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» Elasticidade
DEFINIÇÃO E MEDIDA DA
ELASTICIDADE
Para que a Flunomics, uma distribuidora hipotética de vacinas contra a
gripe, pudesse calcular se poderia aumentar sua receita aumentando
significativamente o preço da vacina durante o pânico de 2004, teria que
saber a elasticidade-preço da demanda de vacinas contra a gripe.
Ao preço de $20 por vacina, a quantidade de vacinas demandada é 10 milhões por ano
(ponto A). Quando o preço sobe para $21 por vacina, a quantidade demandada cai
% de variação no preço
Elasticidade-preço da demanda
economia em ação
Estimativas das elasticidades
Elasticidade-preço
da demanda
Bem
Demanda inelástica
Ovos 0,1
Carne 0,4
Gasolina 0,5
Demanda elástica
Habitação 1,2
BREVE REVISÃO
Elasticidade-preço da demanda é a variação percentual na quantidade
demandada dividida pela variação percentual no preço à medida que se move
ao longo da curva da demanda, ignorando o sinal de menos.
Na prática, variações percentuais são mais bem medidas pelo método do
ponto médio, em que a variação percentual em cada variável é calculada
usando a média entre os valores inicial e final.
INTERPRETAÇÃO DA
ELASTICIDADEPREÇO DA DEMANDA
A Med-Stat e outros distribuidores de produtos farmacêuticos
acreditavam que poderiam elevar muito o preço da vacina contra gripe em
face da escassez porque a elasticidade-preço da demanda de vacinas era
baixa. Mas o que isso significa? Até onde deve cair a elasticidade-preço para
que seja classificada como baixa? Até onde deve subir para ser classificada
como alta? E o que determina que a elasticidade-preço da demanda seja alta
ou baixa?
Para responder a essas questões, é preciso analisar mais profundamente a
elasticidade-preço da demanda.
demandada não é afetada pelo preço. O painel (b) mostra uma curva da demanda
vão comprar qualquer quantidade de bolas de tênis cor-de-rosa, mas não vão comprar
nenhuma a um preço acima de $5. Se o preço cair abaixo de $5, comprarão um número
preço gera uma queda de 20% na quantidade demandada, o que implica elasticidade-
de 20% no preço gera uma queda de 10% na quantidade demandada, o que implica
A receita total tem uma representação gráfica que ajuda a entender por
que é crucial conhecer a elasticidade-preço da demanda quando queremos
saber se um aumento de preço reduz ou aumenta a receita total. O painel (a)
na Figura 6-4 mostra a mesma curva da demanda do painel (a) da Figura 6-
3. Vemos que 1.100 motoristas passarão pelo pedágio, se o preço for $0,90.
Assim, a receita total do preço de $0,90 é $0,90 × 1.100 = $990. Esse valor é
igual à área do retângulo que tem o canto inferior esquerdo no ponto (0, 0) e
o canto superior direito em (1.100, 0,90). Em geral, a receita total a qualquer
preço é igual ao retângulo cuja altura é o preço e cuja largura é a quantidade
demandada a esse preço.
Para ter uma ideia de por que a receita total é importante, considere o
seguinte cenário. Suponha que o pedágio seja atualmente $0,90, mas que o
departamento rodoviário precise arrecadar mais dinheiro para reparos na
estrada. Uma possibilidade é aumentar o preço do pedágio.
Mas esse plano pode sair pela culatra, uma vez que um preço maior vai
reduzir o número de motoristas que usam esse caminho. E se o tráfego desse
trajeto cair muito, um pedágio mais alto realmente vai reduzir a receita total,
em vez de aumentá-la. Portanto, é importante para o departamento
rodoviário saber como os motoristas irão responder a um aumento de
pedágio.
Podemos ver graficamente como o aumento do pedágio afeta a receita
total do pedágio examinando o painel (b) da Figura 6-4. A um pedágio de
$0,90, a receita total é dada pela soma das áreas A e B. Após o aumento do
pedágio para $1,10, a receita total é dada pela soma das áreas B e C. Então,
quando o pedágio aumenta, a receita representada pela área A se perde, mas
a receita representada pela área C é ganha.
