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Para aprender esse conteúdo com mais facilidade, é necessário ter conhecimentos
anteriores sobre corrente elétrica, picos de correntes dos motores e sistemas de partida.
1.1 FUSÍVEIS:
Sua atuação ocorre devido à fusão de um elemento elo fusível por efeito Joule, em
conseqüência da brusca elevação de corrente no circuito. O material utilizado na confecção
do elo fusível tem propriedades físicas tais que o seu ponto de fusão seja inferior ao da liga
de cobre com alumínio, que é o material mais utilizado na confecção de condutores de
aplicação geral.
Sem uma proteção adequada, a corrente atingiria valores muito elevados, limitados
apenas pela resistência ôhmica dos condutores ou capacidade da fonte geradora e
conseqüentemente danos graves ocorrerão, existindo inclusive o risco de incêndio.
Esses fusíveis são ideais para a proteção de circuitos com semicondutores (diodos e
tiristores).
Por sua vez, os fusíveis de efeito retardado são apropriados para uso em circuitos
cuja corrente de partida atinge valores muitas vezes superiores ao valor da corrente nominal
e em circuitos que estejam sujeitos a sobrecargas de curta duração.
Como exemplo desses circuitos podemos citar motores elétricos, as cargas indutivas
e as cargas capacitivas em geral.
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A base é fabricada de material isolante como a esteatita, ou plástico termofixo. Nela
são fixados os contatos em forma de garras às quais estão acopladas molas que aumentam a
pressão de contato.
Base NH
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A base e a tampa são feitas de porcelana, dentro de ambas as quais estão um
elemento com rosca helicoidal feito de latão. O elemento com rosca helicoidal possui
continuidade elétrica direta com um dos bornes de ligação presente na base, enquanto que,
por sua vez, o segundo borne de ligação da base possui continuidade com a rosca de
fixação do parafuso de ajuste.
Uma base pode ser fixada nos painéis por meio de parafusos ou, como opcional, a
fixação pode ser feita por engate rápido sobre trilho DIN.
Indicador Janela de
do Fusível Inspeção
Elemento com
Base Rosca Helicoidal
Vão Interno
Borda Colorida
O anel de proteção é feito de porcelana com rosca interna, tem como função
proteger a rosca metálica da base aberta, pois evita a possibilidade de contatos acidentais no
momento da troca do fusível.
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O fusível possui um indicador, o qual se desprende em caso de queima, mas que
em funcionamento normal fica fixo e visível através da janela da tampa e cuja corrente
nominal é identificada por meio de cores. Veja na tabela a seguir, algumas cores e suas
correntes nominais correspondentes.
OBS: Estas mesmas cores são utilizadas para colorir as bordas superiores dos
parafusos de ajuste.
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Capacidade de ruptura (kA) - valor de corrente que o fusível é capaz de interromper
com segurança. Não depende da tensão nominal da instalação;
Tensão nominal - tensão para a qual o fusível foi construído. Os fusíveis normais
para baixa tensão são indicados para tensões de serviço de até 500 V em CA e 600
V em CC;
Curva de relação Tempo de Fusão X Corrente: curvas que indicam o tempo que o
fusível leva para desligar o circuito. Elas são variáveis de acordo com o tempo, com
a corrente, e com o tipo de fusível. Dentro dessas curvas, quanto maior for a
corrente circulante, menor será o tempo em que o fusível terá que desligar. Veja
curva típica a seguir.
1.1.5 Instalação:
Os fusíveis DIAZED e NH devem ser colocados no inicio dos ramais dos circuitos
que se pretende proteger.
A instalação deve ser feita de tal modo que permita seu manejo sem perigo de
choque para o operador.
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1.1.6 Fusíveis NEOZED:
A sua forma
construtiva garante
total proteção de
toque acidental
quando da montagem ou substituição dos
fusíveis.
A fixação pode ser rápida por engate sobre trilho ou por parafusos. Atendem a
norma IEC 269.
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Possui Categoria de utilização gR / aR, atendendo
as correntes nominais de 32 a 710 A.
