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DISCIPLINA DE EMPREENDEDORISMO

Elaborada por:
Bruno Alencar Pereira
Coordenador Geral do Programa de Incubadoras da Universidade Estadual de Goiás – PROIN.UEG
Coordenador do Projeto de Educação Empreendedora em Instituição de Ensino Superior UEG/Sebrae
Doutorando em Administração (UnB): Inovação, Marketing e Empreendedorismo
http://lattes.cnpq.br/0490877135863232
E-mail: bruno.alencar@ueg.br

*Proibida a reprodução ou utilização deste material fora do Projeto de Educação Empreendedora UEG/SEBRAE.
Direitos de utilização concedidos pelo autor especificamente para o Projeto
e uso como material instrucional para os participantes.

Anápolis
2017

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Sumário
1 APRESENTAÇÃO.................................................................................................................. 4
2 EMPREENDEDORISMO NA UEG ....................................................................................... 5
3 GUIA DE ESTUDOS EaD ...................................................................................................... 7
4 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 8
4.1 O que é empreendedorismo? ............................................................................................... 8
4.1.1 História ............................................................................................................................. 8
4.1.2 Conceitos .......................................................................................................................... 9
4.1.3 Evolução do empreendedorismo ...................................................................................... 9
4.2 A importância do Empreendedorismo ............................................................................... 11
4.3 Educação e cultura empreendedora ................................................................................... 11
4.4 O Empreendedor e as características empreendedoras ...................................................... 12
4.4.1 Teste seu perfil empreendedor ........................................................................................ 14
4.5 Tipos de empreendedorismo............................................................................................... 17
4.5.1 Empreendedorismo Social ............................................................................................... 19
4.5.1.1 Negócios de Impacto Social ......................................................................................... 21
4.5.1.2 Economia Solidária e Incubação Social ....................................................................... 22
4.6 Ambiente empreendedor .................................................................................................... 22
4.6.1 Barreiras e incentivos ao empreendedorismo no Brasil ................................................. 23
4.6.2 O Processo Empreendedor ............................................................................................. 24
5 EMPREENDEDORISMO, INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE ........................................... 25
6 NOVOS NEGÓCIOS ........................................................................................................... 27
6.1 Identificando oportunidades .............................................................................................. 27
6.2 Conhecimento e Estudo de Mercado ................................................................................. 27
6.3 Como estruturar e planejar seu negócio ............................................................................ 28
6.3.1 Modelo de Negócio ........................................................................................................ 28
6.3.2 Plano de negócio ............................................................................................................. 31
6.3.4 Plano Financeiro e Estudo de viabilidade ...................................................................... 34
6.3.3 Planejamento de Marketing ............................................................................................. 32
6.4 Estratégia de negócio .......................................................................................................... 36
6.5 Como formalizar sua empresa ............................................................................................ 37
6.6 Como tornar-se um Microempreendedor Individual .......................................................... 38
6.7 Gestão da Micro e Pequena Empresa (MPE) .................................................................... 39
6.8 Erros mais comuns e mortalidade das empresas ............................................................... 41
7. APOIO AO EMPREENDEDORISMO E NOVOS NEGÓCIOS ....................................... 42
7.1 Políticas públicas para o empreendedorismo...................................................................... 42
7.2 Mecanismos de apoio ao desenvolvimento de negócios .................................................. 42
7.3 Financiamento e Investimento (Capital)............................................................................. 43
7.4 Instituições que apoiam e disseminam o empreendedorismo ............................................. 45
8 Mini vocabulário do empreendedorismo ............................................................................... 45
9 ATIVIDADES EXTRAS ..................................................................................................... 47
10 REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 48

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1 APRESENTAÇÃO

Olá!

A Disciplina de Empreendedorismo foi criada para prover aos acadêmicos conhecimento


atualizado sobre a temática do empreendedorismo em suas diferentes vertentes, demonstrando sua
origem, tipos, evolução, o processo empreendedor, bem como também instruir sobre a busca por
oportunidades, abertura de novos negócios, planejamento e mecanismos de apoio existentes.
O empreendedorismo é uma temática transversal que se expande de forma contínua no
cotidiano das pessoas. Desta forma, conhecer e se capacitar em empreendedorismo torna-se um
diferencial para quem busca por oportunidades de conhecimento e/ou para empreender em
qualquer atividade.

O Projeto de Educação Empreendedora UEG/SEBRAE

Em parceria com o Sebrae/GO, este projeto consiste na disseminação da educação


empreendedora no meio acadêmico destinado ao corpo discente, docente, comunidade e potenciais
empreendedores, no intuito de:

1. Estimular o empreendedorismo através de educação empreendedora;


2. Sensibilizar e disseminar o empreendedorismo na Universidade;
3. Desenvolver disciplinas e cursos de empreendedorismo ministrados na instituição, com
formação continuada em educação empreendedora;
4. Desenvolver os empreendedores em potencial, para o fortalecimento da gestão
empreendedora;
5. Promover interação entre academia e empresas por meio da cultura empreendedora;
6. Identificar e desenvolver as oportunidades e competências empreendedoras instaladas
na Universidade e comunidade externa;
7. Estimular a geração de ideias e novos negócios por meio da educação empreendedora.

Desde 2013, a UEG mantém essa parceria com o Sebrae, buscando fomentar a educação
empreendedora no meio universitário, no qual propõe diversas ações direcionadas a este público,
como:

▪ Disciplina de Empreendedorismo (EAD) como Núcleo livre;


▪ Curso de Empreendedorismo “Aprenda & Empreenda” (EAD);
▪ Formação em empreendedorismo para professores (Semi-presencial);
▪ Liga de Empreendedorismo;
▪ Grupo de atividades Sebrae;
▪ Encontro anual dos ambientes de empreendedorismo da UEG.

Saiba mais sobre essas ações acessando o site:


http://www.educacaoempreendedora.ueg.br

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2 EMPREENDEDORISMO NA UEG

O empreendedorismo na Universidade Estadual de Goiás constituiu-se de forma mais


consolidada com a implantação do Programa de Incubadoras da Universidade Estadual de Goiás -
PROIN.UEG, no ano de 2011, como seu primeiro ambiente de empreendedorismo e inovação
tecnológica, gerando um ecossistema favorável para a disseminação do empreendedorismo em
harmonia com a Tríade Acadêmica “ensino-pesquisa-extensão e por meio da Hélice Quádrupla da
Inovação “governo-academia-setor produtivo-sociedade”.
A expansão dos ambientes ocorreu de forma orgânica e exponencial por meio da
disseminação dos processos de incubação aliado à disseminação do empreendedorismo e inovação
tecnológica por diferentes ações destinadas tanto à comunidade acadêmica quanto comunidade
externa, setor produtivo e parceiros. Na Figura a seguir é demonstrada a linha do tempo destas
ações:

2011

O Programa de Incubadoras da Universidade Estadual de Goiás (PROIN.UEG) é uma incubadora


de base tecnológica que atende empresas/projetos focalizados em inovação e empreendedorismo.
O Programa oferece infraestrutura básica para funcionamento e um conjunto de suportes
operacionais, administrativos, estratégicos e tecnológicos, para os empreendimentos incubados.
http://www.proin.ueg.br

2012

O Núcleo de Empresas Juniores da UEG é um Programa com caráter permanente e interdisciplinar


que atua diretamente no apoio e integração das empresas juniores da Universidade Estadual de
Goiás, promovendo atividades comuns e representando o Movimento Empresas Júnior (MEJ) na
instituição. http://www.nej.ueg.br

2013

O Projeto de Educação Empreendedora em parceria com o Sebrae/GO consiste na disseminação


da educação empreendedora no meio acadêmico, comunidade e potenciais empreendedores, por
meio de disciplinas/cursos em EAD e outras ações. http://www.educacaoempreendedora.ueg.br

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2014

A Olimpíada de Empreendedorismo Universitário de Goiás (OEU) é uma competição realizada


pela UEG, Rede Goiana de Inovação (RGI) e demais instituições que possuem incubadoras de
empresas associadas, com apoio da FUNTEC e Sebrae/GO para estimular a cultura do
empreendedorismo junto aos estudantes, incentivando o espírito de inovação junto ao público
universitário. http://www.oeu2016.com.br

2015

A Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia (AITT), como o Núcleo de Inovação


Tecnológica vinculado à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, tem como missão promover
e fortalecer a interação entre a capacidade científica e tecnológica da UEG com as atividades de
pesquisa, transferência de tecnologia, propriedade intelectual e inovação em prol das necessidades
da sociedade. http://www.prp.ueg.br

2016

O Projeto de Desenvolvimento Tecnológico e Empreendedorismo Inovador, em parceria com a


Funtec, tem o objetivo de potencializar a formação empreendedora com cursos sobre
desenvolvimento de negócios inovadores e possibilitar a atuação do corpo acadêmico da UEG em
projetos tecnológicos prospectados em interação com o setor produtivo. http://www.proin.ueg.br

A Liga de Empreendedorismo da UEG visa criar um ambiente para participação efetiva de


discentes interessados em desenvolver conhecimentos e atividades práticas focadas no
empreendedorismo dentro do ambiente acadêmico. http://www.ligadeempreendedorismo.ueg.br

A ProSol é uma Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares e Empreendimentos


Solidários, sendo um empreendimento físico e funcional que visa capacitar grupos populares,
associados e cooperados, na gestão democrática do empreendimento solidário, promovendo a
integração entre os grupos e outros atores da Economia Solidária. http://www.prosol.ueg.br

Participe de nossas ações empreendedoras!!!

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3 GUIA DE ESTUDOS EAD

Características da Educação a Distância (EaD)

A Educação a Distância (EAD) é uma modalidade de ensino-aprendizagem, em que o aluno


e o professor estão separados espacial e temporalmente. Deste modo, o aluno determina o local e
tempo de dedicação ao estudo, que não precisa ser, necessariamente, o mesmo do professor,
permitindo-se uma independência e autonomia maiores do que ocorre na modalidade de educação
presencial. Alguns aspectos pedagógicos são diferentes do ensino presencial, como por exemplo,
a ausência da sala de aula aonde se estabelece a relação ensino-aprendizagem entre professor e
aluno. Esta mediação é realizada pelo Ambiente Virtual de Aprendizagem por meio do qual o
aluno recebe, realiza, e envia suas atividades desenvolvendo um processo interativo com o
professor, o tutor e os demais colegas do curso.

A Educação a Distância (EaD) na Universidade Estadual de Goiás (UEG)

A Universidade Estadual de Goiás (UEG) destina-se a desenvolver atividades de ensino,


pesquisa científica e tecnológica e extensão. Seu modelo de ensino prevê a oferta de 20% das
disciplinas dos cursos de graduação presenciais na modalidade a distância. Além disso, a UEG
possui cursos ofertados integralmente na modalidade de EaD, desenvolvidos por meio do Centro
de Ensino e Aprendizagem em Rede (CEAR), em parceria com a Universidade Aberta do Brasil
(UAB). Atualmente, os cursos executados por meio desta parceria são: Programa Nacional de
Administração Pública (PNAP), com três especializações tendo a última edição finalizada em abril
de 2016 - Gestão Pública, Gestão Pública Municipal e Gestão em Saúde e o Bacharelado em
Administração Pública e, ainda, a oferta de Licenciaturas em Ciências Biológicas, História e
Computação. Atualmente, o CEAR também desenvolve ações para a capacitação de professores,
tutores, alunos e comunidade em geral.

Estudando a distância

Na modalidade a distância, o aluno deve organizar sua estratégia de estudos e administrar


bem o seu tempo. Para apoiar seus estudos, O CEAR disponibiliza uma equipe de suporte, sendo
o Tutor seu principal contato para esclarecer dúvidas em relação aos conteúdos da disciplina e das
atividades propostas pelo Professor.

Para ter êxito em seus estudos, o aluno deverá:


▪ tomar conhecimento do cronograma da disciplina, verificando quais são as
atividades propostas, tempo de duração e carga horária prevista;
▪ conciliar suas tarefas como estudante com aquelas que você já tem como
compromisso cotidiano;
▪ reservar um momento diário para estudar para a disciplina;
▪ ler e estudar o material disponibilizado, realizando as atividades previstas sem
acumular tarefas.

Lembrando que estudar a distância exige muita dedicação e comprometimento. O


cronograma da disciplina é o principal referencial para as atividades que o aluno que deverá
realizar e os prazos para serem cumpridos. Finalmente, o CEAR deseja sucesso a todos(as)
alunos(as) em sua jornada de formação e se coloca à disposição para esclarecer todas as dúvidas.

Para mais informações http://www.cear.ueg.br

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4 INTRODUÇÃO

4.1 O que é empreendedorismo?

4.1.1 História

Antes de começarmos os estudos relacionados ao Empreendedorismo e suas diversas


vertentes, características e formas de atuação, vamos entender um pouco mais sobre sua origem,
conceitos e evolução!
A maioria dos pesquisadores atribui a criação do termo empreendedorismo à Richard
Cantillon, importante escritor e economista do século XVIII, pois ele utilizou pela primeira vez o
termo francês entreprendre dentro da teoria econômica. Antes disso, entrepreneur (termo inglês
derivado do verbo francês entreprendre) tinha outro significado. Os estudiosos afirmam que até o
século XVIII entrepreneur era geralmente usada relacionada a expedições militares e significava
“assumir empreitada que exigia esforço e muito empenho”. (SEBRAE, 2013)
A história mostra que Cantillon também foi o primeiro a registrar que a ação de empreender
está envolvida pela incerteza, sobretudo quanto ao lucro. Ele também foi um dos primeiros a fazer
a diferença entre o empreendedor (aquele que assume riscos de iniciar e tocar o empreendimento)
e o capitalista (aquele que fornecia o capital).
Enquanto Richard Cantillon diversificou o emprego do termo, o economista francês Jean-
Baptiste Say é descrito como o “pai do empreendedorismo” pois foi ele quem primeiro estabeleceu
os referenciais teóricos dessa nova temática.
A partir daí, o conceito vai evoluindo gradativamente, sofrendo transformações
interpretativas e contextualizações na razão direta em que o tema passou a ser cientificamente
estudado e metodologicamente acompanhado por um número cada vez maior de pesquisadores de
áreas tão distintas quanto, por exemplo, Economia e Educação; Antropologia e Administração.
Sem dúvida que o salto qualitativo ocorreu quando a Sociologia e a Psicologia se voltaram
para estudar o empreendedorismo, pois o conceito que havia nascido como um viés notadamente
econômico assumiu uma interpretação mais extensiva a partir do instante em que foi possível se
identificar claramente determinado padrão de comportamento que, com pequenas variações, se
repetia de tal forma e incidência, que passou a caracterizar um grupo de pessoas as quais,
independente de serem ou não empreendedores empresariais (donos de uma empresa), conseguiam
transpor a barreira do sonho, do desejo, e colocarem em prática suas ideias, superando os
obstáculos, passando a verem as oportunidades como um componente natural nas mudanças.
Além dos estudos direcionados para o comportamento e perfil do empreendedor (mundo
do empreendedor), outras vertentes também são adotadas, como a visão do empreendedorismo
como processo e como método. (SEBRAE, 2013)
No Brasil, o empreendedorismo ganha força no contexto da década de 1990, com a criação
de entidades como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e a
Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (SOFTEX), criada em 1996,
posteriormente sendo mais disseminado pelas incubadoras de empresas, empresas juniores e em
cursos das universidades. Antes deste período o ambiente político e econômico do país não eram
propícios e os empreendedores não encontrava informações suficientes no desenvolvimento
de seus negócios. (DORNELAS, 2012)

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4.1.2 Conceitos

O empreendedorismo pode ser compreendido de diferentes maneiras, na maioria é


compreendido como o ato de um indivíduo abrir seu próprio negócio, o que mais comumente
ocorre, porém empreender pode ter um amplo campo de atuação.
Dolabela (2002) aponta que a palavra entrepreneur, era usada no século 12 para assinalar
aquele que incentivava brigas e que no final do século 18 passou a significar as pessoas que
criavam e dirigiam empreendimentos ou projetos.
Já Drucker (2003) coloca que o termo entrepneuer possui origem francesa e constitui
aquele que assume riscos e começa algo novo, se referindo ao indivíduo que consegue aumentar o
rendimento de uma determinada soma de capital.
Schumpeter (1928) o empreendedor é a pessoa que destrói a ordem econômica existente
graças à introdução no mercado de novos produtos/serviços, pela criação de novas formas de
gestão ou pela exploração de novos recursos materiais e tecnologias.
Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (2001), “empreender” é: decidir,
realizar (tarefa difícil e trabalhosa); tentar (empreender uma travessia arriscada); pôr em execução;
realizar (empreender pesquisas, ou longas viagens). Etimologicamente, ‘empreender’ vem do
latim imprehendo ou impraehendo, que significa ‘tentar executar uma tarefa.