Essas duas áreas têm interpretações importantes. A área C representa a
receita ganha com os $0,20 adicionais pagos por motoristas que continuam a
usar o trajeto. Ou seja, os 900 que continuam a usar o pedágio contribuem
com um adicional de $0,20 × 900 = $180 por dia para a receita total,
representada pela área C. Mas 200 motoristas que teriam usado o pedágio ao
preço de $0,90 deixam de fazê-lo, gerando uma perda de receita total de
$0,90 × 200 = $180 por dia, representada pela área A. (Nesse exemplo em
particular, como a demanda é a elasticidade unitária – como no painel (a) da
Figura 6-3 – o aumento da taxa de pedágio não tem efeito sobre a receita
total, e as áreas A e C têm o mesmo tamanho.)
FIGURA 6-4 Receita total
O retângulo no painel (a) representa a receita total gerada por 1.100 motoristas, cada
um pagando um pedágio de $0,90. O painel (b) mostra como a receita total é afetada
receita total cai no valor da área A. Em virtude do efeito preço, a receita total aumenta
TABELA 6-2
Elasticidade-preço da demanda e receita total
Preço do Preço do
pedágio = pedágio =
$0,90 $1,10
elasticidade-preço da demanda = 1)
Demanda inelástica
(elasticidade-preço da demanda =
0,5)
Demanda elástica
(elasticidade-preço da demanda = 2)
na tabela. O painel inferior mostra como a receita total varia ao longo dessa curva da
receita total gerada. Pode-se observar que a um preço baixo, a elevação do preço
economia em ação
Reação ao custo da instrução universitária
Fazer um curso universitário está ficando mais caro do que nunca e não é
apenas por causa da inflação. Durante anos o custo da instrução tem
aumentado mais rapidamente do que o custo de vida global. Mas será que
esse aumento de preços faz as pessoas desistirem de fazer faculdade? Dois
estudos descobriram que a resposta depende do tipo de universidade. Os
dois estudos avaliaram o grau de sensibilidade que essa decisão tem em
relação à variação do preço da instrução.
Um estudo de 1988 descobriu que um aumento de 3% no custo de
instrução levou a uma queda de aproximadamente 2% no número de alunos
matriculados em instituições de quatro anos, o que dá uma elasticidade-
preço da demanda de 0,67 (2%/3%). No caso das instituições com estada de
dois anos, o estudo verificou uma sensibilidade bem maior: um aumento de
3% no custo da instrução levou a uma queda de 2,7% no número de
matrículas, resultando em uma elasticidade-preço de 0,9. Em outras
palavras, a decisão de se matricular em uma faculdade de dois anos é
significativamente mais sensível ao preço do que a decisão de se matricular
em uma faculdade de quatro anos. Resultado: os alunos de cursos
universitários de dois anos têm maior probabilidade de não fazer o curso em
virtude do custo da instrução do que os dos cursos de quatro anos.
Um estudo de 1999 confirmou esse padrão. Em comparação com os
cursos de quatro anos, as matrículas nas faculdades de dois anos são muito
mais sensíveis a variações na ajuda financeira estatal (uma queda na ajuda
leva a uma diminuição no número de matrículas), um efeito previsível em
razão da grande sensibilidade desses alunos ao custo do curso. Outra
evidência também sugere que os alunos das faculdades de dois anos são
mais propensos a custear seus estudos e fazer um trade-off entre estudar e
trabalhar: a pesquisa constatou que as matrículas nos cursos universitários
de dois anos são muito mais sensíveis a variações na taxa de desemprego
(um aumento da taxa de desemprego leva a um aumento nas matrículas) do
que as matrículas nos cursos universitários de quatro anos. Então, nos
Estados Unidos, o custo da instrução é uma barreira para a obtenção de um
diploma universitário? Sim, mas mais nos cursos de dois anos do que nos
cursos de quatro anos.
Curiosamente, o estudo de 1999 verificou que, tanto para as faculdades
de dois anos quanto para as de quatro anos, a sensibilidade da demanda ao
preço tinha caído um pouco desde o estudo de 1988. Uma explicação
possível é que, mesmo com o valor da formação universitária tendo
aumentado consideravelmente ao longo do tempo, menos pessoas
renunciam à faculdade, mesmo quando o custo da instrução aumenta. E a
elasticidade-preço da demanda de educação manteve-se baixa. Um estudo
de 2008 estima que a elasticidade-preço da demanda de educação em
instituições de quatro anos pode estar tão baixa quanto 0,11. (Fonte: Nota na
página de copyright.)
