Ensino da Língua Brasileira de Sinais nos cursos de graduação em Odontologia do Sudeste brasileiro: um estudo transversal

Ensino da Língua Brasileira de Sinais nos cursos

de graduação em Odontologia do Sudeste
brasileiro: um estudo transversal
Yuri de Lima Medeiros*; Danielle Fernandes Lopes*; Luan Viana Faria*, Mônica Regina Pereira Senra
Soares**; Carla Couto de Paula Silvério***

* Discente, Curso de Odontologia, Universidade Federal de

Juiz de Fora
** Doutora, Professora Adjunta, Departamento de Odontologia,
da Universidade Federal de Juiz de Fora - Campus Avançado
de Governador Valadares
*** Doutoranda, Programa de Pós-Graduação em Linguística,
Vice Coordenadora, Curso de Letras/Libras, Universidade
Federal de Juiz de Fora

Recebido em 23/08/2019. Aprovado em 30/04/2020.

RESUMO
O atendimento odontológico de pacientes surdos é considerado um desafio. A falta de contato dos
estudantes com a Língua Brasileira de Sinais (Libras) durante a graduação pode ser um fator
agravante da condição de saúde bucal desta população. Assim, o objetivo do estudo foi oferecer um
panorama sobre a inclusão da disciplina de Libras nos projetos pedagógicos dos cursos de graduação
em Odontologia da Região Sudeste do Brasil. Consiste em um estudo exploratório, quantitativo e
transversal. As matrizes curriculares dos cursos foram analisadas, buscando-se as informações
referentes às variáveis: categoria administrativa da Instituição de Ensino Superior (IES), oferta e
natureza do componente curricular e carga horária. A população do estudo foi constituída por 176
IES, das quais 32 não disponibilizaram suas respectivas matrizes curriculares. Observou-se que 125
cursos (86,8%) eram de IES particulares e 19 (13,19%) de públicas, com 83 (57,63%) oferecendo o
componente curricular Libras em sua matriz, sendo que 71 (91,02%) das 78 IES que disponibilizaram
a informação ofertam o conteúdo como opcional ou eletivo. A carga horária variou de 30 a 80 horas,
com média de 49,7h. Conclui-se que a implementação da Libras ainda é discreta nas universidades
públicas e mais concentrada nas IES privadas, sendo, em sua maioria, não-obrigatória.
Descritores: Educação em Odontologia. Línguas de Sinais. Currículo.