Podemos simplificar estes conceitos dizendo que empreender é:

O ato de realizar ou de fazer algo acontecer seja um projeto ou um negócio!

4.1.3 Evolução do empreendedorismo

O mundo tem passado por diversas transformações em curtos períodos de tempo,


principalmente no século XX, quando foram criadas a maioria das invenções que
revolucionaram o estilo de vida das pessoas. Essas invenções foram frutos de inovações, de
algo inédito ou de novas formas de utilizar coisas já existentes. Por trás dessas invenções,
existem grupos de pessoas que buscam fazer acontecer, ou seja, os empreendedores.
Ao longo do tempo, alguns conceitos administrativos predominaram, em virtudes de
contextos sócio-políticos, culturais, desenvolvimento tecnológico, desenvolvimento e
consolidação do capitalismo, entre outros. (ALVES, 2013)
A preocupação com a criação de empresas duradouras e a diminuição da taxa de
mortalidade das empresas existentes são considerados fatores importantes para o desenvolvimento
do empreendedorismo no Brasil. Isto se deve principalmente à necessidade das empresas
brasileiras em aumentar a competitividade, reduzir custos e manter-se no mercado
(consequências do processo de globalização e das tentativas de estabilização da economia
brasileira).
O processo de criação de novos negócios foi também intensificado com a popularização
da internet. Além desses ainda existem os que herdam negócios familiares e dão continuidade
a empresas criadas há décadas. Este conjunto de fatores incentivou a discussão a respeito do
empreendedorismo no Brasil, com ênfase em:
▪ Pesquisas acadêmicas sobre o assunto;
▪ Criação de programas específicos para o público empreendedor.

Na próxima página, percebemos a evolução da palavra “Empreendedorismo” por meio um


infográfico:

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4.2 A importância do Empreendedorismo

As micro, pequenas e médias empresas têm grande importância no desenvolvimento


da economia mundial, sendo responsável por mais. de 50% do PIB em alguns países e com
tendências de crescimento.
O empreendedorismo deve ser estudado para facilitar e explicar o papel da nova
empresa no desenvolvimento econômico de uma dada região.
O empreendedorismo também é importante, pois seu entendimento:
▪ Possibilita a criação de empregos, inclusive o auto-emprego;
▪ Possibilita o crescimento econômico de forma organizada;
▪ Possibilita a inovação, principalmente pelas jovens empresas;
▪ Auxilia na melhoria da competitividade;
▪ Aproveita melhor o potencial dos indivíduos;
▪ Permite entender e explorar de forma mais efetiva os interesses da sociedade;
▪ Permite o desenvolvimento de carreira de uma parte significativa da força de
trabalho.
Fonte: Alves (2013)

4.3 Educação e cultura empreendedora

Uma das grandes preocupações do nosso país com suas políticas públicas e principalmente
tratando-se da educação, direciona-se para a criação de uma cultura empreendedora. A
compreensão da importância do empreendedorismo para o desenvolvimento socioeconômico e do
próprio indivíduo que empreende tem sido foco de atuação de diferentes inciativas.
O contexto atual no mundo sobre o ensino de empreendedorismo, destacando que pelo fato
do empreendedorismo ser complexo, caótico e por não apresentar linearidade, as práticas de ensino
devem ser voltadas para métodos que provoquem a habilidade dos estudantes em praticar o
empreendedorismo de forma a pensar e agir. (NECK e GREENE, 2011)
A discussão sobre o empreendedorismo poder ser ou não ensinado é levantada, como
resposta é mencionado que como método o empreendedorismo é ensinável, possível de ser
aprendido e não é previsível, ainda indica-se que depende de cada pessoa e não do tipo de pessoa
para querer empreender.
Os três mundos do empreendedorismo mais utilizados no ensino são:
▪ O mundo do empreendedor - focado na figura do empreendedor como mito, sua
natureza, ensino direcionado para negócios básicos, leituras e com implicações
pedagógicas.
▪ O mundo do processo - focado no planejamento e previsão para a criação de novas
empresas, ensino direcionado para casos, planos e modelos de negócios.
▪ O mundo do empreendedorismo como método - como nova fronteira, o
empreendedorismo pode ser ensinado como método, apresentando um corpo de
habilidades ou técnicas, que ajudam o estudante a entender, desenvolver e praticar
o empreendedorismo. O empreendedorismo como método pode estar direcionado
para novos e também estudantes experientes, é inclusivo por definir o
empreendedorismo de forma expandida e multidimensional, requer prática contínua
e está direcionado para um ambiente imprevisível. Como portfolio para o ensino do
empreendedorismo como método, diferentes mecanismos podem ser adotados:
desenvolvimento de novos negócios, business games e simulação, aprendizagem
baseada em design e a prática reflexiva. A prática reflexiva ganha destaque, pois a
ideia de encorajar a reflexão possibilita que os estudantes pensem e experimentem

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a sensação do empreendedorismo em condições de alta incerteza e resolução de
problemas. (NECK e GREENE, 2011)
Independente de qualquer mundo abordado para o ensino de empreendedorismo, há a
percepção de que as atuais demandas e cenários a serem vivenciados por um empreendedor
demanda que os alunos passem por um processo de experimentação. Qualquer que seja o método,
o uso de mecanismos como estudo de casos, elaboração de modelos de negócios, planos de
negócios, identificação de oportunidades, estudos de mercado, dinâmicas de ideação e métodos
inovadores, tornam-se ferramentas dinâmicas e atuais, para que o aluno e futuro empreendedor
experimente, com participação ativa, o processo de geração de um novo negócio ou de futuros
projetos que demandem ação empreendedora e que levem a atitude de empreender à trazer
diferentes formas de benefício para o empreendedor e sociedade.

4.4 O Empreendedor e as características empreendedoras

Quando perguntamos...Quem é o empreendedor? O que faz ele se diferenciar? O que leva


uma pessoa abrir um negócio ou empreender um projeto? Quais características ou perfil ele deve
ter?...Tais indagações nos leva a pensar como uma pessoa torna-se empreendedora.
Independe de suas motivações, os empreendedores agem com base em um conjunto de
características bem definidas as quais podem ser estudadas, classificadas e agrupadas. Como
estamos falando de seres humanos e de comportamento, obviamente devemos considerar que
existe uma série de variáveis que influenciam e sofrem influência dessas características. Assim,
quando se relaciona, por exemplo, a persistência como sendo uma das características
empreendedoras, é óbvio que não se espera que o empreendedor seja assim 24 horas por dia, 365
dias por ano. (SEBRAE, 2013)
Como todo ser humano, ele terá dias bons e dias não tão bons e é precisamente por isso
que a persistência é uma de suas características, pois apesar dos dias “não tão bons” e das
adversidades que podem até influenciar circunstancialmente em seus sentimentos, o empreendedor
toma a decisão de persistir na direção dos objetivos por ele traçados.

Os estudiosos do tema costumam relacionar como empreendedoras as seguintes


características:

▪ Busca de Oportunidades e Iniciativa;


▪ Persistência;
▪ Correr Riscos Calculados;
▪ Exigência de Qualidade e Eficiência;
▪ Comprometimento;
▪ Busca de Informações;
▪ Estabelecimento de Metas;
▪ Planejamento e Monitoramento Sistemáticos;
▪ Persuasão e Rede de Contatos;
▪ Independência e Autoconfiança.

De forma a possibilitar uma melhor compreensão sobre o tema, vamos entender um pouco
sobre cada uma dessas características (SEBRAE, 2013):

Busca de Oportunidades e Iniciativa: Entendida com a capacidade do empreendedor se antecipar


aos fatos e criar oportunidades de negócios com novos produtos e serviços. Um dos conceitos
vinculados a esta característica é o da proatividade. O empreendedor costuma vislumbrar
oportunidades onde outros só enxergam crise e instabilidade.

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Persistência: Trata-se da determinação de enfrentar os obstáculos e buscar superá-los de forma a
se atingir o objetivo estabelecido.

Correr Riscos Calculados: Há no senso comum a ideia de que o empreendedor é uma pessoa
arrojada, que se lança de cabeça em um projeto, se “entregando de corpo e alma”. Olha, “é e não
é bem assim”. É fato que, esteja ele focado no seu negócio, ou na área social ou que tenha sua
linha de atuação voltada para dentro de uma empresa ou organização, o empreendedor precisa ter
disposição para assumir desafios e não “correr da raia”. Contudo, é preciso “medir o passo” antes
de iniciar a caminhada para evitar “ficar pelo meio do caminho”. É pensar no melhor estando
preparado para o pior. Em resumo: antes de iniciar a jornada, o empreendedor precisa avaliar se
tem suprimentos (principalmente emocionais, logísticos e financeiros), seja para enfrentar uma
longa e imprevisível caminhada, seja para, se necessário, fazer o caminho de volta.

Exigência de Qualidade e Eficiência: Lembra da máxima: “Se é para fazer, que seja bem feito”.
Essa característica distingue bem o autêntico empreendedor daquele (talvez até bem intencionado)
aventureiro. O empreendedor tem um padrão elevado de qualidade e eficiência, e não se contenta
antes de alcançá-lo, e quando consegue atingir o patamar desejado, ele inicia a difícil tarefa para
se manter no topo. Seu lema é buscar fazer sempre mais e melhor, buscando superar as expectativas
de prazos e padrões de qualidade.

Comprometimento: Fazer com que uma ideia saia do papel e se transforme em realidade exige do
empreendedor uma grande parcela de sacrifício pessoal, de dedicação e comprometimento. Precisa
se manter comprometido com ele próprio, com a família, com seus valores, com amigos, colaborar
com a equipe e desenvolver uma relação de confiança com seus clientes.

Busca de Informações: Você já sabe que a informação é um bem extremamente valioso e perecível
em altíssimo grau. Dada a velocidade do mundo virtual, determinada informação que era
valiosíssima pode ter rapidamente perdido o seu “prazo de validade” e se tornado obsoleta. Para
evitar ser surpreendido negativamente (ou mesmo para poder “enxergar” primeiro uma
oportunidade) o empreendedor deve buscar constantemente dados e informações sobre clientes,
fornecedores, concorrentes, mercado e sobre o próprio negócio.

Estabelecimento de Metas: O empreendedor sabe que sonhar é só o começo. É preciso transformar


sonhos em metas até para que ele saiba se está caminhando na direção certa. A meta possibilita a
delimitação do foco e a mensuração dos custos envolvidos na tarefa, assim como dimensionar os
resultados previstos.

Planejamento e Monitoramento Sistemático: O empreendedor planeja antes de fazer. Ele define


aonde quer chegar, escolhe as melhores estratégias e calcula quais os recursos necessários para
levá-lo até o destino estabelecido. Definido o rumo, e traçada a rota, será necessário
periodicamente consultar o GPS do planejamento, para saber se estamos indo na direção certa.

Persuasão e Rede de Contados: Persuasão e manipulação são conceitos radicalmente opostos.


Manipular é levar alguém a fazer algo que ele, se tivesse a informação correta, provavelmente não
faria. O manipulador enxerga as pessoas como meios para que ele atinja seus próprios e egoístas
propósitos. Persuadir é levar o outro a fazer algo pelo convencimento decorrente da apresentação
clara de ideias e propósitos. O convencimento aqui decorre da argumentação sincera e da
apresentação honesta dos riscos e vantagens envolvidos. O empreendedor cativa seguidores,
pessoas que de forma consciente e livre, resolvem “comprar a ideia”, se comprometendo com o

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processo de torna-la realidade. Nesse processo, o empreendedor acaba criando ou se integrando a
redes de contato, formadas por pessoas que podem ajudá-lo a atingir o seu objetivo.

Independência e Autoconfiança: O empreendedor precisa ter autonomia pessoal para agir e manter
permanentemente a confiança em sua capacidade e o foco em seus objetivos. Obviamente, não se
trata de arrogância, a qual ‘antecede à ruína’. O arrogante, pensa que se basta só; o empreendedor
independente e autoconfiante sabe que precisa ouvir, prestando atenção nas pessoas que estão com
ele na empreitada e em suas opiniões, reavaliando suas próprias posições e seguindo em frente.

Outras características comuns aos empreendedores: Iniciativa, Autonomia, Flexibilidade,


Tolerância a ambiguidade e a incerteza, Polivalência, Necessidade de realização, Capacidade de
aprendizagem, Conhecimento de si, de seu espaço e do setor, Determinação, perseverança e
energia, Paixão, Competência e Criatividade.

Um super-herói? Um mito?

Impossível um só empreendedor apresentar todas características mencionadas. Para


complementar tais características, o empreendedor pode utilizar de ações em equipe, utilizando o
sistema de apoio e a rede de relacionamento (Capital Social). (BORGES, 2014)

Capital social = pode ser descrito como os recursos obtidos pelas relações, redes, ou sociedades.

Existem também características e comportamentos extremamente negativos, que atrapalham


bastante o desenvolvimento do espírito empreendedor como:

▪ Medo do fracasso
▪ Pessimismo
▪ Falta de confiança e persistência
▪ Fixação funcional (achar que nunca vai mudar)
▪ Falta de iniciativa
▪ Mau humor
▪ Autoritarismo
▪ Excesso de trabalho
▪ Falta de apoio
▪ Falta de estímulo
▪ Ambiente muito crítico

Fonte: Alves (2013)

4.4.1 Teste seu perfil empreendedor

Diferentes testes podem ser realizados para descobrir se temos aptidão para sermos
empreendedores, muitos deles podem ser feitos na internet, porém, mesmo que os resultados
obtidos causem uma certa indisposição para empreender algo, não fique preocupado, pois as
competências empreendedoras podem ser potencializadas, e mesmo que você não pense em abrir
seu próprio negócio, você poderá utilizar destas competências para realizar diferentes atividades,
como: executar projetos, ser um intraeemprendedor, aprimorar suas habilidades e ter novos
desafios etc.

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Faça o teste elaborado pela Associação Comercial Empresarial do Brasil (ACEB) e descubra se
você tem o perfil empreendedor e se possui chances de obter sucesso ao montar seu próprio
negócio:

1 – Ao realizar trabalhos em grupo, você:


a) Sempre dá ideias, opiniões e gosta de participar de todo o processo de elaboração do
trabalho;
b) Nunca participa efetivamente e adora quando os outros integrantes fazem tudo por você;
c) Dá boas ideias e colabora, mas só quando pedem sua ajuda.

2 – Ao terminar os estudos, qual foi a sua reação?


a) Ficou extremamente inseguro, porque não tinha noção do que faria dali pra frente e por
isso demorou a decidir que carreira seguir;
b) Apesar do medo, decidiu ir à luta e traçar metas profissionais;
c) Sentiu-se bastante contente e confiante em enfrentar os desafios que a vida iria lhe
proporcionar.

3 – No início de sua carreira profissional, você:


a) Tentava adquirir conhecimentos e experiência com os demais funcionários, mas nunca
acreditou que isto o levaria a crescer profissionalmente;
b) Sempre observava os profissionais à sua volta, principalmente os mais experientes, a
fim de acumular conhecimentos que o fizessem crescer;
c) Não dava a mínima para o que os outros estavam fazendo, o importante era cumprir as
suas tarefas.

