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I have become

comfortably numb…
Pink Floyd

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Estamos prontos…?

…para conhecer o amor levado até as


suas últimas consequências?
● Enquanto eu preparava esta aula…
● Talvez seja bom você se preparar para ela
● Não a recomendo para crianças
● Essa é uma aula pra gente grande, física e emocionalmente

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Conceito Contemplativo

A EVOLUÇÃO DO CONCEITO
SACRIFÍCIO CONTEMPLATIVO DA CRUZ
ESCOLHA
Visão religiosa do pecado e da separação. Nunca houve separação, apenas evolução.
Sacrifício: troca, comércio, escambo.
Yeshua é uma inteligência suprema.
Deus "cobra um preço de sangue pelo Ele não fez escambo na cruz, ele fez uma
pecado" e Jesus se sacrifica para pagar esse escolha, que nós ainda somos incapazes de
preço
alcançar
Ele é o Salvador e nós os aceitadores passivos
Inteligência / Liberdade / Amor
da sua graça

PASSADO FUTURO

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Então…
Por que estudar e
contemplar o ato final da
vida de Yeshua, a cruz?
● LIBERDADE É POTÊNCIA
● INTELIGÊNCIA É ATO (ESCOLHA)
● ATO É AÇÃO, É MOVIMENTO
● MOVIMENTO É AMOR

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Esquece…
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Contexto
Histórico da
Paixão

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O Império Romano e a Judéia

● 63 a.C. O general Pompeu anexou a província da Judéia como um território do Império


Romano.
● Em 40 a.C., Herodes foi nomeado "rei da Judéia" pelos cônsules Otaviano e Marco Antônio.
● A partir de 6 d.C., tornou-se uma província romana sob jurisdição parcial do governador da
Síria. A administração do território foi entregue a governadores romanos da ordem equestre,
chamados de prefeitos. Mais tarde, foram também chamados de procuradores.
● À proporção que aumentava a opressão romana sobre os judeus, crescia a insatisfação, que
se manifestava por revoltas esporádicas, até que rompeu uma revolta total, em 66 d.C. As
legiões romanas, lideradas pelo general Tito, superiores em número e armamento,
conquistaram a Judéia e arrasaram a cidade de Jerusalém e seu templo, em 70 d.C.

ARMSTRONG, Karen (2014). Campos de sangue: Religião e a história da violência. São Paulo:
Companhia das letras

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O uso da Crucificação

É necessário, com efeito, chegarmos às conquistas de


Alexandre, que a recebeu dos persas, para vê-la entrar na
história helênica.(…)

Em Roma, começou se a aplicar o verdadeiro suplício da cruz,


durante as guerras, aos desertores, ladrões e, sobretudo, aos
revoltosos vencidos. Em parte alguma foi este motivo mais
abundantemente explorado que no país israelita: desde os
2.000 judeus sediciosos de Herodes, o Grande, até as
hecatombes do cerco de Jerusalém, em que os romanos
chegaram a crucificar 500 judeus por dia, segundo o
testemunho de Flávio José, historiador de raça judaica (…)

BARBET, Pierre. A Paixão de Cristo, segundo o cirurgião. São


Paulo: Edições Loyola, 2014, pág. 52-55.

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O uso da Crucificação

Em tempo de paz, era primordialmente o suplício dos escravos. (…)

No começo, a cruz estava reservada às revoltas coletivas, como a de


Spartacus, da qual sabemos que, após sua repressão, 6,000 cruzes
balizaram a estrada de Cápua a Roma. Mais tarde, porém,
os proprietários receberam o direito de vida e morte, sem apelação,
sobre seus escravos, considerados animais. A costumeira ordem de
morte era “fone crucem servo-Impõe a cruz ao escravo”.

BARBET, Pierre. A Paixão de Cristo, segundo o cirurgião. São Paulo:


Edições Loyola, 2014, pág. 52-55.

