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OBJETIVO
Este procedimento especifica as exigências mínimas para controlar energias e materiais perigosos, de modo a
proteger pessoas, instalações e meio ambiente, quando da interação com equipamentos, máquinas e
instalações. Descreve também como atingir e manter a segurança das isolações efetuadas .
ABRANGÊNCIA
A abrangência do procedimento se estende a toda a dependência interna do site Guarulhos da Coating
System.
Este procedimento é aplicável às seguintes áreas: produção, manutenção, oficinas de contratados e
laboratórios, quando da execução das seguintes tarefas:
- Manutenção preventiva, corretiva, revisão, teste, inspeção
- Limpeza
- Ajustes, set-up
- Instalação, montagem, desmontagem
- Entradas em áreas confinadas
REFERÊNCIA
Standard EHSS-OS-04
Procedimentos relacionados:
Permissões de Trabalho - Ficha de Autorização de Serviços Especiais-FASE.
Abertura de Linhas de Produtos Agressivos e/ou sob Pressão.
Trabalhos Elétricos (antigo PO-02245-9)
DEFINIÇÕES
Energia Perigosa: Qualquer fonte de energia mecânica, elétrica, hidráulica, pneumática, química, térmica ou
qualquer outro tipo de energia que se não for controlada poderá causar lesão às pessoas ou contaminação do
meio ambiente. Exemplos:
- Energia mecânica - combinação das energias cinética e potencial resultantes das forças gravitacionais, de
movimento ou da liberação de qualquer componente da máquina;
- Energia elétrica - energia presente em transformadores, interruptores, painéis, motores;
- Energia pneumática - energia criada pela força de compressão ou movimento de ar ou gás em um espaço
confinado;
- Energia hidráulica - energia criada pela força de compressão ou movimento de um líquido em um espaço
confinado
Isolar: Separar a área/ local onde o trabalho será realizado da fonte de energia perigosa ou material perigoso
de modo que apenas um ato consciente e deliberado possa restaurar a conexão.
Travamento: Isolamento de uma fonte de energia perigosa, inclusive a liberação da energia perigosa que
possa ainda estar contida no sistema (energia residual), assegurando a segurança e isolamento pela
aplicação de um dispositivo de bloqueio específico.
Dispositivo de Travamento/ Bloqueio: Um equipamento específico que quando aplicado/ instalado impede o
acionamento ou liberação, não autorizada ou acidental, da energia perigosa.
Pessoa afetada: Qualquer pessoa que possa estar exposta a energia perigosa quando da realização de
trabalhos.
Pessoa autorizada: Pessoa treinada e autorizada para realização e teste de isolamento e travamento.
Energia residual: Energia perigosa que continua presente no sistema mesmo após o isolamento.
Verificar: Comprovar a eficiência do isolamento tentando fazer a máquina, sistema ou equipamento funcionar.
Retirar Travamento: Consiste na ação do desbloquear o sistema pelas pessoas responsáveis pelo
trancamento.
Responsável da Área: Membro da supervisão que é diretamente responsável pelo equipamento onde será
efetuado o TVE.
CCM: Painel elétrico denominado Centro de Controle de Motores Elétricos, normalmente instalado em uma
Sala Elétrica.
Gaveta: Parte do CCM onde estão instalados os dispositivos de partida de cada motor elétrico que é composto
basicamente dos seguintes elementos: chave seccionadora/disjuntor, fusíveis, contatores, relês térmicos,
inversores ou chaves estáticas.
Os dispositivos de partida poderão estar montados em gavetas em um CCM ou em painéis elétricos tipo
armário.
Aterramento elétrico temporário: Ligação elétrica efetiva confiável e adequada intencional à terra, destinada a
garantir a equipotencialidade e mantida continuamente durante a intervenção na instalação elétrica.
RESPONSABILIDADES
Supervisor de Produção -
Administradores de Contrato -
- Garantir que os funcionários das empresas contratadas sob sua administração sejam treinados neste
procedimento;
Pessoa Autorizada -
- Realizar e testar o isolamento e travamento;
- Preencher a aplicar a etiqueta de sinalização;
- Utilizar o checklist para realização do travamento e etiquetagem;
- Comunicar ao supervisor e operadores da área sobre a realização do travamento;
Todos os funcionários -
- Não interferir ou remover bloqueios e travamentos;
- Não interferir alterar ou remover etiquetas de sinalização;
- Não tentar acionar equipamento que esteja travado e etiquetado.
