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Curso de Ciências Contábeis

Disciplina: Contabilidade Societária

Professora: Doraci Vasconcelos

Apostila 02
2ª parte
CONTINUAÇÃO: AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

1.4. A Técnica de Equivalência Patrimonial:

O CPC 18 (R2) – Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em


Conjunto, aprovado pelo Conselho Federal de Contabilidade e transformado na NBC TG 18 (R2),
determina a aplicação do método da equivalência patrimonial da seguinte forma:

Método da Equivalência Patrimonial é o método de contabilização por meio do


qual o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e, a partir daí, é
ajustado para refletir a alteração pós-aquisição na participação do investidor
sobre os ativos líquidos da investida. As receitas ou as despesas do investidor
incluem sua participação nos lucros ou prejuízos da investida, e os outros
resultados abrangentes do investidor incluem a sua participação em outros
resultados abrangentes da investida (CPC 18).

Saiba mais

Para acompanhar o método da equivalência patrimonial, leia:

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS (CPC). Pronunciamento


Técnico CPC 18 (2) – Investimento em Coligada, Controlada e em
Empreendimento Controlado em Conjunto. CPC, 2013c. Disponível em:
<http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/263_CPC_18_(R2)_rev 2013.
pdf>.

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Aplicação da Técnica da Equivalência Patrimonial
Como a investidora deve calcular e contabilizar os efeitos da aplicação do Método da Equivalência
Patrimonial?

A aplicação da teoria ficará mais fácil com a aplicação por meio de exemplos. A peça fundamental
para o cálculo da equivalência patrimonial é a demonstração das mutações do patrimônio líquido das
investidas.

Exemplo 1

A Cia. Paraná possui uma participação na Cia. Curitiba de 80% . No início do exercício, o
patrimônio líquido da Cia. Curitiba é de R$ 3.000.000, sendo R$ 2.500.000 de capital social,
representado apenas por ações ordinárias, e o restante composto de reservas. Ao encerrar o exercício,
a Cia. Curitiba apurou um lucro de R$ 600.000 e propôs a distribuição de dividendos de R$ 150.000. O
excedente de lucros acumulados foi destinado à constituição de reservas de lucros.

Contabilize a equivalência patrimonial.

Como a participação é de 80 no capital votante, trata-se de uma sociedade controlada e avaliada
pelo método de equivalência patrimonial.

De acordo com as informações, temos a seguinte posição


Tabela
Cia. Curitiba Cia. Paraná
Saldo no início do exercício 3.000.000 80 2.400.000
Lucro do exercício 600.000 80 480.000
Dividendos propostos (150.000) 80 (120.000)
Saldo no final do exercício 3.450.000 80 2.760.000

Contabilização na Cia. Investidora – Cia.


Paraná
D = investimentos – Cia. Curitiba 480.000
C = resultado de equivalência patrimonial 480.000
D = dividendos a receber 120.000
C = investimentos – Cia. Curitiba 120.000

Como vimos, à medida que o patrimônio líquido da investida aumenta ou diminui, a conta
investimentos da investidora deverá também aumentar ou diminuir proporcionalmente ao percentual de
participação.
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Exemplo 2

A Cia. Brasil apresenta os seguintes saldos em seu balanço patrimonial em 31/12/X0: Ativo não

circulante – investimentos

i. Cia. A = 455.000
ii. Cia. B = 360.000
iii. Cia. C = 10.000

O percentual de participação detido pela Cia. Brasil nas suas investidas são os seguintes:

iv. Cia. A: participação de 65% no capital total, sendo 60% em ações ordinárias e 30% em
ações preferenciais.
v. Cia. B: participação de 40% no capital total, sendo 30% em ações ordinárias e 50%
em ações preferenciais.
vi. Cia. C: participação de 5% no capital total, possuindo apenas ações preferenciais.

A Cia. Brasil possuía um saldo em caixa de R$ 200.000.