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 Ensino da Língua Brasileira de Sinais nos cursos de graduação em Odontologia do Sudeste brasileiro: um estudo transversal
1 INTRODUÇÃO
De acordo com o último censo realizado
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), em 2010, 9,8 milhões de
brasileiros possuem algum tipo de surdez,
representando 5,2% da população brasileira.
Deste total, 2,6 milhões são surdos e 7,2 milhões
apresentam grande dificuldade para ouvir1. Vale
dizer que as pessoas com surdez podem ser
divididas em dois grandes grupos: (i) o das
pessoas com deficiência auditiva, que possuem
alguma perda auditiva em diferentes níveis, mas
não se sente confortável em usar a língua de
sinais de seu país, usando a língua oral; e (ii) o
das pessoas surdas que utilizam a língua de sinais
de seu país como principal meio de
comunicação².
Para o atendimento dos pacientes surdos,
em 2005, o Decreto nº 5.626/053 regulamentou a
Lei n.º 10.436/024 e propôs uma adequação
curricular a partir das novas políticas inclusivas
nas universidades. Esse decreto reconhece a
Língua Brasileira de Sinais (Libras) como língua
oficial da comunidade surda e a coloca como
disciplina obrigatória nas licenciaturas gerais e
nos cursos de fonoaudiologia. Essa legislação
foi, sem dúvida, uma grande conquista política
para a comunidade surda.
Paralelamente, as Diretrizes Curriculares
Nacionais (DCN) para o curso de Odontologia,
reformuladas e aprovadas no Conselho Nacional
de Educação em 20185, adotaram como
referência, dentre outras, a Educação em Saúde e
as Novas Tecnologias de Informação e
Comunicação em Odontologia, inclusive as
línguas oficiais do território brasileiro (Língua
Portuguesa e Libras) como componentes
curriculares. No entanto, o documento não
especifica os aspectos referentes à carga horária
e ementa da disciplina de Libras. Contudo,
enfatiza que o egresso de Odontologia deve estar
atento à dignidade da pessoa humana e às suas
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necessidades individuais. Dentre as
competências ele deverá ser capaz de mobilizar
recursos para solucionar, com sucesso, os
problemas da prática profissional em diferentes
contextos; sendo o sujeito da sua própria
aprendizagem com vistas à sua formação integral
e adequada articulando o ensino, pesquisa e a
extensão em prol da preservação de culturas e
práticas nacionais e regionais respeitando o
pluralismo de concepções e a diversidade étnica-
cultural.
Sabe-se que a disciplina de Libras na
formação do estudante de Odontologia pode
beneficiar a comunicação com os pacientes surdos
falantes da língua de sinais de forma diferenciada6.
Existe a demanda para o atendimento odontológico
de pacientes surdos, porém a barreira de
comunicação se traduz em um grande desafio.
Associa-se a esse fato a escassez de profissionais
habilitados, a dificuldade de acesso aos serviços de
saúde e a concepção negativa do atendimento
odontológico7. Consequentemente, a condição de
saúde bucal desses pacientes é agravada,
apresentando, por exemplo, maior prevalência de
cárie dentária e higiene oral deficiente, quando
comparados aos pacientes ouvintes7-9.
Frente ao exposto, este estudo tem como
objetivo oferecer um panorama sobre a inclusão
da disciplina de Libras nos projetos pedagógicos
dos cursos de graduação em Odontologia da
Região Sudeste, que apresenta a maior
concentração de cursos de Odontologia do
Brasil10.
2 METODOLOGIA
A presente pesquisa consiste em um estudo
exploratório, quantitativo e transversal. Os
cursos foram identificados na base de dados
oficial de informações relativas às Instituições de
Ensino Superior (IES), o Cadastro Nacional de
Cursos e Instituições de Educação Superior
(Cadastro e-MEC)11, regulamentado pela
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Portaria Normativa nº 21, de 21 de dezembro de
201712, que pode ser acessado no endereço
eletrônico do Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).
A população do estudo consistiu em todos
os cursos de Odontologia em funcionamento na
Região Sudeste (n=176) no ano de 2019, assim
distribuídos: Espírito Santo (ES, n=12), Minas
Gerais (MG, n=61), Rio de Janeiro (RJ, n=28) e
São Paulo (SP, n=75). Foram excluídos aqueles
que não possuíam um sítio web oficial e não
forneciam meios de comunicação virtual. Foram
incluídos na pesquisa todos aqueles que
apresentaram sua matriz curricular completa
disponível.
Para confirmar a existência da disciplina de
Libras, realizou-se a pesquisa em todos os sítios
web institucionais, complementada, quando
necessário, por contato com os coordenadores.
Foi disponibilizado um prazo de dois meses para
que os e-mails fossem respondidos. O período de
coleta dos dados foi de fevereiro a junho de 2019.
Foram coletadas as seguintes informações
sobre a disciplina de Libras: (i) categoria
Tabela 1. Oferta da disciplina de Libras nos cursos de Odontologia das IES públicas e privadas dos
estados do Sudeste brasileiro (n=144)
Libras como componente curricular
ES
Instituições Públicas (n=19/13,19%)
Sim (n=7/36,8%)
Não (n=12/63,1%)
Instituições Privadas (n=125/86,8%)
Sim (n=76/60,8%)
Não (n=49/39,2%)
Em relação à natureza do componente
curricular, 5 (6,02%) IES não disponibilizaram a
informação. Dentre as 78 IES que a
disponibilizaram, 71 (91,02%) ofertam o
conteúdo de forma opcional ou eletiva, enquanto
apenas 7 (8,97%) apresentam de forma
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administrativa da IES (pública ou privada), (ii)
inserção e oferta da disciplina, (iii) natureza do
componente curricular (obrigatória ou não-
obrigatória) e (iv) carga horária total.
Os dados foram organizados e tabulados
utilizando o programa GraphPad Prism 8.1.2 –
Realese notes (La Jolla, CA, EUA) sendo
analisados por meio de estatísticas descritivas.
3 RESULTADOS
Dos 176 cursos, considerando os polos de
uma mesma instituição, 32 não disponibilizaram
a matriz curricular, de forma que a amostra final
foi composta por 144 cursos (81,8%), 10 (6,94%)
do estado do ES, 51 (35,41%) em MG, 21
(14,58%) no RJ e 62 (43,05%) em SP.
Observou-se que, quanto à categoria
administrativa, 125 cursos (86,8%) eram de IES
particulares e 19 cursos (13,19%) eram de IES
públicas. Dentre todas as IES que ofertam as
disciplinas de Libras, 76 (91,56%) são privadas e
7 (8,43%) públicas. Do total das 144 IES, 83
(57,63%) ofertam a disciplina de Libras em sua
matriz curricular (tabela 1).
Estados
MG RJ SP
1 4 2 0
0 3 2 7
7 26 10 33
2 18 7 22
obrigatória (gráfico 1). A carga horária foi
disponibilizada por 61 (73,49%) IES, variando
de 30 a 80 horas, com média de 49,54h. Dentre
os estados, o ES apresentou a maior média,
enquanto que MG apresentou a menor (gráfico
2).
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Gráfico 1. Natureza do componente curricular de Libras nos cursos de Odontologia dos estados do
Sudeste brasileiro

