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256 José F. de Carvalho et al.

Revista Brasileira de
Engenharia Agrícola e Ambiental
v.15, n.3, p.256–263, 2011
Campina Grande, PB, UAEA/UFCG – http://www.agriambi.com.br
Protocolo 086.09 – 04/06/2009 • Aprovado em 06/01/2011

Produtividade do repolho utilizando cobertura


morta e diferentes intervalos de irrigação
com água moderadamente salina1

José F. de Carvalho2, Abelardo A. A. Montenegro2 Tales M. Soares2,


Ênio F. de F. e Silva2 & Suzana M. G. L. Montenegro3

RESUMO
O manejo da irrigação em áreas sob escassez hídrica é imperativo para o incremento da eficiência do uso
da água, particularmente em áreas susceptíveis a salinização e a elevadas demandas atmosféricas. Neste
estudo avaliou-se o efeito da cobertura morta e de intervalos de irrigação utilizando-se água moderadamente
salina sobre a produtividade do repolho e sobre suas variáveis relacionadas, em vale aluvial no semiárido.
O delineamento experimental foi em blocos casualizados em esquema fatorial 3 x 2, com 4 repetições,
mediante a aplicação de intervalos de irrigação de 12, 24 e 48 h, com utilização de uma fração de
lixiviação de 20%, e presença ou ausência de cobertura morta sobre o solo. Verificou-se que as
produtividades foram afetadas pelos intervalos de irrigação e pela presença da cobertura morta. A máxima
eficiência uso da água foi obtida aplicando-se o intervalo de irrigação de 12 h com cobertura morta,
correspondendo a 110,49 Mg ha-1 mm-1, em consequência da menor variação da umidade ao longo do
experimento. A relevância da cobertura morta ficou evidenciada para o tratamento com intervalo de
irrigação de 48 h, tendendo a controlar as perdas de umidade e manter a produtividade do repolho.

Palavras-chave: semiárido, manejo da irrigação, agricultura familiar, Brassica oleraceae

Cabbage yield using mulching and different


irrigation intervals with moderately saline water

ABSTRACT
The irrigation management in areas under water scarcity is imperative to increase the water use efficiency
particularly in areas with salinization risk and high atmospheric demands. In this study, effect of mulching
and irrigation intervals was evaluated using moderately saline water on cabbage yield and on its related
variables in an alluvial valley in the semiarid. The experimental design was in random blocks using a 3
x 2 factorial scheme, with 4 replications, adopting irrigation application intervals of 12, 24 and 48 h, and
a leaching fraction of 20%, and considering mulching presence or absence on the soil. It was verified that
productivities have been affected by the irrigation interval and by mulching. The maximum water use
efficiency was obtained with irrigation frequency of 12 h and mulching adoption, corresponding to
110.49 Mg ha -1 mm -1, associated to a lower soil moisture variation along the experiment. Mulching
relevance was highlighted for the irrigation interval equal to 48 h, contributing to control moisture losses,
and to keep cabbage yield.

Key words: semiarid, irrigation management, communal farming, Brassica oleraceae

1
Parte da Dissertação de Mestrado do primeiro autor, apresentada à Universidade Federal Rural de Pernambuco, UFRPE.
2
UFRPE, Rua Dom Manoel de Medeiros s/n, Dois Irmãos, CEP 52171-900 Recife, PE. E-mail: carvalho.jcarvalho20@gmail.com;
abelardo.montenegro@yahoo.com.br;talesmiler@gmail.com;enio.silva@dtr.ufrpe.br
3
UFPE, Rua Acadêmico Hélio Ramos, s/n, Cidade Universitária, CEP 50670-901, Recife, PE. E-mail: suzanam@ufpe.br

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Produtividade do repolho utilizando cobertura morta e diferentes intervalos de irrigação com água moderadamente salina 257