4 – Em sua vida profissional, quando surgem outras oportunidades de emprego você:


a) Nunca as aceita, por mais positivas que elas sejam. A ideia de encarar um novo desafio
o deixa muito inseguro;
b) Fica extremamente contente por ter surgido a oportunidade de ascender
profissionalmente em um ambiente novo e na companhia de outros profissionais;
c) Analisa durante dias se esta será a melhor escolha e, se chegar à conclusão de que não
tem nada a perder, aceita o desafio.

5 – Em qual dos perfis abaixo você melhor se encaixa?


a) O líder;
b) O observador;
c) O flexível.

6 – Com que frequência você se informa sobre economia e o mundo dos negócios?
a) Pelo menos três vezes por semana;
b) Todos os dias, de preferência de manhã e à noite;
c) Nunca. Fica sabendo das novidades somente quando alguém o informa.

7 – Como você toma decisões importantes na sua vida profissional ou pessoal?


a) Consulta a opinião de amigos e parentes, mas a decisão final sempre é sua;
b) Sempre coloca a opinião das pessoas próximas a você em primeiro lugar, afinal, elas
gostam de você e só querem o seu bem;
c) Não escuta a opinião de terceiros. Você é a pessoa mais indicada para tomar suas próprias
decisões e traçar o seu caminho.

15
8 – Se algo der errado em algum projeto profissional, você:
a) Não se deixa abalar, afinal, para que as coisas sejam resolvidas é necessário manter a
calma;
b) Acredita que tudo irá se resolver da melhor maneira, mas que é preciso trabalhar para
que a melhora aconteça;
c) Acha que o mundo está desabando e que, por mais que você se esforce, nada poderá
ajudá-lo a resolver o problema.

9 – Você se considera criativo?


a) Sim. Sempre procuro transformar ideias simples em negócios efetivos;
b) Não. Por mais que eu me esforce para ter ideias empreendedoras, nada me vem à cabeça;
c) Às vezes. Em dias de muita inspiração consigo ter ideias que possivelmente resultarão
em bons negócios.

10 – Como você projeta sua vida para daqui 5 anos?


a) Procuro não pensar no futuro, pois meu sucesso depende muito da oportunidade dada
por outras pessoas;
b) Tenho vários planos, entre eles o de montar meu próprio negócio. Porém, não tenho
muita certeza de que dará certo, pois muitas empresas fecham logo no início de sua
existência;
c) Imagino-me um empreendedor de sucesso, com meu próprio negócio concretizado e
bastante competitivo no mercado. Tenho este anseio e só depende de mim alcançá-lo.

Agora, veja os pontos correspondentes às suas respostas, conforme a tabela abaixo, e some
para ver o resultado:

Respostas

Questões A B C
1° 2 0 1
2° 0 1 2
3° 1 2 0
4° 0 2 1
5° 2 1 0
6° 1 2 0
7° 1 0 2
8° 1 2 0
9° 2 0 1
10° 0 1 2

Resultado:

De 0 a 6 pontos: Você não possui o perfil empreendedor. Se o seu grande objetivo profissional é
constituir seu próprio negócio, é necessário que você mude diversas características se quiser obter
sucesso. Comece se informando mais sobre o ramo em que quer atuar, procure ser mais otimista,
ativo e mais seguro no momento de tomar decisões. Porém, não é interessante forçar a barra. Se
você não nasceu para ser empresário, com certeza encontrará sua aptidão e obterá sucesso no que
se propor a fazer.

16
De 7 a 14 pontos: Se sua intenção é investir em um empreendimento, ainda faltam alguns passos
importantes para que você consiga êxito. Você pode ser criativo, mas tem dificuldades em
administrar uma equipe. Ou gosta de enfrentar desafios, mas sente-se inseguro no momento de
tomar decisões importantes... Administrar uma empresa é uma tarefa difícil e requer bastante
preparação. Portanto, você precisa se aperfeiçoar, e somente após se sentir seguro deve aceitar este
desafio.

De 15 a 21 pontos: Você nasceu para o empreendedorismo, pois possui as principais características


que um empresário necessita ter: é otimista, criativo, independente e tem espírito de liderança.
Você sente-se à vontade para tomar decisões difíceis, adora encarar desafios e sabe aproveitar as
oportunidades. Portanto, se você sempre objetivou ter seu próprio negócio, agora mais que nunca
você sabe que tem grandes chances de montá-lo, administrá-lo com excelência e caminhar rumo
ao sucesso!

Outros testes também podem ser realizados, no site do Prof. Dr. José Dornellas,
http://www.josedornelas.com.br/artigos/teste-seu-perfil-empreendedor/, você encontrará alguns
deles!

4.5 Tipos de empreendedorismo

Como já vimos, mais comumente identificamos o empreendedorismo como o ato de abrir


um negócio, porém diferentes tipos de empreendedorismo e de empreendedores podem ser
observados. Vamos então conhece-los!

a) Empreendedorismo de negócios: Quando se fala em “empreendedorismo de negócios” estamos


empregando o termo no seu sentido mais usual, pois trata-se do comportamento empreendedor
vinculado a um negócio, uma empresa, a um empreendimento empresarial que visa o lucro. O
empreendedorismo de negócio se evidencia quando o empreendedor tem uma ideia e a transforma
em uma atividade empresarial, seja por necessidade (por exemplo, quando ele foi demitido e não
encontrou nova recolocação) ou quando ele vislumbrou uma oportunidade de fazer algo novo ou
de forma melhor, aperfeiçoando o que já existe. Aqui, variáveis tais como planejamento,
criatividade e inovação são essenciais para o sucesso da empreitada. Não é necessário que o
empreendedor “crie”, “descubra” ou “invente” um produto ou um serviço novo. Ele pode oferecer
um produto ou serviço que já exista, contudo, de forma mais barata, mais rápida ou com melhor
qualidade em relação aos seus concorrentes, buscando obter a remuneração financeira pelo
trabalho e capital investidos. Esse tipo de “sacada” é uma das características do empreendedorismo
de negócio. (SEBRAE, 2013)

b) Intraempreendedorismo: Você já leu, já ouviu e provavelmente até já falou sobre as habilidades


e competências requeridas pelo mercado para o profissional de nossos dias: proatividade,
assertividade, resiliência, lealdade, autonomia, flexibilidade, capacidade de administrar conflitos,
foco em resultados... ufa, é melhor nem avançar mais. São de fato muitos os recursos que se exige
para quem deseja ingressar no mercado de trabalho atual ou pretende nele se manter. Mas, sem
medo de errar, o profissional mais procurado, disputado mesmo pelo mercado é aquele capaz de
administrar os recursos e processos que estão em seu poder como se eles fossem seus próprios,
com o chamado “espírito de dono”. A lógica é bem simples (embora sua prática não seja
necessariamente das mais fáceis): se o colaborador administra os recursos da empresa/instituição
como se fossem seus, muito provavelmente desperdiçará menos materiais, faltará menos ao
trabalho, buscará desenvolver novos caminhos de forma a superar os desafios e aperfeiçoar os
processos internos. Esse profissional possui um nível de motivação pessoal e inteligência

17
emocional que lhe possibilita desenvolver estratégias e articulações as quais, via de regra,
viabilizam a implantação de suas propostas. Quando se comporta assim, esse profissional está
empreendendo dentro da empresa (órgão ou instituição), promovendo mudanças, propondo
projetos e melhorias com o objetivo de colaborar para que a missão e visão institucional sejam
alcançados. Esta é uma das conceituações mais tradicionais do Intraempreendedorismo, o qual se
aplica tanto ao funcionário da iniciativa privada quanto ao servidor público, independentemente
do cargo, órgão e função. (SEBRAE, 2013)

Exemplo de intraempreendedorismo: Aldemir Bendene começou a trabalhar no Banco do Brasil


oo

aos 14 anos, como office-boy num programa chamado Menor Aprendiz, em 2009 tornou-se
presidente do Banco, sob seu comando, o volume de atios do BB ultrapassou a marca de R$ 1,2
trilhões. Atualmente, tornou-se presidente da Petrobrás)

c) Empreendedorismo social: O Empreendedorismo Social tem basicamente as mesmas


características do Empreendedorismo de Negócios, pois ele também pode ocorrer por necessidade
ou por oportunidade. Ele também requer planejamento, criatividade e inovação, estabelece metas
e foca em resultados. Então, cabe perguntar, qual é a diferença entre o Empreendedorismo Social
e o Empreendedorismo de Negócios? Bem, no Empreendedorismo Social a remuneração pelo
planejamento, gestão e pelo trabalho realizado não é financeira. Mas, então, o que se ganha com
ele? O intangível e absolutamente vital impacto social positivo é o que “remunera” as ações do
empreendedorismo social. Veja: Se, por exemplo, os programas sociais não estão atendendo
satisfatoriamente as necessidades de determinada comunidade, o empreendedor social busca
articular formas alternativas e criativas de envolver os atores (poder público, iniciativa privada e
sociedade civil – não necessariamente sempre juntos) na busca das soluções. Empreendedores
sociais devem planejar suas ações e estarem preparados para reagir rapidamente frente a novas e
inesperadas situações, devendo administrar com muita atenção seus fluxos de caixa, pois o
Empreendedorismo Social precisa recorrer a métodos e ferramentas gerenciais comprovadamente
exitosos na iniciativa privada, empregando-os para gerar resultados positivos que beneficiem a
sociedade. Em países emergentes com é o caso do Brasil, a importância do Empreendedorismo
Social é vital na busca do equacionamento dos significativos passivos sociais, ambientais e
econômicos existentes, seja cobrando e fiscalizando a ação do Poder Público, seja propondo
formas alternativas de solução para os problemas, seja se articulando e mobilizando para atuar
como protagonista do processo de construção de uma sociedade mais justa. (SEBRAE, 2013)

Exemplo de Empreendedorismo social: Gerando Falcões - Iniciativa de Eduardo Lyra, jovem


nascido na periferia de São Paulo, que resolveu se dedicar a melhorar a vida de crianças que
passam pelas mesmas dificuldades que enfrentou na infância. Cerca de 30 mil estudantes têm sido
impactados pelas ações do projeto, que tem como meta central promover o protagonismo dos
jovens e fortalecê-los enquanto motores da transformação da sociedade.
(http://www.jovensfalcoes.com.br)

d) Empreendedorismo de Mulher (Feminino): Atribui-se historicamente às mulheres uma série de


características ligadas ao cuidar, o que nos confinou por séculos ao trabalho no lar. Nos últimos
anos, e fruto de longas lutas, as mulheres estão cada vez mais conquistando uma posição de
destaque no mundo corporativo e, com extrema rapidez, também no mundo do empreendedorismo.
Portanto, o Empreendedorismo de Mulher ou Empreendedorismo Feminino é caracterizado como
sendo o projeto ou negócio conduzido por mulher(es).

18
Exemplo de empreendedorismo de mulher: Luiza Travano Donatto, dona do Magazine Luiza Era
vendedora na loja de seus tios, em Franca (interior de São Paulo). A loja foi crescendo e tornou-
se uma das maiores redes de varejo do Brasil, da qual Luiza é hoje presidente.
Conheça também a Rede Mulher Empreendedora http://redemulherempreendedora.com.br/

e) Empreendedorismo de economia criativa: Economia criativa segundo o autor inglês John


Howkins no livro “The Creative Economy”, publicado em 2001, são atividades nas quais resultam
em indivíduos exercitando a sua imaginação e explorando seu valor econômico. Pode ser definida
como processos que envolvam criação, produção e distribuição de produtos e serviços, usando o
conhecimento, a criatividade e o capital intelectual como principais recursos produtivos. Não
existe consenso geral entre as áreas que estão sob o guarda-chuva da economia criativa. Elas
mudam de acordo com as potencialidades e mercados de cada nação e também de cada estudo.
Neste curso, trabalharemos o empreendedorismo de economia criativa relacionado à projetos e
empreendimentos das seguintes áreas:

Arquitetura e urbanismo; Artesanato; Artes cênicas; Artes e antiguidades; Audiovisual (cinema,


vídeo e web); Design; Editoração (livros, revistas, jornais); Fotografia; Gastronomia; Moda;
Música; Publicidade; Software, aplicativos, games; Rádio e TV.

f) Empreendedorismo de base tecnológica: Segundo o Office of Technology Assessment (1992), os


empreendimentos de base tecnológica são aqueles ligados à produção de bens e serviços,
comprometidos com o desenho, desenvolvimento e produção de novos produtos e/ou processos de
fabricação inovadores, através da aplicação sistemática de conhecimentos técnicos e científicos.
Podemos também definir como sendo as empresas que se baseiam no domínio intensivo do
conhecimento científico e tecnológico para manter a sua competitividade. Geralmente são
apoiadas por incubadoras de empresas, como o Programa de Incubadoras da Universidade
Estadual de Goiás – PROIN.UEG e demais mecanismos de apoio e fomento à inovação.

Exemplo de empreendimentos de base tecnológica: Empresa Bematech – líder em automação


comercial no Brasil.

4.5.1 Empreendedorismo Social

O empreendedorismo social surge às fortes pressões por meio da sociedade para transforma
o mundo. Isto ocorre através de empresas e empreendedores que não tem como foco o lucro do
seu empreendimento, ou, em alguns casos, o lucro como único objetivo, para também colocar
como propósito ações de impacto social, ou seja, que irão beneficiar a sociedade.
Dessa forma, a principal medida de desempenho do empreendimento social é o resultado
que gera na sociedade.
Esta é uma modalidade de empreendedorismo que está crescente no mundo. Abaixo segue
uma lista de 20 empreendimentos sociais que estão mudando o mundo:

1. Judith Joan Walker; African Clean Energy (ACE); Lesotho, África do Sul:
- Fogão portátil e sustentável movido à biomassa - http://www.africancleanenergy.com/

2. Pavin Pankajan ; Aquasafi Sistema de purificação ; Índia


- Provedor de água purificada - http://www.aquasafi.com/
3. Sanjay Banka ; Banka BioLoo ; Índia

19
- Instalação de banheiros secos com tratamento de dejetos humanos por meio de cultura das
bactéria - http://www.bankabio.com/

4. Eric Sorensen ; Carbon Roots International; Haiti


- Conversor de biomassa de resíduos agrícolas ao pó de char de carbono para substituição de
briquetes de fogão e carvão - http://www.carbonrootsinternational.org/

5. Rob Taylor ; Columba Leadership; África do Sul


- Desenvolvimento e capacitação de jovens sul-africanos -
http://www.columba.org.za/default.aspx

6. Anya Cherneff ; Empower Generation; Nepal


- Treinar e capacitar mulheres para atuar como empresárias do setor energético -
http://www.empowergeneration.org/

7. Prashanth Venkataramana ; Essmart ; Índia


- Facilita e estimula mercados varejistas em localidades rurais - http://www.essmart-global.com/

8. Renata Szeles ; Gastromotiva - HUB Alimentos; Brasil


- Treinamento culinário para base da pirâmide e espaço de aluguel de cozinha para micro-
empresários - https://gastromotiva.org/

9. Jonathan Mativo ; ICT for Development; Quênia


- Fornece acesso e suporte a TIC´s em pequenas comunidades como forma de capacitar os
moradores ao mercado de trabalho - https://www.facebook.com/ict4dkenya

10. Rebecca Kaduru ; KadAfrica ; Uganda


- Capacitação e treinamento de meninas para o agronegócio - http://www.kadafrica.org/

11. Kirsten Gagnaire ; Mobile Alliance for Maternal Action (MAMA); Global, incluindo a África
do Sul, Bangladesh , Índia, Nigéria
- Fornece mensagens sobre cuidados à saúde a mulheres grávidas e suas famílias por meio de
celulares - http://www.mobilemamaalliance.org/

12. Michael Njoroge ; Multi -Link Investments Group ; Quênia


- Fogões “verdes” - http://www.multilink-kenya.com/

13. Anoop Ratnaker Rao ; Naandi Community Water Services; Índia


- Construtor e operador de centros de água comunitários ( CWCS ) para fornecimento de água
seguro, confiável e a preços acessíveis - http://www.naandi.org/

14. Dr. Asher Hasan ; Naya Jeevan ; Paquistão e México


- Provedor de seguro de saúde para trabalhadores pobres - http://www.njfk.org/

15. Dr. Haywood Municipal ; PACE MD; México


- Formação de base comunitária para o atendimento de emergência e saúde na comunidade -
http://www.centro-pace.org/

16. Karim Abouelnaga ; Practice Makes Perfect; Estados Unidos

20
- Programa de verão, de cinco semanas, para apagar a distância que os estudantes de baixa renda
estão da situação de aprendizado ideal - http://practicemakesperfect.org/

17. Rahul Singh Noble ; Rangsutra Crafts Índia; Índia


- Criador de um mercado para os artesãos e agricultores em aldeias remotas -
http://www.rangsutra.com/

18. Wamuyu Mahinda ; The Youth Banner; Quênia


- Desenvolvimento de habilidades empreendedores para jovens - http://theyouthbanner.org/

19. Isabel Graefin von Medem ; X- Runner ; Peru


- Provedor de banheiro seco e recolhimento de resíduos - http://www.xrunner-venture.com/

20. Dr. Hilmi Quraishi ; ZMQ ; Índia


- Provê informações sobre saúde, soluções e serviços gerais para população rural pobre -
http://www.zmq.in/

Fonte: http://www.mudevoceomundo.com/

Se você tiver interesse de saber mais sobre empreendedorismo social e conhecer alguns casos
no Brasil, acesso os sites abaixo e aprenda mais sobre este tipo de empreendedorismo.

