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Administração de Materiais

ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS ADMINISTRAÇÃO DE


Organizador Gustavo Silva 0liveira
MATERIAIS E PATRIMÔNIO
(Administração de Materiais)
Organizador: Gustavo Silva 0liveira

CM

MY

CY

CMY

GRUPO SER EDUCACIONAL

gente criando o futuro


Administração de
Materiais e Patrimônio
(Administração de Materiais)

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

O48a Oliveira, Gustavo Silva.


Administração de materiais [recurso eletrônico]/ Gustavo Silva
Oliveira. – Recife: Telesapiens, 2020.
136 p. : pdf
ISBN: 978-65-990172-0-9
1.Administração 2. Administração de materiais I. Título.
CDU 658.7

(Bibliotecário responsável: Nelson Oliveira da Silva – CRB 10/854)

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Administração de Materiais

Créditos Institucionais

Fundador e Presidente do Conselho de Administração:


Janguê Diniz
Diretor-Presidente:
Jânyo Diniz
Diretor de Inovação e Serviços:
Joaldo Diniz
Diretoria Executiva de Ensino:
Adriano Azevedo
Diretoria de Ensino a Distância:
Enzo Moreira

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O AUTOR
GUSTAVO SILVA OLIVEIRA
Olá. Meu nome é Gustavo Silva 0liveira. Sou Engenheiro
Florestal formado na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM),
Mestre em Engenharia Florestal pela Universidade do Estado de
Santa Catarina (UDESC) e atualmente Doutorando do Programa de
Pós-graduação em Engenharia Florestal na Universidade Federal
do Paraná (UFPR) nas áreas de Economia, Política e Administração
Florestal. Possuo experiência como tutor científico no Programa de
Educação Continuada em Ciências Agrárias da Universidade Federal
do Paraná (PECCA/UFPR). Amo minha profissão, meu trabalho e
adoro transmitir meus conhecimentos e as experiências que tive ao
longo da minha carreira. É uma grande satisfação poder contribuir
na formação de pessoas que estão em busca de um futuro melhor e
que almejam ser excelentes profissionais em um futuro bem próximo.
Desse modo, fui convidado pela “Editora Telesapiens” a compor seu
corpo docente e seu elenco de autores independentes. É com grande
satisfação que quero colaborar com você nesta etapa de estudo e
trabalho. Estou aqui para o que precisarem! Contem com a minha
ajuda. Vamos mergulhar nesse universo!

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ICONOGRÁFICOS
Esses ícones que irão aparecer em sua trilha de aprendizagem
significam:
OBSERVAÇÃO
OBJETIVO
Uma nota explicativa
Breve descrição do objetivo
sobre o que acaba de
de aprendizagem; +
ser dito;

RESUMINDO
CITAÇÃO
Uma síntese das
Parte retirada de um texto;
últimas abordagens;

TESTANDO
DEFINIÇÃO
Sugestão de práticas ou
Definição de um
exercícios para fixação do
conceito;
conteúdo;

IMPORTANTE ACESSE
O conteúdo em destaque Links úteis para
precisa ser priorizado; fixação do conteúdo;

DICA SAIBA MAIS


Um atalho para resolver Informações adicionais
algo que foi introduzido no sobre o conteúdo e
conteúdo; temas afins;

++
EXPLICANDO
SOLUÇÃO
+ DIFERENTE Resolução passo a
Um jeito diferente e mais passo de um problema
simples de explicar o que ou exercício;
acaba de ser explicado;

EXEMPLO CURIOSIDADE
Explicação do conteúdo ou Indicação de curiosidades e
conceito partindo de um fatos para reflexão sobre o
caso prático; tema em estudo;

PALAVRA DO AUTOR REFLITA


Uma opinião pessoal e O texto destacado deve
particular do autor da obra; ser alvo de reflexão.

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SUMÁRIO
UNIDADE 01
Conceitos e organização da administração de materiais.... 11
Conceitos ................................................................................. 11
Evolução e mudanças na Administração de Materiais..... 13
Desafios do administrador de materiais ........................... 14
Organização ............................................................................ 16
Objetivos e previsão de estoques ......................................... 19
Objetivos dos estoques............................................................. 20
Previsão para os estoques ........................................................ 23
Técnicas de previsão do consumo ................................... 24
Método do último período................................................ 25
Método da média aritmética ou da média móvel ........... 25
Método da média ponderada............................................ 25
Método da média móvel exponencialmente ponderada... 26
Método dos mínimos quadrados...................................... 26
Custos, níveis, sistemas de controle e avaliação de estoques...27
Custos de estoques .................................................................. 27
Custos diretamente proporcionais ao nível do estoque médio...28
Custos inversamente proporcionais ao nível do estoque médio....29
Custos independentes do nível do estoque médio............ 29
Níveis de estoque .................................................................... 29
Curva dente de serra......................................................... 29
Tempo de reposição: ponto de pedido.............................. 30

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Estoque mínimo................................................................ 31
Rotatividade .................................................................... 32
Sistemas de controle de estoque ............................................ 33
Sistema duas gavetas........................................................ 34
Sistema dos máximos mínimos........................................ 34
Sistema das revisões periódicas....................................... 35
MRP, MRP II.................................................................... 35
Just in time/Kanban ......................................................... 36
Avaliação dos estoques .......................................................... 37
Custo médio...................................................................... 37
Método PEPS (FIFO) ...................................................... 37
Método UEPS (LIFO)...................................................... 38
Classificação ABC e lote econômico .................................... 38
Classificação da curva ABC..................................................... 38
Lote econômico ....................................................................... 42
UNIDADE 02
Localização, classificação e codificação de materiais.......... 48
Localização de materiais ......................................................... 50
Classificação e codificação de materiais ................................. 51
Conveniente: apresentar uma boa compreensão. Inventário
físico e embalagem ................................................................ 53
Inventário Físico...................................................................... 53
Inventário rotativo ........................................................... 54
Inventário periódico ........................................................ 55
Preparação e planejamento para o inventário .................. 55
Embalagem ............................................................................. 56

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Tipos de embalagens ....................................................... 57
Caixa de papelão ............................................................. 57
Categorias das embalagens de papelão ........................... 57
Tambores.......................................................................... 58
Fardos............................................................................... 58
Recipientes plásticos........................................................ 59
Fechamento de embalagens ............................................. 60
Estocagem de materiais ........................................................ 60
Carga Unitária ......................................................................... 60
Paletização .............................................................................. 61
Conservação ............................................................................ 63
Demais técnicas de estocagem ................................................ 64
Equipamentos de movimentação ......................................... 65
Sistemas de transportadores contínuos.................................... 66
Manuseio de áreas restritas...................................................... 67
Sistemas para pontos sem limites fixos.................................... 68
Seleção de equipamentos.................................................. 70
UNIDADE 03
Função compra....................................................................... 76
A função compra ..................................................................... 76
Estrutura de compras ............................................................... 78
Aptidão dos compradores ....................................................... 82
Sistema de compras ............................................................... 83
Solicitação de compras .......................................................... 84
Coleta de preços ..................................................................... 85

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Pedido de compra..................................................................... 86
Supervisão de compra.............................................................. 87
Qualidade correta e Preço-custo........................................... 88
Controle e garantia da qualidade ............................................. 88
Preço-custo............................................................................... 92
Condições de compra, negociação e fontes de fornecimento...94
Condições de compra............................................................... 94
Prazos............................................................................... 94
Carregamento (frete)........................................................ 95
Embalagens ..................................................................... 96
Formas de pagamento....................................................... 96
Negociação .............................................................................. 97
Fontes de fornecimento ........................................................... 98
UNIDADE 04
Avaliação de desempenho.................................................... 104
Financeira .............................................................................. 107
Setores.................................................................................... 108
Administração ....................................................................... 109
Responsáveis por avaliar o desempenho ............................... 110
Gestão de estoques............................................................... 113
Fundamentos da gestão de estoque........................................ 113

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10 Administração de Materiais

01
UNIDADE

INTRODUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS E GESTÃO DE ESTOQUES

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Administração de Materiais 11

INTRODUÇÃO
As organizações caracterizam-se como sendo um agregado
de indivíduos que desenvolvem atividades para atingir objetivos
por intermédio da aplicação de meios e recursos, e conduzidos
por indivíduos com capacidade de planejamento. Atualmente
para o funcionamento das organizações, são envolvidos quatro
principais fatores: pessoas, condução de atividades, recursos e
propósitos em comum. Assim, o principal intuito é maximizar
o lucro e expansão empresarial. Mas para isso, as organizações
devem buscar constantemente potencializar seu processo produ-
tivo e a maneira como realizam sua gestão.
Você sabia que a administração de materiais é o agregado
de operações desenvolvidas no interior de uma empresa, com
a função de preencher as distintas unidades, com materiais
indispensáveis ao funcionamento efetivo das atribuições? Exa-
tamente! Mas, qual é a real finalidade da administração de
materiais? Essa área do conhecimento permite o suprimento de
materiais na quantidade necessária, qualidade requerida, tempo
oportuno e menor custo.
Então quer dizer que a administração de materiais garante
um estoque estruturado no ambiente empresarial? Isso mesmo,
essa área do conhecimento visa garantir que em hipótese alguma
ocorra falta de itens nos estoques e que não ocorram exageros.
Assim chegou a hora de entendermos como as empresas realizam
sua gestão de materiais da forma mais eficiente e eficaz visando
obter vantagem competitiva para alavancar a produção. E para
que isso ocorra teremos que focar bastante na gestão de estoques.
Pois, é nesse local, que estão todos os materiais acondicionados
no interior da empresa e que se perduram conservados até uma
destinação futura na produção. Mas, fique calmo! Ao longo desta
unidade letiva nós vamos entender todo este cenário.

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12 Administração de Materiais

OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 1 - Introdução
a Administração de Materiais e Gestão de estoques. Nosso
objetivo é auxiliar você a atingir os seguintes objetivos de apren-

1
dizagem até o término desta etapa de estudos:

Explanar aos alunos a importância da administração


de materiais e das organizações;

2 Permitir a compreensão dos objetivos e habilidades


para a previsão de estoques;

3
Explanar as questões de custos, níveis, sistemas
de controle e avaliação de estoques, visando à
maximização da qualidade na prestação dos
serviços internos e externos;

4 Propiciar ao educando competências e conceitos da


classificação ABC e Lote econômico da gestão de
estoques.

Então? Preparado para uma viagem sem volta


rumo ao conhecimento? Ao trabalho!

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Administração de Materiais 13

Conceitos e organização da administração


de materiais

OBJETIVO

Neste capítulo vamos compreender a importância da adminis-


tração de materiais e das organizações, além da importância de
estudos voltados para a gestão dentro das empresas. Com estas
informações você saberá como as organizações procedem para
maximizar seus lucros e conduzir um bom atendimento das
vendas. E então? Motivado para desenvolver esta competência?
Então vamos lá. Avante!

Conceitos
A administração de recursos materiais compreende as
atividades que vão desde o reconhecimento do fornecedor,
compras, recebimentos, armazenagem e distribuição até o
consumidor final. Assim, o profissional responsável pela gestão
da empresa na área de materiais, deve buscar constantemente
bons resultados de produção.
Figura 1: Bons resultados dentro das organizações

Fonte: ©Pixabay

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14 Administração de Materiais

SAIBA MAIS

Quem comunica ao empresário sobre os custos inerentes a falta


de estoque, pausa em uma linha de produção ou até mesmo
perdas em vendas em virtude da falta de produtos, é o gestor de
materiais?

Com a ascendente globalização e competitividade, cada


vez mais o preço de venda, qualidade do produto e a segurança
são fatores que apresentam pouca flexibilidade e necessitam de
atenção redobrada. Ademais, em virtude da grande concorrência
de mercado as empresas devem estar constantemente em busca
de otimização de desenvolvimento visando adquirir vantagens
competitivas e boa gestão dos recursos materiais.

DEFINIÇÃO

Recurso material é todo o bem físico (tangível) utilizado em uma


organização que detém natureza não permanente. De maneira
ampla, consiste em materiais utilizados em um determinado
período de tempo, e que se constituem em materiais que são
consumidos ao longo do tempo, resultando em bens de estoque.

Dentro dos fatores que compõe a administração de materiais


devem ocorrer indicadores que otimizem o desempenho e que
tragam um bom retorno do capital investido, visando o aumento
dos lucros. Desse modo, o capital das organizações é aplicado em
equipamentos, financiamentos de vendas e estoque. Entretanto,
com os custos crescentes é importante gerir os estoques e
patrimônio produtivo com a máxima eficiência e eficácia.

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Administração de Materiais 15

+
OBSERVAÇÃO

A administração de matérias possui grande impacto em três


pontos crucias: lucratividade, qualidade dos produtos e satisfação
dos clientes.

Nesse contexto, deve-se considerar algumas premissas


para avaliar o desenvolvimento do departamento de materiais,
considerando indicadores de desempenho que componham
dados reais das atividades que envolvem a administração de
materiais e que seja possível realizar a tomada de decisões com
enfoque em correções e eliminação de não conformidades.
Assim, as informações devem ser:
 Completas e confiáveis;
 Simples e de fácil coleta;
 Entendimento compreensível para todos os colaboradores.

EXEMPLO

Percentual de mercadorias compras em determinada data; Percen-


tual de produtos finalizados e entregues com data pré-estabelecida;
Percentual de não conformidades nos pedidos de compra.

Evolução e mudanças na Administração de Materiais


O grande desafio no ambiente organizacional é vincular
a produção eficaz com a gestão correta de matéria-prima e
produtos finalizados, estocado de maneira que possam suprir as
exigências e desejos dos consumidores.

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16 Administração de Materiais

IMPORTANTE

A associação entre as organizações, fornecedores e compradores,


deve ser cada vez mais acentuada buscando ganhos para a toda
a cadeia.

Atualmente a gestão de matérias voltadas para questões dos


estoques é algo muito oneroso para organização. Desse modo,
diversas fases vêm se configurando no interior da administração
de materiais, tais como:
 Logística: atividade integrada, responsável pela movi-
mentação e armazenagem, que permitem o fluxo de
materiais e produtos desde a obtenção até o produto final;
 Desenvolvimento de Parcerias e fornecedores preferenciais;
 Programação de fornecedores e recursos tecnológicos;
 Técnicas de simulações, considerando alterações nas
variáveis que a compõem;
 Aquisição de controle estatístico de processos (CEP) para
verificar com agilidade as modificações nos processos
produtivos.

Desafios do administrador de materiais


Visivelmente a grande questão para os gestores é equilibrar
o nível de estoque com os recursos financeiros. Desse modo, o
administrador deve buscar constantemente equilibrar a quantidade
de produtos que mantem em seu estoque com o menor risco de
falta de materiais.

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Administração de Materiais 17

Assim, a tendência dentro das empresas é o aprimoramento


de técnicas de previsão que favoreçam a atenuação de erros. Dessa
forma, é de suma importância que o departamento de administração
de materiais apresente características dinâmicas para atender de
forma instantânea as oscilações dentro e fora da empresa.
Figura 2: Características dinâmicas no ambiente organizacional

Fonte: ©Pixabay

RESUMINDO

A administração de materiais é caracterizada como um agregado


de atividades que realizam compras, recebimento, armazenagem,
produção e gestão completa e continua dos estoques. Atualmente,
esta área do conhecimento compreende um sistema completo
que se dividem em distintos subsistemas que se interligam,
considerando tempo adequado e quantidades ideias. Dessa forma,
não conformidades no planejamento da administração de materiais,
podem resultar em problemas e baixa qualidade para as organizações.

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18 Administração de Materiais

Organização
Organização constitui-se como o agregado de dois ou
mais indivíduos que efetuam atividades, seja elas em grupo
ou individualmente de maneira coordenada e controlada
em determinado local ou circunstancia, com objetivo pré-
estabelecido e auxilio de diversos meios e recursos disponíveis
(NUNES, 2008).
Assim, para a existência e funcionamento de uma
organização deve-se considerar quatro principais fatores: pessoas
que utilizam recursos disponíveis e comandam suas tarefas para
que alcançar objetivos comuns.
Figura 3: Fatores de uma organização

Fonte: elaborada pelo autor, 2019.

Cabe ressaltar que é para fundamental conhecer os


diferentes tipos recursos que podem ser empregados em uma
organização, que podem ser explanados em duas dimensões:
 Recursos tangíveis: caracterizam-se como os bens físicos
de uma organização. Exemplo: material de expediente,
equipamentos, material de limpeza etc.

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Administração de Materiais 19

 Recursos intangíveis: são os bens não físicos de uma


organização. Exemplo: conhecimento, patentes, logomar-
cas registradas, reconhecimento mercadológico etc.

Baseando-se em uma visão mais detalhada dos recursos


dentro de uma organização, verifica-se:
Figura 4: Recursos dentro de uma organização

Fonte: Elaborada pelo autor, 92019

Com base na Figura 4, verifica-se que:Sugestão para o


parágrafo acima:
Vamos analisar melhor a figura 4? Pois bem, observe que:
 Capital intelectual: São os recursos intangíveis que
corroboram e conferem benefícios positivos quanto
a competitividade. Exemplos: cursos, treinamentos,
experiencias.
 Recursos financeiros: é o capital em valores monetários,
disponíveis, da mesma forma que financiamentos.
Exemplos: aquisições, dinheiro disponível.
 Recursos humanos: trata-se de todas as competências
relacionadas às habilidades do capital humano, tomada de
decisões, ações. Exemplos: funcionários, colaboradores.

