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A noção de que contos de fadas e histórias fantásticas estimulam e

educam a imaginação moral dos jovens não é, evidentemente, nenhuma


novidade. Foi com base nessa idéia que os escritores da Era Vitoriana
levaram os contos de fadas para dentro do jardim de infância. Em nossos
dias, temos presenciado o ressurgimento do interesse pelos contos
de fadas. A publicação de “A Psicanálise dos Contos de Fadas” (1975), pelo
renomado psiquiatra Bruno Bettelheim, há vinte anos, representou uma
contribuição decisiva para isso. “Não é preciso enfatizar”, escreve
Bettelheim, “neste momento de nossa história, o fato de que as crianças
precisam de uma educação moral… [que as ensine] não por meio de
conceitos éticos abstratos, mas por meio daquilo que parece
tangivelmente certo e, portanto, carregado de significado… A criança
encontra esse tipo de significado nos contos de fadas.”[1]

Nos últimos anos, William J. Bennett editou três antologias de enorme


sucesso, que incluem vastas amostras de contos de fadas clássicos e
histórias infantis modernas.[2] Com a publicação de “O Livro das Virtudes”
(1994), “O Compasso Moral” e “O Livro das Virtudes para Crianças” (1995),
Bennett parece ter atendido a uma profunda ânsia de pais e professores
por recursos literários que possam ser utilizados no cultivo da
imaginação moral das crianças. Eles precisam e estão pedindo por uma
orientação em como influenciar o caráter moral dos jovens.

Por essa razão, surpreende-me que tão pouco se tenha escrito sobre o
sentido moral nos contos de fadas. A crítica literária dos contos de fadas e
da literatura infantil moderna é um empreendimento relativamente recente,
não tendo se formado, ainda, um acervo interpretativo robusto ou
significativo, e os estudos realizados por psicólogos e educadores
abordam principalmente problemas específicos dessas disciplinas. Seria
de se esperar que os estudiosos de ética fizessem algo melhor. Apesar
disso, os especialistas em ética filosófica ou religiosa não dedicaram muita
atenção às crianças enquanto aprendizes morais, nem escreveram muito
sobre literatura infantil. Talvez a razão disso seja que esses estudiosos
subscrevem, como tantos outros, a noção errônea de que a criança
encontra-se em um estágio pré-moral, sendo-lhe mais importante a
socialização do que a formação moral. Intuitivamente, porém, e por
experiência como pais e professores, deveríamos saber que não é tão
simples assim.
A escritora americana Flannery O’Connor certa vez afirmou uma verdade
simples, mas profunda: “Uma história é uma forma de dizer algo que
não pode ser dito de outra maneira… Conta-se uma história porque
seria inadequado fazer uma afirmação.”[3]

Os grandes contos de fadas e histórias de fantasia captam o sentido


da moralidade por meio de representações vívidas dos embates entre
o bem e o mal, nos quais os personagens devem tomar decisões
difíceis entre o certo e o errado, ou dos quais depende o próprio
destino de mundos imaginários. As grandes histórias evitam o
didatismo e fornecem à imaginação símbolos importantes sobre a forma
do nosso mundo e as respostas adequadas aos seus habitantes. O filósofo
moral contemporâneo Alasdair MacIntyre resume a questão de forma
eloquente:

“É ouvindo histórias sobre madrastas cruéis, crianças abandonadas, reis


generosos mas mal aconselhados, lobos que amamentam irmãos gêmeos,
filhos mais novos e sem herança que têm de fazer sua sorte e filhos mais
velhos que põem toda a herança a perder…, que as crianças aprendem,
bem ou mal, o que é ser um filho, um pai, o que esperar da gama de
personagens deste drama no qual nascemos e como se comportar no
mundo. Prive a criança de histórias e elas ficarão desprotegidas,
vacilantes e ansiosas em suas ações e em suas palavras.” [4]

Seu filho não cultivará uma virtude apenas porque você a explicou a ele

Meditando sobre a sabedoria e a ética do conto de fadas, G. K. Chesterton


observa, em Ortodoxia, que o gênero suscita uma forma especial de ver as
coisas que é indispensável à moralidade. Chesterton escreve: “Estou
interessado em uma certa maneira de olhar para a vida, maneira esta
que me foi insuflada pelos contos de fadas, e que desde então tem
sido docilmente ratificada pelos simples fatos.”[5] A esta maneira de
olhar para a vida, chamo de imaginação moral. Pois Chesterton está
sugerindo o que vem a ser a imaginação moral quando afirma: “Podemos
dizer por que tiramos a liberdade de um homem que toma certas
liberdades. Mas não podemos dizer por que um ovo transforma-se em um
frango, assim como não podemos dizer por que um urso se transforma em
um príncipe encantado. Como IDÉIAS, o ovo e o frango estão mais longe
um do outro do que o urso e o príncipe; nenhum ovo por si mesmo nos faz
pensar em um frango, ao passo que alguns príncipes nos fazem pensar
em ursos.”[6] Da mesma forma, podemos dizer que o livre mercado ou o
Estado estabelece tais e quais valores, avaliar contra o que nos opomos e
como deveríamos negociar nossas mercadorias ou nosso talento; mas não
podemos saber, salvo no contexto de uma história com começo, meio e
fim, por que razão o que parecia ser coragem em determinado
personagem revelou-se por fim mera bravata, enquanto o que parecia
deslealdade, em outro personagem, revelou-se por fim uma forma
inusitada de fidelidade a um bem maior.

