓI
2019
2
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________________
Prof. WAINER DA SILVEIRA E SILVA, Ph.D. – Orientador
Universidade Federal Fluminense – RJ
_______________________________________________________
Prof. CARLOS ALBERTO PEREIRA SOARES, D.Sc. – Co - orientador
Universidade Federal Fluminense – RJ
_______________________________________________________
Prof. ORLANDO CELSO LONGO, D.Sc.
Universidade Federal Fluminense – RJ
_______________________________________________________
Prof.a CHRISTINE KOWAL CHINELLI, D.Sc.
Universidade Federal Fluminense – RJ
_______________________________________________________
Prof. JOSÉ ABRANTES, D.Sc.
Universidade Estadual do Rio de Janeiro – RJ
_______________________________________________________
Prof. ANDRÉ BITTENCOURT DO VALLE, D.Sc.
Fundação Getúlio Vargas – RJ
NITERÓI
2019
4
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA.........................................................................................................................6
AGRADECIMENTOS................................................................................................................7
RESUMO..................................................................................................................................8
ABSTRACT..............................................................................................................................9
LISTA DE QUADROS............................................................................................................10
LISTA DE FIGURAS...............................................................................................................11
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................................12
1.1 Caracterização do problema.............................................................................................13
1.2 Objetivos...........................................................................................................................18
1.2.1 Objetivo geral.................................................................................................................18
1.2.2 Objetivos específicos.....................................................................................................18
1.3 Estrutura da Tese...............................................................................................................9
2. METODOLOGIA.................................................................................................................21
2.1 Classificação da Pesquisa................................................................................................21
2.2 Revisão Bibliográfica.........................................................................................................22
2.3 Instrumento de coleta de dados........................................................................................23
2.4 Coleta de dados................................................................................................................24
2.5 Confiabilidade dos dados..................................................................................................24
2.6 Análise dos dados.............................................................................................................24
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 Resultados da Revisão Bibliográfica...............................................................................100
5.2 Instrumento de coleta de dados......................................................................................108
5.3 Coleta de dados..............................................................................................................110
5.4 Confiabilidade dos dados................................................................................................110
5.5 Análise estatística...........................................................................................................110
5.6 Discussão dos resultados...............................................................................................114
5.7 Implicações dos resultados.............................................................................................118
CONCLUSÕES.....................................................................................................................123
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................124
6
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
Agradeço à minha comunidade de fé por investir em mim a fim de que eu possa me tornar
aquilo que serei amanhã,
Agradeço finalmente ao Criador e Sustentador, pois é por causa de sua eterna beleza que
nós criaturas podemos vislumbrar o que significa “sempre”, aquilo que para nós significa
anseio e para Ele significa agora.
8
RESUMO
Nas últimas décadas surgiram numerosos estudos de investigação entre a correlação entre
as competências do gerente de projetos e o sucesso dos projetos. Como um resultado as
listas de competências se tornaram extensas “listas de compras”. Este estudo tem como
objetivo definir quais competências são mais importantes para o sucesso do projeto e
investigar as correlações entre competências. Para alcançar esse objetivo foi desenvolvido
um instrumento de coleta de dados contendo 28 competências resultantes de pesquisa
bibliográfica. A importância dessas competências para o sucesso do projeto foi avaliada por
257 gerentes de projeto e os dados foram analisados utilizando-se análise univariada e
multivariada. A análise univariada mostrou que comunicação, comprometimento e liderança
são as três competências mais importantes para o sucesso do projeto. A análise
multivariada identificou sete grupos de competências: Liderança, Auto-Gestão,
Interpessoais, Comunicação, Técnicas, Produtividade e Gerenciais. O presente estudo
confirma a tendência crescente das competências “soft” e reforça a necessidade de uma
atualização na educação dos gerentes de projeto a fim de preencher a lacuna entre a teoria
e a prática. Tendo em vista que as listas de competências do gerente de projetos se
tornaram muito extensas e que o campo em questão está passando por constantes
mudanças, o presente estudo atualiza a discussão a respeito das competências do gerente
de projetos e enfoca em um número menor de competências essenciais para o sucesso do
projeto.
ABSTRACT
The past few decades have produced a number of investigations into the correlation between
project managers’ competencies and project success. As a result, competencies lists have
become extensive ‘shopping lists.’ This paper aims to define the most important
competencies to project success and investigate their correlations. We surveyed project
managers on the importance of 28 project manager competencies to project success. Data
were analyzed using univariate and multivariate procedures. Data shows that
communication, commitment, and leadership appear as the three most relevant aspects.
Multivariate analysis identified seven groups of competencies: Leadership, Self-
Management, Interpersonal, Communication, Technical, Productivity and Managerial. Our
results confirm a growing trend towards soft skills and reinforce the need for an update on
project management education to fill the gap between theory and practice. Project manager
competencies lists have become too extensive, and the field is in constant change; therefore,
this study updates the discussion and downsizes the number of competencies to fewer, more
relevant items.
Lista de Quadros
Lista de Figuras
1. INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas o mundo tem passado por intensas transformações e que tem
impactado toda a aldeia global, incluindo as organizações e o cenário em que operam.
Diante do atual contexto globalizado, digitalizado e transcultural, mais e mais corporações
são confrontadas com o desafio da hipercompetição. Esse mercado global hipercompetitivo
e em rápida transformação torna o gerenciamento de projetos crucial para a vantagem
competitiva e o sucesso das organizações.
Zhang, Zuo, e Zillante (2013, p.748) afirmam: “competent project managers [...] with a
range of core competencies have been critical to the success of projects”. O objetivo deste
estudo é investigar quais são essas competências essenciais do gerente de projetos para o
sucesso do projeto e quais suas implicações tanto para os gerentes de projeto quanto para o
gerenciamento de projetos como um todo.
grandes vertentes: como avaliar se um sucesso foi bem ou mau sucedido – os critérios de
sucesso em projetos (LIM; MOHAMED, 1999; WESTERVELD, 2003; CSERHÁTI; SZABÓ,
2014) e quais os fatores do projeto são mais relevantes para o seu sucesso – fatores críticos
de sucesso (CLELAND; KING, 1983; PINTO; SLEVIN, 1987; PINTO; COVIN, 1989;
COOKE-DAVIES, 2002; IKA, 2009; MCLEOD; DOOLIN, 2012; SERRADO; TURNER, 2015).
Turner e Müller afirmam: “the 1980s was a period of intense research into project
success factors, with many authors producing lists of project success factors. Seldom does
the project manager, his or her leadership style or competence appear overtly in these lists
as a critical success factor on projects” (TURNER; MÜLLER, 2005, p.56).
Além disso sobre liderança, Dulewicz e Higgs (2005, p.106) afirmam que “effective
leaders are differentiated from other leaders through the exercise of a relatively small range
of skill or competency areas”. O mesmo ponto é ressaltado por Dainty, Cheng e Moore
(2005), que utilizam o conceito de “competência essencial” (core competency) para se referir
as competências do gerente de projetos que são cruciais para o sucesso do projeto. Logo, a
18
expansão das listas de competências abre espaço para uma investigação sobre quais
seriam as competências essenciais do gerente de projetos considerando as competências
mais tradicionais do universo de competências representado na literatura.
1.2 Objetivos
Esta tese está estruturada em seis capítulos. O primeiro capítulo introduz o tema e
caracteriza o problema, declara os objetivos da pesquisa e a metodologia utilizada na
investigação da problemática apontada.
O quarto capítulo une as discussões dos capítulos dois e três, abrangendo o tema
das competências no campo do gerenciamento de projetos. São apresentadas as definições
de “competência” nos estudos relacionados ao gerenciamento de projetos, a distinção entre
competências “soft” e “hard”, sistemas de classificação das competências e as listas de
competências encontradas na revisão bibliográfica. Neste capítulo também são abordadas
as questões que motivaram a pesquisa, ambos relacionados ao aumento das listas de
competências nas últimas décadas: o crescimento das listas de competências acabou
gerando uma expectativa irreal de que os gerentes de projeto desenvolvam um leque
enorme de competências; o crescimento das listas de competências acabou obscurecendo
quais competências são as mais relevantes para o sucesso do projeto.
2. METODOLOGIA
Cada item da metodologia será abordado em seguir, com o objetivo de situar o leitor
no desenvolvimento da pesquisa e abordar os passos metodológicos de cada processo da
mesma.
Watson (2002) e o método “Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta
Analyzes” (PRISMA).
Dessa forma, semântica e hermenêutica (HOLSTI, 1969) foram usadas para explicar
o significado de cada competência em seu contexto (NACHMIAS; NACHMIAS, 1976).
A remoção de itens sem causar prejuízo ao construto por sua vez tornaria possível o
design de um instrumento de coleta de dados mais sintético que pudesse melhorar a
concentração dos respondentes e a qualidade de suas respostas (Straub, 1989).
Contudo, ainda que o resultado esteja entre zero e um é importante qualificar o nível
de concordância mínimo para os itens. Lawshe propôs, portanto, o CVR Crítico, o número
mínimo de avaliadores que consideram o item válido para que o item pudesse ser
considerado de fato válido (AYRE; SCALLY, 104, p.79).
24
Alexandre et al (2003, p.3) ressaltam que “na escala de Likert as respostas para cada
item variam segundo o grau de intensidade. Essa escala com categorias ordenadas,
igualmente espaçadas e com mesmo número de categorias em todos os itens, é largamente
utilizada em pesquisas organizacionais”.
A escala Likert clássica de cinco pontos e a escala do tipo Likert de sete ponto são as
mais utilizadas para surveys. Ainda sim é importante ressaltar que pesquisas recentes
demonstram que as escalas de cinco e sete pontos resultam, em média, em esultados muito
semelhantes, embora a escala de cinco pontos seja “mais fácil e mais rápida que a escala
de sete pontos” (DALMORO; VIEIRA, 2014, p.161)
Após a coleta de dados, iniciou-se a etapa final de análise dos dados que envolveu
os seguintes procedimentos estatísticos: a estimação de confiabilidade, testes paramétricos
de análise univariada, teste de fatorabilidade e análise mulvariada.
O fato de que métodos estatísticos paramétricos são considerados mais robustos que
não paramétricos permeia boa parte da literatura (Bishop & Herron, 2015; Knapp, 1990,
p.122; Montgomery & Runger, 2009,p.381).
Na maior parte da literatura o projeto tem quatro fases de vida: definir, planejar,
executar e encerrar (CLELAND; KING, 1983, p.191; FRAME, 2003, p.9; HEERKENS, 2002,
p.12; LIMMER, 1996, p.11; LUECKE, 2010, p. 21; MEREDITH; MANTEL, 2009, p.15; PMI,
2000, p.10; PMI, 2013, p.41; RICHMAN, 2002, p.32).
Chan, Scott e Lam afirmam: “traditionally, success is defined as the degree to which
project goals and expectations are met” (CHAN; SCOTT; LAM, 2002, p.121).
Since everyone (the developer, contractor, users, the general public, and so on) will
have different expectations on a project, their criteria of project success, will differ also. What
are these criteria of project success according to the different perspectives? How do we
generalise them according to some practical classification? (LIM; MOHAMED, 1999, p.243).
O conceito de “critérios de sucesso do projeto” pode ser definido como: “the criteria of
project success is the set of principles or standards by which project success is or can be
judged. These are the conditions on which judgement can be made” (LIM; MOHAMED, 1999,
p.243).
management system that lead directly or indirectly to the success of the project or business)”
(COOKE-DAVIES, 2002, p.187).
Once the project is complete, short-term memories fade and the focus
shifts from completion criteria, “are we done?” to the satisfaction criterion,
“are we happy?” […] Users are generally more demanding with
satisfaction criteria than completion criteria […] Customer satisfaction is
increasingly important because of the competitive marketplace and
attention to service and satisfaction (JUGDEV; MÜLLER, 2005, p.24).
33
Neste novo contexto que passava a incluir as mais diversas partes interessadas se
tornou necessário ir além dos critérios do “Iron Triangle” para um processo no qual suas
necessidades, expectativas e critérios fossem inclusos:
Uma concepção mais fluída e contextual dos critérios de sucesso começou a surgir,
em decorrência da seguinte percepção: “success also varies with time over the course of the
project and product life cycles” (JUGDEV; MÜLLER, 2005, p.24).
Esta abordagem ficou conhecida como “Contingencial” e foi defendida por diversos
autores, em especial pelos pesquisadores israelenses Shenhar, Dvir e pesquisadores
associados (SHENHAR, 1998; SHENHAR, 2001; SHENHAR; DVIR, 1996; SHENHAR;
DVIR; LEVY,1997; SHENHAR; DVIR; LEVY; MATLZ, 2001).
A abordagem contigencial colaborou para tornar mais rica a percepção dos critérios
de sucesso em projetos. No entanto, um efeito colateral indesejado foi descontruir a
percepção de um conceito universal de sucesso em projetos, pois a perspectiva
contingencial deixou claro de que não há consenso na academia ou entre praticantes a
respeito de um sentido de sucesso em projetos que seja amplamente aceito: “project
success means different to different stakeholders. A project that may seem successful to the
client may be a completely unsuccessful venture for contractors or end users” (TOOR,
OGUNLANA, 2009, p.228).
Chan, Scott e Lam (2002) lembram que devido ao caráter multidisciplinar da indústria
da construção civil é praticamente impossível chegar a um consenso rigoroso entre as
partes interessadas – engenheiros civis, arquitetos, construtores, usuários – a respeito de
como avaliar um projeto como um sucesso ou um fracasso.
35
• Qualidade
• Tempo
Pré-Construção • Performance técnica
• Custo
• Satisfação dos participantes chave do projeto
• Qualidade
• Tempo
• Performance técnica
• Custo
Construção • Produtividade
• Saúde
• Satisfação dos participantes chave do projeto
• Segurança
• Gerenciamento de conflitos
36
estratégica para as organizações, pois “a clear connection is made between how efficiently
and effectively a project is done and how the project’s products and services provide
business value” (JUGDEV; MÜLLER, 2005, p.19).
Project managers must answer the question ‘How is your project doing?”
