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EDITAL Nº 351/2011
CARGO
Fotógrafo
CADERNO DE
PROVAS
PROVA I – Língua Portuguesa – Questões de 01 a 20
PROVA II – Conhecimentos Específicos – Questões de 21 a
50
Inscrição Sala
Prova I – Língua Portuguesa
20 questões
Texto 1
01 Na semana passada, sugeri a uma pessoa próxima que trocasse a palavra “idosas” por “velhas”
02 em um texto. E fui informada de que era impossível, porque as pessoas sobre as quais ela escrevia se
03 recusavam a ser chamadas de “velhas”: só aceitavam ser “idosas”. Pensei: “roubaram a velhice”. As
04 palavras escolhidas – e mais ainda as que escapam – dizem muito (...). Se testemunhamos uma
05 epidemia de cirurgias plásticas na tentativa da juventude para sempre (até a morte), é óbvio esperar que
06 a língua seja atingida pela mesma ânsia. (...)
07 A velhice é o que é. É o que é para cada um, mas é o que é para todos, também. Ser velho é estar
08 perto da morte. E essa é uma experiência dura, duríssima até, mas também profunda. Negá-la é não só
09 inútil como uma escolha que nos rouba alguma coisa de vital. (...) A velhice nos lembra da
10 proximidade do fim, portanto acharam por bem eliminá-la. Numa sociedade em que a juventude é não
11 uma fase da vida, mas um valor, envelhecer é perder valor. Os eufemismos são a expressão dessa
12 desvalorização na linguagem.
13 Não, eu não sou velho. Sou idoso. Não, eu não moro num asilo. Mas numa casa de repouso. Não,
14 eu não estou na velhice. Faço parte da melhor idade. Tenho muito medo dos eufemismos, porque eles
15 soam bem intencionados. São os bonitinhos mas ordinários da língua. O que fazem é arrancar o
16 conteúdo das letras que expressam a nossa vida. Justo quando as pessoas têm mais experiências e mais
17 o que dizer, a sociedade tenta confiná-las e esvaziá-las também no idioma.
18 Como em 2012 passei a estar mais perto dos 50 do que dos 40, já começo a ouvir sobre mim
19 mesma um outro tipo de bobagem. O tal do “espírito jovem”. (...) Se existe algo bom em envelhecer, é
20 o “espírito velho”. Envelhecer o espírito é engrandecê-lo. Alargá-lo com experiências. Apalpar o
21 tamanho cada vez maior do que não sabemos. Só somos sábios na juventude. Como disse Oscar Wilde,
22 “não sou jovem o suficiente para saber tudo”. Na velhice havemos de ser ignorantes, fascinados pelas
23 dimensões cada vez mais superlativas do que desconhecemos e queremos buscar. (...)
24 Acho que devíamos nos rebelar. E não permitir que nos roubem nem a velhice nem a morte, não
25 deixar que nos reduzam a palavras bobas, à cosmética da linguagem. (...) Pode parecer uma besteira, mas eu
26 cometo minha pequena subversão jamais escrevendo a palavra “idoso”, “terceira idade” e afins. Exceto,
27 claro, se for para arrancar seus laços de fita e revelar sua indigência.
BRUM, Eliane. Me chamem de velha. Época. 20/02/2012. Disponível em:
<http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/eliane-brum/noticia/2012/02/me-
chamem-de-velha.html>. Acesso em: 12 de mar de 2012.
01. No trecho “acharam por bem eliminá-la” (linha 10), o termo destacado se refere à:
A) morte.
B) velhice.
C) escolha.
D) experiência.
E) proximidade.
02. Assinale a alternativa cuja palavra se opõe à acepção de velho utilizada na linha 13.
A) atual.
B) recente.
C) jovem.
D) moderno.
E) conservado.
03. Assinale a alternativa em que é mantido o sentido do trecho “Só somos sábios na juventude.” (linha 21).
A) Na juventude somos só sábios.
B) Só sábios somos na juventude.
C) Somos só sábios na juventude.
D) Só na juventude somos sábios.
E) Só somos, na juventude, sábios.