BREVE REVISÃO
A demanda é perfeitamente inelástica quando é completamente insensível
ao preço. É perfeitamente elástica quando é infinitamente sensível ao preço.
A demanda é elástica quando a elasticidade-preço da demanda é maior que
1. É inelástica quando a elasticidade-preço da demanda é menor que 1. Tem
elasticidade unitária quando a elasticidade-preço da demanda é
exatamente 1.
Quando a demanda é elástica, o efeito quantidade de um aumento de preço
domina o efeito preço, e a receita total cai. Quando a demanda é inelástica,
o efeito preço de um aumento de preço domina o efeito quantidade, e a
receita total aumenta.
Como a elasticidade-preço da demanda pode variar ao longo da curva da
demanda, quando os economistas falam “da” elasticidade-preço da demanda,
referem-se a um ponto específico na curva de demanda.
A disponibilidade imediata de bens substitutos torna a demanda de um bem
mais elástica, assim como o tempo decorrido desde a mudança de preço. A
demanda de bens de primeira necessidade é menos elástica e a de bens de
luxo é mais elástica. A demanda tende a ser inelástica para bens que
absorvem pequena parcela da renda do consumidor e elástica para bens que
absorvem grande parte da renda.
OUTRAS ELASTICIDADES DA
DEMANDA
A quantidade de um bem demandado não depende apenas do preço
desse bem, mas também de outras variáveis. Em particular, as curvas da
demanda se deslocam por causa de variações nos preços dos bens
relacionados e variações na renda dos consumidores. Muitas vezes, é
importante ter uma medida desses outros efeitos, e as melhores medidas –
adivinhe – são as elasticidades. Especificamente, pode-se avaliar melhor
como a demanda de um bem é afetada pelos preços de outros bens usando
uma medida chamada elasticidade-preço cruzada da demanda, e podemos
avaliar melhor como a demanda é afetada por variações de renda usando a
elasticidade-renda da demanda.
Elasticidade-renda da demanda
Fonte: Base de dados de cotas alimentares do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Renda per
BREVE REVISÃO
Bens são substitutos quando a elasticidade-preço cruzada da demanda é
positiva. Bens são complementares quando a elasticidade-preço cruzada da
demanda é negativa.
Bens inferiores têm elasticidade-renda da demanda negativa. A maioria
dos bens é normal, quando têm elasticidade-renda da demanda positiva.
Bens normais podem ser elásticos em relação à renda, quando a
elasticidade-renda da demanda é maior que 1, ou inelásticos em relação
à renda, quando a elasticidade-renda da demanda é positiva, mas menor que
1.
Medindo a elasticidade-preço da
oferta
A elasticidade-preço da oferta é definida da mesma forma que a
elasticidade-preço da demanda (embora aqui não haja sinal de menos para
ser eliminado):
(6-9) Elasticidade-preço da oferta
O painel (a) mostra a curva da oferta perfeitamente inelástica, que é uma linha vertical. A
elástica, que é uma linha horizontal. Ao preço de $12, os fabricantes irão fornecer
qualquer quantidade, mas não vão ofertar nenhuma ao preço abaixo de $12. Se o preço
O painel (b) mostra a curva da oferta de pizza. Supomos que custe $12
fabricar uma pizza, incluindo todos os custos de oportunidade. A qualquer
preço abaixo de $12, não seria lucrativo fabricar pizza, e todas as pizzarias
nos Estados Unidos iriam fechar. Como alternativa, existem muitos
fabricantes que poderiam operar pizzarias se fossem rentáveis. Os
ingredientes – farinha, tomate, queijo – são abundantes. E, se necessário,
podem ser cultivados mais tomates, pode ser produzido mais leite para
fabricar queijo muçarela, e assim por diante. Assim, qualquer preço acima
de $12 resultaria em uma quantidade extremamente grande de oferta de
pizza. A curva da oferta implícita é, portanto, uma linha horizontal em $12.
Uma vez que até um pequeno aumento no preço leva a um aumento
enorme na quantidade ofertada, a elasticidade-preço da oferta é mais ou
menos infinita. Esse é um caso de oferta perfeitamente elástica.
