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Alexandre N. Santos2, Tales M. Soares3, Ênio F. F. Silva 2, David. J. R. Silva 2 & Abelardo A. A. Montenegro 2
RESUMO
O Município de Ibimirim, em Pernambuco, está localizado no Semiárido e muitos de seus poços fornecem águas salo-
bras, cujo uso tem sido evitado, em virtude de ensejar doenças humanas (como hipertensão e cálculos renais) e a redu-
ção da produtividade agrícola (com depreciação do solo). Propôs-se, no trabalho, avaliar o aproveitamento da água salo-
bra subterrânea e do rejeito da sua dessalinização no cultivo hidropônico de duas variedades de alface (Vera e AF-1743).
Avaliaram-se seis níveis de salinidade da água (CEa: 0.2; 1.2; 2.2; 3.2; 4.2 e 5.2 dS m-1). As águas foram usadas em todo
o processo produtivo (preparo da solução nutritiva e reposição do consumo hídrico). O aumento da salinidade levou à
redução linear do crescimento das plantas de alface. As plantas apresentaram clorose generalizada no início do ciclo
mas este sintoma não foi detectado na colheita. A variedade ‘Vera’ teve menor crescimento e rendimento absoluto que
a ‘AF-1743’. Por outro lado, para ambas as variedades a redução percentual em função da salinidade foi equivalente: o
acúmulo de massa fresca da parte aérea foi reduzido à razão de 17,06 e 15,74% (dS m-1)-1 para ‘Vera’ e ‘AF-1743’,
respectivamente.
1 Parte da dissertação de mestrado do primeiro autor, apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola da Universidade Federal Rural de Pernambuco
2 DTR/UFRPE, Rua Dom Manoel de Medeiros s/n, Dois Irmãos. CEP 52171-900, Recife, PE. Fone: (81) 3320-6279. E-mail: alexandrens14@yahoo.com.br;
talesmiler@gmail.com; enio.silva@dtr.ufrpe.br; david_james@ig.com.br; abelardo.montenegro@yahoo.com.br
3 CCAAB/UFRB, Campus de Cruz das Almas, CEP 44380-000, Cruz das Almas, BA. Fone: (75) 3621-2798. E-mail: talesmiler@gmail.com
962 Alexandre N. Santos et al.
temperatura entre 35 e 40 °C, sendo eles os meses de no- veis para todos os níveis de água salobra. Realizaram-se
vembro e dezembro, enquanto a temperatura mínima, correções do pH das águas no momento de seu preparo, an-
aproximadamente 23 °C, ocorre nos meses de julho e agos- tes da adição dos fertilizantes. Correções do pH da solução
to (LAMEPE, 2008). nutritiva, mediante adição de KOH ou HNO3, foram feitas
sempre que se extrapolavam os limites de 5 e 7.
Estrutura experimental O delineamento experimental utilizado foi o inteiramen-
A estrutura de experimentação foi montada em uma casa te aleatorizado em blocos com seis níveis de salinidade da
de vegetação, que possuía 7 m de largura, 24 m de compri- água em interação com as duas variedades, totalizando 12
mento, 4 m de pé direito e 5,5 m de altura, com cobertura tratamentos em quatro repetições. Em cada bancada hidro-
em arco. As laterais foram teladas e possuíam rodapé de pônica foram cultivadas as duas variedades, as quais foram
20 cm em alvenaria. A cobertura do ambiente é em filme dispostas de maneira alternada, nos orifícios. Das oito plan-
agrícola de polietileno, com 150 µm de espessura, possuin- tas cultivadas no perfil apenas as quatro centrais foram con-
do tratamento antiultravioleta. O piso foi revestido com sideradas úteis.
manta geotêxtil (‘bidim’), com o objetivo de melhorar as con- Cada evento de irrigação durava 15 min e a programa-
dições fitossanitárias e minimizar os efeitos da poeira sobre ção diária foi executada com auxílio de um temporizador
o sistema de bombeamento. (Pilau et al., 2002). Das 7 h da manhã às 18 h o temporiza-
A casa de vegetação foi dividida em quatro blocos para dor acionava o sistema a cada 15 min, permanecendo liga-
que os efeitos das variações locais pudessem ser considera- do durante 15 min; no período das 18 às 7 h da manhã o
dos. Cada bloco contava com 12 unidades experimentais. sistema foi programado para promover um evento de irriga-
Construíram-se 48 bancadas hidropônicas em sistema ção por hora.