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20 Administração de Materiais

Desse modo, baseado nos preceitos dos recursos dentro


das organizações, os sistemas de materiais dentro de um modelo
tradicional organizacional, distribuem suas áreas de concentração
da seguinte maneira:
 Controle de estoques: fundamental para que os procedimentos
de produção e de vendas ocorram com o mínimo de não
conformidades. Assim, os estoques podem configurar-se
de matéria-prima, produtos em processo fabril e produtos
finalizados;
 Armazenagem: incumbido pelo resguardo físico de todos
os materiais que compõem o estoque para atender a
produção e fornecedores, com exclusão dos produtos em
processo fabril;
 Compras: nesse departamento é realizada as atividades
para atender os insumos necessários para os processos
produtivos e sua posterior comercialização. Cabe também
o controle constante de quantidades adequadas, períodos
almejados e preços acessíveis;
 Planejamento e controle de produção: em algumas
organizações denominado é utilizada a sigla PCP. Esse setor
sepreocupa com a programação e processo de produção.
Nele os envolvidos devem ter habilidades de cunho técnico e
específico para atendimento das demandas;
 Distribuição e transporte: cabe a esse setor as entregas
de insumos e do produto finalizado até os consumidores.
Ademais, as questões de controle de veículos automotores
ou contratação de serviços de transporte também são
praticadas nesse departamento.
 Importação: em virtude de questões burocráticas e de
compras essas atividades são de responsabilidade do
departamento de materiais. Assim, são realizadas as
questões de importação de mercadorias por se tratar de
compras e em algumas situações é realizado o processo
administrativo de exportação.

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Administração de Materiais 21

Figura 5: Estrutura organizacional do setor de materiais

Fonte: Elabora pelo autor, 2019

Objetivos e previsão de estoques

OBJETIVO

Nesse tópico você irá conhecer quais os principais objetivos dos


estoques dentro do ambiente organizacional e a importância e
necessidade de aplicação de técnicas relacionadas à previsão de
estoques. Preparados? Vamos aprofundar no conteúdo!

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22 Administração de Materiais

Objetivos dos estoques


Estoque é todo o material com valor econômico arma-
zzenado, reservado para utilização futura, quando se fizer
necessário nas operações das empresas.
Figura 6: Gestão de estoques

Fonte: ©Pixabay

O principal objetivo dos estoques é o aperfeiçoamento dos


investimentos, corroborando com o uso correto dos recursos
financeiros e atenuando as necessidades de capital investido
em estoques. Nesse sentido, a gestão de estoques é responsável
por ampliar e facilitar as vendas e o planejamento de produção,
permitindo a redução de perdas, excesso de compras, estocagem
desnecessária.
Para que uma organização opere em plenas condições é
fundamental que apresente um estoque, pois é o interlocutor entre
os níveis de produção e a venda final de um determinado produto.

+
OBSERVAÇÃO

Quanto maiores os investimentos das organizações nos distintos tipos


de estoque, maiores serão as responsabilidades dos departamentos.

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Administração de Materiais 23

Se a responsabilidade pelos estoques é também da gerencia


de produção, esses são vistos como um instrumento de respaldo
para a produção. Entretanto, cabe lembrar que em alguns casos
ocorrem divergências na disponibilidade de estoque e a capital.
Em algumas situações o departamento de vendas necessita
de um alto nível de estoque para assistência dos clientes, em
contrapartida o departamento financeiro deseja a atenuação do
capital investido e para isso deseja diminuir os estoques.
Sendo assim, quando ocorrer os conflitos cabe ao sistema
de gestão de estoques intermediar as necessidades, para que
todas as operações com estoques sejam conduzidas de maneira
efetiva. Além disso, cabe à gestão atender o fluxo diário de
vendas e compras e a relação entre os integrantes do fluxo.

SAIBA MAIS

É responsabilidade do gestor de materiais acompanhar diariamente


as novas exigências do mercado, variações nos preços de venda
do seu produto final e variações nos preços de matéria-prima.

Em condições de incerteza, a política de estoque contribui


para a tomada de decisões. Para a organização que deseja repor
seu estoque em condições de inflação, os pontos limitantes são
muitos, pois variáveis como volume de vendas, preços e margem
de lucro caminham juntas.
Assim, cabe a empresa juntamente com a sua equipe de
materiais definir claramente os objetivos a serem alcançados,
servindo assim de instrumento norteador para o estabelecimento
de padrões para os programadores e controladores.

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24 Administração de Materiais

Desse modo, as políticas de estoque apresentam os


seguintes preceitos:
 Definição de tempo de entrega;
 Quantidade de armazenagem e lista de materiais a serem
estocados;
 Revezamento de estoques.

+
OBSERVAÇÃO

A definição dessas políticas é de suma importância para o


funcionamento efetivo da administração de estoque.

Principais desafios do administrador de materiais na manu-


tenção do estoque na empresa atual:
 Gestão das despesas de manutenção (aluguel de armazéns,
salários dos colaboradores);
 Para atenuar os custos de manutenção deve-se encomendar
aos fornecedores entregas menores e mais frequentes;
 As encomendas realizadas em grandes quantidades,
aumentam o estoque médio e o custo de manutenção;
 Existem consequências em manter os estoques, em virtude
dos juros sobre o capital parado;
 Uma das formas para resolver questões como a determi-
nação do lote de dimensão correta;
 Adequar o preparo dos equipamentos o mínimo de vezes
possível e fabricar o máximo possível.

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Administração de Materiais 25

Previsão para os estoques


A gestão de estoques está tracejada na previsibilidade
da demanda de material. Nesse contexto, os produtos comer-
cializados e vendidos são estimados conforme a previsão de
estoques. Para isso, são determinados o momento em que: os
produtos serão comprados pelos consumidores; a escolha dos
produtos; e a quantidade desses produtos.
Figura 7: Previsão de estoque

Fonte: ©Freepik

SAIBA MAIS

A previsão de estoques é o início do planejamento inicial e sua


definição deve ser conciliada com os custos envolvidos.

Os esclarecimentos para tomada de decisões referente


aos dimensionamentos e a disposição no tempo dos produtos
acabados, dividem-se em duas esferas: qualitativas (opinião
dos compradores, vendedores, mercado e compradores) e as
quantitativas (vendas passadas, variáveis de segmentação, de
fácil previsão e propaganda).

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26 Administração de Materiais

Técnicas de previsão do consumo:


 Projeção: nessa técnica adota-se que o futuro é repetição
do passado ou evolução no tempo, assim esse modelo de
técnica é estritamente quantitativa.
 Explicação: esclarece o passado por meio de leis e demais
variáveis em que se conhece o progresso, são técnicas de
correlação e regressão.
 Predileção: considera-se o conhecimento de todos os cola-
borados que detenham experiencia e conhecimento sobre os
elementos que influem nas vendas e no mercado elaborando
a evolução das vendas que ocorrerão futuramente.
A evolução de consumo pode ser exibida em forma de:
modelo de evolução sazonal; modelo de evolução horizontal;
modelo de evolução de consumo sujeito a tendência e ainda
podem ocorrer combinações entre os modelos.

+
OBSERVAÇÃO

As informações sobre a evolução do consumo corroboram a


previsibilidade da evolução futura. Entretanto, essa previsão só
é possível se o consumo for imutável.

De acordo com Dias (2008) as variáveis que podem alterar


o consumo, são:
 Influências sazonais
 Influencias políticas e conjunturais
 Comportamento dos consumidores
 Tecnologias
 Alteração de produção
 Concorrência

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Administração de Materiais 27

Posteriormente são apresentadas algumas das técnicas


quantitativas para realizar a previsão de consumo.

Método do último período


Esse compreende o modelo mais simples, pois o consumo
do próximo período é idêntico ao consumo do período anterior.

EXEMPLO

Se o consumo no mês de julho foi de 20 cadeiras, a previsão


adotada para o mês de agosto do respectivo ano é de 20 cadeiras.

Método da média aritmética ou da média móvel


Esse método é uma ampliação do anterior, de modo
que o consumo do próximo período é alcançado a partir da
média aritmética simples dos dados de consumo de períodos
precedentes.
 CM = C1 + C2 + C3 + ... + Cn/ n
 Em que: CM = consumo médio; C = consumos dos
períodos precedentes; n = número de períodos.

Método da média ponderada


O consumo do período posterior é atingido pela
média ponderada das informações de consumo dos períodos
precedentes. Cabe ressaltar que nesse método são concedidos
pesos maiores para os períodos mais próximos.

Os pesos Ci são decrescentes dos dados obtidos mais


recentes para os mais distantes.

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28 Administração de Materiais

Método da média móvel exponencialmente


ponderada
Esse método é recomendado no momento em que o período
precedente ocorre diferença significativa entre o consumo efetivo
e a previsão de consumo.
Desse modo, deve-se determinar se a modificação de
padrão visualizada no período precedente resultou de causas
aleatórias ou pela mudança de comportamento que influenciara
no período posterior.
Para utilização desse método, deve-se avaliar três dados
necessários:
 Consumo real do último período;
 Previsão de demanda do último período;
 Constante que determina o valor ou ponderação dada aos
valores recentes.

Método dos mínimos quadrados


Nesse método é utilizado a regressão linear com infor-
mações de consumo dos meses precedentes. De maneira geral,
determina a melhor linha de ajuste que passa mais perto de todos
os dados coletados, minimizando as distâncias entre cada ponto
de consumo levantado.

Em que: Y = valor real; Yp = valor dos mínimos quadrados.

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Administração de Materiais 29

Custos, níveis, sistemas de controle e


avaliação de estoques

OBJETIVO

As atividades que envolvem os estoques são se suma


importância para o funcionamento dos processos produtivos.
Entender os custos, os níveis de estocagem, os sistemas para
controlar esses estoques e os procedimentos de avaliação dos
estoques são fundamentais e devem estar sempre bem alinhado
no planejamento da equipe de gestão de materiais. Deste modo,
neste tópico vamos aprender todas estas questões que envolvem
os estoques dentro da organização. Vamos lá?

Custos de estoques
Os custos do estoque são custos considerados além daqueles
necessários para compra e produção. Deste modo, qualquer
armazenagem de material resulta em custos, dentre eles: alugueis,
juros, equipamentos necessários para a locomoção, salários dos
colaboradores, deterioração e depreciação dos equipamentos em geral.
Figura 8: Mensuração dos custos

Fonte: ©Pixabay

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30 Administração de Materiais

+
OBSERVAÇÃO

Todos os custos de estoque são reunidos nas modalidades de


custos de capital, pessoal, edificações e manutenção.

Considerando todos os custos de estoques, existem dois


fatores que corroboram com os aumentos desses custos, que são:
o tempo de delonga (demora) que o produto fica em estoque, e
a quantidade.
Quanto maior forem as quantidades estocadas dentro
das empresas, maiores são os custos envolvidos com pessoal
para movimentação, e menores volumes causam um efeito
antagônico.
Dentre os custos envolvidos na gestão de estoque, verifica-
se três distintas esferas:

Custos diretamente proporcionais ao nível do


estoque médio
Esses custos caracterizam-se por aumentaram de acordo
com a quantidade média de estoque. Deste modo, são resultantes
da necessidade de manutenção ou transporte de estoque. Para
obtenção dos custos dessa classificação, devemos somar os
custos inerentes ao armazenamento e os custos de capital.
Atualmente, o número de organizações que focam seu
planejamento para essa categoria de custos aumenta continua-
mente, em virtude da evolução competitiva.

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Administração de Materiais 31

Custos inversamente proporcionais ao nível do


estoque médio
Nessa categoria, os custos diminuem conforme ocorre o
acréscimo da quantidade média em estoque. São na maioria das
situações referidos como custos de pedido ou custos de produção.

Custos independentes do nível do estoque médio


Nessa categoria, adota-se que um valor fixo e independe
da quantidade de material encontrada em estoque e as despesas
necessárias para a manutenção permanecem imutáveis.

Níveis de estoque
Figura 9: Níveis de estoque

Fonte: ©Freepik

Curva dente de serra


As entradas e saídas dos estoques estão constantemente
relacionadas com o tempo e a quantidade de produtos. Assim, a
curva de dente serra nada mais é que uma representação gráfica
que permite uma visualização mais clara e real.

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32 Administração de Materiais

Figura 10: Representação gráfica da curva dente serra

Quantidade

120
100 Consumo
80
Consumo
60
Reposição
40
20
0 Tempo
Janeiro Junho Dezembro

Fonte: Elaborada pelo autor, 2019

Vamos analisar a figura a 9? Vamos lá. Observe a figura 9


e perceba que o estoque inicialmente compreendia 120 unidades
(em janeiro) e conforme foram ocorrendo as demandas de
consumo durante um período de tempo chegou na quantidade
zero (em junho). Posteriormente, no momento em que ese
cenário ocorreu, foi reestabelecida uma quantidade equivalente
a 120 unidades novamente ao estoque.
Dessa forma, este cenário se repetirá e se manterá constante,
considerando que os fatores de tempo, falhas administrativas,
fornecedores e qualidade mantenham-se constantes.

Tempo de reposição: ponto de pedido


A principal variável a ser considerada nesse nível é o
tempo de reposição, pois configura-se nessa situação o tempo
utilizado desde o momento de averiguação de reposição do
estoque até a chegada do material.
De acordo com Dias (2010) esse tempo de pode ser
abordado de três maneiras distintas:
 Emissão do pedido: tempo que leva desde a emissão do
pedido de compra até ele chegar ao fornecedor;

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Administração de Materiais 33

 Preparação do pedido: tempo que leva desde o fornecedor


fabricar os produtos, separar os produtos, emitir faturamento
até deixá-los em condições de serem transportados;
 Transporte: tempo que leva da saída do fornecedor até o
recebimento pela empresa dos materiais encomendados.

+
OBSERVAÇÃO

Esse nível de tempo se apresenta de fundamental importância


para o departamento de materiais, assim o tempo de reposição
deve ser definido de maneira real, pois não conformidades nessa
verificação pode acarretar em modificações em toda a estrutura
do sistema de estoque.

No momento em que o estoque obteve o ponto de pedido,


ou seja, quando a quantidade de determinado produto estiver a
baixo do pré-definido pela organização, deve-se considerar as
seguintes premissas:
 Estoque efetivo;
 Fornecimentos em atraso;
 Fornecimentos que ainda não foram entregues, entretanto
ainda não constam como atrasados.

Estoque mínimo
Esse tópico é de suma representatividade dentro do
ambiente organizacional, pois está diretamente relacionado ao
dinheiro imobilizado.
Estoque mínimo é a quantidade mínima que deve conter
nos estoques, com o intuito de suprir as demandas do processo
produtivo, sem que ocorram interrupções.

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34 Administração de Materiais

Desse modo, cabe ressaltar os motivos que podem originar


em faltas dentro dos estoques, que são:
 Alterações no consumo dentro da empresa;
 Atrasos referentes a reposição;
 Alterações na qualidade
 Problemas com os fornecedores;
 Falhas nas contagens.

SAIBA MAIS

Que o estoque mínimo é fundamental para que ocorra o seu


perfeito funcionamento e está diretamente ligado ao estabele-
cimento do ponto de pedido.

Destaco que manter elevadas quantidades de material


estocado, visando eliminar quaisquer questões de falta de
suprimentos, pode acarretar em elevados custos. Ademais,
o estabelecimento de um estoque mínimo é o risco que a
organização disponibiliza a assumir com relação à ocorrência de
ausência de estoque.

Rotatividade
A rotatividade consiste na relação entre o consumo anual e
o estoque médio do produto.
Rotatividade = Consumo médio anual/estoque médio
Assim, a rotatividade é manifestada inversamente às
unidades de tempo ou vezes por dia, mês ou ano.

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Administração de Materiais 35

Sistemas de controle de estoque


Figura 11: Gestão de Estoque

Fonte: ©Freepik

A grande questão da gestão de estoques é reduzir ao


máximo os estoques em virtude dos custos envolvidos sem afetar
a produção. Nesse contexto, as organizações estão focando suas
energias nas questões de quando realizar as ações. Pois, manter
itens estocados quantidades corretas de nada é valido se não
houver prazos bem definidos no planejamento.
Considera-se que o controle é a peça chave na gestão de
estoque, pois é nessa etapa que são definidas questões como:
 Quanto pedir?
 Quando pedir?
 Quando manter em estoque de segurança?
 Onde armazenar?
Cabe ressaltar que não conformidades no gerenciamento e
controle de estoque no ambiente organizacional pode acarretar em
Altos custos financeiros, perda de vendas, dificuldades na produção,
etc. Assim, deve-se atentar para ferramentas e metodologias que
corroborem com a execução correta do planejamento. Podemos
citar, como exemplo, o uso de planilhas de estoque.

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36 Administração de Materiais

Figura 12: Planilhas de controle

Fonte: ©Pixabay

Os sistemas de controles podem ser abordados em quatro


sistemas com abordagens distintas, que são:

Sistema duas gavetas


Trata-se do método com atribuições mais simples para
controle de estoques. Muito utilizado em comércio com caracte-
rísticas de varejo de pequeno e médio porte.
Apresenta vantagens no sentido de necessitar de pouco
envolvimento em questões burocráticas de reposição de material
no estoque.