Encontrado em dois tamanhos (1e 2), podendo ser
usado em AC (de 800 1000 V) ou DC (de 440 a 600 V).
O uso de punhos especiais garante o manuseio
seguro na montagem ou substituição dos fusíveis. Os
fusíveis Sitor atendem as normas IEC 269, DIN 43 653.
Permitem a fixação rápida por engate rápido sobre trilho ou parafusos. Atendem a
norma DIN VDE 0636.
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até 63A AC-22
até 50A AC-23 em 400VCA
A corrente presumida de curto-circuito de 50kA em até
400VCA.
Com alavanca de manejo confortável, possui
mecanismo de ação independente do operador, o que garante
manobra sob carga.
Fornecem total segurança ao toque acidental na
montagem ou substituição dos fusíveis e nos terminais de
ligação.
Os fusíveis do tipo H-H são projetados para atender as Normas IEC-60282 e VDE-
0670 e DIN-43625. São excelentes
Limitadores de Corrente.
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São utilizados para proteção de transformadores, motores, capacitores,
condensadores, cabos, etc. contra curtos-circuitos. Existem critérios específicos para a
seleção dos fusíveis H-H em cada uma destas aplicações.
Principais características:
As micro-chaves para os fusíveis NH série D70 são projetadas para serem acopladas
nas tampas dos fusíveis (tipo CIMT) ou nos adaptadores que já vêm montados nos fusíveis
(tipo CIML). Têm um contato aberto e um contato fechado, corrente nominal 5A e tensão
nominal 250V (5A 250V 1NA+1NF).
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1.1.12 Fusíveis do Tipo DCKL / DCKU – Classe L:
Principais Características:
Principais Características
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1.1.14 Fusíveis do Tipo DCJ / DCKJ – Classe J:
Principais Características:
Principais Características:
Principais características:
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Bitolas: 40 a 750 MCM
Principais características:
A escolha do fusível deve ser feita de modo que qualquer anormalidade elétrica no
circuito fique restrita ao setor onde ela ocorrer, sem afetar os outros.
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1.2 Botoeira ou Botão de comando:
Quando se fala em ligar um motor, o primeiro elemento que vem a mente é o de uma
chave para ligá-lo. Só que no caso de comandos elétricos a “chave” que liga os motores,
normalmente é, diferente, de uma chave mais usual, destas que se tem em casa para ligar a
luz, por exemplo. A diferença principal está no fato de que, ao se manobrar uma “chave
residencial”, ela assume uma posição e nela permanece, mesmo quando se retira a pressão
do dedo. Já em “chave industrial” ou botoeira há o retorno para a posição de repouso
através de uma mola (retorno por mola), como pode ser observado na figura a seguir. O
entendimento deste conceito é fundamental para compreender o porque da existência de um
“contato de selo” no circuito de comando.
A figura 2.1a mostra o caso de uma botoeira para comutação de 4 pólos. O contato
N.A. (Normalmente Aberto) pode ser utilizado como botão LIGA e o N.F. (Normalmente
Fechado) como botão DESLIGA. Esta é uma forma elementar de intertravamento. Note que
o retorno é feito de forma automática através de mola. Existem botoeiras com apenas um
contato. Estas últimas podem ser do tipo N.A. ou N.F..
Ao substituir o botão manual por um rolete, tem-se a chave fim de curso, muito
utilizada em circuitos pneumáticos e hidráulicos. Este é muito utilizado na movimentação
de cargas, acionado por toque no contato físico com uma peça ou uma embalagem, um
engradado, ou qualquer outra carga.
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Todos estes elementos exercem uma ação de controle discreta, ou seja, liga / desliga.
Como por exemplo, se a pressão de um sistema atingir um valor máximo, a ação do
pressostato será o de mover os contatos desligando o sistema. Caso a pressão atinja
novamente um valor mínimo atua-se religando o mesmo.
