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18/06/2021

TECIDO ADIPOSO

EXERCÍCIO, EMAGRECIMENTO E → Órgão que desempenha papel chave no metabolismo.

INTENSIDADE DO TREINAMENTO Armazenamento de energia


Órgão endócrino Adipocinas
Dr. Andre Lopes Anti-inflamatórios
Fatores proteicos
Pró-inflamatórios

TECIDO ADIPOSO
Visfatina
TECIDO ADIPOSO Secreção
de insulina

Leptina TNF-α, MCP-1


→ Atualmente é relatada uma função parácrina desse tecido. Balanço
Balanço
energético
energético

→ Órgão endócrino-parácrino.
Tecido
Leptina
Regulação do metabolismo Adiposo
Adiponectina Apelina Adiponectina
Resistina Controle da ingestão calórica Pressão Controle da glicose
catabolismo de AG
sanguínea
Adipocinas Apelina
Visfatina
Vaspirina Resistina
Omentina e
vaspina
Omentina Resistência
à insulina
Sensibilidade
regulação de
insulina

TECIDO ADIPOSO
TECIDO ADIPOSO Exercício Físico: Modulador da atividade secretora do tecido adiposo
→ Órgão secretor de citocinas anti-inflamatórias e pró-inflamatórias. Intensidade

→ Citocinas: proteínas secretadas por diversos tecidos. Periodicidade


Duração
Intermediadoras do sistema imunológico: função inflamatória e
Treinamento
pró-inflamatória Dependente de
Sexo
Citocinas Angiogênese
Idade
Quimiotaxia
... Volume de tecido adiposo
Distribuição do tecido adiposo no corpo do indivíduo

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Gorduras da Lúmen intestinal


dieta Monoacilgliceróis, Fosfolipídeos,
Ácidos graxos livres (AGL)
Colesterol
Mudanças no consumo dos macronutrientes
Apoproteína Células intersticiais

QM
Quilomícron AGL

Linfa
Ducto Adipócito
biliar Lipólise por Lipases
Sangue QM AGL
Lipoproteína Lipase Glicerol Recombinados
em
TG
Arma-
triacilgliceróis zenado
QM (TG)
Remanescentes C-HDL C-LDL
Maioria das células
AGL oxidados para
produzir energia
Fígado
Colesterol para síntese
Metabolizado

Colesterol + AGL + lipoproteínas


Ford ES, Dietz DW. Trends in energy intake among adults in the United States: findings from NHANES. Am J Clin Nutr. 2013;97:848–53.
Sais biliares

CO2 + H2O + Energia


Proteína Glicogênio Glicerol Triglicerídeos
Glicose 3-Fosfato
Amino- Glicose Ácidos Graxos
ácidos
Mono-
Glicose Ácidos Graxos Glicerideos

VLDL

Rota dos Macro Nutrientes CO2 + H2O + Energia


Ureia Ácidos Graxos
Triglicerídeos

Glicerol
3-Fosfato

em Diferentes Tecidos
NH3 α-Cetoácido
Glicogênio

Aminoácidos Glicose

Glicose (galactose e frutose)


Início
Triglicerídeos
Quilomicrons
Aminoácidos

Gorduras Carboidratos Proteínas


Glicerol + Ácidos Graxos Glicose/Glicogênio Aminoácidos

Desaminação
Glicólise
Alanina
B-Oxidação
Piruvato Amônia
Glicina
Ureia
Lactato
Urina
Acetil-CoA
Corpos
Cetônicos

Glutamato
Oxaloacetato Clico do Citrato
Ácido Cítrico

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↑Adipocinas Pro- ↑Triglicerídios ↑AGL


inflamatórias (IL-6, TNF) ↑ LDL ↑ TLR

→ Inflamação crônica
→ Risco de aterosclerose, diabetes tipo II,
neurodegeneração e tumores
→ Redução da capacidade funcional
→ Redução da longevidade

Tecido adiposo Tecido adiposo


(eutrófico) (obeso) INFLAMAÇÃO

Gleeson M, Bishop NC, Stensel DJ, Lindley MR, Mastana SJ, Nimmo MA. The anti-inflammatory effects of exercise: mechanisms and
implications for the prevention and treatment of disease. Nature Reviews Immunology 11, 607–615; 2011.

Obesidade Subcutânea Obesidade Visceral

Gordura Subcutânea Gordura Visceral

Tecido Adiposo Normal Tecido Adiposo Doente

Adipócito
Veias Sanguíneas
Adipócito
Apoptótico

Macrófago M2 Macrófago M1

Adipocinas Anti-inflamatórias Adipocinas Pro-inflamatórias


Adiponectina TNF, IL6. IL18, PAI1, Resistina
Adipocinas Anti-inflamatórias
Na doença: os macrófagos
M1 estão envolvidos no Proteção para Inflamação sistêmica,
Inflamação Sistêmica,
diabetes e doenças cardiovasculares
início e na sustentação da Diabetes e Doenças Cardiovasculares Morton GJ, Commings DE, Baskin DG, Barsh GS, Schwartz MW. Central nervous system control of food intake and body weight.
inflamação. González-Muniesa Obesity. Nature Reviews Disease Primers 3, Article number: 17034 (2017). Nature 443, 289–295, 2006.

Genótipos Obesos
Um genótipo econômico: baixa taxa metabólica e termogênese insuficiente;

Um genótipo hiperfágico: falta de regulação do apetite e saciedade e propensão a superalimentação;

Um genótipo sedentário: propensão a ser viciado em CHO ou fisicamente inativo;

Um genótipo de baixa oxidação lipídica: propensão a ser um oxidante lipídico baixo;

Um genótipo de adipogênese: capacidade de expandir o complemento de adipócitos e alta


capacidade de armazenamento lipídico.

Bouchard, C. International Journal of Obesity, 2007

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Responder X Non-Responder
Hormônios Orexígenos Periféricos

GRELINA
→ encontrado na maioria dos tecidos, porém em maior quantidade no estômago e
intestino.
→ único hormônio orexígeno periférico conhecido.
→ Funções: liberar o hormônio do crescimento (GH) e estimular a fome.
→ aumenta durante o jejum e diminui depois das refeições.
Claude Bouchard

Exercício agudo x Hormônio do apetite

→ 9 homens fisicamente ativos.


→ corrida de 1 hora em esteira à 75%
19% aumentaram
do VO2max
Consumo calórico pós-exercício 65% não presentaram diferença
16% diminuíram

Treino Treino Almoço


Almoço

Exercício crônico x Hormônio do apetite


Hormônios Anorexígenos Periféricos

LEPTINA
→ maior efeito inibitório do apetite.
→ interage tanto com hormônios anorexígenos como orexígenos.
→ 16 mulheres e 6 homens com obesidade grau I. → Funções: inibição da fome e estímulo da saciedade.
→ 40 minutos em cicloergômetro 3 vezes/semana
à 70% da FCmáx prevista.

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Conclusão: não há efeitos significativos agudos ou crônicos do


exercício, independentemente da quantidade de gordura corporal,
nos níveis de leptina nos seres humanos.

→ em camundongos modificados, incapazes de produzir leptina, quando administrado o


hormônio houve uma redução de 75% da ingestão calórica.
→ ao administrar o hormônio em animais que naturalmente produzem leptina, foi observado uma Pérusse L, Collier LG, Gagnon J, Leon AS, Rao DC, Skinner JS, Wilmore JH, Nadeau A, Zimmet PZ, Bouchard C. Acute and chronic effects of
redução, porém menos intensa. exercise on leptin levels in humans. J. Appl. Physiol. 83(1): 5–10, 1997

Microbiota
Firmicutes:
↑ absorção
intestinal
↑ grau de
obesidade

→ o exercício exaustivo aumenta as concentrações de leptina, podendo ser uma das explicações
para a anorexia induzida pelo exercício.
→ essa produção de leptina parece ser advinda do estômago e não do tecido adiposo. Ley RE, Turnbaugh PJ, Klein S, Gordon JI. Microbial ecology: Human gut microbes associated with obesity. Nature. 444, 1022–1023, 2006.

Exercício X Microbiota Exercício X Microbiota


Humor Cognição
Exercício físico A ingestão dietética
melhora o humor e influencia o humor,
evita o declínio a cognição e o
cognitivo comportamento

O exercício físico
promove alterações da
microbiota, ou seja,
aumenta a diversidade
de bactérias intestinais.
A ingestão dietética
Dieta e exercício
muda com o
modificam a
exercício e é
imunidade inata
determinante na
que condiciona a
função microbiana
microbiota
intestinal

Clarke SF et al. Exercise and associated dietary extremes impact on gut microbial diversity. Gut 2014;63:1913–1920. O’Sullivan O et al. Exercise and microbiota. Gut. 6(2): 131-136. 2015.

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Glicose
sanguínea
X
insulina

A complexidade do carboidrato não interfere muito no índice glicêmico.

→ A resposta à insulina está mais voltada à carga


Foster-Powell, K et al. AJCN, 2002
glicêmica do que ao índice glicêmico.

Frutose Frutose

→ Absorvida lentamente pelo intestino delgado. → Possui índice glicêmico baixo.

