Você está na página 1de 40

UNIDADE I

Fisiologia Geral

Profa. Dra. Gabriela Pintar


Homeostase

O que é a homeostase?
 Claude Bernard (1865).

Manter o meio
interno constante.

Fonte:
https://wikiimg.tojsiabtv.com/wikipedia/commons/thumb/
e/e7/Bernard_Claude.jpg/1280px-Bernard_Claude.jpg
O que é importante manter constante?

Temperatura
O que é importante manter constante?

Glicemia Íons Água


Feedback negativo

Insulina

Pâncreas

Glicemia
Glicemia

Tempo

Fonte: autoria própria.


Porque a homeostase é importante?

 O metabolismo depende de enzimas.

 As enzimas precisam de condições específicas para funcionar adequadamente.


Transporte através da membrana

Moléculas Moléculas
Moléculas pequenas e grandes
pequenas e com carga Maior
Glicose,
sem carga concentração
Na+, K+, Cl- aminoácidos
O2, CO2 Proteínas
Proteína
carreadoras
canal

Gradiente de
concentração

Energia
Menor
concentração

TRANSPORTE PASSIVO TRANSPORTE ATIVO

Fonte: autoria própria.


Interatividade

Existem inúmeras características que nos permitem diferenciar a matéria viva da inanimada.
Qual é a denominação que se dá à característica: “O ser vivo é capaz de manter a constância
do meio interno”?
Resposta

Existem inúmeras características que nos permitem diferenciar a matéria viva da inanimada.
Qual é a denominação que se dá à característica: “O ser vivo é capaz de manter a constância
do meio interno”?

 Homeostase.
O coração

Fonte: PowerPoint.
A grande e a pequena circulação

Válvula semilunar
Aorta pulmonar
Artérias
pulmonares Artérias pulmonares
direitas esquerdas
Veia cava Veias pulmonares
superior esquerdas

Átrio direito Átrio esquerdo


Cúspide da valva
AV esquerda (bicúspide)
Cúspide
da valva Cordas tendíneas
AV direita Músculos papilares
(tricúspide)
Ventrículo Ventrículo esquerdo
direito
Veia cava
inferior Fonte: Adaptado de:
SILVERTHORN, D. U.
Septo Parte descendente Fisiologia Humana. 7. ed.
da aorta (Biblioteca Virtual – Minha
Biblioteca).
O ciclo cardíaco

Duração:

Pressão ventricular esquerda (mmHg)


Se: 72 batimentos por minuto Volume sistólico
120
D LEGENDA
VSF VSF = volume sistólico final
VDF = volume diastólico final
1/72 = 0,0139 min./batimento
80 C
Repouso: o coração bombeia 4 a 6 L UM Débito cardíaco:
de sangue por minuto! CICLO
DC = FC X DS
CARDÍACO

40
Exercício: 4 a 7 x mais!
INÍCIO VDF
B
A A’
0 65 100 135
Volume ventricular esquerdo (mL)
FIGURA 14.17 Eventos mecânicos do ciclo cardíaco.

Fonte: Adaptado de: SILVERTHORN, D. U. Fisiologia Humana.


7. ed. (Biblioteca Virtual – Minha Biblioteca).
Automatismo

1 O sombreado em 1 O nó SA despolariza.
Nó SA púrpura nos passos 2 a 5
Nó AV representa a despolarização. A atividade elétrica vai
2 rapidamente para o nó
2 AV pelas vias internodais.

A despolarização se propaga
3 mais lentamente através dos
átrios. A conclusão demora
SISTEMA DE CONDUÇÃO através do nó AV.
DO CORAÇÃO
A despolarização move-se
Nó SA
4 rapidamente através do
sistema de condução
3 ventricular para o ápice
Vias internodais do coração.