1.3 Relés:
Uma característica importante dos relés, como pode ser observado na figura a seguir
é que a tensão nos terminais (1) e (2) pode ser 5 VCC, 12 VCC ou 24 VCC, enquanto
simultaneamente os terminais (3), (4) e (5) podem trabalhar com 110 V CA ou 220 VCA, ou
seja não há contato físico entre os terminais de acionamento e os de trabalho. Este conceito
permitiu o surgimento de dois circuitos em um painel elétrico:
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Do conceito de relés pode-se derivar o conceito de contatores, visto no próximo
item.
1.4 Contatores:
Para fins didáticos podemos considerar os contatores como relés expandidos, pois o
principio de funcionamento é similar. Conceituando de forma mais técnica, o contator é um
elemento eletro-mecânico de comando a distância, com uma única posição de repouso e
sem travamento.
Um fator importante a ser observando no uso dos contatores são as faíscas produzidas
pelo impacto, durante a comutação dos contatos. Isso promove o desgaste natural dos
mesmos, além de consistir em riscos a saúde humana. A intensidade das faíscas pode se
agravar em ambientes úmidos e também com a quantidade de corrente circulando no painel.
Dessa forma foram aplicadas diferentes formas de proteção, resultando em uma
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classificação destes elementos. A norma IEC 947-4 apresenta uma classificação em 4
categorias de emprego de contatores principais:
A figura a seguir mostra o aspecto de um contator comum. Este elemento será mais
detalhado em capítulos posteriores.
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1.5 Proteção contra Sobrecorrentes:
Conforme dito anteriormente uma sobrecorrente é aquela cujo valor excede o valor
nominal de operação do circuito. Ela pode ser causada por dois fatores:
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A proteção contra o curto-circuito é feita através de um elemento magnético, que
nada mais é do que uma bobina. A variação brusca da corrente cria um campo magnético
que puxa o contato para baixo, abrindo o contato móvel, como pode ser visualizado na
figura a seguir, de forma esquemática.
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Corrente nominal (In): valor de corrente eficaz que o disjuntor deve conduzir
indefinidamente, sem a elevação da temperatura acima dos limites
especificados;
Tensão nominal (Un): o valor da tensão deve ser igual ou superior a do circuito
onde o disjuntor está instalado;
Até pouco tempo a proteção contra corrente de sobrecarga era feita por um elemento
em separado denominado de relé térmico de sobrecarga. Este elemento, constituído por
uma junta bimetálica que se dilata ao ser percorrido, por um certo período de tempo, por
uma corrente de valor acima da corrente nominal. Recentemente os disjuntores passaram a
englobar esta função e sendo assim os relés térmicos de sobrecarga tem caído em desuso.
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1.7 Disjuntores:
A corrente de sobrecarga pode ser causada por uma súbita elevação na carga
mecânica, ou mesmo pela operação do motor em determinados ambientes fabris, onde a
temperatura é elevada.
O disjuntor precisa ser caracterizado, além dos valores nominais de tensão, corrente
e freqüência, ainda pela sua capacidade de interrupção, e pelas demais indicações de
temperatura e altitude segundo a respectiva norma, e agrupamento de disjuntores, segundo
informações do fabricante, e outros, que podem influir no seu dimensionamento.
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1.7.1 Disjuntores-Motores:
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1.7.2 Características Gerais:
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Simbologia em comandos elétricos:
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1.8 INTERRUPTOR DE CORRENTE DE FUGA
IDR, DR e DDR
IDR é a sigla para Interruptor Diferencial Residual, DR é a sigla para Diferencial Residual, o
que demonstra que DR é outra maneira de nomear o IDR. DDR é a sigla para Disjuntor Diferencial
Residual. O IDR se diferencia o DDR, pois ele não funciona como disjuntor, o que é o caso do DDR.
IDR atua somente em casos de corrente de fuga, não de curtos circuitos. Já o DDR funciona como
disjuntor e também em casos de corrente de fuga.
IDR é o dispositivo que acusa a fuga de corrente e desarma o circuito, seja por uma instalação
mal feita, desgastes do cabo ou até mesmo uma pessoa levando um choque. O uso do IDR não dispensa
o uso do disjuntor, já que ele não faz a função dos disjuntores.