INTRODUÇÃO constataram valores estatisticamente menores quando a


cobertura foi adotada.
Dentre as variedades botânicas da espécie Brassica As frequências de irrigação possuem papel importante no
oleracea, o repolho é a de maior expressão econômica na controle da salinidade, segundo Rhoades et al. (1974).
produção mundial e brasileira (Brackmann et al, 2003). Esta Evidências experimentais permitem recomendar a redução do
cultura é exigente em água, requerendo elevadas umidades no intervalo de irrigação quando se utiliza água salina, visando
solo durante todo o ciclo. Geralmente sua produtividade é manter elevado o potencial mátrico e osmótico. Por outro
superior a 50 Mg ha-1, quando em condições hídricas e de lado, turnos de rega reduzidos aumentam os custos
temperatura adequada, entre 15 e 20 oC (Filgueira, 2007). operacionais, particularmente na agricultura familiar. Lima et
Destaca-se, ainda, em termo de valor alimentício, o alto teor de al. (2006) cultivaram pimentão com água moderadamente
vitamina C, fornecendo também vitaminas B1, B2, E, K e sais salina, adotando frequências diárias e de dois dias, na
minerais, sobretudo cálcio e fósforo, além de apresentar fácil presença e ausência de cobertura morta. Os autores obtiveram
digestibilidade (Filgueira, 2007; Lédo et al., 2000). Filgueira massa de frutos significativamente superior quando se adotou
(2007) destaca a grande importância dessa cultura, por empregar turno de rega diário com cobertura morta de 1 Mg ha -1 de
elevada mão-de-obra, sendo cultivada essencialmente por palhada de milho, lâmina correspondente a 80% da
agricultores familiares. evapotranspiração do pimentão, sem provocar aumento da
Fracaro et al. (1999) avaliaram cultivares de repolho no Rio salinidade. Montenegro et al. (2010), na área de estudo do
Grande do Sul utilizando irrigação por aspersão e obtiveram presente experimento e através do modelo SALTMED (Ragab,
produção de 31,67 Mg ha-1, cabeças com massa fresca média 2002) com água moderadamente salina, verificaram que a
de 1270 g e índice de formato de 0,77, enquanto Moura et al. adoção de lâmina deficitária (80% ETc) não produziu alteração
(2006), pesquisando o híbrido Astrus em São Luís sob irrigação significativa na produtividade do repolho. Adicionalmente, a
por aspersão obtiveram produtividades de 13,00 Mg ha -1, adoção de turnos de rega de 1, 2 e 3 dias não provocou
independente da presença ou da ausência da cobertura morta alteração significativa na salinidade do solo, não acarretando
e de 7,50 Mg ha-1 e 15,00 Mg ha-1 na ausência e presença de decréscimo de produtividade.
cobertura morta respectivamente, utilizando irrigação por A utilização de água de qualidade inferior pode comprometer
sulcos, com massa fresca média de 449,66 g e índice de formato o desenvolvimento do repolho. Maas (1986) destaca que o
de 0,85. Em clima semiárido, Santiago (2002) obteve repolho é moderadamente sensível à salinidade e sugere o valor
produtividade média de 10,15 Mg ha-1, cultivando o híbrido de de 1,0 dS m-1 para o limiar de condutividade elétrica do extrato
repolho Midori, no mesmo local do presente experimento, com de saturação, a partir do qual ocorre decréscimo de 9,7% na
microaspersão, e 20% de fração de lixiviação. produtividade, para cada aumento unitário na condutividade
Imtiyaz et al. (2000) avaliaram o efeito de diferentes lâminas elétrica.
de irrigação na produtividade do repolho e obtiveram os Neste sentido, o presente trabalho foi realizado com o
melhores rendimentos com lâminas de irrigação, objetivo de avaliar a eficiência do uso da água e a produtividade
correspondendo a 80% da evapotranspiração da cultura do híbrido de repolho Midori em Neossolo Flúvico, sob
estimada a partir do Tanque Classe A. diferentes intervalos de irrigação e adoção de cobertura morta,
O uso de cobertura morta no solo é uma prática recomendada, aplicando-se água moderadamente salina, em clima semiárido.
em particular nas regiões semiáridas, contribuindo para a
melhoria do desempenho das culturas, redução das perdas de
água do solo e redução da erosão superficial (Souza et al., MATERIAL E MÉTODOS
2008a). Moraes et al. (2007), cultivando repolho em Dourados,
utilizaram 0 e 6,5 Mg ha-1 de cama-de-frango como cobertura, Área de estudo
obtendo produtividades significativamente maiores com sua O estudo foi desenvolvido em lote experimental da Fazenda
utilização. Queiroga et al. (2002) obtiveram produção Nossa Senhora do Rosário, Pesqueira, PE, situada em vale
estatisticamente superior com a adoção de 13 Mg ha-1 de aluvial na Região Agreste do Estado de Pernambuco, distando
cobertura do solo, com palha de carnaúba, no cultivo de 230 km de Recife e 613 m acima do nível do mar. As coordenadas
pimentão. Já Mulumba & Lal (2008) estudaram o efeito de geográficas são: 8º 34’ 17" S e 37º 1’ 20" W (Souza et al., 2008a).
diferentes densidades de cobertura morta (palha de trigo) nas A área experimental possui estação climatológica completa.
propriedades físicas de um solo não cultivado e obtiveram No período de estudo, de janeiro a março de 2008, foram
valores máximos de retenção de umidade com cobertura de registrados valores de temperatura do ar entre 18,6 e 33,2 oC e
densidade de 8 Mg ha-1. precipitação total de 268 mm. As profundidades do nível do
Souza et al. (2008a), cultivando cenoura irrigada por lençol freático local, nos meses de janeiro, fevereiro e março de
microaspersão na área do presente trabalho, estudaram o efeito 2008, foram de 2,72, 2,85 e 2,32 m, respectivamente, e a
da cobertura morta de restolhos de feijão com densidade de 9 condutividade elétrica da água de irrigação, igual a 1,10, 1,25 e
Mg ha-1 e observaram valores estatisticamente superiores para 1,01 dS m-1, respectivamente.
a maioria das umidades nas profundidades de 20 e 40 cm,
quando se adotou cobertura morta. Do mesmo modo, Souza et Preparo do solo e delineamento experimental
al. (2008b), pesquisando os efeitos da mesma cobertura sobre Cultivou-se repolho em blocos ao acaso, em esquema fatorial
a salinidade, RAS e PST, no cultivo de cenoura, também 3 x 2, com 4 blocos de 30 m de comprimento e 10 m de largura.

