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comfortably numb…
Pink Floyd
A EVOLUÇÃO DO CONCEITO
SACRIFÍCIO CONTEMPLATIVO DA CRUZ
ESCOLHA
Visão religiosa do pecado e da separação. Nunca houve separação, apenas evolução.
Sacrifício: troca, comércio, escambo.
Yeshua é uma inteligência suprema.
Deus "cobra um preço de sangue pelo Ele não fez escambo na cruz, ele fez uma
pecado" e Jesus se sacrifica para pagar esse escolha, que nós ainda somos incapazes de
preço
alcançar
Ele é o Salvador e nós os aceitadores passivos
Inteligência / Liberdade / Amor
da sua graça
PASSADO FUTURO
ARMSTRONG, Karen (2014). Campos de sangue: Religião e a história da violência. São Paulo:
Companhia das letras
A investigação foi de longe a mais intrincada, intrigante e desafiadora experiência de minha carreira. Como
médico-legista chefe-patologista forense, tenho investigado alguns dos casos mais complicados,
surpreendentes, bizarros e cruéis, incluindo aí homicídios, suicídios, mortes por uso de drogas, acidentes
automobilísticos, mortes suspeitas, casos de abuso infantil, envenenamentos e coisas do gênero. Nada
disso se compara aos detalhes intrincados que confrontei durante minha exploração sobre a morte de
Jesus.
ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T. A Crucificação de Jesus: As Conclusões surpreendentes sobre a morte
de Cristo na visão de um investigador criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 11-14.
(…) A fadiga, por sua vez, é uma consequência do esforço de se lidar com o medo.
O sistema do alarme de defesa, acionado pela “central do medo” no cérebro, é conhecido como a
reação de lutar-ou-fugir. O sistema nervoso autônomo é ativado na tentativa de proteger o corpo de
algum dano. Quando uma pessoa sente a aproximação de um perigo, a reação lutar-ou-fugir é
ativada, colocando o corpo em alerta total. A divisão simpática do sistema nervoso central é
ativada e um composto químico similar à adrenalina, chamado catecolamina, é produzido,
acelerando a taxa cardíaca, contraindo os vasos sanguíneos para aumentar a pressão e desviando o
sangue da pele e de áreas não essenciais para o cérebro, a fim de aguçar a percepção e permitir
mais força e velocidade aos músculos das pernas e dos braços. Esse desvio do sangue causa a
palidez característica associada ao medo. As pupilas se dilatam para que entre mais luz,
possibilitando que a pessoa veja melhor ao seu redor, o sangue é liberado para produzir energia
adicional, a profundidade e a taxa de respiração são aumentadas para garantir o oxigênio adequado
e vários sistemas, como o digestivo, são desacelerados, para que a energia seja preservada. Quando o
perigo passa, dependendo de ter havido confronto ou retirada, a divisão parassimpática é ativada e o
oposto acontece.
“Minha alma está triste até a morte. Permanecei aqui e vigiai” (Marcos 14:34). A missão
de Jesus era clara e Ele era capaz de prever todo o espectro de sofrimento e morte que
estava por vir. Esse prelúdio produziu medo extremo e satisfez todos os critérios médicos
para que se iniciasse a resposta simpática autônoma. (…) O fato de que Jesus “caiu no
chão e orou…” (Marcos 14:35) foi uma indicação de sua fraqueza, já que era incomum um
judeu ajoelhar-se durante a oração.
(…) o extremo estado de ansiedade mental causado pelo pavor estimulou o centro do
medo (amígdala), que mandou um alarme geral para todos os centros do cérebro,
evocando a plena reação de lutar-ou-fugir. Essa reação durou horas, resultando em um
estado de exaustão total, que cessou abruptamente quando, depois que o anjo O
reconfortou, houve uma reação contrária e Ele aceitou Seu destino. Isso fez que seus vasos
sanguíneos se dilatassem e irrompessem diretamente nas glândulas de suor, terminando
por sair pela pele, exatamente como foi descrito por São Lucas. A hematidrose é
considerada um caso médico raro, mas a presença de ansiedade e profundo pavor
corresponde aos numerosos casos relatados na literatura médica previamente indicada. A
hematidrose no Getsêmani foi o reflexo do extremo sofrimento mental de Jesus.”
(…)
Os romanos não tinham nenhuma lei que regulamentasse o número de golpes que poderiam ser
aplicados. Em compensação, era contra a Lei Mosaica exceder 40 chibatadas, e 39 era um
número usualmente aplicado para estar de acordo com a lei. A ordem de Pilatos para que Jesus
fosse açoitado de forma tão extrema foi baseada em seu desejo de aplacar a multidão, pois tinha
medo de que a massa o denunciasse ao imperador ou que se iniciasse uma revolução.
Você já recebeu um golpe na costela, como um soco ou uma bolada de beisebol? (…) A respiração
se torna superficial, já que uma inspiração profunda provoca dor. A isso se chama tensão nos
músculos.
Depois do açoitamento, aparecem no corpo da vítima enormes feridas (com matizes de preto, azul
e vermelho), lacerações, arranhões e inchaço, basicamente ao redor das perfurações feitas pelo peso
dos objetos ou scorpiones. (…) As vítimas esperneavam, se contorciam em agonia, caindo de joelhos,
mas eram forçadas a se levantar novamente, até não poder mais. A respiração do açoitado era
severamente afetada, porque os golpes no peito causavam dores excruciantes toda vez que ele
tentava recuperar o fôlego. Os músculos intercostais, entre as costas e os músculos do peito,
apresentavam hemorragia, e os pulmões eram lacerados, frequentemente colapsados – todos esses
fatores impunham à vítima extrema dor quando tentava respirar.
“Suspensão experimental na
cruz, com arqueamento. A
posição arqueada era
tipicamente assumida para
aliviar a tensão nos ombros e
para estender as pernas a fim
de aliviar as cãibras.”
“Nenhum dos milagres de Jesus pôde igualar-se ao supremo milagre da vitória espiritual do amor
divino sobre o mal: “Pai, perdoa -lhes, porque não sabem o que fazem” (…) Com seu olho espiritual
aberto à Consciência Crística e à Consciência Cósmica, Jesus tinha a capacidade consciente de
exercer poder sobre toda a criação e poderia ter destruído facilmente seus inimigos.” (…) Apesar das
torturas do corpo e da gravidade da ignomínia, da zombaria e do ódio, ele não sucumbiu às
incitações da natureza humana. Transcendendo as limitações do corpo, ele manifestou o poder
de seu espírito ilimitado e a imagem de Deus dentro de si.
Houve mártires que enfrentaram de forma voluntária, e mesmo sorrindo, as torturas da morte; mas
poucos alcançaram suficiente adiantamento espiritual para possuir e entretanto não utilizar seus
poderes milagrosos com a finalidade de chamar à razão os malfeitores. Jesus nunca demonstrou
seus poderes ou milagres para dissuadir seus inimigos de crucificá-lo.
Ele entregou seu corpo, mas seu espírito jamais se
rendeu.”
YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior.
Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 400-401.
Depois, Ele disse novamente em alta voz: “Pai, em tuas mãos entrego meu
espírito.” E por fim ergueu a cabeça e disse: “Agora tudo está terminado, mas
apenas sobre este monte.” E fechou os olhos.
Sei agora que aqueles que O mataram em meu lugar provocaram meu tormento
interminável. Sua crucificação não durou mais do que uma hora. Mas eu serei
crucificado até o fim de meus anos.”