05. No trecho “Exceto, claro, se for para arrancar seus laços de fita e revelar sua indigência.” (linhas 26-27), a
palavra em destaque poderia ser substituída, sem que houvesse alteração de sentido, por:
A) validade.
B) qualidade.
C) finalidade.
D) normalidade.
E) mediocridade.
07. Assinale a alternativa em que o vocábulo duríssima (linha 08) está corretamente segmentado quanto a
todos os seus elementos mórficos.
A) dur-íssima.
B) dur-íssi-ma.
C) du-rís-si-ma.
D) dur-íssim-a.
E) du-rí-ssi-ma.
08. Assinale a alternativa em que a palavra grifada classifica-se da mesma maneira que a destacada em: “Se
testemunhamos uma epidemia de cirurgias plásticas na tentativa da juventude para sempre (até a morte),
é óbvio esperar que a língua seja atingida pela mesma ânsia.” (linhas 04-06).
A) As pessoas sobre as quais ela escrevia se recusavam a ser chamadas de “velhas”.
B) Se existe algo bom em envelhecer, é o espírito velho.
C) E essa é uma experiência dura, mas profunda. Se é!
D) Erroneamente, considera-se a juventude um valor.
E) A juventude se foi, contudo restou a experiência.
09. A função sintática do termo grifado no trecho “Justo quando as pessoas têm mais experiências e mais o
que dizer, a sociedade tenta confiná-las” (linhas 16-17) é:
A) sujeito.
B) objeto direto.
C) objeto indireto.
D) predicativo do sujeito.
E) predicativo do objeto.
10. A oração destacada no trecho “Como em 2012 passei a estar mais perto dos 50 do que dos 40, já começo
a ouvir sobre mim mesma um outro tipo de bobagem” (linhas 18-19) classifica-se como:
A) oração subordinada adjetiva.
B) oração coordenada sindética.
C) oração coordenada assindética.
D) oração subordinada substantiva.
E) oração subordinada adverbial.
01 “Dai-me coragem para mudar o que posso, serenidade para aceitar o que não posso mudar e
02 sabedoria para perceber a diferença.” A conhecida prece mostra com bastante simplicidade o quanto a
03 capacidade de fazer bons julgamentos é valorizada. Mas seria a sabedoria uma dádiva ou algo que se
04 desenvolve com o tempo?
05 Para o neuropsicólogo russo-americano Elkhonon Goldberg, não há nada de místico. Segundo
06 ele, a sabedoria é uma forma de processamento mental muito avançada, que atinge seu auge apenas
07 na velhice – justamente a época em que a capacidade do nosso cérebro começa a diminuir (...). “A
08 velhice é sempre vista como uma época de declínio, mas ela pode trazer novas habilidades muito
09 poderosas”, diz Goldberg.
10 Mas o que é a sabedoria, afinal de contas? Os dicionários dizem que é a qualidade de ter
11 experiência, conhecimento e capacidade de fazer bons julgamentos. Goldberg prefere uma descrição
12 mais prática. “É a capacidade de ‘saber’ a solução de um problema complicado ou inesperado de
13 maneira praticamente instantânea e sem esforço mental. É também a capacidade de conseguir
14 antecipar eventos que costumam pegar as pessoas desprevenidas.” Mais do que simplesmente saber
15 reconhecer uma situação de crise, por exemplo, o mecanismo da sabedoria permite enxergar formas
16 de resolvê-la. Mesmo que a pessoa nunca tenha atravessado uma situação igual.
17 A chave para esse processo, segundo Goldberg, é a nossa capacidade de identificar padrões.
18 Ao ver uma cadeira, por exemplo, somos capazes de identificar que aquilo é uma cadeira sem precisar
19 ter visto todos os tipos e modelos de cadeiras que existem no mundo. (...)
