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Sufismo

O sufismo é uma linha mística do islamismo. Apesar de sua origem,


sofreu perseguição dos muçulmanos em diversos momentos da história.
A justificativa para isso era a ameaça ao monoteísmo do islamismo. Por
outro lado, o Alcorão também serve como inspiração para o sufismo.

A palavra sufismo é derivada do termo árabe suf, que significa lã.


Historicamente, os seguidores do sufismo costumavam vestir apenas lã
pura, pois era uma forma de representarem sua negação aos confortos
do mundo.

Outra diferença do islamismo para o sufismo está na meditação,


enquanto os primeiros creem que as cordas vocais e os instrumentos
musicais estão ligados ao demônio, os segundos utilizam a música para
alcançar um estado mental elevado que se aproxima do contato com
Deus.

Para chegar a este patamar, os sufistas fazem uso da poesia e batidas


rítmicas de tambores. A meditação com o som produzido leva-os a um
estado de transe. Esta técnica também era utilizada pelos adeptos do
vodu, que tem origens africanas. Um dos mais tradicionais tipos de
música sufista é feito pelos dervixes, famosos por suas músicas rápidas
e danças agitadas.

No ritual de meditação, os sufistas cantam o dhikr, que é o ato de repetir


inúmeras vezes os textos sacros do Alcorão e o nome de Deus. Este
ritual faz com que o sufista entre em estado de auto-hipnose, no qual
explora os caminhos que levam a Deus.

Além da diferença da meditação, o sufismo tem outro ponto de


discordância com as ideias do islamismo. Este é referente à “Noite da
Viagem”, conhecida também como miraj, na qual Maomé, através dos
Portões do Céu, chega à presença de Deus. Para o islamismo, Maomé
realizou a jornada de corpo e alma, já os sufistas veem o episódio como
uma forma de ascensão espiritual interna.
A história do sufismo é dividida em três momentos: clássico, medieval e
moderno. Em meio à diversas formas de perseguição sofridas, um dos
nomes importantes é o de Husayn ibn Mansur al-Hallaj, que foi
crucificado no ano de 922 após declarar a seguinte frase: “Eu sou a
verdade”.

Tamanha foi a perseguição contra os sufistas que eles tiveram que criar
códigos para a propagação de suas ideias. Elaboravam poesias
complexas, disfarçando as frases que pudessem ser entendidas como
contrárias à existência de um único Deus.

De todas as épocas do sufismo, o período onde alcançaram seu auge


foi na era moderna, que fica entre os anos de 1550 e 1800

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