Sebrae: http://www.sebraemercados.com.br/negociosdeimpactosocial/
Endeavor: https://endeavor.org.br/empreendedorismo-social/

4.5.1.1 Negócios de Impacto Social

Segundo o site a Artemisia (http://www.artemisia.org.br), negócios de impacto social são


empresas que oferecem, de forma intencional, soluções escaláveis para problemas sociais da
população de baixa renda.
Esta é uma nova geração de empreendedores que buscam mudar o mundo, transformando-
o melhor e de quebra ainda ganhar dinheiro com isso. Dessa forma, essas empresas não tem o lucro
como único objetivo.

Negócios de impacto social possuem como características principais:

▪ Foco na baixa renda: são desenhados de acordo com as necessidades e características da


população de baixa renda.
▪ Intencionalidade: possuem missão explícita de causar impacto social e são geridos por
empreendedores éticos e responsáveis.
▪ Potencial de escala: podem ampliar seu alcance por meio da expansão do próprio negócio;
de sua replicação em outras regiões por outros atores; ou pela disseminação de elementos
inerentes ao negócio por outros empreendedores, organizações e políticas públicas.
▪ Rentabilidade: possuem um modelo robusto que garante a rentabilidade e não depende de
doações ou subsídios.
▪ Impacto social relacionado à atividade principal: o produto ou serviço oferecido
diretamente gera impacto social, ou seja, não se trata de um projeto ou iniciativa separada
do negócio, e sim de sua atividade principal.

21
▪ Distribuição ou não de dividendos: um negócio pode ou não distribuir dividendos a
acionistas, não sendo, porém, esse, um critério para definir negócios de impacto social.

4.5.1.2 Economia Solidária e Incubação Social

A ECONOMIA SOLIDÁRIA é um movimento que busca contrapor os princípios de


produção, comercialização e distribuição de riquezas inerentes ao sistema capitalista buscando
novas relações sociais, econômicas e ambientais contrárias à alienação em relação ao processo do
trabalho como um todo; às desigualdades sociais e aos desequilíbrios ambientais.
Dessa forma, movimentos da sociedade civil organizada, práticas assistencialistas,
mutualismo, cooperativismo e solidariedade acabaram sendo partes de um mesmo projeto de
Economia Social e Solidária.
Um empreendimento baseado em economia solidária e autogestão pode receber apoio por
meio da incubação social por meio de uma INCUBADORA TECNOLÓGICA DE
COOPERATIVAS POPULARES E EMPREENDIMENTOS SOLIDÁRIOS. Este conceito é um
empreendimento físico e funcional que visa capacitar grupos populares, associados e cooperados,
na gestão democrática do empreendimento solidário, promovendo a integração entre os grupos e
outros atores da Economia Solidária, desenvolvendo tecnologias para aprimorar o processo de
produção; apoiar a comercialização e a entrada no mercado dos empreendimentos; promover a
interação entre a Universidade e a comunidade, criando oportunidades de pesquisa junto às
experiências em Economia Solidária para os professores, estudantes e técnicos.
Na UEG existe uma Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares e
Empreendimentos Solidários intitulada “ProSol” constituída na forma de programa extensionista
da Universidade Estadual de Goiás (UEG), sem fins lucrativos, sendo vinculado à Pró-Reitoria de
Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis da UEG (PrE), e tem como objetivo promover o apoio e
incubação, segundo os princípios da economia solidária, de grupos populares e/ou
empreendimentos solidários, podendo contemplar ainda outras formas de empreendimentos
compatíveis com o empreendedorismo social que estejam orientados para o desenvolvimento local
e setorial, do Estado de Goiás e do entorno dos Câmpus da Universidade Estadual de Goiás - UEG.

Saiba mais acessando: http://www.prosol.ueg.br

4.6 Ambiente empreendedor

Um ambiente favorável à abertura de um negócio ou realização de diferentes projetos


contribui diretamente para o ato de empreender, dentre os diferentes fatores que tornam um
ambiente propício ao empreendedorismo, podemos ver na figura abaixo àqueles que podemos
tratar como sendo os fundamentais:

22
Fonte: Borges (2014)

Por ser o empreendedorismo um fenômeno cultural, o empreendedor é altamente


influenciado pelo meio em que vive, sendo visto como um ser social, ou seja, produto do meio em
que vive (época e lugar). O empreendedorismo é também um fenômeno regional, pois existem
regiões mais ou menos empreendedoras que, por sua vez, colaboram de forma diferenciada
para o perfil dos empreendedores.

A seguir alguns outros fatores importantes que podem contribuir para o desenvolvimento
de novos negócios, criando um ambiente favorável ao empreendedorismo, ALVES (2013):

▪ Redução da Burocracia
▪ Ampliação de linhas de financiamento para micro e pequenas empresas
▪ Estímulo à cultura empreendedora
▪ Formação de capital humano
▪ Educação Empreendedora
▪ Apoio a grupos Específicos como empreendedorismo de: mulheres, jovens, rural,
tecnológico, sustentável etc.
▪ Aprimoramento da Infraestrutura de todo o país (estradas, telecomunicações etc)
▪ Redução da Tributação

4.6.1 Barreiras e incentivos ao empreendedorismo no Brasil

Podemos definir esse tópico como... O que atrapalha empreender em nosso país? Em
grande parte, trata-se da ausência de mecanismos governamentais para incentivar e dar apoio aos
empreendedores, conheça os principais:

▪ Burocracia: principalmente na abertura de uma empresa, no Brasil, são necessários 107,5


dias, em média, para criar uma empresa, o que coloca o país na 123ª posição do ranking

23
mundial. Novas modalidades empresariais como o Micro Empreendedor Individual (MEI)
tem contribuído para agilizar a abertura de micro empresas;
▪ Financiamento: falta de financiamento para empresas em diferentes estágios de
desenvolvimento. Geralmente o crédito para quem está começando torna-se inacessível,
poucas linhas de crédito são disponibilizadas para micro e pequenas empresas. No Estado
de Goiás podemos encontrar alguns bons exemplos como o Programa Minha Primeira
Empresa e linhas de crédito da Goiás Fomento;
▪ Cultura: estimular a criação de novos negócios entre a população, ter uma cultura
empreendedora, mudar o quadro de que empreendemos por necessidade para o
empreendedorismo de oportunidades;
▪ Capital Humano: falta de pessoal e formação adequada ao empreendedorismo.
Necessidade de criação de mais projetos e programas que capacitem os empreendedores
em práticas empresariais;
▪ Educação Empreendedora: poucos projetos de disseminação do empreendedorismo no
ensino, desde o ensino básico;
▪ Grupos Específicos: falta de apoio ao empreendedorismo para grupos específicos
(mulheres, jovens, rural, tecnológico, sustentável);
▪ Infraestrutura: a precariedade da infraestrutura em certas regiões do país (estradas,
telecomunicações etc) atrapalha o desenvolvimento e logística de negócios;
▪ Tributação: alta carga tributária. Há necessidade de redução da tributação juntamente com
a carga de impostos, não somente para o micro e pequeno empreendedor. Uma boa
iniciativa foi a implementação do Simples Nacional unificando diferentes impostos e
também reduzindo a tributação para diferentes seguimentos de micro empresas e empresas
de pequeno porte.

4.6.2 O Processo empreendedor

Agora que sabemos um pouco mais sobre o empreendorismo, podemos tentar descobrir
respostas para as seguintes perguntas....Quando é que começa o ato de empreender e também
quando isso termina?
O empreendedorismo não é o resultado de um ato único, isolado. Pelo contrário, ele é o
resultado de uma série de atos ou atividades que são desenvolvidas ao longo de um período de
tempo. Chama-se de processo empreendedor este conjunto de atividades que os empreendedores
realizam para criar um novo empreendimento. Empiricamente, o empreendedorismo costuma ser
definido como o processo pelo qual indivíduos iniciam e desenvolvem novos negócios.
Considerado dessa forma, como sendo um complexo fenômeno que envolve o empreendedor, a
empresa e o ambiente no qual o processo ocorre. (ALVES, 2013)
O processo de criação de uma empresa começa a partir da intenção do empreendedor, este
processo é demonstrado por meio de um modelo que envolve constructos relacionados à variáveis
psicológicas, características e cognições do indivíduo empreendedor relacionados à intenção
empreendedora, oportunidade e descoberta, decisão de explorar uma nova empresa e oportunidade
de exploração de atividades. Na intenção de se criar uma empresa os empreendedores dificilmente
possuem os recursos adequados, estes recursos em sua maioria advêm inicialmente de outras
pessoas ou instituições. (SHOOK et al., 2003)
Segundo Dornelas (2011) o processo empreendedor ocorre em etapas ou estágios de
maneira a facilitar o trabalho do empreendedor. Inicia-se com a ideia de negócio, que geralmente
é o ponto de partida para qualquer empreendimento. Em seguida, analisa-se a oportunidade, ou
seja, procura-se entender se a ideia que você teve tem potencial de viabilidade econômica, tem
clientes em potencial no mercado para consumir um produto ou serviço decorrente dessa ideia.
Com a oportunidade identificada parte-se para o desenvolvimento do plano de negócios. Após

24
estas etapas iniciais parte-se para a gestão da empresa. Note que o processo pode ser extremamente
dinâmico e as etapas podem ser revistas a qualquer momento, de forma interativa. O importante é
o empreendedor planejar o processo de estruturação do seu negócio desde a análise das ideias
iniciais para saber se são oportunidades, para então selecionar a melhor oportunidade, desenvolver
o plano de negócios e, assim, poder se dedicar à gestão da empresa.

5. EMPREENDEDORISMO, INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE

Empreender com sucesso significa ser capaz de desenvolver um potencial de


aprendizado e criatividade, junto com a capacidade de alcançar uma velocidade maior do que
o ritmo das mudanças do mercado. É ainda mais, é uma capacidade voltada para a inovação,
investimento, expansão de novos mercados, utilizando-se de técnicas, produtos e serviços
promissores e diferenciais no mercado, desde que sejam aproveitadas as oportunidades e
que apresentem as características de inovar, planejar, arriscar, empenhar, ser perseverante,
acreditar na ideia e transformá-la em realidade. Este ato se aplica em qualquer área, seja
um novo negócio, um novo processo, um novo produto ou um novo método utilizado. (ALVES,
2013)
Enquanto o empreendedorismo não exige necessariamente que a pessoa seja inovadora, a
inovação exige do inovador o espírito empreendedor. Uma grande ideia é normalmente fruto de
muitas tentativas, quase sempre ela surge depois de muito trabalho.
É importante que o novo empreendedor entenda que a criatividade é uma habilidade que
pode ser aprendida e depende do esforço que o indivíduo faz de pensar sobre os problemas e tentar
propor soluções para os mesmos, uma pessoa que tem o hábito de pensar soluções será mais
criativo à medida que aumentar seu conhecimento e experiência sobre um determinado assunto.
Um grupo pode gerar um nível de criatividade bem maior do que o resultado de um só
indivíduo, indicando que a discussão com outras pessoas, sobre os problemas e suas propostas de
solução, aumenta a criatividade.
Para Schumpeter, empreendedorismo é o ato de realizar uma inovação, de introduzi-la no
mercado, e empreendedores são os indivíduos com a função de tal realização.
Os efeitos da inovação são relevantes para as empresas, pois possibilitam a ampliação de
sua participação de mercado, a elevação de sua capacidade produtiva, a diversificação de produtos
e a redução dos custos. A transferência do conhecimento oriundo da pesquisa e desenvolvimento
(P&D) para a melhoria do processo, produto, serviço e modelo de gestão, bem como um ambiente

25
legal favorável são mecanismos fundamentais para criar e desenvolver o diferencial competitivo
dos pequenos negócios.
O Manual de Oslo (2005), mundialmente conhecido apresenta 4 formas de inovação:
Produto; Processo; Organizacional e Marketing:

▪ Inovação de produto - Envolve mudanças significativas nas potencialidades de produtos e


serviços – incluindo bens e serviços totalmente novos (inovação radical) e
aperfeiçoamentos importantes para produtos existentes (inovação incremental). É um
produto cujas características fundamentais (especificações técnicas, usos pretendidos,
software ou outro componente imaterial incorporado) diferem significativamente de todos
os produtos previamente produzidos pela empresa.
▪ Inovação de processo - Representa mudanças significativas nos métodos de produção e de
distribuição.
▪ Inovação organizacional - Refere-se à implantação de novos métodos organizacionais, tais
como: mudanças em modelos e práticas de negócios, na organização do local de trabalho
ou nas relações externas da empresa.
▪ Inovação de marketing - Envolve a implantação de novos métodos de marketing, incluindo
mudanças no design do produto e na embalagem, na promoção do produto e sua colocação,
e em métodos de estabelecimento de preços de bens e de serviços.

Por meio de mudanças ocorridas na política de inovação do país, foram criados


instrumentos destinados a incentivar a adoção de estratégias de inovação nas micro e pequenas
empresas (MPEs). Esses instrumentos visam à criação de mecanismos de cooperação entre a
academia, empresas e esfera pública, direcionados ao fomento e financiamento das atividades
empresariais de inovação.
Abaixo seguem alguns instrumentos de fomento e apoio à inovação disponíveis também às
MPEs, com seu link de acesso:

▪ SIBRATEC (Sistema Brasileiro de Tecnologia)


http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/313014.html
▪ SEBRAE Inovação http://www.sebrae.com.br/customizado/inovacao/como-
atendemos/atendimento-personalizado
▪ InovAtiva Brasil http://www.inovativabrasil.com.br/
▪ Plataforma Itec http://www.plataformaitec.com.br/
▪ Portal Inovação http://www.portalinovacao.mct.gov.br
▪ Finep http://www.finep.gov.br/
▪ PROIN.UEG http://www.proin.ueg.br
▪ Manual de Oslo http://www.finep.gov.br/images/apoio-e-financiamento/manualoslo.pdf

A combinação de políticas governamentais, apoio acadêmico e estratégias empresariais


possibilitam a criação de um ambiente propício à geração de inovação.