To do that, they are constantly trying to define and manage project
success in both subjective and objective ways. A basic understanding of
the concepts and issues related to success is therefore essential for
project managers (JUGDEV; MÛLLER, 2005, p.19)
38
Rockart desenvolveu então a seguinte tese: “in most industries there are usually three
to six factors that determine success; these key jobs must be done exceendingly well for a
company to successful” (ROCKART, 1979, p.85). O próprio Rockart empregou então a
terminologia “Fatores Críticos de Successo” e os define da seguinte maneira:
Critical succes factores thus are, for any business, the limited number of
areas in wich results, if they are satisfactory, will ensure succesfull
competitive performance to the organization. They are the few areas
where “things must go right” for the business to flourish (ROCKART,
1979, p.85).
Success, then, evolved from the project being merely technically correct
in the views of the providing organization to how the project interfaced
with the client organization and flowed from internal and external factors
(JUGDEV; MÜLLER, 2005, p.27).
O quarto período seriam os anos desde a virada do século até os dias presentes, nos
quais houve um alargamento ainda maior da perspectiva a respeito dos fatores críticos de
sucesso em projetos, em uma abordagem sistêmica e holística. Comentando os avanços
das últimas descobertas, Jugdev e Müller (2005, p.28). afirmam:
Pinto and Covin (1989) Mission, Top management support, Project schedule, Client
consultation, Personnel, Technical tasks, Client acceptance,
42
1 Turner utiliza divisões para alocar seus fatores críticos ao longo das fases do ciclo de vida do projeto: Estabelecimento do
projeto, Planejamento do Projeto, Organização e Implementação do Projeto e Controle do Projeto (2009, p.54).
2 A autora na verdade elabora esses fatores críticos como macro conceitos ou categorias dentro dos quais aloca uma série de
itens para cada um a partir de uma revisão dos fatores críticos listados por diversos autores. Para os fins do trabalho, utilizou-
se apenas os macro fatores.
3 Macroestruturas: Project Management Processes, Project Resources, Project Team, Organisational Culture e Communication
and Co-operation.
44
The results of the present study reveal that adequacy of plans and
specifications and project manager competency are two of the success-
related factors included among the top 10 CSFs with respect to schedule,
quality, budget, and overall performance for architectural, C&S
engineering, and M&E engineering works of construction projects (KOG,
LOH, 2012, p.527).
After 2000, the omission of the project manager, their leadership and
even their team at the largest of CSF lists became crystal clear, which
started to concern project management researchers and practitioners.
Project Management Institute commissioned researchers Turner and
Müller to investigate the project manager leadership impact on project
success (ALVARENGA et al, 2018, p.03).
Turner e Müller destacam que nas últimas décadas o gerente de projetos e suas
competências e liderança haviam sido omitidos como um fator de sucesso para o projeto:
Turner e Müller (2005, p.49) destacam que este cenário de omissão do gerente de
projetos contraria os pressupostos básicos da administração moderna, pois “[modern
administration] considers effective leadership a success factor in organizations, and has
shown that an appropriate leadership style can lead to better performance”.
Como já afirmando na definição do problema deste estudo, o que torna essa omissão
do gerente de projetos extremamente relevante é o fato de que durante as últimas décadas
muitos pesquisadores partiram do pressuposto de que o gerente de projetos é relevante
para o sucesso do projeto.
3.1 Liderança
Um dos motivos dessa obsessão sobre liderança seria a própria crise de liderança
em nível global apontada por alguns teóricos e analistas. Para alguns, no presente momento
a comunidade global vive uma série de crises de liderança. Estas crises “associadas aos
inúmeros escândalos vivenciados nas esferas corporativa e pública têm fomentado uma
maior discussão e preocupação quanto ao papel dos líderes, buscando uma maior reflexão
sobre questões ligadas aos modelos de gestão, governança e liderança” (SOBRAL; GIMBA,
2012, p.100).
Mintzberg afirma que a distinção artificial entre gestão e liderança criou o campo ideal
para o “endeusamento” da liderança e a proliferação de um senso comum no qual a
liderança se torna solução para todos os problemas organizacionais, sociais e políticos, se
tornando uma “liderança no pedestal” (MINTZBERG, 2009, p.22).
Mesmo quando Collins havia tentado pensar uma alternativa a velha crença de que
os líderes são os motores das organizações, os dados demonstraram o contrário, afirmando
novamente que a liderança tem um impacto considerável sobre as organizações.
50
Não é o objetivo do presente estudo investigar esta questão, mas vale a pena citar o
notável Peter Drucker quando o mesmo indica uma possível resposta no clássico “Gestor
Eficaz”:
Esta obra [...] tem como propósito a gestão de si mesmo, com vistas a
eficácia. A ideia de que qualquer um pode, necessariamente, gerenciar
outra pessoa nunca foi comprovada. Entretanto, não há dúvida de que
sempre é possível gerenciar a si mesmo. De fato, os gestores que não
conseguem praticar a autogestão e preparar-se para a eficácia não
podem esperar que seus colaboradores sejam eficazes. Afinal, gestão é,
em grande parte, exercida por meio de exemplos, e os gestores que não
sabem se tornar eficazes nas suas próprias atividades tornam-se um
modelo errado (DRUCKER, 2015, p. V)
Drucker está fazendo referência a longo e extenso debate acadêmico que se refere a
falta de provas empíricas e quantitativas sobre o impacto real da gestão interpessoal. Esse
debate é longo e foge ao escopo deste estudo, mas em suma Drucker está afirmando que é
mais fácil e simples liderar a si mesmo do que liderar os outros. Drucker afirma que a
liderança intrapessoal – a liderança de si mesmo – precede a liderança interpessoal – liderar
os outros.
Logo, líderes que são eficazes na gestão de si mesmos também modelam a eficácia
nos liderados e, portanto, na organização. Por meio de seus exemplos e ações os líderes
modelam a cultura da organização, formatando a cultura pouco a pouco por meio de seus
valores e seu exemplo, afetando diretamente aspectos intangíveis como o moral e as
prioridades organizacionais implícitas. Não é de se espantar a percepção de que ao longo
do tempo o líder forte imprime um pouco de si mesmo no código genético da organização,
sobretudo pelo exemplo, e assim contribui para a performance da organização como um
todo.
Essa é a pergunta mais simples e óbvia que poderia ser feita sobre o tema da
liderança e no entanto a falta de uma definição coesa e amplamente aceita tem sido
51
O resultado é que “assim como o amor, a liderança continuou a ser algo que todos
sabiam que existia, mas ninguém podia definir” (BENNIS; NANUS, 1988, p.5). Assim, “a
liderança é um dos fenômenos mais observados e menos compreendidos da terra” (BURNS,
1978, p.4).
Para fazer frente a tal desafio, a presente pesquisa optou por fazer uma abordagem
histórica da liderança a fim de delinear seus principais aspectos considerando sua evolução
histórico-espacial, levando em conta as condições sócio-econômico-militares que
influenciaram o desenvolvimento da liderança.
Essa história da liderança leva em conta o fato de que embora a liderança como um
conjunto de conhecimentos e práticas cientificamente validadas tenha surgido na
modernidade – a ciência e a disciplina da liderança – a mesma já existe há muitos séculos
como fenômeno social, político, militar, religioso, psicológico, histórico e cultural.
Para fins pedagógicos é proposta uma série de divisões históricas estanques com o
objetivo de fornecer uma visão panorâmica da história da liderança.
Estudos antropológicos indicam que durante a maior parte da pré-história (... – 3.500
a.C.) não havia um conceito claro e definido de liderança nas sociedades de então. Estes
estudos afirmam que há uma grande probabilidade de que nestas sociedades pré-históricas,
que eram predominantemente nômades e coletoras, houvesse um arranjo social bastante
horizontal, o que conduzia a uma estrutura hierárquica plana e uma noção pulverizada de
53
poder/liderança. Nas palavras do próprio Knauft, “as sociedades eram descentralizadas [...]
ao invés de haver indivíduos que fossem os primeiros entre seus iguais” (KNAUFT, 1991,
p.395).
Teria sido em um período posterior, entre dez e doze mil anos atrás, no período
conhecido como período neolítico, que este cenário mudaria devido ao surgimento da
agricultura sedentária no qual povos antes nômades e coletores começaram a se fixar na
terra e estabelecer vínculos duradouros com a mesma. O vínculo com a terra e a
consequente disputa por ela gerou a necessidade de se estabelecer líderes tribais e culturas
baseadas em uma liderança mais centralizada (NYE, 2011, p.27).
Assim, há a hipótese de que a evolução teria dissipado a noção do macho alfa, que
teria retornado novamente no período de sedentarização (KNAUFT, 1991, p.396,397). Neste
período inicia o processo de elaboração racional, conceitual, simbólica e verbal do fenômeno
da liderança. A liderança recém nascida como conceito e força social se tornaria logo
protagonista do destino da história da civilização ocidental por meio de sua influência nos
campos militar, político e religioso.
Neste período a liderança é estabelecida pela lei do mais forte dentre os membros do
clã, no qual o líder impõe sua liderança por meio da vitória primeiro entre os seus pares para
se tornar aquele que será capaz de alcançar a vitória diante dos inimigos. A liderança neste
contexto é vista como um ato de força, de superioridade e de poder.
Neste período a imagem do líder era essencialmente ligada aos generais militares,
de tal maneira que os antigos gregos e romanos não possuíam uma termo abstrato em suas
línguas – grego e latim – para o conceito de “liderança”. O termo grego “agein” e o termo
54
latino “ducere” que teriam o sentido de “liderar” na verdade tinham o sentido literal de “ser
general dos soldados” (NYE, 2011, p.24).
Nessa visão antiga o líder consistia em um tipo heróico capaz de conduzir sua nação
em triunfo militar diante dos inimigos. Essa simbologia conectando a liderança ao herói é
visível nas obras clássicas do grande escritor grego Homero, “Ilíada” e “Odisséia”. Essas
obras imortais colocam em enfoque esta figura do líder como um herói de guerra, ícone de
invencibilidade que representa o orgulho de um povo. Aquiles e Odisseu são esses
heróis/líderes que alcançam a vitória por meio de incríveis habilidades (NYE, 2011, p.24).
É possível perceber que esta narrativa do líder/herói como aquele que é o grande
promotor da vitória de um grupo ou povo ainda está presente e viva em nossa cultura
ocidental. A imagem do herói sobre quem recai a responsabilidade de levar a nação à vitória
sobreviveu por muitos séculos no imaginário humano, dando origem a um tipo de liderança
heroica (MINTZBERG, 2009, p.50).
De certa maneira esta ênfase no líder como símbolo heroico e salvador ainda vive
nas organizações com estruturas de lideranças verticalizadas e uma hierarquia rígida de
poder (BERGAMINI, 1994, p.108).
Além de estar muito presente no campo militar, a liderança também exerceu papel
proeminente nas pólis gregas, especialmente na cidade estado de Atenas na qual surgiu no
início do período clássico uma liderança mais intelectualizada e ligada aos circuitos políticos
da pólis.
Sun Tzu (544 a.C. – 496 a.C.) foi um general chinês que registrou seu conhecimento
como estrategista em “A Arte da Guerra” (GRIFFITH, 1963), uma obra composta por 13
capítulos de estratégias militares. Embora não seja propriamente um texto de liderança aos
nossos olhos, para os contemporâneos de Tzu era um texto crucial para o líder, uma vez
que a liderança estava intrinsecamente ligada ao ofício do general e a guerra.
livros de I e II Reis enfatiza com relação aos Reinos do Norte e do Sul: quando um rei era
piedoso e justo o povo de Deus servia ao Senhor com piedade e justiça; quando o rei se
inclinava ao pecado e a idolatria o povo seguia o mesmo caminho. Este período comumente
é datado por volta de 1.000 a.C. (YOUNGBLOOD, 1992, p. 554).
Em Provérbios é possível ver essa relação: “Quando o país está um caos, todos têm
um plano de ação. Mas para resolver as coisas é necessário um líder de visão.” (Pv 28.2). E
ainda: “O líder que julga corretamente gera estabilidade; o líder aproveitador deixa um rastro
de devastação. (Pv 29.4).4
Jesus concentrou-se nos apóstolos para forjar neles a liderança da comunidade dos
discípulos, mas ao mesmo tempo reformulou de maneira assombrosa o conceito de
liderança dos apóstolos ao lavar seus pés (João 13). A abordagem da liderança a serviço de
Robert Greenleaf (WADDEL, 2006, p.1) e James Hunter (HUNTER, 2004) que são
consideradas inovadoras no mundo organizacional foi preconizada e vivenciada por Jesus
há dois mil anos.
No período da igreja primitiva, o narrador do livro de Atos nos conta no capítulo 6 que
a igreja estava tendo problemas com a justa distribuição de alimento entre pessoas que
provinham de diferentes panos de fundo culturais – cristãos de origem hebraica e cristãos de
origem helenista (LONGENECKER, 1981, p.327).
4 Ambas as citações são da versão “A Mensagem” (PETERSON, Eugene. A Mensagem: Bíblia em linguagem contemporânea.
São Paulo: 2011).
57
A Idade Média (476d.C. – 1453d.C.)5 recebeu esse nome pelos renascentistas que a
consideravam um período de trevas entre o período clássico da antiguidade – a beleza da
literatura, da filosofia, da arquitetura e dos valores e antropocêntricos de forma geral do
período – e o renascimento desta mesma cultura clássica no século XVI.
5 Embora haja outras propostas de periodização que considerem o fim da Idade Média como a primeira viagem de Cristóvão
Colombo às Américas em 1492 ou ainda a Reforma Protestante em 1517, o presente estudo considera o marco da queda do
Império Romano Oriental em Constantinopla na tomada pelos turcos, considerando que o ano de 476d.C. marca a queda do
Império Romano Ocidental.
58
A outra instituição que colaborou de forma definitiva par equilibrar o poder na Europa
e dar um senso de unidade foi o papado. Remontando sobre tradições que apontariam a
Pedro e sua morte em Roma sob a perseguição de Nero, o cristianismo ocidental foi
concedendo um lugar de destaque cada vez maior ao bispo de Roma entre os outros bispos,
até surgir a figura do Papa Leão I, “o Grande” (390d.C. – 461 d.C.). Eleito bispo de Roma em
440, Leão I teve um importante papel religioso no Concílio de Calcedônia (451) mas um
notável papel político ao ir ao encontro de Átila, o Huno, em 452, a fim de dissuadi-lo de
invadir Roma. Lendas circulam no entorno desse encontro, mas o fato é que Átila retirou-se
de invadir uma Roma completamente desprotegida quando já havia imposto uma
vergonhosa derrota e saque a boa parte da península itálica (GONZALEZ, 2011, p.263).