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Os tratamentos primários foram constituídos de três intervalos equidistantes de 18 m. Cada linha de derivação possuía 24
de irrigação (12, 24 e 48 h), e os tratamentos secundários foram saídas conectadas a mangueiras de polietileno de 16 mm,
presença e ausência de cobertura morta, com densidade de 13 dotadas de manômetro e registro.
Mg ha -¹, totalizando 6 tratamentos, com 4 repetições. A O espaçamento entre linhas laterais era de 2,73 m e, entre
dimensão total da área experimental foi de 60 m x 30 m, com emissores, de 3 m. O microaspersor era da marca Carborundum,
blocos dispostos no sentido transversal da área. Cada diâmetro igual a 1 mm e diâmetro molhado igual a 6 m, com
tratamento possuía uma área útil de 1 x 9 m, sendo eles: COMI1- vazão de 54,26 L h-1 e pressão média de serviço de 213,9 kPa.
intervalo de irrigação de 12 h com cobertura morta; COMI2- Tal sistema gerava uma intensidade de precipitação de 6,03 mm
intervalo de irrigação de 24 h com cobertura morta; COMI3- h-1 e cobertura de 100%. Foram instalados 264 emissores na
intervalo de irrigação de 48 h com cobertura morta; SEMI1- área.
intervalo de irrigação de 12 h sem cobertura morta; SEMI2- A precipitação total no período de cultivo foi de 268 mm,
intervalo de irrigação de 24 h sem cobertura morta e SEMI3- sendo que 170 mm se concentraram na última semana antes da
intervalo de irrigação de 48 h sem cobertura morta. Para colheita e os 98 mm restantes ocorreram nos dois primeiros
estimativa das umidades ao longo do período de cultivo, estádios de desenvolvimento do repolho. As lâminas de
somou-se, separadamente, cada tratamento em todos os irrigação adotadas foram baseadas na evapotranspiração da
blocos, realizando-se uma média de todo o período, com o cultura (ETc), estimada a partir de leituras diárias em Tanque
objetivo de quantificar a percentagem de variação entre Classe “A”, utilizando-se coeficiente de tanque de acordo com
tratamentos. condições locais de vento, umidade relativa e bordadura, igual
a 0,75, e coeficiente de cultivo (Kc), segundo Doorenbos &
Solo e clima Kassan (1979). Para o intervalo de 12 h fracionou-se a ETc de
O clima do local é classificado, segundo Köppen, como BShw’ 24 h em duas, para o intervalo de 24 h aplicou-se a ETc diária,
semiárido quente, caatinga hiperxerófila. A média anual da enquanto, para o intervalo de 48 h foram somadas as ETcs de
umidade relativa do ar é de 73% e a velocidade média do vento é dois dias consecutivos. Entretanto, salienta-se que os
de 2,5 m s-1 (Santiago et al., 2004). A precipitação média anual na intervalos de irrigação permaneceram iguais e aplicados duas
região é de 730 mm e a temperatura média é de 24,8 oC, sendo a vezes ao dia para todos os tratamentos, até o décimo quinto
evapotranspiração potencial anual de cerca de 1680 mm dia após transplante (DAT).
(Montenegro & Montenegro, 2006). O solo é caracterizado como A água utilizada na irrigação da área experimental era captada
Neossolo Flúvico. As características granulométricas do lote de poço Amazonas e classificada como moderadamente salina
estudado são: camada de 0-20 cm: densidade global 1,63 kg dm-³, (de acordo com classificação proposta por Ayers & Westcot
areia grossa 81,35 g kg-1; areia fina 354,01 g kg-1; silte 427,93 g kg-1; (1991), com condutividade elétrica média 1,89 dS m-1. A razão
argila 136,72 g kg-1; camada de 20-40 cm: densidade global 1,67 de adsorção de sódio RAS era de 8,99 (mmolc L-1)-0,5 e o pH de
kg dm-³, areia grossa 105,09 g kg-1; areia fina 328,48 g kg-1; silte 7,39. Calcularam-se as lâminas de irrigação dos tratamentos
441,62 g kg-1 e argila 128,41 g kg-1. Tal textura caracteriza solos foram calculadas adotando-se uma fração de lixiviação de 20%,
francos, conforme triângulo textural da EMBRAPA (1997). a qual foi calculada levando-se em consideração a equação de
Determinaram-se, experimentalmente, as curvas de retenção de Rhoades (1974), expressa como:
água no solo para as camadas de 0-20 e 20-40 cm, ajustadas pelo
modelo de Genuchten (1980) (Figura 1).
CEa
FL  (1)
Sistema e manejo de irrigação 5CEes  CEa
O sistema por microaspersão utilizado possuía tubulação
de sucção de 75 mm, uma linha adutora e três linhas de derivação em que:
com comprimento de 30 m cada uma e diâmetro de 50 mm, FL - fração de lixiviação mínima necessária para controlar
os sais dentro do limite de tolerância da cultura;
0,45 CEa - salinidade da água de irrigação, dS m-1;
Umidade volumétrica Фv (cm³ cm-³)