→ Resposta mínima de insulina → pouco → O consumo de frutose aumenta esteatose


declínio da glicose sanguínea. hepática, VLDL, resistência à insulina e risco
cardíaco.
→ Após absorção o fígado transforma frutose
em glicose. → 1 banana = ± 3 a 6 gramas de frutose.

→ Problemas gastrointestinais (vômitos e → 1 litro de Coca-Cola = ± 65 gramas de frutose.


diarreias).

Intolerância à Lactose Intolerância à


Lactose

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OBJETIVO: Alimentos específicos como peixe e arroz têm altas concentrações de


metais, como arsênico, mercúrio, chumbo, cádmio e cobalto. Muitas dietas sem
glúten (GFDs) incluem esses alimentos, então avaliamos se um GFD foi associado
ao aumento da bioacumulação de metais.

CONCLUSÃO: as pessoas em um GFD apresentaram níveis significativamente


maiores de urina de arsênico total e níveis sanguíneos de mercúrio, chumbo e
cádmio do que pessoas que não evitam o glúten.

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Quantidade de fibras em 100g


Farelo de trigo – 47g
EXERCÍCIO FÍSICO E INTESTINO
Flocos de aveia – 6,40g
Pão de centeio – 5,24g
Pão integral – 5,03g
Pão francês – 3,20g
Milho verde – 2,88g
Brócolis – 2,86g
Berinjela – 2,51g
Couve-flor – 2,05g
Mandioca – 1,80g
Cenoura – 1,54g
Arroz integral – 1,50g
Fonte: Tabela Brasileira de Composição de Alimentos da USP

Respostas
Adaptações
Agudas

Heinonen, I et al. Physiology, 2014. Heinonen, I et al. Physiology, 2014.

Fluxo Sanguíneo Esplâncnico


→ Exercícios intensos > 70% do VO2máx diminui a velocidade
120
da digestão.
100

80
→ Atividades de baixa intensidade promove maior velocidade de
FSE (% basal)

digestão. 60

40

→ O nível de condicionamento é fundamental determinante 20


para o esvaziamento gástrico.
0
→ Indivíduos sedentários podem apresentar desconforto em 0 20 40 60 80 100 120
caminhadas leves. % VO2max

Brouns, F; Beckers, E. Sports Medicine, 1993

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Adaptações
gastrointestinais
ao treinamento

→ Maior motilidade gastrointestinal.


→ Maior secreção de muco.
→ Aumento da irrigação tecidual.
→ Ação anti-ulcerogênica.

Como funciona o emagrecimento? De onde vem os cálculos?


Metabolismo Basal Atividade Física Exercício Físico

A Taxa Metabólica Basal (TMB) Atividade física O exercício físico


é o mínimo de energia é qualquer movimento corporal é uma sequência sistematizada de
necessária para manter as produzido pela musculatura que movimentos, que são executados
funções do organismo em resulte num gasto de energia de maneira planejada e possuem
repouso, como os batimentos acima do nível de repouso. um objetivo especifico. Ela é
cardíacos, a pressão arterial, a Exemplos:, passear com o repetitiva e deve ser feita com a
respiração e a manutenção da cachorro, dançar, entre outros. ajuda de um profissional, porque
temperatura corporal somente ele pode determinar a
intensidade ideal, a duração, as
cargas individualmente.

Como calcular a taxa metabólica basal dos sujeitos?

Calorimetria Direta Calorimetria Indireta Equações de predição


Calorimetria direta que mede a Calorimetria indireta é um método Equações de predição da taxa
transferência de calor do não-invasivo que determina as metabólica basal são um meio
organismo para o meio ambiente, necessidades nutricionais e a taxa barato de estimar a taxa
é calculada a partir dos de utilização dos substratos metabólica basal por meio de
equivalentes calóricos do oxigênio energéticos a partir do consumo de correlações validadas por
consumido e do gás carbônico oxigênio e da produção de gás calorimetria indireta.
produzido e por meio de fluxo de carbônico obtidos por análise do ar
lamina de água que absorve a inspirado e expirado pelos pulmões
temperatura

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Equações de predição podem superestimar o metabolismo


basal entre 5 e 23% do valor real!

A equação que menos traz esse erro é a de Mifflin segundo


Os estudo que realizamos e publicamos.

MAS EU NEM COMO MUITO, E ENGORDO.... A PARTIR DE AGORA VAMOS FAZER UM EXERCÍCIO DE ENTENDIMENTO, VAMOS COMPRIENDER ONDE

MEU METABOLISMO SÓ PODE SER LENTO! PODE ESTAR A CONFUSÃO SOBRE “ACHAR QUE COME POUCO” E “ENGORDA MUITO”.

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Engordamos por que? Pão francês (1 unidade)


Peso: 50g
Pão de forma integral (2 fatias)
Peso: 50g
Porque comemos kcal a mais Proteína: 3,9g
Carboidrato: 29,3g
Proteína: 4,71
Carboidrato: 24,9g
Do que precisamos por dia! Obtemos calorias dos alimentos que ingerimos
Lipídeo: 1,55g Lipídeo: 1,83g
Kcal: 149,9kcal Kcal: 126,6kcal
Nas 24 horas do dia!
Presunto gordo (1 fatia média) Presunto magro (1 fatia média)
Peso: 15g Peso: 15g
Proteína: 2,16g Proteína: 2,14g
Carboidratos tem 4kcal Carboidrato: 0,21g Carboidrato: 0,32g
Lipídeo: 1g
Kcal: 19kcal
321kcal Lipídeo: 0,4g
Kcal: 14kcal

Proteínas tem 4kcal Queijo mussarela (1 fatia média) Queijo Minas Frescal (1 fatia média)
Peso: 20g
Proteína: 4,32g
226kcal Peso: 20g
Proteína: 3,52g
Carboidrato: 0,49g Carboidrato: 2,1g
Lipídeo: 4,9g Lipídeo: 2,8g
Gorduras tem 9kcal Kcal: 63kcal Kcal: 48kcal

Maionese (1 colher) Requeijão (1 colher)


Peso: 16g Peso: 16g
Proteína: 0,5g Proteína: 1,7g
Carboidrato: 0,2g Carboidrato: 1,1g
Álcool tem 7kcal Lipídeo: 9,6g Lipídeo: 2,8g
Kcal: 88,6kcal Kcal: 36,9kcal

PENSANDO EM UMA DIETA DE EMAGRECIMENTO,


QUAL DESSAS BEBIDAS SERIA A MENOS RECOMENDADA?

Suco de uva Suco de laranja Refrigerante


Quantidade: 200ml Quantidade: 200ml Peso: 200ml
Proteína: 0g Proteína: 0,9g Proteína: 0g
Carboidrato: 29,4g Carboidrato: 17g Carboidrato: 17,3g
Lipídeo: 0g Lipídeo: 0,2g Lipídeo: 0g
Kcal: 115kcal Kcal: 72,3kcal Kcal: 67kcal

QUAL DESSES PRATOS TEM MAIS CALORIAS?

Arroz integral (cozido) Macarrão (cozido) Abóbora/moranga (cozida)


Peso: 100g Peso: 100g Peso: 100g
Proteína: 2,5g Proteína: 5,8g Proteína: 0,3g
Carboidrato: 25,8g Carboidrato: 30,8g Carboidrato: 5,9g
Lipídeo: 1g Lipídeo: 0,9g Lipídeo: 0,8g Arroz integral (cozido) Macarrão (cozido) Abóbora/moranga (cozida)
Kcal: 123,5kcal Kcal: 158kcal Kcal: 29kcal
Peso: 100g Peso: 100g Peso: 100g

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QUAL DESSES PRATOS TEM MAIS CALORIAS?

Batata inglesa (cozida) Batata inglesa (Frita) Aipim (cozido)


Peso: 100g Peso: 100g Peso: 100g
Proteína: 1,1g Proteína: 4,9g Proteína: 0,5g
Carboidrato: 11,9g Carboidrato: 35,6g Carboidrato: 30g
Lipídeo: 0g Lipídeo: 13,1g Lipídeo: 0,3g
Kcal: 51,5kcal Kcal: 267,1kcal Kcal: 125kcal

Batata inglesa (cozida) Batata inglesa (Frita) Aipim (cozido)


Peso: 100g Peso: 100g Peso: 100g

QUAL DESSES PRATOS TEM MAIS CALORIAS?

Ovo de galinha (Inteiro, cozido) Ovo de galinha (Inteiro, frito) Clara de ovo (cozida, 2 unidades)
Peso: 45g Peso: 45g Peso: 45g
Proteína: 5,6g Proteína: 6,1g Proteína: 5,8g
Carboidrato: 0,5g Carboidrato: 0,5g Carboidrato: 0g
Lipídeo: 4,7g Lipídeo: 7,9g Lipídeo: 0,05g
Kcal: 69kcal Kcal: 100kcal Kcal: 25,2kcal
Ovo de galinha (Inteiro, cozido) Ovo de galinha (Inteiro, frito) Clara de ovo (cozida, 2 unidades)
Peso: 45g Peso: 45g Peso: 45g

Viu como podemos nos


enganar fácil sobre comer pouco?

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Quanto que a diferença entre os macro nutrientes de uma dieta


influencia no resultado do emagrecimento?

A – Sim, a composição e distribuição dos macro nutrientes influencia


no resultado de emagrecimento.