Sistema dos máximos mínimos


Esses sistemas são utilizados em situações em que se torna
muito complexo determinar o consumo e mudanças no tempo de
reposição.
De acordo com Dias (2008) o sistema consiste em:
 Definir o consumo previsto para o material almejado;
 Fixar o tempo de consumo;
 Verificar o ponto do pedido em detrimento do tempo de
reposição pelo fornecedor;
 Verificar os lotes de compra.

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Administração de Materiais 37

Sistema das revisões periódicas


Para esse sistema considera-se o material restituído em
períodos de tempo iguais, denominado de períodos de revisão.
Nesse contexto, a quantidade solicitada será em função da
demanda do período posterior.

+
OBSERVAÇÃO

O sistema de revisões periódicas caracteriza-se pelas ações em


que nas datas programas devem ser realizadas as reposições de
material. Lembrando também que os intervalos dessas ações
devem ser os mesmos.

Porém, um dos pontos limitantes desse sistema é a


dificuldade em determinar o tempo mais adequado entre as
revisões. Pois, o gestor de materiais deve considerar se a
periodicidade for muito baixa, pode ocorrer um custo muito
elevado e em contrapartida uma periodicidade alta pode acarretar
um custo de pedido muito alto, além do risco de ruptura.

MRP, MRP II
É um dos sistemas mais conhecidos no ambiente
empresarial. Pois, trabalha com suprimentos de materiais, em
que as demandas estão ligadas com o produto final.

DEFINIÇÃO

Consiste em uma série de ações e preceitos de decisão, que visa


atender as necessidades do processo produtivo em um sequen-
ciamento de tempo para cada item que compõe o produto final.

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38 Administração de Materiais

De acordo com Dias (2008) esse sistema apresenta os


seguintes objetivos:
 Afirmar a disposição de materiais e produtos para atender
o planejamento da produção e os prazos de entrega;
 Garantir que os inventários permaneçam em níveis baixos;
 Planejar as atividades de suprimento, entregas e manufatura.

Just in time/Kanban
Esse sistema engloba características em que se busca cons-
tantemente a redução de desperdícios. Assim, o foco é voltado
para demanda efetiva, em que os estoques são repostos com
maior agilidade.
Objetivos do sistema:
 Minimizar prazos entre o inicio de produção e produto final;
 Atenuação dos níveis de inventário;
 Flexibilizar a produção;
 Redução do tamanho de lotes fabricados.

EXEMPLO

O Sistema Toyota de Produção utiliza esse sistema. Adotando


uma postura de: o que é necessário, quando é necessário, e na
quantidade necessária.

Já a “Kanban” é um instrumento de controle de estoque


que auxilia o “Just in time” a atingir seus objetivos. Caracteriza-
se por ser um método simples e com custo relativamente baixo.
Além disso, o sistema corrobora com uma sequencia de produção
mais invariável e com grandes possibilidades de melhorias.

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Administração de Materiais 39

+
OBSERVAÇÃO

O sistema “Kanban” possui grande potencial de identificação


e ajustes de velocidade, visando não permitir que ocorram
interrupções no fluxo de produção. Entretanto, esse sistema
apenas colabora com a fabricação no cenário “Just in time’’.

Avaliação dos estoques


A avaliação de estoques engloba o valor das mercadorias,
produtos em fase de fabricação e produtos finalizados. Dessa
forma, para realizar a avaliação desses materiais deve-se
considerar como base os preços de custos ou até mesmo preços
de mercado.
Preço de mercado é aquele pela qual a mercadoria é
comprada e consta em nota fiscal dos fornecedores.

Custo médio
Na metodologia de custo médio, considera-se como base
o preço de todas as saídas, ao preço médio dos suprimentos total
do material em estoque.
Cabe a esse custo manter o equilíbrio de preços de modo
que considerando um período de longo prazo ocorra mudanças
no custo real das compras de material.

Método PEPS (FIFO)


Nesse método, a avaliação ocorre maneira cronológica
conforme as entradas. Adota-se como valor de saída de um item
de material os preços dos itens que deram entrada em data mais
remota, ou seja, o preço do material mais antigo.

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40 Administração de Materiais

Método UEPS (LIFO)


No método UEPS, adota-se que “o último a entrar é o
primeiro a sair”. Desse modo, considera-se como valor de saída
de um item de material os preços dos itens que entraram em um
tempo mais próximo.
Esse método de avaliação é recomendado em períodos
em que ocorre muita inflação, pois ele transforma os preços dos
produtos em estoque que posteriormente serão para a venda,
mais constantes.

Classificação ABC e lote econômico

OBJETIVO

Nesse capítulo vamos abordar o método ABC de classificação


nos estoques e, com isso, conhecer esse fantástico instrumento
que facilita o enfoque do administrador de materiais. Ademais,
vamos ampliar nossos conhecimentos quanto à tomada de
decisão de estocar ou não determinado item, considerando
variáveis econômicas. Preparados? Vamos adiante na busca por
conhecimento? Motivados para conhecer mais sobre o estoque
nas organizações? Vamos começar!

Classificação da curva ABC


A classificação ABC, também conhecida como princípio
de Pareto é um instrumento que classifica os materiais contidos
nos estoques de acordo com sua importância. Na maioria dos
casos essa classificação é realizada de acordo com as questões
financeiras.

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Administração de Materiais 41

O objetivo da classificação é analisar e identificar os itens


que apresentam o maior valor de demanda e a partir disso realizar
um planejamento mais complexo, principalmente por esses itens
apresentaram um maior investimento, desencadeando em um
impacto na organização (GONÇALVES, 2007).

SAIBA MAIS

A classificação ABC tem sido utilizada em boa parte das


organizações como instrumento eficiente na administração de
estoques, colaborando com a definição de políticas de venda,
definição de prioridades, programação de processos produtivos
e uma gama de outros fatores que podem acarretar em não
conformidades.

Os estoques que apresentarem mais de um item, inevita-


velmente destes itens apresentam maior relevância para a
empresa. Assim, uma pequena proporção dos produtos totais
no estoque, irão futuramente representar uma grande parcela
do valor total contido em estoque. Nesse sentido, tal cenário é
usualmente denominado lei de Pareto.
A partir desta regra o administrador de materiais pode
realizar a tomada de decisão no sentido de controle dos itens
considerados mais significativos. Assim, este método tem como
objetivo distinguir os materiais em três grupos, sendo elas A, B,
C. Tais grupos são distribuídos de acordo com os seus valores
monetários.
Nos estoques, existem um pequeno número de materiais
que apresentam grande valor financeiro, e em contrapartida itens
de baixo valor. Cabe lembrar que a premissa de quantidades
intermediarias também se aplicam.

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42 Administração de Materiais

Diante do exposto, comparando os valores dos materiais


adquiridos e sua correlação de necessidades, pode-se abordar a
classificação da seguinte forma:
 Classe A: nessa classe os produtos mais importantes
necessitam de maior atenção da administração, ou seja,
itens de maior valor de demanda, em determinado período;
 Classe B: produtos em situação intermediaria entre A e C,
ou seja, itens de valor de demanda intermediário;
 Classe C: itens de menor importância que necessitam de
baixa atenção por parte da gestão, itens de menor valor de
demanda.
Figura 13: Representação da curva ABC

Fonte: Scesistemas

Muitos são os instrumentos utilizados para elaborar as


curvas ABC. Porém, elas podem ser analisadas conforme um
diagrama de bloco. Esse diagrama visa apresentar de maneira
clara e que sejam abordados todos os aspectos necessários.
Nesse caso, verifica-se a metodologia proposta por Dias
(2010) para a elaboração da curva ABC.

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Administração de Materiais 43

Tabela 1: Metodologia para elaboração da curva ABC

Necessidade de criação da curva ABC


1 Discussões iniciais
Definição de objetivos
Verificar técnicas para análise
2 Tratar dados
Cálculos
3 Obtenção das classes
4 Análises e conclusões
5 Providencias e decisões
Fonte: Dias, 2010

Analisando a metodologia exposta na tabela 1, destacamos


os cuidados inerentes à fase de verificação e levantamento das
informações. Dentre as premissas necessárias nesse momento,
tem-se: necessidade de colaboradores preparados para realização
das coletas; planilhas adequadas e procedimentos padrões para
a coleta.

+
OBSERVAÇÃO

É de suma importância que nesse momento de planejamento as


informações coletadas apresentem uniformidade.

Para a etapa dos cálculos, utiliza-se de meios manuais ou


com auxílio de softwares que atualmente estão cada vez mais
eficazes e eficientes. O percentual de materiais em cada classe
pode variar de acordo com a realidade do cenário analisado,
entretanto normalmente as organizações obedecem a um padrão
de 20% dos itens na classe A, 30% na classe B e os 50% restantes
na classe C.

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44 Administração de Materiais

Lote econômico
A tomada de decisões no momento de definir o produto
a ser estocado ou não é crucial em qualquer momento. Desse
modo, deve-se considerar dois pontos principais:
 Verificar se é econômico aderir algum produto ao estoque;
 Até que ponto é indicado estocar determinado produto,
mesmo que este satisfaça as necessidades do cliente;
Atualmente não é considerado econômico o estoque de
produtos que vá além do custo de compra ou até mesmo de
produzir, considerando as necessidade e exigências do consumidor.
Além disso, realizar o estoque de produtos além de quando as
solicitações médias dos consumidores apresentem excesso
equivalente à metade da quantidade econômica do pedido.
Cabe lembrar que há custos que acrescem de acordo com
a quantidade de material, se manter as variáveis de consumo
uniforme. Nesse sentido, esses custos estão diretamente
associados a armazenagem dos materiais. Em contrapartida,
alguns custos reduzem de acordo com o aumento a quantidade
de material solicitada.

+
OBSERVAÇÃO

Os custos reduzem à medida que a quantidade de material


solicitada, com a distribuição de custos fixos por volumes maiores.

Dentre os tipos de lote econômico, tem-se:


 Compra (sem faltas): refere-se ao tipo de lote mais
simplificado. Assim, utiliza-se de uma taxa com valores
constante, consumo mensal determinístico e com premissas
de que a recolocação de material do estoque ocorre quando
chegam a zero.

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Administração de Materiais 45

 Compra (com faltas): neste momento reconhece os


mesmos preceitos do lote de compras (sem falta), porém
nesne lote é permitido que ocorra faltas no estoque.

+
OBSERVAÇÃO

Nesse tipo de lote deve-se considerar mais um custo envolvido


a gestão de estoque, tais custos representam o custo resultado da
falta de material.

Produção (sem falta): neste tipo de lote as condições


básicas são as mesmas que no modelo de compra, entretanto o
volume produzido é finito e apresenta-se maior que o consumo;
 Produção (com faltas): neste cenário as características
são as mesmas que o anterior, entretanto é admitido que
ocorram faltas de produto no estoque de materiais;
 Com restrição ao investimento: Os quatro cenários
observados anteriormente partem do pressuposto que
haja uma condição de disponibilidade ilimitada de meios
financeiros independente do volume. Desse modo, cabe
considerar a situação em que ocorra limitação referente ao
capital. Assim, questão deve ser conduzida de forma que o
lote econômico se torne viável.
 Lote econômico com desconto: considerando algumas questões
do processo de compra, pode-se em alguns casos obter descontos
no preço de compra. Ademais, o fornecedor em algumas
situações pode conceder descontos no preço unitário, em virtude
do volume comprado. Nesse sentido, deve-se determinar o que
é mais vantajoso economicamente para a organização, ou seja,
obter volume de itens maiores do que os lotes de compra para
reduzir variáveis de preço ou adquirir volumes determinados
pelo lote em questão, sem considerar o desconto.

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46 Administração de Materiais

SAIBA MAIS

Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso


à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo:
“Administração de Materiais Uma Abordagem Logística”
(DIAS, M. A. P), acessível pelo link: https://bit.ly/2ZVFTHP.

RESUMINDO

E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo


tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir
tudo o que vimos. Você deve ter aprendido todos os conceitos
trabalhados na literatura ao longo da evolução da administração
de matérias, competências e responsabilidades dos gestores
de materiais no processo produtivo das empresas. Verificamos
as questões organizacionais, competitividade de mercado e a
importância das empresas em buscar constantemente otimizar
e potencializar seus processos. Com relação à gestão de
estoques, verificamos todas as questões que a compõe, desde a
tomada de decisões em relação aos custos inerentes a cada fase,
quantidades que devem ser armazenadas. Do mesmo modo,
abordamos os níveis de estoque e os sistemas de controle que
corroboram com a eficácia do planejamento e posteriormente
conceitos e premissas para a avaliação desses estoques. E por
fim, verificamos a classificação ABC que permite compreendem
os níveis de importância dos produtos na gestão de estoque, do
mesmo modo que as condicionantes econômicas compreendendo
faltas ou não dos estoques.

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Administração de Materiais 47

02
UNIDADE

A RMAZENAGEM DE MATERIAIS

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48 Administração de Materiais

INTRODUÇÃO
A produtividade nas indústrias está diretamente
relacionada a escolha dos equipamentos de movimentação e aos
sistemas de armazenagem. Para a eficaz condução dos armazéns
(almoxarifado ou depósito) deve-se atentar para as condições de
transporte, carga e descarga dos materiais.
Neste sentido, os métodos para estocagem de produtos
em fase de processamento, produtos finalizados e matéria-
prima devem corresponder às expectativas de baixos custos e
alta qualidade. Outro fator de suma importância é em relação
a atenuação de acidentes de trabalho e não conformidades
administrativas, além da conservação dos equipamentos.
Cabe ressaltar que quanto maior a organização mais
complexa se torna a gestão nos armazéns e condução correta dos
estoques. Assim, a tomada de decisão assertiva na armazenagem
de materiais permite as empresas vantagem competitiva em
virtude da agilidade e efetividade nos seus processos produtivos,
atendendo os clientes dentro do prazo e com possibilidade baixa
de erros.
Diante do exposto, os sistemas de armazenagem e a
seleção dos equipamentos de movimentação corrobora com
a otimização dos materiais e movimentação nos estoques.
Ademais, evita a perdas de itens, reduz as perdas e evita
extravios e consequentemente refletindo nos custos dos produtos
em processamento e acabados. Ansioso? Nesta unidade você
vai se aprofundas nestas questões do ambiente empresarial.
Preparados? Vamos lá.

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Administração de Materiais 49

OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 2 – Armazenagem
de Materiais. Nosso objetivo é auxiliar você no atingimento dos
seguintes objetivos de aprendizagem até o término desta etapa

1
de estudos:

Compreender como funciona a localização,


classificação e codificação de materiais no ambiente
empresarial;

2 Abordar as metodologias e procedimentos de


inventário físico e embalagem;

3 Entender como funciona a estocagem de materiais;

4 Verificar como os equipamentos de materiais


corroboram com a produtividade industrial.

Então? Está preparado para uma viagem sem volta rumo ao


conhecimento? Ao trabalho!

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50 Administração de Materiais

Localização, classificação e codificação


de materiais

OBJETIVO

Ao término deste capítulo você será capaz de entender como


funciona é estabelecido os meios necessários à perfeita
identificação da localização dos materiais estocados sob a
responsabilidade do almoxarifado, além dos procedimentos
para catalogar, simplificar, especificar, normalizar, padronizar e
codificar todos os materiais componentes do estoque da empresa.
E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então
vamos lá. Avante!

O processo de armazém contribui diretamente com a


atenuação de custos que venham ocorrer nas atividades, além
de corroborar com a qualidade dos produtos fabricados e
potencializar os processos produtivos. Tal resultado ocorre em
virtude da matéria-prima, materiais que serão utilizados na fase
de processamentos e os produtos finalizados ficarem estocados
por meio de um método adequado. Outro ponto considerável, é
o melhor uso dos equipamentos da empresa e redução das não
conformidades na parte administrativa e prática.
Neste contexto, é fundamental que a gestão de armazenagem
ocorra de maneira eficiente, buscando atenuação de custos e
maximização de qualidade nos atendimentos dos clientes internos
da organização.
Entende-se por armazenagem, depósito ou almoxarifado o
local destinado a movimentação ou transporte interno de cargas
em geral.