Experimentais
Dados 0 Experimentais
experimentais 0-20 cm 0-20 cm
0,40 Modelo
CEes - Salinidade limiar do extrato de saturação do solo, dS m-1.
Modelo
0,35
Experimentais
Dados 20 Experimentais
experimentais 20-40 cm20-40 cm
0,30 A CEes média do solo medida em 24 pontos no lote
0,25
experimental, foi de 1,12 dS m-1 no início do experimento.
No cálculo do tempo de aplicação das lâminas, foram
0,20
considerados os resultados de teste do sistema de irrigação,
0,15
particularmente quanto à eficiência de aplicação do sistema
0,10 (84,86%).
0,05
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 Condução do experimento
Tensão Ψ m (kPa) O preparo da área experimental consistiu em operação de
Figura 1. Curva de retenção de umidade do solo na aração e gradagem mecanizada. Utilizou-se a cultivar de repolho
camada de 0-40 cm, ajustada segundo o modelo de ‘Midori’, com semeadura manual em um canteiro de 1 x 15 m.
Genuchten (1980) Para o transplante das mudas, aos 37 dias após a semeadura

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Produtividade do repolho utilizando cobertura morta e diferentes intervalos de irrigação com água moderadamente salina 259

Tabela 1. Análise de fertilidade do solo na camada de 0 a 20 cm


pH P Ca Mg Na K Al H S CTC V N CO MO
H2 O mg dm-3 cmolc dm-3 % Dag kg-1 g kg-1
7,60 105 3,95 2,30 1,00 0,30 0,00 0,82 7,6 8,4 90 0,16 0,60 18,27
P: Fósforo, Ca; Cálcio, Mg: Magnésio, Na: Sódio, K: Potássio, Al: Alumínio, H: Hidrogênio, S: Soma de bases, CTC: capacidade de troca de cátions, V: Saturação de bases do solo, N: Nitrogênio; CO: Carbono
orgânico; MO: Matéria orgânica