Função do IDR
O Interruptor Diferencial Residual tem a função de desligar automaticamente o circuito caso
exista um corrente de fuga que ultrapasse 30 mA, ou seja, caso ocorra um fuga de corrente maior que 30
mA, o IDR reconhece e desliga automaticamente o circuito. O IDR tem essa característica para proteção
contra choques elétricos. Esse valo de 30 mA é justamente escolhido para proteção dos seres humanos,
pois está é a intensidade máxima que um ser humano pode suportar. Alguns IDRs também podem
apresentar este valor com variações, não exatamente 30 mA, pois são específicos para proteção de
máquinas ou equipamentos, e este de 30mA é exclusivo para proteção de seres humanos contra choques
elétricos.
Funcionamento do IDR
O IDR tem um funcionamento simples. Internamente ele possui um Núcleo Toroidal onde são
enrolados os cabos que se deseja monitorar. Nos polos de entrada do IDR são conectados os cabos fase e
neutro (dependendo do modelo usado). Entres esses cabos existe uma diferença de potencial (voltagem
ou tensão) e é a partir dela que flui a energia elétrica. Se pelo cabo fase entra 10 A e estes mesmo saem
pelo cabo neutro, o IDR permanece armado, mas caso isso não aconteça, o IDR entende que existe uma
fuga de corrente, a partir dai os dispositivos internos do IDR calculam este valor de fuga, caso ele seja
maior que 30 mA o IDR desarma o circuito. O neutro serve para fazer a leitura, para entender se está
sendo perdido em algum instante e por algum motivo o valor de corrente que entrou pelo cabo fase.
Na prática, imagine que alguma pessoa encostou-se a em algum ponto do circuito e está
submetido ao choque elétrico. Neste momento, parte da corrente elétrica é transferida para o seu corpo,
ao invés de fazer o “caminho” adequado, nisto o IDR sente falta desta parte da corrente e em função do
valor (30 mA) desarma este circuito, em questão de segundos, interrompendo também o choque que esta
pessoa está sofrendo.
Este contato com a energia elétrica pode ser direto, no caso de um condutor exposto ou contato
direto com o condutor energizado, ou indireto, que é quando existem falhas na instalação. Estas falhas
podem ser por desgastes dos condutores ou um trabalho mal feito como em emendas, por exemplo.
Características construtivas
O IDR possui o que chamamos de polos, por onde são conectados os cabos que se deseja
monitorar. A quantidade de polos do IDR pode variar de acordo com o modelo, que pode ser tetrapolar,
bipolar e etc.
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Fig.01 Interruptor Diferencial Residual.
Algo peculiar do IDR é a existência de um botão para teste, ele simula uma fuga de corrente
para testar se o desarme vai ser realizado, é uma forma de verificar e também prevenir acidentes pois, se
no teste o desarme não foi realizado em uma situação real isso também não iria acontecer. No IDR
também existe o botão de liga e desliga, com sinalização verde para desligado e vermelho para ligado.
Algumas informações são dispostas na superfície do IDR, tais como:
Em circuitos que sirvam de ponto de utilização situados em locais que contenham chuveiro ou
banheira;
Em circuitos que alimentem tomadas situadas em áreas externas à edificação;
Em circuitos que alimentem tomadas em áreas internas que possam vir a alimentar equipamentos
nas áreas externas;
Em circuitos que sirvam de pontos de utilização situados em cozinhas, copas, lavanderias, áreas de
serviço, garagem e demais dependências internas molhadas ou sujeitas à lavagem;
A norma não especifica a obrigatoriedade deste dispositivo por ponto, por circuito ou por grupo de
circuito. Mas não é recomendada a utilização de apenas um IDR para toda instalação elétrica
residencial.
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1.9 CÉLULAS FOTOELÉTRICAS
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Tipos de células fotovoltaicas
Atualmente, as células fotovoltaicas apresentam eficiência de conversão da ordem de 16%. Existem
células fotovoltaicas com eficiências até 28%, fabricadas de arsenieto de gálio, mas o seu custo elevado
limita a produção dessas células solares para a utilização na indústria espacial.