Gráfico 2. Carga horária média da disciplina de Libras na matriz curricular dos cursos de Odontologia
dos estados do Sudeste brasileiro

4 DISCUSSÃO oferece. Há inversão destes dados nos cursos

De acordo com os resultados obtidos,
observou-se um maior número de IES privadas em
relação às públicas na região Sudeste do Brasil. Das
instituições públicas (n=19) apenas 36,84%
apresentam a disciplina de Libras no conteúdo
curricular, sendo que em SP, maior estado em
termos populacionais do Brasil13, nenhuma a
particulares (60,8%), o que está de acordo com os
achados de Oliveira et al.14, que trazem
informações de que as instituições privadas têm
buscado atender à determinação legal e às
recomendações do Ministério da Educação. As
DCN6 para o curso de Odontologia trazem esse
conteúdo como componente curricular obrigatório,

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independente do caráter que ela poderá assumir,
havendo prazo de até dois anos, a partir da data de
publicação da Resolução, para aplicação dessa
determinação às novas turmas abertas. Para
Martins6, há que se ter o cuidado para não tornar
superficial o ensino de Libras, por apresentar-se
como única disciplina semestral. Enfatiza que uma
educação bilingue ultrapassa os limites das salas de
aula, necessitando de maior contato com a cultura
em questão.
A oferta dessa disciplina nos cursos de
Odontologia já se traduz em um grande passo para
a humanização e integralidade da assistência, tendo
em vista garantir ao estudante conhecer o processo
de comunicação de indivíduos com surdez, além de
promover o ensejo dos graduandos em aperfeiçoar,
por meio de técnicas adequadas, essa comunicação
interpessoal com vistas a atender as suas demandas
em saúde.
Em relação à natureza do componente
curricular, mais de 90% das IES ofertam enquanto
disciplina eletiva/opcional e apenas uma pequena
parte oferta enquanto disciplina obrigatória.
Segundo o decreto 5.626/053, somente os cursos de
magistério e Fonoaudiologia devem ofertar a
disciplina de Libras como um componente
obrigatório do currículo, sendo que os demais
cursos, como o de Odontologia, podem ofertar
como eletiva ou opcional. Isso mostra coerência na
organização dos currículos. Entretanto, entende-se
que a necessidade do conhecimento da Libras e da
cultura surda é importante para oferecer um
atendimento ao público surdo de maneira acessível
e humanizada14,15.
A principal razão que afasta ou coloca os
surdos em experiências negativas nos atendimentos
em saúde é a barreira comunicativa, justificada pela
falta de capacitação e conscientização dos
profissionais15-17. Em relação ao ambiente
odontológico esse problema fica ainda mais visível,
gerando comportamentos de medo e ansiedade
previamente aos procedimentos18. Assim, vencer
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essa barreira, com a oferta da disciplina de Libras
de forma obrigatória na matriz curricular da
graduação, favorece uma aproximação com o tema,
sensibilizando o estudante a rever as práticas de
cuidado na assistência integral e humanizada ao
paciente com surdez.
Pereira et al.19 realizaram uma pesquisa com
aplicação de questionário estruturado para
pacientes surdos e 70% consideraram que os
cirurgiões-dentistas não estão preparados para
atendê-los, sendo que 56,6% da amostra se
manifestou insatisfeita com suas experiências
odontológicas anteriores. Os dados encontrados
corroboram outras pesquisas20-22, que
demonstraram a insatisfação dos pacientes surdos
quanto aos serviços prestados, principalmente no
que se relaciona à dificuldade de comunicação.
No estudo de Alshehri et al.20 verificou-se
que o método de comunicação mais utilizado pelos
surdos é a língua de sinais, seguido pela sua
combinação com a leitura labial. Contudo, a
maioria da amostra (72,1%) relatou que nunca foi
questionada pela equipe odontológica sobre qual
forma de comunicação utilizavam. Embora a
língua de sinais seja a forma mais utilizada por
esses pacientes, a maior parte dos cirurgiões-
dentistas relata se comunicar principalmente por
gestos e leitura labial, visto que não estão aptos
para a comunicação em Libras19,23, além de
geralmente solicitarem a presença de um intérprete
ou familiar ouvinte21,23.
Estudos apontam que os acadêmicos de
Odontologia e cirurgiões-dentistas consideram
importante essa comunicação e possuem interesse
em estudar Libras, mas julgam-se despreparados
por não terem realizado cursos preparatórios para o
atendimento desses pacientes23,24. Quando
questionados sobre como melhorar esse quadro,
acreditam que a oferta de cursos de Libras seja