(04/01/2008), foram realizadas marcações em fileiras de covas As variáveis analisadas foram produtividade de cabeças de
espaçadas 0,5 m e 0,3 m, respectivamente, nas direções repolho (Pr), peso médio de cabeças (PMC), diâmetro vertical
secundárias e principal de plantio. de cabeça (DVC), diâmetro horizontal de cabeça (DHC) e índice
Foi utilizada adubação de cobertura do tipo organomineral de formato de cabeça (IFC). Tais variáveis foram determinadas
em sulcos, oito dias após o transplante. O adubo foi posicionado a partir da colheita nas duas fileiras centrais.
distando das fileiras de plantas 10 cm e na profundidade 7 cm.
A formulação foi calculada de acordo com a análise de solo Análise estatística
(Tabela 1), e seguinda a recomendação de adubação específica, Foram realizados análise de variância, teste F, e o teste de
com base em Cavalcanti (2008), não tendo sido necessária a comparação entre médias (Tukey) a nível de 5% de
calagem. probabilidade. Utilizou-se o SAS (SAS Institute, 1999). As
Aplicações foliares de cálcio e boro foram realizadas aos variáveis analisadas quanto à interação pelo teste F foram:
50, 58 e aos 67 dias após transplante (DAT) e aplicados 150 L I(12)-intervalo de irrigação de 12 h; I(24)-intervalo de irrigação
de calda da solução, dos quais 0,375 L foram do produto de 24 h; I(48)-intervalo de irrigação de 48 h; COM- presença de
comercial CAB10 que contém, em sua composição 0,08 L de
cobertura morta e SEM-ausência de cobertura morta. Os fatores
cálcio e 0,02 L de boro, conforme recomenda Filgueira (2007).
foram submetidos a desdobramentos para verificação do efeito
Realizaram-se capinas periódicas combinando-se os
isolado de cada um deles, conforme Cardoso et al. (2004),
métodos mecânico e manual, visando controlar ervas invasoras.
A cobertura morta utilizada foi de capim elefante, da variedade Moraes et al. (2006) e Lima et al. (2006).
“Roxo de Botucatu”,com 3 cm de espessura média e densidade
de 13 Mg ha-1, mesma espessura utilizada por Queiroga et al.
(2002). A colheita foi realizada aos 83 DAT. RESULTADOS E DISCUSSÃO
As umidades do solo foram avaliadas de acordo com a
metodologia de Souza et al. (2008a), que utilizaram sonda de A Figura 2 apresenta a variação temporal de umidade média
nêutrons tipo 503 DR HYDROPROBE®. Adotaram-se médias dos tratamentos, podendo-se observar a variabilidade mais
de umidade do solo na camada de 0-40 cm e se realizaram 15 acentuada no tratamento SEMI3. Os tratamentos de manejo
medições regularmente distribuídas no decorrer do período com cobertura morta produziram umidade relativamente estável,
experimental. As medições de umidade foram conduzidas durante o período experimental, suprindo adequadamente a
antes das irrigações, em tubos de acesso de PVC, de 75 mm demanda hídrica exigida pela cultura, independentemente dos
de diâmetro, tendo-se adotado três tubos de PVC por intervalos de irrigação com cobertura morta utilizados COMI1,
tratamento. COMI2 e COMI3. Essas umidades medidas sofreram variações
de 18,68; 18,45 e 13,59%, respectivamente, durante o ciclo do
Eficiência de uso da água cultivo experimental (Figura 2A), as quais não interferiram sobre
Determinou-se a eficiência do uso da água, definida como as variáveis analisadas. Do mesmo modo, os tratamentos SEMI1
quantidade de água consumida para produzir uma unidade de e SEMI2 (Figura 2B) possibilitaram condições para atendimento
matéria vegetal, podendo ser expressa pela Eq. 2 (Costa et al., da demanda hídrica das plantas, com variação de valores de
2005): umidades durante o ciclo de cultivo de 18,33 e 17,57%, sem,
contudo, influenciar as variáveis analisadas.
X Por outro lado, esta variação atingiu o valor de 30,57% no
EUA  (2)
Y caso do tratamento (SEMI3), provocando redução significativa
nas variáveis Pr e EUA, para as condições do presente
em que: experimento, constatando-se sensibilidade do repolho ao
EUA - eficiência de uso da água, Mg ha-1 mm-1; déficit de umidade. O referido resultado está de acordo com
X - produtividade da cultura, Mg ha-1; Filgueira (2007) e Imtiyaz et al. (2000), os quais afirmam que o
Y - Lâmina de água adotada no manejo da cultura durante o repolho exige condições de umidade estável e com reduzida
ciclo, em mm. variação, devendo o solo ser mantido com cerca de 80% da
água disponível para atender à demanda hídrica da cultura,
Para a análise da eficiência do uso da água dividiu-se a sem ocasionar perda de produtividade. No presente estudo, o
produtividade média de cada tratamento pelo consumo hídrico, tratamento SEMI3 proporcionou maior drenagem devido à
durante o ciclo da cultura. lâmina aplicada ser mais elevada, tendo perdido água para a
O índice de formato de cabeças foi calculado através da atmosfera pela maior exposição da superfície à radiação solar
relação entre diâmetro vertical de cabeças e diâmetro horizontal, entre irrigações sucessivas, acarretando variação elevada na
conforme Moura et al. (2006). umidade, a ponto de provocar perda de produtividade.