NFT (técnica do fluxo laminar de nutrientes), cada qual re- Diariamente se registravam as temperaturas máxima e
presentando uma parcela experimental, semelhante à descrita mínima e a umidade relativa do ar para um período de 24 h
por Soares et al. (2009). Cada bancada tinha um reservató- utilizando-se termohigrômetro digital. O aparelho foi prote-
rio plástico individual com capacidade para 60 L; um abas- gido em um abrigo e instalado no centro da casa de vegeta-
tecedor automático para reposição da lâmina evapotranspi- ção a uma altura de 1,50 m em relação à superfície do solo.
rada; uma eletrobomba de circulação; um perfil hidropônico A solução nutritiva foi monitorada diariamente registran-
feito em polipropileno com aditivo antiultravioleta com diâ- do-se os valores de pH, condutividade elétrica (CEsol) e tem-
metro de 75 mm, comprimento de 3,0 m e orifícios com peratura. O pH e a CEsol foram medidos uma vez por dia,
2,5 cm de raio espaçados em 0,25 m. sempre pela manhã, para que os valores medidos represen-
tassem as variações de um período de 24 h. A temperatura
Tratamentos da solução foi medida às 15 h em um reservatório de uma
Duas variedades de alface foram avaliadas: a ‘Vera’, uma bancada localizada no centro da casa de vegetação. Escolheu-
cultivar do tipo crespa, e a AF-1743, variedade lisa. se este horário com base em um acompanhamento prévio da
Avaliaram-se seis níveis de salinidade da água, com con- temperatura entre 6 e 18 h durante seis dias, buscando-se o
dutividades elétricas (CEa) de 0,2; 1,2; 2,2; 3,2; 4,2 e momento em que a solução atingia sua maior temperatura.
5,2 dS m -1. O tratamento CEa 0,2 dS m -1 foi considerado o
tratamento controle. Esses níveis foram obtidos com mis- Análise
turas a partir de quatro tipos de água, quais sejam: água Para avaliação do crescimento e rendimento das varieda-
subterrânea salobra, obtida de poço tubular profundo des de alface cultivada, analisaram-se as seguintes variáveis:
(2,44 dS m -1) (Tabela 1); água dessalinizada, resultante da número de folhas por planta (NF), diâmetro de cabeça (DC),
dessalinização da água do poço pelo processo da osmose e massa de matéria fresca da parte aérea (MFPA), determi-
reversa (0,05 dS m-1); rejeito da dessalinização (4,65 dS m-1) nadas no dia da colheita (47 dias após a semeadura). A massa
e rejeito II (7,80 dS m-1), obtido após dessalinização do pri- de matéria seca da parte aérea (MSPA) foi outra variável
meiro rejeito. Essas águas foram usadas tanto para o pre- analisada, sendo determinada após secagem em estufa a
paro da solução nutritiva quanto para a reposição do con- 65 °C até atingir massa constante. As variáveis MFPA e
sumo hídrico diário. MSPA foram determinadas com o auxílio de uma balança de
As concentrações dos nutrientes para o preparo da solu- precisão (0,01 g).
ção nutritiva foram baseadas nas concentrações indicadas por O teor de água na parte aérea da planta (U) foi avaliado
Furlani et al. (1999) para o cultivo de alface, sendo invariá- através da Eq. 1.