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Administração de Materiais 51

Figura 1: Almoxarifado industrial

Fonte: ©Pixabay

O principal objetivo da armazenagem é a distribuição


e racionalização de fluxos de materiais, colaborando com a
utilização das instalações e equipamentos para movimentação
de itens diversos. Assim, as atividades de armazenagem
devem utilizar o ambiente de maneira eficiente, propiciando a
movimentação instantânea, de forma rápida e correta.
O armazenamento de materiais é uma atividade de
planejamento e organização com o intuito de manter e a acomodar
de maneira correta os materiais, conduzindo-os em situações
de uso até necessidade da empresa. Resumidamente o objetivo
desta atividade compreende o uso racional do material e com
custos baixos.
Figura 2: Atividades básicas na gestão de armazéns

Fonte: Elaborada pelo autor

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52 Administração de Materiais

Localização de materiais
Para que ocorra a localização correta dos materiais
estocados é necessário a criação de um sistema de localização
gerido pela equipe de armazenagem. Assim, deve ser utilizado
de uma codificação do ambiente de estocagem, cabendo ao
conjunto de símbolos apresentar informações de cada material,
permitindo uma melhor movimentação.
Ademais, a responsabilidade do funcionamento eficiente
dos armazéns é do gestor de armazenagem, que possui atribuições
para manutenção de todo os sistemas de localização de materiais
com as respectivas estruturas de identificação.
Deste modo, a definição do local apropriado para armaze-
nagem deve considerar as questões de:
 Quantidade de itens;
 Tempo de atendimento;
 Climáticas (umidade, sol, etc.);
 Resistência dos itens;
 Tipos de itens.
Atualmente nas organizações são abordados dois sistemas
distintos de localização de material, entre eles:
 Sistema de estocagem fixo (centralizado): Neste sistema
os estoques ocorrem em apenas um lugar, facilitando o
planejamento e controle da produção. Entretanto, pode
ocorrer dispêndios em algumas áreas da armazenagem.
É característico da estocagem fixa a falta ou excesso de
material em função do grande fluxo de entrada e saída de
itens.
 Sistema de estocagem livre (descentralizado): Cabe a este
sistema características de não possuir locais fixos, em que
o estoque dos materiais ocorre juntamente com os locais de
utilização. Assim, permite uma entrega rápida e eficiente,

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Administração de Materiais 53

com menor burocratização. Em contrapartida apresenta


certo risco de perdas de material em estoque que só será
percebido no momento do inventário.

Classificação e codificação de materiais


Para que ocorra um controle corretos dos estoques visando
a eficiente operacionalização dos armazéns é fundamental que a
organização possua um bem estruturado sistema de classificação
de materiais.

DEFINIÇÃO

A classificação de materiais é a atividade responsável por


classificar os itens de forma a ordena-los considerando fatores
pré-determinados e de semelhança.

Para que isso ocorra é necessário atender os objetivos


de, simplificar, padronizar, catalogar, especificar, normalizar e
codificar todos os itens do estoque organizacional.
Deste modo, destaca-se que o objetivo de simplificar e
especificar andem juntos, para que ocorra uma descrição correta
visando o atendimento os responsáveis pelo fornecimento e
o requisitante do material. Nas demais etapas é observado as
finalidades do material.
A normalização se ocupa da maneira pela qual devem
ser utilizados os materiais de modo que tanto o usuário como o
armazém possam solicitar e atender os itens utilizando a mesma
terminologia.
Destaca-se que no momento de classificação não deve
ocorrer em hipótese alguma desorganização, pois em alguns

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54 Administração de Materiais

casos os materiais podem apresentar grande semelhança


quanto as suas características. Outro ponto a considerar é que
a classificação deve ser conduzida de forma que os gêneros de
itens ocupem as suas respectivas destinações de local.
Produtos com composição química ou radiativa devem
estar em locais distantes de produtos alimentícios.
Figura 3: Codificação de materiais

Fonte: ©Pixabay

Para que a classificação seja adequada, deve-se representar


um agregado de informações suficientes com a utilização
de números e letras. Nos dias de hoje as organizações estão
utilizando sistemas de codificação decimais, alfabéticas e
alfanuméricas.
O sistema decimal apresenta características simples e
informações incomensuráveis, já o sistema alfabético utiliza
várias letras (pouco utilizado na atualidade) e o alfanumérico
que utiliza um conjunto de letras e números.
A aplicação do código tem por objetivo simplificar as
atividades dentro da organização, pois todo o agregado de dados
descritivos e individuais de determinado item alterado por
apenas um símbolo representativo.
Ademais os sistemas de codificação devem apresentar
algumas características, como:
 Simples: para criar facilidade na utilização;
 Conciso: apresentar uma digitação mínima;

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Administração de Materiais 55

 Preciso: deve possuir um código para cada item;


 Expansivo: apresentar abertura para entrada de novos
materiais;

Conveniente: apresentar uma boa


compreensão. Inventário físico e
embalagem

OBJETIVO

Neste item vamos abordar sobre as questões conceituais do


inventário físico, visando aprimorar o conhecimento quanto esta
ferramenta de controle de estoque. Vamos verificar também sobre
as embalagens que permitem disponibilizar as mercadorias no
tempo certo, nas condições adequadas ao menor custo possível,
principalmente na distribuição internacional. Preparados?
Vamos lá!

Inventário Físico
Inventário físico é a conferencia de itens no interior da
organização, por meio de contagem, verificação periódica das
fichas para controle contábil físico e financeiro do armazém.
Um dos principais pontos que as empresas devem atentar é
para a precisão dos produtos nos estoques e que estes itens sejam
registrados de maneira correta em documentos para posterior
conferencia.
De acordo com Dias (2010) os gestores devem realizar a
constante verificação e contagens dos produtos armazenados nos
estoques, considerando os seguintes itens:

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56 Administração de Materiais

 Apuração do valor total do estoque (contábil) para efeito


de balanços ou balancetes;
 Discrepâncias em valor, entre o estoque físico e o registro
de estoque contábil;
 Discrepâncias em quantidade, entre o estoque físico e o
registro de estoque contábil.
Neste contexto os inventários no ambiente da empresa,
podem ser classificados em dois tipos:

Inventário rotativo
Este procedimento consiste em realizar o levantamento
continuo dos produtos contidos no estoque ou que são distribuídos
para uso. Neste tipo de inventário a grande vantagem é o fato de
que não há a necessidade de parar as atividades em função de
cronogramas de trabalho.
Cabe a este inventário programar todos os itens em diversas
categorias como: produtos acabados, em fase de processamento,
embalagens, etc. De acordo com Dias (2010) os itens podem ser
divididos em três grandes grupos:
 Grupo 1: Abordados os materiais mais significativos que são
inventariados três vezes ao ano, por representarem maior
valor em estoque e serem estratégicos e imprescindíveis à
produção.
 Grupo 2: produtos de atenção intermediária em relação ao
valor de estoque e estratégias e que são inventariados duas
vezes ao ano.
 Grupo 3: Neste grupo estão contidos todos os outros produtos,
sendo compostos por materiais que representam pequeno
valor monetário de estoque e que são inventariados uma vez
por ano.

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Administração de Materiais 57

Inventário periódico
A contagem de material é realizada no final de determinado
período, compondo todos os itens de estoque. Ademais, as
atividades contidas neste tipo de inventário são de longa duração
em virtude do elevado volume de itens. Quando estes procedi-
mentos são finalizados, os dados coletados são compilados e
caracterizados de acordo com valor, estados e local de uso.

Preparação e planejamento para o inventário


As organizações buscam constantemente realizar todas
as atividades conforme seu planejamento. Assim, para que isso
ocorra o inventário de maneira adequada é indispensável atender
certas questões, como:
 Convocação: Dimensionamento das equipes (reconhece-
dores e revisores).
 Cartão de inventário: em algumas empresas o registro é feito
em cartões com partes descartáveis ou em cores diferentes,
com o intuito de verificar diferenças entre estoques.
Outras organizações realizam o controle por intermédio
de processamento de dados, assim os cartões podem ser
preenchidos anteriormente. Nestes cartões deve estar descrito
os dados como: local, código, data, etc.
 Organização física: No momento em que for definido o
período de inventário os locais devem ser organizados de
modo que sejam agregados os produtos iguais em com os
cartões de inventário, explicado no tópico anterior. Outro
ponto de fundamental importância é em relação a organização
com corredores livres para proporcionar fácil mobilidade.
 Cut-off: Esta fase é suma importância para o correto
procedimento do inventário, pois as não conformidades
podem ocasionar em riscos de falhas. Assim, pode ser
realizado um mapa com detalhes de documentos anterior
a contagem.

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58 Administração de Materiais

 Revisão e documentação de estoque: caracterizado por


corresponder ao registro atualizado das entradas e saídas
até o momento do inventário. Cabe ao gestor verificar
se todos os documentos de registros de movimento sem
contabilizados.
 Determinação do estoque: os materiais de estoque devem
estar disponíveis para contagem e recontagem. Ademais,
o procedimento permite duas equipes trabalhando em
conjunto.
 Ajustes e conformidades: é nesta etapa que ocorrem as
providencias necessárias para variações entre estoque
e inventário. Assim, cabe a organização definir os seus
percentuais de aceitação das diferenças verificadas.
Destaca-se que produtos mais significativos tenham uma
maior atenção por parte dos departamentos envolvidos. Em
caso de divergências, as diferenças devem ser registradas
em relatório.

Embalagem
No decorrer do desenvolvimento industrial as embalagens
tornaram-se cada vez mais variadas, com características
conforme as necessidades dos produtos. Em termos logísticos
a embalagem contribui com a relação entre os envolvidos, pois
disponibiliza os materiais em boas condições, com baixos custos
e no tempo correto.
No decorrer das operações de movimentação e armazena-
gem de produtos, as embalagens apresentam função fundamental
na conservação e proteção dos materiais.
Para o eficiente uso das embalagens, deve-se considerar os
principais riscos que estas estão submetidas:
 Choques;
 Temperatura;

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Administração de Materiais 59

 Compressão;
 Perfuração;
 Esmagamento, entre outros.
Neste sentido, primeiramente deve-se analisar o tipo de
material a ser armazenado e transportado para posteriormente
definir qual tipo de embalagem melhor se adapta.

Tipos de embalagens
Caixa de papelão
Este tipo de embalagem compreende uma das mais
baratas para as empresas, quando comparado as caixas de
madeira, compensado, etc. Além do mais são biodegradáveis e
posteriormente podem ser recicláveis.
Outro fator considerado pelas organizações é a questão
da adaptabilidade em relação aos materiais e combinação com
outros tipos de produtos para aumento da resistência a umidade.
Figura 4: Modelos de embalagens de papelão

Fonte: ©Pixabay

Categorias das embalagens de papelão


As embalagens podem ser classificadas em virtude das
finalidades que podem serem destinadas.
 Primária: esta categoria compreende as embalagens que
apresentam contato direto com o material.
Exemplo: Caixa de televisão, caixa de ovos.

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60 Administração de Materiais

 Secundária: esta classificação é responsável pela proteção


e acondicionamento das embalagens primárias.
Exemplo: Caixa de papelão que contenha várias caixas de
ovos. Caixa de papelão que contenha vários litros de leite.
 Terciária: responsável pela movimentação e embalagens
de produtos.
Exemplos: Um palete com 5 caixas de papelão (cada uma
com 20 caixas de ovos).

Tambores
Este tipo de embalagem é bastante utilizado, pois abrange
um grande número de materiais que vão desde composição
líquida, produtos sólidos, pó, entre outros. Ademais, alguns
produtos podem ser acondicionados em contato direto sem se
alterarem.
Outras questões como a facilidade para manipular,
armazenar e transportar os materiais são um dos pontos principais
para a escolha deste tipo de material.

Fardos
Atualmente este tipo de embalagem é bastante utilizado
por diversas empresas em função do grande volume de produtos
comercializados.
Muitos dos materiais após armazenados em fardos, acabam
por reduzir o espaço. Em alguns casos os produtos são prensados
com o auxílio de prensas que posteriormente corroboram com o
armazenamento e frete.

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Administração de Materiais 61

Figura 5: Modelo de armazenagem em fardo - algodão

Fonte: ©Pixabay

Recipientes plásticos
Muito utilizados para transportar materiais a granel ou
até mesmo materiais líquidos. Ademais, são destinados a fins
industriais de larga escala, pois são fabricados com material que
se molda com bastante facilidade. Cabe ressaltar que este tipo
de material é fabricado por meio de processos, como: injeção,
sopro, vácuo, termo compressão e termo fusão.
Neste sentido, é indicado algumas questões quanto ao uso
deste tipo de material. Pois alguns produtos (voláteis, gasolina,
etc.) devem ser conduzidos e transportados rapidamente nestas
embalagens em virtude da permeabilidade. Já ao ar livre, devem
ser pintados para proteger dos raios solares.
Figura 6: Modelo de embalagem em recipiente plástico

Fonte: ©Pixabay

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62 Administração de Materiais

Fechamento de embalagens
Após a escolha adequada do tipo de embalagem melhor
se enquadra no material em questão deve se atentar para o
fechamento correto destas embalagens, que podem ser de:
 Grampos;
 Fitas metálicas;
 Fitas adesivas;
 Costura.

Estocagem de materiais

OBJETIVO

Para a gestão correta de materiais os gestores necessitam


verificar e conduzir suas tomadas de decisões em função de
algumas técnicas imprescindíveis de estocagem. Deste modo,
neste tópico vamos abordar os métodos e técnicas fundamentais
para o correto funcionamento dos sistemas de estocagens no
ambiente empresarial. Preparados? Bom estudo a todos.

Carga Unitária
Surgem na necessidade de facilitar o armazenamento e
transporte, atenuando o volume, esforço, área e desgaste humano.
Assim, a carga unitária se caracteriza na forma de palete ou carga
unitizada, contendo uma quantidade expressiva de material, mas
que esta represente como se fosse uma única unidade. A carga
unitária é uma carga formada por embalagens de transporte,
alocadas de maneira que corrobore com a o armazenamento e
transporte por intermédio de equipamentos de carregamento.

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Administração de Materiais 63

Figura 7: Modelo de palete contendo vários materiais e caracterizando uma carga unitária

Fonte: ©Pixabay

Pallet constitui-se em um estrado de madeira padronizado


que compreende dimensões diversas.
Os paletes podem ser encontrados em classes distintas,
quanto a:
 Quantidade de entradas: duas ou quatro entradas
 Quantidade de faces: uma e duas faces.
Neste sentido, é importante ressaltar que as mercadorias
em alguns casos não apresentam as mesmas dimensões. Assim,
é fundamental realizar uma análise detalhada, considerando as
técnicas da gestão de materiais para preparar a carga unitária.
Já a carga unitizada, apresenta o objetivo de maximizar
os processos e funcionamento dos equipamentos de transporte
(garfos, empilhadeira, entre outros).

Paletização
Em empresas que apresentam grande necessidade de
estocagem rápida e grandes volumes de material, a paletização
é bastante utilizada. De acordo com Dias (2010) a utilização
de empilhadeiras e pallets proporciona a muitas organizações,
economia de até 80% do capital despendido com o sistema de
transporte interno.

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64 Administração de Materiais

Este sistema apresenta diversas vantagens, como: otimização


de tempo, mão de obra e espaço físico de armazenagem. Além
disso, a paletização corrobora com a organização no sentido de
criação de pilhas altas e com maior proteção.
O empilhamento caracteriza-se por proporcionar ao
máximo o espaço vertical, atenuando a necessidade de divisões
nas prateleiras e facilitando a utilização das empilhadeiras.
Considerando estas questões, cabe ao planejamento
estratégico na organização definir a utilização ou não deste
sistema. Para o eficiente uso da paletização, deve-se adotar
algumas premissas para implantação deste sistema, como: peso,
resistência, tamanho, custo, tamanho das entradas para os garfos,
entre outros.
No processo de paletização deve-se considerar as questões
para prender as cargas e uma das maneiras mais eficientes é o
uso de fitas metálicas. Já o arqueamento pode ser realizado de
maneira que facilite o transporte posteriormente.
Cabe destacar que a amarração de cargas só é utilizada em
situações em que o as atividades foram compostas por várias
movimentações de transporte.
Na indústria atual não há restrição quanto ao tipo de
material a ser paletizado. Cabendo apenas considerar as questões
de preço e vantagem estratégica.
Em alguns casos quando as cargas são irregulares, existe
o uso de mais alguns objetos para prender os materiais junto ao
palete. Todas estas questões tem o intuito de tornar o sistema
eficiente e rápido.
Dentre os instrumentos para auxiliar a paletização, tem se:
 Pranchas Auxiliares: objetos de madeira implantados na
carga unificada. Utilizados quando os paletes possuem
apenas uma face e a superfície da respectiva carga se
apresenta de fora;

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Administração de Materiais 65

 Esquadrias: Este tipo de instrumento é destinado em


situações em que a gestão está trabalhando com cargas
pesadas. Corroboram para amortizar o peso de uma carga
sobre a outra;
 Colarinhos: compostos por ripas de madeira com a
finalidade de transporte de cargas com mais segurança.
Este tipo de instrumento de apoio a paletização é bastante
indicado para botijões de gás;
 Ninhos: tem o objetivo de fixar os produtos sobre o palete,
moldando-se ao formato do material paletizado;
 Divisores: bastante utilizados para carga com produtos
distintos, visando a separação para evitar contato.

Conservação
Para o sucesso da estocagem de matérias, é fundamental
que se tome alguns cuidados importantes indispensáveis para o
rendimento destas atividades. Assim, deve-se atentar para certos
cuidados, evitando danos aos instrumentos de estocagem.
Neste contexto, considerando diversas abordagens de
gestores de materiais, as regras básicas para uso correto dos
paletes. E estas regras devem ser repassadas para os operadores
antes mesmo dos processos iniciarem.
Figura 8: Operador realizando procedimento com a empilhadeira

Fonte: ©Pixabay

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66 Administração de Materiais

Neste sentido, o operador deve realizar os procedimentos


com bastante cuidado, posicionando-se em frente a carga
e introduzindo os garfos. Realizar a introdução de maneira
uniforme para balancear o peso e atentar para evitar choques
entre a empilhadeira e as cargas.

