INTRODUÇÃO AO ESTUDO

DA ANATOMIA

Profa. Érica Augusta da Silva

Aula Teórica Aula Prática

34 h 68h

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ATESTADO DE VACINAÇÃO
 Ao contrário do que muitos pensam a
Anatomia não é uma ciência morta, muito
menos de apenas cadáveres. Anatomia,
além de não ser uma ciência morta, é
essencial para o conhecimento, pois é
através dela que os profissionais da área
da saúde adquirem conhecimentos
dissecando ou observando o corpo
humano (Chevrel, 2003)
 História da Anatomia
⦿ Homem pré-histórico
 História da Anatomia
⦿ Prática da dissecação- princípio
fundamental na “área da saúde”

⦿ Alcméon (Grécia) - realizou pesquisas

anatômicas - século VI a.C. (muitos o
consideram “pai” da anatomia)

⦿ Empédocles, Anaxágoras, Esculápio e

Aristóteles - 600 a.C. e 350 a.C.

⦿ O relato mais antigo de uma dissecação é

datado de 287 a.C., pertence ao grego
Teofrasto, discípulo de Aristóteles
 História da Anatomia
⦿ No século IV a.C., com a escola Alexandrina, que a
anatomia prática começou a progredir. Destacaram-se
Herófilo (nervos sensoriais e motores), Erasístrato
(Veias e artérias)

⦿ A partir do ano 150 a.C. a dissecação humana foi

proibida por razões éticas e religiosas

⦿ Na idade média as teorias de Galeno foram

consideradas - “Pela ignorância da anatomia, pode-se
ser tímido demais em operações seguras ou temerário
e audaz em operações difíceis e incertas”
 História da Anatomia
⦿ No século IX- volta do estudo da anatomia do
corpo humano- Escola de medicina de Salerno-
Itália, e à obra de Constantino, quem traduziu do
árabe ao latim numerosos textos médicos gregos .

⦿ Frederico II obriga a escola de Nápoles a

introduzir em seu currículo o treinamento prático
de anatomia (1240)

⦿ Mondino de Liuzzi executava em Bolonha as

primeiras dissecações didáticas de cadáveres,
publicando em 1316 um manual sobre autópsia
 História da Anatomia
⦿ Andeas Vesaliusum (Pádua) - texto anatômico “De
Humani Corporis Fabrica” (1543), baseado na
observação direta do corpo humano e não no livro de
Galeno

⦿ Nos séculos XVIII e XIX, o estudo cada vez mais

pormenorizado das técnicas operatórias levou à
subdivisão da anatomia, dando-se muita importância à
anatomia topográfica

⦿ A anatomia tornou-se submicroscópica

⦿ Anatomia in vivo- exames de imagem, termografia

 Introdução ao Estudo da Anatomia
⦿ Considerações gerais:
• Conceito

ANATOMIA
PARTES CORTES

Ciência biológica que estuda a morfologia ou

estrutura dos seres vivos
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• Ramos:
● Citologia
● Histologia
● Embriologia
● Anatomia Radiológica
● Anatomia Antropológica
● Anatomia Biotipológica ou Constitucional
● Anatomia Comparativa
● Anatomia de Superfície
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⦿ Métodos de estudo:
• Sistemático – sistema de órgãos ou aparelho
• Topográfico - regiões
• Aplicado – aplicação clínica, cirúrgica,
imagem...

⦿ Nomenclatura Anatômica Veterinária (NAV

2017)
 Princípios básicos da Nomenclatura
Anatômica Veterinária
⦿ Cada estrutura anatômica, com reduzido número de
exceções, é designada por um único termo.
⦿ Os termos, na lista oficial, são escritos em Latim, mas os
anatomistas de cada país têm liberdade de traduzi-los
para sua respectiva língua.
⦿ Cada termo deve ser o mais curto e simples possível
⦿ As estruturas intimamente relacionadas do ponto de
vista topográfico devem possuir nomes semelhantes.
Ex: artéria femoral, veia femoral e nervo femoral.
⦿ Os termos derivados de nomes próprios devem ser
abolidos. Ex tendão calcanear comum, em vez de
“Tendão de Aquiles”.
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Divisão do Corpo
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Posição Anatômica

145º
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⦿ Planos e eixos do corpo

• Planos de delimitação
● Dorsal
● Ventral
● Laterais direito e esquerdo
● Cranial
● Caudal
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⦿ Planos e eixos do corpo
• Planos de secção
● Sagital
● Mediano
● Sagitais
● Frontais
● Transversais