Técnicas que ajudam no processo de criatividade e inovação: Brainstorming, Design thinking,


Ideação e Dinâmicas

26
6. NOVOS NEGÓCIOS

6.1 Identificando oportunidades

A oportunidade de negócios está vinculada à um produto ou serviço que pode agregar


valor ao seu consumidor, seja através de inovação ou da diferenciação. Ou seja, algo que
atende a uma demanda de clientes, representando um nicho de mercado (as oportunidades
de mercado identificadas em determinadas áreas, as segmentações de mercado). De
preferência, que seja atrativa e que tenha potencial para gerar lucros e surge em um momento
adequado em relação a quem irá aproveitá-la.
As oportunidades empreendedoras são descobertas por conjunturas, conjunto de fatores, e
pela percepção de indivíduos que com suas crenças conseguem prever o valor das oportunidades
e novas formas de atuação, estes indivíduos são os empreendedores, isto pode ocorrer por obtenção
de informação antecipada e por propriedades cognitivas necessárias para avaliar tais
oportunidades.
Os empreendedores atuam de forma diferenciada tomando decisões diferenciadas ao
perceberem uma oportunidade seja pela experiência, riscos e outros fatores, envolvendo também
o otimismo que em certos casos pode se tornar um otimismo exacerbado levando-o a agir e só
depois analisar a oportunidade o que pode acarretar em riscos e equívocos. (SHANE e
VENKATARAMAN, 2000).
Tratando-se da busca e descoberta das oportunidades estudiosos identificam duas linhas
teóricas, uma que os empreendedores buscam diretamente pelas oportunidades e outra na qual os
empreendedores são guiados pelas informações sem literalmente buscar as oportunidades. A
decisão de explorar uma oportunidade pela criação de uma empresa está relacionada com atributos
psicológicos (propensão a riscos, motivos e atitudes) e também com atividades de criação de uma
empresa como o planejamento, a rede de contatos, venda e busca por recursos. (SHOOK et al.,
2003)

6.2 Conhecimento e Estudo de mercado

Abrir uma empresa sem conhecer o setor é mais aventura do que empreendedorismo.
Neste contexto, define-se como setor: o conhecimento de fatores do ambiente onde as empresas
são estruturadas, como são processados os negócios, quais os fatores de fracasso e de sucesso,
como reagir diante da criação de novas empresas no mercado, as oscilações financeiras,
lucratividade, exportação, tecnologia aplicada e desenvolvida, tendências mercadológicas e
tecnológicas, fornecedores de insumos essenciais, necessidades de recursos humanos, dentre
outros.
Dentre os conhecimentos necessários para a montagem de um negócio ressaltam- e:

▪ Conhecimento do produto e seu processo de produção;


▪ Conhecimento do tipo de serviço e o modo de prestar esse serviço ao cliente;
▪ Conhecimento dos aspectos administrativos e organizacionais do
empreendimento.

Além disso, é necessário que o empreendedor tenha conhecimentos suficientes para


entender e interpretar a realidade, e também para lidar de modo adequado com as pessoas,
seus clientes internos e externos, ou seja, seus fornecedores e funcionários.
Um diferencial importante para o empreendedor é a experiência, quanto mais
experiência no ramo ele tiver, melhor são suas chances de progredir no negócio. De qualquer

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forma é de fundamental importância ao empreendedor conhecer o negócio que está montando,
verificando se vale a pena começá-lo ou não.
Para conhecer o mercado em que atuará, o empreendedor, que faz questão de uma
informação de qualidade para tomar suas decisões, precisa realizar pesquisas. Sejam informações
veiculadas por revistas, jornais e internet, sejam pesquisas obtidas através de entrevistas,
é fundamental que sejam feitas para se minimizar os riscos de inserção da empresa no mercado.
(ALVES, 2013)
Podemos dizer que uma pesquisa de mercado compreende o conjunto de todas as ações
desenvolvidas pelo empreendedor no sentido de obter informações sobre o mercado
(consumidores, concorrentes, fornecedores, análise de conjuntura, localização, etc.) no qual atua
e/ou pretende atuar. A pesquisa de mercado é, portanto, um instrumento para auxiliar o
empreendedor na tomada de decisões, e envolve desde a definição dos objetivos para o qual será
realizada, até a tomada de decisão propriamente dita, incluindo a coleta e análise dos dados.
A pesquisa de mercado é um instrumento utilizado para auxiliá-lo a responder, com
segurança, um sim a essas e a muitas outras perguntas. Entretanto, para que o empreendedor possa
ser bem sucedido na utilização dessa ferramenta, ele deve estar muito atento aos objetivos que
deverão ser alcançados e, para isso, ele precisará de informações e não apenas de dados estatísticos.
E para quem vai iniciar um empreendimento, a pesquisa de mercado é um importante
instrumento que poderá ser utilizado para avaliar, entre outros itens:

▪ Perfil do consumidor, necessidades e desejos dos mesmos;


▪ Estudo do produto: melhorias técnicas ou comerciais em produtos já existentes, novas
utilidades para produtos, novos produtos, decisão de abandono de produtos;
▪ Estudo da embalagem: cor, tamanho, aceitação, tipo de material, formato;
▪ Estudo da imagem de marca: o que os clientes internos e externos acham da marca,
quais as mais conhecidas, qual a sua simbologia;
▪ Estudo do preço de venda: quanto cobram os concorrentes, qual a margem de
contribuição, quanto pagam os consumidores, quanto se deve produzir (ponto de
equilíbrio);
▪ Estudo da concorrência: quem são os seus concorrentes diretos; quais os seus pontos
fortes e fracos;
▪ Estudo dos fornecedores: quem são; qual o seu público-alvo; qual a sua política de
atuação;
▪ Localização do empreendimento: fluxo de pessoas e de veículos; local para
estacionamento, proximidade de clientes em potencial e/ou concorrentes; facilidade de
acesso.

6.3 Como estruturar e planejar seu negócio

Não se pode deixar de reforçar que, além das características de habilidades e


competências já descritas, princípios básicos de administração como o planejamento, a
organização, a formação de equipe e o controle, são essenciais para o êxito da organização.
Como apoio à estruturação de um negócio temos duas importantes ferramentas que são o Modelo
de Negócio e o Plano de Negócio. Vamos conhecer cada uma delas?

6.3.1 Modelo de Negócio

Um modelo de negócio descreve a lógica de criação, entrega e captura de valor por parte
de uma empresa. Ou seja, representa de forma prática como uma empresa está estruturada e como
ela atuará para entregar um produto ou serviço com valor agregado e qualidade para o cliente.

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Um modelo de negócio também pode ser visto como um mapa onde seu negócio poderá
ser visualizado de uma forma macro e neste mapa você irá identificar as possibilidades de resolver
um problema para um determinado segmento de clientes, com isso você identificará as formas de
ganhar dinheiro com essa solução e identificará toda a estrutura necessária para que isso aconteça.
Dentre as principais ferramentas para estruturarmos um negócio e como ele vai atuar
podemos utilizar o Modelo de Negócio Canvas. O Modelo de Negócio Canvas é uma ferramenta
de gerenciamento estratégico, que permite desenvolver e esboçar modelos de negócio novos ou
existentes. É um mapa visual pré-formatado contendo nove blocos, foi inicialmente proposto por
Alexander Osterwalder, e mundialmente disseminado, em 2010, pelo livro Inovação em Modelos
de Negócios – Business Model Generation, escrito em parceria com Yves Pigneur. A figura a
seguir representa o Modelo de Negócios Canvas:

Veja os 9 Blocos do Modelo de Negócios Canvas de forma resumida:

▪ Segmento de Clientes: Uma organização serve a um ou diversos segmentos de clientes.


▪ Proposta de Valor: Busca resolver os problemas do cliente e satisfazer suas
necessidades, com propostas de valor.
▪ Canais: As propostas de valor são levadas aos clientes por canais de comunicação,
distribuição e vendas.
▪ Relacionamento com Clientes: O relacionamento com clientes é estabelecido e mantido
com cada segmento de clientes.
▪ Fontes de Receita: As fontes de receita resultam de propostas de valor oferecidas com
sucesso aos clientes.
▪ Recursos Principais: Os recursos principais ou chave são os elementos exigidos para
fazer o modelo de negócios funcionar.

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▪ Atividades Chave: Descreve as ações mais importantes que você deve realizar para
fazer o modelo de negócios funcionar.
▪ Parcerias Principais: Descreve os fornecedores ou parceiros terceirizados e alguns
recursos que são adquiridos fora da empresa.
▪ Estrutura de custo: Como são estruturados os custos, de onde vêm, para fazer o modelo
de negócio funcionar.

A seguir, descrevemos um miniguia para preenchimento do Canvas:

1) Segmentos de Clientes - Após definir seu Público Alvo, divida-os em segmentos distintos se
observar as seguintes características: (Seu público pode ser dividido por necessidades diferentes;
São alcançados por canais diferentes; Geram uma lucratividade diferente de acordo com sua
disposição a pagar; Necessitam de formas diferentes de relacionamento.)

2) Proposta de Valor - Define o motivo pelo qual os clientes escolhem uma empresa ou outra.
(Novidade. Preço / Condições de pagamento. Desempenho. Redução de custos. Personalização.
Redução de riscos. Funcionalidade. Acessibilidade. Design. Durabilidade. Status. Conveniência /
Usabilidade.)

3) Canais de comunicação e vendas - Define os canais de comunicação, marketing, distribuição e


vendas. (Particulares. Parceiros. Equipes de Vendas. Tipos de Loja: Diretas: a) Loja Virtual ou b)
Lojas Próprias ou Indiretas: a) Lojas de Parceiros ou b) Atacado.)

4) Relacionamento com os Clientes - Descreve a forma de relacionamento que a empresa terá com
segmentos específicos de clientes. (Assistência Pessoal. Conquistar. Reter. Ampliar. Multiplicar.
Assistência Pessoal Dedicada. Self-Service. Serviços Automatizados. Comunidades. Cocriação.)

5) Fontes de Receita - Este item representa o faturamento que uma empresa gera a partir de cada
segmento de clientes (Venda de Recursos. Taxa de Uso. Taxa de Assinatura. Taxa de
Corretagem/Comissionamento. Empréstimo/Aluguel/ Leasing. Licenciamento. Anúncios.)

6) Recursos Principais - Descreve os principais recursos exigidos para que seu empreendimento
possa funcionar (Recursos físicos. Recursos intelectuais. Recursos humanos. Recursos
financeiros: Próprio, de terceiros, ou captado no mercado.)

7) Atividades-Chave - Descreve as ações mais importantes que uma empresa deve realizar para
fazer seu empreendimento funcionar (Produção. Canais de distribuição. Relacionamento com os
clientes. Resolução de problemas. Plataforma).

8) Parcerias Principais - Descreve a rede de fornecedores e demais parceiros indispensáveis para


que o empreendimento possa funcionar (Alianças com empresas não concorrentes. Parcerias
estratégicas com concorrentes. Joint Ventures para desenvolver negócios. Relação com
fornecedores para garantir suprimentos confiáveis).

9) Estrutura de Custos - Descreve a estrutura de custos envolvidos na operação de um modelo de


negócios (Direcionadas pelo custo. Direcionadas pelo Valor Custos Fixos. Custos variáveis.
Economia de escala. Economia de escopo).

Fonte: Quintanilha (2012)

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O Modelo de Negócio Canvas é uma ferramenta que fomenta o entendimento, a discussão,
a criatividade e a análise.

Agora que sabemos um pouco mais sobre como elaborar um modelo de negócio...Que tal
simularmos um modelo de negócio! Essa atividade pode ser feita com seu professor(a), para isso
precisaremos de um Modelo de Negócios Canvas impresso com cada bloco em branco, de
bloquinhos de post it, para preencher e colar em cada bloco do Canvas, e, de uma ideia de
negócio. Com todos estes materiais em mãos e uma ideia de negócio, mãos à obra!!!!

Outra forma de elaborar o modelo de negócio é utilizar o aplicativo do Sebrae pelo site
https://www.sebraecanvas.com

Como apoio para elaboração de um modelo de negócio pode ser utilizado a cartilha “Como
elaborar um modelo de negócio” desenvolvida pelo SEBRAE desenvolvida pelo SEBRAE que pode
ser obtida no site:
http://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/COMO%20ELABORAR%20UM%2
0PLANO_baixa.pdf

6.3.2 Plano de negócio

Para desenvolver um plano de negócio é importante entender o que essa ferramenta de


gestão significa. O plano de negócio é um documento utilizado para planejar um empreendimento
ou unidade de negócios, em estágio inicial ou não, com o propósito de definir e delinear sua
estratégia de atuação para o futuro. Trata-se ainda de um guia para a gestão estratégica de um
negócio ou unidade empresarial.
O seu desenvolvimento fica mais claro quando se analisa o processo empreendedor. Como
o plano de negócio é muito utilizado por empreendedores que estão estruturando a criação de novos
negócios, pode ser entendido como um guia para o planejamento de novos negócios ou ainda para
o planejamento de novas unidades empresariais, no caso de empresas já estabelecidas.
Mas, por que planejar? Ao responder a esta pergunta o empreendedor deveria pensar no
plano de negócio como uma ferramenta de auxílio no processo de planejamento e não como uma
obrigação. Só há razão de se planejar algo caso esteja claro para o empreendedor aonde se quer
chegar, ou seja, qual é o seu objetivo.
Negócios criados sem planejamento são empresas conhecidas como “estilo de vida” nas
quais os empreendedores não têm visão clara de crescimento e de como será a empresa daqui a 5,
10, 20 anos. Por isso, ao se estabelecer um objetivo de crescimento para um negócio, seja em
relação à receita, lucro, número de clientes, participação de mercado etc., fica mais evidente a
necessidade de se planejar cada passo que será dado para que o objetivo seja atingido.
Percebe-se, pela análise do processo empreendedor, que o plano de negócio pode e deve
também ser utilizado após a constituição do negócio. Desta forma, caberá ao empreendedor revisar
e atualizar seu plano de negócio periodicamente para garantir que a execução da estratégia de
negócios ocorra de maneira adequada.
Não há regra rígida ou metodologia única para se desenvolver um plano de negócio, mas
um bom ponto de partida é você planejar as atividades que deverão ser desenvolvidas, incluindo
tarefas, responsáveis, prazos e resultados almejados. Isso facilitará na obtenção do seu plano de
negócio dentro de um prazo razoável de forma que você possa controlar as atividades. Dificilmente
o plano de negócio será desenvolvido em uma única sequência de passos. É provável que muitas
interações ocorram e que após algumas seções serem concluídas você julgue necessário revisá-las
novamente quando algum tópico que se aplica a mais de uma seção tenha sido alterado. É
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importante que se tenha clareza do nível de detalhe que se busca para o plano e que se estabeleça
um prazo para concluí-lo, caso contrário você nunca obterá uma versão final para o seu plano de
negócios. (DORNELAS, 2011)

Estes são os principais elementos na estrutura de um plano de negócios:

▪ Detalhamento do Negócio: explica do que se trata o negócio, quais são seus


diferenciais, porque interessa ao público-alvo, sua localização e os produtos e serviços
que serão oferecidos.
▪ Análise SWOT: Indica os pontos fortes, pontos fracos, ameaças e oportunidades do
negócio, com um plano de ação para cada um.
▪ Posicionamento: indica o contexto em que seu negócio se encaixa em relação à
concorrência, e como ele se diferencia.
▪ Estrutura e operações: define como se configura a empresa, em seus aspectos físicos
como layout, planta etc, e também como ocorre o fluxo dos processos de produção,
desenvolvimento de serviços, logística e demais atividades até a entrega ao cliente.
▪ Plano de Marketing: detalha qual o mercado que o negócio quer atingir, o público-alvo,
e qual fatia você pretende conseguir, indica quais serão as estratégias e as ações para
que o público-alvo chegue até o produto ou serviço oferecido e precificação.
▪ Recursos Humanos: detalha o número de funcionários (dimensionamento de equipe) e
a política de contratação, cargos, salários, etc.
▪ Plano Financeiro: mostra quanto terá que ser investido para abrir o negócio, política de
captação de recursos (investimentos, financiamento etc), quais serão os gastos mensais,
o potencial de faturamento, os lucros que serão obtidos, fluxo de caixa com
lucratividade, ponto de equilíbrio, payback, taxa interna de retorno, ou seja, permite o
estudo de viabilidade econômica do negócio.