Viver uma vida moral significa ser receptivo e responsável para com o
outro. As virtudes são aqueles traços do caráter que possibilitam à pessoa
utilizar sua liberdade de maneiras moralmente responsáveis. A mera
habilidade, entretanto, de utilizar princípios morais para justificar as
próprias ações não torna uma pessoa virtuosa. O grande filósofo judeu
Martin Buber conta a história de como caiu no “erro fatal de ensinar ética”
como um conjunto de regras formais e princípios. Buber descobriu que
muito pouco desse tipo de educação “transforma-se em substância para a
construção do caráter”. Em seu ensaio “A Educação do Caráter”, uma
pequena jóia da filosofia moral e da educação, Buber recorda: “Tento
explicar aos meus alunos que a inveja é algo vil, e imediatamente sinto a
secreta resistência daqueles que são mais pobres que seus colegas. Tento
explicar que oprimir o mais fraco é algo perverso, e imediatamente vejo um
sorriso contido nos lábios dos mais fortes. Tento explicar que mentir é algo
que corrompe a vida, e então algo assustador acontece: o mentiroso
contumaz da classe redige um ensaio brilhante sobre o poder destrutivo da
mentira.”[7]

A mera instrução em moralidade não é suficiente para fomentar as


virtudes. O tiro pode mesmo sair pela culatra, principalmente se a palestra
for intensamente exortativa, e a vontade dos alunos, coagida. Ao contrário,
uma visão convincente de que o bem é algo bom em si mesmo
precisa ser apresentada de uma forma atraente e que estimule a
imaginação. Uma boa educação moral dirige-se tanto à dimensão
cognitiva quanto à dimensão afetiva da natureza humana. As histórias
são um instrumento insubstituível desse tipo de educação moral. Isso
é a educação do caráter.

A verdade nua sobre nós mesmos


A palavra grega para caráter significa literalmente uma impressão. O
caráter moral é uma impressão estampada no ser. O caráter é definido por
sua orientação, consistência e constância. Hoje em dia, freqüentemente
equiparamos liberdade, moralidade e bem. Todavia, essa visão é simplista,
pois a liberdade é transcendente; é a pré-condição da escolha mesma.
Dependendo do seu caráter, um homem será atraído para fazer o bem ou
o mal. O comportamento moral e o imoral são frutos do exercício da
liberdade, para o bem ou para o mal.

Os grandes contos de fadas e histórias de fantasia infantis retratam


caráter e virtude de maneira atraente. Nessas histórias, as virtudes
reluzem como em um espelho, enquanto a maldade e a malícia aparecem
sem máscara, despidas da pretensão de se passarem por bem ou por
verdade. Essas histórias nos colocam diante da verdade nua sobre
nós mesmos, enquanto nos levam a refletir sobre que tipo de pessoa
queremos ser.

Virtudes em “A Bela e a Fera”

“A Bela e a Fera” é um dos contos de fadas mais amados de todos os


tempos simplesmente porque contrasta o bem e o mal de uma maneira
que seduz a imaginação. É, também, uma história que retrata com uma
força especial o mistério da virtude em si. A virtude é a “mágica” da vida
moral, pois aparece nas pessoas mais insuspeitadas e nos lugares
menos prováveis, com resultados surpreendentes. No começo da
história, ficamos sabendo que um comerciante muito rico tinha três “filhas,
[todas] muito bonitas, especialmente a mais nova; [era então] chamada
‘Bela’.” Nada mais se diz sobre os atributos físicos de Bela. Em vez disso,
a história chama nossa atenção para o caráter virtuoso da moça. A
bondade de Bela – sua “beleza interior” – é contrastada com o orgulho, a
vaidade e o egoísmo de suas irmãs – sua “feiúra interior”. Apesar de as
irmãs de Bela serem fisicamente bonitas, “eram muito orgulhosas, porque
eram ricas… assumiam ares ridículos… e riam de sua irmã, porque
passava seu tempo lendo bons livros.” Em contrapartida, Bela era
“encantadora, tinha o temperamento sereno, (…) falava gentilmente com
os pobres” e amava o pai do fundo de seu coração.[8]

