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Estatística

Agronomia

Prof. Nádia Giaretta Biase


Conceitos Básicos e Fases do Método Estatístico

1
ESTATÍSTICA ?

PRA QUÊ ?

2
É importante saber estatística?
 Queira ou não, estamos expostos a certas
formas de estatística grande parte de nossas
vidas.
 Ex: Pesquisas de opiniões;
 Precipitação; Meteorologia;
 Custos de produção;
 Porcentagem de alimentos contaminados;
 Taxa de mortalidade da gripe;
 Nos esportes e noticiários de tempo estamos
familiarizados com conceitos de médias,
porcentagens e probabilidades;
 nas diversas áreas do conhecimento como a
medicina, biologia, agronomia, engenharia, ciências
sociais, etc.
A IMPORTÂNCIA DA ESTATÍSTICA

 A Estatística é aplicada como auxílio nas


tomadas de decisão diante de incertezas para
justificar cientificamente as decisões.

◦ Onde utilizar a estatística???

5
ESTATÍSTICA

desempenha um papel crucial nas diversas fases da


pesquisa científica e trabalho

Relatório

Delineamento do
estudo Apresentação
Análise de
Planejamento dados Publicação
Cálculo da Interpretação
amostra dos resultados
Protocolo de
pesquisa Artigo científico
Monografia
Tese de mestrado
e doutorado...

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Definição de Estatística
 “Estatística é a ciência de obter conclusões a
partir de dados”.
 A Estatística permitirá:
 garantir que os dados coletados para testar as
hipóteses sejam válidos;
 verificar se as eventuais discrepâncias entre os
resultados previstos e os dados coletados são
suficientes para justificar uma modificação nas
hipóteses.
 Sem Métodos Estatísticos, sem validade
científica! 7
Amostra e População

O foco da Estatística é tirar conclusões de populações.


Amostra = conjunto de observações extraída de uma
população.

População (universo) = conjunto de todos os possíveis


valores de uma variável ou característica.

Finita: Ex: número de alunos matriculados na disciplina de


Estatística.

Infinita: Ex: número de microorganismos presentes em uma


sala.

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Variável
 é o conjunto de resultados possíveis de um fenômeno.
 é a característica ou propriedade da população que está sendo
medida.
 Ex.:
População: Fungicida utilizado para combater os fungos na
produção de soja;
Variável: Volume de fungicida por hectare.
 População: alunos da graduação em Estatística
Variável: sexo
 As hipóteses de pesquisa são formuladas para as variáveis:
Definem-se os valores que as variáveis podem assumir.
 Definem-se os relacionamentos que as variáveis devem
apresentar entre si.
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 Classificação por nível de mensuração: quantidade
de informação que a variável apresenta.

Sexo Classe social Número de filhos Temperatura


Naturalidade Classificação produto Número de acidentes Velocidade
10
Variáveis qualitativas:
 Você tem diabetes? (Sim ou Não)
 Você é fumante? (Sim, Não, Já fui, Pretendo ser)
 Qual sua escolaridade (Ensino médio, graduação ou
pós graduação)
 Qual é o seu tipo sanguíneo? (A, B, AB, O, Não sei)
 Qual a gravidade da doença (Fase I, II, III, IV)
Variáveis quantitativas: contagens ou
medidas
 Discretas
 Número de batimentos cardíacos;
 Número de moradores de uma residência;
 Número de cigarros fumados por dia;
 Contínuas
 Altura;
 Peso;
 Produção de uma cultura;
Distribuição de Freqüências:
Arranjo dos dados numa planilha eletrônica
Nome Idade Sexo Peso (kg)

Raquel 26 F 55

Paulo 37 M 71

Afonso 28 M 94

Mirian 38 F 66

Luciano 38 M 78

Adriana 39 F 70

Lais 24 F 53

Gabriela 18 F 61

Maria Clara 32 F 75

 Apresentação dos dados: A organização, a


sumarização dos dados podem ser feitas por
meio dos métodos tabulares e gráficos 13
Distribuição de Freqüências:

 É um sumário tabular dos dados


que mostra o número (frequência)
de itens em cada uma das
categorias ou classes não
sobrepostas.

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Distribuições de Frequências
 Coleta e organização dos dados
 Dados brutos
 Dados elaborados => ordenação
 Frequência absoluta => fa = número de vezes que o
indivíduo aparece na amostra

fa
Frequência relativa => fr 


fa

 Frequência percentual => fp  fr .1 0 0


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Variáveis qualitativas
Exemplo: Uma pesquisa foi realizada em
relação aos tipos de cultura cultivadas nas
lavouras brasileiras:
Arroz Feijão Soja Milho Feijão
Soja Milho Soja Soja Soja
Arroz Soja Milho Feijão Milho

Vamos construir a distribuição de frequências para


esses dados.

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Distribuição de freqüências - variáveis
quantitativas
 Nível de mensuração da variável quantitativa:

 DISCRETA: semelhante às variáveis qualitativas.

 CONTÍNUA: necessário agrupar os dados para


possibilitar o resumo do conjunto e melhor
visualização.

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Distribuição de Freqüências
A distribuições de freqüências de dados
resultantes de variáveis discretas, quando não
houver grande quantidade de diferentes valores
observados, consiste em organizar e agrupar os
dados numa tabela. Para uma melhor
compreensão vamos tomar um exemplo.

