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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA
INSTITUTO SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS
TRABALHO ESCOLAR EM GRUPO

LICENCIATURA DE CONTABILIDADE E FINANÇAS

IMPORTÂNCIA DA GESTÃO FINANCEIRA PARA A ECONOMIA


DOMÉSTICA

LUANDA, 2021
REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA
INSTITUTO SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS
TRABALHO ESCOLAR EM GRUPO

LICENCIATURA DE CONTABILIDADE E FINANÇAS

IMPORTÂNCIA DA GESTÃO FINANCEIRA PARA A ECONOMIA


DOMÉSTICA

LUANDA, 2021
FICHA TÉCNICA

Nome: Carlos Maneco

Nome: David Delmonte Força Fortunato Feijó

Nome: Delmo Pereira

Nome: Handria Mussango

Nome: Jacira Rangel

Nome: Jurelma Ngola


LUANDA, 2021
FOLHA DE ROSTO

INSTITUTO SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS

MPORTÂNCIA DA GESTÃO FINANCEIRA PARA A ECONOMIA


DOMÉSTICA

Trabalho escolar em grupo, apresentada


ao Professor Santimo Ipanga, para avaliação
contínua da disciplina de Metodologia de
Investigação Científica (MIC), sob orientação do
Professor Santimo Ipanga.
LUANDA, 2021
AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradecer a Deus pelo dom da vida, fonte de toda sabedoria,


graças ao SENHOR conseguimos chegar até aqui, foram muitos obstáculos porém,
persistimos em prol dos nossos objectivos, agradecer também os nossos Pais por
tudo o que fizeram por nós e esperamos que continuem fazendo, pois só nos têm
ajudado.

Por fim mas não menos importante, não podíamos deixar de agredecer em
geral à todos aqueles que de alguma forma contribuíram para a realização deste
trabalho.
DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho aos nossos pais, que com muito amor, carinho e
sacrifício, conseguiram fazer de nós as pessoas que hoje somos, pois
reconhecemos que não foi fácil superar as dificuldades da vida, confiando sempre
nas nossas capacidades mentais apostando na nossa formação académica.

Não podiámos deixar de dedicar este trabalho também ao nosso educador,


colegas e todos aqueles que de alguma forma contribuíram directa ou
indirectamente para o desenvolvimento, tanto no âmbito educacional como no
âmbito pessoal.
EPÍGRAFE

"TEMOS QUE DOMINAR NOSSOS IMPULSOS ANCESTRAIS DE


SOBREVIVÊNCIA QUE NOS FAZEM CONSUMIR SEM PRECISAR" (Castro, 2019).
RESUMO

O Gestão Financeira da Economia Doméstica é uma questão presente na


vida das pessoas não importando a classe social, todas mantêm uma preocupação
com a situação das suas Finanças. Planear e Administrar a vida Financeira exige
objectivos determinados e trabalho constante. A gestão do rendimento familiar é de
extrema importância para se ter conhecimento da situação real em que a família se
encontra. A maioria das famílias não fazem um orçamento, não poupam dinheiro
para atingir suas metas e tomam decisões de compra sem refletir, essas questões
financeiras muitas vezes são responsáveis por desentendimentos familiares.
Assente nisso, realizou-se esta pesquisa que busca responder a seguinte pergunta:
Independentemente do rendimento, é importante fazer a Gestão Financeira da
Economia Doméstica? Para responder essa questão, elaborou-se uma pesquisa
bibliográfica-documental de artigos publicados e livros.
Palavras-chaves: Gestão Financeira, Economia Doméstica, Planear e
Administrar.
ABSTRACT

The Financial Management of the Domestic Economy is an issue present in


people's lives, regardless of social class, all of them are concerned with the situation
of their finances. Planning and Managing Financial life requires determined goals
and constant work. The management of family income is extremely important to have
knowledge of the real situation in which the family finds itself. Most families don't
budget, don't save money to reach their goals, and make buying decisions without
thinking, these financial issues are often responsible for family disagreements. Based
on this, this research was carried out, which seeks to answer the following question:
Regardless of income, is it important to carry out Financial Management in the
Domestic Economy? To answer this question, a bibliographic search of published
articles and books was carried out.