Certamente o mais notório sucessor de Leão I e que contribuiu para definir o status
do papado foi Gregório I (540d.C. – 604d.C.), “o Grande”, papa entre 590 e 604. Neste
59
período o papado estabeleceu seu prestígio e sua influência no contexto europeu e enraizou
o lugar da igreja no tecido social, político, financeiro e militar do continente.
O filósofo e historiador Michel Foucault (1926 – 1984) faz uma análise histórica do
papel do cristianismo dentro da sociedade ocidental, e afirma que o cristianismo trouxe para
o contexto europeu uma nova imagem de liderança por meio do sacerdócio sagrado: o
pastorado.
Dessa forma se constitui na Europa durante a Idade Média uma forte liderança
clerical que utilizaria mecanismos sutis de poder e influência baseados nas narrativas das
Escrituras judaico-cristãs. Essa liderança exerceu sua influência especialmente por meio
pregação/homilia e da confissão particular, duas instâncias pelas quais os líderes religiosos
influenciaram a vida de multidões através da simbologia religiosa que era tão ou mais
poderosa do que o exercício de poder que provinha de espadas e lanças (FOUCAULT,
2004, p.71).
60
Ao longo do período que vai da ascensão do papado por volta do séc. VI até o séc.
XII, quando a figura papal era uma autoridade inequívoca na Europa e com ele todo o clero.
A figura do Papa – o Bispo de Roma – invoca o termo latino para “Papai”, demonstrando a
tônica do poder e da liderança tanto política quanto religiosa exercida na Idade Média
(GONZALEZ, 2011, p.326).
Neste período a liderança é estabelecida por meio de uma amálgama entre alguns
aspectos dos períodos anteriores. O poder clerical invocava a noção de carisma e piedade,
mas ao mesmo tempo a igreja desenvolveu uma estrutura de poder hierárquico verticalizado
que remontava ao ambiente militar. Assim, a escalada na hierarquia abria novas
possibilidades para os clérigos.
O poder clerical estava calcado de certa forma em uma visão de mundo na qual o
clero era representante imediato do Deus transcendente. Assim, sua autoridade provinha de
um complexo arranjo de símbolos, crenças, rituais, dogmas e tradições. A liderança neste
contexto era vista como o exercício de um chamado divino e ao mesmo tempo como um
direito divino.
A obra de Maquiavel tem uma importância histórica singular, por ter aberto um
caminho para que as reflexões a respeito de liderança construídas por meio do discurso
racional e pragmático e não apenas por meio da perspectiva teológica ou religiosa.
Maquiavel abriria caminho para que a liderança fosse abordada no período iluminista
e na modernidade nascente por meio de novas perspectivas e novas disciplinas, como a
sociologia, a antropologia, a psicologia e a administração moderna.
Neste período a liderança é estabelecida como uma habilidade política que permitia
ao líder alcançar o bem para o seu povo. O líder deveria ser capaz de governar com justiça,
mas ao mesmo tempo demonstrar a habilidade necessária para encontrar os meios que
levassem aos melhores fins. O Renascimento leva a liderança de volta ao contexto do
período clássico, e ao fazer isso invoca novamente certo tom heroico: o líder é aquele que
conduz seu povo em vitória. Esse tom se torna presente e, de certa forma, dominante no
período moderno.
Este era um contexto bastante novo para a liderança. Depois de séculos transitando
pelos campos de batalha, pelos átrios das catedrais, pelas salas pomposas dos nobres,
agora a liderança pisava no mundo organizacional, no mundo dos negócios. Esse novo
contexto causaria um grande impacto, considenrando que “de longe a maioria dos
estudiosos sobre liderança estão em escolas de negócios e escrevem para executivos e
estudantes de administração” (ROST, 1991, p.2).
nasciam com determinados traços, característica que iam de traços físicos até aptidões
intelectuais e qualidades morais que faziam de uma pessoa um líder inato (TREWATHA;
NEWPORT, 1979, p.458). Esta teoria dominou as pesquisas sobre liderança do início do
séc. XIX até a década de 40 e seu principal impulsionador foi Thomas Carlyle (NYE, 2011,
p.35).
A teoria dos traços recebeu um duro golpe quando Ralph Stogdill publicou na década
de 40 um estudo apresentando sólidos dados estatísticos questionando fortemente a
correlação entre os traços do líder e uma liderança eficaz. No artigo seminal “Personal
Factors Associated with Leadership: A Survey of the Literature”, Stogdill afirma:
Este estudo e muitos outros que se seguiram impulsionaram uma mudança crucial
nas reflexões sobre a liderança: a mudança do foco sobre os traços do líder – o que o líder é
– para os comportamentos do líder – o que o líder faz. Havia chegado o tempo da Escola
Comportamental de liderança.
Nesta escola a liderança é vista a partir dos comportamentos que os líderes adotam,
tratando a liderança como um conjunto de comportamentos aprendidos. Ao contrário da
teoria dos traços, a abordagem comportamental afirma que as pessoas aprendem a liderar,
pois comportamentos podem ser aprendidos (TURNER; MÜLLER, 2005, p.50).
olhar mais abrangente e complexo sobre o fenômeno. Havia chegado o tempo de uma
abordagem que colocasse o líder em um universo mais complexo e multifacetado no qual
estivessem presentes os liderados, o contexto histórico e social e outras variáveis. Essa
nova abordagem deveria pensar no contexto da liderança como um todo, e por isso ficou
conhecida Escola Situacional ou Contingencial de Liderança (GONÇALVES; MOTA, 2011,
p.405).
A Figura 4 ilustra a análise da situação, onde o líder avalia o quanto seu estilo de
liderança deve ser de apoio ou diretivo dependendo do nível de maturidade do liderado.
66
A Escola Situacional deu uma grande contribuição para uma maior e melhor
compreensão da liderança, abrindo um campo promissor para o desenvolvimento de
pesquisas posteriores. Segundo Robbins e Coulter:
Desta forma a abordagem carismática explica o fenômeno da liderança por meio das
características magnéticas que farão com que os liderados sigam o líder. As capacidades
consideradas como carisma para liderar frequentemente encontradas na literatura são visão,
autoconfiança, comunicação, forte convicção, proatividade, capacidade de gerar mudanças,
habilidades interpessoais, sensibilidade ao ambiente, entre outras (CAMPOS, 2008, p.39).
A escola visionária percebeu que a liderança não estava atingindo seu pleno
potencial devido a maneira como estava presa ao status quo, mais enfocada em manter
processos do que inovar, mais focada em fazer as coisas do jeito certo do que
necessariamente questionar quais as coisas certas a serem feitas como dizia Drucker (2015,
p.19).
No seminal artigo “Managers and Leaders: are they different?”, Zaleznik (1977, p.76)
afirma que os líderes visionários têm uma visão diferente do futuro devido ao seu perfil
proativo e criativo, em contraste com o perfil reativo dos gerentes. Dessa forma, o líder
69
visionário é proativo e está a frente dos fatos e não apenas reage aos eventos, moldando
assim o futuro por um viés do que pode vir a ser.
Com sua visão de futuro e seu poder de mobilizar a organização por meio dessa
visão, o líder visionário contribui para fomentar uma cultura que estimula o foco na
criatividade, na imaginação, na inovação e no desafio de recriar a realidade a partir de novas
ideias. Enquanto o gerente é aquele que sempre repete as coisas como são, o líder
visionário se pergunta como as coisas poderiam ser (ZALESNIK, 1990, p.15).
A Escola Visionária deu um grande impulso em aspectos até então pouco valorizados
na liderança, como inovação, criatividade, quebra de paradigmas, empreendedorismo e
gestão da mudança. Contudo, esta escola criou uma falsa distinção entre as figuras do líder
e do gerente, o que levou a um antagonismo entre gerenciar e liderar: o gerente é o
burocrata mecânico e repetitivo, e o líder é o visionário inovador e empreendedor. Dessa
forma, criou-se uma divisão entre gestão e liderança que na prática causou muitos prejuízos
que precisaram ser reparados mais tarde por uma escola que conciliasse a gestão e a
liderança.
A Escola Transformacional segue esse padrão, com uma forte crítica a maneira como
as organizações e os líderes vinham motivando suas equipes e liderados. Os autores dessa
escola utilizam a expressão “Transacional” para se referir ao sistema de motivação baseado
em recompensas e punições que não passariam de uma transação, uma barganha, entre o
líder e o liderado: em troca de sua obediência e desempenho o liderado recebe benefícios
que foram prometidos pelo líder e evita punições para o mau desempenho, tendo como base
um sistema de recompensas e punições expresso de maneira formal no sistema de gestão
de desempenho da organização (BERGAMINI, 1994, p.109; JACKSON; PARRY, 2010,
p.36).
Dessa forma, o líder transacional utiliza seu poder ligado ao cargo – aquilo que
Joseph Nye chama de poder “duro” (2011, p.41) – para estabelecer recompensas e
70
punições aos seus liderados com base em seu desempenho que nada mais são do que
meras transações, meras trocas que não chegam a causar uma verdadeira transformação
no ambiente organizacional (BERGAMINI, 1994, p.110).
O pioneiro dessa escola foi James MacGregor Burns, que em “Leadership” (1978)
identificou no campo da política dois tipos de liderança: a liderança transacional que “ocorre
quando uma pessoa toma a iniciativa de fazer contato com outros com a finalidade de uma
troca de algo de valor” (KUHNERT; LEWIS, 1987, p.648), e a liderança transformacional,
que “envolve mudanças nas crenças, necessidades e valores dos seguidores” (KUHNERT;
LEWIS, 1987, p.648).
Assim, Burns (1978, p.4) definiu a liderança transformacional como uma experiência
que vai muito além do aspecto transacional, pois “o resultado da liderança transformacional
é uma relação de estímulo e elevação mútuos que converte seguidores em líderes e pode
converter líderes em agentes morais”.
Foi o pesquisador Bernard Morris Bass que aplicou as ideias de Burns ao campo das
organizações em 1985 no seu clássico “Leadership and performance beyond expectations”,
afirmando que o líder transformacional cria um ambiente de colaboração com os liderados,
utilizando uma perspectiva muito mais horizontal de liderança do que a liderança
transacional. Nesse ambiente colaborativo, o líder transformacional envolve os liderados na
articulação de uma visão comum, incentivando a criatividade e a participação, aumentando o
engajamento e o senso de pertencimento.
Outra linha da “Nova Liderança” foi a Escola de Liderança Autêntica. Essa escola se
desenvolveu em parte como uma reação as sucessivas crises éticas de líderes em nível
global. Há algumas décadas teóricos e analistas escrevem e debatem se a liderança está
passando por uma crise global, pois temos visto sucessivas gerações de líderes políticos,
militares e religiosos se envolvendo em escândalos, quebrando seus votos e destruindo
seus legados (SOBRAL; GIMBA, 2012, p.98).
O que estaria por trás dessa crise na liderança? Mintzberg afirma que a distinção
artificial entre gestão e liderança criou o campo ideal para o “endeusamento” da liderança e
72
Assim, a Liderança Autêntica possui uma crítica com relação as escolas visionária,
carismática e transformacional. A crítica da liderança autêntica é que os líderes que abraçam
estas escolas apelam para as emoções dos seus seguidores por meio de uma retórica
envolvente que se torna facilmente um discurso de manipulação emocional que tem grande
poder sobre as pessoas. Neste estado no qual o líder é “idolatrado” por seus seguidores e
obedecido sem questionamentos, acaba ocorrendo uma enorme concentração de poder nas
mãos do líder que por sua vez acaba conduzindo-o a se sentir acima da lei e da ética. Neste
exato momento, o líder está propenso a tomar atitudes que vão conduzi-lo à queda e à ruína
de sua liderança e seu legado (SOBRAL; GIMBA, 2012, p.98)
Avolio e Gardner (2005, p.317), dois dos grandes impulsionadores desta escola,
afirmam que:
[Authentic leaders] are deeply aware of how they think and behave and
are perceived by others as being aware of their own and others’
values/moral perspectives, knowledge, and strengths; aware of the
context in which they operate; and who are confident, hopeful, optimistic,
resilient, and of high moral character (AVOLIO, LUTHANS;
WALUMBWA, 2004, p. 4).
Outra escola que surge como uma reação a crise ética dos líderes – em especial no
aspecto da concentração e mau uso do poder – foi a escola da liderança servidora. Esta
escola se tornou muito popular nos últimos anos devido ao best-seller “O Monge e o
Executivo”, de James Hunter (2004).
Contudo, embora Hunter tenha contribuído para popularizar esta escola, quem de
fato desenvolveu a noção contra intuitiva de uma liderança que é essencialmente serva foi
Robert Greenleaf em seu artigo “The servant as leader”, em 1970 (WADDEL, 2006, p.1).
Esta escola defende o moto “servo primeiro, líder depois”, e afirma que a única
motivação correta para se buscar e exercer a liderança é o desejo de servir. A sede de
poder, de domínio e de status levarão o líder para longe de seus compromissos morais, mas
o desejo de servir é a motivação correta para uma liderança eficaz. Nas palavras de
Simeão, personagem ficcional de Hunter, “o papel da liderança é servir, isto é, identificar e
satisfazer as necessidades legítimas” dos liderados (HUNTER, 2004, p.67).
A divisão e oposição entre gestão e liderança preconizada pela maioria das escolas
da chamada “Liderança Nova” causou um rebaixamento da gestão nas últimas décadas
(MINTZBERG, 2010, p.22). Foi essa degradação da gestão que sinalizou para estudiosos da
liderança que essa dicotomia precisa terminar para que possamos pensar não em termos de
“gerenciar ou liderar” mas em termos de “gerenciar e liderar” ou até mesmo em termos de
“gerenciar é liderar”, pensando na liderança como sendo uma das principais tarefas da
gestão (JACKSON; PARRY, 2010, p.36).