Demais técnicas de estocagem


O interior das empresas muitas vezes apresenta-se de
maneira complexa e cabe aos tomadores de decisões apontarem
as medidas a serem adotadas. Deste modo, atenta-se para o
dimensionamento e atributos dos materiais que descrevem os
tipos de estocagem necessários, indo desde procedimentos
simples até sistemas mais complexos. Dentre as formas de
estocagem, tem-se:
 Caixas ou gavetas: Bastante utilizadas com materiais
pequenos (parafusos, escritórios, etc.). Em relação ao
tamanho, podem ser de distintas dimensões de acordo com
a atividade;
 Prateleiras: Adotas em materiais de diferentes tamanhos,
dando suporte as caixas e/ou gavetas. As prateleiras são
consideradas de fácil utilização e com baixos custos.
 Raques: Para materiais com características de dimensões
longas e estreitas (barras, tiras, etc.).
 Container flexível: Técnica recentemente implantada nos
estoques industriais (produtos líquidos, a granel, etc.). É
uma das técnicas mais recentes, utilizada para sólidos a
granel e líquidos em sacos. Características de tecidos
resistente com revestimento interno.

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Administração de Materiais 67

Equipamentos de movimentação

OBJETIVO

As organizações apresentam complexo sistema de processamento


e para isso demandam uma eficiente gestão de movimentação
e transporte. De acordo com esta exigência em agilidade,
neste tópico vamos aprender os principais equipamentos e
procedimentos para a movimentação no interior das empresas.
Prontos? Avente.

Os equipamentos de movimentação adotados pelas


empresas vão de acordo com as necessidade e exigências,
considerando fatores geométricos e funcionais.
Para o funcionamento correto dos processos, deve-se
classificar os equipamentos de carga, descarga e manuseio que
melhor se adapte ao processo produtivo. Dentre os sistemas mais
modernos utilizados, tem-se:
 Transportadores;
 Guindastes, talhas e elevadores;
 Veículos industriais;
 Equipamento de posicionamento, pesagem e controle;
 Containers e estruturas de suporte.
A movimentação de produtos, exige uma análise complexo
de diversas variáveis para evitar não conformidades entre o
equipamento e os materiais.

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68 Administração de Materiais

Para isso, deve-se considerar o tipo de produto, edificações,


método de armazenagem, custo de movimentação, área
necessárias para o funcionamento dos equipamentos, resistência
do piso, entre outras.

Sistemas de transportadores contínuos


Movimentação continua entre dois pontes anteriormente
definidos. Neste sistema utilizam-se transportadores de roletes,
rodízios e de arraste. Ademais, são indicados para produtos a
granel, terminais de carga e descarga e na indústria nas linhas
destinadas a montagem de produção em cadeia.
Deste modo, atualmente existem diversas maneiras para
realização das movimentações de materiais na indústria, que são:
 Esteiras transportadoras: este tipo de movimentação
continua são bastante utilizados em diversos segmentos da
indústria, em especial para transportar produtos a granel
e produtos de maneira constante e uniforme. As esteiras
podem ser de fita, correia ou tela metálica.
 Roscas: Utilizados para movimentação de produtos de
composição granulada ou pulverizados. Silos, moinhos e
demais empresas que necessitam mesclar e agitar produtos
utilizam bastante este tipo de transportador.
 Pneumáticos: Adaptados por linhas de produção para
movimentar produtos em pó ou granulados. Ademais, são
compostos por tubulações agregadas que faz circular o ar
e funcionam em trajetos diversos.
 Magnéticos: utilizados para movimentar ferro, aço, etc.
São transportadores composto por duas faixas de ferro
com imã e colocados posteriormente ao transportador de
correia ou fita.
 Roletes livres: considerado nos dias de hoje o mais econômico,
em virtude da sua indispensabilidade em manutenção e por
transportar quase todos os tipos de materiais. Em algumas

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Administração de Materiais 69

situações são indicados para utilização em associação com


outros métodos de transporte.
 Vibratórios: também aplicado para diversos produtos. É
composto por calhas ou tubos que produzem vibração
linear. Ademais, este tipo de transportador pode apresentar
diferentes formatos e acionamentos.

Manuseio de áreas restritas


Este tipo de sistema é utilizado para locais em que há uma
restrição de espaço, ou seja, em armazéns. Assim, neste tipo de
manuseio o mais indicado é a ponte rolante.
As pontes rolantes são utilizadas em transporte e elevação
em empresas de usinas siderúrgicas, usinas elétricas, entre
outras. Além disso, as pontes possuem comandos eletrônicos e
são acionados por um sistema. Em relação aos itens de segurança
apresentam limitadores e freios.
Figura 9: Modelo de pontes rolantes

Fonte: ©Pixabay

Deste modo, as pontes rolantes são implantadas e adaptadas


em industrias e permitem o máximo de aproveitamento da área
do local. Para o correto funcionamento deve-se considerar
algumas informações, como: tipo de ponte, carga, dimensões,
ambiente, edificação, intensidade do trabalho, entre outros.

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70 Administração de Materiais

Sistemas para pontos sem limites fixos


Considerados os sistemas mais práticos e versáteis, em
função de não restringirem locais e pontos a operar. Dentre os
equipamentos mais utilizados, destaca-se:
 Carrinhos: abordado na literatura como o equipamento
mais simples.
 Empilhadeiras: como mencionada anteriormente, trata-se
de um equipamento que eleva os materiais por intermédio
de um garfo e motorizado. Podem ser adaptadas de acordo
com os produtos a serem movimentados e apresenta-se
nos formatos: frontais, laterais e própria base.
Figura 10: Modelo de empilhadeira

Fonte: ©Pixabay

 Guindaste: este sistema é comporto por uma lança


com guincho, que posteriormente é acionado por um
aparato elétrico, mas em alguns casos mecânicos. Para
o funcionamento correto é necessário um motor para
impulsionar a operação.

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Administração de Materiais 71

Figura 11: Modelo de guindaste utilizado em organizações

Fonte: ©Pixabay

 Tratores: este tipo de equipamento a um bom tempo vem


sendo utilizando para fins agrários. Entretanto, cada vez
mais as indústrias estão adaptando tratores para suas
atividades. São constituídos por sistema de traça por pneus
ou esteiras.
Figura 12: Modelos de trator utilizado nas indústrias

Fonte: ©Pixabay

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72 Administração de Materiais

Seleção de equipamentos
As questões de planejamento e seleção dos equipamentos
a serem utilizados nas atividades deve ser bem organizado
e adaptado a realidade dos processos produtivos. Assim, a
tomada de decisões baseia-se no sistema como um todo, pois
em alguns casos os equipamentos exigem um alto investimento
e uso especifico. Já em algumas situações ocorre confronto entre
equipamentos relativamente mais baratos com exigência de mão
de obre e espaço físico disponível.
Diante do exposto, cabe aos gestores analisar todo o
processo para ser os mais assertivos possível.

SAIBA MAIS

Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à


seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo: “Sistemas
e técnicas de movimentação e armazenagem de materiais
(materiais handling)”. http://bit.ly/35opjT3

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Administração de Materiais 73

RESUMINDO

E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo


tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir
tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que no ambiente
organizacional todos os procedimentos e tomadas de decisões
exige muita atenção por parte dos gestores. Verificamos que
fatores como a localização, classificação e codificação de
materiais são fundamentais para o andamento efetivo das
operações e quanto maior for a empresa mais complexos estas
questões se tornam. Ainda, compreendemos os principais tipos
de embalagens utilizados no mercado atual e quais premissas
são consideradas no momento da escolha. As principais formas
de estocar os materiais, com o intuito de otimizar o espaço e as
operações de movimentação e transporte. Por fim, estudamos os
principais equipamentos de movimentação adotados de acordo
com a realidade da empresa e os sistemas transportadores
conforme o processo produtivo.

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74 Administração de Materiais

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Administração de Materiais 75

03
UNIDADE

P ROCESSO DE COMPRAS

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76 Administração de Materiais

INTRODUÇÃO
O processo de compras compreende todas as atividades
responsáveis por adquirir materiais e matéria prima no ambiente
empresarial. Deste modo, cabe aos gestores de compras, realizar
o planejamento das aquisições necessárias para a empresa de
maneira que as atividades ocorram em tempo hábil, qualidade e
quantidade exigida e atendimentos dos prazos.
Em virtude da constante ascensão e complexidades do
mercado, as empresas devem buscar constantemente a aquisição
de lucros satisfatórios e atenuação dos custos. Assim, um
dos pontos de suma importância para a efetiva condução dos
processos produtivos é a organização de compras e gestores com
atribuições positivas para compras assertivas.
Além disso, o processo de compras engloba diferentes
sistemas de compras, que apresentam variações conforme a
estrutura e política das organizações. Atualmente as empresas
vem se modificando constantemente e se adequando ao mercado,
visando adquirir fornecedores potenciais, com boa qualidade e
preços acessíveis.
Neste contexto, o processo de compras compreende
uma gama de fatores indispensáveis para o desenvolvimento
empresarial, cabendo ao planejamento das empresas buscar
constantemente o aprimoramento das atividades e buscando
novas alternativas para conduzir as compras. Preparados para
compreender estas questões ao decorrer desta unidade letiva?!

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Administração de Materiais 77

OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 3 - Processo de
Compras. Nosso objetivo é auxiliar você no atingimento dos
seguintes objetivos de aprendizagem até o término desta etapa

1
de estudos:

Verificar quais os atributos para obter um fluxo


continuo de suprimentos para a produção, com preços
acessíveis e padrões de quantidade e qualidade;

2 Identificar os sistemas de compras que permitem


comprar melhor e encorajar novos fornecedores;

3 Definir a relação entre cliente e fornecedor para


obtenção da qualidade correta, além de investigar o
sistema de custos envolvidos nas compras;

4
Conhecer as condições adequadas de compras,
as etapas para uma boa negociação e aferir as
características de atendimento e relacionamento
dos fornecedores.

Então? Está preparado para uma viagem sem volta rumo ao


conhecimento? Ao trabalho!

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78 Administração de Materiais

Função compra

OBJETIVO

Ao término deste capítulo você será capaz de verificar quais


os atributos para obter um fluxo continuo de suprimentos para
a produção, com preços acessíveis e padrões de quantidade e
qualidade. Além disso, vamos compreender como deve ser
realizada a coordenação deste fluxo. E então? Motivado para
desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!

A função compra
Com a globalização e a constante ascensão do mercado a
função compra vem apresentando-se cada vez mais importante
para o sucesso das empresas, pois corrobora com a “compra” de
maneira adequada.
Para a permanência das empresas no mercado competitivo
deve-se buscar o equilíbrio entra as necessidades e exigências
dos clientes com os demais atores que compõem o ambiente
empresarial.
A função compra é fundamental para a gestão de materiais,
pois contribui diretamente no suprimento de produtos em tempo
hábil e quantidade adequada para a produção.
Deste modo, para o correto fornecimento de produtos
e serviços, cabe a função de compras adaptar as questões de
quantidade e qualidade. Cabe lembrar que estes aspectos devem
estar em concordância com as questões de baixos custos e
maximização de lucros, em virtude da grande representatividade
dos materiais na estrutura do custo final de produção.

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Administração de Materiais 79

De acordo com Dias (2010), o sistema empresarial que


deseja manter o volume de vendas em números competitivos, de
modo que sejam gerados lucros e maximização de custos deve
atentar para gestão de compras. Neste sentido, este autor considera
que os principais objetivos do departamento de compras, são:
 Negociação adequada entre fornecedores e empresa;
 Buscar os melhores preços obedecendo padrões de qualidade
e quantidade;
 Controlar o fluxo de materiais para operacionalização dos
processos;
Em contrapartida, a função de compras exige o planeja-
mento e acompanhemos constante, pesquisa e escolha de
fornecedores dos distintos produtos exigidos para garantir o
atendimento dos prazos. É neste momento que se agrega a gestão
de armazenagem, setor financeiro, e demais departamentos da
organização (GONÇALVES, 2007).
Um dos fatores de maior importância para o correto
funcionamento de compras e para o alcance dos objetivos é a
previsibilidade exata do suprimento de materiais.
Figura 1: Exemplificação de compras

Fonte: Pixabay

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80 Administração de Materiais

Estrutura de compras
Atualmente a estrutura de compras das organizações se
configura da seguinte forma:
 Competência para realizar as compras;
 Apontamento de compras;
 Apontamento de preços;
 Apontamento dos estoques e do consumo;
 Apontamento de fornecedores;
 Especificações;
 Catálogos.
Neste contexto, a seção de compras deve atentar para os
estudos de materiais e mercado, analisar os custos envolvidos
e definir suas fontes de fornecimento. Em seguida a aquisição
realiza uma análise aprofundada de cotações, negocia contratos
e acompanha o recebimento dos produtos. E por fim a seção
administrativa e com outras competências que vão desde a
assistência de estoque mínimo, transferências até os cuidados
com produtos dispensáveis.
Figura 2: Atividades de responsabilidade da seção de compras

Fonte: Elaborada pelo autor

Em algumas organizações existem colaboradores


responsáveis para cada uma das seções, entretanto cabe a empresa
adaptar estes conceitos com a sua realidade e necessidades.
A quantidade de compras envolvida está diretamente
relacionada ao tamanho e estrutura da empresa. Para grandes

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Administração de Materiais 81

volumes de produção recomenda-se a centralização de compras


em virtude de fatores demográficos, tempo e facilidade de
negociação de maiores quantidades e com maior qualidade e
controle mais uniforme de produtos.
Além disso, em uma centralização de compras as atividades
são realizadas em apenas um único estabelecimento. Já em
casos que as unidades se apresentam divididas geograficamente
recomenda-se uma estrutura descentralizada em função de uma
maior agilidade na assistência das demandas.
A estrutura de compras no ambiente empresarial pode se
configurar da seguinte maneira:
Figura 3: Estrutura de compras no ambiente empresarial

Fonte: Adaptado de Dias (2008)

Cada seção possui um responsável com atribuições para


tomada de decisões. Assim, a descrição dos cargos pode se
configurar da seguinte maneira:
 Líder de compras: responsável por aferir as solicitações de
compras dos diversos produtos, pesquisar fornecedores,
preços, concorrência, controle de prazos;
 Comprador diverso: efetua compras, porém sob inspeção
do líder de compras e em menor magnitude;

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82 Administração de Materiais

 Comprador técnico: atende necessidades técnicas,


realizando compras de produtos específicos. Responsável
também pela assessoria técnica quanto a controle e
acompanhamento a entrega de produtos;
 Comprador de matéria-prima: suprimento de matéria
prima para todas as frentes de produção, sob inspeção do
líder de compras;
 Colaborador de compra: tem como função receber, lançar
e controlar as solicitações de compras e posteriormente
elaborar conexão de fornecedores de acordo com cada
material;
Dentro da seção de compras, existem elementos de suma
importância para a condução correta das atividades. Dentre
eles, a pesquisa corresponde a busca e averiguação da qualidade
adequada, localização das origens de suprimentos juntamente
com a tomada de decisões em relação aos fornecedores, entre
outras.
O principal objetivo da pesquisa é respaldar o setor de
comprar quanto a diagnósticos necessários, agregando os demais
departamentos.
Dentre os diagnósticos necessários para a gestão do setor
de compras, tem-se:
 Diagnóstico administrativo: Tem como foco o controle de
sistemas e elaboração de relatórios. Os setores dentro da
organização alimentam os relatórios do setor de compras
com informações de produção, contabilidade, controle de
qualidade, engenharias, vendas e planejamento.

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Administração de Materiais 83

Figura 4: Diagnóstico administrativo

Fonte: Pixabay

 Diagnóstico econômico: compreendem as pesquisas


referente às flutuações econômicas entre os distintos
fornecedores. Analisa as diretrizes de preços e os ciclos
econômicos em detrimentos dos materiais comprados
conforme necessidades;
Figura 5: Diagnostico econômico sobre os materiais

Fonte: Pixabay

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84 Administração de Materiais

 Diagnostico de fornecedor: tem a função de atribuir quali-


ficações de fornecedores, tanto ativos quanto em potencial.
Nesta análise é realizado as condições financeiras, desem-
penho do fornecimento e instalações do fornecedor;
 Análise dos materiais: Responsável por aferir as demandas
da empresa para diferentes anos, oscilações de demanda,
oferta, preços, inovações tecnológicas em períodos de
curto, médio e longo prazo;
 Diagnósticos de transportes e embalagem: estudos em
relação em melhorias nos processos de embalagem,
métodos mais eficientes de agilidade, influência do raio de
distância do fornecimento sobre os custos.
 Diagnostico preço e custo: comparação de custos entre
fornecedores, metodologias alternativas de produção.

Aptidão dos compradores


Para uma eficiente gestão de materiais é fundamental que
os atores responsáveis pelas compras, apresenta conhecimento
e desenvoltura para articular as ações nas diversas ocasiões que
pode enfrentar durante as atividades.
Cabe ao comprador adotar medidas para negociação
utilizando de argumentos sensatos com os fornecedores. Repre-
sentando a organização de modo a realizar uma boa compra com
eficiência e atendendo os objetivos de lucratividade almejados
pelo planejamento.
O processo de seleção das fontes de fornecimento não se
restringe a uma única ocasião, ou seja, quando e necessária a
aquisição de determinado material. A atividade deve ser exercida
de forma permanente e contínua e para isso deve ocorrer
confiança entre compradores e fornecedores.