A onda de despolarização
5 espalha-se para cima
a partir do ápice.
Nó AV

Fascículo AV
Ramos
4
Ramos
fascículos
subendocárdicos
(fibras de
Purkinje)

5 Fonte: Adaptado de:


SILVERTHORN, D. U.
Fisiologia Humana. 7.
ed. (Biblioteca Virtual –
FIGURA 14.14 O sistema de condução do coração. A sinalização elétrica começa no nó SA. Minha Biblioteca).
O eletrocardiograma

5 mm
25 mm = 1 s

+1 R R
Fonte: Adaptado de: SILVERTHORN, D. U.
Fisiologia Humana. 7. ed. (Biblioteca Virtual
– Minha Biblioteca).

Milivolts
Segmento Segmento
P-R S-T
S
Onda P Q Onda T

Intervalo PR* Intervalo QT Complexo QRS

*Em alguns casos, a onda Q não é vista no ECG. Por esse motivo, os segmentos e intervalos são
nomeados usando-se a onda R, porém, iniciam com a primeira onda do complexo QRS.
Relação entre a atividade elétrica e a contração
Tempo (m/s)
0 100 200 300 400 500 600 700 800
Complexo Complexo
QRS QRS
Eletrocardiograma
(ECG) T
P P

120

B
90
Incisura dicrótica
Pressão A
(mmHg) Pressão no
ventrículo
60
esquerdo

Pressão
30 no átrio
esquerdo D
Fonte: Adaptado de: SILVERTHORN, D. U.
Fisiologia Humana. 7. ed. (Biblioteca 0 C
Virtual – Minha Biblioteca). Sons do
coração
S1 S2
135
E
Volume
ventricular
esquerdo (mL)

65 F
Sístole Sístole Diástole Sístole
atrial ventricular ventricular atrial

Sístole Contração Sístole Diástole Diástole Sístole


atrial ventricular ventricular ventricular ventricular atrial Fonte: autoria própria.
isovolumétrica inicial tardia
Interatividade

Uma mulher de 60 anos tem uma frequência cardíaca, em repouso, de 73 batimentos por
minuto, a pressão arterial de 130/85 mmHg e a temperatura corporal normal. Considerando o
gráfico a seguir, qual é o seu débito cardíaco?

Fonte: autoria própria.


Resposta

Uma mulher de 60 anos tem uma frequência cardíaca, em repouso, de 73 batimentos por
minuto, a pressão arterial de 130/85 mmHg e a temperatura corporal normal. Considerando o
gráfico a seguir, qual é o seu débito cardíaco?

Débito cardíaco:
DC = FC x DS

DC = 73 x (140 - 55)
DC = 73 x 85
DC = 6.205 mL
DC = 6,205 L

Fonte: autoria própria.


Composição do sangue

Água

Íons
~ 58%
É volume Moléculas orgânicas (proteínas, glicose, aminoácidos)
plasmático
SANGUE composto
de: Elementos-traço e vitaminas

100%
Gases
< 1%
leucócitos
Linfócitos, monócitos, neutrófilos, eosinófilos, basófilos

42%
volume de
eritrócitos

Fonte: Adaptado de: SILVERTHORN, D. U. Fisiologia Humana. 7. ed.


(Biblioteca Virtual – Minha Biblioteca).
Hemostasia

 Hemostasia  prevenção da perda de sangue.

Mecanismos:
1. Vasoconstricção;
2. Formação de tampão plaquetário;
3. Formação de coágulo;
4. Crescimento de tecido fibroso para fechar a ruptura.

 É muito importante que a coagulação fique restrita ao local da lesão.


Origem das células do sangue

Medula óssea

Célula-tronco
hematopoiética

Progenitor Progenitor
Fonte: Adaptado de: SILVERTHORN, D. U. mieloide linfoide
Fisiologia Humana. 7. ed. (Biblioteca Virtual
– Minha Biblioteca).