Henry Mintzberg e Joseph Nye Jr. são exemplos de pensadores que estreitam tanto
gerenciar e liderar a ponto de serem uma só coisa, pois líderes que tem visão precisam de
capacidades gerenciais para realizá-la e no caso específico de Mintzberg, a liderança é vista
como parte da gestão, que seria o todo do trabalho do gestor/líder dentro do universo da
organização.
Mintzberg (2010, p.22) afirma que “a liderança não pode delegar a gestão; em vez de
diferenciar gerentes de líderes, deveríamos enxergar gerentes como líderes e a liderança
como a gestão praticada corretamente”. Logo, é possível articular a relação entre
gerenciamento e liderança de maneira que não sejam uma contra a outra, mas uma
relacionada a outra e complementando a outra.
Essa articulação traz a tona um tema muito comum em livros de liderança: o que
propriamente é gerenciar e o que é liderar? Existem diferenças entre um e outro? Quais
diferenças existem?
A escola estratégica postula que gerenciar e liderar não são coisas opostas, mas
devem ser pensadas de maneira complementar. O líder estratégico tem ao mesmo tempo a
capacidade de gestão do gerente e o poder da visão do líder, desenvolvendo a capacidade
não apenas de forjar uma visão inspiradora mas também de pavimentar o caminho para
alcança-la (ROWE, 2001).
No entanto, foi o autor Daniel Goleman que tornou tanto o termo quanto o conceito
de “Inteligência Emocional” conhecidos por meio do seu livro “Emotional Intelligence” (2006).
Este livro se tornou um best seller e irradiou os conceitos da inteligência emocional para fora
da comunidade acadêmica, de maneira a alcançar o mundo corporativo demonstrando a
relevância do tema para o desenvolvimento de líderes mais efetivos.
Daniel Goleman reafirmou recentemente em seu livro “Foco: a atenção e seu papel
fundamental para o sucesso” a importância da inteligência emocional e sua relevância para
a liderança: “A consciência de nós mesmos e dos outros e suas aplicações no
gerenciamento do nosso mundo interno e dos nossos relacionamentos são a essência da
inteligência emocional” (GOLEMAN, 2014, p.216).
Uma das mais recentes escolas da “Nova Liderança” é a Escola das Competências.
Esta escola une os insights da maioria das escolas anteriores – Escola dos Traços, Escola
Comportamental, Escola Contingencial, Escola Carismática e até mesmo a Escola da
Inteligência Emocional – e enfoca o a liderança em termos “competências” (HOLLENBECK;
MCCALL; SILZER, 2006; PARTINGTON, 2007; TURNER; MÜLLER, 2005, p.53).
McClelland (1973) foi um pioneiro no campo que afirmou o impacto direto das
competências do gerente no sucesso do projeto. Suas ideias a respeito da relevância das
competências do gerente de projetos posteriormente influenciaram outros pesquisadores e
praticantes (AHSAN; HO; KHAN, 2013).
Essa mesma visão pode ser encontrada na tradição judaico-cristã acerca do homem,
que é visto como um ser criado por Deus com uma mente capaz de pensar e conceituar,
uma vida emocional simbolizada pelo coração e mãos que devem servir ao próximo e
embelezar a criação (HOEKEMA, 1986). Dessa forma, o ser humano foi criado capaz de
pensar (razão, cognição, criatividade, percepção), sentir (emoções, sentimentos, intuição) e
agir (escolhas, atitude, ação, ética) (SILLS, 2016, p.4). Logo, o ser humano deve conhecer a
verdade (ortodoxia), viver em conformidade com a verdade (ortopraxia) e nutrir motivações e
sentimentos baseados na verdade (piedade).
Dessa forma, a escola das competências tem um olhar abrangente e complexo sobre
o ser humano e sobre o que significa ser competente em determinada área ou trabalho
como ilustrado na figura 8.
80
Além das escolas já citadas é possível encontrar outras propostas de liderança que
não chegam necessariamente a formar uma escola. Podemos citar algumas dessas
propostas, como a Liderança Caórdica de Dee Hock (1999), a Liderança Virtual de Ilze
Zigurs (2003), a Liderança Espiritual de Louis W. Fry (2003), a Liderança Compartilhada
(WANG; WALDMAN; ZHANG, 2014), a Liderança Cognitiva de Gardner (2011) e muitos
outras.
Dinh et al (2014) fizeram uma ampla revisão bibliográfica entre os anos 2000 e 2012
dos dez principais periódicos sobre liderança (The Leadership Quarterly, Administrative
Science Quarterly, American Psychologist, Journal of Management, Academy of
Management Journal, Academy of Management Review, Journal of Applied Psychology,
Organizational Behavior and Human Decision Processes, Organizational Science, and
Personnel Psychology). Os autores resumiram as abordagens e temas em um quadro que
relaciona as principais teorias com seus desdobramentos (Quadro 3).
81
Quadro 3. Classificação geral das teorias de liderança atuais (Dinh et al, 2014, p.40).
2000; RABECHINI, 2001; TURNER, MÜLLER, 2005; TURNER, MÜLLER, 2010; TURNER,
MÜLLER, DULEWICZ, 2008).
Este fato a torna de especial interesse para o presente estudo e assunto principal do
próximo capítulo, no qual será explorado o tema das competências dos gerentes de projeto.
Products and services can be imitated. Ideas can be copied. But what
cannot be replicated is the fount of all those – the people. It is an
organization’s talent that can provide a consistent edge over the
competition (ORR; SNELTJES; DAI, 2010, p.1)
Ruuska e Vartiainen (2003, p.309) seguem a mesma lógica, afirmando: “a key aspect
of a project's success is the competences of the project manager”. Stevenson e
Starkweather (2010, p.663) declaram: “common sense dictates that a project manager’s
competence is a key factor influencing the eventual outcome of the project”.
Both the demand for project managers and the interest in project
management competencies (PMCs) are increasing [...] This evolution in
theory and practice has placed the project manager and his/her
competencies at the center of a project's, and an organization's, success
(LOUFRANI-FEDIDA; MISSONIER, 2015, p.1220).
Dessa forma, as competências têm estado no centro das discussões sobre o sucesso
de projetos nas últimas décadas como afirmam Stevenson e Starkweather (2010, p.663):
Contudo, seria no início dos anos 2000 que o conceito de competência viria a ser
tornar de fato popular no campo do gerenciamento de projetos (MÜLLER; TURNER, 2010),
impulsionado por um número de estudos que investigavam as competências de gerentes de
projetos em diversos contextos: na Royal Airforce (WREN; DULEWICZ, 2005), na Royal
Navy (YOUNG; DULEWICZ, 2006), na British Police (HAWKINS; DULEWICZ, 2007), em
89
Para Müller e Turner (2010, p.310) é possível definir o conceito de competências nos
seguintes termos: “competence is, hereby, defined as a specific combination of knowledge,
skills, and personal characteristics”.
able to understand and do certain things in an appropriate and effective way” (OMOREDE;
THORGREN; WINCENT, 2013, p.878).
Ahsan, Ho e Khan (2013, p.38) também afirmam que muitos autores tem utilizado os
termos “competência” e “habilidade” (skill) como sinônimos. Contudo, Heijde e Heijden
(2006, p.452) ajudam a esclarecer a distinção entre competências e habilidades:
While in practice, the terms competence and skills are often used
simultaneously, it might prove illuminating to elaborate on the distinction
between the two. Skill concerns the execution of a single task, while
competence deals more with the execution of a whole series of different
tasks in a certain (occupational) domain, all of them performed well and
in an integrated manner [...] This integrating and synergetic process into
competence and competent action is then enacted with the aid of
different personal qualities such as motivation, attitudes, behavior, and
personality.
Os autores das últimas décadas tem ressaltado uma tensão entre as competências
“soft” e “hard”, especialmente no que diz respeito a uma lacuna na formação de gerentes de
projeto no que diz respeito aos aspectos sociais e humanos do projeto, enfatizando a
necessidade do desenvolvimento das competências “soft” de uma nova geração de gerentes
de projeto (ALAM et al, 2010; LOUFRANI-FEDIDA; MISSONIER, 2015; DAINTY; CHENG;
MOORE, 2005; LAFAVE; KANG; KAISER, 2014; BELZER, 2001; BRIÈRE et al, 2015;
MÜLLER; TURNER, 2010; TURNER; MÜLLER; DULEWICZ, 2009; GEOGHEGAN;
DULEWICZ, 2008; STEVENSON; STARKWEATHER; 2010).
Jiang, Klein e Means, (1999) afirmam que gerentes de projetos efetivos demonstram
as competências relacionais, como diplomacia e habilidade de lidar com outros, demonstrar
empatia, entender as motivações das pessoas, gerenciamento de conflito efetivo e
comunicação efetiva.
Archibald (2003) apresenta uma lista de competências bastante ampla, dando ênfase
a competências pessoais que poderiam ser vistas como traços desejáveis do gerente de
projetos: Flexibilidade e adaptabilidade; Preferência por iniciativa e liderança significativas;
Agressividade, confiança, persuasão, fluência verbal; Ambição, atividade, vigor; Eficácia
como comunicador e integrador; Amplo escopo de interesses pessoais; Equilíbrio,
entusiasmo, imaginação, espontaneidade; Capaz de equilibrar soluções técnicas com
tempo, custo e fatores humanos; Bem organizado e disciplinado; Um generalista em vez de
um especialista; Capaz e disposto a dedicar a maior parte de seu tempo ao planejamento e
controle; Capaz de identificar problemas; Disposto a tomar decisões; Capaz de manter o
equilíbrio adequado no uso do tempo.
Os autores Cheng, Dainty e Moore (2005) apresentam em seu estudo uma lista
sintética e com diversas competências “soft”: Orientação para realização, Iniciativa, Busca
de informações, Foco nas necessidades do cliente, Impacto e influência, Diretividade,
Trabalho em equipe e cooperação, Liderança de equipe, Pensamento analítico, Pensamento
conceitual, Autocontrole e Flexibilidade.
Geoghegan e Dulewicz (2008) utilizam três grandes áreas para apresentar sua lista
de competências: Dimensão Intelectual (Análise crítica e julgamento, Visão e Imaginação,
Perspectiva Estratégica); Dimensão de Inteligência Emocional (Autoconsciência, Resiliência
Emocional, Intuitividade, Sensibilidade, Influência, Motivação, Consciência) e Dimensão
Gerencial (Gerenciamento de Recursos, Comunicação Envolvente, Empoderamento,
Desenvolvimento, Consecução).
Na segunda lista Kerzner (2009b) enfatiza mais algumas competências hard bastante
clássicas do campo de gerenciamento de projetos: Construção de equipe, Liderança,
Resolução de conflitos, Expertise técnica, Planejamento, Organização, Empreendedorismo,
Administração, Suporte gerencial e Alocação de recursos.
O estudo conduzido por Dillon, Taylor e Rodriguez-Jolly (2011) apresenta uma lista
de competências abrangente, cobrindo um espectro considerável de competências
relacionais e técnicas: Relacionamento com o Cliente / Persuasão, Atividades de
gerenciamento de projetos / reuniões, Liderança, Habilidades Interpessoais / Consciência /
Intuição, Comunicação, Influência, Solução de problemas, Confiança (auto) / Traços de
Personalidade / Carácter / Características, Autoridade, Organização do projeto, Capacidade
de mobilizar a equipe, Priorização, Experiência, Uso de informações, Consecução de
Resultados, Uso de iniciativa, Uso de tecnologia / conhecimento técnico, Visualização /
supervisão de projetos de alto nível, Envolvimento com o projeto, Adaptabilidade, Tomada
de decisão, Treinamento, Problemas Externos, Satisfação pessoal, Conclusão do projeto.
O estudo de Fisher (2011) também apresenta uma lista bastante sintética, com
poucas competências, mas enfatizando competências de sentido mais amplo: Compreensão
das características comportamentais (relações humanas), Liderança interpessoal, Influência
interpessoal (motivando as pessoas), Comportamento autêntico, Gestão de conflitos e
Consciência cultural.
97
Nas últimas décadas também surgiram estudos sobre as competências dos gerentes
de projeto de construção (CPM’s [Contruction Project Managers]). O artigo de Dullaimi e
Langford (1999) intitulado “Job behaviour of construction project managers: determinants
and assessment” foi um dos primeiros a investigar as competências do gerente de projeto de
construção.
Como exposto até este ponto, as últimas décadas viram uma proliferação de estudos
a respeito das competências do gerente de projetos, com o crescimento do número de
competências em listas cada vez mais abrangentes e modelos cada vez mais complexos.
Neste ponto do presente estudo é importante relembrar que diante deste fenômeno o
primeiro objetivo do presente estudo é definir quais são as competências essenciais do
gerente de projetos para o sucesso do projeto dentre um universo tradicional de
competências que represente a literatura em geral.
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A busca resultou em 962 artigos. No entanto, uma breve análise dos títulos e
resumos e uma sucinta leitura exploratória levaram à exclusão de 789 artigos não
relacionados com o problema da pesquisa. Os 173 artigos restantes foram avaliados para
elegibilidade, levando à exclusão de 155 artigos que não incluíam informações primárias
relevantes ou não resultaram em uma lista de competências do gerente de projetos. Os 18
artigos restantes foram analisados em detalhe e forneceram a base para o instrumento de
coleta de dados.