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Administração de Materiais 85

Figura 6: Compradores e fornecedores negociando

Fonte: Pixabay

Sistema de compras

OBJETIVO

Neste capítulo vamos conhecer as variações de estrutura das


organizações e das políticas adotadas que configuram o sistema
de compras. Vamos compreender também como ocorre as
solicitações e pedidos de compras, além dos preços envolvidos.
Vamos aprimorar nosso conhecimento? Motivados!? Vamos em
diante!

As questões de compras nas empresas vêm mudando


constantemente sua estrutura. Assim, cabe a organização adaptar
as novas tendências com os elementos básicos, que são:

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86 Administração de Materiais

 Duas ou mais aprovações: Neste sistema os atores envol-


vidos nas decisões do fornecedor escolhido. Corroborando
nas decisões dos compradores;
 Sistema de compras a três cotações: toma como premissa
uma quantidade mínima de cotações visando estimular
competidores recentes. Anteriormente seleciona con-
correntes potenciais evitando perda de tempo com muitos
fornecedores não potenciais;
 Documentação escrita: permite o registro de todas as
etapas de negociação para posterior revisão e conferencia
em relação a quaisquer dúvidas que venham a surgir
durante do processo de compras;
 Sistema de preço objetivo: afere o preço previamente, e
explora a competição entre fornecedores destacando que
seus preços estão incoerentes.
Uma boa administração corresponde a um bom planeja-
mento anual e a organização mensal das operações de material,
em especial as atividades de compras.

Solicitação de compras
Representa um documento que permite a autorização para
que os responsáveis realizem as compras. Além disso, é realizada
em projetos em funcionamento ou até mesmo para fornecimento
da empresa.
Ademais, neste documento deve conter informações de o
que comprar, juntamente com a quantidade necessária, os prazos
e o local em que os produtos devem ser entregues. Assim, cabe
a organização ajustar este documento as suas solicitações, com
base em um modelo pré-estabelecido.

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Administração de Materiais 87

Coleta de preços
Neste momento ocorre o registro dos distintos preços
dos fornecedores quanto aos materiais em que a compra foi
requerida. Esta cotação deve ser disponibilizada para verificação
sempre que necessário.
Deste modo, o comprador deve verificar o documento
que compõe os dados completos dos produtos que se pretende
comprar. Em algumas ocasiões estes dados podem ser copiados
conforme as cotações recebidas para uma melhor configuração.
Figura 7: Exemplificação de documentos com dados de preços

Fonte: Pixabay

Nos dias atuais, algumas organizações adotam a solicitação


de compras para registrar a arrecadação de preços.
Deste modo, juntamente com a cotação de preços para
qualquer item os fornecedores disponibilizam propostas de
fornecimento com dados de prazo, preços e reajustes. Já por parte
da empresa, o comprador adota algumas condições, conforme
descritas por Dias (2010):
 Propostas aguardam confirmação;
 Preços líquidos, para entregas na indústria;

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88 Administração de Materiais

 Se os materiais atrasarem sem o fornecedor ter culpa, as


datas de pagamento seguem constantes;
 Em relação aos prazos de fabricação, estes são indicados
nas propostas considerando dias uteis de trabalho;
 O material após finalizado deve ser retirado após aviso.

Pedido de compra
A solicitação de compra ocorre por intermédio de um
contrato com as formalidades necessárias entre os fornecedores e
as organizações, compondo as premissas necessárias em relação
aos atributos das compras estabelecidas.
Quaisquer que sejam as alterações que venham a ocorrer
ao longo das compras devem ser discutidas entre os atores
envolvidos, para que a empresa não seja lesada.
Outro fator de suma importância é em relação as premissas
de qualidade, periodicidade das entregas com seus respectivos
prazos, além do volume de materiais e a localização que devem
ocorrer as entregas. Deste modo, as solicitações de compras
necessitam ser encaminhadas aos fornecedores por meio de um
contrato de controle e designações.
Tabela 1: Modelo de contrato para solicitação de compras juntos aos fornecedores

Número da Número da
solicitação de Recebimento Retorno solicitação de Recebimento Retorno
compra compra

Fonte: Adaptado de Dias (2008)

Neste documento pode ser registrado quaisquer compra


e feito as alterações necessárias. Além disso, este modelo é
bastante utilizado em diversas empresas e pode ser adaptado
conforme a realidade e dimensão das compras.

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Administração de Materiais 89

Cabe ressaltar que após a solicitação de compras o


comprador deve atentar para os prazos, para que sejam exigidos
dos fornecedores questões de pontualidade e comprometimento
com as entregas.
Visando uma maior segurança nas solicitações de
compras, algumas empresas acrescentam no verso dos pedidos
as condições em que a compra foi realizada, contendo seus
atributos e políticas adotadas.

Supervisão de compra
Anteriormente foi mencionado da indispensabilidade de
um bom relacionamento entre os compradores e fornecedores.
Cabendo aos compradores envolvidos a elaboração de um
documento com informações dos fornecedores.
Além disso, o fornecedor deve apresentar condições de
oferecer um material de qualidade, com a quantidade solicitada
e dentro do prazo previamente estipulado. Assim, a partir deste
bom relacionamento é possível garantir uma melhor negociação
de preços, e até mesmo discutir formas distintas de pagamento.
Figura 8: Comprador realizando a supervisão de compras

Fonte: Pixabay

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90 Administração de Materiais

Diante do exposto, cabe ao comprador responsável realizar


a manutenção dos arquivos registrando todas as informações
como:
 Monitoramento de todas as etapas de compras;
 vitalidade dos materiais;
 Prazos a serem cumpridos;
 Oscilações de preços;
 Entradas de produtos;
 Condições de pagamentos;
 Mudanças nos volumes solicitados.

Qualidade correta e Preço-custo

OBJETIVO

Neste capítulo vamos compreender as definições de qualidade


correta de acordo com as necessidades e exigências dos
consumidores e com os pré-requisitos dos processos de
fabricação. Além dos mais vamos adquirir o conhecimento básico
em relação ao uso e análises do preço-custo e seus sistemas.
Empenhados em mergulhar um pouco mais no universo de
processo de compras? Adiante.

Controle e garantia da qualidade


Um dos pontos que exige maior atenção por parte dos
gestores é controlar a qualidade de manter constante os níveis
predeterminados de qualidade para materiais, considerando as
políticas restritivas das organizações.

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Administração de Materiais 91

Qualidade de um material nada mais é que a compatibilidade


entre as necessidades e exigências dos consumidores com os
atributos dos produtos.
De acordo com Palmer (2006) para que as empresas
possam se manter competitivas, devem atentar para a garantia
de conformidades aos requisitos e especificações estabelecidos e
atendimento para com as expectativas dos consumidores.
Neste sentido, após definição do item a ser fabricado
considerando a garantia das conformidades a organização deve
realizar um diagnóstico, considerando:
Figura 9: Diagnósticos que a organização deve realizar

Fonte: Elaborada pelo autor (2019)

Posteriormente, após a realização deste diagnostico é


definido os padrões a serem seguidos com atributos de qualidade.
Deste modo, para o atendimento destes fatores é de fundamental
importância que seja definido e atendido os controles de qualidade.
Quanto maiores forem os níveis de qualidade atribuídos
pela empresa, mais complexo se torna o processo, pois mais
completo deve ser o controle.
Cabe destacar que muitos são os empecilhos para adaptar
este controle ao processo produtivo, sejam por questões
departamentais ou técnicas. Entretanto, atualmente as empresas

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92 Administração de Materiais

buscam ser o mais praticas possível e aceitar certos níveis


de tolerância, sejam qualitativas (aspecto, cheiro, etc.) ou
quantitativas (pesos, dimensões, etc.).
Entende-se por controle de qualidade o sistema implantado
para aferir a qualidade de produtos e serviços conforme
atributos técnicos previamente definidos. Utilizando de medidas
para evitar ao máximo não conformidades nos produtos em
processamento e produto final.
Diante do exposto, o controle de qualidade no ambiente
empresarial é de responsabilidade de um grupo de pessoas com
atributos técnicos e podem se configurar pelas seguintes ações:
 Gerência participativa: contato direto entre os gerentes e
os demais colaboradores para alinhas informações;
 Comunicabilidade eficiente: elo de comunicação bem
consolidado para que as não conformidades sejam
resolvidas instantaneamente. Em algumas empresas existe
um sistema de comunicação integrado.
Figura 10: Comunicação integrada no ambiente empresarial

Fonte: Pixabay

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Administração de Materiais 93

 Capacitação de colaboradores: Para um efetivo funciona-


mento e andamento das atividades, as organizações devem
focar no treinamento e capacitação de seus colaboradores;
 Inovação: as empresas devem buscas constantemente as
novidades de mercado, visando otimizar seus processos
produtivos e atender com maior agilidade os clientes;
Figura 11: Inovação visando otimizar resultados

Fonte: Pixabay

 Atendimento de qualidade: considerar constantemente as


especificações de acordo com as exigências dos consu-
midores;
 Capacitação de colaboradores: Para um efetivo funciona-
mento e andamento das atividades, as organizações devem
focar no treinamento e capacitação de seus colaboradores.
 Atenuação de falhas: durante o processo pode acontecer
falhas, tanto internas quanto externas. Assim cabe aos gestores
traçar um protocolo para ações corretivas e preventivas;
 Ferramentas de controle de qualidade: atualmente a
literatura traz inúmeras ferramentas que corroboram com
a identificação e solução de não conformidades em tempo
hábil e com eficiência. Além disso, muitas das ferramentas
podem ser utilizadas em conjunto, conforme a realidade
de cada organização.

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94 Administração de Materiais

Figura 12: Ferramentas de controle de qualidade

Fonte: Pixabay

A qualidade de um produto ou serviço é definida pelo


consumidor, ou seja, pelo atendimento a suas necessidades e
expectativas.
Conforme descrito por Dias (2010), os padrões de qualidade
devem seguir premissas de itens técnicos e usuais, previamente
informados ao fornecedor. Assim, as distintas definições dos
padrões de qualidade podem se configurar, por:
 Especificações;
 Marca;
 Desenhos;
 Mercado;
 Amostra;
 Combinações de definições.

Preço-custo
Custo corresponde ao valor pago as ações imprescindíveis
para a produção de bens e serviços.
As empresas configuram-se de distintas maneiras consi-
derando seus objetivos, ou suas políticas de funcionamento.
Desta maneira, os custos podem se retratar de diversas maneiras
conforme os processos empresariais e podem ser explorados das
seguintes maneiras:

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Administração de Materiais 95

 Custo padronizado: Neste sistema o custo é anteriormente


determinado cientificamente, adotando condições normais
de operações.
 Custo da fabricação: sistema implantado em produções
constantes, produzindo na maioria dos casos para estoques.
 Custo conforme determinação de produção: as empresas
realizam suas produções conforme encomendas ou lotes
preestabelecidos.
Atualmente os custos na maioria das empresas se configura
em custos para o desenvolvimento, pesquisas diversas, fabricação
e vendas. Em relação aos custos de fabricação, engloba todos os
custos que a empresa admiti para realização dos procedimentos,
sendo estes custos compostos por gastos que vão desde matéria
prima, mão de oba e despesas diversas.
Em virtude da intensa competitividade de mercado é
imprescindível que os gestores e colaboradores realizam a
apuração dos custos para corroborar com a gestão nas formações
de preço de venda e serviços. Deste modo, recomenda-se a
formação de uma gestão de custos para controle e aferição correta.
Neste contexto, os custos podem ser divididos de duas
maneiras, conforme alocação e aferição:
 Diretos: gastos típicos, relacionados diretamente com produto
e serviço.
Exemplo: Salários e encargos com a produção.
 Indiretos: todos os gastos para a organização realizar as
atividades, sem ter relação direta com o produto e serviço;
Exemplo: energia elétrica, água, alugueis.
Já conforme as questões de formação ou natureza, os custos
configuram-se da seguinte maneira:
 Fixos: Gastos que não se alteram com o volume de produção
Exemplo: Depreciação, aluguel.

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96 Administração de Materiais

 Variáveis: gastos relativos à quantidade de produção e vendas.


Exemplo: comissão de venda, transporte, insumos.
Desta maneira, as empresas devem ter ciência dos seus
custos para posteriormente refletir sobre seus preços. Cabe
ressaltar, que teoricamente quando ocorre uma relação correta
entre volume, qualidade, atendimento aos prazos e necessidades,
pode se considerar o preço justo. Entretanto, em alguns casos
nem sempre os melhores preços retratam os melhores negócios.

Condições de compra, negociação e


fontes de fornecimento

OBJETIVO

Neste capítulo vamos compreender toda a estrutura que caracte-


rizam as condições de compra. Em relação as negociações vamos
abordar como conduzir as conversas no sentido de quem ambas as
partes estejam satisfeitas. E por fim, o ponto chave das questões de
processos de compras que é a abordagem das fontes de fornecimento.
Preparados para o aprendizado!? Vamos em frente!

Condições de compra
Prazos
Para que os processos produtivos ocorram de maneira
constante em sem falhas é necessário a definição de prazos,
considerando os eventos que podem ocorrer em determinado
período.

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Administração de Materiais 97

Neste sentido, cabe aos responsáveis pelo controle


e planejamento configurar e aferir o volume de compras
juntamente com os prazos que os produtos e materiais devem
estar disponíveis. Posteriormente os dados aferidos devem ser
analisados cautelosamente juntamente com os demais setores da
organização.
Figura 13: Colaboradores em análise conjunta

Fonte: Pixabay

Nos dias de hoje, algumas organizações destinam o papel


de definição de compras para outros departamentos, entretanto
não dispensa os responsáveis pelo processo de compras colaborar
com o atendimento dos prazos.

Carregamento (frete)
O carregamento em algumas empresas compreende
os custos mais onerosos, pois compreende uma parcela
representativa no preço do produto. Em alguns casos o frete não
está incluso no preço do produto. Para isso, cabe aos gestores
analisar no momento da compra o mais viável considerando o
valor do frete.

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98 Administração de Materiais

Figura 14: Carregamento (frete)

Fonte: Pixabay

Embalagens
Em algumas ocasiões são atribuídos valores relacionados as
embalagens nos preços dos produtos. Visto que alguns produtos
necessitam de maiores cuidados em relação a proteção e para isso
são utilizadas embalagens tanto de proteção como de sofisticação.
Assim, os gestores devem atentar para estas questões com cautela,
visando verificar a viabilidade destes fatores.
Em relação as embalagens utilizadas no transporte dos
produtos, atualmente as empresas e fornecedores estão utilizando-
as de duas maneiras: embalagens retornáveis, que quando com
atributos bem planejados podem ter uma durabilidade maior e
as não retornáveis (neste caso o preço já está incluso no valor
do produto).

Formas de pagamento
Um dos grandes desafios para as empresas é alcançar
boas formas para realizar os pagamentos. Estas formas estão
diretamente ligadas em muitos casos com questões de prazos e
benefícios para os dois lados negociantes.

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Administração de Materiais 99

Neste sentido, recomenda-se que as empresas mantenham


ativas as parcerias com seus fornecedores para que haja um
diálogo aberto e consigam determinar prazos, sem que ocorra
aplicação de juros, multas ou quaisquer outros encargos.
Ademais, o principal ponto positivo desta comunicação é que os
processos continuem funcionando normalmente.

Negociação
Um dos principais objetivos dos processos de compras é
manter uma relação direta e franca entre empresa e fornecedores.
De acordo com Novaes (2009) negociação nada mais é que a
concordâncias entre duas ou mais partes interessadas em chegar
a algum acordo que beneficie todas as partes.
Figura 15: Negociação empresarial

Fonte: Pixabay

Em concordância com Dias (2010) em suma os processos


de negociação seguem as seguintes questões:
 Preparação: nesta etapa são definidos os objetivos e a
busca no atendimento das expectativas;
 Abertura: fase em que ocorre a consolidação e é explorado
os objetivos das partes envolvidas;

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100 Administração de Materiais

 Exploração: confere-se as necessidades com perguntas


objetivas;
 Apresentação: neste momento é realizado a relação dos
objetivos e expectativas iniciais com as necessidades da
outra parte;
 Clarificação: adota-se as argumentações verificadas como
oportunidades para fornecer mais informações;
 Ação final: nesta fase busca-se o acordo ou decisão final.
Diante do exposto, cabe ressaltar que os negociadores
podem apresentar vários estilos e metodologias para realizar estas
atividades. No entanto, é fundamental que sejam apresentadas as
ideias das melhores maneiras, causando impacto na outra parte.
Assim, a peça chave para uma boa negociação é a disposição
para considerar as necessidades e objetivos dos dois lados.

Fontes de fornecimento
Conforme observado anteriormente, no momento de
escolha dos fornecedores deve-se analisar questões de preço,
qualidade, prazos, condições de pagamento, descontos, entre
outros. Ademais, o processo de compras precisa estabelecer
parcerias com fornecedores idôneos que atuem de acordo com o
esperado pelos compradores.
Deste modo, para que estas premissas sejam atendidas,
cabe aos gestores responsáveis pelo processo de compras
realizar as pesquisas que corroborem com as comparações dos
fornecedores potenciais e candidatos a futuros fornecedores.
Ademais, conforme mencionado em outro capitulo, todas as
informações devem ser registradas para futuramente serem
consultadas.
O fornecedor selecionado deve ser aquele mais adequado e
preparado para suprir as necessidades e expectativas da empresa.