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Expectativa x Realidade

● A chegada do 'Rei dos Judeus' à Jerusalém e a


expectativa dos Apóstolos
● A pregação do templo: "Dai à César o que é de
César, à Deus o que é que Deus" - A vida
vivida na perspectiva espiritual

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Tudo é espiritual
A verdadeira religião é uma arte de viver que harmoniza todos os aspectos do dharma
humano – suas justas obrigações materiais, mentais, sociais, morais e espirituais – sem
negligenciar tudo aquilo que é necessário para uma boa harmonia em corpo, mente e
alma. As palavras de Jesus “dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”
nos recordam que, enquanto vivemos no mundo material, esquivar-nos das
responsabilidades materiais denota falta de sabedoria. (…) A serenidade de um santo na
solidão do Himalaia não é perturbada pelas contracorrentes conflitantes dos deveres
sociais e espirituais; no entanto, maior é a grandeza do devoto cujos feitos espirituais
podem passar incólumes por todos os desafios do severo campo de provas do mundo.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo


Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self,
2017, pág. 188.

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Um socialismo avançado?

“Sem dúvida Jesus era temido por Roma, conforme dizem


muitos registros antigos que se referem a esta fase da história.
Seus ensinamentos simples se opunham aos ensinados na
forma de doutrinas oficiais pelos romanos. Suas pregações
tendiam ao socialismo santo, com o qual o imperialismo
tirânico de Roma jamais poderia se harmonizar.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR:


AMORC, 2001, p. 232.

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O trabalho de uma vida

A investigação foi de longe a mais intrincada, intrigante e desafiadora experiência de minha carreira. Como
médico-legista chefe-patologista forense, tenho investigado alguns dos casos mais complicados,
surpreendentes, bizarros e cruéis, incluindo aí homicídios, suicídios, mortes por uso de drogas, acidentes
automobilísticos, mortes suspeitas, casos de abuso infantil, envenenamentos e coisas do gênero. Nada
disso se compara aos detalhes intrincados que confrontei durante minha exploração sobre a morte de
Jesus.

(...) Este novo livro representa a culminância de mais de 53 anos e um novo


olhar sobre a pesquisa a respeito dos aspectos médicos e científicos da
crucificação (...)
Patologia forense (...) é a especialidade médica que lida com os mecanismos e as causas de sofrimento
e morte devidos a circunstâncias violentas, como a crucificação. O patologista forense é um detetive
médico, um expert em reconstituições, cujo testemunho em juízo deve oferecer alto grau de precisão
médica.”

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T. A Crucificação de Jesus: As Conclusões surpreendentes sobre a morte
de Cristo na visão de um investigador criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 11-14.

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Sistema Nervoso | O Jardim das Oliveiras

“O sistema nervoso autônomo consiste de uma divisão simpática (DS e


uma divisão parassimpática (DP). Juntas, elas controlam várias funções
do corpo, como a frequência cardíaca; os movimentos do trato
gastrointestinal; o calibre das válvulas sanguíneas; a transpiração, a
contrações ou o relaxamento dos músculos da bexiga urinária, da
vesícula biliar e dos brônquios; a abertura e a contração das pupilas,
oposta a acomodação. Em termos práticos, as duas divisões podem ser
consideradas antagônicas, isto é, um sistema reage de forma ao outro.
Por exemplo, a DS aumenta a frequência cardíaca durante excitação e
a DP a diminui.

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T. A Crucificação de Jesus: As Conclusões


surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador
criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 24-29.

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Ansiedade | O Jardim das Oliveiras

A ansiedade é definida pelos doutores L. D. Adams e J. Hope como um fenômeno médico


que “designa um estado caracterizado por um sentimento subjetivo de medo e uma inquieta
antecipação (apreensão), comumente com um conteúdo tópico definido e associado com as
sensações fisiológicas do medo: falta de ar, sensação de engasgamento, palpitações
cardíacas, desconforto, alta tensão muscular, aperto no peito, tontura, tremores, suor, rubor e
sono fragmentado”. (…) muitos se apegam à teoria de que a ansiedade é uma reação
instintiva herdada do medo (…) Estudos recentes identificaram uma área do cérebro
chamada amígdala como a “central do medo”. Quando essa central é alertada, ela manda um
“alarme de defesa” para os principais centros do cérebro; estes, por sua vez, repassam o
alarme para as várias estruturas do corpo, que desencadeiam os sintomas já descritos.

(…) A fadiga, por sua vez, é uma consequência do esforço de se lidar com o medo.