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Figura 2. Umidade do solo medida na camada de 0 a 40 cm de profundidade. (A) precipitação (P); intervalo de irrigação
de 12 h com cobertura morta (COMI1); intervalo de irrigação de 24 h com cobertura morta (COMI2); intervalo de
irrigação de 48 h com cobertura morta (COMI3); capacidade de campo (CC); ponto de mucha (PM); (B) intervalo de
irrigação de 12 h sem cobertura morta (SEMI1) e intervalo de irrigação de 24 h sem cobertura morta (SEMI2); intervalo
de irrigação de 48 h sem cobertura morta (SEMI3)

A Pr e a EUA foram influenciadas significativamente pelos melhoria da estrutura do solo, maior aeração, redução da
intervalos de irrigação e pela presença da cobertura do solo. O incidência direta da luz solar sobre a superfície do solo,
PMC também foi influenciado significativamente pelo uso da conservação da umidade e formação de um microclima
cobertura do solo. As demais variáveis não sofreram influência favorável, proporcionando crescimento mais rápido das plantas
estatística das condições a que foram submetidas nesta para cobrir mais rapidamente o solo (Resende et al., 2005; Stone
pesquisa (Tabela 2). A Pr do I(12) diferiu estatisticamente em et al., 2006). Do mesmo modo, Cassol et al. (2004) e Souza et al.
relação aos intervalos I(24) e I(48), com diferenças de 3,31 e (2008a) destacam que a presença de resíduos vegetais mantém
6,26 Mg ha-1, respectivamente, assim como a EUA no I(12) a umidade do solo elevada e aumenta a infiltração. Já Resende
diferiu estatisticamente em relação aos I(24) e I(48), em 9,58 e et al. (2005) ressaltam que a cobertura morta de origem vegetal
7,97 Mg ha-1, respectivamente (Tabela 2). Constata-se o efeito exerce papel fundamental sobre o controle de ervas daninhas e
positivo de menores intervalos de irrigação. Este sobre a produtividade de olerícolas. Moreira et al. (2004) e
comportamento é semelhante ao encontrado por Fracaro et al. Bezerra & Cantalice (2006) afirmam que a cobertura morta
(1999) e Montenegro et al. (2004). Assim, o manejo adotado proporciona maior infiltração, maior retenção de água de
contribuiu para melhorar as condições de produtividade e a irrigação e da chuva pelo solo, redução das perdas de água por
eficiência do uso da água, requerido para Pr, PMC, DHC, DVC, evaporação, aumento da eficiência de seu uso, sendo essa
IFC e EUA, além de disponibilizar água para as culturas, e água melhor aproveitada pelas plantas.
aumentar a umidade. O PMC também sofreu efeito positivo da cobertura morta.
A variação da umidade do solo constitui fator limitante para Por outro lado, os intervalos de irrigação não influenciaram o
a cultura do repolho no aspecto da produtividade e eficiência PMC. Verifica-se que os valores aqui encontrados são
do uso da água. Geralmente, para que seu cultivo se torne superiores àqueles de Ambrósio & Moura (1999), Araújo et al.
viável em condições adversas e se obtenha produtividade acima (2003) e Moura et al. (2006). Por sua vez, os valores do presente
de 50,00 Mg ha-1, faz-se necessário o controle desse fator estudo se assemelham aos de Aquino et al. (2005). Igualmente,
(Filgueira, 2007). Verifica-se que as produtividades foram os valores obtidos também foram inferiores aos obtidos por
adequadas (Tabela 2) e superiores às obtidas por Santiago Cardoso et al. (2004), que produziram cabeças com massa fresca
(2002), Araújo et al. (2003) e Moura et al. (2006). média de 1056 g em cultivo de híbridos. Embora os valores de
A presença da cobertura morta induziu a aumentos de 2,41 peso médio de cabeças do presente estudo estejam levemente
Mg ha-1 de Pr, 6,87 Mg ha-1 mm-1 de EUA e 108,82 g de PMC, em abaixo dos valores recomendados para comercialização (1 kg),
relação ao cultivo na ausência de cobertura morta (Tabela 2). tal redução não compromete sua aceitação no mercado local.
Vários fatores devem ter contribuído, de forma conjunta, para Os coeficientes de variação (CV’s) dos tratamentos utilizados
tais diferenças, dentre eles: fornecimento de nutrientes, apresentaram variação conforme a sensibilidade de cada