Artigos Competências
Job dedication
Interpersonal facilitation
AHADZIE; PROVERBS; Job knowledge
OLOMOLAIYE, 2008, p.637, 638 Cognitive ability
Task proficiency
Experience
Leadership
Effective communication
Project technical expertise
Team building and management
Planning skill
Flexibility
Organizational skill
AHSAN; HO; KHAN, 2013, p.44 Decision-making skill
Management skill
Delegation
Analytical abilities
Problem solver
Coping with situations
Interpersonal skills
Stakeholder management
Flexibility and adaptability
Preference for significant initiative and leadership
Aggressiveness, confidence, persuasiveness, verbal fluency
Ambition, activity, forcefulness
Effectiveness as a communicator and integrator
Broad scope of personal interests
Poise, enthusiasm, imagination, spontaneity
Able to balance technical solutions with time, cost, and human
ARCHIBALD, 2003, p.99,100
factors
Well organized and disciplined
A generalist rather than a specialist
Able and willing to devote most of his time to planning and
controlling
Able to identify problems
Willing to make decisions
Able to maintain proper balance in the use of time
Liderança
Comunicação
Negociação
Resolução de problemas
Autoridade
BANZI JR. et al, 2011, p.6-8 Motivação
Experiência
Trabalho em equipe
Resolução de conflitos
Habilidade técnica
Estilo participativo
CHENG; DAINTY; MOORE, Achievement orientation
2005, p.30,31 Initiative
103
Information seeking
Focus on client’s needs
Impact and influence
Directiveness
Teamwork and cooperation
Team leadership
Analytical thinking
Conceptual thinking
Self-control
Flexibility
Team building
Leadership
Decision making
Mutuality and approachability
DAINTY; CHENG; MOORE,
Honesty and integrity
2005, p.5
Communication
Understanding and application
Self-motivation
External relations
Client Relationship/Persuasion
Project management activities/meetings
Leadership
Interpersonal Skills/Awareness/intuition
Communication
Influence over others
Problem solving
Confidence (self)/Personality Traits/Character/Characteristics
Higher Authority
Project organisation
Staff capabilities
Prioritization
DILLON; TAYLOR;
Experience
RODRIGUEZ-JOLLY, 2011, p.6
Information gathering
Achieving Results
Using initiative
Use of technology/technical knowledge
High Level project Visualisation/Oversight
Project involvement
Adaptability
Decision making
Training
External Issues
Personal satisfaction
Project Completion
Critical analysis and judgement
Vision and imagination
Strategic perspective
Engaging communication
Managing resources
Empowering
Developing
DULEWICZ; HIGGS, 2005,
Achieving
p.111,112
Self-awareness
Emotional resilence
Motivation
Interpersonal sensitivity
Influencing
Intuitiveness
Conscientiousness
104
Leading
EDUM-FOTWE; MACCAFFER, Communicating
2000, p.113,114 Negotiating
Problem solving
Mobilizing (motivation)
Communication
Coping with situations (perseverance)
Delegating Authority
Political sensitivity
High self-esteem
Enthusiasm
Planning
Organizing
EL-SABAA, 2001, p.4 Strong goal orientation
Ability to see the project as a whole
Ability to visualize the relationship of the project to the industry and
the community
Strong problem orientation
Special knowledge in the use of tools and techniques
Project knowledge
Understanding methods, processes, and procedures
Technology required
Skills in the use of computer
Understanding behavioural characteristics (human relations)
Leading others
Influencing others (motivating people)
FISHER, 2011, p.1000
Authentizotic behavior
Conflict management
Cultural awareness
Honesty and integrity
Understanding of personnel problems
Understanding of project technology
Business management competence
Management principles
KERZNER, 2009a, p.143 Communications
Alertness and quickness
Versatility
Energy and toughness
Decision-making ability
Ability to evaluate risk and uncertainty
Team building
Leadership
Conflict resolution
Technical expertise
Planning
KERZNER, 2009, p.149
Organization
Entrepreneurship
Administration
Management support
Resource allocation
Credibility
MEREDITH; MANTEL, 2009, Sensitivity
p.127,128 Leadership, Ethics and Management style
Ability to handle stress
Achievement and action
Helping and human service
Impact and influence
PMI, 2002, p.57
Managerial
Cognitive
Personal effectiveness
105
Leadership
Team building
Motivation
Communication
Influencing
PMI, 2013, p.18 Decision making
Political and cultural awareness
Negotiation
Trust building
Conflict management
Coaching
Liderança
Relacionamento Humano
Negociação
Administração do Tempo
RABECHINI, 2001, p.93
Técnico
Comunicação
Relacionamento com o Cliente
Orçamento
Leadership
Ability to communicate at multiple levels
Verbal skills
Written skills
Attitude
Ability to deal with ambiguity and change
Work history
STEVENSON;
Experience
STARKWEATHER, 2010, p.668
Ability to escalate
Cultural fit
Technical expertise
Education
Length of prior engagements
Past team size
PMP certification
Quadro 4. Listas de competências utilizadas.
Este resultado confirma a afirmação de Petter, Straub e Rai (2007, p.634) que
declaram: “in practice, many constructs are actually mixed”.
Considerando o construto como misto foi possível realizar uma redução da lista de
competências seguindo as instruções de Petter, Straub e Rai (2007, p.626). A lista foi
reduzida com objetivo de melhorar a concentração dos respondentes e a qualidade de suas
respostas (STRAUB, 1989).
Como o constructo é misto, itens individuais podem ser excluídos para melhorar a
validade do constructo sem afetar a validade de conteúdo (PETTER; STRAUB; RAI, 2007,
p.626). O construto misto também permitiu enfocar as competências com maior suporte
bibliográfico, como observado em estudos semelhantes (HWANG; LIM, 2012; SHEN; WU;
ZHANG, 2010).
Eficiência pessoal PMCDF (2002, p.57) Russel (2003, p.99,100) Ahadzie, Proverbs e
Olomolaiye (2008, p.637,638)
O coeficiente Alfa de Cronbach dos dados alcançou o valor de 0,9125. Este valor alto
é coerente com o número de respondentes e o número de itens, portanto indicando um alto
nível de confiabilidade dos dados e dos respondentes.
Competências Média SD
1. Communication 4.67 0.58
2. Commitment 4.53 0.66
3. Leadership 4.51 0.66
4. Decision-making 4.47 0.66
5. Teamwork 4.45 0.66
6. Negotiation 4.44 0.64
7. Conflict management 4.44 0.66
8. Customer relationship 4.38 0.71
9. Interpersonal relationship 4.34 0.76
10. Time management 4.25 0.72
11. Management 4.23 0.74
12. Troubleshooting 4.23 0.74
13. Initiative 4.22 0.75
14. Emotional resilience 4.12 0.80
15. Vision 4.09 0.80
16. Organization 4.01 0.77
17. Delegation 3.98 0.78
18. Perseverance 3.97 0.83
19. Achievement orientation 3.92 0.79
20. Flexibility 3.89 0.78
21. Self-awareness 3.84 0.87
22. Cognition 3.73 0.76
23. Experience 3.72 0.82
24. Authority 3.66 0.98
25. Training 3.62 0.77
26. Use of technology 3.38 0.85
27. Technical expertise 3.35 0.90
28. Political and cultural awareness 3.33 0.86
Quadro 7. Classificação das competências
Após várias simulações, a melhor solução foi a extração de 7 fatores que explicam
57,4% da variância total. O método de rotação que melhor simplificou a estrutura fatorial foi
a rotação Varimax.
Variables Extraction
Leadership 0.60
Negotiation 0.51
Time management 0.58
Conflict management 0.54
Leadership 0.51
Negotiation 0.64
Time management 0.62
Troubleshooting 0.63
Cognition 0.59
Vision 0.48
Delegation 0.51
Self-awareness 0.69
Emotional resilience 0.59
Commitment 0.53
Perseverance 0.64
Decision-making 0.62
Teamwork 0.61
Initiative 0.62
Authority 0.62
Political and cultural awareness 0.49
Troubleshooting 0.49
Technical expertise 0.65
Experience 0.62
Interpersonal relationships 0.53
Customer relationship 0.52
Flexibility 0.42
Management 0.55
Communication 0.60
Quadro 9. Comunalidades.
Após várias simulações, foi selecionada a solução fatorial rotacionada com a melhor
consistência teórica (Quadro 10). Os grupos de fatores subjacentes foram nomeados com
base nas competências de cada construto (KENNY; KASHY; COOK, 2006) e também nas
diferentes propostas de agrupamento e classificação encontradas na literatura (AHSAN; HO;
KHAN, 2013; CRAWFORD, 2000; SAVELSBERGH; HAVERMANS; STORM, 2016).
113
Component
1 2 3 4 5 6 7
Self-Management
Communication
Interpersonal
Productivity
Leadership
Managerial
Technical
Leadership 0.72
Decision-making 0.64
Initiative 0.62
Commitment 0.56
Achievement orientation 0.48
Management 0.48 0.45
Political and cultural awareness 0.71
Self-awareness 0.70
Vision 0.57
Emotional resilience 0.53
Cognition 0.48
Teamwork 0.69
Interpersonal relationship 0.55
Perseverance 0.50
Flexibility 0.45
Negotiation 0.63
Customer relationship 0.58
Communication 0.52
Conflict management 0.40 0.49
Experience 0.75
Technical expertise 0.74
Authority 0.65
Organization 0.66
Use of technology 0.47 0.56
Training 0.43
Troubleshooting 0.57
Delegation 0.43 0.53
Time management 0.51
Quadro 10. Grupos de fatores subjacentes
Quatro variáveis apresentaram uma carga fatorial igual ou superior a 0,4 para mais
de um fator (Tabela 5) devido a diferentes interpretações de parcela da amostra, geralmente
para variáveis com mais de um significado. Essas variáveis foram mantidas para melhor
compreender os significados atribuídos pelos respondentes com base na relação entre as
variáveis e na maneira como cada uma delas contribui para essa relação. Além disso, a
manutenção dessas cargas variáveis nos fatores aumentou o Alfa de Cronbach de cada
fator.
114
Clarke (1999) afirma que a comunicação eficaz pode motivar, reduzir esforços
improdutivos, evitar erros, gerenciar incertezas, incentivar o trabalho em equipe e aumentar
a confiança. Não é exagero dizer que a comunicação eficaz é uma competência essencial,
especialmente considerando o papel pivotante dos gerentes de projetos no todo do projeto
(SHOHET; FRYDMAN, 2003, p.574).
Fator 1: Liderança
Nos últimos anos tem surgido novas correntes no gerenciamento de projetos que
enfatizam uma abordagem mais humana, interdisciplinar e reflexiva, como a abordagem do
projeto como prática (BLOMQUIST et al, 2010), a rede nomeada “Rethinking Project
Management” (WINTER et al, 2006) e a escola escandinava (SAHLIN-ANDERSSON;
SÖDERHOLM, 2002).
[The is a] changing bias from tools and techniques, toward the social
and behavioral aspects of the management of projects. This changing
bias is driven by organizational interest in flexible working, an
encouragement of the channeling of creativity and innovation to
create organizations that can survive and prosper in turbulent
environments, and the dismantling of organizational bureaucracies,
leading to a higher level of self-directed work activity (LEYBOURNE,
2007, p.61)
Estas descobertas são amplamente apoiadas pela literatura, que enfatiza cada vez
mais a necessidade de gerentes de projeto capazes de lidar com questões sutis
relacionadas a pessoas e relacionamentos (LOUFRANI-FEDIDA; MISSONIER, 2015).
Muitos outros autores enfatizam essa tendência em relação às competências “soft”
(LOUFRANI-FEDIDA; MISSONIER, 2015; DAINTY; CHENG; MOORE, 2005; LAFAVE;
KANG; KAISER, 2014; BELZER, 2001; BRIÈRE et al, 2015; MÜLLER; TURNER, 2010;
TURNER; MÜLLER; DULEWICZ, 2009; GEOGHEGAN; DULEWICZ, 2008).
Uma questão é: o que tem colaborado para o crescimento dessa tendência das
competências “soft”? Chipulu et al (2013) afirmam: “as project complexity and/or novelty
increase, so does the need for more complex, cross-functional project teams and even
multiple agencies, requiring higher levels of human skills”.
Talvez esse seja o resultado mais contra-intuitivo deste estudo: por causa de seu
treinamento enfocado em competências “hard” e das pressões por resultados, é mais natural
120
Cooke-Davies (2002, p.189) afirmou: “it is quickly becoming accepted wisdom that it
is people who deliver projects, not processes and systems”. No entanto, mais de uma
década e meia após Cooke-Davies publicar seu estudo, pode se dizer que o gerenciamento
de projetos continua sendo influenciado pelo que foi chamado de viés histórico em relação a
ferramentas e técnicas (HENDERSON, 2008; LEYBOURNE; 2006) que naturalmente leva a
uma ênfase nas competências “hard”. Essa tensão entre pessoas versus tarefas e
processos ainda está viva no campo de gerenciamento de projetos e, talvez sob um olhar
mais arguto, na experiência da administração como um todo.
Project actors should be taught more than just methods, techniques, and
tools designed to facilitate the project process. They must also be taught
to reflect on their own thinking processes, strategies, and heuristics and
to assess their own cognitive processes in order to cope effectively with
problems as they arise. Accordingly, our study depicts project
management as simultaneously a technical, social, cognitive, and
reflective process (LLALONDE; BOURGAULT; FINDELI, 2012, p.429).
Como afirmaram Jackson e Barry (2010, p.37), nesse novo gerente de projetos é
capaz de aliar “a mente de um gerente e o espírito de um líder”.
Dessa forma, muitos autores apontam que a educação dos gerentes de projeto deve
ser revista com urgência para se adequar a necessidade atual de que gerentes de projeto
desenvolvam competências “soft” a fim de liderar, motivar e engajar suas equipes em
contextos de alta complexidade, incerteza e inovação.
Para preencher esta lacuna entre a educação de gerentes de projeto e o mundo real,
a educação e o treinamento em gerenciamento de projetos devem encontrar formas para
capacitar os gerentes de projeto nas áreas de comunicação, liderança, motivação, formação
de equipes e desenvolvimento de relacionamentos interpessoais. Em resumo, a educação e
o treinamento em gerenciamento de projetos devem corresponder e se alinhar com as
mudanças críticas que estão ocorrendo atualmente no próprio campo de gerenciamento de
projetos como um todo.
– conteúdos que vão além de processos e técnicas – utilizando novas formas de ensino
capazes de facilitar este processo de aprendizado.
O novo objetivo – formar gerentes de projeto que são mais do que apenas técnicos
treinados – já foi abordado anteriormente, demonstrando o racional por trás desta
necessidade. O novo currículo – o que ensinar – é um ponto ainda debatido longamente
entre os pesquisadores, pois embora se saiba que o currículo que envolve o aprendizado
dos processos, técnicas e ferramentas seja necessário, há um crescente consenso de que
não é suficiente.
Winter et al (2006, p.646) afirma que alguns dos elementos que poderiam ser
incluídos nesse novo currículo seriam: “Conceptualising projects from different perspectives,
reading situations, problem setting, dealing with ambiguity, relating to wider issues, and
political footwork”.