Megacariócito Eosinófilos Basófilos Eritrócitos Monócitos Neutrófilos Linfócito T Linfócito B Célula NK

Plaquetas Célula Macrófago Plasmócito


dendrítica
Hemostasia

1 O colágeno exposto liga-se


e ativa as plaquetas.

Lúmen do
2 vaso sanguíneo 3
Liberação de
fatores plaquetários.
Impede
a adesão
4
3 Os fatores atraem O endotélio intacto plaquetária
mais plaquetas. libera a prostaciclina 2
e o óxido nítrico (NO)

4 As plaquetas agregam-se 1
em um tampão plaquetário.

Células Camada Colágeno exposto LEC


musculares subendotelial na parede do vaso
lisas de colágeno sanguíneo danificado

FIGURA 16.9 Formação do tampão plaquetário. As plaquetas não aderem ao endotélio intacto.
O dano desencadeia a formação do tampão plaquetário onde o colágeno foi exposto.
Fonte: Adaptado de: SILVERTHORN, D. U. Fisiologia Humana. 7. ed.
(Biblioteca Virtual – Minha Biblioteca).
Cascata de coagulação

VIA INTRÍNSECA VIA EXTRÍNSECA


Ativação por contato Dano celular
Colágeno ou O dano expõe o
outros ativadores fator tecidual (III)
XII

XII ativo VII


XI
Ca2+
XI ativo Fator tecidual
(III) e VII ativo
IX
Ca2+ Retroalimentação
IX ativo positiva

VIII
Fonte: Adaptado de: SILVERTHORN, D. U. Ca2+
Fisiologia Humana. 7. ed. (Biblioteca X
Fosfolipídeos (PL)
Virtual – Minha Biblioteca).
X ativo
VIA COMUM
Protrombina
Ca2+,
Retroalimentação positiva V, PL
Trombina

Fibrinogênio
FIGURA 16.10 A cascata
de coagulação. As
XIII Fibrina proteínas plasmáticas
inativas (caixas brancas)
XIII ativo Ca2+
são convertidas em
enzimas ativas em cada
Rede de fibrina
passo da via.
Prevenção da coagulação

Fatores mais importantes:


1. A textura lisa do endotélio;
2. A camada de glicocálice no endotélio;
3. A proteína ligada à membrana endotelial (trombomodulina).

 Heparina  produzida pelos mastócitos e basófilos.

 A plasmina “digere” os filamentos de fibrina.


Interatividade

Qual é o papel das substâncias chamadas de anticoagulantes usadas nos tubos de coleta
de sangue?
Resposta

Qual é o papel das substâncias chamadas de anticoagulantes usadas nos tubos de coleta
de sangue?

 Os anticoagulantes são usados para interromper a ativação da cascata de coagulação,


garantindo a obtenção de sangue total ou plasma para as análises laboratoriais.
Trocas gasosas nos pulmões

 Alvéolo  local de trocas gasosas.

 Hematose.

 Superfície fina.

 Precisa estar protegida do ressecamento causado pela exposição ao ar.


Funções primárias do sistema respiratório

1. Troca de gases entre a atmosfera e o sangue.

2. Regulação homeostática do pH corporal.

3. Proteção contra as substâncias irritantes e os patógenos inalados.

4. Vocalização.
Eventos funcionais da respiração

1. Ventilação pulmonar  maneira como o ar se move para dentro e para fora dos alvéolos.

2. Difusão de oxigênio e dióxido de carbono, entre o sangue e os alvéolos.

3. Transporte de oxigênio e dióxido de carbono, para os tecidos periféricos e de volta


aos pulmões.

4. Regulação da respiração.
Anatomia do sistema respiratório

As vias aéreas:

 Umidificam  100%; Faringe


Ápice
Pregas Cavidade nasal
 Aquecem  até 37 ºC; Sistema
respiratório
vocais
Língua
superior
 Filtram  vírus e bactérias. Esôfago Laringe
Lobo
Traqueia superior
Lobo
Sistema superior
respiratório
inferior Lobo
médio

Lobo Lobo
inferior inferior

Pulmão direito Pulmão esquerdo


Diafragma Base Incisura
Brônquio direito Brônquio esquerdo cardíaca

Fonte: Adaptado de: SILVERTHORN, D. U. Fisiologia Humana. 7. ed.


