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PODER JUDICIÁRIO

JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
CORREGEDORIA-GERAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO

6. EFETIVIDADE DA EXECUÇÃO
6.1. ORGANIZAÇÃO (fonte: TRT18)
De acordo com as informações prestadas pelo TRT18, o Núcleo de Pesquisa
Patrimonial – NPP, vinculado ao Juízo Auxiliar da Execução, foi instituído por meio da
Portaria TRT 18ª GP/SGJ N.º 066/2014. Dentre as atribuições do NPP, destacam-se a
priorização das pesquisas relativas aos grandes devedores — assim considerados
aqueles que figuram na lista dos 100 maiores devedores em execução, como também
o exame dos pedidos recebidos das Varas do Trabalho. A existência de prévia pesquisa
patrimonial constitui requisito para o acionamento do Núcleo de Pesquisa Patrimonial
(art. 159 do Provimento Geral Consolidado do TRT18). No Núcleo de Pesquisa
Patrimonial – NPP estão lotados 3 (três) servidores efetivos: ROBERTA VANESKA DE
OLIVEIRA GUEDES – Chefe do Núcleo (FC-6), ANA MARIA SANTANA LEITE – Assistente
(FC-3) e RENNER TELLES DA ROCHA LIMA – Assistente (FC-3). Nos termos da Portaria
TRT 18ª GP/SGP/SGJ nº 1/2015, a escolha do magistrado para atuar como
Coordenador do Núcleo de Pesquisa Patrimonial é feita pelo Presidente do Tribunal.
Atualmente, o NPP é coordenado pelo Juiz do Trabalho KLEBER DE SOUZA WAKI,
nomeado pela Portaria TRT 18ª DG/GP nº 311, de 5 de fevereiro de 2019. Conforme
informações prestadas pelo TRT18, o Juiz Kleber de Souza Waki não se desvinculou da
17ª Vara do Trabalho de Goiânia, acumulando o exercício da jurisdição com os
encargos de Juiz Auxiliar da Execução e de Coordenador do Núcleo de Pesquisa
Patrimonial. Esclareceu, porém, que o Pleno autorizou a mencionada acumulação de
atribuições, por intermédio da Resolução Administrativa nº 15/2019, que referendou a
Portaria GP/DG nº 311/2019. Quanto à necessidade de rotatividade de magistrados
para atuar no Núcleo de Pesquisa Patrimonial, o TRT18 reconheceu a inexistência de
norma interna dispondo a esse respeito. Por fim, foi informado pelo TRT18 que
disponibiliza na intranet, para acesso pelas Varas do Trabalho, manual relativo às
técnicas de pesquisa patrimonial e relatório contendo os dados e resultados das
pesquisas realizadas.

6.2. FERRAMENTAS UTILIZADAS (fonte: TRT18)


Conforme informado pelo TRT18, são utilizadas as seguintes ferramentas de pesquisa
patrimonial, a fim de garantir maior efetividade à execução:
1) DETRANET – Convênio firmado com o DETRAN/GO que permite acessar as mesmas
informações do convênio RENAJUD relativamente aos veículos cadastrados no
DETRAN/GO;
2) JUCEG - Sistema de consulta, em ambiente virtual, que possibilita o acesso aos atos
constitutivos da sociedade (contrato social e estatuto), alterações, reuniões,
assembleias, etc;

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3) INCRA - Convênio firmado com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma


Agrária. Objetiva viabilizar a consulta, pela internet, de informações acerca dos imóveis
rurais dos executados constantes do Sistema Nacional de Cadastro Rural – SNCR;
4) CAGED - Acordo de cooperação técnica celebrado entre o Ministério do Trabalho e
Emprego e o Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, visando o acesso às
informações do Cadastro Geral de Empregados. Permite o acesso ao banco de dados
de empregados e ex-empregados das pessoas físicas e jurídicas pesquisadas,
facilitando a identificação de “laranjas”;
5) INFOJUD - Convênio celebrado entre a Secretaria da Receita Federal do Brasil e o
Tribunal Superior do Trabalho para fornecimento de informações à Justiça do Trabalho
mediante a utilização do Sistema de Informações ao Poder Judiciário no e-CAC da
Secretaria da Receita Federal do Brasil. Por meio do sistema INFOJUD as informações
cadastrais das pessoas físicas e jurídicas constantes dos bancos de dados da Receita
Federal do Brasil são acessados pelos Juízes, dispensando-se a remessa física de ofício
para obtenção dessas informações;
6) BACEN JUD - O TRT18 aderiu ao convênio firmado entre os Tribunais Superiores e o
Banco Central, possibilitando o acesso ao Sistema Bacen Jud, por meio do qual, os
magistrados protocolizam ordens judiciais de requisição de informações, bloqueio,
desbloqueio e transferência de valores bloqueados, que serão transmitidas às
instituições bancárias para cumprimento e resposta;
7) RENAJUD - O TRT18 também aderiu a este convênio nacional visando ampliar o
alcance das constrições judiciais realizadas em veículos automotores, uma vez que o
sistema permite o acesso on-line e em tempo real às informações de todos os veículos
cadastrados no sistema RENAVAM;
8) REDE SINESP/INFOSEG - Trata-se de rede nacional que integra informações dos
órgãos de Segurança Pública, Justiça e de Fiscalização em todo o País, provendo dados
de pessoas com inquéritos, processos, mandados de prisão, além de dados de veículos,
condutores e armas;
9) CCS - Sistema de Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro Nacional - O Sistema
CCS permite, por meio de acesso on-line, visualizar onde os clientes de Instituições
Financeiras mantêm contas de depósitos à vista, depósitos de poupança, depósitos a
prazo e outros bens, direitos e valores, diretamente ou por intermédio de seus
representantes legais e procuradores;
10) ARISP - PENHORA ON LINE – Convênio firmado com a Associação dos
Registradores de Imóveis de São Paulo que viabiliza ao Poder Público a utilização dos
sistemas de Ofício Eletrônico e Penhora on line para pesquisa de bens imóveis e
solicitação de certidões digitais;
11) CNIB - CENTRAL NACIONAL DE INDISPONIBILIDADE DE BENS - Sistema de alta
disponibilidade, criado pela Corregedoria Nacional de Justiça e que se destina a

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integrar todas as indisponibilidades de bens decretadas por magistrados e por


autoridades administrativas, possibilitando o rastreamento de todos os bens que o
executado possui em território nacional;
12) TRE/SIEL - Sistema de Informações Eleitorais. Visa ao acesso, pelos Juízes e
servidores por eles autorizados, ao cadastro eleitoral no Sistema de Informações
Eleitorais (SIEL);
13) SIMBA - Sistema de Investigação de Movimentações Bancárias. Sistema
desenvolvido pelo Ministério Público Federal para acelerar os processos de quebra de
sigilo bancário, mediante a obtenção de extrato bancário, de cartões de crédito e de
transações financeiras dos investigados. O acesso ao SIMBA é feito exclusivamente
pelos magistrados cadastrados no sistema, mediante login e senha, de uso pessoal e
intransferível;
14) CENSEC - CENTRAL NOTARIAL DE SERVIÇOS ELETRÔNICOS COMPARTILHADOS
(Regulamentado pelo Provimento n.º 18, de 28 de agosto de 2012, da Corregedoria
Nacional de Justiça) - A Central Notarial de Serviços Eletrônicos Compartilhados –
CENSEC é um sistema administrado pelo Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal
– CNB-CF, cuja finalidade é gerenciar o banco de dados com informações sobre a
existência de testamentos, procurações e escrituras públicas de qualquer natureza,
inclusive separações, divórcios e inventários lavradas nos cartórios do Brasil. Por meio
desse convênio, é possível acessar procurações públicas e escrituras públicas a fim de
apurar a existência de sócios ocultos;
15) DOI – Convênio que permite a localização de imóveis bem como de transferências
ocorridas. Também possibilita a identificação de cartórios a serem oficiados para busca
de bens imóveis;
16) ANAC – Convênio que possibilita a identificação da existência de aeronave em
nome da pessoa física ou jurídica pesquisada;
17) SERPRO – Convênio que permite identificar o CPF do executado bem assim o
quadro societário da empresa, mediante pesquisa pelo nome da pessoa física.
Também fornece a relação de sociedades que a pessoa física participa ou já participou.
Além disso, permite identificar todas as sociedades que utilizam o mesmo nome
fantasia da empresa pesquisada;
18) COAF – Convênio que permite o acesso a extratos de transações financeiras
suspeitas do investigado; e
19) SISTEMA DE REGISTRO ELETRÔNICO DE IMÓVEIS DO ESTADO DE GOIÁS – SREI. O
TRT 18 destacou, ainda, que se utiliza das redes sociais, do Google, do Portal da
Transparência e de consultas a outros Tribunais como ferramentas com o objetivo de
dar maior efetividade à execução. Informou, outrossim, que a utilização dessas
ferramentas encontra-se regulamentada, de forma genérica, no Provimento Geral

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