Líder de Área -
- Realizar a aprovação quando da revisão deste procedimento;
- Auditar regularmente o cumprimento deste procedimento;
ETAPAS DO PROCESSO
CONDIÇÕES OPERACIONAIS
Todas as formas de energia perigosa presentes em uma máquina, equipamento ou processo deverão ser
eliminadas ou neutralizadas quando da necessidade de realização de limpeza, manutenção ou intervenção
operacional rápida.
O controle das formas de energia perigosas deve abranger, no mínimo, os itens abaixo estabelecidos na
seguinte sequência:
Comunicação
Planejamento/ Identificação
Desligamento/ Isolamento
Desligar máquina, equipamento, processo, através da botoeira/ switch/ chave liga/desliga de acionamento
principal.
Desligar máquina, equipamento, processo, através de disjuntores/ interruptores/ relês.
Fechar o registro/ válvula interrompendo o fluxo de fluído da tubulação seja ele líquido, gasoso, vapor ou
sólido, entrada e saída do processo. Observar todos os ramais e derivações.
Descarga
Realizar a purga das linhas bloqueadas de fluídos líquido, gasoso, vapor ou de sólido.
Realizar a inertização da linha quando se tratar de fluído inflamável ou tóxico.
Verificar a posição de alívio das molas.
Verificar a indicação de pressão zero nos instrumentos de indicação de pressão (manômetro).
Aplicar aterramento temporário.
Travamento/ Bloqueio
Devem ser utilizados dispositivos adequados para travar/ bloquear as fontes de energia. Seguem alguns
exemplos:
- raquetes, flange cego ou duplo bloqueio,
- corrente com cadeados,
- pinos ou cunhas de travamento mecânico no curso de eixos, pistões ou rodas,
- dispositivos bloqueadores especiais que tornem inoperantes botoeiras/ micro-switch/ chave liga/desliga,
- remoção de relês/ disjuntores e fusíveis no caso de instalações elétricas onde a aplicação de cadeados não
seja possível,
- remoção de gavetas em circuitos elétricos,
- desconexão dos cabos de alimentação elétrica e isolamento das pontas energizadas,
- fixação de calços em equipamentos de movimentação ascendente/ descendente ou de avanço e retrocesso,
caso de pêndulos, e equipamentos com movimentação causada por gravidade,
Em válvulas automáticas, tanto a válvula como a fonte de energia devem estar trancadas e etiquetadas.
Pinças de travamento podem ser usadas onde o número de cadeados necessários for grande.
Proteções de partes energizadas.
Obs.: Apenas uma chave deve existir para cada cadeado que deve permanecer em poder da pessoa que o
colocou. Ao deixar o serviço, a pessoa em posse das chaves deve passa-las para quem estiver assumindo o
serviço ou deixa-las em local determinado pela sua supervisão.
Sinalização
A sinalização deve ser feito pelo emprego de etiquetas padronizadas utilizando-se dos seguintes dizeres:
"Perigo, Não Opere" ou "Perigo, Não Remova sem Autorização".
Na etiqueta deve-se preferir a utilização de cores de advertência que ressaltem a condição de desligamento e
travamento (vermelho, branco e preto).
com fonte de energia elétrica. Ver NOTAS no item Sequência de Aplicação para Procedimentos para TVE
Elétrico.
2- Equipamentos Mecânicos
Prevenir a movimentação por gravidade dos elevadores ou outras máquinas pela aplicação de calços.
Para imobilização completa do equipamento deve-se retirar a correia de transmissão, desconectar fiação, etc.
3- Tubulações
Garantir o bloqueio da fonte de energia hidráulica pela instalação de flanges cegos ou "raquetes" nas
tubulações na alimentação e saída ou montante e jusante. Deve-se verificar no trecho de tubulação a ser
trabalhado se existe ramificação e, se houver, esta ramificação também deverá ser isolada, bloqueada e
travada.
As raquetes usadas para isolar materiais contidos em tubulações devem ser fabricadas de acordo com a
norma ASTM B 31.3.
Duas válvulas em série oferecem menor risco de passagem que uma válvula simples. Um arranjo de duas
válvulas em série bloqueadas com uma válvula de drenagem aberta entre elas proporciona o mais alto grau
de segurança.
Quando não existir dispositivo de bloqueio para colocação de cadeado na própria válvula estas são travadas
diretamente no volante com auxílio de uma corrente e cadeado.
A válvula de drenagem deve ser bloqueada aberta, para aliviar a pressão residual.
Em casos onde não pode ser feita a drenagem, a linha de alimentação deve ser isolada e após,
desconectada.