A primeira geração fotovoltaica consiste numa camada única e de grande superfície p-n díodo de
junção, capaz de gerar energia elétrica utilizável a partir de fontes de luz com os comprimentos de onda
da luz solar. Estas células são normalmente feitas utilizando placas de silício. A primeira geração de
células constituem a tecnologia dominante na sua produção comercial, representando mais de 86% do
mercado.
A segunda geração de materiais fotovoltaicos está baseada no uso de películas finas de depósitos de
semi-condutores. A vantagem de utilizar estas películas é a de reduzir a quantidade de materiais
necessários para as produzir, bem como de custos. Em 2006 existiam diferentes tecnologias e materiais
semicondutores em investigação ou em produção de massa, como o silício amorfo, silício poli-cristalino
ou micro-cristalino, telurido de cádmio e Cobre-Índio-Gálio-Selénio (Tipo CIGS). Tipicamente, as
eficiências das células solares de películas são baixas quando comparadas com as de silício compacto,
mas os custos de manufactura são também mais baixos, pelo que se pode atingir um preço mais
reduzido por watt. Outra vantagem da reduzida massa é o menor suporte que é necessário quando se
colocam os painéis nos telhados e permite arrumá-los e dispô-los em materiais flexíveis, como os
têxteis.
A terceira geração fotovoltaica é muito diferente das duas anteriores, definida por utilizar
semicondutores que dependam da junção p-n para separar partículas carregadas por fotogestão. Estes
novos dispositivos incluem células fotoeletroquímicas e células de nanocristais.
Falhas elétricas são inevitáveis nas instalações prediais, industriais e residenciais. Elas podem
ter várias origens e podem também causar consequências de diversos níveis. Nos últimos anos, a
sociedade brasileira aumentou seu grau de conscientização quanto ao respeito às normas de instalações e
de equipamentos, normas de segurança do ministério do trabalho e melhores práticas de projeto e
engenharia, de uma maneira geral. A despeito disso, ainda assim, existe a possibilidade de uma falha
elétrica (ou a atuação dos sistemas de proteção) ocorrer inadvertidamente, criando constrangimentos ao
lazer ou à operação de indústrias ou atividades de serviços.
Uma falha elétrica, que interrompa o fornecimento de energia, pode causar desde um simples
descontentamento, como o impedimento de uma dona de casa assistir ao seu programa de TV favorito,
até elevadas perdas financeiras, como a indisponibilidade dos sistemas de informação de um banco.
Fusíveis e disjuntores (os chamados dispositivos de proteção) são utilizados para evitar essas
consequências imediatas do curto-circuito. Eles são instalados a montante (antes) das cargas e abrem ou
interrompem o fluxo de corrente elétrica de falta, antes que ocorra a destruição ou o dano permanente
dos equipamentos a jusante (depois do disjuntor ou fusível).
Estes danos, que causam prejuízos à instalação são, em geral, danos patrimoniais. Causam
prejuízos ligados ao custo de repor os materiais ou sistemas danificados. Há outro prejuízo que também
precisa ser contabilizado, quando ocorre uma falha elétrica: o custo do tempo em que o sistema está
interrompido, impedindo o pleno desempenho das atividades de lazer ou atividades econômicas das
pessoas ou empresas. Vamos, simplificadamente, chamá-los de prejuízos ou danos operacionais. Eles
estão relacionados ao montante de dinheiro que as pessoas ou empresas deixam de ganhar devido à
interrupção. Estes danos serão tanto maiores, quanto maiores forem os tempos em que a instalação
permanecer sem energia.
Diminuindo os prejuízos operacionais com o uso da coordenação das proteções e da seletividade
Além de interromper as correntes de falha, o ideal seria que os dispositivos fossem utilizados de
maneira consciente para garantir a máxima disponibilidade de energia da instalação, evitando assim os
prejuízos operacionais.
