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Artrópoda

➢ Pés articulados

➢ Podos = pés

➢ Arthro = articulação

➢ + de 1.500.000 espécies
Artrópoda

➢ Simetria bilateral

➢ Exoesqueleto – tegumento (camada externa)

➢ Tegumento: epiderme e cutícula


Função: proteção
sustentação
impede a perda de água
Artrópoda

➢ Cutícula: secretada pela epiderme

➢ Recente: flexível

➢ Algum tempo: esclerotisada (enrijecimento da quitina)

➢ Quitina rígida: impede o crescimento contínuo

➢ Crescimento: mudas, reguladas por hormônios


Artrópoda

➢ Apêndices locomotores ou alimentares:


articulados, aos pares

➢ Corpo: duas – cefalotórax e abdome ou


cabeça e tronco
três – cabeça, tórax e abdome
Artrópoda
Internamente:

➢ Cavidade geral (hemocele) – hemolinfa

➢ Órgãos respiratório, circulatório, nervoso, digestivo,


excretor e reprodutor

➢ Superfície: união de várias placas (escleritos) – suturas


ou sulcos

➢ Numerosas: cerdas, acúleos, tubérculos e esporões


Artrópoda

União dos escleritos - anéis ou metâmeros:

➢ Tergitos: dois escleritos dorsais – tergo ou noto

➢ Esternitos: dois escleritos ventrais – esterno ou


ventre

➢ Pleuritos: dois escleritos laterais - pleura


Escleritos
Classificação, segundo Barnes (1977):

➢ Subfilo Trilobita – fósseis (extintos)

➢ Subfilo Chelicerata
Classe Merostomata – limulos (caranguejo)
Classe Aracnida – escorpiões, aranhas, carrapatos
Classe Pynogonida - aranhas marinhas

➢ Subfilo Mandibulada
Classe Crustácea – camarão, lagosta, pitu
Classe Insecta – moscas, pulgas, borboletas
Classe Chilopoda – centopéia
Classe Diplopoda – milipés (piolho-de-cobra)
Classe Symphyla – sínfilos de terra vegetal
Classe Pauropoda – paurópodos de húmus

➢ Subfilo Onychophora - vermiformes

➢ Subfilo Pentastomida
NEVES, D.P. Parasitologia Humana. 11° edição, Atheneu: São Paulo, 2005
Classe Insecta
Classe Insecta:

➢ Hexápoda

➢ Corpo: cabeça, tórax e abdome, 3 pares de patas

➢ Ter ou não asas

➢ Corpo: vários escleritos (tergitos, esternitos e pleuritos)

➢ Cabeça unida ao tórax pelo pescoço ou cérvix


Morfologia
Morfologia:

Externa:

➢ Cabeça

➢ Tórax

➢ Abdome
Cabeça:
Olhos:
Um par de olhos compostos e dois ou três olhos simples ou ocelos
Atrás de cada olho ou agrupados no vértex da cabeça
Machos: holópticos (se tocam)
Fêmeas: dicópticos (separados)

Antenas:
Duas: formas e tamanhos variáveis
Função sensorial
Junto e adiante dos olhos

Peças bucais:
Variáveis: tamanhos e formas
Funções: sugadora ou mastigadora
Labro ou lábio superior, epifaringe, mandíbulas, maxilas, lábio inferior,
hipofaringe.
Clípeo: ponta da cabeça onde estão apoiadas as peças bucais
Tórax:

➢ 3 metâmeros ou segmentos: protórax


mesotórax
metatórax

➢ Um par de pernas: cada segmento

➢ Pernas: coxa, trocânter, fêmur, tíbia, tarsos e garras

➢ Asas: nervuras de sustentação e células


Abdome:

➢ União de 8 a 10 anéis

➢ 8° e 9°: função reprodutora

➢ Macho: anéis adaptados – apreensão da


fêmea

➢ Fêmea: genitália simples - ovipositor


Morfologia:
Interna:

➢ Sistema Digestivo
➢ Sistema Respiratório
➢ Sistema Circulatório
➢ Sistema Nervoso
➢ Sistema Sensorial
➢ Sistema Reprodutor
Sistema Digestivo:

➢ Estomadeo (intestino anterior): boca, faringe, esôfago,


papo e proventrículo

➢ Proctodeo (intestino posterior): intestino delgado e


grosso e reto

➢ Tubos de Malpighi: início do intestino posterior –


excretores

➢ Glândulas salivares: abrem-se na boca


Sistema Respiratório:

➢ Conjunto de tubos e traquéias – ramificam-se;


permite as trocas gasosas

➢ Traquéias: para o exterior / ao nível da cutícula /


orifícios: espiráculos

➢ Espiráculos: regulam a entrada de O2 e saída de


CO2 e a perda de água

➢ Respiração: Controlada pelo SNC


Sistema Circulatório:
➢ Coração (tubo dorsal), aorta

➢ Aberto: coração com orifícios

➢ Sangue (hemolinfa): do abdome para o tórax

➢ Bombeamento cardíaco: contração de fibrilas musculares –


órgão pulsátil

➢ Hemolinfa: plasma e hemócitos


Funções:
Hemócitos: fagocitose, secreção, coagulação e cicatrização
Plasma: transporte de alimentos, armazenamento, dispersão
de hormônios e transporte de resíduos aos Tubos de Malpighi.
Sistema Nervoso:

➢ Gânglio supra-esofagiano: duas cadeias de


gânglios ventrais

➢ Destes: Numerosos filamentos nervosos; se


ramificam
Sistema Sensorial:

➢ Olhos: simples e composto

➢ Cerdas e antenas tácteis

➢ Órgãos auditivos e quimioreceptores: cerdas e


micro-orifícios
Sistema Reprodutor:

➢ Reprodução: cruzamento (macho e fêmea)

➢ Órgãos masculinos: 2 testículos, ductos eferentes,


vesícula seminal, ducto ejaculatório e edeago (pênis)

➢ Órgãos femininos: 2 ovários, ovidutos, vagina,


espermateca (reservatório de espermatozóides)
Ciclo Biológico
➢ Ovípara

Evolução dos ovos:


➢ Ametabolia: não apresentam mudanças distintas nas formas entre os estádios
de ovo até adulto, ou seja, as formas jovens são semelhantes aos adultos. Ex:
traças

➢ Paurometabolia ou metamorfose gradual: passam pelas formas de ovo, ninfa e


adulto. Ninfas com desenvolvimento gradual, vivem no mesmo ambiente e têm
o mesmo hábito alimentar do adulto. Ex: barbeiro

➢ Hemimetabolia: passam pelas formas de ovo, ninfa e adulto. Ninfas diferem


dos adultos pelo ambiente e alimentação. Ex: libélulas

➢ Holometabolia ou metamorfose completa: passam pelas fases de ovo, larva,


pupa e adulto. Ex: moscas, mosquitos e pulgas
Larvas:

➢ Completamente diferentes do adulto

➢ Morfologica e biologicamente

➢ Ex: lagarta, larva da borboleta


Ninfas:

➢ Semelhantes aos adultos

➢ Não possuem órgãos genitais

➢ Asas: quando presentes – são rudimentos

➢ Muda ou ecdise: processo da ninfa sair da quitina


anterior e passar para uma forma seguinte maior
Subordem Sarcoptiformes
Subordem Sarcoptiformes

Famílias:

➢ Sarcoptidae: Sarcoptes scabiei – sarna

➢ Pyroglyphidae: Dermatophagoides farinae –


manifestações alérgicas do aparelho respiratório
Sarcoptidae: Sarcoptes scabiei

➢ Escabiose: contagiosa

➢ Sinonímia: sarna sarcóptica ou escabiose

➢ Elevação da incidência: aumento da população,


promiscuidade sexual e comportamento humano
em geral
Morfologia:
➢ Corpo globoso

➢ 400 µm de comprimento por 300 µm de largura

➢ Pernas curtas, sem garras

➢ Cutícula: estrias finas com áreas de cerdas finas e


flexíveis

➢ Espinhos curtos e robustos

➢ Escamas triangulares
Sarcoptes scabiei
Biologia:

Variedades conforme o hospedeiro:


➢ S. scabiei variedade hominis
➢ S. scabiei variedade canis
➢ S. scabiei variedade suis