Em 06/X1, a Cia. A aumentou seu capital em R$ 300.000, sendo que a Cia. Brasil exerceu o seu poder
de subscrição, de forma a ficar com o mesmo percentual de participação.

A demonstração das mutações do patrimônio líquido apresentada pelas companhias foi a seguinte.
O excedente de lucros acumulados foi destinado à constituição de reservas de lucros.

Tabela – Demonstração das mutações do patrimônio líquido


Cia. A Cia. B Cia. C
Saldo em 31/12/X0 700.000 900.000 300.000
Ajustes de exercícios anteriores 100.000 (60.000) 10.000
Aumento de capital 300.000
Resultado do exercício 200.000 (100.000) 40.000
Dividendos propostos (60.000) (12.000)
Saldo em 31/12/X1 1.240.000 740.000 338.000

Contabilize a equivalência patrimonial em 31/12/X1. Sabe-se que há certeza que a distribuição dos
dividendos será aprovada pela assembleia.

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Solução
1º passo: classificar as sociedades investidas:

Cia. A – controlada, pois a Cia. Brasil participa com mais de 50% de ações ordinárias. Cia. B – coligada,
pois a Cia. Brasil participa com mais de 20% no capital votante.
Cia. C – valor justo ou valor de custo, pois a Cia. Brasil não tem participação no capital votante.

2º passo: verificar quais investimentos devem ser avaliados pelo método da equivalência patrimonial: Cia. A – por

se tratar de uma controlada.


Cia. B – por se tratar de uma coligada.

Observação
A Cia. C, por não ser controlada ou coligada, não deve ser avaliada pelo
MEP.

3º passo: calcular a equivalência patrimonial:

Tabela
Cia. A Cia. B
PL 65% PL 40%
Saldo em 31/12/X0 700.000 455.000 900.000 360.000
Ajustes de exercícios anteriores 100.000 65.000 (60.000) (24.000)
Aumento de capital 300.000 195.000 – –
Resultado do exercício 200.000 130.000 (100.000) (40.000)
Dividendos propostos (60.000) (39.000)
Saldo em 31/12/X1 1.240.000 806.000 740.000 296.000

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4º passo: contabilizar a equivalência
patrimonial:

Contabilização – investimento na Cia. A


D = investimentos – Cia. A 65.000
C = lucros acumulados 65.000

D = investimentos – Cia. A 195.000


C = caixa 195.000

D = investimentos – Cia. A 130.000


C = resultado de equivalência patrimonial 130.000

D = dividendos a receber 39.000


C = investimentos – Cia. A 39.000

Contabilização – investimento na Cia. B

D = lucros acumulados 24.000


C = investimentos – Cia. B 24.000

D = resultado de equivalência patrimonial 40.000


C = investimentos – Cia. B 40.000

Após os lançamentos, o saldo da conta investimentos na Cia. A será de $ 806.000, que representa
exatamente 65% do patrimônio líquido de A, e a conta investimentos na Cia. B será de $ 296.000, que
traduz exatamente 40% do patrimônio líquido de B.

Exemplo 3

A Cia. Alvorada adquiriu uma participação no capital social da Cia. Crepúsculo de 60% em 01.01.X1. A
Cia. Crepúsculo emite apenas ações ordinárias. Na data da aquisição, o patrimônio líquido da Cia.
Crepúsculo era de R$ 340.000 e a negociação foi feita à vista. Durante o exercício de X1, a Cia. Crepúsculo
aumentou o capital e a Cia. Alvorada subscreveu o proporcional ao seu percentual de participação anterior.

Em 31.12.X1, ambas as sociedades encerraram suas demonstrações contábeis. A Cia. Crepúsculo apresenta a
seguinte demonstração das mutações do patrimônio líquido, que servirá de base para a Cia. Alvorada calcular
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e contabilizar a equivalência patrimonial.

