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ANSNQ-302 OSTENSIVO

QUALIFICAÇÃO E ATUAÇÃO DE ÓRGÃOS DE


SUPERVISÃO TÉCNICA INDEPENDENTE EM
MEIOS NAVAIS COM PROPULSÃO NUCLEAR

MARINHA DO BRASIL

AGÊNCIA NAVAL DE SEGURANÇA NUCLEAR E QUALIDADE

2020
OSTENSIVO ANSNQ-302

QUALIFICAÇÃO E ATUAÇÃO DE ÓRGÃOS DE SUPERVISÃO TÉCNICA


INDEPENDENTE EM MEIOS NAVAIS COM PROPULSÃO NUCLEAR

MARINHA DO BRASIL

AUTORIDADE NAVAL DE SEGURANÇA NUCLEAR E QUALIDADE

2020

FINALIDADE: NORMATIVA

OSTENSIVO
OSTENSIVO ANSNQ-302

ATO DE APROVAÇÃO

Aprovo, para emprego na MB, a publicação ANSNQ-302 – QUALIFICAÇÃO E


ATUAÇÃO DE ÓRGÃOS DE SUPERVISÃO TÉCNICA INDEPENDENTE EM MEIOS
NAVAIS COM PROPULSÃO NUCLEAR.

RIO DE JANEIRO, RJ.


Em 25 de novembro de 2020.

MARCOS SAMPAIO OLSEN


Almirante de Esquadra
Autoridade Naval de Segurança Nuclear e Qualidade
ASSINADO DIGITALMENTE

AUTENTICADO RUBRICA
PELO ORC

Em
_____/_____/_____ CARIMBO

OSTENSIVO - II -
OSTENSIVO ANSNQ-302

Folha de Registro de Modificações

EXPEDIENTE QUE
Nº DA PÁGINA (S) DATA DA
A DETERMINOU E RUBRICA
MODIFICAÇÃO AFETADA(S) INTRODUÇÃO
RESPECTIVA DATA

OSTENSIVO - III -
OSTENSIVO ANSNQ-302

ÍNDICE
Ato de Aprovação..................................................................................................................... II
Índice........................................................................................................................................ IV
Introdução................................................................................................................................. VI

CAPÍTULO 1 – ESCOPO
1.1 – Propósito.......................................................................................................................... 1-1
1.2 – Aplicação......................................................................................................................... 1-1

CAPÍTULO 2 – GENERALIDADES
2.1 – Propósito.......................................................................................................................... 2-1
2.2 – Interpretações.................................................................................................................. 2-1
2.3 – Comunicações................................................................................................................. 2-1
2.4 – Definições e siglas........................................................................................................... 2-1

CAPÍTULO 3 – REQUISITOS DE QUALIFICAÇÃO PARA OSTI


3.1 – Propósito.......................................................................................................................... 3-1
3.2 – Independência.................................................................................................................. 3-1
3.3 – Organização..................................................................................................................... 3-1
3.4 – Experiência...................................................................................................................... 3-1
3.5 – Capacidade Técnica......................................................................................................... 3-1
3.6 – Sistemas de garantia da qualidade................................................................................... 3-2
3.7 – Subcontratados................................................................................................................ 3-2

CAPÍTULO 4 – QUALIFICAÇÃO COMO OSTI


4.1 – Propósito.......................................................................................................................... 4-1
4.2 – Requerimento de qualificação......................................................................................... 4-1
4.3 – Análise da qualificação.................................................................................................... 4-1
4.4 – Deferimento..................................................................................................................... 4-1
4.5 – Revogação....................................................................................................................... 4-1
4.6 – Cancelamento ou suspensão............................................................................................ 4-1
4.7 – Adendo ao PGQ do OSTI................................................................................................ 4-2

CAPÍTULO 5 – ATUAÇÃO DO OSTI


5.1 – Propósito.......................................................................................................................... 5-1
5.2 – Controle de concordância................................................................................................ 5-1
5.3 – Qualificação de fornecedores nacionais.......................................................................... 5-1
5.4 – Inspeção independente.................................................................................................... 5-1
5.5 – Atividades complementares............................................................................................. 5-2

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OSTENSIVO ANSNQ-302

CAPÍTULO 6 – DISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES


6.1 – Propósito.......................................................................................................................... 6-1
6.2 – Disposições...................................................................................................................... 6-1

