Você está na página 1de 4

Resenha I

Homem-Aranha no Aranhaverso: a vez de Miles Morales

Com 52 indicações e 33 vitórias nas mais diversas premiações de cinema, inclusive


levando para casa a estatueta de Melhor Animação no Oscar 2019, Homem-Aranha
no Aranhaverso tem feito bastante barulho na mídia desde sua estreia no exterior,
em dezembro de 2018. A animação chegou ao Brasil em janeiro deste ano e
continua arrebatando fãs a cada nova exibição, provando que a história de Miles
Morales e como ele se transformou no Homem-Aranha é uma das mais divertidas,
calorosas e apaixonantes de se acompanhar das encarnações do Cabeça de Teia
dos últimos anos.
O enredo em si já é um tributo a toda a história do Homem-Aranha nos quadrinhos,
visto que universos múltiplos e compartilhados não são realmente novidade,
aparecendo em arcos de quadrinhos tanto da Marvel quanto da DC Comics. O caso
é que em Homem-Aranha no Aranhaverso isso aconteceu da melhor maneira
possível, com um enredo bem amarrado, personagens carismáticos e cores tão
vivas que só poderiam vir de uma história em quadrinhos — essência que Bob
Persichetti e Peter Ramsey resgatam com maestria do material original.
Ainda que, de maneira geral, Homem-Aranha no Aranhaverso siga uma fórmula que
já conhecemos — afinal, é a jornada do herói toda outra vez —, o filme consegue
fazer isso com ar de novidade justamente por conta de seu protagonista. A primeira
aparição de Miles Morales no universo dos quadrinhos foi nas páginas de Ultimate
Fallout em 2011; criado por Sara Pichelli e Brian Michael Bendis, Miles foi inspirado
em Barack Obama e Donald Glover, um adolescente com herança birracial que
assume o manto do Homem-Aranha quando Peter Parker morre pelas mãos do
Duende Verde. Em sua versão animada, a essência de Miles permanece,
mostrando que sua inclusão nas histórias pode ter sido responsável por
desencadear uma grande mudança na Marvel, o que levará (ou assim esperamos!)
vários outros personagens de diferentes etnias, origens e idades para o cargo de
protagonista de suas respectivas tramas. Miles é um adolescente e se comporta
como tal, o que adiciona camadas de verossimilhança à trama: todos irão se
reconhecer em Miles cantarolando em seu quarto, sendo desajeitado ou
simplesmente tentando sobreviver à escola.
Parte da beleza de Aranhaverso é que a identidade de Miles é muito importante ao
mesmo tempo que não é, um avanço da mesma maneira que é uma reafirmação de
quem o personagem é desde o começo. Assim como acontece com Pantera Negra,
ter um super-herói negro e, no caso de Miles, birracial, fará brilhar o olhar de
milhares de crianças que, depois de anos, poderão finalmente se encontrar nas
telas do cinema.
O roteiro consegue costurar as bagagens de todos os personagens sem deixar
pontas soltas ou perder o foco em Miles, então é possível se conectar com cada um
dos Aranhas, seus medos e anseios. Desde Peter B. Parker, que já não é mais o
mesmo, até Gwen ou Peni; cada um dos personagens tem uma história de
background completa que só nos faz torcer ainda mais por eles no desenrolar do
filme. Homem-Aranha no Aranhaverso é entretenimento garantido capaz de te
deixar eufórico, com coração quentinho e completamente mesmerizado.
E tal encantamento reside no fato de que Aranhaverso, do começo ao fim, faz jus
aos quadrinhos que lhe deram origem. Poucos filmes de super-heróis se parecem
com o material original, e essa é uma característica que o longa de Bob Persichetti e
Peter Ramsey soube usar com maestria. Seja por meio das cores fortes, dos pontos
usados para colorir as páginas ou as onomatopeias e recursos visuais, tudo em
Homem-Aranha no Aranhaverso clama comic book — e isso é maravilhoso. No
artigo escrito por Dan Gvozden para o The Hollywood Reporter, é explicada a
técnica utilizada pelos diretores para emular a sensação que se tem ao ler um
quadrinho, desde a explosão de cores que saltam para a tela na batalha final ou aos
elementos únicos que fizeram da Nova York de Miles Morales uma das mais
verossímeis do universo dos super-heróis. Até o erro de impressão dos quadrinhos,
com cores sobrepostas “vazando” dos espaços que deveriam preencher, referencia
o estilo. É de encher os olhos.
Relacione as colunas com os tipos de argumentos citados:

a. ( ) O enredo em si já é um tributo a toda a história do Homem-Aranha nos


quadrinhos, visto que universos múltiplos e compartilhados não são
realmente novidade, aparecendo em arcos de quadrinhos tanto da Marvel
quanto da DC Comics.
b. ( ) Com 52 indicações e 33 vitórias nas mais diversas premiações de cinema,
inclusive levando para casa a estatueta de Melhor Animação no Oscar 2019,
Homem-Aranha no Aranhaverso tem feito bastante barulho na mídia desde
sua estreia no exterior, em dezembro de 2018.
c. ( ) Assim como acontece com Pantera Negra, ter um super-herói negro e, no
caso de Miles, birracial, fará brilhar o olhar de milhares de crianças que,
depois de anos, poderão finalmente se encontrar nas telas do cinema.
d. ( ) Miles é um adolescente e se comporta como tal, o que adiciona camadas
de verossimilhança à trama: todos irão se reconhecer em Miles cantarolando
em seu quarto, sendo desajeitado ou simplesmente tentando sobreviver à
escola.
e. ( ) Homem-Aranha no Aranhaverso é entretenimento garantido capaz de te
deixar eufórico, com coração quentinho e completamente mesmerizado. E tal
encantamento reside no fato de que Aranhaverso, do começo ao fim, faz jus
aos quadrinhos que lhe deram origem.
f. () A animação chegou ao Brasil em janeiro deste ano e continua arrebatando
fãs a cada nova exibição, provando que a história de Miles Morales e como
ele se transformou no Homem-Aranha é uma das mais divertidas, calorosas e
apaixonantes de se acompanhar das encarnações do Cabeça de Teia dos
últimos anos.

Você também pode gostar