Demonstração das mutações do patrimônio líquido Cia. Crepúsculo


Outros
Reservas de Reservas Lucros resultados
Capital social capital de lucro acumulados Total
abrangentes
Saldo inicial (em 148.000 36.000 116.000 40.000 340.000
31.12.X0)
Aumento de capital 100.000 (30.000) 70.000
Lucro do exercício 56.000 56.000
Reserva legal 2.800 (2.800)
Reserva estatutária 5.600 (5.600)
Retenção de lucros 34.300 (34.300)
Dividendos obrigatórios (13.300) (13.300)

Efeito de avaliação de
instrumentos financeiros 1.200 1.200
Saldo em 31.12.X1 248.000 6.000 158.700 41.200 453.900

Pede-se: aplicar e contabilizar o método da equivalência patrimonial.

A Cia. Alvorada participa com 60% das ações ordinárias da Cia. Crepúsculo; trata-se
de participações em sociedades controladas que devem ser avaliadas pelo método de
equivalência patrimonial.

Aplicando-se a técnica da equivalência patrimonial, temos a seguinte posição.

Tabela – Demonstração das mutações do patrimônio líquido Cia. Crepúsculo

Outros
Capital Reservas Reservas Lucros resultados
social de capital de lucro acumulados Total 60
abrangentes
Saldo inicial (em 31.12.X0) 148.000 36.000 116.000 40.000 340.000 204.000
Aumento de capital 100.000 (30.000) 70.000 42.000
Lucro do exercício 56.000 56.000 33.600
Reserva legal 2.800 (2.800)
Reserva estatutária 5.600 (5.600)
Retenção de lucros 34.300 (34.300)
Dividendos obrigatórios (13.300) (13.300) (7.980)

Efeito de avaliação de
instrumentos financeiros 1.200 1.200 720
Saldo em 31.12.X1 248.000 6.000 158.700 41.200 453.900 272.340

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Feito o cálculo, vamos contabilizar.
Pela aquisição

D = investimentos – Cia. Crepúsculo 204.000


C = caixa e equivalentes de caixa 204.000

Pela movimentação do patrimônio líquido da Cia.


Crepúsculo
D = investimentos – Cia. Crepúsculo 42.000
C = caixa e equivalentes de caixa 42.000

D = investimentos – Cia. Crepúsculo 33.600


C = resultado de equivalência patrimonial 33.600

D = dividendos a receber 7.980


C = investimentos – Cia. Crepúsculo 7.980

D = investimentos – Cia. Crepúsculo 720


C = outros resultados abrangentes – Cia. Crepúsculo 720

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1.5. Patrimônio Líquido das Coligadas e Controladas (Efeitos da
movimentação do patrimônio líquido das coligadas e
controladas nos investimentos da investidora):

O Método da Equivalência Patrimonial consiste em reconhecer nos investimentos da investidora o


percentual de participação no patrimônio líquido da investida. O CPC menciona a participação do investidor
sobre os ativos líquidos da investida, que nada mais é do que a participação no patrimônio líquido da
investida.

Por exemplo, digamos que uma empresa apresente a seguinte situação patrimonial:

Ativos = R$ 500.000
Passivos = R$ 400.000

Consequentemente, o patrimônio líquido será de R$ 100.000. Ou seja, se a empresa liquidar seus


passivos, ainda sobrarão recursos, portanto, ativos líquidos no valor de R$ 100.000.

Para que a investidora contabilize a equivalência patrimonial, a peça fundamental é a demonstração


das mutações do patrimônio líquido das sociedades investidas.

O primeiro cuidado na aplicação do método da equivalência patrimonial é analisar quais investimentos


devem ser avaliados por este método. Como determina o CPC, devem ser avaliados pelo método da
equivalência patrimonial:

• O investimento em cada controlada direta ou indireta.

• O investimento em coligadas, quando se configurar a existência de influência significativa ou


quando a porcentagem de participação, direta ou indireta, da investidora representar 20% ou mais do
capital votante.

• O investimento em empreendimento controlado em conjunto.

Os investimentos em sociedades que não atendam a esses requisitos serão avaliados pelo método do
valor justo ou pelo método de custo, conforme o caso.