Por ser virtuosa, Bela é capaz de “ver” as virtudes em Fera, escondidas


sob sua monstruosa aparência. Em seu primeiro jantar no castelo do
monstro, Bela diz à Fera: “É verdade [que vos acho feio]… pois não posso
mentir, mas acredito que sois muito agradável.” Quando a Fera intensifica
suas repetidas súplicas, Bela responde enfaticamente: “Há na
humanidade… quem mereça o nome [Fera] mais do que vós, e prefiro
a vós, como sois, àqueles que, sob forma humana, escondem um
coração ardiloso, corrompido e ingrato.”[9] O agudo contraste entre a
bondade de Bela e a maldade de suas irmãs, mascarada por sua beleza
física, cria um paralelo irônico por ser a Fera repulsiva fisicamente, mas
boa e virtuosa. “A Bela e a Fera” ensina a simples mas importante lição de
que as aparências podem nos enganar; o que vemos nem sempre é o que
parece ser.

Da mesma forma, esse grande conto de fadas convida-nos a imaginar


como seria o desfecho se as irmãs de Bela estivessem em seu lugar. Sem
dúvida, não teriam reconhecido ou valorizado a bondade por trás da
aparência monstruosa da Fera. Também não parece provável que elas
tivessem feito a escolha corajosa e fortuita de Bela. A história retrata a
paradoxal verdade de que, a menos que a pessoa seja virtuosa, ela não
será capaz de encontrar, valorizar ou compreender a virtude no outro.

“A Bela e a Fera” traz uma última importante verdade moral: as decisões


de uma pessoa ao longo de sua vida moldarão o tipo de pessoa que
ela se tornará. Neste sentido, nosso destino não é uma fatalidade:
decidimos nosso próprio destino. Ao final da história, a “bela senhora”
que visitara Bela em sonhos aparece no castelo da Fera, trazendo consigo
toda a família da moça. Então, a fada diz a Bela: “Bela… vem e vê a
recompensa de tua escolha judiciosa. Preferiste a virtude à graça ou à
beleza, e mereces uma pessoa na qual essas qualidades estejam unidas:
serás uma grande rainha.”[10] As irmãs de Bela, entretanto, são infelizes
no casamento porque escolheram esposos unicamente por sua boa
aparência e graça. A ganância, inveja e orgulho transformaram seus
corações em pedra. Por isso, são transformadas em estátuas,
conservando ainda a consciência de que testemunharão a felicidade da
irmã, até que admitam suas culpas.

Tal como acontece em todos os grandes contos de fadas, “A Bela e a


Fera” convida-nos a traçar analogias entre o mundo da imaginação e
o mundo em que vivemos. Ele fornece à imaginação dados que o ser
também utiliza para distinguir entre o que é verdade e o que não é. Mas,
podemos nos perguntar: como despertar a imaginação, e como torná-la
moral? Essas são questões importantes para o educador moral, e não são
fáceis de responder.

O relato franco de Buber sobre os erros que cometeu em sua tentativa


frustrada de ensinar ética nos ajuda a ver como é difícil despertar e
alimentar a imaginação moral. Os erros de Buber não são incomuns; são
freqüentemente cometidos hoje em dia, especialmente quando o papel da
razão na conduta humana é superestimado, e subestimado o papel da
vontade e da imaginação. Esse risco é potencializado em virtude do ethos
utilitarista e instrumentalista que contaminou as raízes de nossa cultura.
Apesar das esmagadoras evidências de que estamos fracassando em
transmitir a moralidade de maneira eficaz às nossas crianças,
insistimos em ensinar a ética como se se tratasse de um manual
prático para uma vida bem-sucedida. Educadores morais têm o hábito
de apresentar princípios morais e mesmo as virtudes aos estudantes como
se se tratasse de instrumentos práticos para a obtenção do sucesso. É
muito pouco provável que nossa pedagogia consiga transformar a mente e
converter o coração da criança se lhe ensinamos que o valor dos
princípios morais e das virtudes deve ser aferido segundo critérios de
utilidade social e sucesso material. Como observado por Buber em sua
sala de aula, tudo que conseguiremos com isso é confirmar a desolação
do fraco, agravar a inveja do pobre, justificar a ganância do rico e
encorajar a violência do mais forte.

Muito do que é apresentado como educação moral fracassa em cultivar a


imaginação moral. Entretanto, somente uma pedagogia que desperte e
vivifique a imaginação moral será capaz de persuadir a criança ou o
estudante de que a coragem é o teste final do bom caráter, a
honestidade é essencial à confiança e à harmonia entre as pessoas, e
a humildade e o espírito magnânimo são bens maiores do que os
prêmios obtidos pelo egoísmo, pelo orgulho ou pelo uso
inescrupuloso de uma posição de poder.