ANEXOS

ANEXO A – Glossário............................................................................................................. A-1


ANEXO B – Referências......................................................................................................... B-1

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OSTENSIVO ANSNQ-302

INTRODUÇÃO

1 – PROPÓSITO
Esta publicação tem como propósitos: estabelecer os requisitos exigidos pela Agência Naval
de Segurança Nuclear e Qualidade – AgNSNQ – para a qualificação de uma entidade como
Órgão de Supervisão Técnica Independente – OSTI – para meios navais com propulsão
nuclear; regulamentar a supervisão técnica independente nos meios navais com propulsão
nuclear, a ser realizada por um OSTI, quando especificado pelo responsável pelo sistema ou
projetista, no que se refere aos sistemas que realizam ou que contribuem para funções de
segurança nuclear; e regulamentar outras atividades a serem executadas pelo OSTI.
2 – DESCRIÇÃO
Esta publicação está dividida em seis capítulos e dois anexos. O Capítulo 1 define o escopo
de aplicação desta publicação nas atividades pertinentes a meios navais com propulsão nuclear.
No Capítulo 2, são apresentados aspectos gerais pertinentes a esta Norma. Os Capítulos 3 a 6
detalham os requisitos a serem atendidos e procedimentos para a classificação de um OSTI e as
atividades a serem desenvolvidas por este.
3 – CLASSIFICAÇÃO
Esta publicação é classificada, de acordo com o EMA-411 – Manual de Publicações da
Marinha em: PMB, não controlada, ostensiva, normativa e norma.

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OSTENSIVO ANSNQ-302

CAPÍTULO 1
ESCOPO
1.1 – PROPÓSITO
O Propósito deste capítulo é estabelecer o escopo da aplicação da Norma de Qualificação e
Atuação de Órgãos de Supervisão Técnica Independente em meios navais com propulsão
nuclear.
1.2 – APLICAÇÃO
Esta norma é aplicada à atuação dos OSTI e à qualificação das entidades para a realização
de supervisão técnica independente em áreas que influem na qualidade de sistemas e serviços
que realizam ou contribuem para funções de segurança nuclear e que não sejam contemplados
por OSTI qualificado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
A AgNSNQ Diretoria de Engenharia Naval reconhece a como OSTI qualificado para tratar
das questões de qualidade de sistemas e serviços em construção naval que não estão
enquadrados nas áreas mencionadas no parágrafo anterior, mas que contribuem para funções de
segurança do meio naval com propulsão nuclear.
A AgNSNQ reconhece o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia
(INMETRO) como OSTI qualificado de laboratórios de ensaios e calibração, pelo fato desse
Instituto ser o órgão nacional acreditador de laboratórios que realizam esse tipo de serviço.

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OSTENSIVO ANSNQ-302

CAPÍTULO 2
GENERALIDADES
2.1 – PROPÓSITO
Este capítulo tem como propósito apresentar os aspectos gerais pertinentes à interpretação
desta Norma, das comunicações pertinentes e siglas empregadas.
2.2 – INTERPRETAÇÕES
Qualquer dúvida que possa surgir com referência a esta Norma, será dirigida à AgNSNQ.
A ANSNQ pode, por meio de Circular, acrescentar, revogar ou modificar requisitos desta
Norma, conforme considerar apropriado ou necessário.
2.3 – COMUNICAÇÕES
As comunicações e informações de que trata esta Norma e os documentos que a
complementam devem ser endereçados à AgNSNQ, exceto quando explicitamente determinado
de outra forma.
2.4 – DEFINIÇÕES E SIGLAS
Para os fins desta Norma e documentos dela decorrentes, são adotadas as definições e
siglas apresentadas no anexo A.
Os termos empregados nesta Norma, destacados em negrito, devem ser compreendidos
com os significados dos textos que os acompanham, e os significados declarados no anexo A.