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T. A Crucificação de Jesus: As Conclusões surpreendentes


sobre a morte de Cristo na visão de um investigador criminal. São Paulo: MATRIX, 2008,
pág. 24-29.

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Lutar-ou-Fugir | O Jardim das Oliveiras

O sistema do alarme de defesa, acionado pela “central do medo” no cérebro, é conhecido como a
reação de lutar-ou-fugir. O sistema nervoso autônomo é ativado na tentativa de proteger o corpo de
algum dano. Quando uma pessoa sente a aproximação de um perigo, a reação lutar-ou-fugir é
ativada, colocando o corpo em alerta total. A divisão simpática do sistema nervoso central é
ativada e um composto químico similar à adrenalina, chamado catecolamina, é produzido,
acelerando a taxa cardíaca, contraindo os vasos sanguíneos para aumentar a pressão e desviando o
sangue da pele e de áreas não essenciais para o cérebro, a fim de aguçar a percepção e permitir
mais força e velocidade aos músculos das pernas e dos braços. Esse desvio do sangue causa a
palidez característica associada ao medo. As pupilas se dilatam para que entre mais luz,
possibilitando que a pessoa veja melhor ao seu redor, o sangue é liberado para produzir energia
adicional, a profundidade e a taxa de respiração são aumentadas para garantir o oxigênio adequado
e vários sistemas, como o digestivo, são desacelerados, para que a energia seja preservada. Quando o
perigo passa, dependendo de ter havido confronto ou retirada, a divisão parassimpática é ativada e o
oposto acontece.

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T. A Crucificação de Jesus: As Conclusões surpreendentes sobre a


morte de Cristo na visão de um investigador criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 24-29.

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Medo e Hematidrose | O Jardim das Oliveiras

“Minha alma está triste até a morte. Permanecei aqui e vigiai” (Marcos 14:34). A missão
de Jesus era clara e Ele era capaz de prever todo o espectro de sofrimento e morte que
estava por vir. Esse prelúdio produziu medo extremo e satisfez todos os critérios médicos
para que se iniciasse a resposta simpática autônoma. (…) O fato de que Jesus “caiu no
chão e orou…” (Marcos 14:35) foi uma indicação de sua fraqueza, já que era incomum um
judeu ajoelhar-se durante a oração.

(…) o extremo estado de ansiedade mental causado pelo pavor estimulou o centro do
medo (amígdala), que mandou um alarme geral para todos os centros do cérebro,
evocando a plena reação de lutar-ou-fugir. Essa reação durou horas, resultando em um
estado de exaustão total, que cessou abruptamente quando, depois que o anjo O
reconfortou, houve uma reação contrária e Ele aceitou Seu destino. Isso fez que seus vasos
sanguíneos se dilatassem e irrompessem diretamente nas glândulas de suor, terminando
por sair pela pele, exatamente como foi descrito por São Lucas. A hematidrose é
considerada um caso médico raro, mas a presença de ansiedade e profundo pavor
corresponde aos numerosos casos relatados na literatura médica previamente indicada. A
hematidrose no Getsêmani foi o reflexo do extremo sofrimento mental de Jesus.”

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T. A Crucificação de Jesus: As Conclusões


surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador criminal. São
Paulo: MATRIX, 2008, pág. 24-29.

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Medo e Hematidrose | O Jardim das Oliveiras

“Jesus passou por violento sofrimento físico durante o Caminho da Cruz,


mas que Ele também foi vítima de extrema angústia mental, que
drenou e debilitou Sua força física, até o ponto de total exaustão.

(…) Os efeitos da hematidrose e da profunda ansiedade a ela associada


são fraqueza geral, depressão, pequena ou moderada desidratação e
discreta hipovolemia (baixo volume sanguíneo e de fluído) devidos ao
suor e perda de sangue – tudo isso deve ter enfraquecido Jesus antes de
Sua crucificação.”

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T. A Crucificação de Jesus: As


Conclusões surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um
investigador criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 29.