Tabela 2. Médias do desdobramento da produtividade e suas variáveis relacionadas, em função dos intervalos de irrigação
e do uso da cobertura morta
Pr PMC DHC DVC EUA
Tratamento IFC
(Mg ha-1) (g) (cm) (cm) (Mg ha-1 mm-1)
I (12) 37,50 a 882,41 a 14,71 a 8,50 a 0,64 a 106,88 a
I (24) 34,19 b 877,35 a 13,14 a 8,78 a 0,68 a 097,30 b
I (48) 31,24 b 811,00 a 12,87 a 8,53 a 0,66 a 088,91 b
COM 35,53 a 911,33 a 14,20 a 8,68 a 0,68 a 101,13 a
SEM 33,12 b 802,51 b 12,95 a 8,53 a 0,66 a 094,26 b
Médias seguidas de mesma letra na mesma coluna não diferem entre intervalos de irrigação e presença ou ausência de cobertura morta, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. I(12): intervalo
de irrigação de 12 h, I(24): intervalo de irrigação de 24 h, I(48): intervalo de irrigação de 48 h, COM: presença de cober tura mor ta, SEM: ausência de cober tura mor ta

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Produtividade do repolho utilizando cobertura morta e diferentes intervalos de irrigação com água moderadamente salina 261

Tabela 3. Médias de produtividade, de variáveis relacionadas e de umidade média em função dos tratamentos aplicados,
e de condutividade elétrica média no período de cultivo
Variável Tratamentos
COMI1 SEMI1 COMI2 SEMI2 COMI3 SEMI3 CV(%)
-1 -1
EUA (Mg ha mm ) 110,49 a 103,27 a 096,31 ab 098,29 ab 096,61 ab 081,21 b 08,00
Pr (Mg) 038,83 a 036,29 a 033,84 ab 034,54 ab 033,95 ab 028,54 b 08,00
PMC (cm) 933,22 a 831,60 a 927,20 a 827,50 a 873,58 a 748,43 a 10,04
DHC (cm) 016,43 a 012,99 a 012,94 a 013,33 a 013,21 a 012,54 a 17,34
DVC (cm) 008,68 a 0v8,34 a 008,65 a 008,91 a 008,71 a 008,36 a 13,12
IFC 000,63 a 0v0,64 a 000,68 a 000,67 a 000,66 a 000,67 a 08,06
M20 000,18 ab 000,17 ab 000,17 ab 000,19 a 000,19 a 000,15 b 10,03
M40 000,21 a 000,18 a 000,20 a 000,21 a 000,21 a 000,18 a 11,39
M20CE 001,81 ab 002,19 a 001,63 b 002,19 a 001,76 ab 002,05 ab 11,83
M40CE 001,67 b 001,88 ab 001,67 b 001,98 ab 001,81 ab 002,10 a 10,27
Médias seguidas de letras iguais, nas linhas, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade; Var: variáveis, COMI1- intervalo de irrigação de 12 h com cober tura mor ta; COMI2- intervalo
de irrigação de 24 h com cober tura mor ta; COMI3- intervalo de irrigação de 48 h com cober tura mor ta; SEMI1- intervalo de irrigação de 12 h sem cober tura mor ta; SEMI2- intervalo de irrigação de
24 h sem cobertura morta; SEMI3- intervalo de irrigação de 48 h sem cober tura mor ta; EUA- eficiência do uso da água; Pr- produtividade média de cabeças de repolho; PMC- peso médio de cabeças;
DVC- diâmetro médio ver tical de cabeça; DHC- diâmetro médio horizontal de cabeça; e IFC- índice médio de formato de cabeça; M20- médias de umidade do solo de 0-20 cm de profundidade; M40-
médias de umidade do solo de 20-40 cm de profundidade; M20CE- médias de condutividade elétrica do solo 0-20 cm de profundidade; M40CE- médias de condutividade elétrica do solo 20-40 cm de
profundidade