Key-words: Financial Management, Domestic Economy, Planning and


Managing.
LISTA DE SÍGLAS

ISAF: Instituto Superior De Administração e Finanças;


MIC: Metodologia de Investigação Científica;
LGT: Lei Geral do Trabalho;
LISTA DE IMAGENS
SUMÁRIO
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO GERAL
INTRODUÇÃO

Rendimento é do foro económico e diz respeito àquilo que uma pessoa


singular ou colectiva aufere, seja em géneros ou em dinheiro, como fruto de um
capital investido ou como sendo a remuneração de uma actividade comercial,
produtiva ou ainda laboral (o salário).

Postos noutros termos, o rendimento é também o lucro ou o proveito que se


obtém, mas nota-se insatisfação das pessoas. As famílias têm metas, das quais a
maioria envolvem a necessidade de utlização de recursos financeiros que na sua
generalidade são escassos.

A definição de um orçamento, normalmente, leva em consideração duas


principais características: a receita, ou seja, o valor arrecadado ou disponível, e a
despesa, que seria o valor a ser gasto para a conclusão ou manutenção de algo.

A maioria das famílias não fazem um Orçamento, não guardam recursos para
atingirem essas metas, não têm planos para mellhorar o seu padrão de vida no
futuro, decidem fazer compras sem refletir e na sua maioria investe mal os seus
recursos.

Para aprender a fazer uma boa planificação, mesmo diante de um cenário


económico instável, nós destacamos neste trabalho algumas obras literárias sobre
educação financeira, visto que este tema já foi abordado por outros autores, como:
Robert T. Kiyosaki, Sharon Lechter, Napoleon Hill, T. Harv Eker e Gustavo Cerbasi.

Segundo (CERBASI, 2004), devemos usar o nosso rendimento com


inteligência. Toda a pessoa devia saber a importância do controle financeiro para
possibilitar a redução de seus custos e, consequentemente, viabilizar o aumento do
seu patrimônio.

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Para minimizar as mesmas situações visamos em projectos de inclusão da
Educação Financeira nas Instituições, compreendemos que é de extrema
importância salientar aspectos que as famílias devem seguir para traçarem
adequadamente uma Planificação Financeira para uma vida financeira saudável.
Muitas famílias preocupam-se excessivamente com as suas rendas e não com a sua
maior riqueza que é a educação a base de tudo. O dinheiro sem a educação
financeira não é nada.

Diante desta situação, vimo-nos no dever de conscientizar a população que


independentemente do seu rendimento, é possível e indispensável fazer-se um
orçamento e uma planificação das suas despesas e necessidades. Pois, só assim
terão controle da sua saúde financeira e porventura realizar os seus objetivos ou
metas.

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JUSTIFICATIVA DE ESCOLHA

A cultura possui influência sobre a maneira como cada pessoa organiza suas
finanças e a mesma tem um influente papel na preparação da vida económica de
qualquer pessoa. As finanças bem estruturadas são a porta de entrada para um
futuro de forma tranquila e sustentável.

As pessoas geralmente buscam ao longo da vida, aspectos importantes para


o seu bem estar, comodidade, qualidade de vida e buscam incessantemente por
aquilo que por muitas vezes é fundamental para atender os mesmos, porém o
descontrole nas finanças faz com que isso se torne um pouco mais difícil por
diversas vezes. O bom gerenciamento do dinheiro, não é tarefa fácil, mas torna-se
necessário para atender as necessidades expostas acima e as que surgem na vida.

Adquirir independência e controle financeiro são alguns itens importantes para


quem busca um futuro bem sucedido e com qualidade de vida. A falta de disciplina
quando o assunto é dinheiro a família está em pauta. A população está cada vez
mais consumista e sem controle com relação aos gastos. O controle do que se
ganha e o que se gasta é de fundamental importância para uma vida financeira
saudável.

A respeito de ser um tema bastante meritório de se aludir, devido a situação


socio-económica das diversas classes socias, logo pretendemos incentivar os
demais a fazer a gestão eficaz do seu rendimento, com a finalidade de multiplicar o
mesmo por meio de investimentos uma vez que lhe proporcionarão mais
rendimentos e assim ter uma vida financeira mais saudável.

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PROBLEMÁTICA DA PESQUISA

Qualquer problema científico envolve variáveis que podem ser verificadas.


Mediante ao exposto apresentamos neste instante a problemática da pesquisa.