8
de 33,3 °C. Registrou-se, portanto, que a temperatura da so-
lução chegou a ultrapassar o limite indicado por Alberoni
7
(1998), qual seja, 30 °C. O mesmo autor recomenda, como
ideais as temperaturas na faixa de 18 a 24 °C para períodos
6
quentes e de 10 a 16 °C para períodos frios. Esta não ideali-
dade nas condições climáticas pode ter tornado os efeitos da
5
salinidade dos tratamentos mais severos.
O pH da solução foi ajustado para a faixa entre 5 e 7, 4
valores esses dentro da faixa de tolerância das plantas (4,5
a 7,5) (Furlani et al., 1999), no mesmo dia do transplantio, B.
porém, variações foram registradas entre os diferentes níveis CEa0,2 CEa1,2 CEa2,2
de salinidade no dia seguinte (1 DAT). Essas variações se CEa3,2 CEa4,2 CEa5,2
CE Solução nutritiva (dS m )
14
-1
Crescimento e rendimento da alface cultivada em águas Tabela 5. Resultado da comparação de média pelo teste Tukey a nível
salobras de 5% de probabilidade para as variáveis de crescimento e rendimento
Verificou-se, de acordo com a análise de variância (Tabe- das variedades cultivadas
la 2), efeito do bloco sobre o teor de água na parte aérea da DC MFPA MSPA U
planta ao nível de 5% de significância. Para a MFPA, o efeito Variedade NF
cm g planta -1 %
do bloco foi significativo apenas a 10% de probabilidade, AF-1743 41,40 a 38,75 a 308,17 a 17,74 a 93,87 a
ainda assim, esses resultados demonstram a importância do Vera 21,15 b 34,52 b 244,78 b 13,74 b 93,85 a
controle local em blocos. Em relação aos fatores de interes- D.M.S. 1,46 1,54 21,60 1,18 0,21
se, quais sejam, variedades de alface e níveis de salinidade, Médias seguidas de letras iguais na coluna não diferem estatisticamente.
D.M.S. – diferença mínima significativa; NF – número de folha; DC – diâmetro de cabeça; MFPA –
foram registrados efeitos altamente significativos sobre to- massa de matéria fresca da parte aérea; MSPA – massa de matéria fresca da parte aérea e U –
das as variáveis de crescimento e rendimento. Não ocorreu teor de água
interação entre fatores ao nível de 5% de probabilidade.
A análise de regressão aplicada de forma conjunta aos
Tabela 2. Resultado da análise de variância para as variáveis de dados de ambas as variedades, mostrou que todas as variá-
crescimento da alface avaliadas no experimento veis sofreram redução linear em função do aumento da sali-
nidade da água usada. À exceção da variável NF, foram re-
Causa de NF DC MFPA MSPA U
GL gistrados coeficientes de determinação superiores a 60%, o
variação Pr > F
que indica que a maior parte das variações encontradas pode
Bloco 3 0,2578 0,4278 0,0726 0,2351 0,0291
ser descrita através dos modelos propostos pela análise de
Variedade 1 <0,0001 <0,0001 <0,0001 <0,0001 0,8368
CEa 5 <0,0001 <0,0001 <0,0001 <0,0001 <0,0001
regressão (Tabela 6).