Como nossos exemplos de frequência de telefonia celular e de pizza
sugerem, exemplos reais de oferta perfeitamente inelástica e perfeitamente
elástica são fáceis de encontrar – muito mais fácil do que suas contrapartes
na demanda.
A disponibilidade de insumos
A elasticidade-preço da oferta tende a ser elevada quando os insumos
estão disponíveis e podem ser deslocados para dentro e para fora da
produção com um custo relativamente baixo. Tende a ser baixa, quando os
insumos são difíceis de ser obtidos – e podem ser deslocados para dentro e
para fora da produção apenas a um custo relativamente elevado.
Tempo
A elasticidade-preço da oferta tende a crescer mais à medida que os
produtores têm mais tempo para responder à variação de preço. Isso
significa que a elasticidade-preço da oferta no longo prazo, muitas vezes, é
maior do que a elasticidade de curto prazo. (No caso da escassez de vacina
contra a gripe, o tempo era o elemento crucial porque é necessário que a
vacina seja cultivada em culturas por muitos meses.)
A elasticidade-preço da oferta de pizza é muito elevada porque é fácil a
obtenção dos insumos necessários à expansão da atividade. A elasticidade-
preço da frequência de telefonia celular é zero porque um insumo essencial
– o espectro da frequência de rádio – não pode aumentar.
Muitas indústrias são como a de pizza e têm elasticidade-preço da oferta
elevada: podem-se expandir facilmente, porque não necessitam de recursos
especiais e exclusivos. Por outro lado, a elasticidade-preço da oferta
geralmente está longe de ser perfeitamente elástica para bens que envolvem
recursos naturais limitados: minérios como ouro ou cobre; produtos
agrícolas, como o café que floresce apenas em determinados tipos de terra; e
recursos não renováveis, como os peixes do mar, que só podem ser
explorados até certo ponto, sob pena de destruir o recurso.
Mas, com tempo suficiente, os produtores são capazes de mudar
significativamente a quantidade que produzem em resposta a uma mudança
de preço, mesmo quando a produção envolve recursos naturais limitados.
Por exemplo, considere novamente o efeito de um aumento de preço da
vacina contra a gripe, mas, desta vez, concentre-se sobre a resposta da
oferta. Se o preço aumentasse para $90 por vacina e assim permanecesse por
vários anos, certamente haveria um aumento substancial na produção de
vacinas contra a gripe. Produtores como Chiron eventualmente reagiriam
aumentando o tamanho das instalações industriais, contratando mais
técnicos de laboratório, e assim por diante. Mas a expansão significativa de
um laboratório de biotecnologia leva vários anos e não semanas ou meses ou
mesmo um ano.
Por essa razão, os economistas costumam fazer uma distinção entre a
elasticidade da oferta de curto prazo, em geral de poucas semanas ou meses,
e a elasticidade da oferta de longo prazo, geralmente significando vários
anos. Na maioria das indústrias, a elasticidade de oferta de longo prazo é
maior que a de curto prazo.
economia em ação
Excedentes agrícolas europeus
BREVE REVISÃO
A elasticidade-preço da oferta é a variação percentual na quantidade
ofertada dividida pela variação percentual no preço.
Com a oferta perfeitamente inelástica, a quantidade ofertada é
completamente insensível ao preço e a curva da oferta é uma linha vertical.
Com a oferta perfeitamente elástica, a curva da oferta é horizontal em
algum preço específico. Quando o preço cai abaixo desse nível, a quantidade
ofertada é zero. Quando o preço sobe acima desse nível, a quantidade
ofertada é infinita.
A elasticidade-preço da oferta depende da disponibilidade de insumos, da
facilidade de deslocar insumos para dentro e para fora de usos alternativos e
do período decorrido desde a variação no preço.
ELASTICIDADES
Acabamos de passar por algumas elasticidades diferentes. Pode ser um
desafio distingui-las. Assim, na Tabela 6-3, há um resumo de todas as
elasticidades que analisamos e suas implicações.
TABELA 6-3
Elasticidades
• CASO EMPRESARIAL
• RESUMO
1. Muitas questões econômicas dependem do tamanho da resposta do
consumidor ou do produtor a mudanças de preço ou outras variáveis. A
elasticidade é uma medida geral de sensibilidade que pode ser usada para
responder a essas questões.