Benefícios do Plano de Negócios:

▪ O plano de negócio orienta o empreendedor a iniciar sua atividade econômica ou


expandir o seu negócio;
▪ Permite estruturar as principais visões e alternativas para uma análise correta de
viabilidade do negócio pretendido e minimiza os riscos já identificados;
▪ Contribui para o estabelecimento de uma vantagem competitiva, que pode representar
a sobrevivência da empresa;
▪ Serve como instrumento de solicitação de empréstimos e financiamentos junto a
instituições financeiras, novos sócios e investidores;
▪ Define claramente o conceito do negócio, seus principais diferenciais e objetivos
financeiros e estratégicos;
▪ Mapeia de maneira detalhada O QUE será feito, POR QUEM será feito e COMO será
feito, para que os objetivos do negócio sejam atingidos;
▪ Relaciona os produtos que serão oferecidos ao mercado;
▪ Define A QUEM vai ser oferecido e QUEM vai competir com o novo negócio;
▪ Posiciona COMO o cliente vai ser localizado e atendido;
▪ Mapeia QUANTO será necessário investir no novo negócio, e QUANDO será o
retorno financeiro previsto;
▪ Descreve QUANDO poderão ser realizadas as atividades e como serão atingidas as
metas;
▪ Identifica os riscos e minimizá-los, e até mesmo evitá-los através de um planejamento
adequado;

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▪ Identifica os pontos fortes e fracos da organização e compará-los com a concorrência
e o ambiente de negócios em que se atua;
▪ Permite conhecer o mercado de atuação e definir estratégias de marketing para seus
produtos e serviços;
▪ Analisa o desempenho financeiro de seu negócio, avaliando os investimentos, retorno
sobre o capital investido.
▪ Possibilita a obtenção de financiamento e captura de recursos de investidores, editais
de fomento etc.

Pesquise mais sobre os planos de negócios, e você perceberá rapidamente que além de não ser
um bicho de sete cabeças, é uma ferramenta extremamente valiosa para seus objetivos de
empreendedor.

Para auxiliar no desenvolvimento de seu plano de negócio, você pode utilizar diferentes modelos
como suporte disponíveis no site http://www.josedornelas.com.br/plano-de-negocios/ e também a
cartilha “Como elaborar um plano de negócio” desenvolvida pelo SEBRAE, que pode ser obtida
no site: http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/Como-elaborar-um-plano-de-negocio

O plano financeiro e plano de marketing podem estar diretamente vinculado ao plano de


negócio e são etapas importantíssimas para a criação e também expansão de um negócio. Devido
à relevância destes planos dentro de um plano de negócio, vamos analisá-los de forma mais
detalhada nos próximos itens.

6.3.3 Plano Financeiro e Estudo de viabilidade

O ideal de todo empreendimento é que se faça um plano de negócio que contemple um


plano financeiro que contenha o fluxo de caixa e no mínimo uma análise de viabilidade. Muitas
empresas fazem esta análise apenas no momento de tomada de decisão de investimento no negócio,
outras fazem uma avaliação anual e assim definem novas metas e novos rumos. No entanto, o mais
comum é a falta de análise de viabilidade de um negócio.
No caso das pequenas empresas não é diferente e muitas vezes os negócios vão
acontecendo aos poucos e se transformando sem que tenha feito um planejamento prévio. De fato,
a rotina toma todo o tempo do gestor, o que dificulta muito pensar sobre a empresa. Porém, fazendo
isso você estará navegando em mares turbulentos sem uma bússola.
Quando o negócio está em dificuldades surge a necessidade imediata de entender os
motivos para tais problemas. Algumas vezes ainda está em tempo de analisar e realizar correções,
porém, em outros casos, não há mais tempo suficiente para tais medidas.

Na internet é possível encontrar uma série de planilhas que podem lhe auxiliar e todas terão
basicamente o plano financeiro é constituído por:

▪ Estimativa dos investimentos fixos (máquinas e equipamentos, móveis e utensílios,


veículos etc.);
▪ Capital de giro (estimativa do estoque inicial, caixa mínimo, fornecedores, estoque etc.)
▪ Investimentos pré-operacionais;
▪ Investimento total (resumo);
▪ Estimativa do faturamento mensal da empresa (por produto, serviço e total);
▪ Estimativa do custo unitário de matéria-prima, materiais, diretos e terceirizações (por
produto/serviço);
▪ Estimativa dos custos de comercialização;

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▪ Apuração dos custos dos materiais diretos e/ou mercadorias vendidas;
▪ Estimativa dos custos com mão de obra;
▪ Estimativa do custo com depreciação;
▪ Estimativa de custos fixos operacionais mensais;
▪ Demonstrativo de resultados;
▪ Indicadores de viabilidade (ponto de equilíbrio, lucratividade, rentabilidade, prazo de
retorno do investimento ou payback etc.).

Fonte: SEBRAE (2013)

Instruções de como elabora um plano financeiro estão contidas na cartilha “Como elaborar um
plano de negócio” desenvolvida pelo SEBRAE que pode ser obtida no site:
http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/Como-elaborar-um-plano-de-negocio

Depois de realizada a primeira análise, você poderá identificar, por exemplo, qual o valor
inicial a ser investido, onde estão os gastos em excesso, margem de preço dos produtos, o retorno
do investimento, lucratividade e principalmente o resultado financeiro de seu negócio que dará
direcionamentos no sentido de saber se o negócio é viável ou não e em quanto tempo ele se paga.
No final, o tempo gasto nesta atividade será pequeno perto de todas as informações que você vai
ter de seu negócio. (EXAME, 2012)

6.3.4 Planejamento de Marketing

Quando tratamos nas questões mercadológicas, ou seja, de mercado, temos que


compreender melhor o marketing nas empresas.
Segundo Kotler (2006), marketing significa realizar ações para atender as necessidades e
desejos dos clientes. Se você interpretar, vai entender que se você tiver produtos ou serviços que
atendem às necessidades e desejos dos clientes, estes estarão dispostos a comprar tais produtos ou
serviços.
Por isso, a primeira etapa é conhecer bem os clientes que você escolher atender. Para isso,
é válido entender o conceito de segmentação. Segmentar significa fatiar, dividir. Ou seja, você
enxerga um público grande de clientes e os classifica por critérios. Por exemplo, o Brasil tem 205
milhões de habitantes. Você pode escolher apenas o público feminino. Esta é uma segmentação
básica. Além disso, você pode querer atender apenas adolescentes. Com isso você segmentou
novamente. Assim você pode continuar segmentando e delimitando seus clientes. A vantagem de
segmentar é que você tenha um padrão que facilite as estratégias de produto, propaganda, preço e
praça.
Em seguida, você deve definir como você quer se posicionar para esse público. O
posicionamento tem a ver como você quer ser lembrado pelo seu cliente em termos de posição
(primeiro lugar, segundo ligar etc). Se você quer se posicionar em primeiro lugar, provavelmente
você terá que investir bem mais.
Após isto, você deve usar estratégias de marketing que envolvam os mix de marketing,
também chamado de 4 P´s de marketing. Os 4 P´s significam Produto, Preço, Promoção e Praça.
▪ Produto: significa elaborar um produto ou serviço que melhor atendam às necessidades e
desejos dos clientes. Características dos produtos, embalagem, durabilidade, design,
garantia entre outros fatores são determinantes para uma estratégia bem elaborada de
produto.

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▪ Preço: este P gera uma grande dúvida, pois muitos pensam que isto tem a ver com a área
financeira da empresa. No entanto, o Preço em marketing quer dizer no preço que o
consumidor está disposto a pagar. Quando pensamos dessa forma, podemos entender
melhor que melhor preço não é menor preço. Em muitos casos, o preço mais alto agrega
valor ao produto, ajudando na decisão de compra. Produtos com muita diferenciação que
que tem marca de status como a Ferrari podem ser exemplos dessa estratégia. Não por isso
que todos os produtos têm que ter preços altos. Algumas empresas primam por uma
estratégia de preços baixos.

▪ Promoção: esta estratégia é como o produto será comunicado ao cliente e chamará a


atenção deste. A propaganda é uma forma de promoção que pode ser utilizado de várias
formas, podendo utilizar canais de comunicação como TV, rádio, outdoor, panfletagem,
internet, entre outros. As conhecidas promoções nas lojas também servem para chamar a
atenção dos clientes, sendo consideradas muito eficazes.

▪ Praça: antes chamado de ponto de venda ou ponto de distribuição, o real significado de


praça é conveniência. Enquanto muitos pensam que praça é o local onde a empresa está
instalada, o certo é pensar em como fazer o produto ou serviço chegar mais fácil e mais
rápido ao cliente. A internet possibilitou uma revolução nessa estratégia, pois pelo celular
o cliente pode ter acesso a um universo de produtos e serviços de vários fornecedores do
mundo. Se a empresa não vende pela internet, então a localização física se torna muito
importante, desde que forneça facilidade para os clientes.

Como elaborar uma Plano de Marketing?

A seguir, descrevemos um mini roteiro para elaboração de um plano de marketing, veja o


passo a passo:

▪ Passo 1 - Informações cadastrais e apresentação do projeto ou negócio


▪ Passo 2 - Efetue um diagnóstico da situação (cenários)
▪ Passo 3 - Faça a análise SWOT
▪ Passo 4 - Segmente seus clientes
▪ Passo 5 - Estabeleça objetivos de marketing
▪ Passo 6 - Elabore uma estratégia de marketing
▪ Passo 7 - Formule o marketing-mix
▪ Passo 8 - Estabeleça orçamentos
▪ Passo 9 - Controle os resultados
▪ Passo 10 - Atualize o plano

Para auxiliar no desenvolvimento de seu plano de marketing pode utilizar cartilha “Como
elaborar um plano de marketing” desenvolvida pelo SEBRAE que pode ser obtida no site:
https://www.sebraemg.com.br/atendimento/bibliotecadigital/documento/cartilha-manual-ou-
livro/como-elaborar-um-plano-de-marketing

Uma área nova do marketing chamada de marketing digital. O marketing digital é uma
estratégia eficiente que utiliza a internet como fonte de localizar e chamar a atenção do cliente de
forma bem segmentada.
O marketing digital utiliza um conjunto de conteúdos (também chamado de leads) que são
enviados às pessoas ou disponibilizados, ou impulsionados nas redes sociais a fim de chamar a

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atenção dos clientes. Quando um cliente acessão um desses conteúdos, isto é medido e identificado
assuntos de interesse para que após seja iniciado um processo de venda.
A grande vantagem do marketing digital é que consegue atingir um público muito grande
e dentro desse universo conseguir filtrar interesses específicos.
As estratégias mais comuns desse modelo de marketing é a utilização de ebooks com temas
específicos.
Dessa forma, o marketing digital é conhecido como inbound marketing. O principal
objetivo do inbound marketing é atrair e fidelizar clientes. Em português livre, inbound marketing
quer dizer marketing de atração, ou seja, a ideia principal não é ir atrás do cliente, e sim despertar
o interesse dele para que ele venha até você e se interesse pelo que a sua empresa oferece.
Essa atração é conquistada através de conteúdos de qualidade para o seu público. Sendo a
produção de conteúdo o principal combustível para o Inbound, é necessário que esse conteúdo seja
de qualidade e que comunique com as pessoas certas.
Assim como a ideia principal é atrair o público e despertar nele um interesse genuíno nos
produtos ou serviços da empresa, é preciso entender bem quem é esse público. Ou seja, primeiro
saber quais são seus interesses, dúvidas e desafios, para então oferecer materiais/conteúdos que o
ajude a resolver os problemas que tem ou o faça enxergar uma oportunidade ainda não vista, onde
a solução é exatamente o serviço/produto que a sua empresa oferece.
Já o outbound marketing é o marketing tradicional e tem como principal objetivo trazer
clientes oferecendo serviços ou produtos. A ideia é ir atrás do cliente ativamente e não
necessariamente gerar o interesse genuíno desse possível cliente na sua empresa.
Esse tipo de marketing cresceu muito com o uso de propagandas no rádio, TV, jornais,
revistas, mala direta, cartazes, patrocínio de eventos, enfim, nos meios mais tradicionais de
publicidade.
Fonte: http://resultadosdigitais.com.br/

6.4 Estratégia de negócio

O cerne da estratégia do negócio é como formar e reforçar a posição competitiva de longo


prazo da empresa no mercado. Os desafios encarados pelas pequenas e médias empresas em face
à globalização e competitividade mercadológica demandam uma nova dinâmica para essas
empresas no sentido de buscar vantagem competitiva, sobrevivência e melhor performance, o que
pode ser feito por meio de uma orientação empreendedora e pela aprendizagem organizacional
principalmente pelo nível gerencial e estratégico. (BRETTEL e ROTTENBERGER, 2013)

Principais Características das Estratégias:


▪ Devem ser basear no resultado da Análise do Ambiente;
▪ Devem criar vantagem competitiva;
▪ Devem ser viáveis e compatíveis com os recursos;
▪ Devem ser coerentes entre si;
▪ Devem buscar o compromisso das pessoas envolvidas; ter o grau de risco limitado pela
empresa;
▪ Devem ser fundamentadas nos Princípios da empresa, e;
▪ Devem ser criativas e inovadoras.

Como checar a consistência da Estratégia:


▪ Esta estratégia está clara para todos que a lerem?
▪ Ela é viável? É compatível com os recursos atuais e potenciais?
▪ Cria vantagem competitiva?
▪ Aproveita oportunidades e minimiza ameaças?

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▪ Ela potencializa as forças e neutraliza as fraquezas?
▪ Ela está circunscrita ao risco definido pela Diretoria?
▪ Respeita e reforça os princípios?
▪ Respeita a responsabilidade social da empresa?
▪ Pode promover o compromisso das pessoas envolvidas?
▪ É criativa e inovadora?
▪ É coerente com as demais?

Como elaborar uma estratégia? Para a elaboração de uma estratégia é necessária a


realização de três tarefas:
▪ Desenvolvimento de uma visão estratégica e da missão do negócio;
▪ Estabelecimento de objetivos de desempenho, e;
▪ Refinamento da estratégia para produzir os resultados desejados.

Fonte: strategia.com.br (2001)

6.5 Como formalizar sua empresa

A seguir, informamos o passo a passo para você formalizar sua empresa:

1 - Situação Fiscal: Pesquisar a situação fiscal (recolhimento de impostos, taxas e contribuições)


junto à Secretaria da Fazenda do Estado ou Município. Para isso, leve sua carteira de identidade e
CPF; e dos sócios, quando houver. Esta etapa é importante, pois se houver alguma pendência
vinculada ao seu nome ou aos de seus sócios, as demais etapas do processo não poderão se realizar.

2 - Consulta Prévia para emissão do Alvará de Funcionamento: Verificar, na Prefeitura de sua


cidade, se existem pendências ou restrições que impeçam a constituição da empresa no endereço
indicado.

3 - Nome Empresarial: Solicitar pesquisa do Nome Empresarial para verificar se o nome escolhido
para sua empresa está liberado para inscrição. Você sabia? Que não pode haver 2 empresas com o
mesmo nome no mesmo ramo de atividade no mesmo estado? Vale a pena verificar o registro do
nome como marca no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial). Se alguém tiver registro
do nome que o empreendedor vai adotar no seu negócio, isso pode trazer problemas no futuro,
principalmente se já tiver feito investimentos na marca da empresa.

4 - Natureza jurídica e Ato Constitutivo: Definir a natureza jurídica mais adequada ao seu negócio.
Se você possuir sócios, sua empresa será constituída sob uma das formas da sociedade comercial.
As mais comuns são Micro Empreendedor Individual e Sociedade limitada. Caso não haja sócios,
você será registrado como empresário individual. A decisão da natureza jurídica tem diversas
consequências, especialmente quanto a sua responsabilidade pessoal pelas obrigações da empresa.

5 - Registro da Empresa: Assim como no nascimento, casamento e óbito, a criação de uma pessoa
jurídica também deve ser registrada. A Junta Comercial é a responsável pelo registro público de
atividades ligadas a sociedades empresariais. A Junta Comercial auxilia, também, a organizar e
manter atualizado o cadastro de empresas em funcionamento no País.

6 - Emissão do CNPJ: Com o NIRE em mãos, chega a hora de registrar a empresa como
contribuinte, ou seja, de obter o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ.