capaz de acrescentar qualidade ao atendimento
desse público23-25. Essa capacitação inicial pode ser
alcançada na formação acadêmica tanto pela oferta
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da disciplina de Libras como componente
curricular para todos os cursos de saúde, quanto por
meio de projetos de extensão, iniciação científica,
entre outros projetos que abordem a temática de
acessibilidade no atendimento de surdos. Além
disso, essa qualificação pode ser alcançada também
após a graduação, por meio de cursos de formação
continuada na área19,26.
A inclusão da disciplina de Libras nas IES,
aliada a projetos extracurriculares, colabora
também para a criação e desenvolvimento de novos
termos odontológicos específicos em Libras e
consequentemente para maior aprimoramento
didático-científico dessa área, com a finalidade de
potencializar o ensino e a formação de cirurgiões-
dentistas. A partir disso, será possível fomentar e
ampliar o processo de acessibilidade do
atendimento do público surdo26,27.
A necessidade da inclusão dessa disciplina
nas matrizes curriculares foi discutida também em
outras áreas da saúde. Guarinello et al.28
verificaram a inclusão da disciplina de Libras em 7
cursos de graduação em Fonoaudiologia, as quais
eram ofertadas de forma obrigatória em todas as
IES. Essa divergência pode ser explicada a partir
do Decreto nº 5.626/053, o qual determinou a
obrigatoriedade de oferta da disciplina, com prazo
de até 2015 para sua regularização. A carga horária
analisada teve média de 60,8h e, embora seja uma
média de 11h maior que a observada no presente
estudo, 158 (65,8%) estudantes a consideraram
insuficiente.
Embora os dados sejam expressivos, sugere-
se que sejam investigados utilizando também
formas alternativas de coleta de dados, como a
utilização de questionários enviados diretamente
aos coordenadores dos cursos de graduação em
Odontologia das IES brasileiras, aprimorando a
compreensão desse quadro de ensino e verificando
outras variáveis, como o período em que é
ministrada, conteúdos abordados e a formação do
docente responsável. Além disso, é importante
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destacar como limitação deste estudo, assim como
outros de metodologias semelhantes29, que em
algumas instituições este componente curricular
pode ser ministrado em outras disciplinas, como
por exemplo, Odontologia para Pacientes com
Necessidades Especiais.
5 CONCLUSÃO
O presente estudo possibilitou traçar um
panorama da inserção da disciplina de Libras nas
matrizes curriculares dos cursos de Odontologia
da região Sudeste do Brasil, mostrando que sua
implementação ainda é discreta nas IES públicas
e mais presente nas privadas. Em ambos os casos,
a oferta é, majoritariamente, não-obrigatória.
ABSTRACT
Brazilian Sign Language teaching in Dentistry
undergraduate courses at Southeastern Brazil:
a cross-sectional study
Dental care for deaf patients is considered a
challenge. The lack of students’ contact with the
Brazilian Sign Language (BSL) during
graduation can be an aggravating factor of the
oral health condition of this population. Thus, the
objective of the study was to offer an overview
of the inclusion of the BSL subject in the
pedagogical projects of undergraduate courses of
Dentistry in the southeastern region of Brazil. It
consists of an exploratory, quantitative and cross-
sectional study. The curricular matrices of the
courses were analyzed, searching for information
regarding the following variables: administrative
category of the Higher Education Institution
(HEI), offer and nature of the curricular
component, and workload. The study population
consisted of 176 HEIs, of which 32 did not
provide their respective curricular matrices. It
was observed that 125 courses (86.8%) were
from private HEIs and 19 (13.19%) from public
ones, with 83 (57.63%) offering the BSL
curriculum component in its matrix, with 71 (91,
02%) of the 78 HEIs that provided the
information offer the content as optional or
elective. The workload varied from 30 to 80
118
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hours, with an average of 49.7 hours. It is
concluded that the implementation of BSL is still
discreet in public universities and more
concentrated in private HEIs, being, and in its
majority, non-mandatory.
Descriptors: Education, Dental. Sign Language.
Curriculum.
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Correspondência para:
Yuri de Lima Medeiros
e-mail: yuri11medeiros@gmail.com
Rua Adolpho Kirchmaier, 42 - São Pedro
36036-630 Juiz de Fora/MG
120