• Eixos
● Dorsoventral – Plano mediano (Sagital - altura)
● Craniocaudal- Plano dorsal (Longitudinal-
comprimento)
● Laterolateral- Plano transversal (largura)
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Plano Sagital e Mediano
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Plano Frontal / Dorsal/ Horizontal
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Plano Transversal
 Eixos do corpo

Craniocaudal Dorsoventral

Látero-lateral
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⦿ Termos Indicativos de Posição e Direção:

• Lateral, medial, intermédio e mediano

• Cranial e caudal
• Dorsal, ventral e médio
• Externo e Interno
• Superficial e Profundo
• Proximal e distal
• Axial e abaxial
• Rostral, superior e inferior
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Eixo funcional

AXIAL X ABAXIAL
Vamos fixar?
 Dorsal

Caudal
Cranial

Ventral
Lateral Lateral
Direto Esquerdo
Plano mediano

Plano sagital

Plano
paramediano
Plano dorsal/ horizontal/
frontal

Plano transversal
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⦿ Princípios Gerais de construção corpórea
• Antimeria - O plano mediano divide o corpo do indivíduo
em duas metades, direita e esquerda.

• Metameria- entende-se a superposição, no sentido

longitudinal, de segmentos semelhantes, cada segmento
correspondendo a um metâmero.

• Paquimeria- é o princípio segundo o qual o segmento axial

do corpo do indivíduo é constituído, esquematicamente, por
dois tubos. Os tubos denominados paquímeros são
respectivamente, ventral e dorsal.

• Estratificação- camadas (estratos) que se superpõem

Metameria

Paquimeria
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⦿ Outros conceitos:

• HOMOLOGIA: refere-se a estruturas idênticas, que

possuem a mesma origem e localização em animais
diferentes. Ex: membros torácicos de um cavalo e
asas de uma ave.

• ANALOGIA: indica apenas identidade de função.

Ex: asas de insetos; pulmões de aves e guelras de
peixe.
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⦿ Outros conceitos:

• NORMAL:
●Pode ser a estrutura mais freqüente (mais de 50%)
sob o ponto de vista estatístico.
●Pode ser a estrutura mais adequada para realizar
atividades ótimas, sob as exigências fisiológicas.
●Pode ser a “melhor” estrutura como resultado da
seleção natural, sob o ponto de vista idealista.
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⦿ VARIAÇÃO: O desvio pode ser:
• Um aumento no número de partes (por exemplo, um músculo
com um número superior à média de feixes).
• Uma redução de partes, ou uma modificação de formato.

⦿ Variações podem ser encontradas dos desvios de:

• Holotopia – a relação entre o órgão e o corpo como um todo.
• Sintopia – a relação da estrutura e seus órgãos adjacentes
imediatos.
• Idiotopia – a relação das partes de um órgão entre si.
• Histotopia – a relação das camadas, túnicas ou tecidos de um
órgão entre si.
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⦿ ANOMALIA: é um grave desvio do padrão normal,
acompanhado pela alteração ou depreciação da
função. Exemplo: lábio leporino, palato fendido ou
costela cervical no homem.
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⦿ MONSTRUOSIDADE: é uma anomalia grave,
incompatível com a vida. Tais malformações são
tratadas na teratologia. Exemplo: a agenesia (não
formação do encéfalo).
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⦿ ÓRGÃOS RUDIMENTARES:
• Desenvolvimento melhor ou completo em outra
espécie.
• Desenvolvimento completo nos primeiros estágios
do animal, e depois tornar-se hipertrofiados ou
atrofiados.