20 À medida que as relações entre os diversos padrões vão sendo processadas pelo cérebro, elas vão
21 formando redes de neurônios que Goldberg chama de “atratoras”. São “circuitos” de memórias
22 relacionadas que contam com diversas maneiras de ser ativados. Quando você vê o rosto de uma
23 pessoa, ativa a rede atratora que relaciona várias outras coisas que você sabe sobre ela. A sabedoria,
24 então, seria conseqüência de uma grande quantidade de redes atratoras no cérebro da pessoa. E tanto
25 elas quanto os padrões levam tempo para serem acumulados em quantidade suficiente para resolver
26 problemas de maneira rápida e eficiente. “Por causa disso, o envelhecimento acaba sendo o preço da
27 sabedoria”, resume Goldberg.
NASSER, Carlos. Por que os velhos são mais sábios? Superinteressante.
março/2012. Disponível em: < http://super.abril.com.br/cotidiano/velhos-sao-
mais-sabios-446310.shtml>. Acesso em: 12 de mar de 2012.
12. No trecho “A velhice é sempre vista como uma época de declínio, mas ela pode trazer novas habilidades
muito poderosas” (linhas 07-09), há pressuposta a ideia de que:
A) adquirir novas habilidades é uma forma de ascensão.
B) na velhice, sempre se desenvolve novas habilidades.
C) erroneamente, todos os velhos são considerados decadentes.
D) mesmo mais fracos, os velhos são mais inteligentes que os jovens.
E) como sempre traz novas habilidades, a velhice não é época de declínio.
14. No trecho “À medida que as relações entre os diversos padrões vão sendo processadas pelo cérebro, elas
vão formando redes de neurônios que Goldberg chama de ‘atratoras’” (linhas 20-21), a expressão
destacada traduz a ideia de:
A) condição.
B) conclusão.
C) comparação.
D) explicação.
E) proporção.
15. No trecho “Quando você vê o rosto de uma pessoa, ativa a rede atratora que relaciona várias outras coisas
que você sabe sobre ela.” (linhas 22-23), o pronome você:
A) faz referência aos jovens em geral.
B) faz referência aos idosos em geral.
C) faz referência às pessoas em geral.
D) faz referência aos leitores assíduos da revista.
E) faz referência à pessoa a qual o autor se dirige.
17. No trecho “justamente a época em que a capacidade do nosso cérebro começa a diminuir” (linha 07), o
núcleo do sujeito classifica-se como:
A) oração.
B) adjetivo.
C) substantivo.
D) pronome relativo.
E) pronome demonstrativo.
18. No trecho “Quando você vê o rosto de uma pessoa, ativa a rede atratora que relaciona várias outras coisas
que você sabe sobre ela.” (linhas 22-23), a vírgula é utilizada para:
A) separar oração subordinada adverbial.
B) separar uma oração intercalada a outra.
C) separar orações coordenadas assindéticas.
D) separar oração subordinada adjetiva explicativa.
E) separar oração coordenada sindética conclusiva.
20. Assinale a alternativa que contém o propósito principal do texto 1 e do texto 2, respectivamente.
A) informar o desuso do termo “velho”; explicar a sabedoria dos idosos.
B) defender a valorização da velhice; explicar como adquirimos sabedoria.
C) mostrar a indigência do termo “idoso”; reformular o conceito de sabedoria.
D) criticar os eufemismos; mostrar como Elkhonon Goldberg define sabedoria.
E) criticar a cosmética da linguagem; comprovar que a sabedoria não é uma dádiva.
21. Uma fonte de luz, que emite em todas as frequências do espectro visível, produz a luz branca que incide
sobre um objeto. Assinale a resposta correta.
A) Tem a temperatura de 3200 C.
B) Seu comprimento de onda é de 240 nm.
C) Não determina a cor resultante do objeto.
D) Sua frequência dominante é chamada de brilho.
E) Sua frequência dominante é chamada de matiz.
22. O diafragma da câmera, além de possibilitar a passagem de luz necessária para sensibilizar o
filme/sensor, serve também para alterar:
A) a profundidade de campo.
B) o ISO do filme/sensor.
C) a velocidade do filme.
D) o ângulo do visor.
E) a área iluminada.
26. O fluxo luminoso incidente divide-se em três partes, em uma dada proporção, que depende das
características da substância sobre a qual incide. Para avaliar os valores qualitativos do fluxo é
necessário, portanto, definir esses três fatores que são:
A) Ofuscamento, reflexão e transmissão.