Se o trabalho se estender por um longo período, ou se a exposição ao risco permitir, tubulação deve ser
despressurizada, desconectada e flanges ou raquetes instalados. Antes da devolução ao proprietário o
responsável pelo serviço deve assegurar que a instalação está segura para se reintroduzir material ou
energia. Isso pode ser conseguido, por exemplo, através de inspeções, teste hidrostático ou teste de
integridade (pressurização).
Em válvulas automáticas acionadas por energia elétrica, primeiramente, instalar o TVE no acionamento da
mesma no respectivo quadro elétrico.
Obs.: Em se tratando de tubulação com presença de líquido perigoso (Inflamável/ Combustível, Asfixiante ou
Tóxico), deverá ser feito o monitoramento acompanhado com o equipamento oxi-explosímetro.
Só é aceitável fazer o TVE na alimentação de ar comprimido para válvulas automáticas quando for possível
demonstrar que a válvula está posicionada fechada e, além do TVE, a tubulação de ar comprimido está
desconectada.
Sequência
Realizando o TVE elétrico
1- O TVE elétrico deverá ser realizado por um profissional autorizado (ver "Procedimento nº 0721 Serviços em
instalações Elétricas),
2- Saber a correta identificação da gaveta do equipamento para assegurar que o trancamento será realizado
no CCM/Painel elétrico correspondente;
3- Quando disponível o botão “TESTE” (alguns equipamentos possuem para indicar se está desenergizado,
ao acioná-lo uma luz se acende no botão), realizar o teste previamente antes de desligar o circuito. Este botão
localiza-se próximo ao equipamento ou na mesma botoeira de acionamento do motor (ou equipamento
elétrico). Este botão quando acionado acende a lâmpada da botoeira mostrando que o referido circuito
encontra-se alimentado, portanto a lâmpada de sinalização está em condições de operação.
4- Se houver chave seccionadora abrir a chave.
Se não houver chave secionadora, desligar e remover a respectiva gaveta identificada no item 2.
5- Voltar ao campo e acionar o botão “TESTE” para confirmar que o circuito correspondente foi corretamente
desenergizado. (Se a lâmpada acender significa que o desligamento foi realizado em uma gaveta indevida e
neste caso voltar aos itens 1, 2, 3, 4 e 5);
Quando o equipamento não dispõe de botão de Teste, antes do desligamento no CCM, deverá ser
realizado um teste ligando e desligando rapidamente o botão ou chave “LIGA” no campo,
comprovando desta maneira que o equipamento não está operacional.
6- Desligar a respectiva gaveta identificada no item 2;
7- Voltar ao campo e repetir o item 6 e confirmar que o circuito correspondente foi corretamente
desenergizado. (Se o equipamento funcionar significa que o desligamento foi realizado em uma gaveta
indevida e neste caso voltar aos itens 1, 2, 6, 7 e 8);
8- Confirmado que o circuito é o correspondente, realizar o trancamento na chave/circuito na posição
desligada com cadeados do Eletricista, responsável da área e de todos os demais envolvidos no serviço, com
as respectivas etiquetas preenchidas, datadas e assinadas.
NOTAS:
1- Em quadros elétricos onde existem vários equipamentos alimentados por uma única chave e o
TVE nesta chave é impraticável, os fusíveis correspondentes ao circuito do equipamento que
queremos travar devem ser removidos e no lugar fusíveis falsos serão introduzidos e aplicados
dispositivos de trava;
2- Na impossibilidade da colocação de dispositivos trava, os cabos elétricos que alimentam o
equipamento deverão ser desligados/desconectados e identificados, para tanto é necessário EPI’s
adicionais conforme Procedimento nº 0721 Serviços em instalações Elétricas).
3- Os terminais deverão ser testados pelo Eletricista para comprovar a desenergização do sistema.
(Ver Procedimento nº 0943 Testar antes de tocar)
4- Quando o equipamento é conectado por plug, as pessoas envolvidas no trabalho poderão efetuar
o trancamento desconectando o plug da tomada e utilizando uma corrente/ fita tipo abarçadeira
("enforca gato"), como dispositivo para travar o plug contra uma parte fixa do equipamento.
5- Para TVEs em instalações elétricas complexas ou de alta energia (ALTA TENSÃO = ACIMA DE
13.200 V) deve-se obrigatoriamente instalar aterramento temporário.
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Este bloqueio não pode ser utilizado como o do responsável da Área. Cada funcionário que executar esse
tipo de TVE, deve ter seu cadeado e a chave deve ficar com ele.
COMENTÁRIOS / OBSERVAÇÕES
N/A
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07 13-fev-2019 Revalidação
08 16-FEV-2021 Revalidação