“A sarna de um hospedeiro não passa para o outro”


Biologia:
➢ Adultos: túneis ou galerias na epiderme

➢ Regiões interdigitais, mãos, punhos, cotovelos, axilas


e virilhas

➢ Tb: nádegas, genitais externos, seios, costas e pernas

➢ Fêmeas: rastro de ovos

➢ 3 ou 4x ao dia: 40 a 50 durante toda a sua vida (média:


3 a 4 semanas)
Biologia:

➢ Incubação: 3 a 5 dias

➢ Eclodem “larvas hexápodas” : ficam nas galerias ou saem para a


superfície da pele (crostas que recobrem as galerias)

➢ Aí: se alimentam, sofrem mudas, tornam-se ninfas octópodas

➢ 8 a 10 dias: machos e fêmeas

➢ Cópula

➢ Fêmeas: iniciam novas galerias

➢ Ciclo do ovo (até fêmea grávida): 20 dias


Transmissão:

➢ Contato direto

➢ Um doente entra em contato com outro hospedeiro


Patogenia:

➢ Perfuração da epiderme + produtos do metabolismo +


ação da saliva = prurido intenso

➢ Mais evidente e irritante à noite

➢ Com hospedeiro aquecido

➢ Hospedeiro: se coça fortemente → porta de entrada


de infecções microbianas secundárias
Patogenia:

➢ “Sarna norueguesa”

➢ Palma das mãos, planta dos pés, cabeça, etc.

➢ Parasito em grande quantidade, crostas salientes

➢ Manifestação exuberante: hipersensibilidade


exagerada
Sarna
Imunologia:
➢ Escabiose: doença inflamatória da pele,
provocada pelo parasitismo do ácaro S. scabiei,
determinando uma dermatite.

➢ Erupções cutâneas e prurido: resposta imune

➢ Produtos de excreção e saliva do artrópodo

➢ Ags: ainda, não bem definidos

➢ Reações: Tipo I, II, III e IV


Diagnóstico:

Clínico:

➢ Anamnese
➢ Prurido
➢ Localização
➢ Aspecto das crostas
Diagnóstico:

Parasitológico

➢ Fita adesiva

➢ Raspado da epiderme
Tratamento:
➢ Banho morno demorado (sabão próprio)

➢ Amolecer e retirar as crostas

➢ Aplicar localmente:
Benzoato de benzila (Acarsan, Escabiol)
Deltametrina (Deltacid, loção)
Tiabendazol (Foldan)
Monossulfeto de tetratiltiuram (Tetmosol)

➢ Por 3 dias

➢ Forma: líquida, pomada e sabonete


Tratamento:

➢ Contaminação bacteriana: permanganato de


potássio (1: 10.000)

➢ Ivermectina: dose única – 200 mg/Kg (adultos e


crianças)
Tratamento:

Tratar simultâneamente todas as pessoas da família


atingidas

➢ Lavar e passar ferro quente nas roupas de cama


enquanto durar o tratamento
Pyroglyphidae: Dermatophagoides farinae

➢ Dermatites humanas e asma

➢ Poeira doméstica

➢ Família: Pyroglyphidae

➢ Subfamílias:
Pyroglyphinae – ninhos de roedores, aves e substratos
Dermatophagoidinae – poeira doméstica
Espécies no Brasil:

➢ Dermatophagoides farinae

➢ Dermatophagoides pteronyssinus

➢ Euroglyphus maynei

➢ Sturmophagoides brasiliensis
Dermatophagoides:

➢ Milhares: frestras de assoalhos, camas, móveis


estofados, cortinas, roupas guardadas etc.

➢ Focos ricos em acarinos: asma, rinite ou tosse


Profilaxia:
➢ Higiene de casa com pano pouco úmido: para não umidificar o
ambiente e nem espalhar poeira

➢ Aspirador de pó

➢ Incinerar a poeira retirada

➢ Usar colchão e travesseiro de espuma

➢ Expor a roupa de cama diariamente ao sol

➢ Aplicar: Nipagim (metil-hidroxibenzoato) em solução a 5% nos


móveis e assoalhos
Tratamento:

➢ Sarnicidas

➢ Limpeza correta do domicílio


Fim !

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