B – Não, o que importa para emagrecer é o total de calorias ingeridas


independente qual seja a fonte.

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19246357

811 adultos com excesso de gordura foram randomizados


para uma das quatro dietas;

Dieta 1= 20% Gordura, 15% Proteína e 65% Carboidratos.


Dieta 2 = 20% Gordura, 25% Proteína, e 55% Carboidratos.
Dieta 3 = 40% Gordura, 15% Proteína e 45% Carboidratos.
Dieta 4 = 40% Gordura, 25% Proteína e 35% Carboidratos.

As dietas consistiam em alimentos semelhantes e atendiam às diretrizes para a saúde cardiovascular.


Com calorias totais muito semelhantes e com mesmo déficit calórico para gerar emagrecimento.

Qual dieta foi mais efetiva no emagrecimento?

Entre 59 artigos elegíveis que relataram 48 estudos randomizados únicos (incluindo 7286 indivíduos) e
comparados com nenhuma dieta, a maior perda de massa corporal foi associada a dietas com pouco
carboidrato (8,73 kg [variando 7,27 a 10,20 kg]) e dietas com pouca gordura (7,99 kg [ variando 6,01 a 9,92
kg]).

As diferenças de perda de peso entre as dietas individuais foram mínimas. Por exemplo, a dieta de Atkins
resultou em uma perda de 1,71 kg maior do que a dieta da Zona aos 6 meses de acompanhamento.

Conclusões e relevância Perda significativa de massa foi observada com qualquer


dieta pobre em carboidratos ou gordura. As diferenças de perda de massa corporal
entre as dietas nomeadas individualmente foram pequenas. Isso apoia a prática de
recomendar qualquer dieta que um paciente tenha aderência para perder massa
corporal.

https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/1900510

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O estudo revelou que, durante um ano de dieta, adeptos


dos “Vigilantes do Peso” perderam de 3,3 a 6 quilos,
enquanto os seguidores de “programas tradicionais”
emagreceram de 800 gramas a 5,4 quilos.

Já na comparação entre a “South Beach” e os “programas


tradicionais”, não houve diferença no emagrecimento dos
participantes em um ano – com a ressalva de que todos
os voluntários tinham passado por uma cirurgia de
redução do estômago.

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Além disso, uma pequena diferença na magnitude do efeito entre Entretanto, manter um rotina de alimentação pode ajudar a manter
as frequências sugere que quaisquer benefícios potenciais, se um controle alimentar e consumo calórico total mais controlado.
existirem, têm um significado prático limitado.
Mas isso pode ser feito independentemente de usar 2 ou mais
A adesão é a principal preocupação em relação à prescrição
refeições diárias, viso que o conteúdo total de calorias ingeridas é o
nutricional, o número de refeições diárias consumidas deve se
mais importante para o resultado final de emagrecimento.
resumir à escolha pessoal, se alguém objetivo é melhorar a
composição corporal.

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Embora os resultados iniciais da presente metanálise sugerem um Quanto que a diferença entre os macro nutrientes de uma dieta
influencia no resultado do emagrecimento?
benefício potencial do aumento das frequências alimentares para
melhorar a composição corporal, esses achados precisa ser interpretado
com cautela.
A – Sim, a composição e distribuição dos macro nutrientes influencia
no resultado de emagrecimento.
A relação positiva entre o número de refeições consumidas e
melhorias na composição corporal foi atribuída em grande B – Não, o que importa para emagrecer é o total de calorias ingeridas
independente qual seja a fonte.
parte aos resultados de um único estudo, chamando
questionar a veracidade dos resultados.

O experimento começou em novembro de 1944 e, nos três primeiros meses, eles foram
alimentados conforme o ideal e monitorados. Então suas rações foram cortadas
dramaticamente.

36 jovens escolhidos passaram a consumir menos de 1800kcal por dia e tinham a meta
de percorrer 36km por semana para gerar, junto com a dieta um corte de 1000kcal por
dia.

Três saíram do experimento por não suportarem a falta de comida. Aqueles que
permaneceram perderam cerca de 25% do seu peso e muitos tiveram anemia e
tornozelos inchados, além de apatia e exaustão. As costelas estavam presas na pele -
as pernas eram tão finas quanto costumavam ser os braços. E havia efeitos
psicológicos também.

Ao longo dos anos houve um crescimento


do consumo de bebidas açucaradas e álcool
com redução entre 2009/12

Consumo Calórico de todas as fontes


Subiu e se manteve entre 2003/12

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5579603/

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Conclusões: Os resultados mostram que o lanche continua sendo um componente significativo da dieta dos EUA
e os alimentos consumidos nesses lanches (sobremesas e doces e salgados) não são os tipos de alimentos
recomendados pelas diretrizes alimentares dos EUA.

Nossa constatação de que negros não-hispânicos estão consumindo uma proporção maior de lanches salgados
do que outros grupos, e mostrando o maior aumento na ingestão de energia decorrente de lanches em geral nos
últimos 35 anos, é realmente preocupante.

Quanto que a diferença entre os macro nutrientes de uma dieta


influencia no resultado do emagrecimento?

Qualquer dieta com déficit calórico


A – Sim, a composição e distribuição dos macro nutrientes influencia
será efetiva para o emagrecimento!
no resultado de emagrecimento.

B – Não, o que importa para emagrecer é o total de calorias ingeridas


Mas o sucesso esta na aderência!
independente qual seja a fonte.

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Vamos falar de exercício físico e


emagrecimento?

Então como emagrecer?


Comer menos e gastar mais
as Kcal por dia!

400kcal

https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1616338
Foi feito o Estudo de Intervenção no Estilo de Vida em Idosos obesos de abril de 2010 a junho de
2015 na Escola de Medicina da Universidade do Novo México e no Sistema de Saúde de Veteranos
do Novo México.

Neste estudo de 26 semanas, os participantes foram divididos


aleatoriamente, com estratificação de acordo com o sexo, em um dos
quatro grupos

Grupo Controle Sem Dieta e Treinamento.

Grupo Treinamento Aeróbio (60 minutos) + Dieta.

Grupo Treinamento de Força (60 minutos) + Dieta.

Grupo Treinamento Aeróbio + Força (75-90 minutos) + dieta.

Todos os grupos com intervenção receberam uma


mesma dieta com redução de 500 a 750kcal por dia.

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O QUE PODEMOS APRENDER


COM ESSE ESTUDO?

Tratando-se de emagrecimento não importa o tipo de exercício que praticamos.

Se a dieta estiver equalizada o exercício irá fazer o papel de gastador de reservas,


gerando emagrecimento efetivo.

O tipo de exercício muda as valências ganhas por meio de sua prática.

Todos os exercícios em déficit calórico geram redução da massa magra e óssea.


Entretanto, em diferentes magnitudes.

O exercício físico pode influenciar


no consumo de calorias? Conclusão dos autores!

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RESULTADOS:
O exercício pode contribuir para a perda de gordura, alterando a sensibilidade do sistema regulador do
apetite. Apesar da grande variabilidade, houve uma redução significativa na massa corporal média (3,2 ± 3,6 kg), na
massa gorda (3,2 ± 2,2 kg) e no perímetro da cintura (5,0 ± 3,2 cm) após 12 semanas. A análise mostrou
O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de 12 semanas de exercício obrigatório no controle do apetite. que uma redução na massa corporal e na composição corporal foi acompanhada por um aumento na fome
em jejum e na fome média ao longo do dia (P <0,0001).

Cinquenta e oito homens e mulheres com sobrepeso e obesos completou 12 semanas de exercício
Paradoxalmente, o quociente de saciedade imediato e tardio do café da manhã também aumentou
supervisionado em laboratório. As sessões de exercícios foram projetadas para gastar 2500 kcal / semana.
significativamente (P <0,05).

As sensações subjetivas de apetite e a eficiência saciante de um café da manhã fixo foram comparadas na
linha de base (semana 0) e na semana 12. CONCLUSÕES:
Um sistema eletrônico de classificação de apetite foi usado para medir sensações subjetivas de apetite
imediatamente antes e após o café da manhã fixo no período pós-prandial imediato e o dia todo. Esses dados mostram que o efeito do exercício sobre a regulação do apetite envolve pelo menos dois
O quociente de saciedade do café da manhã foi determinado calculando a mudança nas pontuações do processos: um aumento no desejo geral (orexigênico) de comer e um aumento concomitante na eficiência
apetite em relação ao conteúdo energético do café da manhã. saciante de uma refeição fixa.

OBJETIVO: Estudo 1

Examinar os efeitos do exercício na ingestão de energia a curto prazo e investigar a existência de


anorexia induzida pelo exercício.

Controle
SUJEITOS:
Exercício Leve (40%vo2)
Vinte e três indivíduos saudáveis ​e magros do sexo masculino (n = 11 en = 12, respectivamente) foram 08:00 08:30 08:45 Exercício pesado (70%vo2) 12:00 15:30 17:30 20:00
recrutados da Universidade de Leeds.

INTERVENÇÕES:
Os indivíduos foram aleatoriamente designados para grupo de controle, exercício de baixa e alta intensidade.
E para um grupo controle, tratamento de exercício de curta e longa duração (alta intensidade).