Observação
“O investimento em coligada, em controlada e em empreendimento controlado
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em conjunto deve ser contabilizado pelo método da equivalência patrimonial, a partir da
data em que o investimento se tornar sua coligada, controlada ou empreendimento
controlado em conjunto” (CPC, 2013c, item 32, p. 11).

Vamos acompanhar, por meio do exemplo a seguir, a determinação de quais investimentos devem ser
avaliados pelo método da equivalência patrimonial.

Exemplo

A Cia. Planeta possui os seguintes investimentos permanentes:

Tabela
de participação
Cia. Ações ordinárias Ações preferenciais Total
Terra 22 30 17
Júpiter 20 5 8
Vênus 60 20 40
Saturno 58 10 50
Netuno 5 7 4

Quais sociedades devem ser avaliadas pelo método da equivalência patrimonial? 1º passo:

classificar as sociedades investidas:

Tabela
Terra Coligada (22% no capital votante)
Júpiter Coligada (20% no capital votante)
Vênus Controlada (60% no capital votante)
Saturno Controlada (58% no capital votante)
Netuno Valor justo ou custo (5%no capital
votante)

2º passo: verificar quais investimentos devem ser avaliados pelo método da equivalência patrimonial:

• Terra (por ser coligada).


• Júpiter (por ser coligada).
• Vênus (por ser controlada).
• Saturno (por ser controlada).

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Não será avaliada pelo método da equivalência patrimonial a sociedade Netuno, por não ser
controlada nem coligada, deverá ser avaliada pelo método do valor justo ou de custo considerando se
tem valor de mercado ou não.
OK ????????

Uma vez definidos os investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial, aplicamos a
seguinte técnica: à medida que o patrimônio líquido das investidas aumenta ou diminui, a conta
investimentos da investidora deverá também aumentar ou diminuir proporcionalmente ao percentual
de participação. Determinar a contrapartida desse débito ou crédito vai depender da origem da
movimentação do patrimônio líquido das investidas. Essa movimentação pode originar-se de vários
motivos, tais como:

• lucro ou prejuízo do exercício;


• dividendos propostos;
• integralização do capital;
• ajustes de exercícios anteriores;
• outros resultados abrangentes.

Lucro ou Prejuízo do Exercício


A contrapartida do ajuste de investimentos deverá estar no resultado do exercício como receita ou
despesa. Se a investida apurar lucro, a investidora reconhecerá como receita; se a investida apurar
prejuízo, a investidora reconhecerá como despesa. Essa receita ou despesa é operacional e deverá ser
classificada em conta específica, denominada resultado de equivalência patrimonial.

D = investimentos
C = resultado de equivalência patrimonial (no caso de lucro) ou

D = resultado de equivalência patrimonial (no caso de prejuízo) C =


investimentos

Dividendos Propostos
No Método da Equivalência Patrimonial, os lucros são reconhecidos no momento em que são
apurados pela investida. Assim, quando da distribuição dos dividendos, não existe o reconhecimento de
nova receita. Se assim fosse, haveria o reconhecimento em dobro do resultado, pois os lucros já
foram reconhecidos via resultado de equivalência patrimonial. Contabiliza-se como um direito (caso
tenha ocorrido a apropriação dos dividendos a pagar pela investida) ou como caixa e equivalentes de
caixa (caso tenha havido a efetiva distribuição).

D = dividendos a receber/caixa e equivalentes de caixa


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C = investimentos

Integralização do capital
A integralização do capital feita pela investidora provoca um acréscimo do patrimônio líquido da
investida e, na mesma proporção, um acréscimo em sua conta de investimentos.

D = investimentos
C = caixa e equivalentes de caixa

Ajustes de exercícios anteriores


A lei societária estabelece que sejam contabilizados diretamente na conta de lucros acumulados
sempre que existirem efeitos decorrentes de:

• mudança de critérios contábeis;

• retificação de erro imputável a determinado exercício anterior e que não possa ser atribuído a
fatos subsequentes.