A imaginação moral não é uma coisa, sequer uma faculdade, mas o


processo mesmo pelo qual o ser cria metáforas a partir das imagens
fornecidas pela experiência, recorrendo depois a essas metáforas a fim de
encontrar e imaginar correspondências morais na experiência. A
imaginação moral está em atividade, para o bem ou para o mal, de
maneira mais ou menos acentuada, em todos os momentos de nossa vida,
seja durante o sono ou quando estamos despertos. Entretanto, é preciso
enriquecê-la e adestrá-la com exercícios adequados. Do contrário, ela
se atrofiará como um músculo não utilizado. A riqueza ou a pobreza da
imaginação moral depende da riqueza ou pobreza da experiência. Na
tenra idade, quando a criança depende dos pais ou de outros responsáveis
por seu cuidado, há uma especial abertura para a formação por meio das
experiências proporcionadas por essas pessoas. Admitimos essa realidade
quando debatemos ou discutimos que tipo de educação ou divertimentos
são adequados às nossas crianças.

Incapacidade de perceber metáforas

Infelizmente, com muita freqüência, nossa sociedade tem fracassado em


proporcionar às crianças o tipo de experiência que enriquece e constrói a
imaginação moral. Pode-se ter uma noção do empobrecimento da
imaginação moral nas gerações mais novas quando se observa sua
incapacidade de reconhecer, criar ou utilizar metáforas. Meus alunos
da universidade não desconhecem o que venha a ser moralidade, embora
possam ficar confusos ou perplexos sobre seu fundamento ou manuseio.
Mas, ao lerem um romance, ficam perplexos porque não conseguem
encontrar as ligações internas entre personagem, ação e narrativa
fornecidas pela imaginação figurativa do autor. É triste, mas os únicos
tipos de história que muitos de meus alunos universitários parecem
capazes de acompanhar são notícia de jornal e scripts de séries de
humor.

Vários anos atrás, apliquei uma prova surpresa em um curso de teologia e


literatura, no qual pedi aos alunos que enumerassem e explicassem cinco
metáforas presentes na primeira novela de John Updike, “Coelho Corre”
[Rabbit, Run]. A maioria da turma não conseguiu enumerar cinco
metáforas. Alguns alunos sequer identificaram a metáfora no título do livro,
que eu havia discutido propositalmente na aula anterior. Não é que esses
alunos não conhecessem uma definição prática de metáfora, pois isso lhes
fora ensinado repetidas vezes nas aulas de Literatura. O que lhes faltava
era um conhecimento pessoal de metáfora, que somente uma imaginação
ativa pode proporcionar. Desconfio que, no passado, esses alunos
assimilaram a idéia de que tudo o que precisavam encontrar em um livro
era os assim chamados “fatos”. O sentido dos fatos está no uso que deles
se faz, e sua aplicação requer relativamente pouca interpretação. Vivemos
em uma cultura que desmerece a metáfora em benefício dos assim
chamados “fatos”. Treinamos a mente para apanhar esses “fatos” quase
da mesma maneira como amaciamos uma luva nova de basebol.
Enquanto isso, a imaginação segue negligenciada, descuidada e
destreinada.

Siga acompanhando nosso blog. A continuação deste artigo será


publicada em breve.

Notas

1. Bruno Bettelheim, The Uses of Enchantment (New York: Alfred A. Knopf,


Inc., 1975), p.5.
2. William J. Bennett, ed., The Book of Virtues (New York: Simon and
Schuster).
3. Flannery O’Connor, Mystery and Manners (New York: Farrar, Straus and
Giroux, 1990), p.96.
4. Alasdair MacIntyre, After Virtue: A Study in Moral Theory, 2a edição (Notre
Dame, IN: University of Notre Dame Press, 1984), p. 216.
5. Gilbert. K. Chesterton, Orthodoxy (Garden City, N.Y.: Doubleday and Co.,
1959), p. 50. Tradução de Roberto Mallet:
http://www.grupotempo.com.br/tex_fadas.html
6. Ibid., p. 52.
7. Martin Buber, Between Man and Man (New York: Macmillan Pub. Co., Inc.,
1978), p. 105.
8. Ionia and Peter Opie, eds., The Classic Fairy Tales (New York: Oxford
University Press, 1980). pp. 182-83. Esta é a tradução inglesa da versão
de Madame de Beaumont do clássico conto de fadas originalmente
publicado em francês em 1756, posteriormente traduzido para o inglês em
1761.
9. Ibid, p. 190.
10. Ibid, p. 195.

Primeira parte do artigo de Vigen Guroian, traduzido para o português.


Original em: http://www.theimaginativeconservative.org/2013/05/awakening-the-
moral-imagination.html

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