A vontade de comer foi medida por escalas visuais de avaliação analógica e pelo período de tempo entre o final do
exercício e o início da alimentação. A ingestão de energia e macro nutrientes foi medida por meio de uma refeição
de teste de seleção livre e por entradas registradas nos 2 dias seguintes.

Estudo 2 RESULTADOS:

Sentimentos subjetivos de fome foram significativamente suprimidos durante e após sessões de exercícios
intensos (P 0,01), mas a supressão durou pouco. As sessões de exercícios não tiveram efeito significativo na
Controle quantidade total de alimentos consumidos na refeição de teste, mas exercícios intensos atrasaram o início das
Exercício pesado curto
08:00 08:30 08:45 Exercício pesado longo 12:00 15:30 17:30 20:00 refeições (P <0,05). Quando a ingestão de energia foi avaliada em relação à energia gasta durante os períodos
de exercício ou controle, apenas a sessão de longa duração e alta intensidade criou um balanço energético
negativo significativo a curto prazo (P <0,001).

CONCLUSÕES:

Esses estudos indicam que a anorexia induzida pelo exercício pode ser caracterizada por uma breve supressão
da fome, acompanhada de um atraso no início da alimentação. Os aspectos temporais da anorexia induzida
pelo exercício podem ser melhor medidos pela resistência a começar a comer, em vez da quantidade de comida
consumida.

20
18/06/2021

Quais os feitos agudos e crônicos do


exercício em aspectos de saciedade?

EFEITOS AGUDOS EM EUTRÓFICOS


Diversos hormônios estão evolvidos nessa sinalização, grelina acilada, PYY,
A maioria dos estudos examinou a resposta da fome durante e após GLP-1 e peptídeo pancreático.
sessão única de exercícios aeróbios, em uma população
predominantemente masculina, magros e fisicamente ativos.
Sessões de atividade aeróbio com intensidade de 60% do
VO2máx ou mais, se mostraram efetivas para reduzir a
Geralmente esses estudos mostram que há uma supressão
grelina acilada, que é um hormônio orexígeno.
temporária da fome quando o exercício é realizado com
intensidade igual ou superior a 60% VO2máx;

Já os achados sobre essa supressão por meio de


Chamado de Anorexia induzida pelo exercício físico – geralmente
treinamento de força parecem ser confusas ainda. Alguns
durando 30 a 60 minutos tanto para exercícios aeróbios quanto de
estudos mostram redução outros nenhum efeito.
força.

EFEITOS CRÔNICOS EM EUTRÓFICOS EFEITOS AGUDOS EM EUTRÓFICOS E OBESOS MUDAM?

Evidências que investigam os efeitos crônicos do exercício aeróbico no


apetite parâmetros é amplamente conflitante.

Alguns estudos mostraram que o apetite subjetivo em jejum aumenta


após o treinamento com exercícios aeróbicos, enquanto outros não
relataram alterações, ou mesmo uma redução no apetite.

Evidências limitadas examinaram as respostas de


apetite ao treinamento de resistência, sem alteração
no apetite em jejum ou pós-prandial relatado após um
regime de 12 semanas.

21
18/06/2021

EFEITOS CRÔNICOS EM OBESOS

King et al, demonstraram que 12 semanas de treinamento aeróbico


supervisionado em indivíduos com sobrepeso e obesidade (IMC
médio: 31,8 kg/m-2) aumentou a fome em jejum, mas também
aumentou a resposta de saciedade a uma refeição fixa.

Com relação aos hormônios relacionados ao apetite, quatro semanas de


ciclismo de intensidade moderada a 55% VO2 reduz as concentrações
de leptina e aumenta as concentrações de GLP-1 em homens
sedentários (IMC médio 25,6 kg/m-2)

“a ciência não esta nem


ai para sua opinião”
Dr. Andre Lopes

22
18/06/2021

Diferenças sexuais no
metabolismo energético

Os autores baseiam informações sobre


metabolismo sem medir o metabolismo!

A pesquisa encontrou 1184 artigos, 1117 destes foram eliminados por não terem os critérios de qualidade
adotados para o estudo.

Sendo assim, para análise mais criteriosa de qualidade foram elegidos 67 artigos. Após a análise desses
artigos, foram classificados como aceitáveis para a metanálise 21 artigos que atendiam a todos os critérios de
inclusão/exclusão.

23
18/06/2021

A duração das intervenções variou de 1 dias a 16 meses. O tamanho da amostra variou de 12 a 557
participantes, e o índice de massa corporal (IMC) variou de 19,4 a 35,0 kg/m-2.

Quatorze dos estudos foram realizados em participantes com sobrepeso ou obesidade, e sete estudos
utilizaram indivíduos com peso normal.

Dezessete das intervenções do exercício foram realizadas sob supervisão e quatro estudos foram
intervenções auto monitoradas.

Esses estudos selecionados foram classificados em três


grupos com base na duração da intervenção:

Intervenções de curto prazo, 1 a 14 dias ( n = 2)

Intervenções de médio prazo, 2 a 16 semanas ( n = 8)

Intervenções de longo prazo, maiores que 16 semanas ( n = 11)

Intervenções de curto prazo, 1 a 14 dias ( n = 2); Intervenções de médio prazo, 2 a 16 semanas ( n = 8)

O exercício foi monitorado e a prescrição do exercício foi baseada no gasto energético induzido
pelo exercício. Em três desses estudos, foi demonstrado que os homens perderam mais massa corporal em
resposta ao exercício em comparação com as mulheres.
Nas duas intervenções, os participantes eram eutróficos (massa corporal normal),
principalmente, e a mudança observada na massa corporal foi pequena nos homens (± 0,6 kg)
e nas mulheres (± 0,6 kg). Hill e colegas relataram que os homens perderam 1 kg em resposta a um programa de
exercícios de 10 semanas, enquanto as mulheres mantiveram sua massa corporal inicial.
Curiosamente, nos dois estudos, as mulheres perderam mais massa corporal que os homens,
mas as diferenças não foram significativas (possivelmente devido ao pequeno tamanho da Embora o exercício tenha sido supervisionado, a prescrição do exercício foi baseada na
amostra e ao baixo poder estatístico).
intensidade e duração, enquanto a energia gasta nessas sessões não foi registrada ou

A partir dessa evidência disponível limitada, parece que não há diferenças na resposta da
verificada.

perda da massa corporal ao exercício de curto prazo.

Homens e mulheres eutróficos mostram pequenas mudanças no massa corporal ou na


composição corporal após um curto período de exercício físico (1-14 dias).

Intervenções de médio prazo, 2 a 16 semanas ( n = 8) Intervenções de médio prazo, 2 a 16 semanas ( n = 8)

Irving et al. este estudo demonstrou que, em resposta a 16 semanas de exercício Andersson et al. os homens reduziram significativamente sua massa corporal em
supervisionado em que o gasto energético foi fixado em 400 kcal por sessão; homens resposta a 12 semanas de exercício supervisionado (em comparação com a linha de
obesos perderam significativamente mais massa corporal durante exercícios de baixa base), enquanto as mulheres não (-2,0 vs -0,7 kg).
intensidade do que mulheres obesas (-4,4 vs -2,1 kg).
A menor perda de massa corporal observada nas mulheres foi explicada por um
Esse resultado modesto da perda de massa corporal em mulheres aumento significativo da massa livre de gordura (podendo ser água).
sugeriu a possível existência de alguma forma de compensação em
As reduções na massa gorda, por outro lado, foram semelhantes ​entre homens e
resposta ao aumento do gasto energético. mulheres (-2,9 vs -2,6 kg).

Essa compensação tem maior chance de ser no consumo de Embora os autores relatem diferença de sexo na resposta da massa corporal ao
calorias que qualquer adaptação metabólica. exercício, a consideração da composição corporal na análise modificou a
interpretação, mostrando não haver diferenças em perda de gordura.
Em resposta ao exercício de alta intensidade, não houve diferença
na resposta da massa corporal entre os sexos (-2,8 (homens) vs - Esse resultado chama a atenção para a importância de medir a
composição corporal de maneira eficiente.
2,6 kg (mulheres))

24
18/06/2021

Intervenções de médio prazo, 2 a 16 semanas ( n = 8)


Intervenções de longo prazo, maiores que 16 semanas ( n = 11)

As seis restantes intervenções de exercício de médio prazo não relataram diferenças


Os 11 artigos restantes foram classificados como intervenções de
significativas na resposta da massa corporal ao exercício de acordo com o sexo.
exercícios de longo prazo (> 16 semanas).

Vale ressaltar que, nos estudos de King et al. ( 20 ), Caudwell et al. ( 6 ) e Martins et Em seis desses artigos, foi observada diferença de sexo em resposta ao

al. ( 26 ), houve reduções significativas e similares na massa corporal e na massa gorda exercício e quatro estudos não demonstraram efeito sexual.

para homens e mulheres no final do período de exercício (e não houve diferença entre os
sexos). No entanto, alguns desses resultados
devem ser interpretados com cautela.

Em todos esses protocolos, o exercício quando foi supervisionado o gasto


energético das sessões os resultados foram semelhantes em ambos os sexos.