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O registro do CNPJ é feito exclusivamente pela internet, no endereço da Receita Federal
do Brasil (www.receita.fazenda.gov.br), por meio de programa específico, de acordo com as
orientações nos próprios formulários. Os documentos necessários, informados no site, são
enviados por Sedex ou pessoalmente para a Secretaria da Receita Federal, e a resposta é dada
também pela internet. Em alguns locais este procedimento é realizado nas Juntas Comerciais. Ao
fazer o cadastro no CNPJ, é preciso registrar a atividade que a empresa irá exercer, conforme
descrito no ato constitutivo. Essa classificação será utilizada não apenas na tributação, mas também
na fiscalização das atividades da empresa.

OPÇÃO PELO SIMPLES NACIONAL: A Lei Complementar n° 123, de 14/12/2006,


instituiu o novo regime de tributação para microempresas e empresas de pequeno porte,
denominado Simples Nacional. O pedido de opção de novas empresas pelo Simples Nacional deve
ser feito exclusivamente pela internet, por meio do Portal do Simples Nacional, no endereço:
http://www8.receita.fazenda.gov.br/simplesnacional

Vantagens para sua empresa: simplificação tributária com recolhimento de 8 impostos e


contribuições em Guia Única de Reconhecimento. Leia as instruções contidas no portal acima
mencionado.

7 - Inscrição Estadual: Já o cadastro no sistema tributário estadual deve ser feito junto à Secretaria
Estadual da Fazenda. Em geral, ele não pode ser feito pela internet, mas isso varia de Estado para
Estado. Atualmente a maioria dos Estados possui convênio com a Receita Federal, o que permite
obter a Inscrição Estadual junto com o CNPJ, por meio de um único cadastro.

8 - Alvará de Funcionamento: Com o CNPJ cadastrado, é preciso ir à prefeitura ou administração


regional para requerer o alvará de funcionamento de sua empresa. O alvará é uma licença que
permite o estabelecimento e o funcionamento de instituições comerciais, industriais, agrícolas e
prestadoras de serviços, bem como de sociedades e associações de qualquer natureza, vinculadas
a pessoas físicas ou jurídicas.

9 - Impressão de Documentos Fiscais: Agora resta apenas preparar o aparato fiscal para que seu
empreendimento entre em ação. Será necessário solicitar a Autorização para Impressão de
Documentos Fiscais - AIDF junto à Secretaria da Fazenda do Estado ou Município. Em alguns
locais, este procedimento é feito pela internet. Uma vez que o aparato fiscal esteja pronto e
registrado, sua empresa pode começar a operar legalmente.

Fonte: http://cafeempreendedor.blogspot.com.br/

Esta indicação de procedimento para montar um negócio pode ser alterada, surgindo novos
procedimentos. Por isso, contate um bom contador para ter melhores orientações a respeito de
abrir juridicamente um negócio. Assim você terá mais tempo em como direcionar suas ações
para fazer o negócio ser um sucesso.

6.6 Como tornar-se um Microempreendedor Individual

O MEI - Microempreendedor Individual é uma forma simplificada de regularizar a situação de


empreendedores que faturam até R$ 60.000,00 por mês.

38
QUEM PODE SE INSCREVER?
Todos os empreendedores informais ou não, que faturam até R$ 60 mil por ano e que possuem no
máximo um funcionário, como cabeleireiros, fotógrafos, comerciantes, pedreiros, donos de
lanchonetes e outros.

OBS. Para se inscrever, não poderá ter participação em outra sociedade.

BENEFÍCIOS
O bom de ser um Empreendedor Individual é que você conta com diversos benefícios, como
aposentadoria e auxílio-doença, além da possibilidade de participar de licitações públicas. Bom
pra você e bom para todos.

Fonte: Portal do Empreendedor (http://www.portaldoempreendedor.gov.br)

Agora, basta tocar o seu negócio adiante! Bons negócios!

6.7 Gestão da Micro e Pequena Empresa (MPE)

Micros e pequenas empresas (MPE) representam um grande desafio para os princípios da


administração, principalmente relacionado ao planejamento financeiro. A compreensão das
práticas de gestão dessas organizações ainda é precária. Assim, seguem comentários sobre a gestão
de MPE, os erros mais comuns cometidos pelos micros e pequenos empreendedores e qual seria a
solução para evitá-los.

Em se tratando de Gestão de Micro e Pequenas empresas, nunca é demais tomar alguns


cuidados:

Cuidado com Visão Estratégica errônea ou distorcida:


▪ Desconhecer amplitude/necessidades/desejos do nicho de atuação;
▪ Falta de parcerias estabelecidas com fontes de suprimentos atuais e alternantes;
▪ Falta de ferramentas de comunicação com mercado presencial e virtual;
▪ Falta de política sucessória entre sócios e herdeiros.

Cuidado com a Falta de Informações e Ferramentas de Controles Gerenciais:


▪ Processos de gestão não claros e formalizado;
▪ Falta de informações históricas confiáveis para tomadas de decisão;
▪ Tomadas de decisões por empirismo e “achismo”. “Bom para mim então bom para
cliente”.

Cuidado com a falta de “capacitação” gerencial do empreendedor:


▪ Desconhecimento de ferramentas e técnicas de auxílio a gestão;
▪ Descobrir suas deficiências e voltar a “Aprender a Empreender”;
▪ Aprimorar competências empreendedoras através de treinamentos específicos.

Cuidado com a Qualidade em defasagem com o foco estratégico e comercial:


▪ Padrão de Qualidade defasado do valor percebido pela solução.

Cuidado com o Desequilíbrio de Recursos Econômicos e Financeiros:

39
▪ Falta ou excesso de máquinas e equipamentos;
▪ Falta ou excesso de recursos humanos;
▪ Falta ou excesso nos padrões de níveis de estoque;
▪ Falta de Capital de giro;
▪ Excessivo grau de endividamento.
Cuidado com a localização inadequada, comprometendo acesso ou logística de
distribuição:
▪ Aluguel mais barato, entretanto fora da região comercial;
▪ Galpão industrial afastado dos centros de comercialização e distribuição;
▪ Show room longe de acesso, escolhido pela isenção de “luvas” na locação.

Cuidado com a Produtividade:


▪ Inadequação de sistemas de informação;
▪ Equipamentos inadequados com excessivo gasto de manutenções;
▪ Processos operacionais ineficientes que podem ser melhor executados
externamente.

Cuidado com a Inadimplência:


▪ Estabelecer limite e controlar sua adequação;
▪ Busque agente financeiro para intermediar a operação (financiadora).

Cuidado com Pró-labore e retiradas dos sócios comprometendo resultados da empresa e a


gestão do capital de giro:
▪ Analise o padrão de retiradas e adapta-se ao que sua empresa permite conceder.

Cuidado com a falta de Plano não adequado para gestão e capacitação de recursos humanos
(colaboradores):
▪ Cuidado com a falta de capacitação e treinamento adequados.

A inexistência de uma gestão financeira amparada em dados contábeis, evidenciados pelas


demonstrações, provoca uma série de problemas de análise, planejamento e controle financeiro
das atividades operacionais das empresas. Confira alguns:

Erros mais comuns relacionados ao controle financeiro:


▪ Desconhecem se a empresa está tendo lucro ou prejuízos em suas atividades
operacionais;
▪ Formação errônea do preço de venda;
▪ Desconhecem o volume e a origem dos recebimentos e o volume e destino dos
pagamentos;
▪ Desconhecem o valor das despesas fixas da empresa;
▪ Não controlam a retirada do(s) proprietário(s), sendo este um dos principais
motivos de dificuldades de caixa;
▪ Desconhecem o ciclo financeiro de suas operações, isto é, em quanto gira o seu
estoque, qual o prazo médio de pagamento e recebimento, entre outros;
▪ Não possuem um sistema de informações gerenciais (Fluxo de Caixa, relatórios
mensais, demonstrativo de resultados, controle de estoque, contas a pagar, a receber
etc.).

40
Principais ‘sintomas’ do desequilíbrio:
▪ Dependência constante de empréstimos;
▪ Utilização de taxas de juros superiores a rentabilidade;
▪ Mudança constante de fornecedores;
▪ Alteração constante do foco empresarial.

Causas:
▪ Aumento do prazo de vendas, visando melhoria da competitividade;
▪ Volumes de compras inadequados – estoques elevados;
▪ Inadequação dos prazos de venda, recebimento e pagamento;
▪ Crescimento sem planejamento de fontes de recursos.
▪ Como evitar os erros? Medidas a serem tomadas:
▪ Implementação de controles financeiros;
▪ Registro dos eventos ocorridos no dia a dia;
▪ Manutenção dos registros atualizados;
▪ Implementação de controles financeiros;
▪ Registro dos eventos ocorridos no dia a dia;
▪ Manutenção dos registros atualizados.
Principais Controles Administrativo-Financeiros:
▪ Controle de Caixa;
▪ Controle de Vendas;
▪ Contas a Pagar;
▪ Contas a Receber;
▪ Controle de Despesas;
▪ Controle de Estoques.

Resultados:
▪ Controles dos recursos financeiros;
▪ Capacidade de tomar melhores decisões;
▪ Gestão financeira saudável.

Fica evidente que é necessário disseminar a cultura da gestão financeira associada às


técnicas de contabilidade para os pequenos negócios.

Fonte: Lições de Bolso, Monteiro (2014)

6.8 Erros mais comuns e mortalidade das empresas

Segundo Chiavenato (2004) os erros e perigos mais comuns nos novos negócios são:

▪ Não identificar adequadamente qual será o novo negócio


▪ Não reconhecer o tipo de cliente a ser atendido
▪ Não saber escolher a forma de sociedade mais adequada
▪ Não planejar bem as necessidades financeiras
▪ Errar na escolha do local do negócio
▪ Não saber administrar as operações do novo negócio
▪ Não conhecer sobre a produção dos bens ou serviços
▪ Desconhecer o mercado e a concorrência
▪ Ter pouco domínio sobre o mercado fornecedor

41
▪ Não saber vender ou promover seus produtos/serviços
▪ Não tratar bem o cliente

Em novos negócios, a mortalidade prematura das empresas é bastante elevada. As causas


mais comuns de falhas nos negócios são:

▪ Fatores econômicos: 72% das falências se devem à incompetência do


empreendedor, falta de experiência gerencial e de campo e experiência
desequilibrada.
▪ Inexperiência: 20% das empresas falham por causa de lucros insuficientes, juros
elevados, perda de mercado, mercado consumidor restrito ou nenhuma viabilidade
futura.
▪ Vendas insuficientes: 11% das empresas têm fraca competitividade, sofrem com
recessão econômica, dificuldades de estoque ou localização inadequada.
▪ Despesas excessivas: 8% das empresas têm dívidas e cargas demasiadas ou
despesas operacionais elevadas.
▪ Outras causas: 3% das falências ocorrem por negligência, capital ou ativos
insuficientes, clientes insatisfeitos ou fraudes.

Fonte: Alves (2013)

7. APOIO AO EMPREENDEDORISMO E NOVOS NEGÓCIOS

7.1. Políticas públicas para o empreendedorismo

O Brasil é apontado como um dos países mais empreendedores do mundo, mas há muito a
melhorar no que se relaciona às condições de consolidação das de iniciativas de novas empresas.
A correlação positiva entre atividade empreendedora e crescimento da atividade econômica
oferece uma excelente oportunidade para a prática de políticas públicas que venham a estimular o
empreendedorismo e a educação para a abertura de novos negócios. (ÂNGELO, 2005)
Diferentes inciativas estão sendo realizadas pelo governo, estados e municípios, porém,
passos mais audaciosos devem ser estabelecidos, principalmente no sentido de disseminar a cultura
e educação empreendedora, incentivos fiscais e financeiros e demais políticas que permitam uma
formação adequada ao empreendedor e inovação nas micro e pequenas empresas.

7.2 Mecanismos de apoio ao desenvolvimento de negócios

A seguir, destacamos importantes mecanismos que oferecem suporte ao empreendedor


para o desenvolvimento de seu negócio:

Aceleradoras - a maioria dos empreendedores não estão prontos para criar negócios de alta
escalabilidade. A aceleradora vem para dar todo o apoio ao empreendedor com mentoria e para
elevar seu negócio a outro patamar e potencializar o negócio para receber investimentos.

Espaços de Coworking - Os espaços de coworking tentam atender a demanda de empreendedores


e profissionais autônomos iniciando suas empresas, sem muita previsão de quantas pessoas ou qual
espaço precisarão nos primeiros meses ou anos. Todos trabalham em uma mesma área - ou várias
áreas conjugadas - dividindo custos de um local que traz não só facilidades e serviços, mas também
a chance de conhecer pessoas similares e fazer negócios internamente. (EXAME.COM, 2011)

42
Incubadoras de empresas - Uma incubadora de empresas é um ambiente interessante de estímulo
ao empreendedorismo na medida em que fortalece e prepara pequenas empresas para sobreviver
no mercado. É um local especialmente criado para abrigar estas pequenas empresas, oferecendo
uma estrutura configurada para apoio ao desenvolvimento e gestão de empresas, além de estimular,
agilizar e favorecer a transferência de resultados de pesquisa para atividades produtivas.

SEBRAE - O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) é uma entidade
privada sem fins lucrativos. É um agente de capacitação e de promoção do desenvolvimento,
criado para dar apoio aos pequenos negócios de todo o país. Desde 1972, trabalha para estimular
o empreendedorismo e possibilitar a competitividade e a sustentabilidade dos empreendimentos
de micro e pequeno porte. (www.sebrae.com.br)

Secretaria da Micro e Pequena Empresa (SMPE) - Secretaria criada com status de Ministério para
participar na formulação de políticas voltadas ao microempreendedorismo e ao microcrédito,
exercendo suas competências em articulação com os demais órgãos da administração pública
federal. (www.smpe.gov.br)

7.3 Financiamento e Investimento (Capital)

Existem várias formas de financiamento e fontes de investimentos a que o empreendedor


pode e deve recorrer quando deseja iniciar seu negócio ou planeja expandir sua empresa.
Geralmente por falta de informação, muitos recorrem apenas a bancos, desconhecendo que existem
outras opções bem interessantes.

Conheça a seguir algumas formas de financiamento ou de fontes de investimentos


existentes:

Financiamento:

▪ Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - é hoje o principal


instrumento de financiamento, com diferentes linhas de longo prazo para a realização de
investimentos em todos os segmentos da economia, em uma política que inclui as
dimensões social, regional e ambiental. (www.bndes.gov.br)

▪ Bancos - Diferentes bancos oferecem linhas de créditos empresariais, geralmente para


empresas em funcionamento, seja para aprimorar a estrutura da empresa, para capital de
giro ou para inovação. Deve-se ter cuidado com os requisitos solicitados, taxas e juros
cobrados.

▪ Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) – é um fundo constituído pela Constituição


Federal de 88, sendo um percentual do imposto de renda, onde vem ao encontro aos anseios
dos empresários para o desenvolvimento do Centro-oeste, financiando até 100% de seus
investimentos. O FCO é hoje, a mais importante linha de financiamento do
desenvolvimento do Centro-Oeste. Seu objetivo maior é combater as disparidades
regionais existentes em nosso país.