Por fim, quais seriam as estratégias de ensino capazes de facilitar este processo de
aprendizado?
Em resposta a esta questão, Cicmil e Gaggiotti (2018, p.208) afirmam que deve
haver pluralidade teórica – uma ênfase multi e interdisciplinar que é encontrada também em
outros autores – e pedagogias mais orientadas para a práticas experiencial e reflexiva. O
mesmo aspecto voltado para a prática experiencial é enfatizado por (CRAWFORD et al,
2006, p.727):
124
Contudo, foi apenas mais tarde que o termo foi definido conceitualmente por Knowles
(1980), que definiu a andragogia como a arte de ajudar adultos a aprender, em contraste
com os métodos empregados para o aprendizado infantil, pedagogia. O termo grego “andra”
vem do termo grego “ἀνδρός” (andrós), que significa litealmente “homem” (STRONG, 2009,
p.12), em contraste com o termo “παιδὸς” (paidós), que significa “servo, criança, jovem”
(STRONG, 2009, p.54).
Assumptions
Dessa forma, há uma forte ênfase na abordagem andragógica como estratégia para
o desenvolvimento de competências “soft” na literatura que sugere mudanças no ensino do
gerenciamento de projetos. Essa ênfase andragógica pode ser vista na proposta de uma
abordagem interdisciplinar com outros campos de conhecimento (EWIN et at, 2017;
BERGMAN; GUNNARSON, 2014), na abordagem que insiste na ênfase prática e
experiencial (RAMAZANI; JERGEAS, 2015; BERGGREN; SÖDERLUND, 2008), na
abordagem que insiste no desenvolvimento da capacidade de reflexão crítica (THOMAS;
MENGEL, 2008), na abordagem que insiste na aplicação prática do conhecimento como
forma de ampliar a aprendizagem (CRAWFORD et al, 2006; THOMAS; GEORGE;
HENNING, 2012) e na utilização de simulações presenciais e virtuais, especialmente
utilizando jogos como facilitadores do aprendizado (RUMESER; EMSLEY, 2018).
E por que esses métodos de abordagem andragógica tem sido defendidos pelos
pesquisadores para formar uma nova geração de gerentes de projeto? Por que em
exercícios práticos e orientados pela realidade, para a solução de problemas, são capazes
de engajar as diversas dimensões daquele que aprende, um processo educacional que
envolve mente, mãos e coração.
Assim como a competência é um modelo holístico que considera o ser humano como
um todo – mente, mãos e coração – a nova educação tem a missão de prover uma
abordagem integral para o ser humano todo: informar a mente, treinar as mãos e desafiar e
inspirar o coração.
6. Conclusões
Referências
AYRE, C.; SCALLY, A. J. Critical Values for Lawshe’s Content Validity Ratio Revisiting the Original
Methods of Calculation. Measurement and Evaluation in Counseling and Development, 47(1), 2014,
79-86.
BAKER. B. N.; MURPHY, D. C.; FISHER, D. Factors affecting project success – in Project
Management Handbook – Second Edition. Cleland and King (Org.). New York: John and Wiley Sons,
1988, p.902-919
BANZI, Ailton Luiz Jr; PACAGNELLA, Antonio Carlos Jr; VEZZONI, Guilherme; SILVA, Sérgio Luis da;
DUARTE, Alexandre de Castro Moura. Perfil do gerente de projetos: uma análise das características
de influência na obtenção do sucesso – in XXXI ENEGEP, Belo Horizonte, out 2011, p.1-14
BARBER, Cyril. Neemias e a dinâmica da liderança eficaz – 5ª Reimp. São Paulo: Editora Vida, 1991,
p.10
BARTLETT, M. S. Tests of significance in factor analysis. British Journal of Mathematical and
Statistical Psychology, 3(2), 1950, 77-85.
BASS, B. M. (1985). Leadership and performance beyond expectations. New York: Free Press.
BASS, B.M.; AVOLIO, B.J. (Eds.). Improving organizational effectiveness through transformational
leadership. Thousand Oaks, CA: Sage Publications, 1994.
BASS, Bernard; STOGDILL, Ralph. Bass and Stogdill´s handbook of ledership: Theory, research and
managerial applications. New York: Free Press, 1990.
BAUMOTTE, A.C.T.; FONSECA, D.P.D.; SILVA, L.H.C.M.; RAJ, P.P. Gerenciamento de pessoas em
projetos – 3a Edição. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2013.
BELASSI, W.; TUKEL, O. I. A new framework for determining critical success/failure factors in
projects. International Journal of Project Management, 14(3), 1996, 141-151.
BELZER, Kate. Project management: Still more art than science. In: PM Forum Featured Papers,
2001, 1-6
BENATOR, Barry; THUMANN, Albert. Project management and leadership skills for engineering and
construction projects – Lilburn: The Fairmont Press, 2003, 240p.
BENNIS, Warren NANUS, Burt. Líderes: Estratégias para assumir a verdadeira liderança. São Paulo:
Harbra, 1988.
BERELSON, B. (1952). Content analysis in communication research. New York: The Free Press.
BERGAMINI, Cecília W. Liderança: A Administração do Sentido. Revista de Administração de
Empresas, São Paulo, v. 34, n. 3, p. 102-114, mai./jun. 1994, 102-114
BERGGREN, C.; SÖDERLUND, J. Rethinking project management education: Social twists and
knowledge co-production. International Journal of Project Management, 2008, 26(3), 286-296.
BERGMAN, I.; GUNNARSON, S. Teaching organizational project management at postgraduate level.
Procedia-Social and Behavioral Sciences, 2014, 119, 446-455.
BISHOP, P. A.; HERRON, R. L. Use and Misuse of the Likert Item Responses and Other Ordinal
Measures. International Journal of Exercise Science, 2015, 8(3), p.297
BLACKABY, Henry; BLACKABY, Richard. A liderança espiritual: desenvolvendo líderes para todos os
tempos. São Paulo: LifeWay CLC, 2011.
BLOMQUIST, T.; HÄLLGREN, M.; NILSSON, A.; SÖDERHOLM, A. Project-as-practice: In search of
project management research that matters. Project Management Journal, 2010, 1(1), 5-16.
BOONE, H. N.; BOONE, D. A. Analyzing likert data. Journal of Extension, 2012, 50(2), p.1-5.
BOYATZIS, R. The Competent Manager: A Model for Effective Performance. New York: John Wiley
and Sons, 1982
BREDILLET, C.; TYWONIAK, S.; DWIVEDULA, R. What is a good project manager? An Aristotelian
perspective. International Journal of Project Management, 33(2), 2015, 54-266.
130
BRIÈRE, S.; PROULX, D.; FLORES, O. N.; LAPORTE, M. Competencies of project managers in
international NGOs: Perceptions of practitioners. International Journal of Project Management, 33(1),
2015, 116-125.
BRUCE, Anne. Como motivar sua equipe. Rio de Janeiro: Sextante, 2006, 80p.
BRYMAN, Alan. Charisma and leadership in organizations. Sage Pubs, 1992.
BURGOYNE, John G. The competence movement: Issues, stakeholders and prospects. Personnel
Review. 22 (6), 1993, 6-13
BURKE, Rory; BARRON, Steve. Project Management Leadership. Burke Publishing, 2007.
BURNS, James MacGregor. Leadership. New York: Harper & Row, 1978.
CAMILLERI, Emanuel. Project Succes: critical factors and behaviours. UK: Gower Publishing, 2011.
CAMPOS, Maria Verônica Korilio. O papel da liderança da motivação das pessoas em ambientes
organizacionais – in Revista de Gestão Pública, v.2, n.2, Brasília-DF, jul/dez 2008, 15p. (31-45)
CARAYANNIS, Elias G.; KWAK, Young Hoon; ANBARI, Frank T. The story of managing projects: an
interdisciplinary approach. Westport: Praeger Publishers, 2005.
CARIFIO, J.; PERLA, R. Resolving the 50‐year debate around using and misusing Likert scales.
Medical Education, 2008, 42(12), p.1150-1152.
CARLYLE, Thomas. On Heroes, Hero Worship, and the Heroic in History. New York: GINN, 1902.
CHAN, A. P.; CHAN, D. W.; CHIANG, Y. H.; TANG, B. S.; CHAN, E. H.; HO, K. S. Exploring critical
success factors for partnering in construction projects. Journal of construction engineering and
management, 2004, 130 (2), 188-198.
CHAN, Albert PC; HO, Danny CK; TAM, C. M. Design and build project success factors: multivariate
analysis. Journal of construction engineering and management, 2001, 127 (2), 93-100.
CHAN, Albert PC; SCOTT, David; CHAN, Ada PL. Factors affecting the success of a construction
project. Journal of construction engineering and management, 2004, 130 (1), 153-155.
CHAN, Albert PC; SCOTT, David; LAM, Edmond WM. Framework of success criteria for design/build
projects. Journal of management in engineering, 2002, 18 (3), 120-128.
CHENG, Mei-I; DAINTY, Andrew R. J.; MOORE, David R. What makes a good project manager? – in
Human Resource Management Journal, v.15, n.1, 2005, 25-37
CHIPULU, M.; NEOH, J. G.; OJIAKO, U. U.; WILLIAMS, T. A multidimensional analysis of project
manager competencies. IEEE Transactions on Engineering Management, 60(3), 2013, 506-517.
CHUA, D. K. H.; KOG, Y. C.; LOH, P. K. Critical success factors for different project objectives – in J.
Constr. Eng. Manage., 125(3), 1999, 142–150.
CICMIL S.J. K. Critical factors of effective project management – in The TQM Mag (1997), 9 (6), 390–
396.
CICMIL, S.; GAGGIOTTI, H. Responsible forms of project management education: Theoretical
plurality and reflective pedagogies. International Journal of Project Management, 2018, 36(1), 208-
218.
CII-RT (Construction Industry Institute-Research Team). (2012). “Project management competency
development: Tools, games, and exercises.” CII-RT-281, Austin, TX.
CLARKE, A. A practical use of key success factors to improve the effectiveness of project
management – in International Journal of Project Management, 1999, 17(3), p.139–145.
CLARKE, N. Emotional intelligence and its relationship to transformational leadership and key project
manager competencies. Project Management Journal, 2010, 41(2), 5-20.
CLASON, D. L.; DORMODY, T. J. Analyzing data measured by individual Likert-type items. Journal of
Agricultural Education, 1994, 35, 4.
CLELAND, D.I.; KING, W.R. Systems Analysis and Project Management. New York: McGraw Hill,
1983.
131
CLELAND, David. I.; GAREIS, Roland (Edit). Global Project Management Handbook. New York:
McGraw Hill, 2006.
CLELAND, David. I.; IRELAND, L. R. Gerência de Projetos. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso
Editores, 2002.
CLELAND, David. I.; IRELAND, L. R. Project Managers Handbook. New York: McGraw Hill, 2008.
COCKERILL, Tony. Managerial Competencies as a Determinant of Organizational Performance.
London: London University, 1989.
COLEMAN, Robert. O Plano Mestre de Evangelismo – 2ª Ed. São Paulo: 2006.
COLLINS, Jim. Empresas feitas para vencer. São Paulo: HSM Editora, 2013.
COOKE-DAVIES, T. The real success factors in projects – in International Journal of Project
Management, 2002, 20(3), p.185–190.
CORTINA, Jose M. What is coeficiente alpha? An examination of theory and applications. Journal of
Applied Psychology, v78(1), 1993, p.98-104
COVEY, Stephen. Os sete hábitos das pessoas altamente eficazes. São Paulo: Editora Best Seller,
2005.
CRAWFORD, L. Profiling the competent project manager – in Proceedings of PMI Research
Conference (pp. 3-15). Newton Square, PA: Project Management Institute, 2000.
CRAWFORD, L. Senior management perceptions of project management competence. International
Journal of Project Management, 2005, 23(1), 7-16.
CRONBACH, L.J. Coefficient alpha and the internal structure of tests. Psycometrika, 1951, 16(3), 297-
334
CSERHÁTI, Gabriella; SZABÓ, Lajos. The relationship between success criteria and success factors
in organisational event projects – in International Journal of Project Management, 2014, 3 (2), p.613–
624
DAINTY, Andrew R. J.; CHENG, Mei-I; MOORE, David R. Competency-Based Model for Predicting
Construction Project Managers’ Performance – in Journal of Management in Engineering, 2005,21, 2-
9.
DALMORO, Marlon; VIEIRA, KELMARA Mendes. Dilemas na construção de escalas tipo likert: o
número de itens e disposição influenciam os resultados? Revista Gestão Organizacional, vol.6, pp.
161-174
DAVEL, Eduardo; MACHADO, Hilka Vier. A Dinâmica entre Liderança e Identificação: Sobre a
Influência Consentida nas Organizações Contemporâneas – in RAC, v. 5, n.3, set/dez 2001, 107-126
DAVENPORT, Joseph; DAVENPORT, Judith A. A chronology and analysis of the andragogy debate.
Adult education quarterly, 1985, 35 (3), 152-159.
DILLON, Stuart; TAYLOR, Hazel; RODRIGUEZ-JOLLY, Gretta. The identification of it project manager
competencies: a grounded theory approach – in PACIS 2011 Proceedings, 2011, Paper 54.
DINH, J. E.; LORD, R. G.; GARDNER, W. L.; MEUSER, J. D.; LIDEN, R. C.; HU, J. Leadership theory
and research in the new millennium: Current theoretical trends and changing perspectives. The
Leadership Quarterly, 2014, 25(1), 36-62.
DRUCKER, Peter F. Administrando para o futuro: os anos 90 e a virada do século. São Paulo:
Pioneira, 1992.
DRUCKER, Peter F. O Gestor Eficaz. Rio de Janeiro: LTC, 2015.
DULAIMI, M.F.; LANGFORD D. Job behaviour of construction project managers: determinants and
assessment. J Construct Eng Manage, ASCE, 1999, 125(4), 256–64.
DULEWICZ, Victor; HIGGS, Malcolm. Assessing leadership styles and organisational context – in
Journal of Managerial Psychology, 20 (2), 2005, 105-123
DVIR, D; LIPOVETSKY, S.; SHENHAR, A; TISHLER, A. In search of project classification: a non-
universal approach to project success factors – in Res Policy, 1998, 27, 915–935.