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Flagelação Romana
A flagelação era um procedimento normal entre os romanos antes da crucificação. Muitos acham
que no açoitamento era usado um chicote comum. De certa forma isso é correto, mas seria como
comparar um choque elétrico a um raio. O flagrum era confeccionado de várias formas, sendo
que a mais corriqueira era a de um chicote de couro com três ou até mais extremidades
também de couro, com bolinhas de metal, ossos de carneiro (astragals) e outros objetos
pendurados ao final de cada uma (Figura 2-1). Esse tipo de flagrum é o mais compatível com as
descobertas relativas ao Sudário.

(…)

Os romanos não tinham nenhuma lei que regulamentasse o número de golpes que poderiam ser
aplicados. Em compensação, era contra a Lei Mosaica exceder 40 chibatadas, e 39 era um
número usualmente aplicado para estar de acordo com a lei. A ordem de Pilatos para que Jesus
fosse açoitado de forma tão extrema foi baseada em seu desejo de aplacar a multidão, pois tinha
medo de que a massa o denunciasse ao imperador ou que se iniciasse uma revolução.

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T. A Crucificação de Jesus: As Conclusões surpreendentes sobre a


morte de Cristo na visão de um investigador criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 32-36.

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Flagelação Romana
“Marcas de Flagelação na parte
de trás do Sudário de Turim.
Relativamente bem definidas,
elas correspondem aos objetos
em forma de haltere do flagrum
(Cortesia de Barrie Schwortz).”

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T.


A Crucificação de Jesus: As
Conclusões surpreendentes
sobre a morte de Cristo na
visão de um investigador
criminal. São Paulo: MATRIX,
2008, pág. 32-36.

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Flagelação Romana
(…) a vítima era despida e presa pelos pulsos a um
objeto fixo, com uma coluna rebaixada, forçando-a
a ficar curvada, o que facilitava trabalho do
carrasco. (…) O soldado ficava de pé ao lado da
prisioneiro com o flagrum na mão e, ao receber a
ordem, lançava o instrumento de couro para trás
das costas, girava o pulso e golpeava as costas nuas
do prisioneiro como se fosse um arco. (…) Os
pedaços de metal penetravam na carne, rasgando
vasos sanguíneos, nervos, músculos e pele.

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T. A Crucificação de


Jesus: As Conclusões surpreendentes sobre a
morte de Cristo na visão de um investigador
criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 32-36.

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O homem do
sudário foi
flagelado nú.

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Flagelação Romana

Você já recebeu um golpe na costela, como um soco ou uma bolada de beisebol? (…) A respiração
se torna superficial, já que uma inspiração profunda provoca dor. A isso se chama tensão nos
músculos.

Depois do açoitamento, aparecem no corpo da vítima enormes feridas (com matizes de preto, azul
e vermelho), lacerações, arranhões e inchaço, basicamente ao redor das perfurações feitas pelo peso
dos objetos ou scorpiones. (…) As vítimas esperneavam, se contorciam em agonia, caindo de joelhos,
mas eram forçadas a se levantar novamente, até não poder mais. A respiração do açoitado era
severamente afetada, porque os golpes no peito causavam dores excruciantes toda vez que ele
tentava recuperar o fôlego. Os músculos intercostais, entre as costas e os músculos do peito,
apresentavam hemorragia, e os pulmões eram lacerados, frequentemente colapsados – todos esses
fatores impunham à vítima extrema dor quando tentava respirar.

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T. A Crucificação de Jesus: As Conclusões surpreendentes sobre a


morte de Cristo na visão de um investigador criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 32-36.

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Flagelação Romana

Períodos de intensa transpiração ocorriam intermitentemente. A


vítima era reduzida a uma massa de carne, exaurida e destroçada,
ansiando por água. A flagelação levou Jesus um prematuro
estado de choque. Nas horas seguintes, houve um vagaroso
acúmulo de fluido (efusão pleural) ao redor de Seus pulmões,
causando dificuldades na respiração.”

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T. A Crucificação de Jesus: As


Conclusões surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de
um investigador criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 32-36.