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OSTENSIVO ANSNQ-302

CAPÍTULO 3
REQUISITOS DE QUALIFICAÇÃO PARA OSTI
3.1 – PROPÓSITO
Este capítulo tem como propósito estabelecer os requisitos para a qualificação de OSTI
para meios navais com propulsão nuclear.
3.2 – INDEPENDÊNCIA
3.2.1 – O OSTI deve possuir independência em relação às organizações para as quais
prestará serviços, de modo a assegurar total imparcialidade em seus pareceres e decisões.
3.2.2 – A independência do OSTI deve ser caracterizada por:
a) Ausência comprovada de qualquer vínculo de subordinação direta, inclusive de seus
técnicos;
a) Atuação dos técnicos do seu quadro em situação de independência total das entidades
supervisionadas; e
b) Capacidade financeira comprovada.
3.3 – ORGANIZAÇÃO
O OSTI deverá:
a) Apresentar estrutura compatível com o Capítulo 5 da ANSNQ-301; e
b) Apresentar estrutura funcional que assegure a transferência para o país de tecnologia,
métodos e procedimentos relativos à Garantia da Qualidade.
3.4 – EXPERIÊNCIA
O OSTI deve ter comprovada experiência na supervisão técnica de atividades abrangidas
pelo Programa de Garantia da Qualidade nas áreas para as quais requer qualificação ou
disponibilidade de serviços especializados de organizações de reconhecida competência para a
supervisão daquelas atividades.
3.5 – CAPACIDADE TÉCNICA
O OSTI deve ter capacidade técnica nas áreas para as quais requer qualificação
comprovada por:
a) Existência de um corpo técnico com conhecimento e experiência compatível com suas
funções; e
b) Cumprimento de um programa permanente de treinamento e reciclagem para formação
e atualização de competência.

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OSTENSIVO ANSNQ-302

3.6 – SISTEMAS DE GARANTIA DE QUALIDADE


O OSTI deve possuir um SGQ, conforme prescrito na Norma ANSNQ-301, que assegure a
manutenção de um padrão de qualidade dos serviços que serão executados sob sua
responsabilidade.
Para fins de qualificação, o candidato a OSTI deve submeter à aprovação da AgNSNQ
um PGQ preparado de acordo com a Norma ANSNQ-301.
3.7 – SUBCONTRATADOS
Aplicam-se aos subcontratados do OSTI os requisitos constantes de 3.2, 4, 3.5 e 3.6 desta
Norma, cabendo ao OSTI a total responsabilidade pelo desempenho do trabalho.

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CAPÍTULO 4
QUALIFICAÇÃO COMO OSTI
4.1 – PROPÓSITO
Este capítulo tem como propósito estabelecer os requisitos para o requerimento da
qualificação de uma entidade como OSTI para meios navais com propulsão nuclear.
A AgNSNQ concede a qualificação como OSTI, em determinada (s) área (s) de atividade,
mediante requerimento dos interessados na forma das subseções 4.2 a 4.6 desta Norma.
4.2 – REQUERIMENTO DE QUALIFICAÇÃO
O requerimento de qualificação, feito pelo representante legal da entidade interessada,
deve ser instruído com os documentos necessários à comprovação dos requisitos estabelecidos
nesta Norma.
4.3 – ANALISE DA QUALIFICAÇÃO
A qualificação como OSTI será analisada por área específica de acordo com a subseção
1.2 desta Norma.
OSTI com qualificação válida concedida pela Comissão Nacional de Energia Nuclear
(CNEN) tem sua qualificação reconhecida pela pelo mesmo período de validade.
4.4 – DEFERIMENTO
Caso seja deferido o requerimento, será expedido pela AgNSNQ o competente ato de
qualificação, constando a (s) área (s) de atividade, válido por um período de 3 anos, renovável
por idêntico período.
4.4.1 – A qualificação não exime pareceres e decisões do OSTI, relativos a instalações
nucleares, de aprovação final pela AgNSNQ.
4.4.2 – A manutenção da qualificação é decorrente de avaliações periódicas a critério da
AgNSNQ.
4.5 – REVOGAÇÃO
A qualificação pode ser revogada pela perda de quaisquer requisitos exigidos para sua
concessão, quando devidamente constatada em uma avaliação.
4.6 – CANCELAMENTO OU SUSPENSÃO
A qualificação pode ser cancelada ou suspensa provisoriamente se o OSTI:
a) Infringir as Normas da AgNSNQ;
b) Falsear ou sonegar dados ou informações que devam ser revelados à AgNSNQ;
c) Utilizar em beneficio próprio ou de terceiros, informações às quais tenha tido acesso em

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decorrência de sua qualificação para a realização de Supervisão Técnica Independente;e


d) Expor conteúdo sigiloso a terceiros não autorizados. O cancelamento da qualificação
nesse caso não exclui o OSTI das punições legais previstas em contrato.
4.7 - ADENDO AO PGQ DO OSTI
O OSTI, além do seu PGQ geral, aprovado pela AgNSNQ, por ocasião de sua
classificação, deve submeter à AgNSNQ, por intermédio do Requerente, um adendo próprio
para as atividades de Supervisão Técnica Independente que efetivamente irá desempenhar no
empreendimento ao qual foi contratado.