Intervenções de longo prazo, maiores que 16 semanas ( n = 11) Intervenções de longo prazo, maiores que 16 semanas ( n = 11)

O estudo realizado por Juneau et al. concluíram que os homens reduziram a massa
corporal mais do que as mulheres em resposta a um programa de exercícios de 6 meses. Em conclusão, a evidência do efeito do sexo na resposta da massa corporal a
exercícios de curto, médio e longo prazo é fraca.
No entanto, a adesão à intervenção foi auto referida; o programa de exercícios foi baseado
na intensidade e duração, levando a diferentes estimativas de gasto de energia em A grande maioria das pesquisas indica perda semelhante e resposta de redução de
homens e mulheres o que interferiu no controle de gasto energético e resultado. massa gorda ao exercício parecida entre os sexos.

Mas reduções no percentual de gordura corporal foram semelhantes entre homens e


Na minoria de estudos em que os homens demonstraram um efeito maior na redução
mulheres, destacando a importância de medir além do IMC e da massa corporal em
da massa corporal e na massa gorda, isso foi atribuído a um gasto energético maior
programas de redução da obesidade e sobrepeso.
induzido pelo exercício nos homens em comparação às mulheres.

Pérusse et al. Mostrou que homens perderam mais massa gorda (-0,9 kg) do que as
Portanto, esses resultados não sugerem que as mulheres
mulheres (-0,5 kg), mas na média os homens apresentavam excesso de massa
respondem mal ao exercício ou que compensam seletivamente o
corporal e as mulheres não.
aumento do gasto energético mais do que os homens.

Avaliações que funcionam em obesidade leve...

O que medir?

Massa Corporal

Estatura
COMO AVALIAR A OBESIDADE DE MANEIRA “FÁCIL E PRÁTICA”?
Dobras Cutâneas...

Perímetros Gerais...

Diâmetros Ósseos...

25
18/06/2021

Dobras cutâneas devem ser usadas quando apresentarem menos que 40mm de espessura Como interpretar dados em
Antropometria
Perímetros de forma geral são variáveis bem interessantes de serem usadas em sujeitos obesos
Aula 1 - Introdução
Diâmetros ósseos ajudam muito a entender a massa real a ser alcançada pelos sujeitos.

Em obesos o IMC pode ser útil.

Dr. André Lopes

Ossos largos não existem!

Estrutura Óssea

Massa óssea de homens e mulheres


O tamanho do quadril explica parte da massa
Corporal dos sujeitos.

Homens de esqueleto pequeno = 8kg Mulheres de esqueleto pequeno = 5kg

Homens de esqueleto grande = 10kg Mulheres de esqueleto grande = 7kg

Para sujeitos de 180cm de estatura,


porém com mesma soma de dobras,
A diferença entre a largura óssea pode mas quadril de diferentes tamanhos,
explicar o ganho de massa total Teremos uma relação de massa
corporal diferente.

Quadril pequeno Quadril Médio Quadril Grande


< 25cm 25 – 28cm > 28cm
70kg 74kg 80kg

26
18/06/2021

Para reduzir 1 kg
de gordura é
preciso gastar EMAGRECER PODE NÃO SER FÁCIL, MAS MANTER-SE
aproximadamente MAGRO É AINDA MAIS DIFÍCIL!
7.700 kcal.

Obesidade é uma doença


Multifatorial.
Por que é tão difícil manter os resultados de emagrecimento?

27
18/06/2021

Causas da obesidade Causas da obesidade!


Causas Endógenas: Metabólicas, genéticas e endócrina,
que somam menos de 3% dos casos mundiais de obesidade.

Manuel Uribe Garza,


40 anos, 550 kg

Causas Exógenas: Alimentação inadequada, sedentarismo,


hábitos culturais e dificuldades emocionais, que somam mais
de 97% dos casos mundiais de obesidade.

Benefícios Fisiológicos Benefícios Sociais


do Exercício Físico

Aspectos modificáveis Intervenção: Exercício físico moderado 30 minutos


3 x por semana

Alimentação Exercício físico


Redução ponderal PA
Glicose
5% a 10 %
Triglicerídeos

Alimentação
Hipernutrição Sedentarismo
HDL - C LDL - C

Massa = Ingesta – Gasto Calórico C al l e et al ., 1999


D ou ket i s et al ., 2005
Pi - Su n yer, 1996
Mu st et al ., 1999

28
18/06/2021

Quais os fatores relacionados com o


desenvolvimento da obesidade?
• Gênero
• Etnia
• Idade
• Nível sócio-econômico baixo
• Genética
• Alimentação inadequada
• Inatividade física
• Psicológicos (distúrbios alimentares)
• Obesidade materno e infantil (hiperplasia de células adiposas)
• Distúrbios hormonais e de comportamento

Por que a população do mundo está


cada vez mais obesa?

Expansão do
Tecido adiposo.
Hipóxia
Obesidade

Vasculatura

?
Pobre em O2

Cortisol Produção e liberação


de citocinas, quimiocinas
e fatores angiogênicos.

INFLAMAÇÃO

29
18/06/2021

Dieta Hiperlipídica
HIPOTÁLAMO DESEQUILÍBRIO ENTRE
Neurônios Neurônios
OS NEURÔNIOS
Orexígenos Anorexígenos

RESITÊNCIA A TRATAMENTOS
COMPORTAMENTAIS (DIETA).

RESISTÊNCIA A TRATAMENTOS
FARMACOLÓGICOS.
FOME PROCESSO INFLAMATÓRIO SACIEDADE
RESISTÊNCIA A INSULINA
E LEPTINA

The Journal of Neuroscience, January 14, 2009 • 29(2):359 –370

O Hipotálamo é o responsável Centro da saciedade


por controlar as sensações da
fome, sendo dividido em 3 Relacionado com a
partes. busca de alimentos

Ventro Ventro Ventro Ventro Ventro


lateral Médio Medial Médio Lateral
extremo lateral lateral extremo

Centros da fome Relacionado


Sinais periféricos com a ingesta
para controle da fome.

Ventro Ventro Ventro Ventro Ventro


Extremo Médio Medial Médio Extremo
lateral lateral lateral lateral

O Hipotálamo é uma caixinha de surpresas


Barreira
Hematoencefálica

ATM – Peridonto

Grelina Mecano-Receptores
Bucais
PYY Glicose
Leptina Colecistocinina Lipídios Distensão Gástrica
Proteínas

30
18/06/2021

Jansson et al. 2018. PNAS 115(2):427–432 Jansson et al. 2018. PNAS 115(2):427–432

→ Nos testes, foram implantadas no abdômen ou costas de ratos adultos com


obesidade induzida por dieta cápsulas que pesavam 15% da massa corporal.

→ Os animais do grupo de controle receberam uma cápsula vazia com 3% da massa


corporal.

→ Com o tempo, os ratos do grupo de carga começaram a comer menos, perderam


gordura e essa perda foi igual aos valores dos pesos adicionados.

→ Os pesquisadores observaram que um mecanismo dentro do corpo detectava


quando acontecia o aumento do peso e, automaticamente, trabalhava para voltar
→ Quando a gente emagrece, a carga sobre os ossos diminui, essa informação
ao peso inicial.
chega até as células e o cérebro identifica que o corpo precisa de mais alimento.

Jansson et al. 2018. PNAS 115(2):427–432

→ Também foi observado que a diminuição do carregamento aumentou a massa.

→ E é isso que pode explicar, por exemplo, porque as


pessoas que ficam muito tempo sentadas têm maior
risco de se tornarem obesas.
15%

→ Quando ficamos muito tempo nessa posição, nossa balança interna se engana e
avisa ao hipotálamo que somos mais leves do que a realidade. Isso abre o apetite e
3%
faz com que as pessoas comam mais para que o organismo volte ao peso anterior.

Esse estudo sugere que a cada 1kg


Perdido a fome aumente 100kcal
O que explicaria o
Reganho de gordura a longo
5kg perdidos aumenta a Prazo e um complicador para dietas A perda de peso no final da competição foi (média ± DP) 58,3 ±
fome em 500kcal Muito severas. 24,9 kg, e a TMB diminuiu 610±483 kcal/dia. Após 6 anos,
41,0±31,3 kg do peso perdido foram recuperados, enquanto a
TMB ficou em 704 ± 427 kcal/dia.

Emagrece Engorda

31
18/06/2021

124 sujeitos obesos


121 sujeitos eutróficos

Os indivíduos anteriormente obesos apresentaram uma TAXA METABÓLICA BASAL em média 3-5% menor do que os

indivíduos controle (eutróficos); a diferença pode ser explicada pela baixa TAXA METABÓLICA BASAL, sendo mais

frequente entre os ex-obesos do que entre os controles. Quer a causa da baixa TMB seja genética ou adquirida, é provável

que a existência de uma baixa TMB contribua para a alta taxa de recuperação de peso em pessoas anteriormente obesas.

EMAGRECER É COMER MENOS E GASTAR MAIS!


ENTRETANTO, O DESAFIO É MONTAR ESTAÉGIAS QUE FACILITEM OBESIDADE PODE TER A VER COM UM VÍRUS?
PARA QUE ESSA EQUAÇÃO POSSA ACONTECER!

No ambiente hospitalar, os pacientes obesos têm maior probabilidade de


desenvolver infecções secundárias e complicações como sepse, pneumonia,
bacteremia, infecções de feridas e infecções respiratórias.