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O rei coroado
“É importante notar que a coroa foi feita com entrelaçamento dos espinhos
na forma de um boné. Isso permitiu contato de uma quantidade enorme
de espinhos com o topo da cabeça, a fronte, a parte traseira e as
laterais. (…) A dor podia cessar abruptamente, mas era reiniciada com o
menor movimento nas mandíbulas ou golpe de ar.(…)

A imagem frontal sugere acentuada saturação do cabelo com sangue seco,


fazendo com que ele permanecesse nos dois lados do rosto. (…) A parte de
trás da cabeça também está saturada de sangue. (…) Marcas compatíveis
com espinhos estão presentes na testa e na nuca. Além dos ferimentos
com a coroa de espinhos, os golpes que Ele recebeu no rosto são evidentes
no Sudário, particularmente na região da testa, lado superior direito do
lábio, mandíbula e nariz. O padrão tridimensional nas imagens realçadas
por computador revelam mais claramente uma separação na
cartilagem nasal- mas não uma fratura – e confirmam os ferimentos já
citados.

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T. A Crucificação de Jesus: As Conclusões


surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador
criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 52-54.
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O rei coroado
A dor violenta causada pela neuralgia do
trigêmeo e os múltiplos golpes na região da
cabeça de Jesus e na coroa de espinhos
somaram-se ao trauma já recebido por causa
do espancamento brutal e da flagelação na
casa de Caifás (…) A essa altura, já havia um
acúmulo de fluido 20 redor dos pulmões
(efusão pleural) de Jesus, que vinha se
desenvolvendo vagarosamente em
decorrência dos golpes no peito durante a
flagelação.”
“Espinheiro-de-cristo
sírio (Ziziphus spina- ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T. A
christi) Close-up dos Crucificação de Jesus: As Conclusões
espinhos de uma jovem
planta cultivada pelo
surpreendentes sobre a morte de Cristo na
autor.” visão de um investigador criminal. São
Paulo: MATRIX, 2008, pág. 52-54.

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O caminho
“Era cerca de meio-dia, e a viagem de Antônia ao Gólgota
(Calvário) foi realizada em uma das ruas principais, cuja
extensão era de aproximadamente 8 quilômetros (…)

A maioria dos estudiosos apóia a teoria de que somente a


barra horizontal ou patibulum, que pesava entre 22 e 27
quilos, era levada pelo crucarius ao local da
crucificação. Relatos na literatura indicam que os
romanos tinham centenas, às vezes milhares de estacas já
prontas do lado de fora dos muros da cidade.

(…)A exaustão foi acompanhada pela falta de ar, pelo fluido


pleural que estava lentamente se acumulando em Seus
pulmões e por um possível pneumotórax devido ao brutal
açoitamento, além dos efeitos da jornada ao Calvário.

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T. A Crucificação de Jesus:


As Conclusões surpreendentes sobre a morte de Cristo
na visão de um investigador criminal. São Paulo:
MATRIX, 2008, pág. 63-67.

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O caminho

O sol do meio-dia estava forte e o suor pingava do rosto e do corpo de Jesus. O


forte calor do sol e o peso da barra da cruz em Seu ombros irritados, considerando
a condição em que Ele se encontra, causaram intensa fraqueza e tontura, fazendo
que Ele tropeçasse, se desequilibrasse e caísse. (…) considerando-se Sua condição
física, há poucas dúvidas de que Ele tenha caído inúmeras vezes antes de
chegar ao Calvário. Era o exactor mortis o responsável por assegurar que
crucarius não morresse antes de ser crucificado. A gravidade do estado de Jesus
certamente era conhecida pelo exactor mortis. Ele tinha receio de que Jesus não
se levantasse novamente e não conseguisse cumprir suas ordens assim, ordenou
a Simão de Cirene, um transeunte, que carregasse o patibulum para Jesus.

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T. A Crucificação de Jesus: As Conclusões


surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador criminal.
São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 63-67.

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O caminho

As vestes de Jesus estavam praticamente grudadas em Seu corpo por


causa do sangue coagulado nas feridas causadas pelo açoitamento,
Segundo as normas romanas, a roupa era removida durante o
açoitamento, mas por causa das disposições judaicas a vestimenta de
Jesus foi mantida na jornada ao Calvário.(…) Fico imaginando como o
soldado fez isso. Teria ele molhado o tecido para amolecer o sangue
coagulado, como os médicos e enfermeiras geralmente fazem ao remover
uma atadura grudada em um ferimento? (…) A roupa foi arrancada,
causando surtos de dor pelo corpo de Jesus.”