Variedade*CEa 5 0,0515 0,0925 0,6925 0,7573 0,5043
NF – número de folha; DC – diâmetro de cabeça; MFPA – massa de matéria fresca da parte aérea; Tabela 6. Resultado da análise de regressão aplicada às variáveis analisadas
MSPA – massa de matéria fresca da parte aérea e U – teor de água
em função da salinidade (análise conjunta de ‘Vera’ e ‘AF-1743’)
A análise do desdobramento das variedades dentro de Variável Equação R2
cada nível de salinidade indicou diferenças estatísticas entre NF NF = -2,718CEa**+38,609** 0,164
DC DC = -3,748CEa**+46,756** 0,749
as duas variedades estudadas, tanto sob condições de baixa
MFPA MFPA = -80,877CEa**+494,844** 0,866
salinidade quanto sob alta salinidade, exceto para DC às bai-
MSPA MSPA = -3,630CEa**+25,545** 0,785
xas salinidades e U para todos os níveis (Tabela 3). Já o des-
U U = -0,499CEa**+95,204** 0,837
dobramento dos níveis de salinidade dentro de cada varieda-
** representa significância a 1% de probabilidade; análise de dados com repetição
de revelou efeito altamente significativo (Tabela 4). NF – número de folha; DC – diâmetro de cabeça; MFPA – massa de matéria fresca da parte aérea;
MSPA – massa de matéria fresca da parte aérea e U – teor de água
A. B.
60 NF = -2,160CEa** + 26,98** NF = -3,275CEa** + 50,23**
2 2
R = 0,704 R = 0,810
45
NF planta-1
30
15
C. D.
50 DC = -4,353CEa** + 46,27** DC = -3,142CEa** + 47,23**
2 2
45 R = 0,814 R = 0,883
DC planta-1 (cm)
40
35
30
25
20
E. F.
600 MFPA = -77,37CEa** + 453,6** MFPA = -84,38CEa** + 536**
2 2
R = 0,893 R = 0,923
MFPA (g planta-1)
450
300
150
G. H.
35 MSPA = -3,488CEa** + 23,16** MSPA = -3,772CEa** + 27,92**
2 2
R = 0,836 R = 0,873
28
MSPA (g planta-1)
21
14
I. J.
96 Teor de água= -0,550CEa** + 95,33** Teor de água = -0,447CEa** + 95,07**
2 2
95 R = 0,878 R = 0,802
U (% planta-1)
94
93
92
91
90
0 1 2 3 4 5 6 0 1 2 3 4 5 6
-1
Condutividade elétrica da água (dS m )
** representa significância a 1% de probabilidade
Figura 2. Número de folhas (NF) para as variedades ‘Vera’ (A) e ‘AF-1743’ (B); Diâmetro de cabeça (DC) para as variedades ‘Vera’ (C) e AF-1743 (D);
Massa de matéria fresca da parte aérea (MFPA) para as variedades ‘Vera’(E) e AF-1743 (F); Massa de matéria seca da parte aérea (MSPA) para as variedades
‘Vera’ (G) e AF-1743 (H) e teor de água na folha (U) para as variedades ‘Vera’ (I) e AF-1743 (J) em função da condutividade elétrica da água (CEa)
A.
Tabela 7. Valores de incremento percentual por acréscimo unitário na
salinidade da água sobre as respostas de crescimento e produção das
variedades crespa e lisa de alface
a/b
Variável Variedade a b
% (dS m-1)-1 % (dS m-1)-1
'Vera' -2,16 26,98 -8,01
NF -1,49
'AF-1743' -3,275 50,23 -6,52
'Vera' -4,353 46,27 -9,41
DC -2,76
'AF-1743' -3,142 47,23 -6,65
'Vera' -77,37 453,60 -17,06
MFPA -1,31
'AF-1743' -84,38 536,00 -15,74
'Vera' -3,488 23,16 -15,06
MSPA -1,55
'AF-1743' -3,772 27,92 -13,51
'Vera' -0,55 95,33 -0,58 B.