Voltamos ao CPC 18 (R2). O item 10 dispõe que apenas a parte da investidora no lucro ou prejuízo
apurado pela investida deverá ser contabilizada como resultado do período da investidora.

Assim, no caso de a investida efetuar um ajuste de exercícios anteriores, aumentando ou


diminuindo o patrimônio líquido, o ajuste proporcional na conta de investimentos (na investidora) será
contabilizado de forma reflexa.

Se resultar em aumento no patrimônio líquido da investida:

D = investimentos
C = lucros acumulados

Se resultar em diminuição no patrimônio líquido da investida:

D = lucros acumulados
C = investimentos

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Outros Resultados Abrangentes

Quando a investida apresentar, em seu patrimônio líquido, outros resultados abrangentes em


decorrência da existência de reserva de reavaliação, ajustes de avaliação patrimonial, ganhos ou
perdas de conversão, ganhos ou perdas por variação percentual, avaliação a valor justo de
instrumentos financeiros classificados como disponíveis para venda, a investidora deverá reconhecer,
proporcionalmente à sua participação, de forma reflexa, diretamente em contas de patrimônio
líquido.

Se resultar em outros resultados abrangentes com saldo credor:

D = investimentos
C = outros resultados abrangentes – Cia. X (patrimônio líquido)

Se resultar em outros resultados abrangentes com saldo devedor:

D = outros resultados abrangentes – Cia. X (patrimônio líquido) C =


investimentos

1.6. Mais-Valia, Ágio por rentabilidade futura e Ganho por


Compra Vantajosa:
De acordo com o CPC 18 (R2), na aplicação do Método de Equivalência Patrimonial, o
investimento em coligada e em controlada deve ser inicialmente reconhecido pelo valor de custo,
e o seu valor contábil será aumentado ou diminuído pelo reconhecimento da participação no
patrimônio líquido dessas sociedades investidas.

Ocorre que, na data do reconhecimento inicial, a negociação pode ser feita por um valor pago
diferente do valor patrimonial da coligada ou controlada.

Quando o valor pago for maior que o valor patrimonial da investida, essa diferença pode ser
atribuída a dois fatores, dependendo do fator que deu origem a essa diferença. Esses fatores podem
ser identificados por:

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 mais-valia de ativos líquidos;

 ágio por rentabilidade futura (goodwill).

Quando o valor pago for menor que o valor justo dos ativos líquidos, essa diferença representa um
ganho, identificado por:

 ganho por compra vantajosa.

Lembrete
Os ativos líquidos correspondem ao valor dos ativos menos o valor dos
passivos, portanto, expressam o patrimônio líquido.

Conceitos de mais-valia por ativos líquidos, ágio por rentabilidade futura e


ganho por compra vantajosa
Entenderemos o conceito desses fatores que afetam o reconhecimento inicial dos investimentos
avaliados pela equivalência patrimonial.

• Mais-valia de ativos líquidos: é a diferença entre o valor justo dos ativos líquidos e o valor
contábil dos ativos líquidos da investida na data da aquisição.
• Ágio por rentabilidade futura (goodwill): é a diferença positiva entre o valor pago na
aquisição da participação e o valor justo dos ativos líquidos da investida. A existência do ágio por
rentabilidade futura está fundamentada na expectativa da investidora gerar lucros futuros com a
aquisição desse negócio, ou seja, acreditar na capacidade desse negócio gerar riquezas futuras.

É necessário que na data da aquisição da participação a coligada ou controlada determine o valor


justo dos ativos líquidos assim como o valor contábil do seu patrimônio líquido.

Embora a mais-valia e o ágio por rentabilidade futura integrem o valor contábil do investimento,
para efeito de controle, é recomendável que sua contabilização seja segregada em contas distintas.

• Ganho por compra vantajosa: é a diferença negativa entre o valor pago na aquisição da
participação e o valor justo dos ativos líquidos da empresa. Esse ganho deve ser contabilizado como
uma receita no resultado do período da investidora em contrapartida do investimento.

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