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Dizemos que um disjuntor é coordenado seletivamente quando, em uma associação, aquele que
estiver antes da falta (a montante) e somente ele interrompe a falha, mantendo os demais em
funcionamento, com a máxima continuidade de serviço ou operação do sistema. A Figura 1 mostra um
circuito provido de coordenação entre os dispositivos de proteção. Nele o ventilador número 2 sofre
uma falha, um curto-circuito, por exemplo. O disjuntor 3 abre, isolando o trecho em falta. O disjuntor 1
permanece fechado, garantindo que o restante do sistema continue em funcionamento.
Numa instalação elétrica, em configuração radial, o objetivo da seletividade é isolar a carga que
apresenta falha do restante da rede de distribuição, garantindo a continuidade de serviço/operação,
conforme vimos nos exemplos anteriores.
Existem vários tipos de falhas elétricas em uma instalação. As principais são: i) as sobrecargas
de corrente, ii) os curto-circuitos, ii) as correntes de energização, iv) as falhas a terra e v) as correntes
transitórias, causadas por afundamentos momentâneos de tensão. Para cada uma destas falhas, existe um
dispositivo de proteção que pode ser utilizado para garantir a segurança das pessoas e do patrimônio. Se
estes dispositivos não estiverem coordenados, a continuidade de operação poderá ser comprometida.
Vamos nos concentrar apenas nos dois primeiros tipos de falha: as sobrecargas, quando a
corrente de falha varia acima de 1 e até 10 vezes a corrente de serviço; e as correntes de curto-circuito,
quando as correntes de falha são acima de 10 vezes da corrente de serviço.
Se quando há a falha, apenas um dispositivo de proteção atua, sendo este o mais próximo da
falha, dizemos que há coordenação entre os dispositivos de proteção e que houve seletividade entre eles.
Se, por outro lado, quem atuar for o dispositivo de retaguarda, aquele à montante do dispositivo mais
próximo, dizemos que os dispositivos não são seletivos (embora eles possam estar, de alguma maneira,
coordenados).
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A Figura 3 permite uma análise simplificada de como a coordenação de disjuntores funciona.
Mais ainda: permite mostrar como a seletividade é possível e como é a sua dinâmica de funcionamento.
Geralmente as curvas de abertura dos dispositivos de proteção são do tipo tempo-inverso, ou seja, o
disjuntor permite a passagem de correntes de sobrecarga (aproximadamente até 10 vezes a corrente de
serviço) por períodos de tempo mais longo. Entretanto, para correntes mais elevadas que isso, o tempo
de atuação do dispositivo de proteção é muito mais rápido, isolando as falhas de forma a preservar o
limite de suportabilidade das cargas, especialmente os dos cabos.
Ainda com base no exemplo da Figura 3, para que a seletividade seja assegurada o tempo de
abertura do disjuntor 2, deve ser menor que o tempo de abertura do disjuntor 1. Esta é a chamada
seletividade cronométrica.
Nas regiões de curto-circuito, a seletividade pode ser garantida ao se fazer comparações entre as
curvas dos dispositivos de proteção, à montante e à jusante dos circuitos. Os dispositivos devem ser
coordenados ou escolhidos de tal maneira que nunca as suas curvas se cruzem quando sobrepostos num
coordenograma (gráfico tempo-corrente), tal como vemos na Figura 4. Caso isso ocorra, dizemos que
não existe seletividade total entre as proteções e que a seletividade é parcial.
Neste aspecto, os disjuntores se sobressaem diante dos fusíveis. Os fusíveis têm curvas tempo-
corrente fixas, enquanto os disjuntores permitem maior flexibilidade. Disjuntores de caixa moldada e
caixa aberta permitem ajustar o tempo e a corrente de atuação da proteção, com o ajuste da corrente
especificada no estudo de proteção. É também possível a utilização de tempos de retardo entre um
disjuntor e outro. Isso garante maior facilidade para se obter a coordenação e a seletividade das
proteções.
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Não vamos neste espaço discutir todas estas técnicas. Vamos nos concentrar no tema da
seletividade energética. Para uma discussão mais aprofundada sobre as demais, o leitor pode consultar
Nereau (2001) e Serpinet e Morel (1998).
