Você está na página 1de 3

Link:

Olá, Concurseir@!

Depois que, no post anterior (AQUI), apresentei o livro razão distribuído e os mecanismos de
consenso, finalmente chegamos com complemento das core technologies da blockchain.
Nesse sentido, no post de hoje falaremos sobre criptografia de chave pública e smart
contracts.

Criptografia de chave pública

A criptografia é o elemento central do livro razão distribuído (ledger), em particular para


implementações de blockchain. Em outras palavras, blockchain usa criptografia de chave
pública. Ou seja, esse esquema de criptografia assimétrica (com uma chave privada e outra
pública), como resultado, aumenta a segurança da solução.

Como? Em síntese, cada nova transação é “hasheada” (uma função de hash é aplicada ao
conteúdo original). Ao passo que esses hashes são agrupados em um bloco. Finalmente, os
blocos são assinados com uma assinatura digital, que vincula o remetente ao conteúdo do
bloco, como a assinatura de um contrato.

Observe que esse conteúdo já foi cobrado em certames. Vejamos essa questão recente da
FUNDATEC, para o CEASA do RS. A questão apresenta a criptografia de chave pública e
questiona sobre uma possível vulnerabilidade. E, para resolver essa vulnerabilidade e sendo o
gabarito da questão, temos justamente o certificado da chave pública.

Smart Contracts

O termo “contratos inteligentes” ou smart contracts foi forjado pela primeira vez pelo
criptógrafo Nick Szabo em um artigo técnico de 1997. Em suma, contratos inteligentes são
transações executadas programaticamente na blockchain, desde que determinadas condições
são satisfeitas.
Em outras palavras, os contratos inteligentes combinam protocolos com interfaces de usuário
para formalizar e proteger relacionamentos em redes de computadores. Porém, apesar do
nome, os contratos inteligentes não são “inteligentes” nem “contratos” estritamente. Ou seja,
embora chamados de contratos inteligentes, eles não são autônomos ou adaptativos
(características que remetem a “inteligentes”), nem contratos na implicação legal.

Nesse sentido, a imagem a seguir descreve os passos de um ciclo de vida de contratos


inteligentes. Primeiramente, o contrato é criado, sendo codificado em linguagem de
programação, como Solidity, por exemplo. Em seguida, é feito deploy do contrato, sendo
escrito como uma transação na blockchain.

Assim também, quando as condições codificadas são atingidas, o contrato inteligente é auto
executado – de maneira idêntica, também é escrito como uma transação. Por fim, o contrato é
classificado como completo, com seu status atualizado e os recursos transacionados pelo
contrato são alocados aos novos proprietários.

A questão a seguir, do CESPE para concurso ao SERPRO, de 2021, cobra “de leve” se você sabe
o que é um smart contract. Na imagem ilustrativa da resposta, você observa os benefícios
decorrentes do uso de smart contracts.
Em síntese, o uso de smart contracts em plataformas de blockchain traz uma segurança
derivada da tecnologia adotada. Também, traz exatidão nas transações, com alto rendimento,
eficiência econômica e alta confiança – benefícios derivados dos princípios jurídicos e da teoria
econômica que baseiam os fundamentos dos smart contracts. Por fim, uma vez “deployados”,
smart contracts trabalham com autonomia e sem interrupções.

Em conclusão, finalizamos os textos introdutórios de blockchain, tendo visto seus conceitos


primordiais e conhecido as tecnologias que sustentam a solução. Ficarei em alerta, atento aos
certames. Volto extraordinariamente ao assunto, quando novas questões pipocarem.

Bons estudos!

Você também pode gostar