2. A elasticidade-preço da demanda, ou seja, a variação percentual na
quantidade demandada dividida pela variação percentual no preço
(ignorando o sinal de menos) é uma medida da sensibilidade da quantidade
demandada a variações de preço. Nos cálculos práticos, geralmente é
melhor usar o método do ponto médio, que calcula a variação percentual
de preços e quantidades com base na média entre os valores inicial e final.
3. A resposta da quantidade demandada ao preço pode variar de demanda
perfeitamente inelástica, quando a quantidade demandada não é afetada
pelo preço, a demanda perfeitamente elástica, onde existe um preço
único pelo qual os consumidores comprarão qualquer quantidade ofertada.
Quando a demanda é perfeitamente inelástica, a curva da demanda é uma
linha vertical; quando é perfeitamente elástica, a curva da demanda é uma
linha horizontal.
4. A elasticidade-preço da demanda é classificada como maior ou menor que
1. Se for maior que 1, a demanda é elástica. Se for menor que 1, a
demanda é inelástica. Se for exatamente 1, a demanda tem elasticidade
unitária. Essa classificação determina a receita total, o valor total das
vendas, quando o preço muda. Se a demanda for elástica, a receita total cai
quando o preço aumenta e aumenta quando o preço cai. Se a demanda for
inelástica, a receita total aumenta quando o preço aumenta e cai quando o
preço cai.
5. A elasticidade-preço da demanda depende de existirem substitutos
próximos para o bem em questão, de o bem ser de primeira necessidade ou
de luxo, da parcela da renda gasta com o bem e do tempo decorrido desde
a variação do preço.
6. A elasticidade-preço cruzada da demanda mede o efeito da variação no
preço de um bem sobre a quantidade demandada de outro bem. A
elasticidade-preço cruzada da demanda pode ser positiva, quando os bens
são substitutos, ou negativa, quando são complementares.
7. A elasticidade-renda da demanda é a variação percentual na quantidade
demandada de um bem quando a renda do consumidor varia, dividida pela
variação percentual na renda. A elasticidade-renda da demanda indica o
quanto a demanda de um bom responde a variações na renda. Pode ser
negativa; nesse caso, trata-se de um bem inferior. Bens com elasticidades-
renda da demanda positiva são normais. Se a elasticidade-renda for maior
que 1, a demanda do bem é elástica em relação à renda. Se for positiva
e menor que 1, é inelástica em relação à renda.
8. A elasticidade-preço da oferta é a variação percentual na quantidade
ofertada de um bem dividido pela variação percentual no preço. Se a
quantidade ofertada não muda nada, temos um exemplo de oferta
perfeitamente inelástica; a curva da oferta é uma linha vertical. Se a
quantidade ofertada é zero abaixo de certo preço, mas infinita acima desse
preço, temos um exemplo de oferta perfeitamente elástica; a curva da
oferta é uma linha horizontal.
9. A elasticidade-preço da oferta depende da disponibilidade de recursos para
expandir a produção e do tempo. É tanto mais elevada quanto mais os
insumos sejam fáceis de obter e quanto mais tempo tenha decorrido desde
a variação no preço.
• PALAVRAS-CHAVE
Elasticidade-preço da demanda, p. 132
Método do ponto médio, p. 133
Demanda perfeitamente inelástica, p. 135
Demanda perfeitamente elástica, p. 135
Demanda elástica, p. 135
Demanda inelástica, p. 136
Demanda de elasticidade unitária, p. 136
Receita total, p. 137
Elasticidade-preço cruzada da demanda, p. 141
Elasticidade-renda da demanda, p. 142
Demanda elástica em relação à renda, p. 143
Demanda inelástica em relação à renda, p. 143
Elasticidade-preço da oferta, p. 144
Oferta perfeitamente inelástica, p. 145
Oferta perfeitamente elástica, p. 145
• PROBLEMAS
1. A Nile.com, uma livraria on-line, quer aumentar a receita total. Uma das
estratégias sugeridas é um desconto de 10% em todos os livros vendidos. A
Nile.com sabe que os clientes podem ser divididos em dois grupos distintos
de acordo com a resposta provável ao desconto. A tabela a seguir mostra
como os dois grupos reagem com o desconto.
2006 2007
$1.100 12.000
$900 8.000
$4 3.000 5.000
5 2.400 4.200
6 1.600 3.000
7 800 1.800
www.worthpublishers.com/krugmanwells