A obesidade tem sido associada ao aumento do risco de complicações


devido a infecções no local cirúrgico.

Indivíduos obesos têm risco aumentado de infecção por Helicobacter pylori e


crianças com sobrepeso apresentam risco três vezes maior de Neisseria
meningitides.

A obesidade também é um fator de risco de infecção grave e morte causada


pela cepa pandêmica da gripe H1N1.

32
18/06/2021

Associação de Infecções Virais à Obesidade em Modelos Animais


Novos dados foram gerados nos últimos anos, sugerindo que os agentes
infecciosos são a causa da obesidade, além de serem mais facilmente Cinco agentes infecciosos foram implicados na contribuição para a obesidade,
hospedados em um indivíduo obeso. incluindo o vírus da cinomose canina (CDV), o vírus (RAV) -7, o vírus da doença
Borna (BDV) e os adenovírus.

Além dos adenovírus, todos os outros vírus desta lista estão associados a danos
Entre a multidão de agentes infecciosos, os adenovírus são os patógenos cerebrais e, em animais experimentais, a obesidade se desenvolve pelo
envolvimento cerebral ou pelo dano direto do tecido adiposo.
humanos que, mais do que outros, estão causal e correlacionados com a
obesidade animal e humana, respectivamente, e parecem influenciar O CDV é um paramixovírus que infecta cães e outros mamíferos selvagens; foi
diretamente o tecido adiposo. um dos primeiros agentes infecciosos identificados como causadores de aumento
de células adiposas e aumento do massa corporal em camundongos.

Em animais, o sorotipo Adv31 e Adv9 do adenovírus se correlacionam com


Os animais infectados com CDV apresentaram aumento duplo no peso corporal e
a obesidade e são adipogênicos na cultura de células animais. Um uma interrupção seletiva induzida por vírus nas vias críticas da catecolamina no
cérebro.
adenovírus aviário (SMAM-1) e o adenovírus humano tipo 36 (Adv36) foram
associados à obesidade e há relatos sugerindo um papel significativo dos
Os adenovírus são os únicos agentes infecciosos relacionados à adiposidade em
adenovírus no desenvolvimento da obesidade humana. modelos experimentais de animais e em seres humanos naturalmente infectados.

Os ratos inoculados com Adv36 ou Adv36 inativado por UV, mostraram 23% maior de gordura epididimal e
Adv36 e Obesidade mRNA e DNA virais foram detectados no fígado, cérebro e tecido adiposo. As vias de inoculação viral
intranasal ou intraperitoneal mostraram resultados semelhantes.
Estudos In Vivo
Estudos In Vitro
O efeito Adipogênico dos adenovírus é estudado desde 1990, quando o papel Adipogênico do
adenovírus aviário SMAM-1 em galinhas foi observado pela primeira vez.
A infecção pelo Adv36 acelera a diferenciação e a proliferação dos pré-adipócitos
humanos 3T3-L1 em ​adipócitos e aumenta a concentração do conteúdo lipídico nas
O SMAM-1 é antigenicamente semelhante ao vírus órfão letal de embriões de galinha (CELO),
que é comum em aves domésticas nos EUA. células adiposas.

Experiências in vitro em células-tronco humanas derivadas de tecido adiposo primário /


O SMAM-1 aumenta a adiposidade em galinhas infectadas experimentalmente e em seus
companheiros ingênuos, sugerindo transmissão horizontal da obesidade induzida pelo vírus. células estromais (hASC) sustentam a hipótese de que a infecção natural por Adv36 na
linha celular hASC aumenta a adiposidade.

Paradoxalmente, a adiposidade induzida por SMAM-1 em animais está associada a menores


A capacidade do Adv36 de induzir adipogênese nessa linha celular pode fornecer
concentrações séricas de colesterol e triglicerídeos em comparação com os não infectados.
ferramentas adicionais para investigar caminhos ainda desconhecidos.

Prevalência de Adv36 na obesidade humana

Seis adenovírus humanos foram estudados em relação à obesidade e vários estudos em humanos mostraram
uma correlação entre anticorpos para o Adv36 e obesidade.

Devido às sequências únicas de aminoácidos na região protuberante do hexon (voltas 1 e 2) do Adv36, há


uma baixa reatividade cruzada entre Adv36 e outros adenovírus em ensaios clássicos de neutralização sérica,
portanto, as informações derivadas desses estudos são confiável.

Além disso, o genoma do Adv36 possui alta estabilidade, o que é útil para fins de diagnóstico e no
Wang et al. sugerem que os efeitos duplos do Adv36 no metabolismo lipídico, reduzindo desenvolvimento e aplicação de vacinas e reagentes terapêuticos.
a oxidação de ácidos graxos e aumentando a lipogênese in vitro, resultam no acúmulo Além disso, as comparações de bioinformática com outros adenovírus humanos identificaram diferenças
de gordura nas células musculares que pode ser mediado pela promoção da expressão significativas, sugerindo funções únicas do Adv36, possivelmente ligando o Adv36 ao tecido adiposo
[ 40 ]. Em humanos, a infecção natural por Adv36 é diagnosticada pela presença do DNA viral no tecido
do efetor c/FSP27 do tipo DFFA indutor de morte celular. adiposo [ 44 , 48 ] ou por anticorpos neutralizantes

Mais pesquisas para explorar o potencial Adipogênico dos adenovírus humanos são
necessárias.

33
18/06/2021

Prevalência de Adv36 na obesidade humana

Seis adenovírus humanos foram estudados em relação à obesidade e vários estudos em humanos
mostraram uma correlação entre anticorpos para o Adv36 e obesidade.

Devido às sequências únicas de aminoácidos na região protuberante do hexon (voltas 1 e 2) do


Adv36, há uma baixa reatividade cruzada entre Adv36 e outros adenovírus em ensaios clássicos
de neutralização sérica, portanto, as informações derivadas desses estudos são confiável.

Além disso, o genoma do Adv36 possui alta estabilidade, o que é útil para fins de diagnóstico e no
desenvolvimento e aplicação de vacinas e reagentes terapêuticos. Além disso, as comparações
de bioinformática com outros adenovírus humanos identificaram diferenças significativas,
sugerindo funções únicas do Adv36, possivelmente ligando o Adv36 ao tecido adiposo.

Em humanos, a infecção natural por Adv36 é diagnosticada pela presença do DNA viral no tecido
adiposo ou por anticorpos neutralizantes

Independente do causador da obesidade, para se tornar


obeso precisa-se ter efeito no consumo calórico, e no gasto
calórico ou ambos para haver aumento de gordura.

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35
18/06/2021

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18/06/2021

METABOLISMO DAS GORDURAS EM REPOUSO,


DEPOIS DE REFEIÇÕES E NO EXERCÍCIO FÍSICO

Dinâmica das
100

90
gorduras
80
durante o
70 exercício físico
60

50
%

40

30

20

10

0
Repouso Leve Intenso Máximo

Outros Pele Hepatoesplâncnico Renal Muscular Miocárdio Cerebral

Débito Cardíaco Durante o Exercício - Relativo

38
18/06/2021

Contribuição na Ressíntese de ATP


120
Lipídeos
HC
100
% ressíntese de ATP

80

60

40

20
Contribuição na
Ressíntese de ATP
0
0 10 20 30 40 50
Tempo (min)

Dinâmica das Gorduras durante o Exercício


→ A intensidade do exercício governa a contribuição da gordura para a mistura metabólica.

Mobilização
→ A energia total proveniente
das gorduras durante o exercício
com 85% da intensidade máxima
não difere daquela do exercício
com uma intensidade de 25%.
Oxidação

De Romijn et al. (1993)

Triacilgliceróis
(50.000 – 10.000 kCal) Metabolismo do adipócito Sangue
pós-prandial (pós-refeição) Quilomícrons VLDL Glicose
Tecido Adiposo Triglicerídeo Insulina
Lipase Lipase Sensível
Oxidação Síntese Lipoproteica Hormônio Glut
Lipase Sensível aos Hormônios
Glicose
Ácidos Graxos
Ácidos Graxos Glicerol Transportadores Glicose-6-fosfato
CPT1
Triacilgliceróis CPT2 Piruvato
Intramuscular Dihidroxyacetona
Ácidos + Albumina (2.000 – 3.000 kCal) Ácidos Graxos Malonil-coa
AGL (DHPP)
Graxos
Glicose Palmitato
Ácidos
Transporte Ciclo do Graxos Acetil-coa
O2 Glicerol-2-P
de elétrons Ácido
Cítrico Triglicerídeo
Acetil-CoA
ATP

39
18/06/2021

Metabolismo do adipócito em Sangue Metabolismo das


Exercício físico. Gorduras em Eutróficos
Aminoácidos
Glucagon
Beta-Oxidação... Triglicerídeos
Ácidos
Graxos
Hormônio do Crescimento
Cortisol Glicerol Tecido Adiposo
Glicerol CATECOLAMINAS
Ácidos Graxos
Oxidação Síntese Lipase
Lipoproteica
Lipase Sensível
Piruvato Hormônio