Exemplo: Vamos construir uma tabela de


freqüências para os dados da variável número de
pacientes internados com pneumonia,
considerando uma amostra de 40 hospitais do
Triângulo Mineiro.
18
DADOS Tabela de freqüências do número de pacientes
internados com pneumonia, considerando uma amostra de
40 hospitais do Triângulo Mineiro.
4 4 4
Nº de pacientes Freqüência Freqüência Freqüência
5 4 1 internados de hospitais percentual acumulada
2 3 6
1
4 6 4
2
4 6 3
5 3 4 3

4 4 4
5 5 5 5
4 8 4 6
5 3 4
7
5 5 2
8
5 2 6
8 3 5 Total

5 3
19
Representação Gráfica

14
Frequência de hospitais
12
10
8
6
4
2
0
1 2 3 4 5 6 7 8
Nº de pacientes internados

Se as colunas estiverem justapostas o gráfico recebe o nome


de Histograma .
20
Representação Gráfica
Polígono de frequências

14
Frequência de hospitais

12
10

8
6
4

2
0
1 2 3 4 5 6 7 8
Nº de pacientes internados

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Tabela de frequências para
dados agrupados
 Recomendável para grande conjuntos de variáveis
QUANTITATIVAS.
 Na realidade trata-se de uma recodificação: os
valores das variáveis são registrados agora em
classes mutuamente exclusivas: ao invés de
registrar renda igual a 4,35 salários mínimos,
registra-se renda na faixa entre 3 e 5 salários
mínimos.
 PERDE-SE informação sobre o conjunto original
para obter sua compactação.

22
Construção de uma distribuição de frequências
 Organizar a amostra de tamanho n em ordem crescente;
 Calcular a amplitude total (A = diferença entre o maior e menor
valor da amostra)
 Determinar o número de classes k (aproximar inteiro mais próximo)

 Calcular amplitude das classes


A
c
k 1
 Calcular o limite inferior da primeira classe

Li1 = menor valor – c/2

 Montar as classes e frequências


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Variáveis quantitativas
Tabela 2. Quantidades de pragas por metro quadrado em uma
plantação hortaliça no Triângulo Mineiro.

41 46 51 57
41 46 51 58
42 50 52 58
44 50 52 60
45 50 54 60

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Construção de uma distribuição de
frequências
 Organizar os dados
 Calcular a amplitude total (A = 60 - 41= 19)
 Determinar o número de classes (aproximar inteiro mais próximo)
k n = 20 = 4,47
 Calcular amplitude das classes
A 19
c c  4,75  5
k 1 51
 Calcular o limite inferior da primeira classe

Li1 = menor valor – c/2=41-2,5=38,5

 Montar as classes e frequências


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Distribuição de frequências da quantidades de
pragas por metro quadrado em uma plantação
hortaliça no Triângulo Mineiro.

Classes Frequências absolutas


38,5  43,5 3
43,5  48,5 4
48,5  53,5 7
53,5  58,5 4
58,5  63,5 2
Total 20

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Exercício:
Durante o período de um mês, observou-se o preço, em reais,
pago nas refeições por quilo de 25 pessoas nos restaurantes
próximos a UFU. Os resultados desse estudo são apresentados
a seguir:

a) Construir a distribuição de frequências;


b) Construir o histrograma e o polígono de frequencias;

27
Outros tipos de gráficos
Distribuição de frequências do tempo gasto
(segundos) para realizar uma determinada
operação.

28
Histogramas
12
10
10 9
8 7
6
4
2
2 1 1
0
340 360 380 400 420 440 460

Figura 1- Figura 1- Histograma do tempo gasto (segundos) para


realizar uma determinada operação

29
Polígono de frequência

Figura 2: Polígono de Freqüências do tempo gasto


(segundos) para realizar uma determinada operação.

30
Ogivas

Figura 3: Ogiva crescente e ogiva


decrescente tempo gasto (segundos) para
realizar uma determinada operação.
31
Pictogramas

32
Ramos e Folhas

Idade, em anos, de um conjunto de indivíduos que


vivem na zona rural.
Box Plot

34
Consumo de energia elétrica(Em GWh)
Box-Plot
15000
10000
5000
0

S u d e s te N o rd e s te S ul C e n tr o - o e s te N o r te

R e g iõ e s

35
Linhas
INTERPRETAÇÃO GRÁFICA
Perfil dos alimentos para cada 100g

400 372

350

300

250

200
154
150

100 80 80
56 48
32 40
50 27 20 25 20

0
Bife magro Camarão Carne de porco Fígado Frango Lula

Gordura saturada, em decigramas Colesterol, em miligramas

b)
c)
a)
e) A maior
menor
frangoquantidade
O fígado
d) O fígado quantidade
tem maisde
menos
possui
possui 218mg de gordura
colesterol
colesterol
colesterol
de éque
queno
éano
colesterol afígado.
acarne
mais de
carne
camarão.
Porco.
que
de porco.
a lula . 37
Num tanque, as variações na população de
População
2000
espécies de peixes A , B e C são descritas,
1800 no período de 10 meses, pelo gráfico:
1600

1400

1200 A

1000 B

800 C

600

400

200
Meses
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

d)
e)
b)
a)
c) No
No
A população
período
quinto
períodomês,
de
de
C30
atingiu
0havia
aa 7
52 meses,
meses,
menos
o seu máximo
a
de
as
a população
população
populações
3500nopeixes
BB B e
manteve-se
C
nesse
manteve-se
terceiro
mantiveram-se
tanque.
mêsmaior
menor
. crescentes.
que
queaaAC . 38

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