⦿ RARIDADE: é quando uma estrutura aparece em

apenas 1 a 2% da população.
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⦿ FATORES GERAIS DE VARIAÇÃO:
• IDADE: o timo cresce até a maturidade sexual, e depois
torna-se um órgão atrofiado em período relativamente curto,
de acordo com a espécie.
● a) abrasão, modificação do formato da coroa do incisivo nos
eqüinos, bovinos e carnívoros;
● b) presença de números maiores de anéis nos cornos dos
bovinos velhos;
● c) pêlos brancos na cabeça dos eqüinos idosos;
● d) afilamento da borda rostral da mandíbula dos eqüinos
idosos;
● e) perda da elasticidade cutânea, principalmente nos caninos
e bovinos idosos;
● f) redução da bolsa cloacal na ave adulta;
● g) redução no tamanho do seio para-anal nos caninos adultos.
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⦿ SEXO:
• a pelve óssea da fêmea adulta é bastante diferente daquela do
macho;
• os dentes caninos são bem desenvolvidos nos eqüinos; eles
normalmente deixam de irromper nas éguas e, quando
presentes, são vestigiais (3 a 4% das éguas possuem caninos
maxilar e mandibular);
• o tubérculo púbico dorsal é bem desenvolvido nos machos,
principalmente nos bovinos, e subdesenvolvido nas fêmeas e
machos castrados;
• a plumagem das aves é mais longa e mais rica, no colorido,
nos machos do que nas fêmeas;
• a altura das fêmeas (principalmente nas peruas e galinhas) é
menor do que a dos machos;
• a crista e a barbela são menores nas fêmeas do que nos
machos; uma espora está presente nos machos (Gallus gallus
domesticus).
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⦿ RAÇA:
• Pode ser considerada “como uma população que
difere significativamente de outras populações com
relação à freqüência de um ou mais dos genes que
possui” (Villee et al., 1963).

• “pode ser definida fenotipicamente como uma

população cujos membros, embora variando
individualmente, são distinguidos como um grupo
por uma determinada combinação de características
morfológicas e fisiológicas que partilham por causa
de sua descendência comum”.
⦿ Exemplos de variação de raças

⦿ Barbela e corcova Bos indicus X Bos taurus

⦿ Exemplos de variação de raça
⦿ Prega prepucial umbilical presente em Bos indicus e
fracamente desenvolvida em Bos taurus;
⦿ Exemplos de variação de raças
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⦿ Exemplos de variações de raça são:

• a prega prepucial longa e pendular em Bos indicus e a curta e

não pendular em Bos taurus;
• o delineamento dorsal, a forma e o perfil do esqueleto da
cabeça, a altura, o comprimento e o peso nas raças de eqüinos;
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⦿ BIÓTIPO:

• A anatomia constitucional está relacionada com os

atributos físicos do corpo.
• Pertence especialmente às proporções de suas
partes, conforme exemplificado pelo baixo, alto,
gordo ou magro.
• Características pertinentes morfológicas,
bioquímicas, fisiológicas, psicológicas e patológicas
(incluindo a psiquiátrica) e às tendências do
indivíduo.
• Longitipo, braquitipo, mediotipo.
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⦿ EVOULUÇÃO:

• A espécie Homo sapiens aumentou de altura,

enquanto sua constituição tornou-se menos maciça.
Sua capacidade cranial também aumentou, os
ressaltos ósseos acima das aberturas orbitárias
diminuíram, sua cabeça tornou-se “ortometópica”
(tendência para uma fronte vertical, mas
pronunciada nas mulheres)
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⦿ MEIO AMBIENTE:

• Desenvolvimento de caracteres econômicos

(rendimento de leite, conformação de carne)
depende do meio ambiente (suprimento alimentar,
etc.) em que o animal é criado e mantido.
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⦿ VARIAÇÕES ESPECÍFICAS:

• divertículo suburetral da vaca (não encontrado nas

éguas, cadelas e porcas);
• divertículo prepucial do porco;
• fossa uretral do cavalo;
• ausência da vesícula biliar do cavalo;
• presença da bolsa gutural no cavalo;
• ausência de incisivos maxilares nos ruminantes;
• presença do osso do pênis no cão;
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⦿ VARIAÇÕES ESPECÍFICAS:

• ossificação da cartilagem do septo interatrial nos

bovinos velhos;
• presença de fibras musculares no ligamento
sesamóide proximal do bovino jovem;
• ossificação da esclera das aves adultas;
• membrana nictitante, ou terceira pálpebra,
integralmente desenvolvida nos coelhos e ave,
parcialmente desenvolvida no cavalo, menos
desenvolvida no bovino, e rudimentar nos cães e no
homem.
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⦿ VARIABILIDADE E SELEÇÃO:

• A seleção e o cruzamento de animais que mostram

variabilidade em qualquer estrutura parece
aumentar a variação.

• Cruzando-se animais que exibem um número de

vértebras e costelas maior do que nas linhagens
normais, podem ser obtidos corpos mais longos.
“O futuro pertence àqueles que acreditam na
beleza dos seus sonhos”
(E. Rosevelt)

OBRIGADA!