132
HOLSTI, O. R. Content analysis for the social sciences and humanities. Upper Saddle River, NJ:
Addison-Wesley, 1969.
HÖLZLE, K. Designing and implementing a career path for project managers. International Journal of
Project Management, 2010, 28, 779–786.
HOSMER, LaRue Tone. The Importance of Strategic Leadership – in Journal of Business Strategy,
1982, 3(2), 47 – 57
HUNTER, James C. O monge e o executivo: Uma história sobre a essência da liderança. Rio de
Janeiro: Sextante, 2004, 141p.
HWANG, Bon-Gang; LIM, E.-Sin Janicia. Critical success factors for key project players and
objectives: Case study of Singapore. Journal of Construction Engineering and Management, 2012,
139.2: 204-215.
HYVÄRI, I. The success of projects in different organizational conditions. Project Management
Journal, 2006, 37(4), 31–41.
IKA, L. A. Project success as a topic in project management journals. Project Management Journal,
2009, 40(4), 6-19.
INAYAT, Asfandyar; MELHEM, Hani; ESMAEILY, Asad. Critical success factors in an agency
construction management environment. Journal of Construction Engineering and Management, 2014,
141 (1), 06014010.
International Project Management Association. IPMA competence baseline: ICB; Version 3.0.
International Project Management Association, 2006.
IPMA. IPMA Competence Baseline, Version 3.0. IPMA, International Project Management Association,
2006.
JACKSON, Brad; PARRY, Ken. Um livro bom, pequeno e acessível sobre liderança. Porto Alegre:
Bookman, 2010, p.36
JACKSON, Brad; PARRY, Ken. Um livro bom, pequeno e acessível sobre liderança. Porto Alegre:
Bookman, 2010.
JAMIESON, S. Likert scales: how to (ab) use them. Medical education, 2004, 38(12), p.1217-1218.
JANG Y.; LEE J. Factors influencing the success of managing consulting projects – in International
Journal of Project Management, 1998, 16(2), p.67–72.
JARVIS, Cheryl Burke; MACKENZIE, Scott B.; PODSAKOFF, Philip M. A critical review of construct
indicators and measurement model misspecification in marketing and consumer research. Journal of
consumer research, 2003, 30(2), 199-218
NYE, Joseph S. O talento para liderar. Rio de Janeiro: Best Seller, 2011, 237p.
JHA, K. N.; IYER, K. C. Commitment, coordination, competence and the iron triangle. International
Journal of Project Management, 2007, 25(5), 527-540.
JIANG, J.J.; KLEIN, G.; MEANS, T. The Missing Link between Systems Analysts' Actions and Skills,
Info Systems Journal, vol. 9. Blackwell Science Ltd, 1999, 21–33
JUGDEV, Kam; MÜLLER, Ralf. A retrospective look at our evolving understanding of project success.
Project management journal, 2005, 36(4), 19-31.
KAISER, WALTER C., JR.: Exodus. In: GAEBELEIN, F. E. (org.): The Expositor’s Bible Commentary:
Genesis, Exodus, Leviticus, Numbers. vol. 2. Grand Rapids, MI: Zondervan Publishing House, 1990.
KENNY, D.; KASHY, D. A.; COOK, W. L. Dyadic data analysis. New York: Guilford, 2006.
KERZNER, H. In search of excellence in project management. NY: Wiley & Sons, 2009a
KERZNER, H. Project management: Systems approach to planning, scheduling, and controlling, 10th
Ed. New York: Wiley & Sons, 2009b)
KERZNER, Harold. Project Management: Case studies I – 2nd ed. New York: Wiley & Sons, 2006.
KERZNER, Harold. Strategic planning for project management using a project management maturity
model. New York: Wiley & Sons, 2001.
135
LONGENECKER, R. N.: The Acts of the Apostles. In: GAEBELEIN, F. E. (org.): The Expositor’s Bible
Commentary: John and Acts. vol. 9. Grand Rapids, MI: Zondervan Publishing House, 1981.
LOUFRANI-FEDIDA, S.; MISSONIER, S. The project manager cannot be a hero anymore!
Understanding critical competencies in project-based organizations from a multilevel approach.
International Journal of Project Management, 2015, 33(6), 1220-1235.
LUECKE, Richard. Gerenciando Projetos Grandes e Pequenos – Coleção Harvard Business
Essentials. Rio de Janeiro: Record, 2010, 208p.
LUNDY, V.; MORIN, P. P. Project leadership influences resistance to change: The case of the
Canadian public service. Project Management Journal, 2013, 44(4), 45-64.
MACHIAVELLI, Nicollò. The prince. Hackett Publishing, 2008.
MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar, 2008.
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. V. Fundamentos de metodologia científica – 6ª Edição. São Paulo:
Editora Atlas, 2006.
MAROCO, J.; GARCIA-MARQUES, T. Qual a fiabilidade do alfa de Cronbach? Questões antigas e
soluções modernas? Laboratório Psicologia, 4, 2006, p.65-90
MARTINS, Larissa Rodrigues Barcellos; PEREIRA, Lucas de Sant´Anna; ALMEIDA, Luana Maravilha
de; HORA, Henrique Rego Monteiro da; COSTA, Helder Gomes Costa. Estudo sobre escala mais
adequada em questionários: um experimento com o modelo de Kano. Vértices, 13 (1), 2011, p. 75-
103
MAYER, L. S. A note on treating ordinal data as interval data. American Sociological Review, 1971,
36(3), 519-520.
MCCLELLAND, D. C. Testing for competence rather than intelligence. American Psychologist, 1973,
28(1), 1–40.
MCLEOD, L.; DOOLIN, B. A perspective-base understanding of project success. Project Management
Journal, 2012, 43(5), 68–86
MEIRELES, Manuel; PAIXÃO, Marisa Regina. Teorias da administração: clássicas e modernas. São
Paulo: Futura, 2003.
MENEZES, L. C. M. Gestão de Projetos – São Paulo: Atlas 2001.
MEREDITH R.; POSNER B.Z.; MANTEL, S.J.Jr. Project management: a managerial approach. New
York: John Wiley, 1995.
MEREDITH, R. J.; MANTEL, S.J.Jr. Project Management: A Managerial Approach – 7th Ed. New
York: Wiley & Sons, 2009.
MINTZBERG, H. Managing. San Francisco, USA: Berrett-Koehler Publishers, 2009.
MONTGOMERY, D. C.; RUNGER, G. C. Estatística aplicada e probabilidade para engenheiros, 4ª ed.
Rio de Janeiro: LTC, 2009, 496p.
MORRIS, P. W.; HOUGH, G.H. The Anatomy of Major Projects: A study of the reality of Project
Management. New York: John Wiley and Sons, 1987.
MORRIS, P.W.; CRAWFORD, L.; HODGSON, D.; SHEPHERD, M.M.; THOMAS, J., Exploring the role
of formal bodies of knowledge in defining a professional - The case of project management. Int. J.
Proj. Manag. 2006, 24 (8), 710–721.
MORRIS, Peter W. G. Reconstructing Project Management. New York: Wiley & Sons, 2013.
MORRIS, Peter W. G.; PINTO, Jeffrey K.; SÖDERLUND, Jonas (Eds.). The Oxford Handbook of
Project Management. New York: Oxford University Press, Oxford, 2011.
MORRIS, Peter W.; HOUGH, George H. The Anatomy of Major Projects. New York: John Wiley and
Sons, 1987.
MÜLLER, R.; GERALDI, J.; TURNER, J. R. Relationships between leadership and success in different
types of project complexities. IEEE Transactions on Engineering Management, 2012, 59(1), 77-90.
137
MÜLLER, R.; TURNER, R. Attitudes and leadership competencies for project success. Baltic Journal
of Management, 2010a, 5(3), 307-329.
MÜLLER, R.; TURNER, R. Leadership competency profiles of successful project managers.
International Journal of Project Management, 2010b, 28(5), 437-448.
MÜLLER, Ralf; TURNER, J. Rodney. Leadership competency profiles of successful project manager.
International Journal of Project Management, 2010, 28, 437-448
MÜLLER, Ralf; TURNER, J. Rodney. Matching the project manager´s leadership style to project type.
International Journal of Project Management, 2007, 25, 21-32
MÜLLER, Ralf; TURNER, Rodney. Project-Oriented Leadership. Aldershot, UK: Gower Publishing,
2010.
MUNNS, A. K.; BJEIRMI, B. F. The role of project management in achieving project success.
International Journal of Project Management, 1996, 14(2), 81–87.
NACHMIAS, D.; NACHMIAS, C. Content analysis. In Research methods in the social sciences
(pp.132-139), UK: Edward Arnold, 1976.
NAPIER, N.P.; KEIL, M.; TAN, F.B., IT project managers' construction of successful project
management practice: a repertory grid investigation. Inf. Syst. J., 2009, 19 (3), 255–282.
NEWMAN, Isadore; LIM, Janine; PINEDA, Fernanda. Content Validity Using a Mixed Methods
Approach: Its Application and Development Through the Use of a Table of Specifications
Methodology. Journal of Mixed Methods Research, 7 (3), 2013, pp.243-260
NITITHAMYONG, Pollaphat; SKIBNIEWSKI, Mirosław J. Success/failure factors and performance
measures of web-based construction project management systems: professionals’ viewpoint. Journal
of construction engineering and management, 2006, 132 (1), 80-87.
NORMAN, G. (2010). Likert scales, levels of measurement and the “laws” of statistics. Advances in
Health Sciences Education, 15(5), 625-632.
O’TOOLE, James. Leadership A to Z: A Guide to the Appropriately Ambitious. San Francisco: Jossey-
Bass Publishers, 1999.
OBERLENDER, Garold D. Project management for engineering and construction. New York: McGraw-
Hill, 1993.
OJIAKO, G. U.; JOHANSEN, E.; GREENWOOD, D. A qualitative re-construction of the project failure
concept. Industrial Management & Data Systems, 2008, 108 (3), 405-417.
OMOREDE, A.; THORGREN, S.; WINCENT, J. Obsessive passion, competence, and performance in
a project management context. International Journal of Project Management, 2013, 31(6), 877-888.
ORR, J. E.; SNELTJES, C.; DAI, G. Best practices in developing and implementing competency
models. Minneapolis: Korn/Ferry International, 2010.
PANT, I.; BAROUDI, B. Project management education: The human skills imperative. International
journal of project management, 2008, 26(2), 124-128.
PARTINGTON, D., Leadership – in Turner, J.R. (Ed.), Handbook of Project Management. UK: Gower
Publishing, 2007, 739–756.
PATANAKUL, P.; MILOSEVIC, D. Z.; ANDERSON, T. R. A decision support model for project
manager assignments. IEEE Trans. Eng. Manage., 2007, 54(3), 548–564.
PAYNE, Wayne. A study of emotion: Developing emotional intelligence. Philosophy, The Union
Insitute, Cincinatti, OH, 1985.
PETTER, S.; STRAUB, D.; RAI, A.. Specifying formative constructs in information systems research.
Mis Quarterly, 2007, 31 (4), 623-656
PINTO, Giselle Azevedo; CHAVEZ, Jose Ramon Arica. O uso do coeficiente alfa de Cronbach nos
resultados de um questionário para avaliação dos serviços no setor de transporte público por ônibus.
XXXII ENEGEP, 2012, 11p.
PINTO, J. K.; COVIN, J. G. Critical factors in project implementation: a comparison of construction and
R&D projects. Technovation, 1989, 9(1), 49-62.
138
PINTO, J. K.; MANTEL, S. J. The causes of project failure – in IEEE Trans Eng Management, 1990,
37(4), p.269–276
PINTO, J. K.; SLEVIN, D. P. Critical factors in successful project implementation. IEEE transactions on
engineering management, 1987, (1), 22-27.
PINTO, J. K.; TRAILER, J. T. Leadership skills for project managers. Newtown Square, PA: Project
Management Institute, 1998.
PINTO, Jeffrey K, ed. The Project Management Institute: Project Management Handbook. 1st ed. San
Francisco: Jossey-Bass Publishers, 1998.
PORTHOUSE, M.; DULEWICZ, C. Agile project managers’ leadership competencies. Henley
Management College Working Paper Series, HWP 0714, Henley Management College, Henley-on-
Thames, 2007.
POSNER, B.Z. What it takes to be a good project manager. Project Management Journal, 1987, 51-
54.
POSNER, Barry. The Leader´s Passion – in The art and practice of leadership coaching: 50 top
executive coaches reveal their secrets – New Jersey: John Wiley and Sons, 2005, 76-77
PRABHAKAR, Guru Prakash. What is project success: a literature review. International Journal of
Business and Management, 2009, 3(9) 3-10
Project Management Institute. Project Management Competency Development Framework. USA,
Pennsylvania: PMI, 2002, 108p.
Project Management Institute. A Guide to the Project Management Body of Knowledge – (PMBOK®
Guide 4th edition), Newtown Square, PA, 2013.
Project Management Institute. Construction Extension to a Guide to the Project Management Body of
Knowledge (PMBOK® Guide). Newton Squares: PMI, 2000.
RABECHINI, Jr. A importância das habilidades do gerente de projetos - in Revista de Administração,
São Paulo, jan/mar. 2001, 36 (1), 92-100
RAMAZANI, J.; JERGEAS, G. Project managers and the journey from good to great: The benefits of
investment in project management training and education. International Journal of Project
Management, 2015, 33(1), 41-52.
REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da Filosofia: Do humanismo a Descartes – Vol III, São
Paulo: Paulus, 2004, 339p.
REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da Filosofia: Do Romantismo ao Empiriocriticismo – Vol
V, São Paulo: Paulus, 2005, 402p.
REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da Filosofia: Filosofia Pagã Antiga – Vol I, São Paulo:
Paulus, 2003, 385p.
RICHMAN, Larry. Project Management Step-by-Step. New York: AMACOM, 2002.
RIDDLE, Joseph Esmond. A complete English-Latin Dictionary. London: Longman, 1838.
ROBBINS, S. P; COULTER, M. Administração. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil, 1998.
ROBINSON, J.P.; SHAVER P.R.; WRIGHTSMAN L.S. (Eds.) Criteria for Scale Selection and
Evaluation in Measures of Personality and Social Psychological Attitudes. San Diego, Calif.: Academic
Press, 1991.