Oxalacetato Glucagon
Glicerol Ácidos
Triglicerídeos Graxos Hormônio do Crescimento
Glicerol
Cortisol Sangue
CATECOLAMINAS
Dihidroxyacetona
Ácidos Lipase Lipoproteica Lipase Lipoproteica
Graxos
Ácidos Graxos Ácidos Graxos
100% Glicerol-3-P Transportadores
Lipólise Glicerol
Triglicerídeos Glicerol ATP
Ácidos Graxos
Triglicerídeos
Ácido graxo

Diacil-glicerol Mitocôndria Ácidos Graxos Músculo Esquelético


Triglicerídeos Lipase Sensível
Glicerol
Ácido graxo
Hormônio
Monoacil-glicerol
Ácido graxo
Glicerol Lanzi e Colaboradores, (2014)

Tecido adiposo do
Sujeito Obeso...
Triglicerídeos
citocinas Glicerol Tecido Adiposo
citocinas Ácidos Graxos

Lipase Sensível
Hormônio

Glicerol Glucagon
Ácidos
Triglicerídeos Graxos
Hormônio do Crescimento
Sangue
TREINAMENTOS E EMAGRECIMENTO
Cortisol
Triglicerídeos CATECOLAMINAS

Lipase Lipoproteica
Transportadores

Ácidos Graxos
Músculo Esquelético
Glicerol Triglicerídeos
Lipase Sensível
Hormônio

Lanzi e Colaboradores, (2014)

Aeróbio em Modelo clássico de treinamento em jejum:

Jejum 8 ou mais horas de sono seguidos de 20-40 minutos de exercícios aeróbio de baixa intensidade
< 60% da capacidade máxima.

Geralmente se usa a Frequência cardíaca para realizar o calculo, precisamente a FC Reserva.

FCT = (220 – Idade) – FC repouso X 0,% de treinamento + FC repouso.

Por exemplo, um sujeito de 35 anos com frequência cardíaca de repouso de 75BPM.

FCT = (220 – 35) – 75 x 0,60 + 75


FCT = 185 – 75 x 0,60 + 75
FCT = 115 x 0,60 + 75
FCT = 69 + 75
FCT = 144BPM

40
18/06/2021

Metabolismo do adipócito em Sangue


Exercício físico. Glucagon
Ácidos Aminoácidos Hormônio do Crescimento
Graxos Cortisol
Glicerol CATECOLAMINAS

Oxidação Síntese Lipase


Lipoproteica
Piruvato

Oxalacetato

O que você acha, aeróbio em jejum


Ácidos
Graxos
Dihidroxyacetona
emagrece mais que aeróbio alimentado?
100% Glicerol-3-P
Lipólise Glicerol
Triglicerídeos Glicerol
Ácido graxo

Diacil-glicerol
Triglicerídeos Lipase Sensível
Ácido graxo
Hormônio
Monoacil-glicerol
Ácido graxo
Glicerol

→ Na análise de sensibilidade, foi verificado que


esse efeito era dependente de intensidades
menores que 70% VO2max, mas independente de
IMC, sexo, duração do exercício, nível de
treinamento e quantidade de carboidratos
→ Exercício aeróbio de baixa intensidade
consumida.
(50% do VO2máx) precedido de maior
intensidade (70% do VO2máx) promove
maior oxidação lipídica do que o
contrário.
→ O exercício aeróbio em jejum gera uma maior oxidação de gorduras (mas não mobilização), quando
comparado ao estado alimentado.

Este aumento ficou em torno de 3g.

→ Embora a lipólise não seja fortemente estimulada durante o exercício de alta


intensidade, a secreção de GH e de catecolaminas pode aumentar a lipólise no
período de recuperação.

→ Exercício de força de alta intensidade


(90% - 8 RM) antes de 20 min. de exercício
→ No período pós-treino ocorre um aumento da
aeróbio a 50% do VO2máx promove mais MOBILIZAÇÃO DE
utilização de lipídios como fonte energética,
oxidação lipídica do que exercício resistido LIPÍDIOS APÓS
possibilitando a recuperação e restauração dos
de intensidade mais baixa. EXERCÍCIO DE ALTA
estoques de glicogênio.
INTENSIDADE

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18/06/2021

Treinamento Contínuo Treinamento Intervalado

Hipótese: o treinamento contínuo nesse exercício específico


pode levar a melhorias na oxidação de gordura e na
sensibilidade à insulina do que um programa de treinamento de
intervalado normocalórico.

→ 8 obesos.
→ Treino contínuo: 50% do VO2máx. → As taxas de oxidação de gordura aumentaram 44% após o treinamento
→ Treino intervalado: 5 min. 50% do VO2máx. contínuo (p<0,05), mas nenhuma alteração foi observada após o treinamento
intervalado.
VENABLES, MC, JEUKENDRUP, AE. Endurance training and obesity: effect on substrate metabolism and insulin sensitivity. Med Sci Sports Exerc. 2008 Mar;40(3):495-502.

Média de gasto energético em 60 minutos


Treinamento Contínuo Treinamento Intervalado Atividade 45 kg 68 kg 90 kg
Pedalar 10 km/h 160 240 312
Caminhar 3,2 km/h 160 240 312
Caminhar 4,8 km/h 210 320 416
Caminhar 7,2 km/h 295 440 572
Trotar 11 km/h 610 920 1.230
Correr 16 km/h 850 1.280 1.660
Nadar 185 275 385

3 x de 20 minutos?

→ O índice de sensibilidade à insulina do corpo inteiro aumentou 27% após


treinamento contínuo (P <0,05).

Não importa o substrato que esta sendo


usado durante o exercício físico, e sim o
balanço energético total de 24 horas

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Qual o papel do treinamento de força na oxidação de gordura? EXERCÍCIO DE


FORÇA E
MOBILIZAÇÃO DE
LIPÍDIOS

Objetivo: analisar a concentração plasmática de glicerol e


ácidos graxos livres durante o exercício DE FORÇA em
fisiculturistas.

Protocolo: 30 segundos de exercício exaustivo (6 a 12 → As concentrações de glicerol e ácidos graxos livres aumentaram ligeiramente na
repetições) intercalados com 60 segundos de repouso, corrente sanguínea.
durante 30 minutos.
Conclusão: A lipólise pode promover energia durante o exercício de FORÇA
intermitente de duração relativamente curta.

Coeficiente Respiratório (QR)

R = VCO2/VO2
Objetivo: avaliar o efeito de sessão aguda de exercício DE FORÇA na lipólise no
tecido adiposo subcutâneo em homens treinados. Energia % de Kcal
R Kcal/l de O2 Carboidratos Gorduras
0,71 4,69 0,3 97,0
Conclusão: o gasto de 0,75 4,74 15,6 84,4
energia esteve aumentado 0,80 4,80 33,4 66,6
nos 40 minutos seguintes 0,85 4,86 50,7 49,3
0,90 4,92 67,5 32,5
ao exercício DE FORÇA. 0,95 4,99 84,0 16,0
1,00 5,05 97,0 0,3

QR indica que tipo de substrato estamos oxidando

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Coeficiente Respiratório (QR)


⇝ A quantidade de oxigênio necessária para oxidar uma molécula de carboidrato ou de gordura
é proporcional à quantidade de carbonos existentes no substrato.
Objetivo: Investigar o efeito do exercício DE FORÇA agudo na
atividade da lipase de triacilglicerol do tecido adiposo (TGLA) em
Energia % de Kcal homens magros e obesos.
R Kcal/l de O2 Carboidratos Gorduras
6 O2 + C 6H12O6 ⇾ 6 CO2 + 6 H20 + 38 ATP Metodologia: 9 homens magros e 8 obesos realizaram 30 minutos de
0,71 4,69 0,00 100,0
R=VCO2/VO2 = 6 CO2/6 O2 = 1,0 0,75 4,74 15,6 84,4 exercício resistido na forma de circuito.
0,80 4,80 33,4 66,6
0,85 4,86 50,7 49,3
0,90 4,92 67,5 32,5 Foram realizadas coletas de sangue a fim de determinar TGLA,
23 O2 + C 16H32O2 ⇾ 16 CO2 + 16 H20 + 129 ATP 0,95 4,99 84,0 16,0 metabólitos e hormônios.
R=VCO2/VO2 = 16 CO2/23 O2 = 0,70 1,00 5,05 100,0 0,0

A taxa de troca respiratória (RER) foi medida ao longo do exercício.


Chatzinikolaou et al. Diabetes Care. 2008; 31(7):1397-9.

Treinador
Genial! Quanto mais
massa muscular
você tiver, maior
será seu
emagrecimento.
→ aumento da concentração do TGLA de 16-18 vezes em 5-10 minutos
tanto em homens magros como em obesos.
Conclusão: exercícios DE FORÇA aumentam a taxa lipolítica.