A Gestão Financeira Doméstica está presente na vida das pessoas, embora


parcialmente, não importando a classe social todos demostram preocupação com as
suas finanças. Mesmo com essa preocupação muitas famílias não gerem, não
guardam dinheiro para atingir suas metas, tomam decisões de compra sem refletir,
enfim, estão em constante desequilíbrio financeiro.

Analisando a situação económica e financeira que Angola atravessa, torna-se


necessário a implementação da educação financeira no meio familiar, principalmente
para os jovens que se vêm diante de mais tentações do que nunca, além de que,
ensinará aos nossos filhos sobre Gestão Financeira e isso contribuirá para o
desenvolvimento financeiro familiar responsável. Daí surge a questão:
Independentemente do rendimento, é importante fazer a Gestão Financeira da
Economia Doméstica?

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HIPÓTESES DA PESQUISA

Partindo da hipótese de que Independentemente do rendimento, é importante


fazer uma Gestão Financeiro da Economia Doméstica.

Diante deste problema, levantam-se as seguintes hipóteses:

H1: Elaborar um plano financeiro familiar, faz com que as famílias conheçam
os seus limites, saber o que é ou não dispensável no seu dia a dia. E a vantagem
disso é que proporciona à família, a capacidade de fazer poupanças e de traçar
metas a serem realizadas no futuro. Logo, podemos afirmar que independentemente
dos seus rendimentos as famílias devem elaborar um plano financeiro para terem
um controle eficaz do seu património em geral.

H2: Se a situação económica do país não for favorável, no que concerne à


inflação, fazer o plano financeiro familiar com um baixo rendimento será de certo
modo desnecessário, pois é de conhecimento de todos que a economia é auto-
controlável. Isto é, não poderemos acompanhar a constante mudança de preço no
mercado, e elaborar um plano financeiro usando dados que variam da noite para o
dia não nos permitirá alcançar os nossos objetivos. Por este motivo é que, o
rendimento familiar será primordialmente focado para às nessecidades primárias da
família. Contudo é indispensável a elaboração de um plano financeiro familiar.

H3: Talvez um plano financeiro no seio familiar tenha uma importante


relevância na resolução de problemas e no alcance de metas, mas para a eficácia
das suas vantagens o mesmo deve ser elaborada de forma exacta e com dados
concretos.

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OBJETIVOS

Todo trabalho de pesquisa científica tem de ter um objetivo a ser alcançado


de acordo os propósitos traçados.

Objetivo geral:

 Compreender a importância da prática da Gestão Financeira da


Economia Doméstica, visto que para uma melhor compreensão da investigação
traçaram-se 3 objetivos específicos com vista a irem de encontro com a temática em
análise.

Objetivos específicos:

 Ordenar quais os pontos que devem ser levados à cabo na gestão da


economia doméstica;

 Expressar alternativas utilizadas para o controle de gastos e receitas,


que facilitem às famílias a administrar as suas rendas;

 Diferenciar as dificuldades para a gestão financeira familiar entre as


distintas classes sociais.

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METODOLOGIA

Os métodos de pesquisa a serem utilizados são as pesquisas bibliográficas e


a de Estudo de caso, buscando-se através de levantamentos de assuntos
relacionados ao tema a ser pesquisado, nortear a todas as classes sociais para uma
eficiente gestão de seus rendimentos.

Assim sendo podemos dizer que a nossa pesquisa quanto aos procedimentos
será bibliográfica e relativamente aos objetivos será de carácter explicativa, mas
quanto a abordagem do problema será de natureza qualitativa.

Nesse sentido, a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já


elaborado, constituído principalmente por livros e artigos científicos. (GILL, 1999, p.
59), pressupõem a existência de alguns factores para os quais o estudo de caso é
recomendável, tal como na fase inicial de uma investigação sobre temas complexos,
em que exige a construção de hipóteses ou reformulação do problema.

De acordo a premissa do autor, escolhemos como estudo de caso algumas


famílias do município de Belas, que desta feita serviram como a População e a
Amostra desta pesquisa.

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CAPÍTULO II - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O RENDIMENTO FINANCEIRO FAMILIAR

Segundo (NORDHAUS, 1999, p. 210) o rendimento refere-se a totalidade das


receitas, ou dinheiro, ganho por um indivíduo, ou uma família, durante um dado
período de tempo.