ROBINSON, J.P.; SHAVER, P.R. Measures of Psychological Attitudes. Ann Arbor, Ml: Survey
Research Center Institute for Social Research, University of Michigan, 1973.
ROCKART, John. Chief Executives Define Their Own Data Needs – in Harvard Business Review,
1979, 81-92
ROST, Joseph C. Leadership for the twenty first century. New York: Praeger, 1991, 240p.
ROWE, W. G. (2001). Creating wealth in organizations: the role of strategic leadership. The Academy
of Management Executive, 15(1), 81-94
139
RUBIN, I. M.; SEELING, W. Experience as a factor in the selection and performance of project
managers - in IEEE Trans Eng Management, 1967, 14 (3),131-134
RUMESER, D.; EMSLEY, M. A systematic review of project management serious games: Identifying
gaps, trends, and directions for future research. The Journal of Modern Project Management, 2018
6(1),
RUUSKA, I.; VARTIAINEN, I. Critical project competencies–a case study. Journal of Workplace
Learning, 2003, 15(7/8), 307-312.
SAHLIN-ANDERSSON, Kerstin; SÖDERHOLM, Anders. Beyond project management: New
perspectives on the temporary-permanent dilemma. Malmö: Liber, 2002.
SANVIDO, V.; GROBLER, F.; PARFITT, K.; GUVENIS, M.; COYLE, M. Critical success factors for
construction projects. Journal of Construction Engineering and Management, 1992, 118(1), 94-111
SAVELSBERGH, C. M.; HAVERMANS, L. A.; STORM, P. Development paths of project managers:
What and how do project managers learn from their experiences?. International Journal of Project
Management, 2016, 34(4), 559-569.
SCHERMERHORN, John R. Junior. Administração. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos,
1996.
SCHRODER, Harold M. Managerial competence: the key to excellence. Iowa: Kendall Hunt, 1989.
SENGE, Peter. A quinta disciplina: Arte e prática da organização de aprendizagem. São Paulo: Best
Seller, 2000.
SERRADOR, P.; TURNER, R. The Relationship Between Project Success and Project Efficiency.
Project Management Journal, 2015, 46(1), 30-39
SHEN, L.; WU, Y.; ZHANG, X. Key assessment indicators for the sustainability of infrastructure
projects. Journal of construction engineering and management, 2010, 137(6), 441-451.
SHENHAR, A. J.; DVIR, D.; LEVY, O.; MALTZ, A. C. Project success: a multidimensional strategic
concept. Long range planning, 2001, 34(6), 699-725.
SHENHAR, A. J.; LEVY, O.; DVIR, D. Mapping the dimensions of project performance. Project
Management Journal, 1997, 28.2: 1-5.
SHENHAR, Aaron J. From theory to practice: toward a typology of project-management styles. IEEE
transactions on engineering management, 1998, 45. (1), 33-48.
SHENHAR, Aaron J. One size does not fit all projects: Exploring classical contingency domains.
Management science, 2001, 47(3), 394-414.
SHENHAR, Aaron J.; DVIR, Dov. Toward a typological theory of project management. Research
policy, 1996, 25 (4), 607-632.
SHENHAR, Aaron J.; LEVY, O.; DVIR, D. Mapping the dimensions of project success. Project
management journal, 1997, 28 (2), 5-13.
SHERMAN, R. O.; BISHOP, M.; EGGENBERGER, T.; KARDEN, R. Development of a leadership
competency model. Journal of Nursing Administration, 2007, 37(2), 85-94.
SHIPPMANN, J. S.; ASH, R. A.; BATJTSTA, M.; CARR, L.; EYDE, L. D., HESKETH, B.; KEHOE, J.;
PEARLMAN, K.; PRIEN, E.P.; SANCHEZ, J. I. The practice of competency modeling. Personnel
psychology, 2000, 53(3), 703-740.
SHOHET, I. M.; FRYDMAN, S. Communication patterns in construction at construction manager level.
Journal of Construction Engineering and Management, 2003, 129(5), 570-577.
SILLS, M. D. Hearts, Heads & Hands. Nashville: B&H Publishing, 2016.
SILVA, E., & MENEZES, E. Metodologia da Pesquisa e Elaboração de Dissertação – 3.a Edição
revisada e atualizada. Florianópolis: Laboratório de Ensino a Distância da UFSC, 2001.
SISSON, D. V.; STOCKER, H. R. Research corner: analyzing and interpreting Likert-type survey data.
Delta Pi Epsilon Journal, 1989 31(2), 81.
140
SKIPPER C.O.; BELL L.C. Assessment with 360 degrees evaluations of leadership behaviour in
construction project managers. J Manage Eng, ASCE, 2006, 22, 75–80.
SMITH, Carol. The Leadership Theory of Robert Greenleaf – in Management of Informations and
Organizations, 2005, 1-17.
SMITH, Peter; PETERSON, Mark F. Leadership, organizations and culture. London: Sage
Publications, 1988, 201p.
SOBRAL, Filipe; GIMBA, Rogério de Freitas. As prioridades axiológicas do líder autêntico: Um estudo
sobre liderança e valores. Revista de Administração Mackenzie, 13 (3), 2012, 96-121
STANDING, C.; GUILFOYLE, A.; CHAD, L.; LOVE, P. E. The attribution of success and failure in IT
projects. Industrial Management and Data Systems, 2006, 106(8), 1148–1165.
STEINFORT, P.; WALKER, D. H.; DIP, G. What enables project success: lessons from aid relief
projects. Project Management Institute, 2011.
STEVENS, S. S. On the theory of scales of measurement. Science, 1946, 103 (2684), pp.677-680
STEVENSON, Deborah H.; STARKWEATHER, Jo Ann. PM critical competency index: IT execs prefer
soft skills. International Journal of Project Management, 2010, 28, p.663–671
STOGDILL, Ralph M. Personal Factors Associated with Leadership: A Survey of the Literature.
Journal of Psychology: Interdisciplinary and Applied, 1948, 25, 35-71.
STRAUB, Detmar W. Validating instruments in MIS research. MIS quarterly, 1989, 147-169.
STRAUB, Detmar; BOUDREAU, Marie-Claude; GEFEN, David. Validation guidelines for IS positivist
research. Communications of the Association for Information systems, 2004, 13 (1), 380-427
STRONG, James: A Concise Dictionary of the Words in the Greek Testament and The Hebrew Bible,
Vol.1. Faithlife: 2009.
SWART, Tara; CHISHOLM, Kitty; Brown, Paul. Neuroscience for leadership. UK: Palgrave Macmillan,
2015.
TABASSI, A. A.; ROUFECHAEI, K. M.; RAMLI, M.; BAKAR, A. H. A.; ISMAIL, R.; PAKIR, A. H. K.
Leadership competencies of sustainable construction project managers. Journal of Cleaner
Production, 2016, 124, 339-349.
TABISH, Syed Zafar Shahid; JHA, Kumar Neeraj. Success traits for a construction project. Journal of
Construction Engineering and Management, 2012, 138 (10), 1131-1138.
TAKAVOL, Mohsen; DENICK, Reg. Making sense of Cronbach’s Alpha. International Journal of
Medical Education, 2, 2011, p.53-55
THAMHAIN, Hans J. 1991. Developing project management skills. Project Management Journal, 22
(3), 39-44.
THAMHAIN, Hans J. Linkages of project environment to performance: lessons for team leadership.
International Journal of Project Management, 2004, 22, 33–544
THAMHAIN, Hans J.; WILEMON, David L. Skill requirements of engineering program managers.
Convention Record, 26th Joint Engineering Management Conference, 1978.
THOMAS, J.; MENGEL, T. Preparing project managers to deal with complexity - Advanced project
management education. International Journal of Project Management, 2008, 26(3), 304-315
THOMAS, Janice; GEORGE, Stella; HENNING, P.B.. Re-situating expert project managers' praxis
within multiple logics of practice. International Journal of managing projects in business, 2012, 5.3:
377-399.
THRALL, Bill; MCNICOL, Bruce; MCELRATH, Ken. A escalada de um líder: como relacionamentos
comuns desenvolvem um caráter e uma influência fora do comum. São Paulo: Mundo Cristão, 2005,
250p.
TOOR, Shamas-ur-Rehman; OGUNLANA, Stephen O. Construction professionals' perception of
critical success factors for large-scale construction projects. Construction Innovation, 2009, 9 (2),149-
167.
141
TREWATHA, Robert L.; NEWPORT, Gene. Administração: funções e comportamento – São Paulo:
Saraiva, 1979.
TURNER, J. R.; MÜLLER, R. The project manager's leadership style as a success factor on projects:
A literature review. Project Management Journal, 2005, 36(1), 49-61
TURNER, J. R.; MÜLLER, R.; DULEWICZ, V. Comparing the Leadership Styles of Functional and
Project Managers. International Journal of Managing Projects in Business, 2009, 2(2), 198-216.
TURNER, J. Rodney; MÜLLER, Ralf. The Project Manager´s Leadership Style as a Success Factor on
Projects: a literature review. Project Management Journal, 2005, 36 (1), 49-61
TURNER, J. Rodney. The handbook of project based management – Third Edition. London: McGraw-
Hill, 2009.
TURRIONI, João Batista; MELLO, Carlos Henrique Pereira. Metodologia de Pesquisa em Engenharia
de Produção: estratégias, métodos e técnicas para condução de pesquisas quantitativas e qualitativas
– Itajubá: UNIFEI - Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da Universidade
Federal de Itajubá, 2012.
TZU, Lao. Tao Te Ching. Boston: Gnomad Publishing, 1996, 163p.
VAAGAASAR, A. L. Development of relationships and relationship competencies in complex projects.
International Journal of Managing Projects in Business, 2011, 4(2), 294-307.
VERA, D.; CROSSAN, M. Strategic leadership and organizational learning. The Academy of
Management Review, 2004, 29 (2), 222-240
VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em Administração – 4a Edição. São Paulo:
Editora Atlas, 2003.
VUKOMANOVIĆ, M.; YOUNG, M.; HUYNINK, S. IPMA ICB 4.0—A global standard for project,
programme and portfolio management competences. International Journal of Project Management,
2016, 34(8), 1703-1705.
WADDEL, Jane T. Servant Leadership – in Servant Leadership Research Roundtable, 2006, 9p.
WAKITA, T.; UESHIMA, N.; NOGUCHI, H. Psychological distance between categories in the likert
scale comparing different numbers of options. Educational and Psychological Measurement, 2012,
72(4), 533-546.
WANG, D.; WALDMAN, D. A.; ZHANG, Z. A meta-analysis of shared leadership and team
effectiveness. Journal of Applied Psychology, 2014, 99(2), 181-198
WEBSTER, J.; WATSON, R.T. Analyzing the Past to Prepare for the Future: Writing a Literature
Review. MIS Q., 2002, 26, 11–23.
WEISS, Joseph; WYSOCKI, Robert. Five-phase Project Management: A Practical Planning and
Implementation Guide. Massachussets: Perseus Books, 1992.
WESTERMAN, J.W.; BERGMAN, J.Z.; BERGMAN, S.M.; DALY, J.P. Are universities creating
millennial narcissistic employees? An empirical examination of narcissism in business students and its
implications. Journal of Management Education, 2011, 36 (1), 5-32.
WESTERVELD E. The Project Excellence Model: linking success criteria and critical success factors.
International Journal of Project Management, 2003, 21, 411–418.
WILLIAMS, Kenneth R. O Sargento como exemplo moral – in Military Review, 2010, 49-57
WILSON, F. R.; PAN, W.; SCHUMSKY, D. A. Recalculation of the critical values for Lawshe’s content
validity ratio. Measurement and Evaluation in Counseling and Development, 45, 2012, pp.197–210
Winter, M.; SMITH, C.; MORRIS, P.; CICMIL, S. Directions for future research in project
MANAGEMENT: The main findings of a UK government-funded research network. International
Journal of Project Management, 2006, 24 (8), p.638-649
WREN, J.; DULEWICZ, V. .Leader competencies, activities and the successful change in the Royal
Airforce. Journal of Change Management, 2005), 5 (3), 295-306.
142
YAMAUCHI, E.: Ezra-Nehemiah. In: GAEBELEIN, F. E. (org.): The Expositor’s Bible Commentary: 1 &
2 Kings, 1 & 2 Chronicles, Ezra, Nehemiah, Esther, Job. vol. 4. Grand Rapids, MI : Zondervan
Publishing House, 1988.
YANG, J.; SHEN, G. Q.; DREW, D. S.; HO, M. Critical success factors for stakeholder management:
Construction practitioners’ perspectives. Journal of construction engineering and management, 2009,
136 (7), 778-786.
YASIN, M. M.; GOMES, C. F., & Miller, P. E. Characteristics of Portuguese public-sector project
managers: Toward closing the effectiveness gap. Project Management Journal, 40(3), 2009, 47–55
YATES, A. Multivariate exploratory data analysis: A perspective on exploratory factor analysis. Suny
Press, 1988.
YOUNG, M.; DULEWICZ, V. Leadership styles, change context and leader performance in the Royal
Navy. Journal of Change Management, 2006, 6 (4), 383-96.
YOUNGBLOOD, R. F.: 1, 2 Samuel. In: GAEBELEIN, F. E. (org.): The Expositor’s Bible Commentary:
Deuteronomy, Joshua, Judges, Ruth, 1 & 2 Samuel. vol. 3. Grand Rapids, MI : Zondervan Publishing
House, 1992.
ZALEZNIK, Abraham. Managers and leaders: are they different? Harvard Business Review, 55 (5),
1977, 74-81.
ZALEZNIK, Abraham. The leadership gap. The Academy of Management Executive, 4 (1), 1990, 7-22
ZHANG, F.; ZUO, J.; ZILLANTE, G. Identification and evaluation of the key social competencies for
Chinese construction project managers. International Journal of Project Management, 2013, 31(5),
748-759.
ZIEK, P.; ANDERSON, J. D. Communication, dialogue and project management. International Journal
of Managing Projects in Business, 2015, 8(4), 788-803.
ZIGURS, Ilze. Leadership in Virtual Teams: Oxymoron or Opportunity? – in Organizational Dynamics,
31 (4), 2003, 339-351.