B) Reflexão, transmissão e absorção de luz.
C) Temperatura de cor, ofuscamento e reflexão.
D) Transmissão, ofuscamento e temperatura de cor.
E) Absorção de luz, ofuscamento e temperatura de cor.
27. A distância focal de uma objetiva, medida em milímetros, é a distância entre:
A) os elementos óticos da objetiva.
B) o objeto fotografado e a objetiva.
C) o centro ótico da lente e o sensor da câmera.
D) o objeto fotografado e o sensor da câmera.
E) o objeto fotografado e a objetiva.
29. Os fatores que determinam a profundidade de campo numa fotografia são diversos. Para uma profundidade de
campo maior devemos utilizar:
A) menor abertura do diafragma, maior distância do objeto, menor distância focal da objetiva.
B) menor abertura do diafragma, menor distância do objeto, maior distância focal da objetiva.
C) menor abertura do diafragma, maior distância do objeto, maior distância focal da objetiva.
D) maior abertura do diafragma, menor distância do objeto, maior distância focal da objetiva.
E) maior abertura do diafragma, maior distância do objeto, maior distância focal da objetiva.
33. Uma objetiva 50 mm é considerada normal para uma câmera 35 mm analógica. Mas para as câmeras
digitais construídas num corpo similar elas podem variar a cobertura do objeto fotografado à mesma
distância, pois o que define a distância focal é a sua relação com:
A) o ISO utilizado.
B) a diagonal do sensor.
C) a velocidade do obturador.
D) a abertura máxima do diafragma.
E) a disposição dos elementos óticos.
34. A primeira geração de imagem capturada numa câmera digital pode ter vários formatos. Um dos
formatos não compactados da imagem é o:
A) JPG
B) DCT
C) RAW
D) JFIF
E) JPEG
36. A demanda para arquivamento de imagens aumentou exigindo maior velocidade dos dispositivos. Duas
novas portas seriais complementares, a USB 2.0 e a IEEE 1394 (Firewire), foram criadas para melhorar a
situação. As portas têm algumas características em comum. Assinale a opção correta.
A) Os cabos seriais são muito mais baratos que os cabos paralelos.
B) Ambas suportam adicionar e remover dispositivos sem desligar primeiro o computador.
C) Ambas têm a vantagem da capacidade de transferência máxima a 2 Mbs/s em alta velocidade.
D) Ambas foram concebidas originalmente pela Apple, mas foram adotadas desde então, pela indústria
de computadores.
E) A arquitetura de ambas tem como característica fornecer a alimentação eléctrica aos periféricos,
utilizando para isto um cabo composto de quatro fios.
44. Fotos coloridas ao ar livre podem ser feitas durante a noite. Em cidades com predominância de
iluminação de tungstênio devemos ajustar o sensor da câmera digital em:
A) 3.200 C, para uma aparência amarelo-avermelhada.
B) 3.200 K, para uma aparência amarelo-avermelhada.
C) 5.500 F, para uma aparência amarelo-avermelhada.
D) 5.500 K, para uma aparência fria, azulada.
E) 5.500 K, para uma aparência amarelo-avermelhada.
46. Bitmap é um tipo de imagem tecnicamente denominada de raster. Ao se trabalhar com ela é necessário
ter em mente que:
A) editamos objetos ou formas em vez de pixels.
B) é possível redimensioná-la sem perder a qualidade gráfica original.
C) independe da resolução, isto é, não contém um número fixo de pixels.
D) não é possível redimensioná-la sem perder a qualidade gráfica original.
E) é o meio eletrônico menos comum para tons contínuos como a fotografia.
50. As máquinas fotográficas, já há algum tempo, utilizam um cartão de memória para o armazenamento de
suas fotografias. Assinale a alternativa correta.
A) Existe um padrão único para os cartões de memória.
B) O tipo de cartão não influi no consumo da bateria da câmera.
C) O compact Flash é o cartão de memória mais recente para câmeras digitais.
D) Os cartões SD (secure digital) só são encontrados com um nível de velocidade.
E) O Memory Stick tem baixa taxa de transferência comparada aos novos padrões de cartões.