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T. A Crucificação de Jesus: As Conclusões


surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador
criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 63-67.

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A crucificação

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A crucificação

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A crucificação
“O homem do Sudário morreu (…) Os crucificados morriam todos
asfixiados. (…) a fixação dos braços
por crucifixão, isto é, em levantados, portanto em posição de
consequência da asfixia que inspiração, acarreta relativa imobilidade das
dela resultou. A posição de um costelas e grande incômodo na respiração;
crucificado, com os braços presos o crucificado tem a impressão de
sufocamento progressivo. (…) O coração
no alto e o corpo pendurado dos deverá trabalhar mais, suas pulsações se
mesmos, acaba por dificultar os precipitam e enfraquecem. Segue-se uma
movimentos da caixa torácica, certa estagnação nos vasos de todo o
corpo. E “como, por outro lado, a
iniciando um processo de asfixia.
oxigenação se faz mal nos pulmões que
Para respirar, o condenado funcionam insuficientemente, a sobrecarga
precisa erguer o corpo, de ácido carbônico provoca excitação das
flexionando os braços e apoiando- fibras musculares e, como consequência,
uma espécie de estado tetânico de todo o
se tanto quanto possível nas corpo“.
pernas, esticando-as ao máximo
para que o corpo suba. BARBET, Pierre. A Paixão de Cristo,
segundo o cirurgião. São Paulo: Edições
Loyola, 2014, pág. 81-95.
ESPINOSA, Jaime. O Santo
Sudário. São Paulo: Quadrante,
2017, pág. 34-35.

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A hipótese da Asfixia

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A crucificação

“Suspensão experimental na
cruz, com arqueamento. A
posição arqueada era
tipicamente assumida para
aliviar a tensão nos ombros e
para estender as pernas a fim
de aliviar as cãibras.”

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick


T. A Crucificação de Jesus: As
Conclusões surpreendentes
sobre a morte de Cristo na
visão de um investigador
criminal. São Paulo: MATRIX,
2008, pág. 120-130.

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A crucificação

Para que se possa chegar à mais provável causa da morte de Jesus,


essencial que se examinem, na sequência, todos os eventos, do Getsêmani
ao Calvário.

● A extrema agonia mental exibida no Jardim do Getsêmani teria


causado alguma perda no volume de fluido circulante
(hipovolemia), tanto por causa do suor como por causa da
hematidrose e teria provocado acentuada fraqueza.
● O bárbaro açoitamento com flagrum (...) teria causado penetração
na pele e trauma nos nervos, músculos e pele, fraturas nas costelas
ou deslocamentos das costelas e da cartilagem, lacerações,
infiltração de sangue através dos espaços intercostais e da
musculatura das costas e do tórax, escoriações, ruptura alveolar
(espaços de ar nos pulmões) e, mais provavelmente, colapso de
um pulmão (pneumotórax), reduzindo vítima a uma condição
exaurida e deplorável.

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T. A Crucificação de Jesus: As Conclusões


surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador
criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 163-171.
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A crucificação

● Tudo isso teria causado um choque traumático adicional e


hipovolemia. As horas na cruz, com o peso do corpo sustentado
apenas pelos pregos nas mãos e pés, teriam causado episódios de
dor agonizante toda vez que o crucarius se mexesse.
● Esses acontecimentos e as aterrorizantes dores no peito por causa
dos açoites teriam piorado estado do choque traumático e
hipovolêmico, bem como a crescente efusão pleural, o edema
pulmonar, o excessivo suor induzido pelo trauma e pelo calor do
sol. O Crucarius teria que arquear Seu corpo todo, pressionando a
cabeça com a coroa de espinhos contra a estaca numa tentativa
de endireitar as pernas e aliviar um pouco as cãibras nas
panturrilhas e nos braços.
● A pressão de Sua cabeça contra a estaca teria reativado os
tormentos da neuralgia de trigêmeo.

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T. A Crucificação de Jesus: As Conclusões


surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador
criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 163-171.