U -0,11
'AF-1743' -0,447 95,07 -0,47
– Diferença da redução percentual entre as variedades; NF – número de folha; DC – diâmetro
de cabeça; MFPA – massa de matéria fresca da parte aérea; MSPA – massa de matéria fresca da
parte aérea e U – teor de água
Tabela 8. Resultado da análise visual de sintomas de clorose em folhas mais plantas sintomáticas com “tipburn” sob os maiores ní-
de alface das variedades ‘Vera’ (crespa) e ‘AF-1743’ (lisa) submetidas a veis de salinidade, como relatam Pereira et al. (2005). Nes-
salinidade da água te sentido, a distribuição aleatória do problema pode ser ex-
Trat. 0 DAT 6 DAT 8 DAT 10 DAT 18 DAT 22 DAT plicada pela presença de cálcio nas águas salobras, o que pode
CEa 0,2 V V V V V V ter mitigado tal desordem fisiológica. A incidência de
CEa 0,2 V V V V V V “tipburn” também pode estar relacionada com o destacado
CEa 0,2 V V V V V V crescimento da variedade ‘AF-1743’. Beninni et al. (2003)
CEa 0,2 V V V V V V ressaltam que alguns autores têm verificado o aumento da
CEa 1,2 V V V V V V incidência do “tipburn” em plantas com elevadas taxas de
CEa 1,2 V V V V V V crescimento, fenômeno que pode ocorrer em função do au-
CEa 1,2 V V V V V V mento na demanda de cálcio e da insuficiente translocação
CEa 1,2 V V V V V V para os locais de crescimento da planta.
CEa 2,2 V V V V V V As raízes das plantas de alface apresentaram deposição
CEa 2,2 V V V V V V de sais (Figura 4A) devido à ocorrência de precipitados na
CEa 2,2 V V CM V V V
solução nutritiva. Esta precipitação foi atribuída às intera-
CEa 2,2 V V V V V V
ções dos ânions CO3 e HCO3, presentes na água de irriga-
CEa 3,2 V CM CM V V V
ção (Tabela 1), com os fertilizantes.
CEa 3,2 V CM CM V V V
CEa 3,2 V CM C CM CM CM
Outro sintoma observado neste caso, em ambas as varie-
CEa 3,2 V CM V V V V
dades, foi o raquitismo, que acometeu as plantas submetidas
CEa 4,2 V C C CM CM V aos níveis mais elevados de salinidade da solução nutritiva.
CEa 4,2 V CM C CM CM CM As Figuras 4E e F mostram o contraste de tamanho entre as
CEa 4,2 V C CM CM CM CM plantas submetidas à solução nutritiva preparada com água
CEa 4,2 V C C CM CM CM de 0,2 e 4,2 dS m-1. Segundo Maas & Hoffman (1977), exis-
CEa 5,2 V C C CM CM CM te um limiar de concentração de sal acima do qual as plan-
CEa 5,2 V C C CM CM CM tas começam a mostrar sinais de inibição de crescimento, des-
CEa 5,2 V C C CM CM CM coloração foliar e perda de massa de matéria seca. Costa et
CEa 5,2 V C C CM CM CM al. (2001) por sua vez, dizem que essas alterações se relaci-
V – Verde normal; CM – Clorose moderada; C – Clorose onam, dentre outros fatores, à abertura estomática e ao au-
mento ou diminuição da área foliar, estando esses fatores
intimamente ligados à eficiência fotossintética e, consequen-
temente, à produção de matéria pelas plantas.
CONCLUSÕES
Figura 4. Raízes com deposição de sais precipitados (A); tip burn em AGRADECIMENTOS
‘AF-1743’ (B); clorose intensa das bordas foliares na variedade ‘Vera’ (C);
necrose das bordas das folhas mais velhas na variedade ‘AF-1743’ (D);
contraste de tamanho entre plantas submetidas aos tratamentos CEa0,2 e Os autores agradecem à Prefeitura Municipal de Ibimi-
CEa4,2 dS m-1 (E e F) rim, pelo apoio e concessão da área do experimento; à
SAKATA (João Totti Felix) pelo fornecimento de sementes; Garcia, G. O.; Martins Filho, S.; Reis, E. F.; Moraes, W. B.; Nazá-
à TIGRE (Olacir Martins Luciano) pelo fornecimento de rio, A. A. Alterações químicas de dois solos irrigados com água
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