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DISCIPLINA: PORTUGUÊS

Professor: Sofia Martinho


1º Ano – Curso Técnico de Manutenção Industrial
2021/2022
MÓDULO 3 – CAMÕES LÍRICO E CAMÕES ÉPICO
Ficha de Trabalho 1
Nome: Turma: N.º:

Luís Vaz de Camões – Vida e Obra


Visione o vídeo no seguinte link e leia o texto.
https://www.youtube.com/watch?v=2y4UBmDy1jM

A biografia e a bibliografia de Luís Vaz de Camões levantam


numerosos problemas pela falta de dados. Sabe-se que nasceu
provavelmente em Lisboa em 1524 ou 1525, filho de Simão Vaz de Camões
e Ana de Sá, e que pertencia a uma família da pequena nobreza, embora
decaída e pobre.
Na sua obra reconhece-se uma educação escolar, sendo que a maior parte dos biógrafos
defende que ele frequentou a Universidade de Coimbra, tirando o bacharelato em Artes, com a
ajuda de seu tio Bento de Camões que era cancelário da Universidade e prior do Mosteiro de Santa
Cruz de Coimbra.
Em 1545, munido do seu bacharel em Artes, chega a Lisboa. Jovem e com o estatuto de
escudeiro ou cavaleiro fidalgo, frequentou a corte, mas também os ambientes boémios de Lisboa.
As suas cartas da altura mostram-no envolvido em brigas nocturnas entre bandos, com outros
fidalgos arruaceiros e com mulheres fáceis do Bairro Alto.
Reinava D. João II e como Camões podia frequentar as festas e saraus da corte no palácio
real, foi lá que conheceu aquela que ele queria que viesse a ser a sua esposa, D. Catarina de
Ataíde.
Devido à rigorosa tradição da corte, Camões teve que se afastar da sua amada, a quem ele
tratava pelo nome inventado de Natércia nos seus muitos poemas consagrados, e foi exilado por
ordem do rei para o Ribatejo (Constância), onde permaneceu durante dois anos até que se alistou
como soldado e partiu para Ceuta.

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Talvez a sua condição de fidalgo pobre e desprotegido o tenha
obrigado a seguir uma carreira de armas e não de letras. Como militar combateu em Ceuta, onde
perdeu um olho em combate. Em 1550 alistou-se para ir para a Índia mas não embarcou.
Em 1552 envolveu-se numa rixa em que deixou ferido um fidalgo funcionário do Paço,
Gonçalo Borges. Por causa disso ficou preso na Cadeia do Tronco, reservada a não nobres. Diz-se
que foi nesse ano de prisão que Camões compôs o primeiro canto da sua obra “Os Lusíadas”. Em
Março de 1553, saiu perdoado e com a condição de embarcar para a Índia para servir o Rei.
Contudo, a estadia no Oriente foi acidentada. Em Goa foi preso pelo Governador Francisco
Barreto, acusado de desviar em seu favor bens sobre os quais estava encarregado de velar.
Desempenhou o cargo de provedor de defuntos e ausentes em Macau. Naufragou no mar da
China, onde perdeu a sua amada Dinamene, mas salvando-se a si próprio e ao manuscrito d’ Os
Lusíadas a nado.
Em 1567 quis voltar do Oriente para Lisboa, porém, uma vez que não tinha dinheiro, um
amigo ofereceu-lhe um cargo em Moçambique e adiantou-lhe o dinheiro para o pagamento das
passagens. Após dois anos, um grupo de amigos pagou as dívidas de Camões, podendo então
regressar a Lisboa em 1569.
Trazia consigo Os Lusíadas, obra que foi publicada em 1572. Após a publicação da sua obra,
Camões passou a receber uma tença de 15.000 réis anuais do Rei D. Sebastião. Viveu os seus
últimos anos de vida na miséria e veio a morrer a 10/06/1580, sendo que o seu enterro foi feito a
expensas de uma instituição de beneficência, a Companhia dos Cortesões.
Camões deixou cerca de 204 sonetos; escreveu canções, odes, éclogas, elegias e, ainda, três
obras dramáticas – Auto de El-Rei Seleuco, Anfitriões e Filodemo.

Bom estudo!

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