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Os autores revelam que o segredo da seletividade energética é o domínio da técnica de
fabricação – disjuntores com contatos repulsivos que abrem mais rapidamente – e o entendimento de
que correntes de curto-circuitos têm assimetrias, que duram menos de 1 ciclo de onda. Logo, os
disjuntores são projetados para atuarem na metade do ciclo de onda previsto e deixam passar menos
energia para as cargas.
Figura 6 – Curva esquemática. Disjuntor não limitador versus disjuntor limitador de corrente.
Nota: não confundir a curva esquematizada aqui com ciclo senoidal de onda inteira e meia onda,
mencionada no texto.
Os benefícios desta técnica, além da seletividade total ou parcial que ela proporciona, são a
redução das secções dos condutores, com a eventual vantagem de se utilizar painéis e outros
componentes de menor correntes nos circuitos jusantes.
Para concluir: a correta seleção dos dispositivos de proteção (coordenação e seletividade), com
especial destaque para o uso de disjuntores (não ter a necessidade de peças de reposição, como os
fusíveis, flexíveis nos ajustes de proteção, etc.), garante grandes benefícios aos usuários e donos de
instalações. Além de garantir a segurança, os dispositivos de proteção aumentam a disponibilidade de
energia (continuidade de serviço), diminuem os danos operacionais e reduzem os investimentos iniciais,
quando acompanhados de um correto estudo de proteção.
Diante de tudo isso, é amplamente recomendável, aos usuários finais e projetistas, que levem em
consideração os estudos de proteção nos projetos elétricos de baixa tensão e que busquem informações
junto aos fabricantes. Com isso terão um sistema elétrico altamente disponível, seguro e custo-efetivo,
tanto na implantação quanto na operação.
1.11 PARA-RAIOS
Com a finalidade de evitar que casas e estabelecimentos em geral sejam atingidos diretamente
por descargas elétricas, diversos tipos de para-raios estão disponíveis no mercado de todo país. Embora
apresentem o mesmo objetivo, a escolha do modelo ideal faz diferença.
Existem inúmeros tipos de para-raios no mundo. Atualmente, no Brasil, são utilizados dois
modelos: o de Franklin e o de Melsens. Todavia, no passado, o modelo radioativo também se
apresentava à disposição. A seguir, vamos entender melhor cada um.
Para-raios de Franklin
É o modelo mais comum no país e também o que apresenta maior eficácia. Em sua
configuração, conta com uma haste de metal, um cabo de condução e captadores. O cabo segue do para-
raios até o solo, dissipando a energia no aterramento.
Para-raios de Melsens
O modelo de Melsens adota a gaiola de Faraday. Basicamente, o local é envolvido por uma
espécie de armadura de metal, enquanto são colocados fios metálicos de 50 cm no telhado. Nesse caso,
as hastes são as responsáveis por receber e repassar a descarga elétrica.
Para-raios Radioativos
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Porém, por meio de estudos, foi comprovado que o material não apresentava nenhuma
superioridade em relação aos demais. Por isso, em 1989, a Comissão Nacional de Energia Nuclear
(CNEN) suspendeu a produção e a venda do equipamento.
A instalação do para-raios não é algo de alta complexidade, mas exige alguns conhecimentos
básicos. Por isso, no Brasil, é preciso seguir as normas técnicas encontradas na ABNT 5419/2015 a fim
de garantir segurança durante todo o processo.
Também é importante ter consciência de que os para-raios não protegem alguns equipamentos
eletrônicos dos efeitos de uma descarga elétrica, como portões automáticos, geladeiras e elevadores.
Além disso, para que tudo ocorra dentro do esperado, é vital avaliar alguns fatores antes de iniciar a
instalação na prática:
espaço disponível.
Em um país tropical como o Brasil, com alta incidência de descargas elétricas, conhecer os tipos de
para-raios é essencial para assegurar a eficiência necessária. Porém, por se tratar de um equipamento
que demanda noções mais técnicas, é importante contar com especialistas na hora de escolher o melhor
modelo, bem como no momento da instalação.
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REFERÊNCIAS
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