(Biblioteca Virtual – Minha Biblioteca).
O que mantém o pulmão cheio de ar?

Costelas P = - 3 mmHg
A pressão
intrapleural é
subatmosférica.

Líquido pleural
Pleura visceral
Pleura parietal

Diafragma

As propriedades A retração elástica do


Fonte: Adaptado de:
elásticas da caixa pulmão cria uma força SILVERTHORN, D. U. Fisiologia
torácica tentam puxar a que puxa o pulmão Humana. 7. ed. (Biblioteca Virtual –
parede torácica para fora. para dentro. Minha Biblioteca).
760
mmHg CO2

755

752
Fonte: autoria própria.

O2
Hematose
Alvéolo

O2 CO2

Circulação Circulação
venosa arterial

Fonte: autoria própria.

CO2 O2

Células
O transporte de oxigênio

CH2
CH3
Cadeia β 1 Cadeia β 2

H3C
N N
CH2
Fe2+ Fe
Heme
Cadeia α 1 Cadeia α 2 N N
H3C CH3

Heme

COOH COOH

Fonte: Adaptado de: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/91/1904_Hemoglobin.jpg


Curva de saturação da hemoglobina

Saturação da hemoglobina %
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10

0 20 40 60 80 100
Célula em repouso Alvéolos
PO2 (mmHg)

Fonte: Adaptado de: SILVERTHORN, D. U. Fisiologia Humana. 7. ed.


(Biblioteca Virtual – Minha Biblioteca).
O transporte de dióxido de carbono
O CO2 difunde-se das células para
1 os capilares sistêmicos. LEGENDA:
AC = anidrase carbônica

Apenas 7% do CO2 permanece


2 dissolvido no plasma.
SANGUE VENOSO
1 CO2 2 CO2 dissolvido
(7%)
Cerca de um quarto do CO2 liga-se Respiração
3 à hemoglobina, formando celular nos
Eritrócito
a carbaminoemoglobina. tecidos
3 CO2 + Hb HbCO3 (23%) Cl–
periféricos
5
AC HCO3– HCO3– no
4 CO2 + H2O H2CO3 plasma (70%)
Cerca de 70% do CO2 é convertido
4 em bicarbonato e em H+.
H+ + Hb HbH

A hemoglobina tampona o H+.


Endotélio do capilar

Fonte: Adaptado de: SILVERTHORN, D. U. 5 O HCO3– chega ao plasma


em troca de Cl–. Membrana celular
Fisiologia Humana. 7. ed. (Biblioteca Virtual Transporte para
os pulmões
– Minha Biblioteca).
Nos pulmões, o CO2 dissolvido
6 difunde-se do plasma
para os pulmões. 6
CO2 dissolvido CO2 dissolvido CO2
Pela lei de ação das massas, o CO2
7 desliga-se da hemoglobina e HbCO2 Hb + CO2
Cl– Alvéolos
difunde-se para fora das eritrócitos.
AC 7
HCO3– HCO3– H2CO3 H2O + CO2
8 no
A reação do ácido carbônico é
8 revertida, trazendo o HCO3– plasma HbH H+ + Hb
de volta para os eritrócitos
e convertendo-o a CO2.

FIGURA 18.11 Transporte do dióxido de carbono. A maior parte do CO2 é convertido em bicarbonato, HCO3–.
Orientação para a atividade do chat

 Chegou o momento da atividade no chat.

 O tema está relacionado ao assunto que vimos hoje.

Vemo-nos lá!
ATÉ A PRÓXIMA!

Você também pode gostar