▪ Goiás Fomento – é a agência de fomento de Goiás, seu principal objetivo é contribuir para
a aceleração do desenvolvimento socioeconômico e sustentável do Estado de Goiás,
estimulando a realização de investimentos, a criação de emprego e renda para as famílias,

43
a modernização das estruturas produtivas, o aumento da competitividade, a redução das
desigualdades regionais e setoriais, mediante a concessão de crédito em condições
favoráveis. Além dos financiamentos com recursos próprios e com recursos de repasses do
FCO, do BNDES e do CRÉDITO PRODUTIVO, em valores que chegam até o limite de
R$ 2 milhões, aos pequenos, médios, micro empresários e empreendedores individuais,
atua, ainda, como Agente Financeiro dos Fundos de Desenvolvimento Industrial de Goiás,
PRODUZIR, FOMENTAR e FUNMINERAL. (www.fomento.goias.gov.br)

▪ Banco do Povo – Com recursos financeiros do tesouro estadual direciona seus esforços
para atender o empreendedor goiano. Por todo o Estado são milhares de casos de
empreendimentos que começaram com recursos mínimos, se consolidaram e
transformaram o programa em referência de sucesso para o Brasil. Além de levar crédito e
esperança, o Banco do Povo gera empregos e dinamiza a economia goiana, com influência
substancial em diversos municípios. Os recursos disponibilizados pelo Banco do Povo
podem ser utilizados para aquisição de máquinas, equipamentos, ferramentas, móveis e
utensílios (novos), mercadorias para revenda e/ou matéria prima.
http://www.bancodopovo.go.gov.br/

▪ FFF - os chamados 3F, como são designados os Founders, Family and Friends ou também
conhecidos como Family, Friends and Fools que, traduzidos literalmente, seriam
“Fundadores, Família e Amigos” ou “Amigos, Família e Tolos”. Este último termo é uma
forma jocosa de indicar aqueles que na realidade estão investindo mais pela relação pessoal
com o empreendedor do que pelo negócio em si, sem praticamente fazer qualquer avaliação
do mesmo ou das próprias competências dele. É praticamente uma ajuda pessoal, de um
conhecido ou conhecidos, sendo também conhecido como Love Money. (INFO, 2013)

Investidores:

▪ Anjos-Investidores (Business Angels): são indivíduos privados, com grande patrimônio


acumulado que agem, normalmente, por conta própria, investindo em participações em
pequenas companhias fechadas, geralmente em indústrias nas quais possuem experiência.
O capital do anjo de negócios consegue complementar a indústria do capital de risco,
proporcionando quantias mais baixas de financiamento, numa fase mais prematura do que
muitas sociedades de capital de risco são capazes de investir. Os anjos de negócio
representam uma fonte de capital importante para novos e crescentes negócios, embora, no
Brasil, ainda sejam sub-utilizados.

▪ Capital de Risco (Venture Capital) - é uma modalidade de investimento utilizada para


apoiar negócios por meio da compra ou participação em um negócio, geralmente
minoritária, com objetivo de venda posterior do negócio na qual o investidor obtenha lucro
com a valorização do negócio Chama-se capital de risco não pelo risco do capital, porque
qualquer investimento, mesmo a aplicação tradicional, em qualquer banco tem um risco,
mas pela aposta em empresas cujo potencial de valorização é elevado e o retorno esperado
é idêntico ao risco que os investidores querem correr. Também é chamado de Capital
Empreendedor.

▪ Capital Semente (Seed Capital) - é um modelo de investimento dirigido a projetos


empresariais em estágio inicial ou estágio zero, em fase de projeto e desenvolvimento,
antes da instalação do negócio, onde um ou mais grupos interessados investem os fundos

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necessários para o início do negócio, de maneira que ele tenha fundos suficientes para se
sustentar até atingir um estado onde consiga se manter financeiramente sozinho ou receba
novos aportes financeiros.

7.4 Instituições que apoiam e disseminam o empreendedorismo

FAJE GOIÁS - A Federação das Associações de Jovens Empreendedores e Empresários de Goiás-


FAJE tem como intuito principal alavancar o número de empreendedores no Estado de Goiás,
sempre em busca de jovens dispostos a aprender e arriscar nesse mercado abrangente.
(www.fajegoias.com.br).

ARTEMISIA - é uma organização sem fins lucrativos, pioneira na disseminação e no fomento de


negócios de impacto social no Brasil. Nossa missão é inspirar, capacitar e potencializar talentos e
empreendedores para criar uma nova geração de negócios que rompam com os padrões precedentes e
(re)signifiquem o verdadeiro papel que os negócios podem ter na construção de um país com iguais
oportunidades para todos. (http://www.artemisia.org.br)

BRASIL JÚNIOR - A Confederação Brasileira de Empresas Juniores tem como finalidades


representar as empresas juniores em nível nacional e desenvolver o Movimento Empresa Júnior-
MEJ como agente de educação empresarial e gerador de novos negócios
(www.brasiljunior.org.br). No Estado de Goiás, temos a Federação Goiana de Empresas Juniores
(www.goiasjunior.org.br).

ENDEAVOR - A Endeavor é a organização líder no apoio a empreendedores de alto impacto ao


redor do mundo. Esses empreendedores são aqueles com os maiores sonhos, capazes de criar
empresas que fazem a diferença e crescem continuamente, prosperam e empregam milhares de
pessoas. (www.endeavor.org.br)

FUNDAÇÃO ESTUDAR - é uma organização sem fins lucrativos que tem como objetivo
potencializar jovens talentos para que possam agir grande, empreender e transformar o Brasil.
(http://www.estudar.org.br)

JUNIOR ACHIEVEMENT - Trata-se de uma associação educativa sem fins lucrativos, mantida
pela iniciativa privada, cujo objetivo é despertar o espírito empreendedor nos jovens, ainda na
escola, estimulando o seu desenvolvimento pessoal, proporcionando uma visão clara do mundo
dos negócios e facilitando o acesso ao mercado de trabalho. (www.jabrasil.org.br)

8. MINI VOCABULÁRIO DO EMPREENDEDORISMO

Alguns termos e palavras são típicas do empreendedorismo, conheça a seguir um pouco


dessa linguagem:

Coaching - um processo definido com um acordo entre o coach (profissional) e o coachee (cliente)
para atingir um objetivo desejado pelo cliente. O coach (motivador) apoia o cliente na busca de
realizar o objetivo, ajudando a traçar as diversas metas que somadas levam o coachee (motivado)
ao encontro ao objetivo estabelecido dentro do processo de coaching. Isso é feito por meio de
reflexões e posterior análise das opções e da identificação e uso das próprias competências, como
o aprimoramento e também o adquirir novas competências, além de perceber, reconhecer e superar
as crenças limitantes, os pontos de maior fragilidade.

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Crowdfunding - De forma bem simples, é o termo usado quando a gente fala de iniciativas de
financiamento colaborativas. Traduzindo para o português seria algo como “financiamento pela
multidão”. A ideia é que várias pessoas contribuam, com pequenas quantias, de maneira
colaborativa, a viabilizar uma ideia, um negócio, um projeto.

Design thinking - O design thinking é uma ferramenta de inovação; é uma abordagem


predominantemente de gestão, que se vale de técnicas que os designers usam para resolver
problemas.

E-business - Esse tipo de negócio ocorre em uma plataforma eletrônica. Com o avanço da internet
várias empresas e lojas entraram para o meio virtual, enquanto algumas só existem online. Esse
tipo de negócio supre a interação face a face com o cliente e torna compras de roupas, aparelhos e
reservas de viagens e shows muito mais simples.

Franchising (Franqueamento) - é uma utilizada pela administração que tem como propósito um
sistema de venda de licença, onde o franqueador oferece sua marca, infraetrutura e conhecimento
do negócio ao franqueado, que por sua vez, investe e trabalha na franquia e paga parte do
faturamento ao franqueador sob a forma de royalties. A parte fundamental do Franchising é a
Franquia, que é utilizada em praticamente todos os segmentos de serviços.

Joint venture - Quando não vale a pena investir isoladamente as empresas procuram firmar um
contrato de parceria, conhecido como joint venture. Esse acordo estabelece o que cada uma das
empresas irá fazer e qual será o benefício para cada uma delas. Essa operação conjunta pode
ocorrer entre empresas de quaisquer portes e acontecem principalmente quando uma empresa
possui uma boa competência em certa área e a outra é mais debilitada nesse quesito.

Networking - (em inglês) é uma expressão que representa uma rede de contatos. Diz respeito às
pessoas que um indivíduo conhece e aos relacionamentos pessoais, comerciais e profissionais que
mantém com elas. Outro nome utilizado para networking é Capital Social.

MVP - é a sigla para Minimum Viable Product, isto é, Produto Mínimo Viável. O MVP é uma
versão protótipo de um produto/serviço que é utilizada para testar o modelo de negócios de uma
empresa. O objetivo de construir um MVP é começar os ciclos de aprendizado o quanto antes. Por
isto, o MVP contém somente as partes mais importantes do projeto e deve ser feito com a maior
velocidade, menor esforço e menor custo possível.

Outsourcing - É o ato das empresas buscarem fornecedores de matéria-prima, equipamentos e etc


fora de seu país. Geralmente isso ocorre, pois essas empresas internacionais oferecem condições
mais vantajosas para os empreendedores.

Pivotar - O termo está cada vez mais disseminado entre empreendedores. O verbo pivotar é uma
referência aportuguesada do verbo, em inglês, to pivot, que significa girar. Para ficar mais claro:
quem pivota está, em outras palavras, mudando um negócio. Mas não é uma alteração pequena,
apenas alguns ajustes, é uma verdadeira revolução, um giro.

Spin-off - é uma nova empresa criada com o objetivo de explorar novos produtos ou serviços de
base tecnológica ou inovadora. Esta empresa nasce a partir de ideias ou processos gerados numa
organização já existente, seja ela uma outra empresa, um centro de investigação público ou privado
ou uma Universidade, que acolhe e apoia a nova iniciativa.

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Stakeholder - O termo significa “parte interessada”, isto é, todas as partes que tem interesse que o
negócio opere. Em empresas que visam lucro há várias partes, como sócios, os próprios
empregados, fornecedores, município e até mesmo a comunidade local. O governo também pode
ser considerado um stakeholder, pois interessa para ele ter bons negócios funcionando para
arrecadar mais impostos.

Startup - é um termo relativamente novo aos brasileiros. Este passou a designar empresas recém-
criadas, “embrionárias”, e rentáveis. Começou a ser popularizado nos anos 1990, nos Estados
Unidos, quando houve a primeira grande bolha da internet. Muitos empreendedores com ideias
inovadoras e promissoras, principalmente associadas à tecnologia, encontraram financiamento
para os seus projetos, que se mostraram extremamente lucrativos e sustentáveis.

Sustentabilidade - No mundo dos negócios a palavra não é só usada em termos de recursos


ambientais. Ter um negócio sustentável é prever quais serão os impactos que o seu negócio gerará
não só para o meio ambiente, mas também para os seres humanos e a comunidade em volta da
empresa. No balanço da equação, é preciso verificar se até mesmo as relações com os funcionários
e fornecedores está sendo sustentável, de forma que os impactos sejam positivos tanto para eles
quanto para o empreendedor.

9. ATIVIDADES EXTRAS

ATIVIDADES DE PESQUISA*
• Escola bibliográfica: Levantamento das histórias de empreendedores bem sucedidos
• Políticas públicas: Principais barreiras à iniciativa empreendedora no país: tributos, burocracia,
cultura, infraestrutura...
• Economia: Setores mais propícios e mais difíceis para negócios nascentes no Brasil
• Gestão PME: Motivos de fracasso de PMEs
• Psicologia: ‘Eu não tenho perfil empreendedor’, mesmo assim construíram negócios de sucesso

EMPREENDEDORISMO COM PIPOCA*


Sugestões:
• A rede social – relações com sócios
• Bagdad Café – perfil empreendedor
• Objetivo final – relações com investidores
• Amor sem escalas – propósito de vida
• Monstros S/A – modelo de negócio
• Sorriso de Monalisa – quebra de paradigmas
• O aviador – visão e realização
• Piratas do vale do silício - concorrência

*Fonte: Hashimoto (2014)

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10. REFERÊNCIAS

ALVES, Letícia Batista Magalhães. Apostila de Gestão e Empreendedorismo. Unip –


Universidade Paulista Campus Goiânia. 2013.
ÂNGELO, E. B. Empreendedorismo: a revolução do novo Brasil. Disponível em:
<http://www.faap.br/revista_faap/rel_internacionais/empreendedorismo.htm>. Acesso em: 20
mar. 2005.
A EVOLUÇÃO DA PALAVRA EMPREENDEDORISMO [INFOGRÁFICO]. Disponível em:
<http://blog.luz.vc/tendencias/a-evolucao-da-palavra-empreendedorismo-infografico/> Acesso
em 02 de fevereiro de 2015.
BOM DE NEGÓCIO! Blog do Consultor "Reinaldo Miguel Messias. Disponível em
http://reinaldomessias57.blogspot.com.br/2010/02/cuidados-permanentes-em-gestao-de-
mpe.html?view=magazine> Acesso em 002 de fevereiro de 2015.
BORGES, C. Empreendedorismo para Principiantes. Universidade Federal de Goiás, 2014.
BORGES, C.; FILION, L. J.; SIMARD, G. Jovens empreendedores e o processo de criação de
empresas. In: V ENCONTRO DE ESTUDOS SOBRE EMPREENDEDORISMO E GESTÃO DE
PEQUENAS EMPRESAS, 2008, São Paulo. Anais... São Paulo: EGEPE, 2008. Disponível em:
<http://www.faccamp.br/apoio/OdairSilva/empreendedorismo/196_trabalho-
jovens_empreendedores.pdf>. Acesso em: 23 maio 2010.
CAFÉ EMPREENDEDOR. Nove Passos para Formalizar sua Empresa. Disponível em <
http://cafeempreendedor.blogspot.com.br/2009/03/nove-passos-para-formalizar-sua-
empresa.html> Acesso em 02 de fevereiro de 2015.
CANVAS DO MODELO DE NEGÓCIOS. Disponível em
http://pt.slideshare.net/phmquintanilha/canvas-do-modelo-de-negocios Acesso em 02 de fevereiro
de 2015.
CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: Dando asas ao espírito empreendedor. São Paulo:
Saraiva, 2004.
DOLABELA, F. Oficina do empreendedor. São Paulo: Cultura Editores Associados, 2002.
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 4. ed.
Elsevier. Rio de Janeiro, 2012.
DORNELAS, José Carlos Assis. Plano de Negócios: seu guia definitivo. Elsevier. Rio de Janeiro,
2011.
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48
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HOWKINS, J. Economia Criativa: como ganhar dinheiro com ideias criativas. M.Books do Brasil:
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Centro de Ensino e Aprendizagem em Rede (Cear) - http://www.cear.ueg.br/
Cartase - http://catarse.me/pt/projects - empreendedorismo colaborativo (crowdfunding)
Endeavor Brasil - www.endeavor.org.br
Endeavor Empreendedorismo Social - https://endeavor.org.br/empreendedorismo-social/
Finep - http://www.finep.gov.br/
GEM (Global Entrepreneurship Monitor) - www.gemconsortium.org
Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares e Empreendimentos Solidários (ProSol) -
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InovAtiva Brasil - http://www.inovativabrasil.com.br/
Jovens Falcões - www.jovensfalcoes.com.br
Liga de Empreendedorismo da UEG - http://www.ligadeempreendedorismo.ueg.br
Manual de Oslo http://www.finep.gov.br/images/apoio-e-financiamento/manualoslo.pdf
Núcleo de Empresas Juniores NEJ/UEG - http://www.nej.ueg.br
Olimpíada de Empreendedorismo para Universitários Goianos - http://www.oeu2016.com.br
Plataforma Itec - http://www.plataformaitec.com.br/
Portal Inovação- http://www.portalinovacao.mct.gov.br
Portal do Empreendedor –www.portaldoempreendedor.gov.br
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Projeto de Educação Empreendedora UEG/SEBRAE – www.educacaoempreendedora.ueg.br
PROIN.UEG – www.proin.ueg.br
Rede Mulher Empreendedora - http://redemulherempreendedora.com.br/
SEBRAE – www.sebrae.com.br
SEBRAE Elaboração de Plano de Negócio –
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http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/Como-elaborar-um-plano-de-negocio
SEBRAE Elaboração de Plano de Marketing –
https://www.sebraemg.com.br/atendimento/bibliotecadigital/documento/cartilha-manual-ou-
livro/como-elaborar-um-plano-de-marketing
SEBRAE Inovação - www.sebrae.com.br/customizado/inovacao/como-atendemos/atendimento-
personalizado
SEBRAE Negócios de Impacto Social - www.sebraemercados.com.br/negociosdeimpactosocial/
Secretaria de Micro e Pequenas Empresas - http://smpe.gov.br/
SIBRATEC - http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/313014.html
Strategia - http://strategia.com.br/
Teste de Perfil Empreendedor - http://www.josedornelas.com.br/artigos/teste-seu-perfil-
empreendedor/

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