Cérebro 240kcal/kg/24h
Quantas calorias cada
órgão gasta em 24 horas?
Coração 440kcal/kg/24h

Fígado 200kcal/kg/24h
Sessões curtas = -8,9 ± 5,3 kg
Rins 440kcal/kg/24h
Sessão única = -6,4 ± 4,5 kg
Tecido adiposo 4,5kcal/kg/24h

Conclusão: Exercícios realizados várias vezes ao dia podem levar a


Músculo 13kcal/kg/24h maior perda de massa corporal do que quando realizado em uma única
Heymsfield SB. Measurements of energy balance. sessão, além de promover menos desistência.
Acta Diabetol, 40(Supl.1):117-21, 2003

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18/06/2021

COMO O EXERCÍCIO FÍSICO INTERFERE NO PROCESSO DE


Para emagrecimento o que importa não é a taxa de oxidação de gorduras e sim
o gasto energético total diário somado ao consumo de calorias mais baixo que
o necessário para repor o que foi gasto em 24 horas. EMAGRECIMENTO? @DR.ANDRELOPES

45
18/06/2021

RECOMENDAÇÕES DE PRATICA DE EXERCÍCIOS E ATIVIDADE FÍSICA

As novas diretrizes de atividade física para norte-americanos foram publicadas em


novembro de 2018 no JAMA e outras recomendações compõem a lista de sugestões
como:

Àqueles que gostam de fazer atividade física vigorosa, a recomendação é de pelo menos 75 minutos por
semana;

Exercícios de força são recomendados para grandes grupos musculares pelo menos 2-3 vezes por
semana;

Exercícios de flexibilidade e de equilíbrio também devem compor a recomendação total, sendo estes
últimos ainda mais importantes entre os idosos;

Pela primeira vez, o guia enfoca o grupo de pré-escolares (3-5 anos de idade), cuja recomendação é
manterem-se ativos ao longo do dia; sendo que os adultos devem incentivá-los a brincar ativamente,
participando em diversos tipos de jogos;

As novas diretrizes de atividade física para norte-americanos foram publicadas em RECOMENDAÇÕES DE EXERCÍCIO
novembro de 2018 no JAMA e outras recomendações compõem a lista de sugestões PARA CONTROLE DA MASSA CORPORAL
como: E EMAGRECIMENTO
Para crianças e jovens de 7 a 17 anos de idade, a sugestão é de que realizem pelo menos 60 minutos
diários de atividade física moderadamente vigorosa;

Para o fortalecimento ósseo, são sugeridas atividades como realizar pequenos saltos;
Dr. Andre Lopes
Para obesos, são recomendados pelo menos 60 minutos de atividade moderadamente vigorosa por dia;
PhD em Ciências do Movimento Humano

Mulheres grávidas devem também alcançar os 150 minutos de atividade física que devem ser distribuídos
ao longo da semana.

Em síntese, as novas diretrizes enfatizam a recomendação de nos mover mais, sentarmos menos e
lembrarmos que todo passo conta!

46
18/06/2021

O Colégio Americano de Medicina Esportiva é a maior organização de medicina esportiva e http://www.acsm.org/access-public-information/position-stands

ciência do exercício do mundo. Mais de 35.000 membros internacionais, nacionais e Impacto do sobrepeso e obesidade na saúde

regionais e profissionais certificados são dedicados ao avanço e integração da pesquisa Aumenta a chance de:

• Doença do Coração
científica para fornecer aplicações educacionais e práticas da ciência do exercício e medicina • Hipertensão
2-3% de emagrecimento • Diabetes
• Cêncer
esportiva. Já ajuda a melhorar.

• Pressão Sanguinea
• LDL-C
• HDL-C As recomendações (↓10% da Massa Corporal)
• Triglicerídeos
• Resistência a Insulina
• Inflamação
Sobrepeso e Obesidade
25-29.9 kg/m2 > 30 kg/m2

http://www.acsm.org/access-public-information/position-stands

http://www.acsm.org/access-public-information/position-stands

Estratégias para emagrecer e manter-se magro


Reduzir Atividade Física
(minutos/semana)
Gasto Energético
(kcal/semana
Evidência Resultados

Change of ≤ 5 lb (2.3 kg)


Sherwood et al. (2000) Prevenção da obesidade 150 a 250 min/sem 1200 a 2000 kcal/sem A Evitar ganho de peso superior a 3%

Manter or Emagrecer Para emagrecer < 150 min/sem < 1200 kcal/sem B Emagrece pouco

Change of < 3%
> 150 miin/sem > 1200 kcal/sem B Emagrece entre ~2-3 kg
Stevens et al. (2006)

225 a 420 min/sem 1800 a 3400 kcal/sem B Emagrece de 5 a 7.5 kg

Massa Manter-se magro 200 a 300 min/sem 1600 a 2400 kcal/sem B Sem evidências sólidas

http://www.acsm.org/access-public-information/position-stands

Strategies for Weight Loss and Prevention of Weight Regain Fui no profissional de nutrição para ter uma
• Few studies with sedentary overweight or obese individuals using PA as
the only intervention result in ≥ 3% decreases of baseline weight.
dieta de emagrecimento,
mas agora estou comendo mais
Nutrition + Exercise
que comia antes, esta certo isso?

Densidade Calórica
Como perder peso comendo mais.

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18/06/2021

Tem como explicar por QUAL DESSES PRATOS TEM MAIS CALORIAS?
que eu estou comendo
mais depois que passei a
fazer dieta para
emagrecer?

Arroz integral (cozido) Macarrão (cozido) Abóbora/moranga (cozida)


Peso: 100g Peso: 100g Peso: 100g

QUAL DESSES PRATOS TEM MAIS CALORIAS?

Arroz integral (cozido) Macarrão (cozido) Abóbora/moranga (cozida)


Peso: 100g Peso: 100g Peso: 100g
Proteína: 2,5g Proteína: 5,8g Proteína: 0,3g
Carboidrato: 25,8g Carboidrato: 30,8g Carboidrato: 5,9g
Lipídeo: 1g Lipídeo: 0,9g Lipídeo: 0,8g Batata inglesa (cozida) Batata inglesa (Frita) Aipim (cozido)
Kcal: 123,5kcal Kcal: 158kcal Kcal: 29kcal Peso: 100g Peso: 100g Peso: 100g

QUAL DESSES PRATOS TEM MAIS CALORIAS?

Batata inglesa (cozida) Batata inglesa (Frita) Aipim (cozido)


Peso: 100g Peso: 100g Peso: 100g
Proteína: 1,1g Proteína: 4,9g Proteína: 0,5g
Carboidrato: 11,9g Carboidrato: 35,6g Carboidrato: 30g
Lipídeo: 0g Lipídeo: 13,1g Lipídeo: 0,3g
Kcal: 51,5kcal Kcal: 267,1kcal Kcal: 125kcal

Ovo de galinha (Inteiro, cozido) Ovo de galinha (Inteiro, frito) Clara de ovo (cozida, 2 unidades)
Peso: 45g Peso: 45g Peso: 45g

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18/06/2021

Essa é a uma das fundamentações para procurarmos


um nutricionista competente para emagrecimento.

Ele ou ela, vai combinar alimentos que são bem volumosos


e pesados, mas que tenham uma relação de calorias baixa.
Talvez a grande vantagem desse estudo tenha
Lembra do estudo do arroz? sido o fato que geralmente 1g de arroz tem
1kcal.

Sendo assim, para comer mais que 2000kcal


O sujeito tinha que comer 2kg de arroz por
Ovo de galinha (Inteiro, cozido) Ovo de galinha (Inteiro, frito) Clara de ovo (cozida, 2 unidades) dia.
Peso: 45g Peso: 45g Peso: 45g
Quem consegue comer 2kg de arroz por muito
Proteína: 5,6g Proteína: 6,1g Proteína: 5,8g tempo?
Carboidrato: 0,5g Carboidrato: 0,5g Carboidrato: 0g
Lipídeo: 4,7g Lipídeo: 7,9g Lipídeo: 0,05g
Kcal: 69kcal Kcal: 100kcal Kcal: 25,2kcal

Comer mais volume de


comida nem sempre Significa
comer mais calorias.

Todo bom profissional de


Nutrição e Educação Física
tem obrigação de saber isso
se tem a pretensão de
atender pessoas que
precisam emagrecer.

http://www.acsm.org/access-public-information/position-stands

A primeira vitória contra a


COMO MONTAR SESSÕES DE TREINAMENTO PARA SUJEITOS QUE
obesidade é parar de QUEREM EMAGRECER DE FORMA SEGURA E EFICIENTE?
engordar.

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Dicas importantes. Mobilidade Articular


A mobilidade é a capacidade de o corpo executar movimentos de
Faça as avalições básicas aplicando medidas, mas também fazendo uma anamnese completa. pequena e grande amplitude, livres de qualquer restrição.
Vincule sua estratégia com um profissional de nutrição que entenda a relação de volume e densidade
de calorias.

Escolha começar por uma das mudanças de cada vez, peça para ajustar a dieta do paciente e
coloque atividade física na vida dele, deixe para colocar exercícios mais estruturados depois de 30
dias de dieta.

Evite a todo o custo causar dor, pelo contrário, faça atividades que diminuam a dor como alongamentos,
Movimentos de mobilidade para que seja prazeroso esse começo.

Estipule metas alcançáveis para que haja motivação. Um quilo por vez é uma meta ótima!

De retornos mais positivos do que críticas. As pessoas precisam de incentivo e não de críticas. Elogie
sempre que for possível e corrija apenas o necessário. Esse tipo de metodologia ajuda na aderência.

Exercícios básicos com peso do corpo. Exercícios com pesos livre

Exercícios de musculação

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