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Administração de Materiais 101

Figura 16: Classificação dos fornecedores

Fonte: Elaborada pelo autor (2019)

Assim, a escolha da fonte de fornecimento se configura nas


questões relacionadas a um bom atendimento e relacionamento
entre os atores. No entanto, existem diferença entre os
fornecedores, que podem se configurar da seguinte maneira:
 Rotineiros: configuram-se nos fornecedores comuns, com
atributos de produtos padronizados e comerciais;
 Específicos: prestam bens e serviços de maneira isolada,
pois apresentam mecanismo específicos que não são
oferecidos por fornecedores habituais;
 Monopolista: Quando detém produtos exclusivos no
mercado consumidor. Nestes casos a marcha de manobra se
torna inexistente, corroborando para que os compradores
continuem a manter seu interesse na aquisição.
Esta classificação de fornecedores ocorre de maneira mais
abrangente, cabendo aos gestores uma verificação mais detalhada
de acordo com os atributos e premissas de cada fornecedor.

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102 Administração de Materiais

SAIBA MAIS

Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à


seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo: “Avaliação
e simplificação dos procedimentos de compras” WEIL, K. E.
Acessível pelo link: http://bit.ly/2RWa3Jc

RESUMINDO

Nesta unidade letiva, compreendemos que o processo de compras


é bastante complexo e que a empresa deve estar se atualizando
constantemente para adquirir produtos com quantidade necessária
e qualidade. Verificamos toda a estrutura de compras com seus
componentes e responsáveis e os diagnósticos necessários.
Em seguida, verificamos os sistemas de compras e as medidas
essenciais para realização dos procedimentos corretos e benéficos
para a empresa. Juntamente com estes fatores agregamos as
questões de controle e garantia da qualidade para desenvolvimento
empresarial e premissas de preço-custo. Por fim, verificamos
as condições de compras que as empresas podem articular, as
fontes de fornecimento e as questões de negociação atualmente
praticadas no mercado competitivo.

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Administração de Materiais 103

04
UNIDADE

G ERENCIAMENTO DE MATERIAIS

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104 Administração de Materiais

INTRODUÇÃO
As organizações enfrentam constantemente os desafios
de mercado e competitividade, corroborando para que busquem
constantemente avaliar os seus desempenhos em todas as esferas
organizacionais. Pois por meio destes instrumentos podem buscar
suporte para melhorias e otimização de processos produtivos.
Outro ponto de suma importância, para o andamento
eficiente das atividades é o gerenciamento dos estoques,
buscando evitar o excesso ou insuficiência de abastecimento
ou perdas de insumos e produtos necessários para os processos,
com a implantação de padrões pré-estabelecidos.
O gerenciamento de estoques está intimamente relacionado
a função de compras, pois requerem o planejamento constante
das tomadas de decisões, e fontes de fornecimento de itens
para o fluxo continuo nos estoques. Além disso, para o correto
funcionamento destas atividades, é fundamental que ocorra a
intercomunicação entre os diversos departamentos indo desde
os colaboradores até a gerencia.
Neste sentido, o fluxo continuo da função de compras
e o gerenciamento e controle dos estoques, com ganhos de
lucros e atenuação de custos só é possível se houver uma direta
negociação entre fornecedores e compradores, compreendendo
todos os pontos limitantes de ambas as partes.
Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai
mergulhar neste universo!

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Administração de Materiais 105

OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 4 – Gerenciamento
de Materiais Nosso objetivo é auxiliar você no atingimento dos
seguintes objetivos de aprendizagem até o término desta etapa

1
de estudos:

Compreender os procedimentos de avaliação de


desempenho e as vantagens e desvantagens de cada
forma de avaliação;

2 Identificar os elementos básicos dos sistemas e os


índices de controle de estoques;

3 Analisar as principais funções das compras para o


correto gerenciamento de materiais, tempo e coleta
de preços;

4 Aprender as principais premissas e características


das negociações.

Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao


conhecimento? Ao trabalho!

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106 Administração de Materiais

Avaliação de desempenho

OBJETIVO

Ao término deste capítulo você será capaz de entender como


funciona os procedimentos de avaliação de desempenho da gestão
de materiais, considerando as formas mais clássicas e que são
utilizadas atualmente no ambiente empresarial. Vamos abordar
também as vantagens e desvantagens de cada forma de avaliação. E
então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos
lá. Avante!

A avaliação de desempenho corrobora na identificação


de não conformidades nas organizações. Além disso, é um
instrumento que visa mensurar a desenvoltura da empresa.
Estas atividades compreendem na apreciação sistemática
do desempenho das organizações, considerando as atividades
que ela desempenha, das metas e resultados a serem alcançados
e do seu potencial de desenvolvimento.
Além disso, permite que sejam estimados os valores
quanto a excelência e qualidade, incluindo a contribuição dos
colaboradores para com o negócio da empresa. A avaliação de
desempenho ainda engloba questões como:
 Avaliação do mérito dos colaboradores;
 Avaliação pessoal;
 Relatórios de progresso;
 Avaliação de eficiência individual;

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Administração de Materiais 107

 Avaliação de eficiência do grupo;


 Entre outros.
Outro ponto importante a se considerar é em relação ao
processo dinâmico em que ocorre, pois atualmente engloba a
identificação de não conformidades, como:
 Supervisão;
 Gerencia;
 Integração entre os colaboradores;
 Adequação do colaborador ao cargo;
 Verificação de possíveis não conformidades ou
necessidades de treinamento;
 Estabelecimento de meios e programas para eliminar
ou atenuar não conformidades.
Atualmente um dos maiores desafios para os
empreendedores são as questões voltadas para a avaliação do
desempenho. No entanto, é uma das maneiras mais eficazes
de controle dos gestores para com os processos produtivos,
acompanhando de uma maneira eficiente as atividades.
Outro fator de suma importância das avaliações é em
relação as melhorias necessárias dentro da organização.
Para a identificação e diagnostico da real situação da
empresa, os avaliadores devem considerar o andamento das
atividades durante um período de tempo representativo que
exponha as variáveis de maneira correta.

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108 Administração de Materiais

Figura 1: Avaliação de desempenho

Fonte: Pixabay

No âmbito dos colaboradores é possível obter um


panorama mais claro da situação de cada funcionário ou gestor,
pois a avaliação retrata por intermédio de alternativas tangíveis
um resultado atualizado.
Ademais, este tipo de informação reflete na oportunidade
de os colaboradores avaliados melhorarem seus desempenhos e
corroborando para um desenvolvimento vantajoso no ambiente
empresarial.
O gerenciamento de materiais as avaliações de desempenho
podem ocorrer de formas distintas, de acordo com o objetivo da
avaliação. Cada uma delas com suas particularidades, vantagens
e desvantagens.
Deste modo, de acordo com Dias (2008) as avaliações de
maior importância nas organizações, podem ser:

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Administração de Materiais 109

Figura 2: Maneiras de avaliação de desempenho

Fonte: Elaborado pelo autor

Financeira
Ao longo dos últimos anos, o contexto empresarial
sofreu mutações rápidas, tendo a globalização e as inovações
tecnológicas tornado a competitividade global e incrementado o
risco na tomada de decisão na gestão das empresas. Neste sentido,
a avaliação de desempenho sob uma ótica financeira apresenta
vantagens em ter uma aplicação mais simples em empresas mais
organizadas no sentido contábil, e clareza na apresentação dos
resultados. Dentre os pontos mais difíceis para avalição é em
relação ao tempo despendido.
Na maioria das organizações, são adotados índices
de rentabilidade, estrutura de capital, liquidez, nível de
endividamento e mercadológico. Assim, é possível verificar as
forças e fraquezas da empresa no curto e longo prazo.
Deste modo, quanto melhor a capacidade organizacional
no cumprimento dos compromissos financeiros no curto e longo
prazo, melhores serão o desempenho e os índices de alavancagem
financeira.

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110 Administração de Materiais

Diante do exposto, a avaliação sob a ótica financeira


vem se tornando uma poderosa ferramenta no gerenciamento
e dimensionamento das informações, colaborando no controle
de processos e planejamento. Além disso, contribui para o
atingimento de metas e objetivos empresariais.
Cabe destacar também que os índices financeiros, colabora
na comparação de desempenho com outras organizações ou de
maneira individual, além do mais permite o diagnostico quanto a
saúde financeira da empresa e a projeções futuras a longo prazo.
Conforme Moghimi e Anvari (2014) estas avaliações de
desempenho são indispensáveis tanto para os administradores
e potenciais investidores, quanto como alternativa para as
organizações se posicionarem da melhor maneira possível no
mercado competitivo. Deste modo, cabe os gestores empresarial
buscarem constantemente o aprimoramento das suas atividades
de avaliação de desempenho financeiro.

Setores
Neste tipo de avaliação é possível que sejam envolvidos
todos os colaboradores, estimulando o surgimento de novas
ideias e instruções.

IMPORTANTE

Vale lembrar que o principal intuído da avaliação departamental é


verificar a performance do colaborador em suas atividades, buscando
contextualizar seus afazeres com os objetivos da organização.

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Administração de Materiais 111

Como principais pontos limitantes deste tipo de avaliação,


Dias (2008) descreve:
 Em alguns casos a setorização ocorre de maneira mais
rígida;
 As avaliações são feitas de maneira isolada e não na
empresa como um todo;
 As questões comerciais, administrativo-financeiras e
industrial devem ser avaliadas em suas particularidades.
A avaliação deve mostrar de forma objetiva quais são
os pontos a serem melhorados, auxiliando aos gestores a
implementar um programa de melhorias e mudança de hábitos.
Diante do exposto, é de suma importância para o
desenvolvimento empresarial que estas avaliações sejam feitas de
maneira coerente, pois podem acarretar em mudanças positivas
de administração de pessoas, independente da dimensão da
empresa.
As gestões podem aferir com melhor qualidade os
colaboradores e corroborar com melhorias no ambiente de
trabalho, produtividade. Cabe ressaltar que equipes com bom
desempenho permite melhores resultados no andamento das
atividades.

Administração
Neste momento deve-se atentar para os diagnósticos
voltados aos departamentos de controle, avaliação, planejamento
e principalmente do setor de liderança.
Assim, as avaliações devem verificar a compatibilidade
entre as demandas e as ofertas, ou seja, o desempenho dos
processos produtivos deve estar de acordo com as saídas destes
bens e/ou serviços.

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112 Administração de Materiais

De acordo com, Dias (2008) as não conformidades que


podem ocorrer em virtude de uma avaliação de administração
equivocada, podem ser classificadas em:
 Comportamentais: incompatibilidade de ideias
internas, carência nas questões de coordenação e esforços
insuficientes. Em alguns casos, não são verificados no momento
de ocorrência, acarretando em um efeito negativo em longo
prazo;
 Carência de informações de gestão: resultantes
de problemas em entregas no prazo, atendimentos, logística
de produtos novos no mercado. Nestas situações, as não
conformidades só são verificadas nos períodos de balanço;
 Financeiros: estes sintomas ocorrem pela
indisponibilidade de recursos, dependência excessiva
em empresas e prestadoras de serviços terceirizadas, e
movimentações financeiras fora do controle;
 Econômicos: nestas situações os preços dos itens são
superiores aos produtos similares. Tal fator, ocorre em virtude da
carência de competitividade empresarial.

Responsáveis por avaliar o desempenho


Conforme Chiavenato (2004) a avaliação pode ser
realizada de diversas maneiras, dentre elas a que o colaborador
faz sua autoavaliação, gerencia, equipe de trabalho, parceiros ao
redor ou então pelo órgão de recursos humanos e comissão de
avaliação.
 Autoavaliação: consiste na avaliação realizada
pelo próprio colaborador, sendo este responsável pelo seu
desempenho e sua monitoração, com ou sem o auxílio de um
superior. Geralmente nas empresas. Cada indivíduo conduz sua
avaliação quanto à sua performance, eficiência, considerando
certas premissas fornecidas pelo departamento gerencial;

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Administração de Materiais 113

 Gerente: O supervisor na maioria das situações está na


posição mais propicia para realizar as observações a avaliações
de desempenho dos seus colaboradores, além disso tem a
responsabilidade deste desempenho;
 Indivíduo e o gerente: Nesta situação o gerente
configura-se como elemento norteador, enquanto o colaborador
avalia seu desempenho conforme retroação gerada pelo gerente.
Além disso, ocorre a intercomunicação na qual cada um contribui
com alguma parcela visando a melhor obtenção de resultados;
 Time de trabalho: o time de trabalho consiste na
equipe que exerce função de avaliar o desempenho de cada um
de seus membros e programa buscando alternativas necessárias
para otmização do desemepenho;
Este tipo de responsável pela avaliação tem sido bastante
utilizado no ambiente empresarial em virtude de sua popularidade
e efetivididade.
 Avaliação 360º: Neste caso as informações de
desempenho são obtidas por todos os colaboradores, dentre eles
os supervisores, funcionários, colegas, além de clientes extenros
e internos. Deste modo, o processo normal consiste em ocnduzir
que todos os envoldios preencham pesquisas de avaliação
sobre outro colaborador. Neste método de avaliação, todas as
informações obtidas são computadorizadas e compliadas em
formato de relatórios práticos e explicativos.
Assim, com a aplicação deste avaliação é possível buscar
alternativas para desenvolver planos de autodesenvolvimento
nas empresas.
 Avaliação para cima: Algumas organizações conduzem
estas atividades de modo que os colaboradores avaliem o
desempenho dos seus supervisores. Este modelo é denominado e
conhecimento no meio empresarial como avaliação ascendente,
podendo contribuir de maneira positiva para que os gerentes

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114 Administração de Materiais

possam reavaliar o seu estilo de gerenciar e assim identificar não


conformidades.
Como nestes casos a avalição ocorre de maneira contrária
ao habitual é possível que se busque alternativas corretivas
quando necessário.
 Comissão de avaliação: Este método compreende um
comite de avaliação que na maioria dos casos agrega supervisores
de diversos setores. Ainda, alguns estudos apontem que este
estilo de avaliação pode ser bastante vantajoso no sentido a evitar
problemas individualizados de avaliadores. Assim, é possível
que o mesmo colaborador seja avaliado sob diferentes pontos
de vista, tendo assim as avaliações uma maior confiabilidade
e caracteristicas justas e mais válidas dos que as realizadas por
apenas um supervisor.
 Órgão de Recursos Humanos: compreende o
posicionamento do órgão de Recursos humanos quanto a
responsabilidades de avaliação do desempenho de todas os
envolvidos dentro do ambiente empresarial. Ainda este estilo
de avaliação caracteriza-se por fornecer informações vindas dos
gerentes de cada setor e assim são processadas e interpretadas,
sob a avaliação dos relatórios e programas gerados pelo órgão.
Diante do exposto, a avaliação do desempenho está
diretamente relacionada a melhor percepção quanto ao
desenvolvimento das atividades no ambiente empresarial,
permitindo aos gestores que sejam verificadas de maneira
eficiente e prática as não conformidades inerentes aos processos
produtivos e a relação com outras partes interessadas.
Nesta unidade, verificou-se todas as questões conceituais
em relação a avaliação de desempenho, abordando as maneiras
mais adequadas para avaliar, sejam elas em relação a parte
financeira, setorizada ou administrativa. Além disso, foi abordado
como se deve proceder em cada uma destas três situações no dia
a dia das empresas.

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Administração de Materiais 115

Gestão de estoques

OBJETIVO

Neste tópico vamos aprender os elementos básicos dos sistemas de


controle de estoque, as principais informações necessárias para a
efetiva condução das atividades. Além disso, vamos conhecer os
principais índices para controle de estoques. Preparados? Vamos
em frente.

Fundamentos da gestão de estoque


A gestão de estoque nas organizações atualmente
compreende atividade de extrema complexidade e requer
muito conhecimento por parte de quem faz sua gestão. Pois tais
atividades necessitam do fornecimento de informação em tempo
hábil, pois incorpora diversas áreas da organização, dentre elas:
 Financeira;
 Setor de compras;
 Setor de produção;
 Setor de planejamento;
 Setor financeiro;
 Entre outras.

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116 Administração de Materiais

Deste modo, todos estes departamentos devem estar


em constante sintonia para que ocorra o correto e eficiente
funcionamento dos processos produtivos da organização. Assim,
os gestores precisam compreender e atentar para a importância
da gestão de estoques, avaliando a administração de materiais
e entendendo o impacto que falhas na má gestão deste setor
pode envolver diversos setores, afetando o funcionamento e o
desenvolvimento das atividades.

Figura 3: Gestores de estoque.

Fonte: Freepik

É com este posicionamento que se busca o esclarecimento


quanto a importância financeira de materiais estocados,
incluindo a maneira de gerir os recursos para que não ocorram
problemas nos demais setores. Além disso, a indispensabilidade
em entender a estrutura e condução das atividades relacionadas
área de gestão de estoque.