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A morte
Se eu tivesse que estabelecer a causa da morte de
Jesus, em minha função oficial de médico-legista, o
atestado de óbito conteria a seguinte descrição:

Causa da Morte: parada


cardíaca e respiratória, em
razão de choque traumático e
hipovolêmico, resultante da
crucificação.”
ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T. A Crucificação de
Jesus: As Conclusões surpreendentes sobre a morte
de Cristo na visão de um investigador criminal. São
Paulo: MATRIX, 2008, pág. 163-171.

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Sangue e Água
A mais plausível é a chamada Hipótese 11. Ela indica que a lança
penetrou no átrio direito do coração (câmara superior direita), que
teria se enchido de sangue porque, imediatamente antes da falência
cardíaca, o coração se contraiu e ejetou o sangue na circulação pela
última vez. Em resposta, o átrio direito se encheu passivamente de
sangue por causa da pressão elevada da circulação. Uma maciça
efusão pleural (fluido em volta dos pulmões) que vinha se acumulando
lentamente nas horas seguintes ao açoitamento (a efusão pleural é
normalmente detectada algumas horas depois de receber golpes no
peito) já se fazia presente. O repentino golpe da lança arremessada
por um dos soldados penetrou o pericárdio e o átrio direito. O
rápido e violento movimento feito para retirar a lança, então,
liberou o sangue, que aderiu à lâmina, e um pouco da efusão
pleural da cavidade pleural, resultando no fenômeno de “sangue e
água”.(…)

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T. A Crucificação de Jesus: As


Conclusões surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um
investigador criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 175-179.

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A missão de toda uma encarnação

Pierre Barbet e Frederick Zugibe

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O ato (quase) anônimo

” (…) o acontecimento da crucificação foi de extrema


importância para os seguidores Jesus e para diversas seitas,
cujos membros estiveram ligados ao trabalho de Jesus e
Seus Apóstolos, mas teve pouca importância do ponto de
vista nacional e do ponto de vista dos judeus ortodoxos e
dos poderes de Roma.(…)”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR:


AMORC, 2001, p. 224.

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O ápice

“Nenhum dos milagres de Jesus pôde igualar-se ao supremo milagre da vitória espiritual do amor
divino sobre o mal: “Pai, perdoa -lhes, porque não sabem o que fazem” (…) Com seu olho espiritual
aberto à Consciência Crística e à Consciência Cósmica, Jesus tinha a capacidade consciente de
exercer poder sobre toda a criação e poderia ter destruído facilmente seus inimigos.” (…) Apesar das
torturas do corpo e da gravidade da ignomínia, da zombaria e do ódio, ele não sucumbiu às
incitações da natureza humana. Transcendendo as limitações do corpo, ele manifestou o poder
de seu espírito ilimitado e a imagem de Deus dentro de si.

Houve mártires que enfrentaram de forma voluntária, e mesmo sorrindo, as torturas da morte; mas
poucos alcançaram suficiente adiantamento espiritual para possuir e entretanto não utilizar seus
poderes milagrosos com a finalidade de chamar à razão os malfeitores. Jesus nunca demonstrou
seus poderes ou milagres para dissuadir seus inimigos de crucificá-lo.
Ele entregou seu corpo, mas seu espírito jamais se
rendeu.”
YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior.
Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 400-401.

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Jesus, o filho do homem

Depois, Ele disse novamente em alta voz: “Pai, em tuas mãos entrego meu
espírito.” E por fim ergueu a cabeça e disse: “Agora tudo está terminado, mas
apenas sobre este monte.” E fechou os olhos.

Então, relâmpagos rasgaram os céus escuros, e ouviu-se um grande trovão.

Sei agora que aqueles que O mataram em meu lugar provocaram meu tormento
interminável. Sua crucificação não durou mais do que uma hora. Mas eu serei
crucificado até o fim de meus anos.”

GIBRAN, Gibran Khalil. Jesus, o Filho do Homem. Tradução: Mansour Challita.


Associação Cultural Internacional Gibran, 1973, pág. 161-162.

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Jesus é o grande empreendedor do
Projeto Nova Terra, sua vida e o seu
Evangelho são o pulso original da
Transição Planetária, porque o mérito
de nenhum outro avatar supera a
grandeza da sua escolha em acreditar
até às últimas consequências em
nossa humanidade e no poder do
amor.

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