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CAPÍTULO 5
ATUAÇÃO DO OSTI
5.1 – PROPÓSITO
Este capítulo tem como propósito estabelecer atividades a serem executadas pelo OSTI.
O OSTI, qualificado de acordo com esta Norma e indicado pelo Requerente quando da
apresentação do seu PGQ, está apto a executar as atividades relacionadas com serviços e itens
importantes à segurança de um meio naval com propulsão nuclear específico, especificadas
nas subseções 5.2 a 5.5 e no Capítulo 6.
5.2 – CONTROLE DE CONCORDÂNCIA
O OSTI, qualificado de acordo com esta Norma, está apto a executar o controle de
concordância dos documentos de projeto com instalações de referência ou ainda com quaisquer
outros critérios ou exigências da AgNSNQ. Esses documentos estão a seguir relacionados:
a) Especificações de componentes;
b) Especificações de materiais;
c) Especificações de processos; e
d) Documentos de fabricação.
5.3 – QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES NACIONAIS
5.3.1 – O OSTI, qualificado de acordo com esta Norma, está apto a proceder à
qualificação e ao acompanhamento das condições de qualidade de fornecedores nacionais
previamente selecionados pelo Requerente ou contratados principais.
5.3.2 – A qualificação de fornecedores e eventual requalificação deve ser efetuada de
acordo com os critérios estabelecidos pelo projetista ou responsável pelo sistema, respeitadas
as disposições da Norma ANSNQ-301.
5.3.3 – A qualificação de fornecedores, no que se refere às áreas mencionadas em 1.2,
deve ser realizada quanto a serviços e itens importantes à segurança.
5.4 – INSPEÇÃO INDEPENDENTE
5.4.1 – O OSTI, qualificado de acordo com esta Norma, está apto a executar atividades de
inspeção independente de acordo com as especificações do projetista ou responsável pelo
sistema.
5.4.2 – Qualquer não conformidade considerada relevante pelo OSTI em suas atividades
de inspetor independente deve ser imediatamente comunicada ao Requerente, remetendo-se
cópia do respectivo relatório para a AgNSNQ.

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5.5 - ATIVIDADES COMPLEMENTARES


Além das atividades citadas em 5.2, 5.3 e 5.4, o OSTI exerce as seguintes atividades
complementares:
a) Qualificação de procedimentos de soldagem e verificação da qualificação dos
soldadores, de acordo com os critérios do projetista ou responsável pelo sistema;
b) Certificação da qualificação de técnico no Nível III, de acordo Norma NA-001 –
Qualificação e Certificação de Pessoas em Ensaios Não Destrutivos da Associação
Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção (ABENDI), para atividades de ensaios
não destrutivos e verificação da certificação nos demais níveis de qualificação;
c) Verificação da qualificação de laboratórios para ensaios de materiais e para calibração
de equipamentos de medição que se destinem à execução de ensaios cujos resultados
devam ser submetidos à aceitação pelo OSTI; e
d) Zelo pelo sigilo das informações de caráter restrito e implementação de medidas de
segurança das informações.

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CAPÍTULO 6
DISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES
6.1 – PROPÓSITO
Este capítulo tem como propósito estabelecer disposições complementares quanto à
atuação do OSTI.
6.2 – DISPOSIÇÕES
6.2.1 – O OSTI deve atualizar as informações fornecidas para a sua qualificação sempre
que houver alterações de qualquer natureza, no prazo de 30 (trinta) dias a contar de sua
ocorrência.
6.2.2 – Quando as atividades especificadas nas subseções 5.2 a 5.4 forem realizadas fora
do país, o Requerente deve solicitar, de forma justificada, a aprovação da AgNSNQ para que a
Supervisão Técnica Independente seja realizada por uma entidade do país de origem ou de
outro país, inclusive o Brasil.

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ANEXO A

GLOSSÁRIO

AgNSNQ – Agência Naval de Segurança Nuclear e Qualidade.