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Administração de Materiais 117

Como visto em outra unidade letiva os estoques tem o


intuito de evitar o excesso ou insuficiência de abastecimento
ou perdas de insumos e produtos necessários para os processos
produtivos.
Deste modo, é necessário que ocorra o controle destes
estoques, para que os gestores consigam atender os padrões e
objetivos. Ainda, estes controles podem ser bastante amplos e
variar de acordo com a dimensão da organização.
Para um efetivo controle de estoques deve-se atentar para
as normas e procedimentos pré-determinados.
Na gestão de estoques é de suma importância que as
organizações adotem alguns instrumentos que colaborem com
o gerenciamento de materiais, ligado a criação e implantação de
determinadas políticas.
Dias (2008) configura algumas instruções fundamentais,
como:
 Evitar manter estoques de itens inacabados;
 Padronizar os equipamentos;
 Aferir constantemente estoque mínimo;
 Cuidados básicos com os locais de armazenagem;
 Buscar se flexível a nível empresarial.
A não ocorrência de padronização nos materiais acarreta
em um desuso de alguns itens, pois alguns materiais em
algumas ocasiões podem apresentar-se ultrapassados, e acabam
acarretando em um excesso nos locais de armazenagem e que
geram desperdícios.
Neste contexto, as políticas adotadas permitem o
direcionamento da estocagem e as formas com que devem
ser conduzidos. Pois as compras realizadas em excesso sem

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118 Administração de Materiais

as devidas avaliações em relação ao consumo e a logística de


acomodação. Uma política inteligente de estoque corrobora
com o dimensionamento dos espaços físicos e com os recursos
financeiros empregados.

IMPORTANTE

Os gestores devem determinar juntamente com os departamentos


responsáveis pelo controle de estoques os objetivos a serem
alcançados e os padrões a serem atendidos.

O controle de estoques correto só é possível com a


obtenção de informações indispensáveis. Mesmo quando estas
não se apresentarem de maneira completa deve-se dar uma
atenção especial nas alternativas possíveis.

Figura 4: Informações primordiais para o controle de estoque

Fonte: Elaborado pelo Autor

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Administração de Materiais 119

 Recebimentos: apresentam funções de desembalar os


produtos recebidos e analise dos volumes;
 Inspeções: verificação completa dos recebimentos de
itens que serão utilizados nas atividades;
 Conferencias e pagamentos: referem-se as questões de
faturas e notas fiscais dos fornecedores;
 Registros: relacionados as tarefas de inventário e
medidas para manter as entregas de acordo com as necessidades;
 Saídas: controle das saídas de materiais e devoluções de
itens para os locais de armazenagem.
Neste sentido, para manter constante o fluxo de informações
e padronizações é necessário seguir alguns pré-requisitos para
um melhor diagnóstico.
 Itens sem giro: este tipo de diagnostico corrobora com a
ascensão da capacidade de estocagem, pois analisa itens arcaicos.
Quando bem definidas as políticas neste sentido, quase não há
oneração para organização, pois é verificado pelos responsáveis
pela gestão dos materiais.
 Rotatividade: refere-se ao fluxo entre as entradas,
saídas e velocidade de vendas dos estoques para com produtos
finalizados ou consumo de insumos. Atualmente, a literatura
propõe que as organizações adaptem as taxas de rotatividades,
incluindo valores conforme a realidade dos estoques;
 Gráficos: considerada uma das maneiras mais claras e
eficientes, colaborando com a compreensão mais acurada por
parte dos gestores. Tais procedimentos, permitem o diagnóstico
e simulações de estoque, troca de materiais, entre outras.

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120 Administração de Materiais

 Custo total do estoque: Fator de suma importância


para o controle da empresa, pois permite o conhecimento da
quantidade investida que a organização possui e o quanto
oneroso é a manutenção deste estoque. Vale ressaltar mais uma
vez da necessidade da definição correta de políticas, neste caso
para investimentos em estoque;
Deste modo, manter a informação e padronização dentro
de seus fluxos é peça fundamental para a efetiva gestão de
estoque. Inclusive os gestores devem dar total atenção para as
fases iniciais desde os recebimentos de materiais, visando evitar
não conformidades na fase final dos processos de gestão.

RESUMINDO

Nesta segunda unidade, foram explanadas algumas premissas


fundamentais para a correta gestão de estoque. Assim, abordou-se
os procedimentos fundamentais para controlar toda a complexidade
que envolve os estoques dentro do ambiente empresarial. Ainda,
apontou-se as informações necessárias para serem avaliadas pelos
gestores, compondo atividades desde os recebimentos, inspeções,
conferencias até pagamentos, registros e saídas.

Compras
Vamos conhecer as principais funções das compras
para o correto gerenciamento de materiais, além da estrutura
quantitativa e qualitativa destas atividades. Neste tópico, também
vamos verificar as coletas de preços e o tempo despendido para
realização destes procedimentos. Prontos? Vamos começar!

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Administração de Materiais 121

Conforme abordado anteriormente, verificamos que por


intermédio da gestão realizada em estoques são obtidos os
indicativos para o departamento de compras dentro de uma
empresa, com o intuito de dar sequência nas aquisições.
Deve-se pensar também que a função de compras só é
eficiente se as atividades de compras foram realizadas de maneira
correta. Deste modo, comprar bem significa, produtos de boa
qualidade e com um dispêndio econômico o menor possível.
Função de compras é a atividade de compra, mas dentro de
uma empresa. Nesta definição tem-se um foco mais operacional,
de pesquisas de bens e serviços para suprir os processos
produtivos.
Neste sentido, os setores responsáveis pelas compras
devem ter em mente sempre definidos os seus objetivos, que em
suma são:
 Menores preços e quantidade e qualidade razoável;
 Mínimo de investimentos dentro doo razoável;
 Negociações justas e corretas.
 Fluxo continuo de materiais;
Um dos grandes desafios para os gestores é conciliar na
prática as relações de bom preço econômico e produtos de alta
qualidade.
Existe uma certa dificuldade na determinação dos volumes
de materiais corretos a se ter no estoque. Entretanto, nos dias
atuais muitos são os meios para obtenção de informações de
estimativas de demandas, período para reposição de itens, entre
outros.

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122 Administração de Materiais

Dias (2008) abrange as questões de gerenciamento de


compras no segmento empresarial, da seguinte maneira:

Figura 5: Divisão do gerenciamento de compras

Fonte: Elaborada pelo autor

 Preços: Considerado na realidade empresarial como


a parte inicial dos procedimentos de compras, pois boas
negociações e boas aquisições só ocorrem após uma boa coleta
de preços;
 Fornecedores: deve conciliar, prazos, formas de
pagamentos e preços acessíveis. Atualmente adota-se dois
índices para conferencia de fornecedores (índice de qualidade
e eficiência);
 Valor de compras: serve como suporte para o
gerenciamento de compras, pois realiza o acompanhamento
de valores em períodos de tempo, podendo ser eles mensais,
semestrais ou anuais.
 Pedido de compras: confere ao gerenciamento de
compras o controle de a quantidade de solicitações de compras
que entraram no departamento, as compras que se encontram em
percurso e o tempo de compra.

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Administração de Materiais 123

Ciclo de compras
O ciclo de compras de uma empresa compreende todas as
operações que ocorrem desde as requisições de compras pelas
linhas de produção até a autorização por parte dos pagamentos
para com o fornecedor.

Figura 6: Ciclo de compras no ambiente empresarial

Fonte: Elaborada pelo autor

Este processo, acompanha toda a estrutura do gerenciamento


de compras, com ressalva do “recebimento de material”, todas
as outras fases do ciclo de compras são de responsabilidade do
departamento de compras.
Cabe ressaltar que a etapa de pagamento, fica a
responsabilidade das unidades responsáveis que por vezes
compreendem coordenadores ou diretores.
Conforme Martins e Alt (2001) a área de compras deve
interagir com todos os outros setores, recebendo e analisando as

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124 Administração de Materiais

informações, e suprindo com as mesmas outros setores


dentro da empresa.
Neste sentido, é de suma importância que se consiga
agregar os objetivos de todos os departamentos no interior das
empresas, sem que nenhum venha a interferir nas atividades de
outro. Assim, favorecendo o atendimento das funções de compras
que estão alinhados aos objetivos estratégicos da empresa como
um todo, visando o melhor atendimento ao cliente externo e
interno.
Deste modo, as atividades inerentes as compras são
fundamentais para que as empresas possam ter seus processos
eficiente e lucrativos. Devendo os gestores atentarem
constantemente para todas as variáveis que compõem estas
situações. Além disso, devem conhecer todas as fases do ciclo
de compras, para que tenham praticidade na tomada de decisões,
identificando qual fase precisa de melhorias.

RESUMINDO

Nesta unidade, o foco foi dado em relação as compras a todas as


variáveis que a compõem. Abordou-se a divisão em relação ao
gerenciamento destas atividades, conceituando cada uma delas.
Em seguida, a abordagem foi em relação ao ciclo de compras,
compondo todas as atividades necessárias para que o ciclo seja
eficiente e lucrativo dentro do ambiente empresarial.

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Administração de Materiais 125

Negociações

OBJETIVO

Neste tópico, vamos compreender a necessidade de conciliar o


tópico anterior de compras com os contextos amplos de negociação.
Ainda, vamos conhecer as principais medidas a serem tomadas para
que o compromisso traçado pela organização seja alcançado. Vamos
em frente.

As negociações estão diretamente relacionadas a função


de compras, e que estas fazem parte de um procedimento de
planejamento que corrobora com o atendimento de acordos e
compromissos.
Um fornecedor bom é aquele que oferece bons prazos,
aliado a um bom preço, porém com a máxima qualidade e a
melhor tecnologia.
De acordo com o abordado por Tajra (2014) uma negociação
consiste em um processo de mudança de posição, indicando
que incialmente é fundamental que se tenha flexibilidade,
seguindo de atributos para concluir de maneira favorável para
fazer acordos e por fim que esses acordos visem o alcance dos
objetivos das partes envolvidas. Deste modo, os movimentos em
um processo de negociação podem ser:

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126 Administração de Materiais

 O compromisso com o que se deseja negociar;


 Barganhar quando necessário;
 Poder de persuasão;
 Questões emocionais das partes envolvidas;
 Lógica dos fatos.
Segundo Arnold (1999) uma vez tomada a decisão sobre
o que comprar, a segunda decisão mais importante refere-se ao
fornecedor certo. Neste contexto, dentre os fatores fundamentais
a serem negociados entre empresa e fornecedores:
 Preços;
 Prazos;
 Condições de pagamentos;
 Questões pós-vendas;
 Transporte;
 Garantias;
 Custo diversos;
 Alterações nos volumes.
As negociações podem ocorrer de maneira isolada
ou mutualmente. A negociação é o único instrumento para
alternativas de preços entre as partes interessadas. Deste modo,
um bom comprador já deve ter em mente que o preço deve ser
negociado, se a organização possui caixa suficiente para bancar
a compra e o patamar de prioridade.
Outro ponto a se abordar é as questões de cronograma para
entregas, visto que o não atendimento deste fator pode acarretar
em problemas no processo produtivo inteiro.

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Administração de Materiais 127

Para o andamento continuo das atividades, recomenda-se


que sejam estabelecidos e que sigam rigorosamente o cronograma
de entregas.
A parceria comprador e negociador em alguns casos vai além
da compra e a entrega de produtos e ou serviços. Recomenda-se
ações por parte dos gestores quanto ao firmamento de cooperação
por parte dos fornecedores, propondo alguma recompensa, como
contratos de fornecimentos de mercadorias.

IMPORTANTE

Os gestores devem estar atentos para ilusões referentes a possibilidades


propostas pelos fornecedores. Cabe lembrar que no outro lado da
moeda os fornecedores também estão interessados em obter seus
lucros crescentes.

Nos dias de hoje, o gerenciamento de compras vai além do


envolvimento de questões burocráticas ou realizar as compras
solicitadas por parte dos departamentos.
Desta forma, os compradores são vistos como parte
fundamental para o planejamento estratégico. Para isso, as
negociações corroboram para o atingimento de melhores
alternativas para compras, principalmente de produtos com
grande valor agregado.

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128 Administração de Materiais

Contato fornecedor e comprador


A negociação inicia com o primeiro contato dos
compradores para com os fornecedores em potenciais, nos
procedimentos de cotação de preços. Por isso, deve-se ter o total
conhecimento da realidade da organização considerando suas
principais fraquezas e pontos limitantes.
Aliados a estes fatores, a atualização das informações
deve ocorrer constantemente, juntamente com o monitoramento
das mercadorias e fornecedores.

VOCÊ SABIA?

A eficiência de um setor de compras está intimamente ligada ao


nível de atendimento e ao relacionamento entre o fornecedor e o
comprador, que necessitam ser os mais adequados e convenientes.

Diante do exposto, Dias (2008) aborda sobre os poderes


de barganha de ambas as partes.
Poder de barganha do fornecedor
O poder de barganha do comprador para com o fornecedor
está ligado as questões, de:
 Disponibilidade de tempo para realizar negociações:
os prazos entre os primeiros contatos e o fechamento contratual
tornam-se reduzidas para os compradores, corroborando para
uma ascensão no poder de barganha do fornecedor;
 Interesse do fornecedor pelo contrato: deve-se
observar a periodicidade de contato pelos fornecedores e as

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Administração de Materiais 129

atuais condições de mercado. Para o maior poder de barganha dos


fornecedores, devem ser menores os interesses pelos contratos.
 Convicção em atingir o contrato: nestas condições os
fornecedores têm convicção de que seus preços são acessíveis
em relação aos seus concorrentes, ou até mesmo por questões
técnicas. Assim, as chances de não haver flexibilidade nas
negociações são maiores.

IMPORTANTE

Em situações que o fornecedor apresenta convicção em atingir


contratos, os gestores das organizações necessitam possuir uma
política bem estruturada de compras para o fortalecimento nas
negociações.

Poder de barganha do comprador


Diferentemente do anterior, as condições por parte do
comprador configuram-se da seguinte maneira:
 Eficiência: o comprador deve ter total entendimento
sobre o produto que está sendo negociado e inclusive conhecer
detalhadamente as propostas dos fornecedores.

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130 Administração de Materiais

Além de todas as questões de negociações, o conhecimento


de mercado e oscilações econômicas, contribui positivamente
no preparo das negociações.
 Diagnostico de preços e custos: fundamental para que
ocorra propostas razoáveis por parte do comprador;
 Número de fornecedores: um dos principais pontos que
favorecem os compradores. Pois a competitividade encontrada
no mercado configura em boas oportunidades de compra.
Neste caso, é necessário que os compradores avaliem as
questões de localização dos fornecedores, pois as dispersões
geográficas impactam na escolha.
Conflitos na Negociação
O conflito é um ponto bastante prejudicial para os negócios
e desenvolvimento empresarial e pode ocorrer em qualquer
situação independente do tamanho e dimensão da empresa.
Tais questões ocorrem, pois, muitas pessoas são mais
inflexíveis quanto a negociações e acordo. Deste modo, o
conflito surge quando os envolvidos desejam que suas demandas
sejam atendidas independentemente do que o atendimento desta
exigência possa vir a causar de bom ou de ruim à outra parte
interessada.
Ainda conforme Lewicki, et. al, (2014) os conflitos podem
ser classificados em quatro grandes níveis, dentre eles:
 Nível I: consiste na abordagem dos conflitos
intrapessoais;
 Nível II: conflitos interpessoais, ocorrendo de maneira
bastante comum entre duas ou mais pessoas;

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Administração de Materiais 131

 Nível III: Nestas situações ocorrem os conflitos


intragrupos, entre pessoas que pactuam de uma mesma
congregação. Assim, nestes casos muitos dos interesses
ocorrem de maneiras individuais colaborando para que os
interesses passam a ser de muitos, e nunca em prol de uma
negociação.
 Nível IV: Neste último nível ocorrem os conflitos
intergrupos, em que ocorrem com base em interesses dos
grupos.
Desta maneira, verifica-se que as negociações possuem
diversos pontos de vistas e efeitos nos atores envolvidos.
Entretanto, uma boa negociação é um instrumento que permite
que ambas as partes saiam satisfeitas.
Visto que a confiança nas relações dos negociadores
contribui positivamente nas atividades de ambos os lados.
Neste última unidade, foram abordadas todas as questões
que compõem as atividades de negociação, apontando as
medidas necessárias para o andamento continuo das atividades e
apontamentos para que os gestores possam ter uma boa relação
com seus fornecedores. Além disso, abordou-se questões em
relação aos contratos e premissas básicas para o seu atendimento.
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à
seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo: “Compras:
negociação, estratégia, redução de custos são
elementos para agregar em sua empresa?” Oliveira &
Jorvino. Acessível pelo link: http://bit.ly/2Q0dawV

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132 Administração de Materiais

RESUMINDO

E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo


tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o
que vimos. Verificamos a importância da avaliação de desempenho
na identificação de não conformidades no ambiente empresarial
e as principais maneira de avaliação (financeira, setorizada e
administrativa). Em seguida, recapitulamos algumas questões
vistas em outras unidades letivas e abordamos sobre as informações
básicas para o controle de estoques. Em relação as funções de
compras abordamos cada divisão do gerenciamento (pedidos,
preços, valor de compras e fornecedores), além do ciclo com todas
as operações de compras. E por fim, verificamos como se configura
as negociações nos dias atuais, e os principais apontamentos
envolvidos na relação entre fornecedores e compradores.

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Administração de Materiais 133

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