(GITMAN, 2004, p. 04) define finanças como ´´a arte e a ciência de gestão do
dinheiro``. Já o termo finanças na linguagem do dia a dia, conhece-se como, o
estudo da circulação do dinheiro entre os particulares, as empresas ou os vários
Estados. Dito isto, as finanças surgem como um ramo da economia que se dedica a
avaliar como são obtidos e geridos os fundos. Noutros termos, as finanças tratam da
gestão do dinheiro.

Logo, o rendimento financeiro familiar nada mais é que o ganho, lucro ou


renda familiar, proveniente de uma atividade e que permite obter uma certa
operação. Trata-se do estudo que se faz com base no investimento realizado
(trabalho físico ou mental, aplicação financeira...) e a renda (os juros) gerada após
um certo período de tempo.

O TRABALHO

Geralmente, este rendimento só ocorre como consequência do factor


trabalho, tanto físico como mental, com o tempo as formas de trabalho sofreram
diversas mudanças, em função da evolução das tecnologias, do conhecimento
humano e também das necessidades que foram surgindo com o aumento da
população.

Em Angola, os diferentes tipos de trabalho são classificados de acordo com


seus contratos, legalidade (ou não) e formalidade. Inicialmente eles podem ser
classificados em dois grupos, sendo os trabalhos formais e os informais.

Trabalho formal:

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O trabalho formal, que também é o mais popular, consiste no emprego que
garante ao empregado, assinatura na carteira de trabalho de acordo com a LGT e
benefícios como vale alimentação, transporte, férias, 13º salário e outros. Os
trabalhadores formais recebem salário mensal e comprovado por meio de
demonstrativos de pagamento ou contra-cheques, estão amparados por lei e tem
direito a aposentadoria de acordo com as condições previstas na legislação vigente.

Geralmente esse tipo de vínculo empregatício é realizado por profissionais


que priorizam a estabilidade financeira e de horários, uma vez que conta com
jornadas determinadas de trabalho em períodos fixos, garantindo uma rotina regular
e, em algumas vezes, mais tranquila.

Trabalho informal:

Já o trabalho informal é aquele que ocorre quando o empregado não possui


registro na carteira de trabalho e, consequentemente, também não recebe alguns
dos benefícios determinados pela LGT. Apesar de ser bem popular, o trabalho
informal conta com alguns inconvenientes, como dificuldade para acesso a
aposentadoria e falta de garantias/benefícios trabalhistas.

Por outro lado, o trabalho informal, em geral, oferece maior flexibilidade de


horários, períodos e jornadas de trabalho. Na maioria das vezes, o trabalhador não
possui “chefia”, mas trabalha de forma terceirizada através de projetos e é o dono do
seu próprio negócio informal.
É um tipo de trabalho atraente para os profissionais que preferem trabalhar do
próprio jeito e não se adequam a rotinas e ritmos impostos. Uma desvantagem
dessa modalidade é a instabilidade financeira, não somente de salários, como
também pelo fato de não poder usufruir de certos amparos trabalhistas.

LEGISLAÇÃO DO RENDIMENTO DE TRABALHO

Atualmente em Angola, o decreto em vigor ordena que o imposto incidente


sobre os rendimentos dos trabalhadores, tanto por conta própria ou por conta de
outrem, são: Imposto de Segurança Social (ISS) e o Imposto sobre o

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Rendimento de Trabalho (IRT). Isto quer dizer que, sempre que todo contribuinte
tiver algum rendimento, será descontado um valor para pagar o IRT e a Segurança
Social.

O Imposto sobre o Rendimento de Trabalho (IRT), é uma obrigação criada


pela Lei n.º 18/14, de 22 de Outubro, da Legislação Fiscal Angolana. O IRT incide
sobre o rendimento dos trabalhadores e por este motivo é considerado um imposto
indirecto.

Já a Segurança Social, também entendida como Protecção Social


Obrigatória, define-se, geralmente, como: 
“a protecção que a sociedade proporciona aos seus membros, através de
uma série de medidas públicas,  contra as carências económicas e sociais que, de
outra forma poderiam ocorrer pela supressão ou redução substancial dos
rendimentos em resultado de doença, maternidade, acidentes de trabalho e doenças
profissionais, desemprego, velhice, morte e encargos familiares" (INSS, 2020).

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