ATIVIDADES QUE INFLUEM NA QUALIDADE – atividades tais como, projeto, aquisição,
fabricação, construção, montagem, instalação, ensaios/testes, operação, manutenção, reparos,
recarregamento, modificações e inspeções, cuja execução precisa ser efetuada no contexto da
garantia da qualidade.

CERTIFICAÇÃO DE QUALIFICAÇÃO (ou simplesmente qualificação) – ação de atestar por


escrito a qualificação de técnicos, fornecedores, de processos, de procedimentos ou de itens
em conformidade com requisitos aplicáveis.
CONTRATADOS PRINCIPAIS – projetista, responsável pelo sistema e empreiteiros para
fabricação de estruturas, componentes e montagem eletromecânica, para todas as instalações e
mais o fabricante do elemento combustível, o fabricante/montador do vaso de contenção
metálica, o construtor da seção de contenção do reator no meio naval e fabricante dos
componentes pesados do sistema nuclear de geração de vapor para o meio de propulsão nuclear.

CONTROLE DA QUALIDADE – ações de garantia da qualidade que proporcionam meios


para controlar e medir as características de um item, processo ou instalação de acordo com
requisitos estabelecidos.

CONTROLE DE CONCORDÂNCIA – ato de verificar se determinada documentação foi


elaborada de acordo com os requisitos de especificações e/ou outra documentação
especificamente indicada.
DOCUMENTAÇÃO/DOCUMENTO – informação, escrita ou ilustrada, descrevendo,
definindo, especificando, relatando ou certificando atividades, requisitos, procedimentos ou
resultados.
DOCUMENTOS DE FABRICAÇÃO – documentação na qual é descrita a sequência
ordenada das atividades de fabricação e/ou inspeções necessárias à produção de peças,
subconjuntos, conjuntos e componentes.
DOCUMENTOS DE GARANTIA DA QUALIDADE – documentos, utilizando-se qualquer
tipo de mídia, que definem, descrevem, especificam, identificam, registram ou certificam

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requisitos, medidas ou resultados de atividades que influem na qualidade, tais como


especificações, procedimentos, registros, certificados, relatórios, planos ou desenhos.
EMPREENDIMENTO – conjunto das atividades realizadas desde os estudos iniciais até o
descomissionamento, passando pela operação permanente, inclusive, de uma instalação.
ENSAIO – determinação ou verificação da capacidade de um item em satisfazer requisitos
especificados, através da submissão desse item a um conjunto de condições físicas, químicas,
ambientais ou operacionais.
ESPECIFICAÇÃO – conjunto de requisitos a serem satisfeitos por um item ou processo e dos
procedimentos para verificar o cumprimento dos requisitos exigidos.
EXAME – elemento de inspeção que consiste na investigação de itens, suprimentos ou serviços
para determinar a conformidade com os requisitos especificados passíveis de tal verificação. O
exame é, usualmente, não destrutivo e inclui simples manipulação, aferição e medida física.
FUNÇÃO DE SEGURANÇA – São todas as funções necessárias para prevenir, controlar ou
mitigar acidentes em meios navais com propulsão nuclear.

GARANTIA DA QUALIDADE – conjunto das ações sistemáticas e planejadas, necessárias


para proporcionar confiança adequada de que uma estrutura, sistema, componente ou instalação
funcionará satisfatoriamente em serviço.
INSPEÇÃO – ação de controle da qualidade que, por meio de exame, observação ou medição,
determina a conformidade de itens, processos e procedimentos com os requisitos da qualidade
preestabelecidos.
INSTALAÇÃO – termo genérico utilizado para denominar o meio naval com propulsão
nuclear.
ITEM – termo geral que abrange qualquer estrutura, sistema, componente, peça ou material.
ITEM IMPORTANTE À SEGURANÇA – item que inclui ou está incluído em:
a) estruturas, sistemas e componentes cuja falha ou mau funcionamento pode resultar
em exposições indevidas à radiação para o pessoal da instalação ou membros do público em
geral;
b) estruturas, sistemas e componentes que evitam que ocorrências operacionais
previstas resultem em condições de acidente;
c) dispositivos ou características necessárias para atenuar as consequências de falha ou
mau funcionamento de estruturas, sistemas e componentes citados em a) e b) acima;
MEIO NAVAL COM PROPULSÃO NUCLEAR – Meio naval, móvel, dotado de um reator

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nuclear destinado ao fornecimento de energia para seu sistema de propulsão.


