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Sequência Didática 6

Reinos Africanos
da Antiguidade
Localização: NÚBIA = Atual Sudão

Rota de
encontro e
comércio dos
povos egípcios,
mediterrâneos e
das populações
da África
subsaariana,
também
conhecida como
África Negra.
Com a descoberta de minas de ouro no sul da Núbia, Cuxe passou a ser o
maior fornecedor desse material precioso para a corte do faraó. Era,
portanto, um comércio de produtos de luxo que abastecia as elites de ambas
as nações.
⚫ Relações com o Egito (guerra e paz):

- Século XX a. C. Reino Cuxe dominado pelos egípcios até séc. XI a.C.;

- Século XVIII a.C. Cuxe livre – CAPITAL KERMA


- Século XV a.C. – dominação egípcia
- Século X a.C. o Reino de Cuxe dominou o Egito (faraós negros);
- No século VII a.C. o Egito reconquista sua autonomia.
- No séc. IV os cuxitas foram dominados pelos Reino de Axum.
Reino de Cuxe
Reino de Cuxe (Kush)
(Kush)
⚫ Sul do Egito Antigo.
⚫ Chamado pelos egípcios de Núbia (terra do ouro).
⚫ Principais cidades: Kerma , Napata (centro comercial e
religioso), Meroé (centro urbano e comercial).
⚫ Comércio no MAR VERMELHO... (peles de animais, plumas
de avestruz, marfim...)
A política

⚫ Os Reis eram eleitos.


⚫ Candaces - rainhas-mães: responsável pela
administração, pelo comércio, pelo exército e
pela religião.... Algumas assumiram o trono...

As mulheres ocupavam lugar de destaque na sociedade


de Kush. Em Meroé, havia a tradição matrilinear, ou
seja, era a filiação por parte de mãe que determinava a
sucessão do reino.
A Escrita

Escrita Meroítica
Agricultura – rio Nilo (cevada, linho, trigo e sorgo);

E
Pecuária (gado, cavalo)

C
Comércio (rotas terrestres e marítimas)

O
N
⚫ Cevada O
M
I
A

Linho
⚫ Trigo

⚫ Marfim

⚫ Sorgo
⚫ Pirâmides de Meroé

Forte influência cultural egípcia

Maroé tornou-se um centro urbano com grandes


edificações de alvenaria, como palácios e pirâmides,
passando a ser capital cuxita em VII a.C.. A atividade
comercial em Meroé com o Egito foi ainda mais intensa
que em Napata.
Durante a desagregação do Império
Egípcio (dominado pelos Persas), o Reino
Kush continuava a participar como
intermediário no comércio entre o norte
africano e a África central.
No século IV a.C., após sofrer vários
ataques de povos vizinhos, Kush foi
conquistado pelo Reino de Axum, localizado
na região da atual Etiópia.
Reino de Axum (ou Aksum)
ORIGEM MÍTICA

Por volta do século X a.C., de acordo com a mitologia


etíope contida no livro Kebra Negast, acredita-se que
nesta região viveu a Rainha de Sabá (Makeda).
Acredita-se também que a família imperial da
Etiópia, bem como os imperadores de Axum, têm
sua origem a partir de Menelik I, filho da Rainha de
Sabá e do rei Salomão (hebreu).
Esta dinastia governou o país durante
aproximadamente três mil anos, terminando apenas em
1974, com o Imperador Haile Selassie, o que demonstra
a origem milenar da Etiópia...
Reino de Axum
(Séc. V a.C – Séc. XIII d.C)

⚫ Governante considerado a encarnação de um deus


(Marém – deus do Sol).
⚫ Importante rota comercial (Mar vermelho, Egito, Pérsia,
Arábia)
⚫ Cunhagem de Moedas
⚫ Construções em Pedra
⚫ Conquistas territoriais.
⚫ (Formação de um império)
⚫ Ge’ez (Língua e Escrita)
ESTELAS – obeliscos – “marcadores” para as câmaras funerárias
subterrâneas.
Os aksumitas erigiram uma série de estelas
monumentais, que serviam a um propósito
religioso nos tempos pré-cristãos.
O significado da Estela axumita é ser
"indicadores" para câmaras funerárias
subterrâneas. O maior desses marcadores de
tumba era usado para câmaras funerárias reais
e era decorado com janelas falsas de vários
andares e também com portas falsas, enquanto
a nobreza tinha estelas menores e menos
decoradas.

A estela de Ezana se eleva a 21 metros de altura, sendo menor que a Grande Estela de 33
metros e o célebre Obelisco de Axum, de 24 metros (recomposto e reinaugurado em
setembro de 2008). Em sua base, essa estela é decorada com uma porta falsa, e aberturas que
lembram a janelas em todas as suas faces.
O cristianismo
⚫ O rei Ezana foi convertido em 330 d.C. por um monge cristão
de origem fenícia chamado Frumêncio.

⚫ Após a conversão do rei Ezana, toda a região da Etiópia e grande


parte da região da Núbia receberam forte influência do
cristianismo e a maior parte da população também se converteu,
tornando Axum um império eminentemente cristão.
Igrejas de Lalibela
(esculpidas na Rocha)

As igrejas escavadas na rocha de Lalibela constituem um Patrimônio Cultural da


Humanidade situado na Etiópia, a 640 km ao norte da capital, Adis Abeba, e a 1.500 m de
altitude.
O reino axumita durou até meados
do século XII, momento em que o
Islamismo expandiu-se em direção à
África e à Península Arábica.

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