variável analisada sob as condições às quais foram submetidas tratamento sem cobertura morta com intervalo de irrigação de
(Tabela 3), podendo ser considerados baixos. Esses resultados quarenta e oito horas (SEMI3), que foi estatisticamente menor.
mostram o controle adequado da homogeneidade dentro dos Verifica-se a relevância de se adotar a cobertura morta no
blocos e dos tratamentos, o controle no momento da coleta tratamento com intervalo de irrigação de quarenta e oito horas
dos dados dessas variáveis, o autoajuste do sistema de (COMI3), possibilitando eficiências de uso e produtividades
irrigação e da cobertura morta em sua uniformidade, tal como a compatíveis com as obtidas a partir de intervalos de irrigação
uniformidade de aplicação da irrigação, e das próprias plantas de vinte e quatro horas, com presença e ausência de cobertura
no momento do transplante e da aplicação de adubos. morta (COMI2 e SEMI2).
Os CV’s do presente estudo são inferiores àqueles de Moura
et al. (2006), que encontraram valores de 6,2, 25,8 e 25,9% para
as variáveis IFC, PMC e Pr, respectivamente. Cardoso et al. CONCLUSÕES
(2004) também encontraram CV’s superiores aos do presente
estudo. O valor do CV indicado por Moraes et al. (2007), 1. Para as condições estudadas, a utilização de intervalo de
avaliando a média de diâmetro de cabeças na variedade ‘chato irrigação de doze horas com cobertura morta proporcionou
de quintal’ em Dourados, MS, foi de 12,27%. Já Nunes et al. maior eficiência do uso da água e maior produtividade de
(2004) apontaram, em Estância, SE, CV’s para peso de cabeça e repolho, quando comparadas aos demais tratamentos.
produtividade de 22,65 e 22,65%, respectivamente. Essa 2. O uso da cobertura morta proporcionou maior média de
variação pode está condicionada às diferenças do local de peso de cabeças de repolho, permitindo ao agricultor maior
cultivo e entre cultivares utilizadas. O CV para DHC e DVC rentabilidade.
(Tabela 3) apresentou maior variação quanto aos encontrados 3. Quando se analisou o efeito combinado da cobertura
por Moraes et al. (2007). O CV da EUA foi semelhante aos CV’s morta e do intervalo da irrigação, verificou-se que a ausência
das variáveis Pr e IFC, respectivamente. da cobertura no manejo da irrigação 48 horas reduziu tanto a
No turno de rega de dois dias, a umidade da camada eficiência do uso da água quanto a produtividade do repolho,
superficial de 20 cm foi sensivelmente influenciada pela
para as condições edafoclimáticas estudadas.
presença da cobertura morta. Não se nota influência da
cobertura morta na umidade da camada 40 cm. O manejo do
tratamento SEMI3 corrobora com o aumento da salinidade na
profundidade a 40 cm. AGRADECIMENTOS
De modo geral, todos os tratamentos proporcionaram
resultados satisfatórios quanto à produtividade, eficiência do Os autores agradecem o apoio do CT-Hidro/CNPq, pela
uso da água e suas variáveis relacionadas (Tabela 3); verificou- concessão da bolsa de mestrado do primeiro autor; agradecem
se, porém, que o tratamento sem cobertura morta com intervalo também pelo financiamento do projeto às Instituições já citadas,
de irrigação de quarenta e oito horas (SEMI3) foi menos eficiente à FINEP e à FACEPE.
em relação aos demais tratamentos, para as variáveis EUA e Pr,
uma vez que a cultura do repolho é influenciada pelas variações
de umidade e práticas de manejo já mencionados em parágrafos LITERATURA CITADA
anteriores. As demais variáveis não foram influenciadas a ponto
de diferirem estatisticamente (Tabela 3). A Pr e a EUA sofreram Ambrósio, F. J.; Moura, M. C. C. L. Avaliação de híbridos
esses efeitos, que podem ser confirmados ao se verificar a experimentais e comercial de repolho para a Ilha de São
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