NÃO-CONFORMIDADE – situação em que o atendimento a requisitos especificados não pode
ser constatado ou demonstrado, o que torna a qualidade de um documento, item, processo ou
serviço inaceitável ou indeterminada.
PROCESSO – conjunto de atividades, que possibilita a transformação de um insumo em um
produto, serviço ou resultado.
PROGRAMA DE GARANTIA DA QUALIDADE (PGQ) – documento, para fins de
licenciamento/autorização, que descreve ou apresenta os compromissos para o estabelecimento
do Sistema de Garantia da Qualidade de uma organização.
PROJETISTA – organização responsável pelo desenvolvimento do projeto executivo, a partir
de conceitos e parâmetros estabelecidos pelo responsável pelo sistema.
QUALIFICAÇÃO – processo ou atividade formal por intermédio da qual se verifica se um
item, serviço, profissional, processo ou prestador de serviço atende a um determinado conjunto
de requisitos.
QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDOR – avaliação da capacidade técnica de um fornecedor
selecionado pelo Requerente ou contratados principais para prover um item ou serviço com
determinada qualidade.
QUALIFICAÇÃO DE PROCEDIMENTOS – comprovação de que um procedimento atende
aos requisitos especificados para a sua finalidade.
QUALIFICAÇÃO DE TÉCNICO – comprovação de características ou habilidades obtidas por
treinamento e/ou experiência, que habilitem um indivíduo para o exercício de determinada
função técnica.
REQUERENTE – pessoa jurídica, autorizada na forma da Lei, que requer à AgNSNQ a
Licença de Construção e/ou Autorização para Operação da instalação.
RESPONSÁVEL PELO SISTEMA – organização responsável pelo estabelecimento dos
conceitos e parâmetros do projeto da instalação necessários ao desenvolvimento do mesmo pelo
projetista.
SEGURANÇA NUCLEAR (SEGURANÇA) – conjunto de medidas de caráter técnico,
incluídas no projeto, na construção, na manutenção e na operação de uma instalação, visando a
evitar a ocorrência de acidente ou mitigar as suas consequências.
SERVIÇO – termo genérico que engloba atividades tais como projeto, montagem, inspeção,
reparo, calibração, ensaios/teste e soldagem.

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OSTENSIVO ANSNQ-302

SISTEMA DE GARANTIA DA QUALIDADE (SGQ) – conjunto de medidas desenvolvidas


por uma organização, no sentido de promover a integração dos elementos relacionados com: o
planejamento estratégico; a estruturação organizacional; a definição de responsabilidades e
atribuições de indivíduos ou grupos; a adoção de procedimentos administrativos e executivos
requeridos; a utilização de métodos e processos apropriados; e a alocação dos recursos materiais
e humanos necessários para permitir uma implementação efetiva das ações de Garantia da
Qualidade aplicáveis a um empreendimento, no seu todo, ou a cada um dos seus estágios.
SUPERVISÃO TÉCNICA INDEPENDENTE – conjunto de atividades de garantia da
qualidade tais como, controle de concordância, controle de qualidade, qualificações,
certificações e outras, que, por especificação do projetista ou responsável pelo sistema ou por
exigência da AgNSNQ, devam ser executadas, de maneira redundante e/ou independente, por
um OSTI.
VALIDAÇÃO – conjunto de atividades que comprovam que um documento, serviço ou item
atendem aos requisitos funcionais pertinentes. Ou seja, que eles são adequados à aplicação
prevista ou pretendida. No caso particular de programas computacionais, são o conjunto de
atividades que comprovam que, dado um determinado conjunto de dados de entrada, a saída
adequada será obtida.

VERIFICAÇÃO – conjunto de atividades que comprovam que um documento, serviço ou item


atendem aos requisitos técnicos ou formais aplicáveis.

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OSTENSIVO ANSNQ-302

ANEXO B

REFERÊNCIAS

COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR. CNEN-NN-1.28: Qualificação e atuação


de órgãos de supervisão técnica independente em Usinas Nucleoelétricas e outras Instalações.
Rio de Janeiro, 1999.
AUTORIDADE NAVAL DE SEGURANÇA NUCLEAR E QUALIDADE, ANSNQ-301:
Garantia da Qualidade em Meios Navais com Propulsão Nuclear, Rio de Janeiro, 2020.

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